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CURSO ON-LINE – DIREITO PENAL PARA POLÍCIA FEDERAL E POLÍCIA CIVIL/DF PROFESSOR: LÚCIO VALENTE Página 1 www.pontodosconcursos.com.br AULA PRIMEIRA Olá amigos, Sejam muito bem‐vindos ao nosso curso de Direito Penal. Não se esqueçam de me enviar todas as dúvidas pelo fórum. As sugestões e críticas também serão sempre bem recebidas. É muito importante que você obedeça a técnica de estudo apresentada para este curso: Técnica de estudo: 1º Faça uma primeira leitura da aula, buscando apenas um primeiro contato com os tópicos. Nesse momento, sublinhe apenas palavras e termos desconhecidos. Tempo estimado: 30 min. 2º Faça nova leitura da aula. Nesse momento, o aluno deve compreender cada ponto (perceba que divido minha aula em pontos, sendo que cada um traz uma ideia central). Descubra o significado dos termos desconhecidos. Tempo estimado: 2 horas. 3º Faça um resumo com as ideias centrais de cada ponto com palavras‐chave ou na forma de perguntas e respostas (ex.: Ponto 10: O que é conduta? R: é a ação ou omissão humana consciente e voluntária voltada para uma finalidade). Tempo estimado: 1 hora. 4º Memorize as palavras‐chave ou as respostas. Tempo estimado: 1 a 2 horas. Obs.: peça pra alguém lhe “tomar” a aula ou finja que está ensinando para alguém o que aprendeu (seu cachorro pode ser um ótimo aprendiz!). CURSO ON-LINE – DIREITO PENAL PARA POLÍCIA FEDERAL E POLÍCIA CIVIL/DF PROFESSOR: LÚCIO VALENTE Página 2 www.pontodosconcursos.com.br 5ª Estude as questões. Não as use como forma de teste. Leia cada uma buscando as respostas no texto da aula ou nos comentários respectivos. Tempo: 1h30min Obs.: acredite em mim! Fazer testes em casa é uma grande perda de tempo. 6º Antes da aula seguinte, revise a aula estudada. Tempo: 10 minutos. 7º Faça revisões semanais de todas as aulas já estudadas. Para isso, releia seu resumo e só volte ao texto da aula quando precisar recordar determinados pontos. Obs.: divida o estudo da aula em, pelo menos, dois dias (ex.: 1º dia: leitura e resumo; 2º dia: memorização e questões). Antes de iniciarmos a primeira aula, solicito ao aluno que relembre comigo a estrutura do crime apresentada na aula zero (demonstrativa). Perceba que estamos estudando o fato típico. Dentro do fato típico estamos estudando a conduta. Já estudamos que a conduta é a “ação ou omissão, humana, consciente, voluntária e com finalidade”. Já estudamos (1) ação e omissão {própria e imprópria}; (2) praticada por ser humano; (3) consciente; (4) voluntária; (5) finalística. Veja o gráfico: Form A co acab ser c 1. mane assum Com 2. teori (assu CURSO O mas de cond onduta pode amos de re lassificada c O Dolo: O eira: “Diz‐se o miu o risco o se vê, a le Há no con ia da vonta umir o risco fato típico CONDUTA {própria e por ser h voluntária resultado nexo causa tipicidade ON-LINE – DI duta típica – e ser pratic elembrar. O como dolos O Código Pe o crime: I ‐ de produzi ei previu ap nceito de do ade (quere o de produz A: (1) ação e imprópria} umano; (3) a; (5) finalísti o al e IREITO PEN PROFE www.pon – Dolo e Cu cada por u Ocorre que d sa ou culpo enal prevê doloso, qu i‐lo (dolo ev enas duas h olo dado pe r o resulta zir o resulta o e omiss ; (2) pratica consciente; ca. NAL PARA P ESSOR: LÚC todoscon ulpa. m fazer (aç determinad sa. É isso qu o conceito uando o ag ventual)”. A hipóteses d elo artigo 18 do) e a teo do). Portan são ada (4) ilicit est nece leg de e cum do d exe reg d POLÍCIA FED CIO VALENT cursos.co ção) ou um a conduta a ue vamos v de dolo em gente quis o Art. 18 do C e “dolo”: o 8 do CPB du oria do ass nto, é dolos tude tado de essidade gítima efesa estrito mprimento dever legal ercício gular do ireito DERAL E PO TE om.br m não fazer ativa ou om er a partir d m seu artig o resultado CPB. direto e o e uas teorias sentimento so tanto qu culpa impu pot cons da il exigib de c div OLÍCIA CIVIL Pág r (omissão), missiva pode de agora. o 18, da se o (dolo dire eventual. que o expli o ou da ace em, por ex abilidade utabilidade encial sciência icitude bilidade onduta versa L/DF gina 3 , como e ainda eguinte eto) ou icam: a eitação emplo, Ricardo Delesderrier Realce quer mort Segu o age adot a) a b) a c) as d) as e) as RESP Vam class gosta class Prep 3. CURSO O r matar, com te. undo a reda ente quis o tada (Deleg teoria do a teoria da re teorias do s teorias do s teorias da POSTA: D os iniciar sificações pa aria de ress sificação de arado? Entã Dolo diret ON-LINE – DI mo quem, m ação do arti o resultado gado de Polí ssentiment epresentaçã assentimen o assentime representa o estudo ara o dolo d saltar que, b dolo é mer ão, vamos l to (o sujeito IREITO PEN PROFE www.pon mesmo não igo 18, I, do ou assumiu ícia/NCE‐U to; ão; nto e da rep nto e da vo ação e da vo a partir d dadas pela d basicamente ramente do á! o quer o res TEORIA DA VON (DOLO DIRET Querer o resul NAL PARA P ESSOR: LÚC todoscon querendo, o Código Pe u o risco de FRJ/PCDF/2 presentaçã ontade; ontade. essa classif doutrina e q e, o dolo ou utrinária. sultado) TEORIAS DO DOL NTADE TO) ltado ( Ac POLÍCIA FED CIO VALENT cursos.co assume o r enal (“Diz‐se produzi‐lo” 2005): o; ficação feit que, por iss u é direto o LO TEORIA DO ASSENTIMENTO (DOLO EVENTUAL) eitação do resultad DERAL E PO TE om.br risco de pro e o crime: I ”), é possíve ta pela lei o, são comu u é eventua do OLÍCIA CIVIL Pág oduzir o res – doloso, q el concluir q i. Após, ve uns em pro al. Qualque L/DF gina 4 sultado quando que foi eremos vas. Só r outra CURSO ON-LINE – DIREITO PENAL PARA POLÍCIA FEDERAL E POLÍCIA CIVIL/DF PROFESSOR: LÚCIO VALENTE Página 5 www.pontodosconcursos.com.br Sábado, dia 24 de dezembro, véspera de Natal. Imagine‐se tentando estacionar seu veículo no Park Shopping. Dá stress só de pensar, não é mesmo? Um velho senhor chega com seu carro para comprar o presente do neto. Após rodar por mais de uma hora a procura por uma vaga, eis que surge uma luz de ré. É um carro saindo e liberando uma vaga. Aquele senhor espera o carro sair com seta ligada, indicando que vai estacionar naquele local. Quando vai parar seu carro, outro sujeito acelera e coloca o carro na vaga que ele estava esperando. ‐ Amigo, me desculpe, mas eu estava esperando essa vaga! ‐ “Qualé” tio, o mundo é dos “eshhpertoshh”! Procura outra vaga! Então, o rapaz sai caminhando rindo do velho senhor. Aquele senhor que nunca antes havia praticado qualquer crime em sua vida, acelera o carro e atropela o rapaz. Após, engata a marcha ré e o atropela novamente. Por fim, engata a primeira marcha e o atropela pela terceira vez para ter certeza que o matou. Aquele senhor quis matar a vítima? Bom, se ele não quis, eu não sei mais o que é querer! Como o diz o povão: “ele quis DE COM FORÇA!” Esse é, portanto, o Dolo Direto. No caso, o agente dirigiu sua vontade final para o resultado criminoso. Diga‐se, ele quis o resultado criminoso. DOLO DIRETO SIGNIFICA QUERER O RESULTADO DESCRITO NO TIPO. 4. Como se vê, o dolo exige dois elementos para sua configuração: a. Um elemento intelectual: conhecimento atual das circunstâncias defato do tipo penal (ex.: José sabe que “mata alguém”). O desconhecimento atual de circunstâncias fáticas (leia‐se do fato concreto) leva ao denominado “erro de tipo”, que afasta o dolo (ex.: José, ao matar alguém, pensa que mata uma onça). b. Um elemento volitivo: representado por “querer” incondicionalmente o resultado descrito no tipo penal (Ex.: José efetua disparo contra João, sabendo tratar‐se de uma pessoa (elemento intelectual) e pretendendo ceifar sua vida (elemento volitivo)). Teoria do dolo -> Teoria da vontade. Volitivo: Que resulta da vontade; determinado pela vontade ou causado por ela; em que há intenção: ação volitiva. Ricardo Delesderrier Realce Ricardo Delesderrier Realce Ricardo Delesderrier Realce Ricardo Delesderrier Realce Ricardo Delesderrier Realce CURSO ON-LINE – DIREITO PENAL PARA POLÍCIA FEDERAL E POLÍCIA CIVIL/DF PROFESSOR: LÚCIO VALENTE Página 6 www.pontodosconcursos.com.br Obs.: a vontade de ser capaz de causar fisicamente o resultado real, permitindo definir o resultado típico como “obra do autor”. Assim, se José envia João para um passeio de barco querendo sua morte, mas não se envolve em nenhum ato que leve a esse resultado, o naufrágio causado por uma forte e inesperada tempestade não pode ser atribuído a José. O resultado, como se vê, é obra do acaso e não da conduta do autor, que não poderá responder pela morte. Nesse ponto, podemos dizer que José “desejou” a morte de João, o que não é suficiente para caracterizar o dolo. A “teoria da imputação objetiva”, como veremos, pretende explicar essa não imputação com critérios diferentes. Voltaremos ao tema emmomento oportuno. Quais são os elementos do dolo? Diferencie “desejo” de causar o resultado de “vontade” dirigida ao resultado. 