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E.D. X TI RESPONDIDA.doc

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Pergunta 1  
 
1 em 1 pontos 
 
   
 
Leia o texto a seguir: 
  
Obesidade, consumo e política: uma conversa sobre as mudanças mundiais na 
alimentação 
Por que estamos engordando? O que a política tem a ver com os alimentos? Por que não 
vemos publicidade de legumes na TV? 
  
Essas e outras questões relacionadas às transformações na alimentação e suas 
consequências no cenário internacional foram abordadas por Pedro Graça, diretor do 
Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável do Ministério da Saúde de 
Portugal e doutor em Nutrição Humana pela Universidade do Porto. Em visita ao Brasil, 
ele participou do Seminário Internacional: Escolhas Alimentares e seus Impactos, no 
Sesc Santos. Confira algumas questões levantadas. 
Estamos engordando:​ ​Ao comparar gráficos da presença da obesidade nas populações dos 
Estados Unidos e da área rural de Bangladesh, por exemplo, o professor Pedro Graça conclui: 
essa é uma epidemia global. A obesidade cresceu nos últimos 20 anos não só em países 
industrializados, com ampla oferta de alimentos, mas chegou até áreas rurais da Ásia. 
Os mais pobres engordam mais:​ ​Até recentemente, acreditava-se que essa era uma epidemia 
que atingia principalmente as populações que estavam melhorando economicamente, 
associada ao acesso à alimentação, ao acesso à caloria, à gordura, à proteína. Mas não é bem 
assim: “O que nós estamos a viver é não só o aumento da doença no mundo inteiro, mas, ao 
contrário do que se esperava, quem é mais afetada é a população mais carente, mais 
vulnerável. Pobreza e obesidade se aproximam de tal maneira que a pessoa pode ter fome e 
ser obesa ao mesmo tempo. Coisa que para nós da biologia é um paradoxo”, afirma.​  
Somos treinados para engordar:​ “​Nós somos uma máquina de engordar”. Isso porque a 
capacidade de acumular reservas de energia na forma de gordura foi essencial para a 
sobrevivência do ser humano, diante da escassez de alimentos. “O ser humano está preparado 
para lidar com a fome há dois milhões de anos. E começou a lidar com excesso de calorias há 
50 anos. Não estamos preparados biologicamente para isso”, afirma Pedro.​  
O que mudou?:​ ​Diversas alterações demográficas causaram mudanças na alimentação: a 
entrada da mulher no mercado de trabalho e na vida acadêmica, o envelhecimento da 
população e a necessidade de se trabalhar mais horas são alguns exemplos. E, se aumenta o 
tempo do trabalho, o que fica para trás é o tempo de cozinhar e de ficar com os filhos. Os 
alimentos que já vêm prontos têm, portanto, muito mais apelo do que aqueles que exigem 
tempo e conhecimentos culinários para o preparo. Além disso, em muitos lugares é mais fácil e 
barato encontrar produtos ultraprocessados e calóricos – ricos em açúcar, sal e gordura – em 
vez de alimentos frescos.​  
Você já viu propaganda de alface na TV?:​ ​Provavelmente não. Mas vemos diariamente 
publicidade de produtos ultraprocessados e super calóricos, não é mesmo? Pedro Graça 
chama atenção para o fato de que grandes indústrias alimentícias lucram muito, enquanto 
quem trabalha no campo com frutas e legumes, em geral, tem ganhos pequenos e são os que 
mais sofrem com as oscilações na economia e nos preços dos alimentos. Assim fica fácil 
entender como um lado tem muito mais capacidade de investir e produzir comunicação 
(publicidade, marketing etc.) do que o outro.​  
 
