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ORIGEM_E_EVOLUCAO_DA_VIDA

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Você sabe o que é biodiversidade? 
Já parou para pensar quantas espécies existem na Terra? E será que temos 
características semelhantes com outros animais? 
Para refletir sobre esse assunto assista ao vídeo: 
Vídeo: <https://www.youtube.com/watch?v=il4rnY3qXyc> Acesso em: 09 jul. 2015. 
Start: 0:00 
End: 0:53 
Apesar da diversidade de organismos que habitam o planeta, todos possuem 
propriedades em comum, que, em conjunto, permitem identificá-los como seres 
vivos. 
E essa diversidade ou variedade de formas de vida no planeta é conhecida 
como biodiversidade. Que, em outras palavras, é a diversidade de espécies, genes, 
variedades, ecossistemas, gêneros, famílias, enfim, a variedade da natureza viva. 
 Vamos nos aprofundar nesse assunto nos próximos estudos dirigidos que serão 
abordados aqui. 
 
Refletindo sobre Origem e evolução da vida 
Você já pensou sobre quais hipóteses científicas procuram explicar a origem da 
vida na Terra? 
Para pensar no assunto: 
Vídeo: <https://www.youtube.com/watch?v=PGyarFWOetw> Acesso em: 09 jul. 2015. 
Start: 0:00 
End: 6:06 
Até o momento, nada sabemos, com certeza, sobre a existência de vida fora da 
Terra, e podemos afirmar que conhecemos apenas pequena parte da imensa 
variedade de organismos que vive em nosso próprio planeta. 
 Para compreendermos sobre como a vida se originou e evoluiu no nosso 
planeta, devemos refletir sobre: 
https://www.youtube.com/watch?v=il4rnY3qXyc
https://www.youtube.com/watch?v=PGyarFWOetw
 
Como seria para você o primeiro organismo vivo que apareceu em nosso 
planeta? 
Como ele surgiu? 
Como esses seres teriam evoluído e gerado a imensa diversidade de formas 
vivas que habitam hoje o nosso planeta? 
Será que as condições ambientais e os seres vivos em nosso planeta foram 
sempre como vemos hoje? 
 Ressalta-se que, para tentar propor hipóteses sobre a origem da vida, é 
possível pautar nossos conhecimentos em evidências geológicas, químicas, físicas e 
biológicas. 
 Da antiguidade até pelo menos o início do século XVII, acreditava-se que 
pequenos seres vivos, como moscas e girinos, podiam nascer da matéria sem vida. 
Afinal, ninguém ainda havia observado o desenvolvimento desses animais a partir de 
ovos. Pensava-se, também, que pequenos vermes surgiam da carne em 
decomposição. 
 E você, já parou para pensar o porquê acreditava-se que a vida podia surgir da 
matéria bruta? 
A vida na biosfera terrestre nem sempre foi do jeito que observamos hoje. 
Sabemos que os seres vivos podem sofrer modificações ao longo das gerações, 
caracterizando o processo de evolução. 
Desta forma, sabemos que os seres que hoje habitam a Terra descendem de 
outros organismos, dos quais só existem evidências. 
Rastreando a história evolutiva dos seres, é possível afirmar que todos 
possuem um parentesco evolutivo, que pode ser mais próximo ou mais distante. 
Qual é o parentesco evolutivo que nós, da espécie humana, podemos ter com 
uma bactéria, por exemplo? Certamente bilhões de anos de evolução nos separam, 
mas o fato de bactérias e animais possuírem o ácido desoxirribonucleico (DNA), ácido 
ribonucleico (RNA), proteínas, carboidratos e lipídios em sua composição celular já é 
algo importante em comum... Podemos supor que tais características estavam 
presentes nas formas de vida mais primitivas. 
 
Sendo assim, como surgiram os primeiros seres vivos? Como seria a sua 
aparência e tamanho? Sob que condições eles surgiram? 
Bem antes de surgir a vida, formou-se o Universo, e o planeta Terra como parte 
dele. 
Com o surgimento do Universo, formou-se a matéria das galáxias, estrelas, 
planetas. Na formação do planeta Terra, determinados elementos químicos passaram 
a constituir a matéria orgânica, presente nos seres vivos. Estudar a origem da vida na 
Terra é, portanto, resgatar um pouco da história do Universo. 
As hipóteses e teorias científicas a respeito da origem da Terra e da vida em 
nosso planeta baseiam-se em conhecimentos de diversas áreas, como Geologia 
(análise de rochas), Paleontologia (estudo dos fósseis), Química e Astronomia. Ao 
estudar outras estrelas e sistemas de planetas, por exemplo, os cientistas conseguem 
obter evidências de como pode ter sido a formação do sistema Solar. 
 
Origem da Vida 
De acordo com a teoria da geração espontânea, também conhecida por 
abiogênese, os seres vivos se formariam de material orgânico em decomposição, do 
lodo ou de outros materiais não vivos: a vida brotaria espontaneamente em 
determinadas condições. 
Um exemplo de fatos que deram origem a essa teoria é que de um pedaço de 
carne exposto ao ar livre podem sair moscas ou outros insetos. 
A observação desse fato levou estudiosos do passado a afirmarem que as 
moscas formavam-se como produto da decomposição da carne. 
Você já notou que, às vezes, existem “bichos” dentro de frutas, como o “bicho-
da-goiaba”? E de onde vêm esses “bichos”? 
Já se acreditou que esses bichos fossem gerados pelos frutos onde estavam... 
Hoje sabemos que eles se formam a partir de ovos colocados por insetos, ovos esses 
que formam larvas, que entram nos frutos. 
Outro fato interessante e que também foi interpretado erradamente por muito 
tempo é o de que sapos e outros animais poderiam surgir do lodo deixado nas margens 
 