5. Nesse querer do dolo direto, estão implícitas duas situações: o resultado e o meio para esse resultado. Desse raciocínio nascem dois tipos de dolos diretos, o dolo direto de primeiro grau e o dolo direto de segundo grau. Vamos lá, então: 6. O dolo direto pode ser subdividido em: • DOLO DIRETO DE PRIMEIRO GRAU: a vontade abrange o resultado típico como fim em si; • DOLO DIRETO DE SEGUNDO GRAU (OU DE CONSEQUÊNCIAS NECESSÁRIAS): o resultado típico é uma consequência necessária dos meios eleitos (escolhidos) para o cometimento do crime. O exemplo seria aquele em que o sujeito quer matar o presidente que está em um avião. Para isso, coloca uma bomba no avião e acaba matando, além do presidente, outras pessoas que ali estavam. Observe! O Dolo direto de primeiro grau existe em relação à morte do presidente. O Dolo direto de segundo grau existe em relação às outras pessoas que morrerão, porquanto era uma consequência necessária da conduta, dentro do que foi planejado. Ricardo Delesderrier Realce Ricardo Delesderrier Realce Ricardo Delesderrier Realce Igual mata outro Outr O ag receb isso v barco mort Dolo relaç 7. even Sim, cons resul POR INTE MAT CURSO O lmente, no ar um dos o, sendo es o exemplo ente quer a bimento de vai acabar m o ele teve te do rapaz. direto de ção à morte Mas, Vale ntual (quand é verdad equência n ltado pode EXEMPLO, RPELADO P TANDO UM ON-LINE – DI caso do a irmãos, o sa uma con de dolo dire afundar seu e seguro (A matando se certeza que . primeiro g e. ente, o do do o agente e! Mas no necessária “eventualm SE ACELER PELO CARO MA CRIANÇA P VO CO R IREITO PEN PROFE www.pon ssassínio d autor, auto nsequência eto de 2º gr u barco para Art. 171, inc eu funcioná e ia matar rau em rel lo direto d e aceita ou a o dolo dir para a fin mente ocorr RO O MEU ONA QUE D A QUE EV RE DOLO DIRETO D RIMEIRO GRAU = ONTADE SE REAL OM A PRODUÇÃO RESULTADO FINA NAL PARA P ESSOR: LÚC todoscon e irmãos x omaticame necessária d rau: a receber o ciso V, do C rio que pilo o funcioná ação à frau de segundo assume o ri reto de se nalidade de rer”. CARRO A DIZ: “VALE VENTUALME DOLO DIRETO O AGENTE QUER ESULTADO CRIMI DE = A LIZA O DO AL S N POLÍCIA FED CIO VALENT cursos.co ifópagos (s nte, “quer” de seu ato. o seguro, o CPB). Ele te ota a embar rio, ele de ude e dolo o grau é m sco)! egundo gra ela ocorrer 160 KM/H NTE, DESS ENTE ATRA O R O NOSO DOLO DIRETO SEGUNDO GRAU AS CONSEQUÊN NECESSÁRIAS DA DO AGENTE DERAL E PO TE om.br siameses). D ” indiretam que configu em certeza rcação. Bom certa forma direto de muito pare au ele tem rá. Já no H EM ÁREA E JEITO VO AVESSE A R DE = SÃO NCIAS A AÇÃO E OLÍCIA CIVIL Pág Dentro do mente a mo uraria fraud que quand m, se ao afu a também segundo gr cido com o m certeza dolo event A ESCOLAR OCÊ VAI A RUA”. SE M L/DF gina 7 querer orte do de para do fizer undar o QUIS a rau em o dolo que a tual, o E SOU ACABAR MINHA RESP DOLO Bom 8. Caso de Lê Ao fa prati Perce cons conc uma ela. S Outr mesm cons vez q ‐“Bo se!” CURSO O POSTA FOR: O EVENTUA , para que v Dolo indir o dos mend ênin, 1917) azê‐lo o pe car o ato – eba que o eguir esmo creto, se vo infecção e Seja como f o exemplo mo assim, ciência que que receber m, querer m ON-LINE – DI : “DANE‐SE AL, OU SEJA, você compr reto (eventu digos Russo ), mendigos edinte toma dolo event mendigo n olas, já que cê pergunt m meio a t for, não par seria do m submeter e pode levar rá um bom matar eu nã D CO DA ( IREITO PEN PROFE www.pon ! SE OCORR , PODE SER reenda isso ual) ‐ (não q os (Löffler): s mutilavam a como pos ual, portant não quer q a cena de u asse ao me anta sujeira ro a minha c édico que n um pacien r o paciente dinheiro pe ão quero, m GR DOLO DIRETO DE GRAU = É UMA ONSEQUÊNCIA CE A MINHA FINALID (GRANDE GRAU D CERTEZA) NAL PARA P ESSOR: LÚC todoscon RER, TANTO QUE OCOR melhor, va quer o resu Durante a m seus filho ssível a mo to. que a crian uma criança endigo: “Vo a?” Ele pod conduta. Ou não possui nte a cirur e à morte, m ela cirurgia. mas se a pac DOLO DIRETO D RAU X DOLO EVE 1º A ERTA DADE DE D POLÍCIA FED CIO VALENT cursos.co O PIOR PRA RRA OU NÃO mos ao estu ultado, mas Revolução os para aum orte do filho nça morra, a sempre to ocê não vê e responde u seja, DAN especialida rgia de lip mas isso não O médico p ciente morr E 1º NTUAL DOLO EVENTUAL SER QUE OCORR NÃO (APENA POSSIBILIDAD DERAL E PO TE om.br A ELA!” ESTO O. udo do dolo aceita corr o Russa (Re mentar a co o, mas isso até porqu oca as pesso que esta cr er: “Bom, se E‐SE!” ade em ciru poaspiração o impede d pensa com e rer tanto pio = PODE RA OU AS DE) OLÍCIA CIVIL Pág OU AGINDO o eventual. rer o risco.) volução So ompaixão p o não o det e seria pio oas. Mas, n riança pode e morrer, p rgia, mas r . O médic e prossegui ele mesmo or para ela! L/DF gina 8 O COM cialista pública. tém de or para no caso e pegar pior pra esolve, co tem ir, uma : ! Dane‐ Nas possí resul Com mas desin signif o ag houv (Ana desti a mo agiu a) cu b) do c) cu d) do Resp ( FCC agen prod Resp CURSO O duas situaç ível a ocorr ltado. o se vê, no não o quer nteressante ficar menos ente pross ver, ocorra alista – MPU ino, avanço orte de um com ulpa olo indireto lpa conscie olo eventua posta: D C ‐ 2010 ‐ nte, embora duzi‐lo. posta:Errad DOLO EVENTUA ON-LINE – DI ções o agen rência do r o dolo even r diretamen e para o ag s esmolas), iga em sua o que ocor U – 2007) J ou com o ve ou mais pe o ente al TRE‐AL ‐ A a prevendo do L IREITO PEN PROFE www.pon nte aceita resultado gr ntual, o age nte. Em ver gente (no c porém a pr a conduta. rer, não pa João, dirigin eículo contr edestres, m Analista Jud o resultado NAL PARA P ESSOR: LÚC todoscon a produção ravoso e as ente prevê dade, pode caso do me revisão da o É como se ro minha co ndo um aut ra uma mul mas sem se diciário‐ada o, não quer PR RE A R POLÍCIA FED CIO VALENT cursos.co o do resulta ssume o ris a possibilid e ser que o endigo russ ocorrência d e dissesse p onduta”. tomóvel, co ltidão, cons importar c aptada ) H r que ele oc REVISÃO DO ESULTADO + ACEITAÇÃO DESSE RESULTADO PREVISTO DERAL E PO TE om.br ado. Diga‐s sco de prod dade do res resultado c so, perder a do resultado para si mes om pressa sciente do r com essa po Há dolo ev corra nem a OLÍCIA CIVIL Pág e, percebe duzir esse m sultado crim criminoso s a criança p o não impe smo: “haja de chegar risco de oca ossibilidade ventual qua assume o ri L/DF gina 9 que é mesmo minoso, eja até poderia de que o que ao seu asionar e, João ando o isco de CURSO ON-LINE – DIREITO PENAL PARA POLÍCIA FEDERAL E POLÍCIA CIVIL/DF PROFESSOR: LÚCIO VALENTE Página 10 www.pontodosconcursos.com.br 9. Neste momento, preciso te falar uma coisa importante! O posicionamento dos tribunais, em maioria, é de que o dolo direto e o dolo eventual são equiparados pela lei. Quero dizer, tudo que cabe para o dolo direto, cabe para o dolo eventual. Diz o Ministro Francisco Campos na Exposição de Motivos do Código de 1940: “Segundo o preceito do art. 15, I, o dolo existe não só quando o agente quer diretamente o resultado (effetus sceleris), como assume o risco de produzi‐lo. O dolo eventual é, assim, plenamente equiparado ao dolo direto. É inegável que arriscar‐se conscientemente a produzir um evento vale tanto quanto querê‐lo.” Assim, a lei equiparou o dolo direto ao eventual, não sendo correto dizer que um é mais grave do que o outro.” Valente, qual a importância disso? Isso é importante para você acertar questões como a seguinte: (CESPE ‐ 2010 ‐ DPU ‐ Defensor Público ) Em se tratando de homicídio, é incompatível o domínio de violenta emoção com o dolo eventual. Antes de qualquer coisa, lembre‐se que a assertiva está se referindo a uma causa de diminuição de pena existente no homicídio que é: “praticar o fato sob domínio de violenta emoção, logo após a injusta provocação da vítima” (Art. 121, § 1º, CPB). Realmente, é difícil pensar nessa causa de diminuição com dolo eventual. Mas, pense na situação do sujeito que tem seu inimigo em frente a seu carro, impedindo a passagem e, ao mesmo tempo, xingando a vítima de “corno” na presença dos filhos deste. O motorista acelera o carro, dominado por violenta emoção provocada por ato injusto da vítima, assumindo o risco de matá‐la. Ao praticar tal conduta, acaba por matá‐la. Eu te disse que: “TUDO QUE CABE PARA O DOLO DIRETO, CABE PARA O EVENTUAL.” Então não tenha dúvida de marcar a questão como ERRADA. Ou seja, é plenamente compatível o dolo eventual como “domínio de violenta emoção”. Outra pergunta: cabe tentativa em dolo eventual? Ricardo Delesderrier Realce Ricardo Delesderrier Realce Ricardo Delesderrier Realce A do DOLO Dica even 10. com dificu INFO TÍTU Dolo ARTI São art. 1 med ofen impe fecha pacie calça Conc quali CURSO O outrina se d O DIREITO, : sempre q ntual”, com Posição d a qualifica ulte ou torn ORMATIVO LO eventual e GO incompatív 121 do CP iante dissim dido”). Co etrado em ado pela pr ente fora pr ada, atrope cluiu‐se pel ificadora e ON-LINE – DI divide, mas CABE PARA que o cesp o nos exem ivergente: adora do h ne impossív Nº 618 qualificado veis o dolo (“§ 2º Se o mulação ou om base n favor de rática