É preciso reconhecer o ambiente:​ ​De acordo com o pesquisador W. Philip James, durante 
décadas pensou-se que a atenção e o esforço individual fossem suficientes para prevenir a 
obesidade, porém depois de décadas desse esforço, as taxas de ganho de peso continuaram a 
subir. Essa epidemia reflete a presença de um ambiente tóxico ou obesogênico. Isso significa 
que não adianta ensinar as pessoas sobre alimentação saudável, se não há um ambiente 
favorável a isso, ou seja, se não há oferta de alimentos saudáveis em local próximo, a preços 
acessíveis.​  
“ ​Eu tenho primeiro que me preocupar com as condições que existem ou que eu posso criar 
para que o suco de laranja apareça, para em seguida dizer como é importante consumir suco 
de laranja”, exemplifica Pedro Graça. 
Disponível em <https://goo.gl/926x1l>. 
Acesso em 08 jun 2016 (com adaptações).​  
Com base na leitura, analise as afirmativas e assinale a alternativa correta: 
I. De acordo com o texto, o cuidado com o peso é uma questão de educação individual e a 
obesidade aumenta entre os mais pobres por falta de instrução. 
II. As alterações no modo de vida têm responsabilidade pelo aumento da obesidade, uma vez 
que há incentivo ao consumo de produtos ultraprocessados, mais práticos do que os alimentos 
frescos. 
III. A melhora econômica facilita o acesso da população aos alimentos e, consequentemente, 
aumenta a prevalência de obesidade... 
IV. A propaganda e o ​marketing​ têm influência sobre a venda de produtos industrializados e 
atingem apenas as regiões urbanas.​  
Assim: 
Resposta Selecionada:   c.  
Apenas a afirmativa II está correta. 
 
   
 
Pergunta 2  
 
1 em 1 pontos 
 
   
 
(Enade 2011). Leia o excerto a seguir: 
A definição de desenvolvimento sustentável mais usualmente utilizada é a que procura atender 
às necessidades atuais sem comprometer a capacidade das gerações futuras. O mundo 
assiste a um questionamento crescente de paradigmas estabelecidos na economia e também 
na cultura política. A crise ambiental no planeta, quando traduzida na mudança climática, é uma 
ameaça real ao pleno desenvolvimento das potencialidades dos países. O Brasil está em uma 
posição privilegiada para enfrentar os enormes desafios que se acumulam. Abriga elementos 
fundamentais para o desenvolvimento: parte significativa da biodiversidade e da água doce 
existentes no planeta; grande extensão de terras cultiváveis; diversidade étnica e cultural e rica 
variedade de reservas naturais. O campo do desenvolvimento sustentável pode ser 
conceitualmente dividido em 3 componentes: sustentabilidade ambiental, sustentabilidade 
econômica e sustentabilidade sociopolítica.​  
Nesse contexto, o desenvolvimento sustentável pressupõe: 
Resposta 
Selecionada:  
b.  
 
a redefinição de critérios e instrumentos de avaliação de custo-benefício 
que reflitam os efeitos socioeconômicos e os valores reais do consumo e 
da preservação. 
 
 
   
 
Pergunta 3  
 
1 em 1 pontos 
 
   
 
Leia o texto a seguir: 
  
EUA e China anunciam acordo para reduzir emissão de gases poluentes 
  
Os presidentes Barack Obama, dos Estados Unidos, e Xi Jinping, da China, assinaram nesta 
quarta-feira (12.11.2014) em Pequim um acordo para a luta contra a mudança climática, que 
incluirá reduções de suas emissões de gases do efeito estufa na atmosfera. 
A iniciativa constitui o primeiro anúncio de corte das emissões de gases poluentes por parte da 
China e mais um pelos EUA.​ ​Pelo acordo, os EUA pretendem cortar entre 26% e 28% as 
emissões de gases em até 11 anos, ou seja, até 2025, o que representa um número duas 
vezes maior que as reduções previstas entre 2005 e 2020. 
Os chineses se comprometem a cortar as emissões até 2030, embora isso possa começar 
antes. Segundo o presidente chinês, até lá 20% da energia produzida no país vai ter origem em 
fontes limpas e renováveis.​ ​Estados Unidos e China representam juntos 45% das emissões 
planetárias de CO2, um dos gases apontado como culpado pela mudança climática. A União 
Europeia representa 11%. No mês passado, o bloco se comprometeu a reduzir em pelo menos 
40% as emissões até 2030, na comparação com os níveis de 1990. 
  
