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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR MINISTRO PRESIDENTE DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL aula 7

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR MINISTRO PRESIDENTE DO SUPREMO TRIBUNAL 
FEDERAL 
 
 
 
CONFEDERAÇÃO NACIONAL DO COMÉRCIO, (qualificação completa), neste ato 
representada por seu DIRETOR (qualificação completa), com sede na (endereço completo), 
vem, por seu advogado abaixo subscrito, conforme procuração anexa, com endereço 
profissional na (endereço completo), onde passará a receber as futuras intimações e 
notificações interpor 
 
 
AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE COM PEDIDO DE LIMINAR 
 
 
em face da Norma editada pelo governador do estado KWY e em face da Assembléia 
Legislativa do estado KWY pelos motivos adiante expostos. 
 
 
DA LEGITIMIDADE ATIVA 
 
A CONFEDERAÇÃO NACIONAL DO COMÉRCIO é legitimada ativa no presente caso 
conforme o disposto no Art. 103, IX, bem como com apoio no disposto acerca do tema na 
doutrina, e de acordo com os arts. 533, 534 e 535 todos da CLT. 
 
 
DA COMPETÊNCIA ORIGINÁRIA 
Na forma do artigo 102, I, \u201ca\u201d, CRFB/88, é de competência originária do STF o 
processamento e julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade de lei ou ato normativo 
federal ou estadual. 
 
 
DO CABIMENTO DA AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE 
É cabível a presente ação direta de inconstitucionalidade contra lei ou ato normativo estadual 
ou federal contrário à CRFB/88, conforme disposto no art. 102, I, \u201ca\u201d da referida 
Constituição. 
Cabe relatar que no caso em questão trata-se de uma norma de competência originária da 
união, bem como, a presente violação no disposto no art. 22, I, art. 5º, XXII e art. 170 todos da 
CRFB/88. 
Assim, não há dúvida em relação à adequação da via eleita pelo legitimado. 
 
 
DOS FATOS E FUNDAMENTOS 
No presente caso o Estado KWY editou norma determinando a gratuidade dos 
estacionamentos provados vinculados a estabelecimentos comerciais, como supermercados, 
hipermercados, shoppings, estabelecendo multas por seu descumprimento e gradação na 
punições administrativas, além de delegar ao PROCON local a responsabilidade pela 
fiscalização dos estabelecimentos relacionados na norma. 
Ocorre que a presente norma viola o disposto no Art. 22, I da CRFB/88, que trata o direito a 
propriedade privada, e, ainda vai contra o preceituado no art. 5º, XXII, também da CRFB/88 
que garante a todos o direito de propriedade, este claramente violado pela norma editada e 
questionada pela presente ADI, bem como também viola o disposto no Art. 170, II da 
Constituição, assim, não restam dúvidas acerca da citada norma diante da flagrante 
irregularidade e inegável violação ao disposto na Constituição da República Federativa do 
Brasil. 
Portanto, deve ser declarada a inconstitucionalidade da citada norma, com os efeitos EX 
TUNC, ERGA OMNES e VINCULANTE. 
 
 
DA CONCESSÃO DA MEDIDA LIMINAR 
Assim, resta claro que no presente caso que, nenhuma norma pode sobrepor-se ao disposto 
na CRFB/88. Neste Sentido, surge a necessidade de aplicação do Art. 10 da Lei 9.868/99 c/c 
Art. 102, I, \u201ca\u201d da CRFB/88. 
O periculum in mora encontra-se presente na norma, visto que caso esta entre em vigor poderá 
causar danos irreparáveis ou de difícil reparação aos cidadãos do Estado KWY, visto que caso 
entre em vigor, diversos proprietários terão prejuízos inestimáveis, causados pela violação a 
seu direito de propriedade. 
Quanto ao fumu boni iuris resta presente em virtude de que o direito a propriedade garantido 
pelos art. 22, I, art.5º, XXII e art.170, II todos da CRFB/88, está ameaçado pela propositura e 
possível entrada em vigor da questionada lei, o que colocaria em perigo o direto a propriedade 
garantidos pela CRFB/88. 
Assim, diante dos fatos ora narrados, torna-se imprescindível, in casu, a concessão de medida 
cautelar inaudita altera pars (com fulcro no artigo 10, da Lei Federal nº 9.868/99), evitando a 
produção de lesão grave ou de difícil reparação. 
 
 
DO PEDIDO 
Diante do exposto, vem a presença de Vossa Excelência requerer: 
 
a) a concessão da Liminar para suspender o ato normativo editado pelo Estado KWY até o 
julgamento definitivo da presente ação; 
b) a notificação do Governador do Estado KWY e da Assembléia Legislativa para que prestem 
informações na forma do artigo 6º e parágrafo único, da Lei nº 9.868/99; 
3) a intimação do Advogado-Geral da União para a defesa da norma; 
4) a intimação do Procurador-Geral da República; 
5) a procedência do pedido com a declaração de inconstitucionalidade da norma, com efeitos 
EX TUNC, ERGA OMNES e VINCULANTE; 
 
DAS PROVAS 
Requer a produção de todas as provas admitidas em direito na forma do 
artigo 3º, parágrafo único, da Lei 9.868/99, em especial documental 
 
DO VALOR DA CAUSA 
Dá-se à causa o valor de R$ 500.000,00 (quinhentos mil reais), para fins fiscais e de alçada. 
 
Nestes termos, 
Pede deferimento. 
 
ESTADO KWY, (data) 
 
ADVOGADO 
OAB/KWY

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