de ho ronunciado lara casal d a ausência e, em co Cab d IREITO PEN PROFE www.pon marque na A O EVENTU pe afirmar mplos acima o STF, no e homicídio c vel a defesa ora: incomp eventual e o homicídio u outro recu nesse ente condenado omicídio qu o por dirigir de transeun do dolo es onseqüência TU PAR CAB be tentativa e dolo eventual NAL PARA P ESSOR: LÚC todoscon a prova com AL. A respo r que “cab a, a respost entanto, en consistente a do ofendid patibilidade e a qualifica o é cometid urso que dif ndimento, o à pena d alificado de veículo, em ntes, evadin specífico, im a, determ UDO QUE CO RA O DOLO D BERÁ PARA O EVENTUAL m q POLÍCIA FED CIO VALENT cursos.co mo te ensin osta é sim, p e determin a será COR tende ser i em pratic do. adora prev do: ... IV ‐ à ficulte ou t a 2ª Tur de reclusão escrito no a m alta veloc ndo‐se sem mprescindív inou‐se su UBER DIRETO, O DOLO L O dolo eve compatíve qualquer qua do homic DERAL E PO TE om.br ei: TUDO Q portanto. nada situa RETA. ncompatíve ar o fato c vista no inc à traição, d torne impos ma deferiu o em regim artigo referi cidade, e, a m prestar so vel à config ua exclusã ntual é el com lificadora cídio OLÍCIA CIVIL Pági QUE CABE P ção para o el o dolo ev com recurs iso IV do § de embosca ssível a def u habeas me integral ido. Na esp o avançar s ocorro às v guração da ão da se L/DF na 11 PARA O o dolo ventual so que § 2º do ada ou fesa do corpus lmente pécie, o sobre a vítimas. citada ntença CURSO ON-LINE – DIREITO PENAL PARA POLÍCIA FEDERAL E POLÍCIA CIVIL/DF PROFESSOR: LÚCIO VALENTE Página 12 www.pontodosconcursos.com.br condenatória. Precedente citado: HC 86163/SP (DJU de 3.2.2006). HC 95136/PR, rel. Min. Joaquim Barbosa, 1º.3.2011. (HC‐95136) O dolo eventual, como falei, é em tudo equiparável ao dolo direto. Recentemente, por exemplo, ocorreu um fato em Porto Alegre que todos irão se lembrar. Um motorista avançou sobre ciclistas que faziam protesto em uma via pública da capital gaúcha (Veja o vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=8Z2V4BNcLgo&feature=related). Não tenho dúvidas em afirmar que o agente agiu com dolo eventual e deverá, portanto, responder por tentativa de homicídio qualificado pelo recurso que impossibilitou a defesa do ofendido. Não vejo, dessa forma, qualquer incompatibilidade entre os institutos e penso estar muito bem acompanhado pelo STJ. Senão, vejamos julgado recente: Consoante já se manifestou esta Corte Superior de Justiça, a qualificadora prevista no inciso IV do § 2.º do art. 121 do Código Penal é, em princípio, compatível com o dolo eventual, tendo em vista que o agente, embora prevendo o resultado morte, pode, dadas as circunstâncias do caso concreto, anuir com a sua possível ocorrência, utilizando‐se de meio que surpreenda a vítima (STJ, HC 120.175/SC, DJe 29/03/2010) De qualquer sorte, o posicionamento apresentado pela Turma do STF deverá ser considerado para provas futuras, apesar de não ser jurisprudência majoritária. O fato é que os examinadores não têm feito diferenciação entre “jurisprudência” (decisão reiterada de um Tribunal dando determinada interpretação a um instituto jurídico no fato concreto) de “precedente” (decisão ou decisões não reiteradas de órgão singular ou colegiado de Tribunal). 11. Elementos subjetivos especiais José, médico ginecologista, é procurado por Maria para realização de exame clínico. José solicita que Maria se deite em uma camaem posição ginecológica. Então, após calçar a luva, introduz o dedo indicador na vagina de Maria. Podemos afirmar, com certeza, que José consciente e voluntariamente introduziu seu dedo na vagina de Maria. Tem, por conseguinte, conhecimento e vontade de praticar um crime? CURSO ON-LINE – DIREITO PENAL PARA POLÍCIA FEDERAL E POLÍCIA CIVIL/DF PROFESSOR: LÚCIO VALENTE Página 13 www.pontodosconcursos.com.br Em princípio, não. Veja que o especial fim de agir de José, suas intenções, suas tendências internas, suas atitudes psicológicas não foram libidinosas (leia‐se, de caráter sexual). Podemos afirmar, então, que ao lado do dolo, a lei pode exigir do sujeito ativo determinada atitude psicológica. No estupro, a finalidade de satisfação sexual; no furto, a intenção especial de se apropriar da coisa; a finalidade de uso pessoal, no crime de porte de drogas para uso próprio; a tendência de extrapolar os limites de sua autoridade, no abuso de autoridade; a finalidade de manchar a reputação social da vítima na calúnia e difamação, e por aí vai. 12. Esses elementos subjetivos especiais eram antes apelidados de “dolo específico”. Atualmente, a denominação “elemento subjetivo especial do tipo ou do injusto” é mais utilizada. Bom, a identificação dessas características especiais de cada tipo penal é um trabalho a ser realizado tipo por tipo na parte especial do Código Penal. De qualquer forma, é importante entender o esquema geral de classificação de tais tipos penais. Com efeito, a doutrina classifica os elementos subjetivos especiais do tipo em: a. Delitos de intenção (ou de tendência interna transcendente): ocorre quando o tipo penal descreve um propósito que não precisa se realizar concretamente, mas que deve ser finalidade do autor. Na extorsão mediante sequestro (CPB, art. 159), por exemplo, a lei descreve a conduta de quem sequestra pessoa com o fim de obter, para si ou para outrem, qualquer vantagem, como condição ou preço do resgate. O sequestrador, nesse caso, deve ter um propósito bem definido: obter o resgate. Ocorre que, mesmo que esse propósito não se cumpra (ex.: a vítima é encontrada pela polícia antes do pagamento) o crime já se realizou. Os delitos de intenção são subdividos em: i. Delitos de resultado cortado: em que o resultado pretendido não exige ação complementar do autor. O furto é um exemplo de delito de intenção com resultado cortado. O art. 155 do CPB descreve: subtrair coisa alheia móvel com a finalidade (para) ter para si ou para outrem. Assim, temos: Subtrair coisa alheia móvel: dolo genérico. Para si ou para outrem: dolo específico (elemento subjetivo especial) é por isso que não se pune o “furto de uso”, ou seja, aquela situação em que o sujeito “toma Ricardo Delesderrier Realce Ricardo Delesderrier Realce Ricardo Delesderrier Realce Ricardo Delesderrier Realce CURSO ON-LINE – DIREITO PENAL PARA POLÍCIA FEDERAL E POLÍCIA CIVIL/DF PROFESSOR: LÚCIO VALENTE Página 14 www.pontodosconcursos.com.br emprestada” a coisa sem autorização do dono. Se não existe finalidade de ficar definitivamente com a coisa, não existe furto. Pois bem, essa finalidade especial não exige uma segunda ação do autor, bastando que exista a finalidade especial em sua mente. Outros exemplos de delitos de intenção com resultado cortado: com o fim de obter (art. 159, CPB – extorsão mediante sequestro); com o fim de transmitir a outrem moléstia grave de que está contaminado (art. 131, CPB – perigo de contágio de moléstia grave); etc. ii. Delitos mutilados de dois ou mais atos: em que o resultado complementar exigiria outras ações por parte do criminoso. Um sujeito que falsifica cédula de Real, por exemplo, tem alguma finalidade especial ao praticar o falso (ex.: praticar estelionato). Entretanto, esse resultado posterior, que não faz parte do tipo de falso, depende de uma ou várias ações do sujeito ativo. Por isso, diz‐ se que o crime foi mutilado em dois ou mais atos. ( CESPE ‐ 2010 ‐ MPE‐RO ‐ Promotor de Justiça) No tocante aos delitos de intenção, assim conceituados por parte da doutrina, há as intenções especiais, que dão lugar aos atos denominados delitos de resultado cortado, tais como o crime de extorsão mediante sequestro, e os atos denominados delitos mutilados de dois atos, tais como o crime de moeda falsa. Resposta: correto. b. Delito de tendência intensificada: a ação do autor está contaminada por uma tendência psicológica que só existe em sua mente. Se tirarmos uma foto da situação, não poderemos dizer se o fato é criminoso ou não. Na maioria das vezes, esses fatos passam sem a percepção de qualquer pessoa, pois o dolo específico só existe no coração do agente. Em uma situação real, uma mulher procurou a delegacia para relatar que, quando esteva internada em determinado hospital, foi examinada por um médico, o qual apalpou seios. A situação não despertaria qualquer alarde, uma vez que, ao que parece, o exame clínico seria coerente com a enfermidade da vítima. Entretanto, o doutor, ao praticar tal conduta, disse para a vítima: “dá até vontade de beijá‐los.” Ricardo Delesderrier Realce Ricardo Delesderrier Realce Veja even c. desc teste conv PEGA 1. A CULP 2. O 3. NO 4. O 5. NO 6. NO UMA ARQ 7. N ASSE CURSO O que o aspe ntual delito Delitos d onformidad emunho, o vicção de qu ANDO O FIO A CONDUTA POSAMENT DOLO POD O DOLO DIR DOLO DIRE O DOLO DIR O DOLO DI A CONSEQ QUITETOU. O DOLO E ENTIMENTO ele subj in ON-LINE – DI ecto libidin sexual. de express de entre a agente diz ue viu). O DA MEAD A ATIVA O TE; DE SER DIRE RETO O SUJ ETO PODE S RETO DE PR IRETO DE S QUÊNCIA EVENTUAL O); emento jetivo do njutos IREITO PEN PROFE www.pon oso é o qu são: é o expressão que não v DA OU OMISSI ETO OU EVE JEITO QUER SER DE 1º E RIMEIRO GR SEGUNDO G NECESSÁRI O SUJEITO NAL PARA P ESSOR: LÚC todoscon e permite d que se o e a conv viu o suspei IVA PODE ENTUAL (IN R O RESULTA DE 2º GRA RAU O AGEN GRAU O AG IA DENTR O ACEITA P delito de intenção tendência intensificad delitos de expressão POLÍCIA FED CIO VALENT cursos.co diferir um s caracteriza vicção pess ito (express SER PRAT DIRETO); ADO (TEOR US; NTE VISA A GENTE PRA RO DO P PRODUZIR O a da e o DERAL E PO TE om.br simples exa pela exis oal do aut são mentiro TICADA DO RIA DA VON A UM FIM D ATICA OUTR PLANEJAME O RESULTA resultado mutilad vários OLÍCIA CIVIL Pági ame clínico stência de tor (ex.: no osa), quand OLOSAMENT TADE); ETERMINA RO CRIME ENTO QUE ADO (TEOR o cortado dos em s atos L/DF na 15 de um e uma o falso do tem TE OU DO; COMO E ELE RIA DO CURSO ON-LINE – DIREITO PENAL PARA POLÍCIA FEDERAL E POLÍCIA CIVIL/DF PROFESSOR: LÚCIO VALENTE Página 16 www.pontodosconcursos.com.br 8. TUDO QUE CABE PARA O DOLO DIRETO, CABE PARA O DOLO EVENTUAL (EXEMPLO: TENTATIVA). 