dos rios, quando estes voltavam ao leito normal após enchentes. Acreditava-se que o 
lodo se transformava nesses animais. 
Na realidade, o ambiente formado após as cheias de rios é o ambiente de 
procriação de diversas espécies de anfíbios, que colocam seus ovos na lama. Os 
minúsculos ovos e, posteriormente, as larvas não são facilmente identificados e, 
provavelmente, assim surgiu a hipótese de que sapos adultos poderiam se formar a 
partir do lodo. 
Por muitos séculos, a ideia de geração espontânea de vida era aceita pelos 
cientistas, baseando-se em observações como as que acabamos de ver. 
Vamos analisar um experimento feito em 1660 por Francesco Redi, um 
cientista italiano, que apresentou resultados contrários à teoria da geração 
espontânea. 
De uma mesma porção de carne foram retirados dois pedaços, colocados em 
dois frascos, um tampado com gaze e outro destampado. 
É importante notar que os frascos eram iguais e que os pedaços de carne eram 
do mesmo tamanho e foram obtidos da mesma porção de carne. Isso foi necessário 
para que as preparações se diferenciassem apenas por uma característica: o maior ou 
menor isolamento da carne, em relação ao ambiente fora do frasco. 
Um frasco ficou aberto e o outro foi fechado com gaze ou algodão, o que 
possibilitava livre ventilação. Essas preparações foram colocadas em observação por 
vários dias. 
Depois de algum tempo, notou-se que apenas no frasco aberto surgiram 
moscas. 
Como os dois frascos continham carne e somente em um deles observaram-se 
moscas, a primeira conclusão é de que as moscas não se desenvolvem da carne, ou 
seja, a carne não se transforma em insetos. As moscas não apareceram no frasco 
fechado com gaze, no qual a circulação de ar era livre. 
Conclusão: algumas moscas pousaram na carne colocada no frasco descoberto 
e nela depositaram seus ovos, dos quais formaram-se larvas que se transformaram 
em novas moscas. 
Os “bichinhos” esbranquiçados que se observam antes das moscas adultas não 
passam de larvas dessas moscas. 
 
O experimento de Redi, embora muito simples, deixa claro que as moscas não 
podem ser produzidas pela carne. O resultado observado indica que seres vivos não se 
formam de matéria orgânica em decomposição. 
 
Teoria da biogênese 
Diversos cientistas demonstraram que a teoria da geração espontânea estava 
errada. O primeiro deles foi o italiano Francesco Redi, que realizou experimentos como 
os observados acima. Apesar da importância dos experimentos desse e de outros 
cientistas, somente cerca de 200 anos após os trabalhos de Redi, em torno de 1860, a 
teoria da geração espontânea deixou de ser aceita. 
Figura 1: Visãodo Experimento de Redi 
 
Fonte: Disponível em: 
<http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Evolucao/evolucao2.php>. Acesso em: 
10 jul. 2015. 
Figura 2: Experimento de Redi 
 
http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Evolucao/evolucao2.php
 
 
Fonte: LOPES, S.; ROSSO, S. Bio: volume 1. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2013. 
 
Figura 3: Verificação do experimento de Redi 
 
 
Fonte: Disponível em: <http://www.alunosonline.com.br/biologia/teoria-biogenese-
experimento-redi.html>. Acesso em: 10 jul. 2015. 
 
Renascimento da teoria da geração espontânea 
 Francesco Redi generalizou suas conclusões afirmando que todos os seres 
vivos vêm sempre de outros seres vivos. Assim nascia a teoria da biogênese. Mas, 
no século XVII, com a descoberta dos microrganismos, a abiogênese renasceu. 
Afirmava-se que os microrganismos eram tão simples que poderiam surgir da matéria 
sem vida. 
 Em 1745, o naturalista inglês John Needham (1713-1781) aqueceu e fechou 
hermeticamente vários recipientes com caldo de carne. Depois, observou que, mesmo 
assim, desenvolvia neles grande número de microrganismos (bactérias). Segundo ele, 
isso demonstrava a existência de geração espontânea. 
 Vários cientistas da época questionaram essa conclusão. Ainda no século XVIII, 
o padre italiano Lazzaro Spallanzani (1729-1799) achava que, como a temperatura 
dos frascos de Needham não era alta o suficiente, nem todos os microrganismos 
haviam sido destruídos. Partindo dessa hipótese, ferveu por longo tempo caldo de 
carne em vários frascos e manteve alguns abertos, enquanto o restante foi lacrado 
logo depois da fervura. Ao final da experiência, demonstrou que os microrganismos só 
apareciam nos frascos abertos, pois vinham do ar e não do meio. 
Vídeo: <https://www.youtube.com/watch?v=EjyH5MkGdPY> Acesso em: 09 jul. 2015. 
Star: 0:00 
End: 4:37 
 Needham contestou o trabalho de Spallanzani e argumentou que nos vidros 
lacrados não entrava ar, o que impedia a formação de microrganismos. 
 Já os defensores da geração espontânea argumentaram que a fervura 
prolongada teria destruído o “princípio vital” que existia no caldo de carne e que era 
necessário para a formação de organismos por geração espontânea. 
 
 
 
http://www.alunosonline.com.br/biologia/teoria-biogenese-experimento-redi.html
http://www.alunosonline.com.br/biologia/teoria-biogenese-experimento-redi.html
https://www.youtube.com/watch?v=EjyH5MkGdPY%3eA
 
Experimento de Pasteur 
Um dos trabalhos científicos considerados fundamentais para essa mudança 
foi o do cientista francês Louis Pasteur, que conseguiu resultados que negaram a 
abiogênese e comprovaram a teoria da biogênese: os seres vivos originam-se de 
outros seres vivos. 
Pasteur colocou um caldo nutritivo em um balão de vidro, de pescoço 
comprido. Aqueceu e esticou o pescoço do balão, dobrando-o. Esse tipo de balão é 
conhecido como balão “pescoço de cisne”. 
Pasteur ferveu o caldo existente no balão, o suficiente para matar todos os 
possíveis microrganismos que poderiam existir nele. Cessado o aquecimento, vapores 
da água proveniente do caldo condensaram-se no pescoço do balão e se depositaram, 
sob forma líquida, em sua curvatura inferior. 
O caldo colocado no balão permaneceu estéril, sem ocorrência de nenhum ser 
vivo. O pescoço do balão permaneceu aberto. 
 