Disponível em <https://goo.gl/srpqzq>. 
Acesso em 14 nov. 2014 (com adaptações).​  
Com base na leitura, analise as afirmativas: 
I. O comprometimento da China em reduzir as emissões de poluentes até 2030 significa que a 
poluição proveniente do país continuará em crescente aumento por mais uma década.II. Apesar da importância do acordo entre Estados Unidos e China, a União Europeia será 
responsável por um corte maior nos volumes de gases poluentes emitidos do que o corte dos 
dois países, uma vez que reduzirá 40% das emissões. 
III. Se Estados Unidos e China, juntos, cumprirem a meta de cortar 28% da emissão dos gases 
poluentes, eles serão responsáveis por 27% das emissões planetárias em 2025.​  
Assinale a alternativa correta: 
Resposta Selecionada:   a.  
Nenhuma afirmativa está correta. 
 
 
 
   
 
Pergunta 4  
 
1 em 1 pontos 
 
   
 
Leia o texto a seguir: 
  
Geografia e meio ambiente: uma análise da legislação dos resíduos sólidos. 
Fernanda Sampaio da Silva 
  
O processo de industrialização foi responsável por grandes transformações urbanas. 
Influenciou a multiplicação de diversos ramos de serviços que caracterizam a cidade moderna. 
Também influenciou no desenvolvimento dos meios de transporte e comunicação, que 
interligaram distintas regiões. Foi responsável pela maior produtividade e pela consequente 
elevação da produção agrícola. Contribuiu ainda com o êxodo rural.​  
Além disso, introduziu um novo modo de vida e novos hábitos de consumo, criou novas 
profissões, promoveu uma nova estratificação da sociedade e uma nova relação desta com a 
natureza. Algumas das tecnologias existentes hoje no mercado ainda trazem problemas ao 
meio ambiente.​  
Entre os resíduos gerados pelo avanço desenfreado da produção e do consumo são 
encontrados os resíduos sólidos industriais, que podem trazer impactos com consequências 
para a saúde das pessoas e ao meio ambiente, desde uma escala local até mesmo global.​  
Para que se possa reduzir a geração de resíduos sólidos industriais, minimizando possíveis 
impactos negativos ao meio ambiente, é necessário que haja um processo de gestão para a 
diminuição de resíduos durante o processo produtivo e/ou, quando possível, substituição do 
material utilizado, por outro que tenha maior facilidade de ser reciclado. Portanto, a reciclagem 
é um elemento importante para a minimização de resíduos em lixões e aterros sanitários.​  
[...] Assim, a geração e a disposição dos resíduos sólidos industriais em locais inapropriados 
constituem um problema ambiental e, por isso, seu gerenciamento deve ocorrer de forma 
correta e dentro da legislação, para que não seja comprometida a qualidade de vida das 
pessoas e do meio ambiente.​  
O controle do acondicionamento, armazenamento e destinação final dos resíduos sólidos 
perigosos deve ocorrer de acordo com a norma ABNT - NBR 1004 de 2004, que faz uma 
classificação dos resíduos. Os resíduos são classificados em Classe I quando se trata de 
resíduos sólidos perigosos (classificados pelo seu grau de risco a saúde pública) e Classe II 
quando são resíduos não perigosos.​  
Os resíduos de Classe II são subdivididos em: Classe II A, quando não são inertes e Classe II 
B, inertes. Os resíduos sólidos gerados devem ser controlados nas indústrias, pois fazem parte 
do licenciamento pelo órgão ambiental competente.​  
Por isso, para que esse órgão tenha conhecimento dos resíduos gerados, o Conselho Nacional 
do Meio Ambiente - CONAMA dispõe de uma resolução com o objetivo de inventariar os 
resíduos sólidos gerados em todo o país, para que seja elaborado o Plano Nacional para 
Gerenciamento de Resíduos Sólidos Gerados. O inventário é elaborado a partir de informações 
como quantidade, formas de acondicionamento e armazenamento e destinação final, enviadas 
trimestralmente ao órgão estadual competente (Resolução CONAMA Nº 313/2002).​  
Disponível em <​ ​https://goo.gl/06swDe>. 
Acesso em 12 nov. 2014 (com adaptações). 
 Com base nas informações do texto, analise as afirmativas: 
I. O controle da geração de resíduos sólidos industriais depende da conscientização do 
consumidor a fim de que modifique seus hábitos. 
 
