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Plano de Aula: PODER CONSTITUINTE
DIREITO CONSTITUCIONAL I
Título
PODER CONSTITUINTE
Número de Aulas por Semana
Número de Semana de Aula
4 
Tema
PODER CONSTITUINTE
Objetivos
 
Identificar, através do estudo da
teoria da constituição, o processo de criação e reforma das constituições;
Compreender a importância da
manifestação do Poder Constituinte Originário e Derivado;
Analisar a importância das
constituições dos estados para a existência do Estado federal. 
Estrutura do Conteúdo
 
1. Poder Constituinte
1.1. Conceito e finalidade
2. Legitimidade do Poder Constituinte
3. Formulação teórica de Sieyès
4. Titularidade e exercício do poder
constituinte
5. Poder Constituinte  Originário
5.1. Natureza e conceito
5.2. Características do poder
constituinte originário
6. Poder constituinte derivado ou
Reformador
6.1. Natureza e conceito
6.2. Características
7. Poder Constituinte Decorrente
7.1. Características
Teoria do Poder Constituinte
Conceito
A ideia de
poder constituinte surge no século XVIII com o teórico Emmanuel Sieyés, contemporânea a ideia de
constituição escrita. O poder constituinte incorpora a vontade política, sendo
o fundamento de legitimidade manifestado no documento Constituição para a
configuração e finalidades do Estado, e como tal, da estrutura de seu
ordenamento jurídico. Em poucas palavras, ele é o poder que elabora, em
ocasiões excepcionais, as normas jurídicas de valor constitucional.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Titularidade do Poder Constituinte (a
questão da legitimidade).
O que se pretende com o estudo da
titularidade do poder constituinte é conhecer quem é o detentor do poder
soberano no Estado. Quem é legítimo para fazer a constituição?
Mas o que é legitimidade? 
Legitimidade refere-se a todo comando que se reconhece como não arbitrário. Por
exemplo: se você vive em uma democracia e acredita que o povo é o detentor do
poder soberano, você cumpre as ordens daquele que foi eleito para representá-lo
porque este poder foi deferido ao representante por seu livre arbítrio, ou
seja, esse comando é válido porque teria emanado de um poder que você reconhece
como legítimo e não como um poder imposto a força.
Sendo assim, se vivemos em uma
democracia o titular do poder soberano será o povo, enquanto o agente desse
poder constituinte será a Assembleia Nacional
Constituinte eleita para os fins de fazer a Constituição em nome do povo. Caso
vivêssemos em uma Monarquia, o detentor do poder soberano seria o Rei e como
tal, o legitimado do poder constituinte.
Espécies de Poder Constituinte
Ainda que teoricamente só exista um
poder constituinte, esta afirmação encontra dificuldade de se sustentar, visto
que encontramos no exercício deste poder duas manifestações distintas. Uma
caracterizada por ser um poder inicial (não se funda em outro poder), ilimitado
(não encontra limites do direito positivo), incondicionada (sua
manifestação não é pré-fixada), conhecida como poder
constituinte originário ou de fato. A outra
caracterizada por ser fruto da rigidez constitucional, ou seja, submetida a um
processo legislativo mais dificultoso para alteração das normas
constitucionais. 
Em nossa Constituição esse processo e
manifestação desse poder encontra-se no art. 60, subordinada as limitações
circunstanciais, formais e materiais (art. 60, §1º,2º
e 3º, CRFB/88), impostas pelo poder constituinte originário e condicionada a
sua manifestação. Este poder é conhecido como poder constituinte derivado
ou reformador ou de direito.
Se o poder constituinte originário
optar ainda por criar um Estado Federal vislumbra-se o surgimento do poder constituinte
derivado decorrente[1].
Este poder por ser derivado do originário possui as características de ser secundário, subordinado e condicionado, podendo
ser definido como a autorização de autonomia aos Estados-Membros para se
auto-organizarem através de suas Constituições Estaduais, como também para
reformá-las. 
Quanto aos Municípios, a uma discussão
doutrinária se eles seriam ou não auto-organizados por um poder constituinte
derivado decorrente municipal. Prevalece o posição de
que não. Eles se organizariam por Leis Orgânicas submetidas às Constituições
Estaduais e à Constituição Federal. 
 
[1] Este poder em nossa constituição
encontra- se no art. 25.
Aplicação Prática Teórica
 
Caso 1 – Tema: Cláusulas Pétreas ou Superconstitucionais 
Tramita no Congresso Nacional proposta
de Emenda Constitucional convocando uma nova Revisão Constitucional nos moldes
do artigo 3º da ADCT. A referida proposta de Emenda Constitucional prevê a
realização de Referendo para a entrada em vigor dos dispositivos alterados pela
Assembleia Revisora. É legítima tal proposta?
Caso 2 - Tema: Poder Constituinte
Decorrente
A Assembleia
Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, no exercício do Poder Constituinte
Derivado Decorrente inseriu no texto da Constituição Estadual norma que
assegurava aos candidatos aprovados em concurso público, dentro do número de
vagas obrigatoriamente fixado no respectivo edital, o direito ao provimento no
cargo no prazo máximo de cento e oitenta dias, contado da homologação do
resultado. É Constitucional a o artigo 77, VII da Constituição do Estado do Rio
de Janeiro?

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