Figura 4: Experimento de Pasteur 
 
Fonte: Disponível em: 
<http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Evolucao/evolucao3.php>. Acesso em: 
10 jul. 2015. 
 
http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Evolucao/evolucao3.php
 
Vídeo: <http://www.youtube.com/watch?v=EjyH5MkGdPY> Acesso em: 09 jul. 2015. 
Figura 5: Experimento de Pasteur 
 
Fonte: Disponível em: <http://educacao.globo.com/biologia/assunto/origem-da-
vida/abiogenese-biogenese-e-origem-da-terra.html> Acesso em: 12 jul. 2015. 
 
Por que os microrganismos presentes no ar não chegavam até o caldo? 
A explicação está na condensação da água na parte baixa do pescoço do balão: 
as gotículas de água retinham os micróbios que eventualmente existissem no ar. 
Quando Pasteur quebrou o pescoço do balão, em alguns dias o caldo estava 
contaminado, sofrendo decomposição por microrganismos. A explicação para isso é 
que os microrganismos existentes no ar entraram no frasco e contaminaram o caldo 
ali contido. 
Com esse experimento, Pasteur ganhou adeptos para a teoria da biogênese, 
negando a ideia de geração espontânea. 
A biogênese esclarece que há necessidade de um ser vivo preexistente, para 
que outro ser vivo possa ser formado; deixa claro que um ser vivo não pode ser 
formado a partir de matérias em decomposição, lodo, etc. 
http://www.youtube.com/watch?v=EjyH5MkGdPY
http://educacao.globo.com/biologia/assunto/origem-da-vida/abiogenese-biogenese-e-origem-da-terra.html%3e
http://educacao.globo.com/biologia/assunto/origem-da-vida/abiogenese-biogenese-e-origem-da-terra.html%3e
 
A teoria da biogênese estabelece que todo ser vivo se origina de outro ser vivo. 
Assim, ela explica a origem dos seres vivos, mas não explica exatamente a origem da 
vida. 
E os primeiros seres vivos, como surgiram? 
Não existiam seres vivos para dar origem a eles... 
 
Teoria de Oparin e Haldane: Origem por evolução química 
Trabalhando de forma independente, Aleksandr I. Oparin (1894-1964) e John 
B. S. Haldane (1892-1964) chegaram à mesma conclusão: nas condições da Terra 
primitiva, a vida poderia ter surgido da matéria sem vida (inanimada). A partir dessas 
substâncias orgânicas, e ao longo de um grande período de tempo, teria se formado o 
primeiro ser vivo. 
Mas, com isso, eles não estavam defendendo que a abiogênese pudesse 
ocorrer nas condições atuais e com regularidade, como diziam os antigos defensores 
dessa teoria. Apenas em condições que não existem mais teria sido possível a 
formação de um ser vivo originado de matéria sem vida – e, mesmo assim, esse 
processo teria levado muitos milhões de anos para ocorrer. 
De fato, a Biologia considera que os primeiros seres vivos formaram-se 
espontaneamente, nos mares aquecidos da Terra primitiva, há cerca de 3,5 bilhões de 
anos, aproximadamente 900 milhões de anos depois que a Terra se formou. 
Os principais gases presentes na atmosfera primitiva deviam ser, 
provavelmente, hidrogênio, metano e amônia. 
É provável que as primeiras moléculas orgânicas, extremamente simples, 
tenham se formado já na própria atmosfera, graças à ação das constantes descargas 
elétricas das tempestades então frequentes, que desencadeariam reações químicas 
entre alguns dos componentes da atmosfera primitiva. Existem muitas evidências 
também de que os oceanos primitivos, quentes e rasos, devem ter sido meio propício 
para a formação da matéria viva, a partir dos mesmos componentes da atmosfera, 
trazidos pelas chuvas. Inicialmente, teriam se formado moléculas orgânicas simples e, 
em seguida, moléculas mais complexas. 
 
 
Figura 6: Evolução 
 
Fonte: Disponível em: 
<http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Evolucao/evolucao4.php>. Acesso em: 
10 jul. 2015. 
 
Diversos experimentos têm sido feitos procurando reproduzir as condições que 
se considera terem existido na atmosfera e nos oceanos da Terra primitiva. Como 
resultado desses experimentos, diversos compostos orgânicos foram produzidos, o 
que é compatível com a teoria em estudo. 
Essa ideia foi desenvolvida em torno de 1930 pelo russo Aleksandr Ivanovich 
Oparin (1894-1980) e pelo inglês John Burdon Sanderson Haldane (1892-1964). Ficou 
conhecida como “hipótese da evolução gradual dos sistemas químicos”. 
 De acordo com essa hipótese, com o aumento da quantidade de moléculas 
orgânicas formou-se nos mares primitivos uma verdadeira “sopa nutritiva”, rica 
principalmente em aminoácidos e proteínas. 
 Diferente do que acontece quando dissolvemos sal ou açúcar na água, 
formando uma solução, quando colocamos moléculas de proteínas na água, formam-
se os coloides ou sistemas coloidais (as moléculas de proteínasão envolvidas por 
moléculas de água). 
 Nos mares primitivos devem ter se desenvolvido sistemas coloidais, que 
passaram por um processo muito comum nos coloides: em determinadas condições, 
as moléculas de proteína, que estão envoltas por moléculas de água, aproximam-se 
http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Evolucao/evolucao4.php
 
uma das outras, formando numerosos aglomerados, envoltos por moléculas de água. 
Esses aglomerados ficaram conhecidos por coacervatos (coacervados), nome que se 
deve a Oparin. 
 As moléculas de água que envolviam os coacervados isolavam o aglomerado 
proteico do meio. 
Figura 7: Formação dos coacervatos. 
 
 
Fonte: Disponível em: 
<http://acienciadabiologia.webnode.com.br/prova%20mensal%20-
%207%C2%BA%20ano%20(1%C2%BA%20bimestre)/>. Acesso em: 10 jul. 2015. 
 