II. A redução na geração de resíduos sólidos está atrelada ao gerenciamento do 
acondicionamento, armazenamento e destinação final dos resíduos classificados como 
perigosos. 
III. A resolução CONAMA Nº 313/2002, que trata do Plano Nacional para Gerenciamento de 
Resíduos Sólidos, tem como objetivo conscientizar a área industrial para que exista a redução 
da geração de resíduos sólidos.​  
Com base nas informações do texto, assinale a alternativa correta: 
Resposta Selecionada:   e.  
Nenhuma afirmativa está correta. 
 
   
 
Pergunta 5  
 
1 em 1 pontos 
 
   
 
Leia o texto a seguir: 
  
Energia solar contra a escuridão do Amazonas: 
Brasil gera com placas fotovoltaicas apenas 0,02% da produção total de eletricidade 
Heriberto Araújo – 08 maio 2016. 
  
A visão romantizada da Amazônia convida a pensar num lugar idílico em que a pegada humana 
esteja entre as menores do planeta. Mas a vida na maior reserva natural é dura para o homem, 
como Daniel Everett narrou em seu clássico ​Don‘t Sleep​, ​There are Snakes​ (Não durma, há 
serpentes, sem tradução para o português). 
Comunidades inteiras vivem completamente desconectadas, e não apenas nas profundezas da 
selva, mas sim nas movimentadas margens dos rios — únicas vias de comunicação, num 
ambiente em que a eletricidade é um bem desejado, escasso e administrado a conta-gotas. 
“ ​No Estado do Amazonas há mais de dois milhões de pessoas sem eletricidade de qualidade”, 
explica Otacílio Soares Brito, membro do Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá. 
“A enorme área da floresta torna inviável a criação de uma rede de distribuição, e os povoados 
só conseguem produzir eletricidade das 6 às 10 da noite, com geradores a gasolina fornecidos 
pelo Governo. Depois dessa hora acaba tudo: luz, refrigeração e lazer”, relata do município 
amazônico de Tefé. 
O Instituto Mamirauá está desenvolvendo um projeto para fornecer eletricidade por meio de 
painéis solares a dezenas de comunidades amazônicas de pescadores e camponeses, com o 
objetivo de melhorar suas condições de vida, segundo Soares Brito. 
Duas comunidades instalaram placas fotovoltaicas — um sistema flutuante, sobre boias no rio, 
e o outro no telhado de uma fábrica de gelo — para permitir, um, o envio da água desde o leito 
do rio até as casas, e o outro, a fabricação de barras de gelo. O fornecimento da água do rio 
por meio de uma bomba elétrica alimentada por painéis permitiu, entre outras coisas, que as 
crianças passassem a tomar quantos banhos quisessem sem que seus pais fiquem com medo 
que um jacaré lhes tire a vida na escuridão das margens. 
“ ​Estamos cuidando de melhorar a vida das pessoas, mas também queremos permitir que elas 
agreguem valor a produtos como polpa de frutas e peixe. Sem gelo, esses produtos dificilmente 
podem ser comercializados no exterior ou simplesmente conservados”, diz Soares Brito. 
Os resultados positivos da fase experimental estão criando consciência nessa imensa região 
normalmente esquecida pelos centros brasileiros de poder, concentrados no Sudeste e que 
priorizam as políticas públicas nas regiões densamente povoadas (de eleitores). Um grupo de 
pescadores da comunidade amazônica de Boa Esperança pediu ao Mamirauá a construção de 
 