9. O STF ENTENDE NÃO SER COMPATÍVEL DOLO EVENTUAL COM A QUALIFICADORA DA SUPRESA NO HOMICÍDIO. 10. OS ELEMENTOS SUBJETIVOS ESPECIAIS REPRESENTAM UM ESPECIAL FIM DEAGIR POR PARTE DO AGENTE. 13. Bom, como eu falei agora a pouco, o Código Penal (art. 18) apenas classificou o dolo em DIRETO e EVENTUAL. Todavia, existem outras classificações para o DOLO que devem ser estudadas. Lembro que, de uma forma ou de outra, o dolo será direto ou eventual. PARA APROFUNDAR! Outras classificações do dolo: a. Dolo alternativo: o autor quer, de forma indiferente, um ou outro resultado ( Ex.: Caio atira em Mévio, pouco importando para matá‐lo ou feri‐lo). b. Dolo cumulativo: O agente pretende alcançardois resultados, em sequência. O exemplo pode ser o de que o agente deseja espancar a vítima e, só depois, matá‐la. No caso, a lesão ficará absorvida pelo homicídio se for meio para a realização deste. c. dolo de ímpeto (ação dolosa sem cogitação, sem premeditação): impulsivo, não presumido. Ocorre muitas vezes em discussões de trânsito em que o agente efetua um disparo na vítima após tomar uma fechada. d. Dolo específico: (também chamado de elemento subjetivo do tipo ou delito de tendência) – quando a lei especifica o tipo de crime, “com o fim de, com a finalidade de, com o intuito de, com a intenção de”. Exemplo: “Sequestrar pessoa com o fim de obter, para si ou para outrem, qualquer vantagem, como condição ou preço do resgate” (Extorsão mediante seqüestro, art. 159 do CPB). CURSO ON-LINE – DIREITO PENAL PARA POLÍCIA FEDERAL E POLÍCIA CIVIL/DF PROFESSOR: LÚCIO VALENTE Página 17 www.pontodosconcursos.com.br (CESPE_Procurador do MP_TC_GO_2007) No crime de falsificação de documento público o dolo é específico. Resposta: Errado (CESPE_Procurador do MP_TC_GO_2007) Para a configuração do crime de peculato‐ desvio, é necessária a presença do dolo genérico e do dolo específico. Resposta: Correto. e. Dolo geral (Ex. o sujeito quer matar por veneno, mas mata enforcado simulando o suicídio) No dolo Geral teríamos uma só conduta, dividida em dois ou mais atos: o agente dispara contra a vítima, que desmaia; ele pensa que a vítima já morreu e joga seu corpo ao rio para encobrir o crime anterior; descobre‐se depois que ela morreu não pelo disparo, mas sim pelo afogamento. Quis matar e, de fato, matou, respondendo pelo resultado normalmente. O dolo geral é também denominado “erro sobre o nexo causal”. Por que a denominação “dolo geral”? Porque o dolo do agente o acompanha até o resultado, mesmo que este não advenha da forma como imaginou inicialmente. RESUMINDO: QUIS MATAR, MATOU! f. Dolo de perigo: em verdade, não é propriamente o dolo que é de perigo, mas o tipo penal (tipo de perigo concreto ou de perigo abstrato). Os doutrinadores dividem os TIPOS DE PERIGO em: (a) perigo abstrato (ex.: omissão de socorro), onde o perigo não precisa ficar demonstrado, pois ele se presume; (b) perigo concreto (Ex.: Periclitação à vida ou à saúde de outrem), onde o crime só se consuma com a demonstração efetiva do perigo para pessoa(s) determinada(s). Imag de m Bom trans (Expo molé Refe Caso integ trans Difer dem coloc ilega Assim vez q CURSO O gine que o s manter relaç , no caso, smitida a d or alguém, éstia venére rido crime é o a doença gridade corp sformou em rente seria onstrado q cado em p lmente seja m, porte ile que o perigo ON-LINE – DI sujeito saiba ções sexuai a vítima fic oença, o ag por meio d ea, de que é de perigo seja transm poral ou a s m LESÃO. o caso de ue determi erigo com a algo perig egal de arm o se presum DO IREITO PEN PROFE www.pon a que é por s desproteg cou CONCR gente respo de relações sabe ou de concreto, t mitida à mo saúde de ou e alguém a nada pesso essa cond goso. a de fogo ( me. OLO DE PERIGO OUTRAS FORMAS D DOLO NAL PARA P ESSOR: LÚC todoscon rtador de um gido com u RETAMENTE onde pelo c sexuais ou eve saber q tendo de ex ça, o crime utrem, ART. andar arma oa ou grupo uta. Isso p art. 14, Lei Co E Do D Do D POLÍCIA FED CIO VALENT cursos.co ma moléstia ma moça, s E em perig crime de “p u qualquer a ue está con xistir demon será de LE . 129 do CP ado. Não s o de pessoa porque se p 10.826/03) Abstrato: se presume oncreto: não se presume olo alternativo Dolo de perigo olo cumulativo olo específico Dolo geral DERAL E PO TE om.br a venérea, o sem alertá‐ o. Mesmo perigo de c ato libidino ntaminado, nstração do SÕES CORP B), uma vez se faz nece s tenha sid presume qu ) é crime de e OLÍCIA CIVIL Pági o que não i ‐la dessa sit que não lh contágio ve oso, a contá art. 130 do o efetivo per PORAIS (Ofe z que o PER essário que o concreta ue andar a e perigo ab L/DF na 18 mpede tuação. he seja néreo” ágio de o CPB). rigo. ender a RIGO se e fique amente armado bstrato, 14. Diz‐s mesm diligê resul Em u traje sua c que a Ao r cuida pode Perg Sim, Lemb CURSO O A culpa se o crime c mo assume ência, na f ltado crimin uma noite d to, utiliza‐s chegada. Ao atravessava retirar sua ado a que erá respond unto: Existi claro! TODA brando os e FINAL ON-LINE – DI culposo (ou e o risco de forma de noso. de sábado, J se de seu ce o fazer isso a a rua em u atenção da todos os m der pelo res u vontade n A CONDUTA elementos d IDADE IREITO PEN PROFE www.pon não intenc produzi‐lo, imprudênc José dirige elular para o, tira o foc uma faixa d a pista par motoristas e ultado, mes na conduta A TEM VON da conduta: CONDUTA AÇÃO OU OMISSÃO HUMANA VONTADE NAL PARA P ESSOR: LÚC todoscon cional) quan , porém, po ia, negligên seu carro p enviar uma co da direçã e pedestres ra utilizar o estão obrig smo que nã de José? NTADE, lemb : CO POLÍCIA FED CIO VALENT cursos.co ndo o agent or inobserv ncia e imp para a casa a mensagem ão e acaba s. o celular, J gados. Ao a ão intencion bra? ONSCIENTE DERAL E PO TE om.br te não quer ância do de perícia aca de sua nam m de texto p por atrope José quebr atropelar e nal. OLÍCIA CIVIL Pági r o resultado ever de cuid ba causand morada. Dur para ela, av elar uma ve rou um dev matar a ve L/DF na 19 o, nem dado e do um rante o visando elhinha ver de elhinha O qu Veja mas A cu 15. a. Po Exem b. Po Exem c. Po Exem 16. Obse ocor resul Muit pode ou nã Dent a cul Tenh 17. CURSO O ue ocorre n que José, p por imprud ulpa, portan Como algu or Imprudên mplo: aceler or negligên mplo: deixar or Imperícia mplo: dirigir Classificaç erve uma c ram extrao ltado for im to bem. Se e prever) po ão prever o tro desse ra pa inconsci ha calma e v A culpa po ON-LINE – DI a conduta c por exemplo dência acabo nto, é a queb uém pode q ncia: é um f rar o veículo ncia: é um n r de fazer a a: é um não r o veículo s ção de Culp oisa. O Dir ordinariame mprevisível, o resultad ode ocorrer o previsível aciocínio su ente (sem p vamos lá! ode ser con IMPRU IREITO PEN PROFE www.pon culposa é q o, apenas q ou causand bra de um d quebrar o d fazer descu o acima da v não fazer de manutençã o saber faze em ter cart pa reito Penal nte fora da o agente n do é previsí r de o sujeit . rgem dois t previsão). sciente ou UDÊNCIA NAL PARA P ESSOR: LÚC todoscon que a vonta queria mand do um acide dever objet ever de cuid uidado velocidade escuidado; ão do veícul er (falta de teira de hab nunca pun a possibilida ão se respo ível (leia‐se to prever ou tipos de cul inconscient FORMAS DE CULPA NEGLIGÊNCIA POLÍCIA FED CIO VALENT cursos.co ade não é d dar uma me ente. ivo de cuida dado? permitida. lo. habilidade bilitação. ne qualquer ade de prev onsabiliza po e, uma pess u não esse r pa: a culpa te. E A IMP DERAL E PO TE om.br dirigida par ensagem pa ado. técnica). r pessoa po visão. Quer or ele. soa de me resultado. D consciente PERÍCIA OLÍCIA CIVIL Pági ra algo crim ara sua nam or resultadoro dizer qu diana intel Digo, pode e (com prev L/DF na 20 minoso. morada, os que e, se o igência prever visão) e CURSO ON-LINE – DIREITO PENAL PARA POLÍCIA FEDERAL E POLÍCIA CIVIL/DF PROFESSOR: LÚCIO VALENTE Página 21 www.pontodosconcursos.com.br a. Culpa Consciente (com previsão): é aquele que o sujeito prevê o resultado, mas acredita sinceramente que não ocorrerá. Lembro que quando eu era criança, meu pai me levou ao circo no dia do meu aniversário de sete anos. Uma das atrações do circo era o atirador de facas. O sujeito atirava as facas em direção a uma moça presa a uma roda em movimento. Pense! O sujeito ao atirar facas em direção à moça não tinha intenção de matá‐la, pelo menos é o que se espera. Ele até previu que um erro poderia ser trágico, mas acredita sinceramente que esse erro não ocorrerá, até porque ele treina esse número há anos. Ocorre que o pior acaba por acontecer, por erro no lançamento da faca, o atirador acerta o peito da moça, matando‐a. Eis a culpa consciente! O sujeito acredita, sinceramente, que o resultado não ocorrerá, mas acaba causando esse resultado por imprudência, negligência ou imperícia. 