 De acordo com a hipótese de Oparin e Haldane, ocorriam reações químicas no 
interior dos coacervatos, que trocavam substâncias com o ambiente externo. 
Coacervatos não são células nem precursores delas, simplesmente indicam que havia 
a possibilidade de formação, nas condições da Terra primitiva, de sistemas separados 
do meio, mas que com ele trocavam substâncias. As hipóteses sobre o surgimento da 
primeira célula ainda geram polêmica. As células deviam ser estruturas muito simples, 
formadas por uma membrana que delimita o citoplasma, onde estariam os ácidos 
nucleicos. A presença de ácidos nucleicos possibilitou o comando das funções da 
célula e de sua divisão. Com isso, elas passaram a aumentar em número e, ao longo do 
tempo, a evoluir. Teriam, então, surgido os primeiros seres vivos do planeta Terra. Eles 
seriam unicelulares e procariontes. 
 
Hipótese Heterotrófica 
Como os primeiros seres vivos conseguiam moléculas orgânicas para seu 
crescimento? Qual sua fonte de energia? 
 
Na Terra primitiva não havia oxigênio livre. Assim, os primeiros organismos não 
deviam realizar respiração aeróbia, processo que depende do oxigênio livre, e não 
deviam possuir clorofila e realizar a fotossíntese, pois nesse processo há liberação de 
gás oxigênio para o ambiente. 
Segundo a hipótese heterotrófica, os primeiros seres vivos deveriam 
apresentar nutrição sapróbia, ou seja, conseguiam alimento pela absorção de 
moléculas orgânicas simples dos mares primitivos, pois a nutrição autotrófica (em que 
os seres vivos sintetizam suas moléculas orgânicas a partir do alimento inorgânico) 
não era muito adequada aos organismos mais simples, visto que a fotossíntese é um 
processo bem complexo que exige uma participação variada de enzimas. 
Então, os primeiros organismos deviam obter energia para sua sobrevivência, 
a partir da matéria orgânica presente no meio. Uma vez incorporada na célula, essa 
matéria orgânica seria metabolizada por meio da fermentação, processo que não 
depende do gás oxigênio. 
Com o passar do tempo, houve grande aumento no número de seres 
anaeróbios fermentadores, que passaram a consumir grande quantidade de matéria 
orgânica presente no meio. Paralelamente, as mudanças climáticas na Terra primitiva 
começaram a dificultar a síntese de matéria orgânica, como ocorrendo a partir do 
metano, da amônia e de outros gases, sem a participação de seres vivos. 
A liberação de gás carbônico pelos processos anaeróbios aumentou a 
quantidade disponível desse gás. Em determinado momento devem ter surgido 
alguns organismos com pigmentos, como clorofila, capazes de absorver a energia 
luminosa. Usando essa energia, esses seres teriam conseguido aproveitar a água e o 
gás carbônico do meio para a síntese de seu próprio alimento. Deixaram, então, de 
depender da matéria orgânica do meio, disponível em menor quantidade, Assim, 
teriam se formado os primeiros seres autótrofos e a síntese de matéria orgânica 
passada a ser realizada por seres vivos, o que acontece até os dias de hoje. 
Como utilizavam luz, esses seres autótrofos eram fotossintetizantes e 
passaram a liberar oxigênio, gás que ainda não existia na atmosfera terrestre. Até os 
dias de hoje, a manutenção dos teores de gás oxigênio no ambiente depende da 
atividade dos seres fotossintetizantes. Eles são, portanto, fundamentais para a 
manutenção da vida em nosso planeta, pois são os principais responsáveis pela 
 
síntese da matéria orgânica e pela produção do gás oxigênio que é liberado para o 
meio. 
Uma vez que o gás oxigênio passou a fazer parte do ambiente primitivo, 
aqueles organismos que por mutação teriam passado a apresentar condições de 
aproveitar o oxigênio em seu metabolismo teriam sido positivamente selecionados e 
passaram a aumentar em número. Surgiu, assim, o processo de respiração aeróbia. 
Esse processo é realizado tanto por seres fotossintetizantes quanto pela maioria dos 
heterótrofos. Estes últimos dependiam, e até hoje dependem, da matéria orgânica 
formada pelos seres autótrofos para sua alimentação. 
A sequência em que provavelmente surgiram os processos de obtenção de 
energia nos seres vivos, de acordo com a hipótese heterotrófica, é: fermentação, 
fotossíntese e respiração aeróbia. 
 
Mudanças no planeta 
As condições ambientais da Terra foram se alterando com o passar do tempo: 
 A transformação dos gases da atmosfera em moléculas orgânicas 
simples. 
 O resfriamento da Terra reduziu a frequência de tempestades, o que 
dificultou a produção de moléculas orgânicas na atmosfera. 
 O aumento da população dos organismos iniciais, que provocou 
consumo maior de moléculas orgânicas simples. Isso acarretou, com os 
fatores acima, escassez de alimentos. 
 
Outras teorias sobre a origem da vida 
Será que a Terra realmente reunia todas as condições necessárias para a 
síntese de matéria orgânica? 
Veremos que outras teorias concorrem com a de Oparin e Haldane para 
explicar o maior número de dados coletados acerca da origem da vida. 
 
 
 
 
Origem por criação divina (Criacionismo) 
Essa é a mais antiga de todas as ideias sobre a origem da vida e tem um forte 
cunho religioso, sendo até hoje aceita por fiéis de várias religiões. Essa corrente afirma 
que os seres vivos foram criados individualmente por uma divindade. 
 
Fontes Hidrotermais 
Os primeiros seres vivos teriam aparecido no fundo dos oceanos, ao redor de 
fontes ou fendas hidrotermais que ofereciam a proteção necessária para que os 
primeiros seres vivos se formassem. 
 
Panspermia 
É a ideia de que existe vida em outras partes do Universo e de que 
microrganismos ou esporos extraterrestres tenham originado a vida na Terra. 
 