uma pequena fábrica – prevista para abril – com três congeladores alimentados por painéis 
solares para poder extrair das frutas a polpa, congelá-la e vendê-la em mercados situados a 
horas de barco do povoado, como Manaus. 
A revolução solar que alguns especialistas preveem para o Brasil durante a próxima década, 
após a implementação em 1º de março de novas regras que permitem, pela primeira vez, a 
geração distribuída de energia e sua ligação às redes de distribuição, trará consequências 
principalmente para os grandes centros urbanos. 
Depois de três anos de secas históricas e consequentes apagões, que evidenciaram a 
excessiva dependência do Brasil de seu sistema hidroelétrico, que gera cerca de 70% da 
eletricidade consumida, milhões de brasileirospoderão se tornar agora prosumidores, 
neologismo que reflete o novo paradigma sob o qual parece avançar a geração de eletricidade: 
o consumidor é o produtor de pelo menos uma parte de sua demanda. 
“ ​Estamos diante do início de uma revolução, porque pela primeira vez a sociedade brasileira 
pode participar diretamente da criação de uma nova matriz energética”, diz Rodrigo Sauaia, 
presidente da Associação Brasileira de Energia Fotovoltaica (Absolar). 
As regras aprovadas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) permitem, segundo 
Sauaia, “a geração compartilhada de energia solar entre vários clientes, que podem se agrupar 
em forma de consórcio ou de cooperativas, assim como a conexão de seus sistemas 
fotovoltaicos domésticos ou comerciais à rede elétrica para abastecê-la quando os painéis 
produzirem mais do que o que é consumido, e vice-versa”. 
A Absolar estima que, se fossem instalados painéis solares em todas as residências do país, a 
produção de energia abasteceria mais que o dobro da totalidade da demanda dos domicílios 
brasileiros. Os especialistas indicam que a região brasileira menos exposta à irradiação solar 
tem potencial para gerar pelo menos 25% mais energia que a região mais favorecida na 
Alemanha, país que já gera cerca de 7% de sua eletricidade com placas fotovoltaicas.​  
Disponível em <https://goo.gl/xzTS3i>. 
Acesso em 10 jun. 2016.​  
Com base na leitura, analise as afirmativas: 
I. O novo paradigma da geração de energia elétrica é o de que o próprio consumidor produza 
30% da sua demanda, tornando-se proconsumidor. 
II. De acordo com a estimativa da Absolar, a instalação de painéis solares em todas as 
residências do país faria com que a produção brasileira de energia superasse a alemã em 18%. 
III. O projeto desenvolvido pelo Instituto Mamirauá tem como foco comunidades da Amazônia, 
onde há aproximadamente dois milhões de pessoas sem acesso à energia elétrica de 
qualidade. 
IV. O principal problema da Amazônia é a seca, que afeta sua produção hidrelétrica e, por isso, 
a energia solar é uma boa alternativa.​  
Assinale a alternativa correta: 
Resposta Selecionada:   c.  
Apenas a afirmativa III é correta. 
 
   
 
Pergunta 6  
 
1 em 1 pontos 
 
   
 
Leia o texto a seguir: 
Criminologia – Eduardo Galeano 
 
  
A cada ano, os pesticidas químicos matam pelo menos três milhões de camponeses. A cada 
dia, os acidentes de trabalho matam pelo menos dez mil trabalhadores. A cada minuto, a 
miséria mata pelo menos dez crianças. Esses crimes não aparecem nos noticiários. São, como 
as guerras, atos normais de canibalismo. Os criminosos andam soltos. As prisões não foram 
feitas para os que estripam multidões. A construção de prisões é o plano de habitação que os 
pobres merecem. 
Disponível em <https://goo.gl/M8eQmt>. 
Acesso em 24 ago. 2016. 
  ​Com base na leitura e nos seus conhecimentos, avalie as afirmativas: 
I. Do texto, apreende-se que práticas econômicas e sociais vigentes causam a morte de 
milhões de cidadãos. 
II. Quando o autor afirma que os criminosos estão soltos, quer dizer que o sistema prisional tem 
vagas insuficientes para abrigar aqueles que são responsáveis por estripar multidões. 
III. Os pesticidas, os acidentes de trabalho e a miséria, por não serem indivíduos, não podem 
ser presos. Portanto, quando alguém morre por uma dessas causas, não há culpados. 
IV. O autor considera que a justiça poupa grandes corporações e instituições e defende a ideia 
de que as prisões sejam habitações destinadas aos mais pobres. 
Está correto o que se afirma em: 
Resposta Selecionada:   b.  
I. 
 