18. Qual a diferença entre DOLO EVENTUAL e CULPA CONSCIENTE? O DOLO EVENTUAL se aproxima da CULPA CONSCIENTE, porém com ela não se confunde, por que: (a) no DOLO EVENTUAL há conformação com o resultado (seja como for, dê no que dê, não deixo de agir); ao passo que (b) na CULPA CONSCIENTE não se conforma com o resultado e acredita não sua não ocorrência. (até pode acontecer, mas não acredito que aconteça). (CESPE ‐ 2008 ‐ TCU ‐ Analista de Controle Externo ) Durante um espetáculo de circo, Andrey, que é atirador de facas, obteve a concordância de Nádia, que estava na platéia, em participar da sua apresentação. Na hipótese de Andrey, embora prevendo que poderia lesionar Nádia, mas acreditando sinceramente que tal resultado não viesse a ocorrer, atingir Nádia com uma das facas, ele terá agido com dolo eventual. Resposta: errado b. Cu prev ( FCC emb desin Gaba Imag ao ba com tal at crian Enfim pelo Amb realiz com Entã CON Dolo CURSO O ulpa Incons isível. Diga‐ C ‐ 2010 ‐ T ora previsí nteresse. arito: corret gine que o s anco pagar seu filho. M to é de ext nça era algo m, o pai não resultado. as as form zado, princ previsão) e o vamos lá SCIENTE? eventual – ON-LINE – DI sciente (sem ‐se, não vê o TRE‐AL ‐ An ível o resu to. sujeito deix contas. Ao Mas, qualqu remo perig o PREVISÍVEL o previu alg mas de culp cipalmente, e dolo event á mais um – o agente v D IREITO PEN PROFE www.pon m previsão) o resultado nalista Judi ltado, o ag xe seu filho fazer isso, uer pessoa m go ao infant L para qual o que seria a (previsíve para demo tual (o agen a vez. Qua vê o resultad D C OLO EVENTUA DANE‐SE! NAL PARA P ESSOR: LÚC todoscon ): O sujeito que poder iciário‐adap gente não de um ano o pai não p medianame te. Assim, p quer pessoa perfeitame el e imprev onstrar a d nte assume al a diferen do como po DOLO EVENTUA CULPA CONSCIE L É O C POLÍCIA FED CIO VALENT cursos.co não prevê ia e deveria ptada ) Há o prevê po de idade d pensou que ente intelige podemos di a normal. ente previsí visível) são diferença en o risco de p nça entre ossível e ace AL X ENTE CULPA CONSCIE É O IH, DANO DERAL E PO TE om.br ê um result a prever. culpa inco or descuido dentro do ca e algo de ma ente poderi zer que a e ível. Por isso equiparada ntre culpa produzir o r DOLO EVEN eita esse res ENTE OU! OLÍCIA CIVIL Pági ado que lh nsciente qu o, desatenç arro enqua al poderia o a ter previs eventual mo o, deve resp as. Esse es consciente resultado). NTUAL e sultado; L/DF na 22 e seria uando, ção ou nto vai ocorrer sto que orte da ponder tudo é (culpa CULPA Culpa que e (CES delit prod Resp (CES quan agen Resp 19. Cuida culpa PREV Todo prev CURSO O a conscient ele não oco PE_Analista o, ao pratic duzi‐lo, o cri posta: errad PE_PROCUR ndo o agen nte não que posta: errad A previsib ado com um a inconscie VISIBILIDAD o crime exig isibilidade d ON-LINE – DI te – o agen orrerá. a Judiciário car o crime ime será cu do RADOR ESP nte assume er o resultad do. bilidade obj ma coisa! N ente não DE. ge previsibi de ocorrer u CUL IREITO PEN PROFE www.pon nte vê o res o _Execução e, não quer ulposo, na m PECIAL DE C e ou aceita do, caso co etiva (poss Na culpa con existe ess lidade (a ca um crime nã C LPA CONSCIEN CULPA COM PREVISÃO NAL PARA P ESSOR: LÚC todoscon sultado com o de Manda r diretamen modalidade CONTAS – T a o risco de ntrário, ter ibilidade de nsciente exi sa previsã apacidade o ão haverá c CULPA = QUE DO DEVER D CUIDADO NTE: M POLÍCIA FED CIO VALENT cursos.co mo possível ados_TJDFT nte o result e culpa cons TCE‐ES_2009 e produzir r‐se‐ia um c e previsão) iste previsã o. Mas, P ou possibilid culpa. BRA DE O CULPA INCONSCIEN CULPA SE PREVISÃO DERAL E PO TE om.br , mas acred T_2008) Se o tado, mas a sciente. 9) A culpa c o resultad crime doloso ão do result PREVISÃO dade de pre NTE: M O OLÍCIA CIVIL Pági dita sincera o sujeito at assume o ri consciente do. Nesse c o. ado, enqua é diferen evisão). Se L/DF na 23 amente tivo do isco de ocorre caso, o anto na nte de não há Note era p ter p Hehe O filh nas s a) Sa Ocor cons b) Ap qualq incon MAM prev A pr indiv pess ( CES acord poss a cul CURSO O e que o age previsível, n previsto). e, confuso? ho que, ao seguintes hi aiu de casa rre que po ciente). RES pesar de ter quer pesso nsciente ou MÃE. Obser isível (houv revisibilidad víduo comu oas. SPE ‐ 2010 do com a ibilidade de pa, uma ve ON-LINE – DI nte pode PR não houve P Vamos lá e ouvir trovõ ipóteses: PREVENDO or negligen SULTADO: V r ouvido os oa mentalm u sem prev rve que não ve previsibil de objetiva um, de ate ‐ TRT ‐ 1ª doutrina e o agente, ez que é seu P IREITO PEN PROFE www.pon REVER ou n PREVISÃO, m então! ões, sai de c O que chove nciar a ca VAI TOMAR trovões nã mente norm visão) RESU o houve PR idade). a toma com enção, dilig REGIÃO (R majoritária , dadas sua u elemento P Previsibilidad potencial par prever NAL PARA P ESSOR: LÚC todoscon não como p mas ainda e casa sem pr eria, mas co apa acaba UM PUXÃO o previu a c mal. Ao sai ULTADO: VA REVISÃO ef mo parâme gência e pe RJ) ‐ Juiz) N a, a ausên s condições . PREVISÃO X PREVISIBILIDA de: ra P POLÍCIA FED CIO VALENT cursos.co ossível o re existe a pre roteção con mo o trajet se molha O DE ORELH chuva, fato ir de casa AI TOMAR fetiva pelo etro o “ho erspicácia n No ordenam ncia de pr s peculiares X ADE Previsão: a ef visualização resultado fut Requer previsibilida DERAL E PO TE om.br esultado. Se evisibilidade ntra chuva p to era curto ndo (molh HA DA MAM que poderi acaba se UM PUXAO sujeito, m omem méd normais à mento juríd revisibilidad s, prever o fetiva o do turo. ade OLÍCIA CIVIL Pági e não previu e (possibilid pode ter inc o, não se mo hou‐se por MÃE; ia ser previs molhando O DE OREL aso fato l dio”, ou sej generalidad dico brasile de subjetiv resultado ‐ L/DF na 24 u o que ade de corrido olharia. culpa sto por (culpa HA DA he era ja, um de das iro, de va ‐ a ‐ exclui CURSO ON-LINE – DIREITO PENAL PARA POLÍCIA FEDERAL E POLÍCIA CIVIL/DF PROFESSOR: LÚCIO VALENTE Página 25 www.pontodosconcursos.com.br Resposta: errado. Veja um último exemplo sempre citado pelo sempre inspirador Professor Edson Smaniotto (Desembargador do TJDFT) em exemplo proferido em sala de aula em curso de pós‐graduação em Direito Penal: "Um pai pediu para que seus dois filhos o auxiliasse na reparação da cisterna de sua chácara. Os dois filhos entraram na cisterna e sentaram‐se em uma taboa improvisada para que enchessem o balde com os entulhos que entupiam a cisterna, puxando a corda como sinal para o pai suspender o balde quando este estava cheio. Em determinado momento, devido o sol ter mudado de posição, o interior da cisterna ficou muito escuro e os filhos reclamaram da falta de luminosidade ao pai. Este providenciou um holofote alimentado por um gerador de energia a diesel. Ligou o aparelho, que iluminou por completo a cisterna, com o cuidado de posicioná‐lo de forma que a fumaça emitida tomasse direção oposta à mesma. Os garotos reiniciaram então a tarefa. O pai, percebendo a demora na emissão do sinal de balde cheio, resolveu olhar para o fundo do poço e percebeu os dois meninos deitados inertes na tábua. Estavam mortos. O laudo pericial constatou que devido à combustão incompleta do combustível, além da água e gás carbônico foi liberado um gás extremamente tóxico, o monóxido de carbono (CO). Como é um gás invisível e sem cheiro, não foi percebido e tomou conta do ambiente onde os garotos se encontravam. Uma quantidade equivalente a 0,4% no ar em volume é letal para o ser humano, em um tempo relativamente curto. Esse gás se combina com a hemoglobina do sangue e esta combinação é extremamente estável. Devido a esta combinação, os glóbulos vermelhos não podem transportar o oxigênio e o gás carbônico, e os tecidos deixam de receber o oxigênio. A morte dos garotos ocorreu por asfixia química. Para se ter uma ideia do potencial tóxico do gás, se um carro ficar ligado em uma garagem fechada de 4 m de comprimento, 4 m de largura e 2,5 m de