Então, como surgiu a vida no planeta? 
Ainda não há uma teoria que possa ser considerada a melhor para explicar a 
origem da vida, mas os cientistas continuam a pesquisar e buscar evidências a favor 
ou contra cada uma delas em vários campos da ciência. 
O estudo sobre a origem da vida ilustra algumas características importantes 
da investigação científica, como, por exemplo, a busca por evidências a favor ou 
contra as hipóteses e o objetivo de conseguir teorias que expliquem o maior número 
possível de fatos. 
Para lembrar: 
Vídeo: <https://www.youtube.com/watch?v=PGyarFWOetw> Acesso em: 09 jul. 2015 
Start: 7:18 
End: 9:54 
 
 
 
https://www.youtube.com/watch?v=PGyarFWOetw
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Evolução 
 O número de espécies de seres vivos, distribuídas pelas regiões do planeta, é 
muito grande. São animais, plantas, fungos, protistas e moneras habitando os mais 
diversos ecossistemas. Além das espécies recentes, muitas outras existiram no 
passado e não possuem nenhum representante na biodiversidade atual. 
 O número de espécies já mudou e ainda continua a variar no decorrer do tempo 
na Terra. Algumas espécies foram extintas, outras surgiram, processos que continuam 
a ocorrer mesmo nos dias de hoje. 
 Entender toda essa diversidade de seres vivos sempre foi um desafio para os 
cientistas. Como essa diversidade surgiu, se estabeleceu e se modificou ao longo do 
tempo? 
Muitasideias foram propostas procurando entender esses processos, sendo 
atualmente aceitas aquelas relacionadas ao pensamento evolutivo, em que se procura 
estabelecer o parentesco evolutivo ou a história evolutiva dos seres vivos. Isso porque 
existem fortes evidências que corroboram o processo evolutivo, ou seja, evidências de 
que ocorrem modificações nos organismos ao longo do tempo, podendo levar ao 
surgimento de novas espécies e à extinção de outras. As espécies não são imutáveis, 
como se pensava antigamente. 
 Vejamos agora os processos relacionados com a evolução biológica, 
procurando entender como surge e se estabelece a diversidade dos seres vivos. 
Então, como surgiu a vida no planeta? 
Ainda não há uma teoria que possa ser considerada a melhor para explicar 
a origem da vida, mas os cientistas continuam a pesquisar e buscar evidências a 
favor ou contra cada uma delas em vários campos da ciência. 
O estudo sobre a origem da vida ilustra algumas características importantes 
da investigação científica, como, por exemplo, a busca por evidências a favor ou 
contra as hipóteses e o objetivo de conseguir teorias que expliquem o maior número 
possível de fatos. 
 
Observe a figura abaixo... 
Figura 8: Evolução 
 
Fonte: Disponível em: <http://www.gazetadopovo.com.br/educacao/vida-na-
universidade/vestibular/darwin-e-lamarck-quem-sao-esses-dois-
bsglbavqs6tv5b1884rkkgocu>. Acesso em: 10 jul. 2015. 
 
Neste tópico, estudaremos os processos relacionados com a evolução 
biológica, procurando entender como surge e se estabelece a diversidade dos seres 
vivos. 
 A noção de que os seres vivos mudam ao longo do tempo – chamada 
transformismo – é, para nós, tão familiar quanto a ideia de que as células são as 
unidades da vida. No entanto, durante muito tempo acreditou-se que cada espécie 
viva era fixa e imutável – crença chamada fixismo, tendo surgido por criação divina e 
mantendo as mesmas características que tinha no início. 
Hoje, percebemos que a diversidade de seres vivos variou ao longo da história 
da vida em nosso planeta e continua a variar, sendo que dois fenômenos atuam 
http://www.gazetadopovo.com.br/educacao/vida-na-universidade/vestibular/darwin-e-lamarck-quem-sao-esses-dois-bsglbavqs6tv5b1884rkkgocu
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decisivamente sobre a diversidade biológica: o surgimento e o desparecimento de 
grupos de seres vivos. 
 A análise dos fósseis indica que o número de espécies novas aumentou muito 
em determinados períodos do tempo geológico. Essas análises também apontam para 
a ocorrência de eventos de extinção em massa. 
 Sabemos que os grandes eventos de extinção foram causados por alterações 
climáticas drásticas ou quedas de meteoritos em nosso planeta. Atualmente, estamos 
vivendo mais um evento de extinção, decorrente de mudanças no ambiente 
relacionadas principalmente à interferência humana nos ecossistemas. 
 
Evidências da evolução 
 Entender a evolução dos seres vivos e suas relações de parentesco exige a 
análise de muitas evidências. Dentre elas, destacam-se: 
 Os fósseis: é considerado fóssil qualquer indício da presença de 
organismos que viveram em tempos remotos na Terra. Os seres vivos 
frequentemente deixam vestígios de sua existência, sob determinadas 
condições. Esses vestígios podem ser encontrados depois que eles 
morrem. 
 As homologias: estruturas homólogas são aquelas que derivam de 
estruturas já existentes em um ancestral comum exclusivo, podendo ou 
não estar modificadas para exercer uma mesma função. A homologia é 
observada entre estruturas presentes em dois ou mais táxons quando 
essas derivam de uma condição primitiva presente no ancestral comum 
exclusivo. 
 Órgãos vestigiais: são aqueles que, em alguns organismos, são de 
tamanho reduzido e geralmente não têm função, mas que em outros 
organismos são maiores e exercem função definida. A importância 
evolutiva desses órgãos vestigiais é a indicação de parentesco 
evolutivo. Órgãos vestigiais como o apêndice, por indicarem 
ancestralidade comum, são muito importantes para o estabelecimento 
das relações evolutivas entre as espécies consideradas. 
 
 Evidências moleculares: atualmente, com o desenvolvimento das 
técnicas de bioquímica e engenharia genética, é possível comparar 
moléculas de organismos distintos e detectar padrões de semelhanças 
e diferenças entre elas. Todos os organismos com estrutura celular têm 
o DNA como material genético, e que os genes são trechos dessas 
moléculas de DNA. E também sabemos que os genes são transcritos em 
moléculas de RNA que podem ser traduzidas em proteínas. Portanto, o 
DNA, o RNA e as proteínas são moléculas presentes em todos os seres 
vivos. Assim, modificações nos ácidos nucleicos foram fundamentais 
no processo de evolução, pois permitiram a grande diversificação dos 
seres vivos. 
 Embriologia comparada: o estudo comparado da embriologia de 
diversos vertebrados mostra a grande semelhança de padrão de 
desenvolvimento inicial. À medida que o embrião se desenvolve, 
surgem características individualizantes e as semelhanças diminuem. 
 
