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RECLAMAÇÃO TRABALHISTA RITO SUMÁRIO COMPLETA

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AO JUÍZO DA _____ VARA DO TRABALHO DE TERESINA – PIAUÍ
MARIA FRIDA KAHLO, brasileira, convivente, cozinheira, portadora da CTPS nº 11448 – série: 00016/PI, PIS nº 127.55555.48-4, RG nº 555.666 SSP PI, CPF nº 222.333.444-00, residente e domiciliada na Rua da Esperança, s/n, Vila da Paz, CEP: 64.000-00, nesta capital, devidamente assistida pelo Sindicato das Trabalhadoras em Bares, Restaurantes e Similares da Região Metropolitana de Teresina, por seu advogado “in fine” firmado, procuração anexa (doc. 01), com escritório na Rua Desembargador Freitas, nº 1808, sala: 02, nesta capital, local onde requer o envio das comunicações judiciais, vem, respeitosamente, perante V. Exa., com fundamento no artigo 840, § 1° da Consolidação das Leis Trabalhistas, Lei 5.584/70 e artigo 319 do Código de Processo Civil.
RECLAMAÇÃO TRABALHISTA PELO RITO SUMÁRIO
Em face de LANCHONETE POP’S – H. A. V. SILVA EIRELI, CNPJ nº 20.777.422/0001-24, pessoa jurídica de direito privado, estabelecido na Avenida dos Inconfidentes, nº 1010, Box: 18, Estação Rodoviária de Teresina, CEP: 64.012-012, nesta cidade, pelas razões fáticas e jurídicas a seguir elencadas:
 DOS FATOS E FUNDAMENTOS
A reclamante qualificada nos autos foi admitida em 13/11/12 (treze de novembro de dois mil e doze) com a finalidade de prestar serviços a empresa ora reclamada, para ocupar a função de cozinheira do estabelecimento.
Para a surpresa da reclamante, a mesma foi demitida sem qualquer razão ou motivo que justificasse tal ato, e sem aviso prévio em 31/01/2018 (trinta e um de janeiro de dois mil e dezoito), recebendo como última remuneração o valor equivalente a R$ 937,00 (novecentos e trinta e sete reais).
Em que pese a reclamante ter recebido seus valores trabalhistas de acordo com a legislação vigente, observou-se que os pagamentos das verbas foram efetuadas somente quinze dias após a demissão, em 15/02/2018 (quinze de fevereiro de dois mil e dezoito), além de não ter sido depositado o valor equivalente ao FGTS, incluindo a respectiva multa.
Diante disso, é notável que houve irregularidades que ocasionaram lesão aos direitos da reclamante, senão vejamos.
DO FGTS (CONTA VINCULADA + MULTA DE 40%)
Conforme previsto no artigo 15 da Lei 8.039/90, todos os empregadores, permanecem obrigados a depositar até o dia 07 (sete) de cada mês, em conta bancária vinculada ao trabalhador, a importância correspondente a 8% (oito por cento) da remuneração devida no mês anterior a cada trabalhador, incluídas na remuneração as verbas que tratam os artigos 457 e 458 da Consolidação das Leis do Trabalho, que correspondem as gorjetas e outros benefícios in natura como alimentação, além da gratificação de Natal, a que se refere a Lei n° 4.090, de 13 de junho de 1962, com as modificações da Lei 4.749 de 12 de agosto de 1965.
O presente caso deixa claro que tal dispositivo foi violado, tendo em vista que não foram efetivadas qualquer depósito no que diz respeito à alíquotas correspondentes ao FGTS a que faz jus, tão pouco foi aberta conta vinculada a reclamante.
Além disso, por conta da rescisão indireta do contrato de trabalho, deverá ser paga uma multa de 40% (quarenta por cento) sobre o valor total depositado a título de FGTS na conta vinculada ao trabalhador, de acordo com §1º do art. 18 da lei 8036/90 c/c art. 7º, I, CF/88.
Novamente observa-se que o previsto em lei foi violado, pois o que se denota no caso é que os depósitos correspondentes aos valores devidos a titulo de FGTS, acrescido de multa correspondente a 40% (quarenta por cento), conforme disciplinado legalmente não foram devidamente realizados.
DAS VERBAS RESCISÓRIAS FORA DO PRAZO LEGAL
No presente caso, observou-se que o Reclamado cometeu outro desrespeito à legislação vigente sobre o prazo para pagamento das verbas rescisórias. Conforme previsto no artigo 477, § 6° da CLT, o pagamento deveria ter sido efetivado em 10 (dez) dias após a demissão da reclamante, porém, o pagamento ocorreu apenas em 15 (quinze) quinze dias após a demissão devendo, portanto, sujeitar o empregador como infrator da multa corresponde a 160 (cento e sessenta) BTN, conforme previsto na legislação referida, bem assim para o pagamento da multa.
Em virtude do discorrido, verifica-se que as patentes irregularidades precisam ser resolvidas, para fazer valer os direitos trabalhistas ilegais que faz jus a reclamante.
 DOS HONORÁRIOS ASSISTENCIAIS
Diante do caso apresentado, em virtude de a reclamante ter sido assistida pelo sindicato de sua categoria, de acordo com previsto pela Súmula n° 219, I, “a” do TST e, consolidada pelo artigo 791-A, § 1° da Lei n° 13.467/2017, é sucumbente o reclamado nesta demanda ao pagamento de honorários assistenciais.
DA CONCLUSÃO E CÁLCULOS
Conforme dos fatos expostos, segue resumo do valor devido pelo reclamado:
ITEM A
	