altura, tendo, portanto, um volume de 40 000 litros, à temperatura ambiente e a pressão ao nível do mar, durante aproximadamente 10 minutos, a quantidade de monóxido de carbono produzido já atingirá a quantidade letal." Percebe‐se que tal morte não pode ser atribuída ao pai dos garotos, pois era absolutamente imprevisível o resultado trágico (faltou possibilidade potencial para previsão). CURSO ON-LINE – DIREITO PENAL PARA POLÍCIA FEDERAL E POLÍCIA CIVIL/DF PROFESSOR: LÚCIO VALENTE Página 26 www.pontodosconcursos.com.br Já vi nos noticiários várias vezes pessoas morrerem nos Estados Unidos durante o inverno, pois se trancam dentro dos veículos ligados enquanto acionam o ar quente. Como o gelo acaba por entupir o escapamento do veículo, o monóxido de carbono fica em seu interior, matando seus ocupantes. Últimas informações sobre o crime culposo 20. Compensação e concorrência de culpas Compensação de culpas – não é admitida no direito penal. Exemplo: vítima atravessa fora da faixa e motorista não para, pois está em alta velocidade. O motorista responde pelo resultado, apesar de a vítima também ter sido imprudente. Lógico que o juiz vai considerar isso no momento do art. 59 do CPB ( dosimetria da pena). (CESPE – Procurador de Vitória‐ES – 2007) Suponha que o motorista de um veículo, por negligência, deixe de observar a má conservação do sistema de freios de seu carro e, ao trafegar em via pública, atropele e mate um pedestre que tenha cruzado a pista em local inadequado. Nessa situação, caso se comprove que o evento danoso tenha decorrido da falta de freios no veículo atropelador, responderá culposamente o seu condutor pela morte do pedestre, mesmo diante da imprudência da vítima. Resposta: correto. CESPE_PROCURADOR ESPECIAL DE CONTAS – TCE‐ES_2009) A compensação de culpas no direito penal, aceita pela doutrina penal contemporânea e acolhida pela jurisprudência pátria, diz respeito à possibilidade de compensar a culpa da vítima com a culpa do agente da conduta delituosa, de modo a assegurar equilíbrio na relação penal estabelecida. Resposta: errado. de culpas é21. Concorrência de culpas – é possível em direito penal. A compensação incabível em matéria penal. Não se confunde com a concorrência de culpas. Suponha‐se que dois veículos se choquem num cruzamento, produzindo ferimentos nos motoristas Ricardo Delesderrier Realce Ricardo Delesderrier Realce CURSO ON-LINE – DIREITO PENAL PARA POLÍCIA FEDERAL E POLÍCIA CIVIL/DF PROFESSOR: LÚCIO VALENTE Página 27 www.pontodosconcursos.com.br e provando‐se que agiram culposamente. Trata‐se de concorrência de culpas; os dois respondem por crime de lesão corporal culposa. 22. Excepcionalidade do crime culposo ‐ Em respeito ao disposto no art. 18, inciso II, parágrafo único do Código Penal, salvo os casos expressos em lei, ninguém pode ser punido por fato previsto como crime, senão quando o pratica dolosamente. (CESPE_Analista Judiciário _Execução de Mandados_TJDFT_2008) Excetuadas as exceções legais, o autor de fato previsto como crime só poderá ser punido se o praticar dolosamente. Resposta: correto. (CESPE_Procurador do MP_TC_GO_2007) Excetuadas as exceções legais, o autor de fato previsto como crime só poderá ser punido se o praticar dolosamente. Resposta: correto. Trata‐se do princípio da excepcionalidade do crime culposo, que determina que o crime culposo só seja punível se houver expressamente determinado pelo código penal, geralmente através de expressões como: “se o crime é culposo, “no caso de culpa”. Essa previsão não existe para o crime de aborto (arts. 124 a 127 do CPB), por exemplo. Por esse motivo, não se admite a figura do aborto culposo. 23. Culpa imprópria ou culpa por extensão: O estudo da culpa imprópria deve ser feito na Teoria do Erro em aula específica. Contudo, adianto que ocorrerá a culpa imprópria quando o agente age com dolo, mas erra na análise de uma excludente de ilicitude (legítima defesa, por exemplo). A isso se dá o nome de excludente putativa (legítima defesa putativa, por exemplo). A palavra “putativa” significa “imaginária”. O exemplo seria daquele que ataca um inimigo por pensar, precipitadamente, que estava sendo atacado por este, mas na verdade era uma aproximação para pedido de desculpas. Veremos que a culpa imprópria é uma espécie de erro (de tipo ou de proibição, dependendo do caso). Ricardo Delesderrier Realce Vam (CES culpa resul Resp PEGA 1. A IMPE 2. A C 3. A TER P 4. O 24. ESPÉ CURSO O os retornar PE_PROCUR a por exten ltado, indif posta: errad ANDO O FIO A CULPA É ERÍCIA; CULPA CON CULPA INC PREVISTO; DOLO EVE CRIME PR ÉCIES DE CR NÃO CABE COMPENSAÇà CULPAS ON-LINE – DI r ao assunto RADOR ESP nsão é aqu erentemen do. O DA MEAD É A QUEBR NSCIENTE O ONSCIENTE NTUAL É O RETERDOLO RIMES AGRA E O DE CO IREITO PEN PROFE www.pon o quando fa PECIAL DE uela em qu nte dos dano DA RA DO CU OCORRE QU E OCORRE Q “DANE‐SE” SO (CRIMES AVADOS PE NO CRIME CULPOSO CABE ONCORRÊNCIA CULPAS NAL PARA P ESSOR: LÚC todoscon alarmos de e CONTAS – ue a vontad os que caus UIDADO PO ANDO HÁ P QUANDO O ” E A CULPA S AGRAVAD ELO RESULT DE SÓ CU F N POLÍCIA FED CIO VALENT cursos.co erro de tipo – TCE‐ES_2 de do sujei se à vítima. OR IMPRU PREVISÃO D O AGENTEN A CONSCIEN DOS PELO R ADO HAVERÁ CRIM LPOSO SE A LE OR EXPRESSA ESSE SENTIDO DERAL E PO TE om.br o. 009) A cul ito dirige‐s . UDÊNCIA, N DO RESULTA NÃO PREVIU NTE É O “IH, RESULTADO E I OLÍCIA CIVIL Pági lpa impróp e a um ou NEGLIGÊNC ADO; U O QUE DE , DANOU‐S O) L/DF na 28 pria ou u outro IA OU EVERIA E”! Pode ocor gravo Nos ante culpa São q 1º Do Fato a saú Fato inciso Resp 2º Cu Fato Fato ante Resp CURSO O e ocorrer, e rência de u oso advenh crimes agra cedente: ca a. quatro as po olo no ante anteceden úde de outr consequen o IV, do CPB ponderá pel ulpa no ant anteceden consequen riormente ( ponderá por ON-LINE – DI em situaçõ m determin ha de dolo o avados pelo ausado por ossibilidade ecedente e te: Desferir em); nte: Deixar B: “se result a lesão dolo tecedente e te: Causar i nte: Causar (art. 258) r incêndio c IREITO PEN PROFE www.pon es muito e nado result ou culpa. o resultado r dolo ou c es de crimes dolo no con r um soco (A lesão perm ta lesão per osa qualifica e culpa no c ncêndio cu r a morte ulposo qua A FATO ANTECEDEN CAUSADO P DOLO OU CU NAL PARA P ESSOR: LÚC todoscon específicas, ado. Note‐s temos dua culpa; (b) fa s agravados nsequente Art. 129 do manente re rmanente”. ada pela les consequent lposo ( art. de alguém lificado pel CRIME AGRAVADO P RESULTADO NTE: POR ULPA C D POLÍCIA FED CIO VALENT cursos.co que a lei se que é ne s etapas a s ato conseq s pelo result (dolo + dol CPB: Ofend esultante d são perman te (culpa + c 250, § 2º) m devido ao a morte cul PELO O FATO CONSEQUENT CAUSADO PO DOLO OU CUL DERAL E PO TE om.br imponha le ecessário es serem obse uente: caus tado: o) der a integr da agressão nente. culpa) o incêndio lposa. TE: OR LPA OLÍCIA CIVIL Pági ei mais sev sse resultad ervadas: (a) sado por d ridade corpo o (Art. 129, culposo ca L/DF na 29 vera na do mais ) o fato olo ou oral ou , § 2º, ausado CURSO ON-LINE – DIREITO PENAL PARA POLÍCIA FEDERAL E POLÍCIA CIVIL/DF PROFESSOR: LÚCIO VALENTE Página 30 www.pontodosconcursos.com.br 3º Culpa no antecedente e dolo no conseqüente (crimes preterculposos) Fato antecedente: Atropelar alguém culposamente (Lesão Corporal Culposo no trânsito, art. 303 da Lei 9.503/97); Fato consequente: Deixar de prestar socorro à vítima atropelada ( Art. 302, inciso III da Lei 9.503/97) Responde pela lesão culposa no trânsito agravada pela omissão de socorro. 4º Dolo no antecedente e culpa no conseqüente (crime preterdoloso ou preterintencional) Fato antecedente: Desferir um soco em alguém com dolo de lesioná‐lo (art. 129 do CPB) Fato consequente: Após o soco, a vítima se desequilibra e acaba por bater a cabeça no chão e morre de traumatismo craniano (art. 129,§ 3°: “Se resulta morte e as circunstâncias evidenciam que o agente não quis o resultado, nem assumiu o risco de produzi‐lo. ) Responde por Lesão corporal seguida de morte. Bom, como se vê, o crime preterdoloso é apenas uma forma de crime agravado pelo resultado. CESPE – CONSULTOR LEGISLATIVO DO SENADO/2002) Diz‐se que o crime é doloso, quando o agente quis o resultado; preterdoloso, quando, embora não querendo o resultado, o agente assumiu o risco de produzi‐lo. Resposta: errado. BIZU TENT era d Exce gesta não, Volta FATO CURSO O U DO VALEN TATIVA NO desejado, e ção: a dou ante (art. 1 teríamos u arei ao assu O TÍPICO – R DOLO+DO ON-LINE – DI NTE! CRIME PR não se pod trina tem a 27 do CPB), m caso de t unto quando RESULTADO LO IREITO PEN PROFE www.pon ETERDOLO: e tentar pro admitido qu , caso o fet tentativa de o falarmos d O CULPA+CU NAL PARA P ESSOR: LÚC todoscon : não é pos oduzir um e ue no crim to sobreviva e crime pret do crime de CRIMES QUALIFICA PELOS RESUL LPA POLÍCIA FED CIO VALENT cursos.co ssível, já qu evento que e de abort a ao proced terdoloso. e aborto. S DOS LTADO CULPA+DO (PRETERCU DERAL E PO TE om.br e o resulta não era qu o qualificad dimento abo OLO LPA) OLÍCIA CIVIL Pági do agravad erido. do pela mo ortivo, mas DOLO+CU (PRETERDO L/DF na 31 dor não orte da a mãe LPA OLO) Lemb a tab ilicitu a qua 25. A con (perc deno físico juríd Imag ferim jurid pode Basic CURSO O brando que bela que col ude (ou ant al pertence Resultado nduta dolos ceptível pel omina de “r o, porém e ico ou form gine quand mento de su icamente ( er ser medid camente, o fato c R ne t ON-LINE – DI e estamos e loquei na se tijuridicidad ao Fato típ o sa ou culpo los sentidos resultado m existe no m mal”. do você é ua honra su ou seja, pa do quão inju crime pode o típico conduta RESULTADO exo causal tipicidade IREITO PEN PROFE www.pon estudando o egunda aula de) e Culpab pico. Vamos osa pode lev s humanos) material”. O mundo do d xingado p ubjetiva . Is ara o Direit uriado você e ser classifi O ilic e ne cum d e re NAL PARA P ESSOR: LÚC todoscon o crime atra a, o crime t bilidade. Já ao segundo var a um re ), como a m Outras veze direito. É o por alguém sso não pod to) houve u ê foi. icado quant itude estado de ecessidade legítima defesa estrito mprimento do dever legal exercício egular do direito POLÍCIA FED CIO VALENT cursos.co avés de seu tem os segu estudamos o elemento sultado. Às morte no ho es esse resu que os ju m. O result de ser med um resultad to ao result culp i c d ex d DERAL E PO TE om.br s elemento uintes eleme s completa o do Fato Típ vezes esse omicídio. É ultado não ristas titula tado desse dido fisicam do relevant ado em res pabilida mputabilidad potencial consciência da ilicitude xigibilidade de conduta diversa OLÍCIA CIVIL Pági os. De acord entos: Fato mente a co pico, o Resu e resultado é o que a do existe no m am de “res e ato injur mente. Ocor te, apesar d sultado: ade de L/DF na 32 do com típico, onduta, ultado. é físico outrina mundo sultado rioso é rre que de não 26. O cr resul cons Estav sexta minh ‐ Vale ‐Poxa ‐Vale Perce se a t Quan risco Bom prati Isso profe CURSO O Crimes M rime de res ltado físico umação do va este prof a‐feira, isso ha aula: ente, vem c a, amigo, eu ente, o negó ebendo a a turma intei ndo chegam os feitos a p , fora as cado por su mesmo. Tr essor. CRIME D M ON-LINE – DI ateriais sultado ma o (perceptív crime. fessor mini o por volta comigo aqu u não posso ócio é sério aflição do co ra não me s mos ao car rego por um questões p ua ex‐namo rata‐se do c DE RESULTAD MATERIAL IREITO PEN PROFE www.pon aterial é aq vel aos sen strando au das 22 hor i correndo a o abandona , meu! olega, reso seguiu de cu rro do prof ma ex‐namo particulares orada. Você crime de D TIP DO CRI NAL PARA P ESSOR: LÚC todoscon quele em q ntidos hum la em curso ras. Nesse ao estacion r a turma a lvi descer p uriosidade! fessor, eleorada. s, houve so sabe dizer DANO, uma POS DE RESUL IME DE RESUL FORMAL POLÍCIA FED CIO VALENT cursos.co que o tipo manos), e s o preparató momento, namento! ssim! para ver o q (hehe) mostra o c obre o car qual? vez que el LTADO LTADO DERAL E PO TE om.br o penal (a sem esse r ório de Bras outro prof que estava capô do ve rro do pro la danificou CRIME D COND OLÍCIA CIVIL Pági lei) descre resultado n sília em um fessor inter ocorrendo. ículo, onde ofessor um u o veículo DE MERA DUTA L/DF na 33 ve um não há dia de rrompe Pense e havia crime do tal CURSO ON-LINE – DIREITO PENAL PARA POLÍCIA FEDERAL E POLÍCIA CIVIL/DF PROFESSOR: LÚCIO VALENTE Página 34 www.pontodosconcursos.com.br Veja o que diz o tipo penal: “Destruir, inutilizar ou deteriorar coisa alheia” (Dano, Art. 163 do CPB). O crime de dano é exemplo de crime material, pois o tipo penal exige o resultado físico para a consumação. Outros exemplos de crimes materiais: homicídio (art. 121); Infanticídio (art. 122); Aborto (Arts. 124 a 127); Furto (art. 155); Roubo (art. 157). O CRIME DE RESULTADO MATERIAL EXIGE UM RESULTADO FÍSICO PARA SUA CONSUMAÇÃO. 27. Crimes Formais No crime formal (de consumação antecipada ou de resultado cortado) os tipos penais descrevem uma ação e um resultado material possível, mas não o exige para sua consumação. É o que o ocorre na extorsão mediante sequestro (Art. 159, CPB). O tipo descreve a seguinte ação: “Sequestrar pessoa com o fim de obter, para si ou para outrem, qualquer vantagem, como condição ou preço do resgate”. Note que o agente sequestra pessoa com uma determinada finalidade – obter vantagem como condição ou preço do resgate ‐, mas não há necessidade que o criminoso, efetivamente, receba o resgate para que se faça consumado o crime em tela (resultado material). A extorsão mediante sequestro consuma‐se com a privação da liberdade da vítima, independentemente da obtenção da vantagem pelo agente. Nesse caso, um possível resultado material, apesar de não influenciar na adequação típica, poderá influenciar o juiz na dosimetria da pena (aplicação da pena). Esses dias eu estava vendo no noticiário que um médico cirurgião de um hospital conveniado ao SUS estava exigindo dinheiro dos pacientes para realização da cirurgia. Caso o valor não fosse pago, o paciente perderia a vez na fila. A cirurgia já seria paga pelo SUS, mas mesmo assim médico faz a sórdida exigência. Veja o que diz a lei: Exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi‐la, mas em razão dela, vantagem indevida (Concussão, art. 316 do CPB.) Ricardo Delesderrier Realce Ricardo Delesderrier Realce CURSO ON-LINE – DIREITO PENAL PARA POLÍCIA FEDERAL E POLÍCIA CIVIL/DF PROFESSOR: LÚCIO VALENTE Página 35 www.pontodosconcursos.com.br Vamos supor que o paciente (no caso, vítima do crime) negue‐se a pagar o valor exigido e comunica o fato à polícia. Você como Delegado o indiciaria pela Concussão consumada ou tentada? O caso é de Concussão consumada, por se tratar de crime formal. Perceba que se o resultado material (naturalístico) ocorrer será mero exaurimento do crime, leia‐se, não poderá ser considerado para aumentar a pena, a menos que seja descrito na lei como tal. (Magistratura – TJPI ‐2007 – adaptada) A consumação dos crimes formais ocorre com a prática da conduta descrita no núcleo do tipo, independentemente do resultado naturalístico, que, caso ocorra, será causa de aumento de pena. Resposta: errado 28. Outros exemplos de crimes formais: “Deixar o médico de denunciar à autoridade pública doença cuja notificação é compulsória” (Omissão de notificação de doença, art. 269 do CPB) Conduta: “deixar de realizar a notificação”. Resultado material possível, mas não exigido par a consumação: a efetiva contaminação ou epidemia. “Divulgar alguém, sem justa causa, conteúdo de documento particular ou de correspondência confidencial, de que é destinatário ou detentor, e cuja divulgação possa produzir dano a outrem” (Divulgação de Segredo, art. 153 do CPB). Conduta: “divulgar o segredo”. Resultado material possível, mas não exigido par a consumação: o efetivo dano a terceira pessoa. Crimes de Mera Conduta CURSO ON-LINE – DIREITO PENAL PARA POLÍCIA FEDERAL E POLÍCIA CIVIL/DF PROFESSOR: LÚCIO VALENTE Página 36 www.pontodosconcursos.com.br Os crimes de mera conduta não descrevem a possibilidade de um resultado naturalístico, como no crime de Violação de domicílio (art. 150). Um sujeito faz um churrasco em sua casa e convida Dicró. Dicró era um cara bacana, mas quando bebia ficava um tanto inconveniente. Após algumas horas, Dicró começa a paquerar as moças presentes, o que desagradou seus respectivos companheiros. O dono da festa determina que Dicró saia de sua casa imediatamente. Dicró se nega a sair e deita no chão. Veja o que diz a lei: “Entrar ou permanecer, clandestina ou astuciosamente, ou contra a vontade expressa ou tácita de quem de direito, em casa alheia ou em suas dependências.” (Violação de Domicílio, art. 150 do CPB.) Conduta: “entrar ou permanecer”. Resultado material possível: não existe. PEGANDO O FIO DA MEADA 1. TODO CONDUTA CAUSA UM RESULTADO; 2. O RESULTADO PODE SER FÍSICO (MATERIAL). NESTE CASO, TEMOS OS CRIMES MATERIAIS; 3. O RESULTADO PODE SER APENAS JURÍDICO (FORMAL). NESTE CASO TEMOS OS CRIMES FORMAIS E DE MERA CONDUTA; 4. NOS CRIMES FORMAIS, A LEI DESCREVE UM RESULTADO MATERIAL POSSÍVEL, MAS NÃO O EXIGE PARA A CONSUMAÇÃO; 5. OS CRIMES DE MERA CONDUTA (OU MERA ATIVIDADE), NÃO EXISTE UM RESULTADOMATERIAL POSSÍVEL. A CONDUTA JÁ É O RESULTADO; CURSO ON-LINE – DIREITO PENAL PARA POLÍCIA FEDERAL E POLÍCIA CIVIL/DF PROFESSOR: LÚCIO VALENTE Página 37 www.pontodosconcursos.com.br QUESTÕES COMENTADAS 1. (CESPE_Procurador do MP_TC_GO_2007) Excetuadas as exceções legais, o autor de fato previsto como crime só poderá ser punido se o praticar dolosamente. Comentário: Trata‐se do princípio da excepcionalidade do crime culposo. Só haverá a possibilidade de punição por culpa se a lei expressamente trouxer isso por escrito. Exemplo: No homicídio é possível o crime culposo, porque o art. 121 do Código Penal traz a hipótese em seu parágrafo terceiro: Homicídio simples Art. 121. Matar alguém: Pena ‐ reclusão, de