Sobre teorias evolutivas: 
<https://www.youtube.com/watch?v=-AR3-UxXaX4> Acesso em: 09 jul. 2015 
 
A teoria de Lamarck 
 Jean-Baptiste Lamarck foi o primeiro cientista a propor um mecanismo 
coerente que explicava como os seres vivos evoluem. 
 Lamarck sabia que os fatores ambientais podem modificar os indivíduos. A 
exposição prolongada ao Sol torna a pele mais morena; fatores nutricionais podem 
interferir no crescimento e no aspecto final de um adulto. Ele também sabia que a 
utilização constante de certos órgãos, como os músculos, pode fazê-los crescer; 
inversamente, seu desuso tenderia a fazê-los regredir, fala-se em lei do uso e 
desuso. 
 Lamarck tinha a ideia de que características adquiridas seriam transmitidas 
aos descendentes. Desta forma, o uso de determinada estrutura do corpo faz com que 
essa estrutura se desenvolva, ocorrendo o contrário em caso da falta de uso. O 
naturalista propôs que as modificações ocorridas em uma estrutura em função do uso 
https://www.youtube.com/watch?v=-AR3-UxXaX4
 
ou desuso durante a vida seriam transmitidas aos descendentes, desde que fossem 
úteis à sua sobrevivência. Ocorreria, então, transmissão de características adquiridas 
pelo uso e desuso. 
 
Figura 9: Exemplo das girafas 
 
Fonte: Disponível em: < 
http://aprenderaaprender.webnode.com.br/album/origem%20da%20vida%20e%2
0evolu%C3%A7%C3%A3o/evolu%C3%A7%C3%A3o%20-
%20girafa%20de%20lamarck-jpg/> Acesso em: 10 jul. 2015. 
 
 
 
 
 
 
Todas essas ideias são perfeitamente corretas quando aplicadas ao indivíduo. 
Lamarck acreditava, porém, que essas características adquiridas pudessem ser 
transmitidas à prole, não estando, porém, de acordo com as leis da hereditariedade. 
Lamarck defendia a Lei do uso e desuso, em que as transformações adquiridas 
são transmitidas às gerações seguintes. No exemplo da girafa, Lamarck disse que 
quanto mais as girafas esticavam o pescoço para alcançar os alimentos mais altos, 
elas iam adquirindo as transformações de pescoço longo, transmitindo o pescoço 
longo a seus descendentes. 
(O jornal da Evolução) 
http://aprenderaaprender.webnode.com.br/album/origem%20da%20vida%20e%20evolu%C3%A7%C3%A3o/evolu%C3%A7%C3%A3o%20-%20girafa%20de%20lamarck-jpg/
http://aprenderaaprender.webnode.com.br/album/origem%20da%20vida%20e%20evolu%C3%A7%C3%A3o/evolu%C3%A7%C3%A3o%20-%20girafa%20de%20lamarck-jpg/
http://aprenderaaprender.webnode.com.br/album/origem%20da%20vida%20e%20evolu%C3%A7%C3%A3o/evolu%C3%A7%C3%A3o%20-%20girafa%20de%20lamarck-jpg/
 
Nesse ponto ele estava errado, pois se comprovou experimentalmente, no começodo 
século XX, que as mudanças adquiridas não são transmitidas aos descendentes. 
 Lamarck chegou até mesmo a admitir que a necessidade de uma 
característica determinaria seu aparecimento, enquanto sua inutilidade a faria 
desaparecer. 
 Afirmações como “o uso de alimentos cozidos e amolecidos enfraquece cada 
vez mais certos dentes, que tenderão a desaparecer com o decorrer do tempo”, são 
muitas vezes consideradas corretas por terem uma aparência “lógica”, mas não 
passam, no entanto, de ideias lamarckistas. 
 
 
 
 
 
 
As ideias de Darwin 
 O inglês Charles Darwin fez, a bordo do navio Beagle, uma viagem de cinco 
anos ao redor do mundo. A partir das observações e do material coletado, elaborou o 
conceito de seleção natural. Esse conceito foi a parte principal de sua teoria da 
evolução. 
 A seleção natural 
 Durante a viagem, Darwin coletou muitos animais, plantas e fósseis de 
diferentes locais por onde o navio passou. Com base em muitas observações da 
natureza, ele começou a contestar a imutabilidade das espécies. 
 O raciocínio de Darwin que levou à ideia de seleção natural pode ser resumido 
da seguinte forma: 
 Os organismos vivos têm grande capacidade de reprodução. Poucos 
indivíduos, no entanto, chegam à idade de procriação, já que a quantidade de 
alimento que existe no ambiente é limitada. 
Segundo Lamarck, o princípio evolutivo estaria baseado em duas leis fundamentais: 
 Lei do uso ou desuso: no processo de adaptação dos organismos ao meio, o uso de 
determinadas partes do corpo faz com que elas se desenvolvam, e a falta de uso 
(desuso) faz com que atrofiem. 
 Lei da transmissão dos caracteres adquiridos: alterações no corpo do organismo 
provocadas pelo uso ou desuso são transmitidas aos descendentes. 
 
 Isso ocorre porque organismos que têm as mesmas necessidades alimentares 
competem entre si, “lutando” constantemente pela sobrevivência. Outro fato 
é a existência de variações hereditárias (transmitidas aos descendentes) 
dentro de um mesmo grupo. Em certo ambiente, algumas são mais favoráveis 
do que outras. 
 Assim, organismos que apresentam variações mais favoráveis em 
determinado ambiente têm maiores probabilidades de sobrevivência e 
reprodução do que os demais. Além disso, transmitem essas características a 
seus descendentes. Dessa forma, cada geração ficará mais adaptada às 
condições ambientais. 
 