 
   
 
Pergunta 7  
 
1 em 1 pontos 
 
   
 
Leia o texto a seguir: 
  
Energia eólica no Brasil 
  
No início da década de 2000, uma grande seca no Brasil diminuiu o nível de água nas 
barragens hidrelétricas do país, causando uma grave escassez de energia. A crise, que 
devastou a economia do país e levou ao racionamento de energia elétrica, ressaltou a 
necessidade urgente do país em diversificar suas fontes de energia.​  
[...] A primeira turbina de energia eólica do Brasil foi instalada em Fernando de Noronha em 
1992. Dez anos depois, o governo criou o Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de 
Energia Elétrica (Proinfa) para incentivar a utilização de outras fontes renováveis, como eólica, 
biomassa e Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs).​ ​[...] Desde a criação do Proinfa, a 
produção de energia eólica no Brasil aumentou de 22MW em 2003 para cerca de 1000MW em 
2011 (quantidade suficiente para abastecer uma cidade de cerca de 400 mil residências).​  
[...] Segundo o Atlas do Potencial Eólico Brasileiro, publicado pelo Centro de Pesquisas de 
Energia Elétrica da Eletrobrás, o território brasileiro tem capacidade para gerar cerca de 
140GW.​  
O potencial de energia eólica no Brasil é mais intenso de junho a dezembro, coincidindo com os 
meses de menor intensidade de chuvas, ou seja, nos meses em que falta chuva é exatamente 
quando venta mais! Isso coloca o vento como uma grande fonte suplementar à energia gerada 
por hidrelétricas, a maior fonte de energia elétrica do país.​  
 
Durante esse período podem-se preservar as bacias hidrográficas fechando ou minimizando o 
uso das hidrelétricas. O melhor exemplo disto é na região do Rio São Francisco. Por essa 
razão, esse tipo de energia é excelente contra a baixa pluviosidade e a distribuição geográfica 
dos recursos hídricos existentes no país.​  
A maior parte dos parques eólicos se concentra nas regiões nordeste e sul do Brasil. No 
entanto, quase todo o território nacional tem potencial para geração desse tipo de energia.​  
Disponível em <​ ​https://goo.gl/zGP0ZM> 
Acesso em 05 nov. 2014 (com adaptações) 
 Com base na leitura, analise as afirmativas e assinale a alternativa correta: 
I. De acordo com o texto, a energia eólica é uma alternativa viável para atender à demanda de 
cidades com até 400 mil habitantes. 
II. Em 2011, a energia eólica gerada no Brasil foi de menos de 1% do potencial eólico do país. 
III. De 2003 a 2011, a produção de energia eólica cresceu 978%. 
 Assim: 
Resposta Selecionada:   b.  
Apenas a afirmativa II está correta. 
 
 
   
 
Pergunta 8  
 
1 em 1 pontos 
 
   
 
Leia o texto a seguir: 
  
São Paulo, a capital mundial do grafite 
  
A cidade mais p​o​pulosa da América Latina concentra um dos mais grandiosos museus a céu 
aberto de arte urbana do mundo. Quando estiver andando por São Paulo, olhe para cima. Ou 
para os lados. Não importa muito se está caminhando por um bairro de classe média ou pela 
periferia. Há uma característica comum às diferentes regiões da maior cidade mais populosa da 
América Latina: os grafites e pichações, que vêm tomando conta dos muros nos mais de 1.500 
quilômetros quadrados da área de extensão, estão transformando São Paulo na capital mundial 
do grafite. 
De maneira geral, a arte urbana não agrada a todos os gostos. Mas é unânime a opinião de 
que São Paulo é uma cidade cinza, e o grafite insere cor a esse cenário. "O grafite é uma 
manifestação artística que faz parte do cotidiano de todos, quer você goste ou não. Ele se 
impõe", dizem os irmãos Otávio e Gustavo Pandolfo, mais conhecidos como Os Gêmeos. A 
dupla de artistas é conhecida, ao redor do mundo, pelos trabalhos que misturam certo realismo 
fantástico com personagens bem característicos, sempre com cores e figuras geométricas 
parecidas. 
Os irmãos começaram a grafitar em 1987 no bairro onde cresceram, o Cambuci, na zona sul da 
capital paulista. "A arte não é para você gostar, é para você refletir e pensar", completa Thiago 
Mundano, 27 anos, que se autointitula “artivista”, por atrelar o grafite a ações sociais. 
Na Avenida Cruzeiro do Sul, na zona norte da capital, bem próximo a uma das duas rodoviárias 
da cidade, um grupo de 58 artistas fez 66 painéis, criando, em2011, o primeiro Museu Aberto 
de Arte Urbana de São Paulo (MAAU). Eles levaram para as ruas uma das maiores 
características dessa arte: a acessibilidade. "O fato de a arte estar na rua já é muito mais 
 