seis a vinte anos. (...) Homicídio culposo § 3º Se o homicídio é culposo: Pena ‐ detenção, de um a três anos. Perceba que não existe furto culposo, por exemplo, porquanto o Código Penal não previu essa hipótese. GABARITO: CERTO CURSO ON-LINE – DIREITO PENAL PARA POLÍCIA FEDERAL E POLÍCIA CIVIL/DF PROFESSOR: LÚCIO VALENTE Página 38 www.pontodosconcursos.com.br 2. (CESPE_Procurador do MP_TC_GO_2007) Julgue os itens a seguir, concernentes às espécies de dolo: No crime de falsificação de documento público o dolo é específico. Comentário: O dolo específico ocorre quando o tipo penal traz uma finalidade específica para que ocorra o crime. Exemplo: Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, e com o intuito de obter para si ou para outrem indevida vantagem econômica, a fazer, tolerar que se faça ou deixar fazer alguma coisa (Extorsão, art. 158 do Código Penal). O crime de Extorsão acima exige o “dolo específico” para que ele ocorra, qual seja o intuito de obter a indevida vantagem econômica. Quanto ao crime de falsificação de documento, vejamos o que diz a lei: Falsificar, no todo ou em parte, documento público, ou alterar documento público verdadeiro (art. 297 do CPB). Como se vê, não existe dolo específico nesse crime.GABARITO: ERRADO 3. (CESPE_Procurador do MP_TC_GO_2007) Para a configuração do crime de peculato‐ desvio, é necessária a presença do dolo genérico e do dolo específico. Comentário: O Peculato é um crime contra a Administração Pública previsto nos arts. 312 do Código Penal. “Apropriar‐se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou particular, de que tem a posse em razão do cargo, ou desviá‐lo, em proveito próprio ou alheio” No peculato desvio a conduta consiste em desencaminhar, mudar o destino do valor público ou particular, de que tem a posse em razão da função pública. Exemplo: a merendeira desvia os mantimentos que são destinados para a escola para a casa de um amigo, em seu proveito. Ou o Deputado Federal que tem um assessor lotado em seu gabinete e o desvia para ser jardineiro de sua casa. No peculato desvio exige‐se o dolo específico de agir visando proveito próprio ou alheio. GABARITO: CERTO CURSO ON-LINE – DIREITO PENAL PARA POLÍCIA FEDERAL E POLÍCIA CIVIL/DF PROFESSOR: LÚCIO VALENTE Página 39 www.pontodosconcursos.com.br 4. (CESPE_JUIZ FEDERAL 2ª REGIÃO_2009) Nos crimes culposos, o tipo penal é aberto, o que decorre da impossibilidade do legislador de antever todas as formas de realização culposa; assim, o legislador prevê apenas genericamente a ocorrência da culpa, sem defini‐la, e, no caso concreto, o aplicador deve comparar o comportamento do sujeito ativo com o que uma pessoa de prudência normal teria, na mesma situação. Comentário: O injusto penal culposo é uma modalidade dos TIPOS PENAIS ABERTOS, pois exige para sua interpretação o exame de elementos exteriores ao tipo para aferir sua adequação à conduta. Quero dizer, a lei não estabeleceu o que é imprudência, negligência ou imperícia. Então, deve haver um juízo de valor para que se chegue aos conceitos necessários. Exemplo: No crime de ato obsceno, art. 233 do CPB, a norma diz: “Praticar ato obsceno em lugar público, ou aberto ou exposto ao público”. Pois muito bem, para se chegar ao conceito de “ato obsceno”, devemos lançar um juízo de valor sobre o termo. Beijar na boca em público é ato obsceno? Fazer sexo em uma encenação de teatro é ato obsceno? Depende do juízo de valor que se fizer. Em uma cidade do interior, um casal de namorados foi preso por estarem se beijando em frente à igreja. Será que eles teriam sido presos se tivessem em um shopping de uma grande cidade? Viu, juízo de valor! GABARITO: CERTO 5. (CESPE_PROCURADOR ESPECIAL DE CONTAS – TCE‐ES_2009) A culpa consciente ocorre quando o agente assume ou aceita o risco de produzir o resultado. Nesse caso, o agente não quer o resultado, caso contrário, ter‐se‐ia um crime doloso. Comentário: Quando o agente assume o risco de produzir o resultado, esta cometendo um crime com dolo eventual. A culpa consciente é culpa com previsão. GABARITO: ERRADO 6. CESPE_PROCURADOR ESPECIAL DE CONTAS – TCE‐ES_2009) A culpa imprópria ou culpa por extensão é aquela em que a vontade do sujeito dirige‐se a um ou outro resultado, indiferentemente dos danos que cause à vítima. CURSO ON-LINE – DIREITO PENAL PARA POLÍCIA FEDERAL E POLÍCIA CIVIL/DF PROFESSOR: LÚCIO VALENTE Página 40 www.pontodosconcursos.com.br Comentário: O exemplo é de dolo alternativo, quando o agente quer um ou outro resultado (quero matar ou ferir). Culpa imprópria é aquela que reside (ocorre) no erro fático sobre as descriminantes putativas (putativo = falso, imaginário). Erro que recai no erro de tipo sobre as justificantes putativas (erro de tipo na cabeça é uma coisa e na realidade é outro). São casos de culpa imprópria as hipóteses previstas no art. 20, § 1º, 2ª parte (“... o erro deriva de culpa e o fato é punível como crime culposo”), e art. 23, parágrafo único, parte final do Código Penal ( “... responderá pelo excesso doloso e culposo”). A culpa imprópria será mais bem estudada na aula sobre a TEORIA DO ERRO. GABARITO: ERRADO. 7. (CESPE_PROCURADOR ESPECIAL DE CONTAS – TCE‐ES_2009) A compensação de culpas no direito penal, aceita pela doutrina penal contemporânea e acolhida pela jurisprudência pátria, diz respeito à possibilidade de compensar a culpa da vítima com a culpa do agente da conduta delituosa, de modo a assegurar equilíbrio na relação penal estabelecida. Comentário: compensação de culpas – não é admitida no direito penal. Exemplo: vítima atravessa fora da faixa e motorista não pára, pois está em alta velocidade. O motorista responde pelo resultado. GABARITO: ERRADO 8. (CESPE_PROCURADOR ESPECIAL DE CONTAS – TCE‐ES_2009) A autoria dos crimes culposos é basicamente atribuída àquele que causou o resultado. Com isso admite‐se a participação culposa em delito doloso, participação dolosa em crime culposo e participação culposa em fato típico culposo. Comentário: Coautoria em crime culposo – a jurisprudência admite, mas não admite participação. Obs. Existe aqui uma grande confusão na doutrina e jurisprudência, mas a posição do STJ é nesse sentido explicado. APENAS MEMORIZE: CRIME CULPOSO – NÃO ADMITE PARTICIPAÇÃO, SÓ COAUTORIA. Ricardo Delesderrier Realce CURSO ON-LINE – DIREITO PENAL PARA POLÍCIA FEDERAL E POLÍCIA CIVIL/DF PROFESSOR: LÚCIO VALENTE Página 41 www.pontodosconcursos.com.br Não se preocupe, veremos a diferença entre coautoria e participação na aula sobre Concurso de Pessoas. GABARITO: ERRADO 9 ‐ ( FAE ‐ 2008 ‐ TJ‐PR ‐ Juiz Substituto) George Shub, conhecido terrorista, pretendendo matar o Presidente da República de Quiare, planta uma bomba no veículo em que ele sabe que o político é levado por um motorista e dois seguranças até uma inauguração de uma obra. A bomba é por ele detonada à distância, durante o trajeto, provocando a morte de todos os ocupantes do veículo. Com relação à morte do motorista, George Shub agiu com: a) Dolo direto de primeiro grau b) Dolo direto de segundo grau c) Dolo eventual d) Imprudência consciente Comentário: Vimos que o dolo direto pode ser classificado como (a) dolo direto de primeiro grau – refere‐se à finalidade; (b) dolo direto de segundo grau – refere‐se aos meios necessários. Desta forma, George agiu como dolo direto de primeiro grau em relação ao presidente da República do Quiare; e como dolo direto de segundo grau em relação ao outros mortos, incluindo o motorista. GABARITO: Letra “b” 10. (CESPE ‐ 2008 ‐ TCU ‐ Analista de Controle Externo ) Durante um espetáculo de circo, Andrey, que é atirador de facas, obteve a concordância de Nádia, que estava na platéia, em participar da sua apresentação. Na hipótese de Andrey, embora prevendo que poderia lesionar Nádia, mas acreditando sinceramente que tal resultado não viesse a ocorrer, atingir Nádia com uma das facas, ele terá agido com dolo eventual. Comentário: Vimos que na culpa consciente o agente prevê o resultado como possível, mas acredita sinceramente que esse não irá ocorrer. Andrey, ao acertar Nádia, fala para si próprio: “Hi! Danou‐se!”. CURSO ON-LINE – DIREITO PENAL PARA POLÍCIA FEDERAL E POLÍCIA CIVIL/DF PROFESSOR: LÚCIO VALENTE Página 42 www.pontodosconcursos.com.br Culpa consciente, portanto. GABARITO: ERRADO 11. (Magistratura – TJPI ‐2007 – adaptada) A consumação dos crimes formais ocorre com a prática da conduta descrita no núcleo do tipo, independentemente do resultado naturalístico, que, caso ocorra, será causa de aumento de pena. Comentário: De fato, a consumação dos crimes formais é antecipada para a conduta, mesmo sendo possível a realização de um resultado físico. Caso este último ocorra, teremos um mero exaurimento do crime, leia‐se, um pós‐ crime impunível. GABARITO: ERRADO 12. (Analista – MPU – 2007) João, dirigindo um automóvel, com pressa de chegar ao seu destino, avançou com o veículo contra uma multidão, consciente
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