Vídeo: <https://www.ufmg.br/proex/cpinfo/ufmgtube/pilulas/selecao-natural/> 
Acesso em: 10 jul. 2015. Start: 0:00 End: 1:47 
 
Figura 10: Exemplo das girafas 
 
Fonte: Disponível em: < 
http://gracieteoliveira.pbworks.com/w/page/48308702/Confronto%20entre%20la
markismo%20e%20darwinismo> Acesso em: 10 jul. 2015. 
 
 
 
https://www.ufmg.br/proex/cpinfo/ufmgtube/pilulas/selecao-natural/
http://gracieteoliveira.pbworks.com/w/page/48308702/Confronto%20entre%20lamarkismo%20e%20darwinismo
http://gracieteoliveira.pbworks.com/w/page/48308702/Confronto%20entre%20lamarkismo%20e%20darwinismo
 
Figura 11: Comparação entre as ideias de Lamarck e Darwin 
 
Fonte: Disponível em: 
<http://www.colegiovascodagama.pt/ciencias3c/onze/biologiaunidade7darwin.htm
l>. Acesso: 12 jul. 2015. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Importante! 
O naturalista inglês Alfred Russel Wallace (1823-1913) chegou a conclusões semelhantes às 
de Darwin a respeito do processo evolutivo por seleção natural, mas de forma independente. 
As ideias de Wallace foram tão bem elaboradas quanto as de Darwin, mas em função 
principalmente da publicação do livro A origem das espécies, a teoria da seleção natural ficou 
conhecida como sendo desenvolvida apenas por Darwin. No entanto, Wallace merece créditos 
na elaboração dessa teoria. 
IMPORTANTE 
Seleção artificial: é aquela feita pelo homem. Nesse caso, o ser humano seleciona para 
reprodução os indivíduos com características vantajosas, que devem ser mantidas na prole 
(reprodução seletiva). 
http://www.colegiovascodagama.pt/ciencias3c/onze/biologiaunidade7darwin.html
http://www.colegiovascodagama.pt/ciencias3c/onze/biologiaunidade7darwin.html
 
 
 
 
 
 
 
Evolução do homem 
Nós, seres humanos, somos mamíferos e, portanto, compartilhamos com os 
outros animais dessa classe várias características. 
Dentro da classe dos mamíferos, pertencemos à ordem dos primatas, onde 
também estão agrupados os macacos e os hominídeos fósseis, como o famoso 
“homem de Neandertal”. 
Vejamos, agora, um pouco sobre a evolução do homem. 
Vídeo: <https://www.youtube.com/watch?v=bCdMGS4jJd4> Acesso em: 11 jul. 
2015 
 
Os primeiros hominídeos 
São chamados hominídeos atuais (Homo sapiens) e espécies fósseis como os 
australopitecíneos e os neandertais. 
De acordo com o registro fóssil, os primeiros hominídeos teriam surgido há 
cerca de 5 e 6 milhões de anos. 
Os hominídeos e os macacos antropoides conhecidos como grandes primatas 
(gibão, orangotango, gorila e chimpanzé) compartilham determinadas características 
que os distinguem dos demais primatas, como tamanhos do encéfalo, da clavícula, 
ombros, tórax, entre outras. 
 
 
 
 
Um exemplo de seleção natural: a anemia falciforme 
Nessa doença hereditária, também conhecida como siclemia, é produzida uma hemoglobina 
“defeituosa” que deforma as hemácias, tornando-as ineficientes no transporte de oxigênio. Os 
homozigotos para a doença (SS) morrem com pouca idade. Como consequência, o alelo S se 
mantém em taxas baixas na população, sendo transmitido apenas pelos heterozigotos (Ss), 
que apresentam maior expectativa de vida. 
https://www.youtube.com/watch?v=bCdMGS4jJd4
 
Os australopitecíneos 
Os australopitecíneos constituem um grupo muito antigo de hominídeos, do 
qual faz parte o gênero Australopithecus, que existiu na África há cerca de 3,8 milhões 
de anos. 
Um fóssil de Australopithecus de aproximadamente reês milhões de anos ficou 
bastante conhecido pelo seu apelido: Lucy. Em 1974, uma equipe de 
paleoantropólogos norte-americanos encontrou diversas peças desse esqueleto em 
um deposito de rochas na Etiópia. Tais peças correspondiam a 40% do esqueleto, o 
que permitiu uma reconstituição bem feita dessa espécie, chamada Australopithecus 
afarensis. A análise do esqueleto permitiu concluir que Lucy era adulta e pertencia ao 
sexo feminino, possuía postura ereta e estima-se que sua altura não ultrapassasse um 
metro. Os braços longos e as pernas curtas lembram o esqueleto de um chimpanzé; 
no entanto, a estrutura dos joelhos e da pelve de A. afarensis. 
Não há muitas informações a respeito de seu crânio, mas a mandíbula e os 
dentes pré-molares e molares relativamente grandes indicam que sua alimentação 
era constituída de frutas, sementes e, menos comumente, de carne. Provavelmente os 
Australopithecus viviam em bandos. O cérebro desses hominídeos era relativamente 
pequeno, ocupando um volume que corresponde a 35% do cérebro humano da nossa 
espécie (Homo sapiens). 
 
Homo habilis 
Os fósseis mais antigos pertencentes ao gênero Homo, o mesmo gênero do ser 
humano atual, datam de cerca de 2,2 milhões de anos e são encontrados no registro 
fóssil até cerca de 1,5 milhão de anos. O Homo habilis era mais habilidoso que os 
australopitecíneos, sendo capaz de produzir ferramentas de pedras lascadas. 
 
Homo ergaster e Homo erectus 
Fósseis muito parecidos com esqueletos humanos atuais foram encontrados 
em regiões da África, como no Quênia, datando cerca de 1,5 milhão de anos. Os 
crânios apresentavam boca proeminente, saliência óssea acima dos olhos e existem 
evidências de que produziam ferramentas de pedras. 
 
Existem diversas hipóteses acerca do parentesco evolutivo entre Homo 
ergaster e Homo erectus com a espécie Homo sapiens. Qual dessas duas espécies de 
hominídeos fósseis está mais proximamente relacionada ao ser humano atual é tema 
de muito debate entre paleoantropólogos. 
 