democrático. A pessoa não precisa entrar numa galeria fechada para ver", diz a artista e 
grafiteira Prila Paiva, 35 anos. 
Organizado com autorização da Prefeitura, esse museu é uma exceção. Como o grande 
negócio do grafite é ocupar a cidade, os artistas nem sempre pintam em muros autorizados. 
 Existe um aspecto de subversão, que envolve, entre outras coisas, "a adrenalina de pichar", 
segundo Mundano. Para ele, tudo é relativo. “Um outdoor é tão agressivo quanto um grafite. Eu 
posso achar ruim, para a minha filha, por exemplo, abrir a janela de casa e dar de cara com 
uma mulher de calcinha e sutiã numa propaganda para vender lingerie”. 
São Paulo adotou, em janeiro de 2007, a Lei Cidade Limpa, durante a gestão do ex-prefeito 
Gilberto Kassab (PSD), proibindo a propaganda em outdoors e em imóveis públicos e privados. 
Já em relação aos grafites, ainda não houve um acordo entre artistas e o poder público. Por 
isso, de um lado, a Prefeitura apaga, cobrindo com tinta cinza, muitos dos muros grafitados. De 
outro, grafiteiros e pichadores pintam os locais apagados novamente. "Nunca sentimos, por 
parte da prefeitura, interesse de entender e respeitar a cultura do grafite", contam Os Gêmeos. 
"Existem problemas sérios em São Paulo que precisam desse dinheiro do contribuinte, em vez 
de ser investido em tinta cinza para apagar trabalhos de arte". Mesmo assim, no final da gestão 
de Kassab, a Prefeitura publicou um guia bilíngue de lugares para ver os grafites na cidade, 
com uma pequena ficha de alguns artistas. 
Por tratar-se de uma arte muito efêmera, um dia a obra está lá e no outro pode já ter sido 
apagada, o consultor financeiro Ricardo Czapski e a produtora cultural Marina Gonzalez 
tiveram a ideia de eternizar algumas pinturas. Eles acabam de lançar o livro Graffiti em São 
Paulo, que nasceu de um acervo de mais de dez mil fotos que Czapski tirou, por cinco anos, de 
muros grafitados. "O grafite tem uma recepção muito boa em todos os níveis. Não tem mais 
aquela má impressão da arte marginal", diz Gonzalez. Com o passar dos anos, além do 
reconhecimento do público, o grafite foi se tornando um negócio mais rentável. Hoje, a arte 
urbana está presente em galerias e exposições pelo Brasil e pelo mundo. 
Pimp My Carroça: ​Exemplo do cunho social que o grafite pode desenvolver, em 2007, Thiago 
Mundano começou a pintar as carroças dos mais de 20.000 catadores de lixo reciclável de São 
Paulo que transportam, em um carrinho improvisado, toneladas de papelão, vidro e alumínio 
para os centros de reciclagem. "Percebi que essas pessoas são invisíveis, ninguém olha para 
elas", diz Mundano. 
A meta, na época, era pintar 100 carroças, mas, com o tempo, Mundano viu que apenas pintar 
não bastava. As carroças precisavam de itens de segurança, como tintas refletoras para a 
noite, espelhos retrovisores, luvas e cordas para os catadores. Assim, nasceu o projeto Pimp 
My Carroça. 
Por meio do ​site​ de ​crowdfunding​ Catarse, Mundano arrecadou 64.000 reais (27,8 mil dólares), 
de 792 apoiadores. O projeto cresceu, se transformou em um evento no centro de São Paulo, 
onde as carroças foram pintadas e os catadores ganharam camisetas, alimentos e uma 
consulta com um clínico geral. 
De lá pra cá, o Rio de Janeiro e Curitiba, a capital do Paraná, no Sul do país, receberam uma 
edição do projeto, contabilizando mais de 120 voluntários e um número já incontável de 
carroças pintadas. O próximo passo é desenvolver um aplicativo para que qualquer um possa 
localizar os catadores que estiverem mais próximos e entregar a eles o lixo reciclável.​  
Disponível em <https://goo.gl/zuZU2e>. 
Acesso em 05 jun. 2016 (com adaptações).​  
Com base na leitura, analise as afirmativas: 
I. Apesar de haver controvérsias quanto a aceitação do grafite e da pichação como formas de 
arte, há indícios de que o reconhecimento dessas expressões artísticas está aumentando, 
como a criação do Museu Aberto de Arte Urbana de São Paulo. 
II. O grafite agrava o preconceito social contra as pessoas mais pobres, uma vez que se trata 
de uma manifestação popular que não alcança o prestígio das artes oficialmente reconhecidas. 
III. De acordo com o texto, o grafite e a pichação são comparáveis aos ​outdoors​ e deveria 
haver uma legislação semelhante à Cidade Limpa para proibir essas manifestações. 
IV. A acessibilidade, a efemeridade e a relação com causas sociais são características da arte 
urbana.​  
Está correto o que se afirma em: 
Resposta Selecionada:   d.  
I e IV. 
 