	Cálculo FGTS 8%
	
	Novembro / 2017 (18 dias)
	R$ 937,00 / 30 = 31,23 (R$ 562,14 x 18 =)
	R$ 44,97
	Dezembro / 2017
	R$ 937,00 x 8% =
	R$ 74,96
	13º 2017 (2/12) = 13º 2017 (2/12) =
	R$ 937,00 / 12 = 78,08 x 2 = R$ 156,16 x 8% =
	R$ 12,49
	13º 2018 (1/12) =
	R$ 937,00 / 12 = 78,08 x 8% =
	R$ 6,24
	Mês Janeiro/2018
	R$ 937,00 x 8% =
	R$ 74,96
	S/Aviso Prévio
	R$ 937,00 x 8% =
	R$ 74,96
	TOTAL FGTS →
	
	R$ 288,58
ITEM B
	FGTS – 40% (multa) = (R$ 288,58 x 40%)
	R$ 115,43
	TOTAL FGTS → R$ 288,58 + 115,43 =
	R$ 404,01
ITEM C
	Multa Rescisória
	R$ 937,00
	
	
	SUBTOTAL → R$ 404,01 + 937,00 =
	1.341,01
	Honorários Assistenciais (15%)
	R$ 201,15
	TOTAL RECLAMADO →
	R$ 1.542,16
DOS PEDIDOS
Diante do exposto, requer a reclamante:
A notificação do reclamado para comparecer à audiência a ser designada para, querendo, apresentar defesa à presente reclamação e acompanhá-la em todos os seus termos, sob as penas da lei.
Julgar ao final totalmente improcedente a presente reclamação para condenar a reclamada ao pagamento das seguintes verbas rescisórias:
Pagamento do FGTS de todo o período trabalhado, assim como multa de 40% referente a todo o período de labor;
Aplicação da multa prevista no art. 477 da CLT;
Condenação ao pagamento de honorários assistenciais, conforme previsto na Súmula n° 219, I, “a” do TST e, consolidada pelo artigo 791-A, § 1° da Lei n° 13.467/2017.
 DO VALOR DA CAUSA
Dá-se à causa o valor de R$ 1.542,16 (mil e quinhentos e quarenta e dois reais e dezesseis centavos).
Nestes termos,
Pede deferimento.
Teresina, 13 de março de 2018.
___________________________________
Ronaldo Brito
OAB/PI 123.456

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