Os neandertais 
A análise das características observadas nos fósseis desses hominídeoslevou 
os cientistas a classificar os neandertais como pertencentes ao gênero Homo. Eles 
surgiram provavelmente há cerca de 200 mil anos. Como os primeiros fósseis foram 
descobertos no vale do rio Neander, na Alemanha, ficaram conhecidos como “homens 
de Neandertal” e também como “homens da caverna”. Depois, foram encontrados em 
outras regiões da Europa, na região da Ásia e no Oriente Médio. 
Seu corpo era muito parecido com o nosso, porém era mais baixo e forte, com 
aspecto atarracado, e apresentava algumas diferenças importantes no crânio. 
Como viveram durante um período de glaciação, em que o clima na Terra era 
muito frio, fabricavam roupas de peles e instrumentos de pedra, mas não há indícios 
de organização social complexa ou de produção de pinturas e objetos de arte. 
 
Homo sapiens 
De acordo com o registro fóssil, a espécie Homo sapiens surgiu na África há 
cerca de 150 mil anos. Sabe-se que os primeiros seres humanos conviveram com os 
neandertais em algumas regiões, entre 40 e 30 mil anos atrás. A espécie Homo sapiens 
prevaleceu e expandiu-se pelo mundo, enquanto o homem de Neandertal foi extinto. 
Pesquisadores estão em busca de novas evidências que possam auxiliar na 
elaboração de hipóteses sobre o que teria acontecido aos hominídeos fósseis e por 
que apenas o Homo sapiens sobreviveu. Novos fósseis são encontrados e sofisticadas 
ferramentas de estudo, como análise molecular, são utilizadas com tal objetivo. 
O primeiro fóssil de um ser humano – espécie Homo sapiens – foi encontrado 
na França, na região de Cro-Magnon, com idade calculada em torno de 40 mil anos. 
Junto com os ossos do “homem de Cro-Magnon” foi encontrada uma grande 
variedade de ferramentas, além de indícios de cultura, como enterro dos mortos e 
pinturas nas cavernas. Assim, esses hominídeos talvez representem o início da 
 
humanidade, que não é definida apenas por suas características biológicas, mas 
também por uma organização social complexa, produção de cultura e habilidades de 
raciocínio não observadas em nenhuma outra espécie. 
Como a evolução é um processo permanente na natureza e uma característica 
dos seres vivos, a espécie humana também continua a evoluir e a afetar a evolução de 
outras espécies. 
 
Figura 12: Evolução 
 
Fonte: Disponível em: <http://www.ahistoria.com.br/wp-content/uploads/historia-
da-evolucao-humana.jpg> Acesso em: 11 jul. 2015. 
 
 
 
 
 
 
 
 
http://www.ahistoria.com.br/wp-content/uploads/historia-da-evolucao-humana.jpg
http://www.ahistoria.com.br/wp-content/uploads/historia-da-evolucao-humana.jpg
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SAIBA MAIS SOBRE O QUE FOI ABORDADO NESSA UNIDADE EM: 
<http://www.biologia.seed.pr.gov.br/modules/video/showVideo.php?video=15571> Acesso em: 11 
jul. 2015 
<http://www.biologia.seed.pr.gov.br/modules/video/showVideo.php?video=15573> Acesso em: 11 
jul. 2015< 
<https://www.youtube.com/watch?v=cwv049ux02M> Acesso em: 11 jul. 2015 
<http://www.biologia.seed.pr.gov.br/modules/video/showVideo.php?video=15572> Acesso em: 11 
jul. 2015 
<http://www.biologia.seed.pr.gov.br/modules/video/showVideo.php?video=15609> Acesso em: 11 
jul. 2015 
<http://www.biologia.seed.pr.gov.br/modules/video/showVideo.php?video=12326> Acesso em: 11 
jul. 2015 
<http://globotv.globo.com/rede-globo/globo-ciencia/v/charles-darwin-e-a-origem-das-especies-
integra/1754913/> Acesso em: 11 jul. 2015 
<www.simbiotica.org/evolucaohome.htm> Acesso em: 11 jul. 2015 
<https://www.youtube.com/watch?v=2iV2HlnWVr8> Acesso em: 11 jul. 2015 
 
 
 
 
 
 
http://www.biologia.seed.pr.gov.br/modules/video/showVideo.php?video=15571
http://www.biologia.seed.pr.gov.br/modules/video/showVideo.php?video=15573
https://www.youtube.com/watch?v=cwv049ux02M
http://www.biologia.seed.pr.gov.br/modules/video/showVideo.php?video=15572
http://www.biologia.seed.pr.gov.br/modules/video/showVideo.php?video=15609
http://www.biologia.seed.pr.gov.br/modules/video/showVideo.php?video=12326
http://globotv.globo.com/rede-globo/globo-ciencia/v/charles-darwin-e-a-origem-das-especies-integra/1754913/
http://globotv.globo.com/rede-globo/globo-ciencia/v/charles-darwin-e-a-origem-das-especies-integra/1754913/
http://www.simbiotica.org/evolucaohome.htm
https://www.youtube.com/watch?v=2iV2HlnWVr8
 
Referências 
 
LINHARES, S.; GEWANDSZNAJDER, F. Biologia Hoje – 1. 2. ed. São Paulo: Ática, 2013. 
 
LOPES, S.; ROSSO, S. Bio: volume 1. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2013. 
 
______. Bio: volume 3. 2. ed. – São Paulo: Saraiva, 2013. 
 
MENDONÇA, V. L. Biologia: Ecologia, Origem da Vida e Biologia Celular, e Embriologia 
e Histologia. Volume 1: Ensino Médio. 2. ed. São Paulo: AJS, 2013. 
 
______. Biologia: o ser humano, genética, evolução. Volume 3: Ensino Médio. 2. ed. São 
Paulo: AJS, 2013. 
 
PAULINO, W. R. Biologia, volume 1: citologia e histologia. 1. ed. São Paulo: Ática, 
2005. 
 
SILVA JÚNIOR, C. da; SASSON, S.; CALDINI JÚNIOR, N. Biologia 3. 10. ed. São Paulo: 
Saraiva, 2013.

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