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AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE

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Impresso por Gabriel, CPF 137.400.787-07 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode
ser reproduzido ou repassado para terceiros. 12/11/2020 18:46:11
 O Estado KWY editou norma determinando a gratuidade dos estacionamentos privados 
 vinculados a estabelecimentos comerciais, como supermercados, hipermercados, shopping 
 centers, estabelecendo multas pelo descumprimento e gradação nas punições 
 administrativas, além de delegar ao PROCON local a responsabilidade pela fiscalização 
 dos estabelecimentos relacionados no instrumento normativo. Tício, contratado como 
 advogado Júnior da Confederação Nacional do Comércio, é consultado sobre a 
 possibilidade de ajuizamento de medida judicial, apresentando seu parecer positivo quanto 
 à matéria, pois a referida lei afrontaria a CRFB. Em seguida, diante desse pronunciamento, 
 a Diretoria autoriza a propositura da ação judicial constante do parecer. 
 Na qualidade de advogado, elabore a peça cabível, observando: 
 a) competência do juízo; 
 b) legitimidade ativa e passiva; 
 c) fundamentos de mérito constitucionais e legais vinculados; 
 d) requisitos formais da peça; 
 e) tutela de urgência 
 (Valor: 5,00) 
 Resposta 
 
 EXCELENTÍSSIMO SR. MINISTRO PRESIDENTE DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. 
 
 
 
 Confederação Nacional do Comércio, pessoa jurídica de direito privado, entidade de âmbito 
 nacional, inscrita no CNPJ sob o nº..., com sede em..., por seu advogado infra-assinado..., 
 com escritório..., endereço que indica para os fins do art. 39, I do CPC, vem propor a 
presente 
 
 AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE 
 
 Com fundamento no art. 102, I, “a”, da CRFB/88 e na Lei nº 9.868/99, em face da lei..., 
 pelos motivos abaixo expostos. 
 
 
 
 I – DO OBJETO 
 Trata-se de norma editada pelo Estado KWY, determinando a gratuidade dos 
 estacionamentos privados vinculados a estabelecimentos comerciais, como supermercados, 
 hipermercados, shopping centers, determinando multas pelo descumprimento, 
 estabelecendo gradação nas punições administrativas. 
 A lei designa ainda o PROCON como órgão responsável pela fiscalização dos 
 estabelecimentos que ficam obrigados pela lei em questão. 
 Irresignada com a possível ilegalidade, a autora propõe a presente Ação Direta de 
 Inconstitucionalidade 
 
 II – DA LEGITIMIDADE ATIVA 
 A Confederação Nacional do Comércio é legitimada especial elencada no Art. 103, inciso 
 IX. 
 Trata-se de Confederação nacional de defesa dos comerciários, nos interesses objetivos e 
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 subjetivos. Atentou-se para o imenso prejuízo que a medida inconstitucional traria a todos 
 os comerciantes do Estado KWY, impondo-se a propositura da presente Ação como única 
 medida cabível. 
 Portanto comprovada a legitimidade ativa e estando presente a pertinência temática, a 
 presente Ação Direta de Inconstitucionalidade deve ser conhecida. 
 
 III – DOS FUNDAMENTOS 
 A norma estadual é afronta de diversas maneiras a Constituição da República e 1988. 
 A Ação Direta de Inconstitucionalidade é meio cabível para sanar atos normativos que vão a 
 desencontro com a Carta Maior, competindo ao Supremo Tribunal Federal o Julgamento. 
 Cumpre ressaltar que trata-se de matéria de direito civil, em que somente a União teria a 
 competência para legislar, por força do Art. 22, inciso I da CRFB/88. 
 Isto porque, há clara violação ao direito de propriedade, vez que o Estado legisla no sentido 
 de ordenar procedimentos em estabelecimentos privados. O direito de propriedade privada 
 está previsto no Art. 5º XXII da CRFB/88. 
 Não pode o Estado legislar sobre o uso da propriedade privada bem como usurpar a 
 competência de outro ente da federação, razão pela qual a Ação Direta de 
 Inconstitucionalidade deve ser julgada procedente. 
 
 IV – DA MEDIDA LIMINAR 
 Demonstra-se necessário o deferimento do pedido liminar. 
 Pelos elementos colacionados na inicial, demonstra-se provas e elementos de informação 
 capazes de convencer o entendimento dos Doutos julgadores, tendo em vista a ampla 
 demonstração do direito, presente desta forma o fomus boni iuris que pode fomentar a 
 suspensão do ato normativo impugnado até o julgamento final da ADI. 
 Mostra-se também imperioso que o ato normativo seja suspenso imediatamente, tendo em 
 vista que os danos aos comerciários do Estado KWY serão de difícil reparação, presente 
 também o periculum in mora, ensejando a suspensão da Lei publicada pelo Estado KWY. 
 
 V - DOS PEDIDOS 
 Em face do exposto, a Confederação requer: 
 a) a concessão da medida cautelar inaudita altera pars conforme o Art. 12 da Lei 9868/99 e 
 que ao final seja julgado procedente o pedido e declarada a inconstitucionalidade da norma 
 impugnada; 
 b) a juntada dos documentos em anexo; 
 c) que sejam solicitadas informações ao Governador do Estado e à Assembleia Legislativa 
 estadual; 
 d) a citação do Advogado Geral da União; 
 e) a oitiva do Procurador- ral da República. Ge
 
 Dá-se à causa o valor de R$ 1.000,00 (mil reais) para fins procedimentais. 
 
 Termos em que, pede deferimento. 
 
 Local e data 
 Advogado 
 OAB n.º...

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