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Reclamação Trabalhista

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Natália Fernandes Batista
201502456346
Prática Trabalhista
Faculdade Estácio de Sá de Ourinhos
A UMA DAS VARAS DO TRABALHO DE NATAL - RN.
(10 linhas)
SUZANA (sobrenome), (nacionalidade), (estado civil), (profissão), portadora do RG nº __ e CPF __, residente na Rua ___, Bairro ___ na cidade de ___, com endereço eletrônico ___, domiciliada em ___, vem por meio do seu advogado com endereço profissional situado na Rua ___, Bairro__, na cidade de ___, local onde recebe notificações e cujo endereço eletrônico ___, vem propor:
RECLAMAÇÃO TRABALHISTA
Em face da FAMÍLIA MORAES de qualificação ignorada, situada na cidade de Natal/RN, pelos fatos e razões a serem apresentados a seguir. 
I – SÍNTESE DA INICIAL
A reclamante em questão relata que trabalhou para o reclamado, exercendo atividades do lar, no período de 15/06/17 à 15/09/17, sendo que seu contrato, inicialmente, seria de experiência por 45 dias. Entretanto, é válido frisar que findando o prazo em nada foi tratado com a requerente e esta continuou a trabalhar normalmente.
Também informa que, sua jornada de trabalho era de segunda a sexta feira, das 7:00h às 16:00h, com 30 minutos de intervalo. Além disso, sofria descontos salariais com relação ao vale transporte de 10%, sua cota-parte do INSS, além do valor da alimentação correspondente aos 25%. 
Vale destacar que a mesma, em determinada ocasião, viajou com a família sob a incumbência de ser babá pelo período de quatro dias úteis, das 8:00h às 17:00h, respeitado uma hora de intervalo para o almoço, em Gramado/RS.
Por fim, na data de sua dispensa, recebeu férias proporcionais de 3/12 avos mais 1/3 constitucional e 13º salário proporcional de 3/12 avos.
É a síntese da inicial.
 II – CAUSA PRETENDI
INDETERMINAÇÃO DO CONTRATO E REFLEXO NAS VERBAS RESCISÓRIAS
Antes de tudo é necessário que o contrato da reclamante, ainda que inicialmente tenha tido estipulado por prazo determinado (45 dias), tão logo se tornou indeterminado. Ao passo que, o tempo para tal expirou e ela continuou com a sua atividade laborativa normalmente. 
Quanto a isso, a lei complementar que rege as relações jurídicas envolvendo empregado doméstico é clara, nos termos do art. 5º, §2º da LC 150/15. 
O que desde logo reflete nas verbas rescisórias a receber. Tendo a requerente direito ao aviso prévio proporcional de 30 dias, como bem dista o art. 23, §1º da lei em comento. 
Ressaltando que este valerá como tempo de serviço para qualquer efeito, como dista as Orientações Jurisprudenciais da SDI – 1 do TST de números 82 e 82. Por consequência refletindo nas férias e no 13º, que serão proporcionais aos 4/12 avos e não 3/12 avos. 
DEVOLUÇÃO DE DESCONTOS INDEVIDOS NA ALIMENTAÇÃO
A reclamante em questão sofria descontos em seu salário de natureza alimentar na proporção de 25%, o que é uma afronta à norma positivada, visto que, a LC 150/15 em seu art. 18 versa na total proibição quanto aos descontos não só de natureza alimentar, como também com relação ao vestuário e higiene, por exemplo.
Logo, cabe a empregada doméstica em questão a devolução destes descontos pelo período no qual ela teve vínculo empregatício com o empregador em comento.
DEVOLUÇÃO DE DESCONTOS INDEVIDOS NO VALE TRANSPORTE
Também informa a reclamante que sofreu descontos a título de vale transporte no valor corresponde a 10% do seu salário. Entretanto, este desconto encontra-se demasiadamente errôneo, tendo em vista que a lei referente ao vale transporte, lei 7418/85 em seu art. 4º, §único descreve que o valor correspondente a este desconto não poderá exceder aos 6% do salário básico do trabalhador. 
Portanto, qualquer desconto acima deste permitido por lei, não possui legalidade e deverão ser devolvidos os valores excedentes a empregada que a direito lhe pertence.
INDENIZAÇÃO DOS INTERVALOS INTRAJORNADAS
No caso em tela, a empregada doméstica tinha jornada de trabalho de segunda a sexta feira das 7:00h às 16:00h com intervalo de 30 minutos. O que corresponde a oito horas diárias, se houvesse respeito à uma hora de intervalo mínima prevista em lei e 40hs semanais. 
Quanto a isso, é pertinente realçar o art. 13 da referida lei em toda essa ação, aduz ao fato de que, é obrigatório o intervalo correspondente ao tempo de 1h ou no máximo 2h. E que é sim facultado a redução desse período mínimo para 30 minutos. Desde que tenha acordo escrito previamente entre empregado e empregador, o que não é o caso em análise.
Desta maneira, como preconiza a súmula 437 do TST, deve ser pago a reclamante o valor do intervalo integral acrescido de 50%, ou seja, o valor mínimo de 1h mais 50% sobre o valor dessas horas devidas.
DIÁRIA DE VIAGEM
 	É oportuno ratificar que a empregada doméstica em tela acompanhou o empregador em uma viagem, trabalhando nesta mesma por quatro dias das 8:00h às 17:00h tendo sido respeitado seu intervalo mínimo de 1h que a lei preconiza.
Visto isso, é importante salientar que o art. 11, §2º assegura que essas horas efetivamente trabalhadas devem ser acrescidas de 25% superior ao valor do salário-hora normal, ou seja, a reclamante em comento laborou por quatro dias 8h por dia, corresponde a 25% dessas 32h trabalhadas.
SEGURO DESEMPREGO
Como a reclamante teve seu contrato rompido sem justa causa, esta foi atacada pela imprevisibilidade do desemprego e para tanto faz jus ao seguro desemprego. 
Além disso, em conformidade com a lei 8.900/90 em seu art. 20, I as guias para o saque do FGTS também lhe são devidas.
 III – PEDIDOS
	Desta forma, por tudo o que fora apresentado, solicita-se:
O deferimento das provas, quais sejam documentais e testemunhais, essencialmente; 
Reconhecimento quanto à indeterminação do contrato, conforme art. 5º, §2º da LC 150/15;
Condenação da reclamada ao pagamento de:
Dos reflexos ocasionados pela indeterminação do contrato, incluindo o aviso prévio proporcional de 30 dias, seguro desemprego e 4/12 das férias acrescidas de 1/3 e 4/12 avos do 13º salário. 
Devolução dos valores descontados ilegalmente quanto ao vale alimentação e ao vale transporte, nos termos do art. 18 da LC 150/15 e art.4º, §único da Lei 7.418/85, respectivamente;
O pagamento de 1h de intervalo acrescido de 50% sobre o valor dessa hora, como bem preleciona a súmula 437 do TST;
O pagamento da diária de viagem, no valor de 25% sobre o total de horas trabalhadas, segundo o art. 11 §2 da LC 150/15;
 Seja concedida a oportunidade das guias para o saque do FGTS, conforme o art. 20, I da Lei 8.900/90 e consequente acesso ao seguro desemprego;
Condenação da reclamada ao pagamento de custas e honorários sucumbências, no molde do art. 791 – A da CLT;
Deferimento da gratuidade judicial para a reclamante, com base no art. 790, §3º da CLT.
IV – VALOR DA CAUSA
A reclamante atribui ao valor da causa R$ ____,__.
Local, data
Advogado
OAB nº/UF.

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