 
   
 
Pergunta 9  
 
1 em 1 pontos 
 
   
 
(Enade 2010) Leia o excerto a seguir:  
De agosto de 2008 a janeiro de 2009, o desmatamento na Amazônia Legal concentrou-se em 
regiões específicas. Do ponto de vista fundiário, a maior parte do desmatamento (cerca de 
80%) aconteceu em áreas privadas ou em diversos estágios de posse. O restante do 
desmatamento ocorreu em assentamentos promovidos pelo INCRA, conforme a política de 
Reforma Agrária (8%), unidade de conservação (5%) e em terras indígenas (7%).​  
Disponível em <www.imazon.org.br>. 
Acesso em 26 ago. 2010 (com adaptações). 
 Infere-se do texto que, sob o ponto de vista fundiário, o problema do desmatamento na 
Amazônia Legal está centrado: 
Resposta 
Selecionada:  
c.  
Nos posseiros irregulares e proprietários regularizados, 
que desmataram mais, pois muitos ainda não estão 
integrados aos planos de manejo sustentável da terra. 
 
 
   
 
Pergunta 10  
 
1 em 1 pontos 
 
   
 
(Enade 2011). Leia o excerto a seguir: 
Em reportagem, Owen Jones, autor do livro Chavs: a difamação da classe trabalhadora, 
publicado no Reino Unido, comenta as recentes manifestações de rua em Londres e em outras 
principais cidades inglesas. Jones prefere chamar atenção para as camadas sociais mais 
desfavorecidas do país, que desde o início dos distúrbios, ficaram conhecidas no mundo todo 
pelo apelido chavs, usado pelos britânicos para escarnecer dos hábitos de consumo da classe 
trabalhadora.​  
Jones denuncia um sistemático abandono governamental dessa parcela da população: “Os 
políticos insistem em culpar os indivíduos pela desigualdade”, diz. “Você não vai ver alguém 
assumir ser um chav, pois se trata de um insulto criado como forma de generalizar o 
comportamento das classes mais baixas. Meu medo não é o preconceito e, sim, a cortina de 
fumaça que ele oferece. ​  
 
Os distúrbios estão servindo como o argumento ideal para que se faça valer a ideologia de que 
os problemas sociais são resultados de defeitos individuais, não de falhas maiores. Trata-se de 
uma filosofia que tomou conta da sociedade britânica com a chegada de Margaret Thatcher ao 
poder, em 1979, e que basicamente funciona assim: você é culpado pela falta de 
oportunidades. [...] Os políticos insistem em culpar os indivíduos pela desigualdade”.​  
Suplemento Prosa & Verso, O Globo, Rio de Janeiro, 20 ago. 2011, p. 6 (adaptado). 
 Considerando as ideias do texto, avalie as afirmações a seguir. 
I. Chavs é um apelido que exalta hábitos de consumo de parcela da população britânica. 
II. Os distúrbios ocorridos na Inglaterra serviram para atribuir deslizes de comportamento 
individual como causas de problemas sociais. 
III. Indivíduos da classe trabalhadora britânica são responsabilizados pela falta de 
oportunidades decorrente da ausência de políticas públicas. 
IV. As manifestações de rua na Inglaterra reivindicavam formas de inclusão nos padrões de 
consumo vigente.​  
É correto o que se afirma em: 
Resposta Selecionada:   e.  
II, III e IV.

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