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relacao genero raca etnia 2

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Prévia do material em texto

Viviane Luiz Macedo
Relação de Gênero, Raça 
e Etnia no Contexto dos 
Direitos Humanos
Sumário
03
CAPÍTULO 2 – Por que é importante saber identificar o que está sendo tutelado? ..................05
Introdução ...................................................................................................................05
2.1 O que é bem jurídico? .............................................................................................05
2.2 Qual o conceito de gênero? ......................................................................................07
2.2.1 Diferenças naturais e inevitáveis entre homens e mulheres ....................................08
2.2.2 Relações de gênero no aspecto social no Brasil ..................................................08
2.3 Qual o conceito de raça? ........................................................................................11
2.3.1 Uma breve reflexão sobre a história do negro no Brasil .......................................13
2.4 O que é etnia? .......................................................................................................14
2.4.1 Identidade étnica no Brasil ...............................................................................16
2.4.2 As políticas sociais em prol às etnias indígenas no Brasil ......................................16
2.5 Qual a relevância da legislação brasileira que protege as relações de gênero, 
raça e etnia? .................................................................................................................17
Síntese ..........................................................................................................................20
Referências Bibliográficas ................................................................................................21
05
Capítulo 2 
Introdução 
A “questão social” vai além dos males e problemas pelos quais passam os cidadãos de deter-
minada cidade, estado ou país. Portanto, é insuficiente imaginar que o serviço social tem como 
premissa a eficácia dos direitos humanos de forma individualista. 
A concepção individualista dos direitos humanos tem envolvido rapidamente, com os tremendos 
sucessos deste século, para uma transformação incomensurável nas noções jurídicas do 
individualismo, restringidas agora por uma extensão, cada vez maior, dos direitos sociais. 
Já se não vê na sociedade um mero agregado, uma justaposição de unidades individuais, 
acasteladas cada qual no seu direito intratável, mas uma entidade naturalmente orgânica, 
em que a esfera do indivíduo tem por limites inevitáveis, de todos os lados, a coletividade. O 
direito vai cedendo à moral, o indivíduo à associação, o egoísmo à solidariedade humana. (RUI 
BARBOSA, 1919, p. 81).
Embora encontremos normativos que preconizam o amparo individual dos sujeitos, o objetivo 
final é puramente social, tendo em vista que os indivíduos são parte da sociedade.
Assim, é importante compreender o Direito como fato social, e não apenas como um sistema ló-
gico formado por um conjunto de normas que disciplina a vida em sociedade. Para o campo do 
Serviço Social, não cabe nos aprofundarmos na sociologia do direito, porém, é importante que o 
profissional voltado ao atendimento de seus assistidos, seja este de forma direta ou indireta, ao 
indivíduo que necessita do amparo social ou representando-o perante órgãos públicos ou institui-
ções privadas, tenham conhecimento dos principais princípios e normas que versam sobre o as-
sunto discutido ou aplicado, e saiba identificar e correlacionar a questão à este princípio e norma.
Desta forma é sabido que não é necessário que o profissional tenha guardado na memória um 
compêndio dos artigos constitucionais ou das leis infraconstitucionais que versam sobre o tema. 
Do profissional, se espera que este tenha bem definido o conceito do bem jurídico, para que 
ele possa atender ou representar o indivíduo da forma correta, possibilitando-o assim maiores 
chances de logar êxito em suas empreitadas profissionais. 
Diante o exposto, como podemos trazer o transcedental para o campo prático a fim de atender 
a vontade da sociedade? Neste sentido, vamos estudar o Direito a fim de conseguirmos a efetiva 
aplicação dos propósitos em prol do cidadão. 
2.1 O que é bem jurídico?
A positivação dos valores fundamentais, individuais e sociais está grafada na Constituição Fede-
ral. Esta nos informa os princípios jurídicos fundamentais e, ao protejê-los, os transformam em 
bens jurídicos. 
Num Estado de direito democrático, todos os ramos do direito deve acautelar os bens jurídicos 
fundamentais (vida, liberdade, igualdade e etc.), inclusive prevendo punição à quem os desres-
peitam a fim de preservar ou obter a ordem social. 
Por que é importante saber identificar 
o que está sendo tutelado?
06 Laureate- International Universities
Relação de Gênero, Raça e Etnia no Contexto dos Direitos Humanos
O eleito para função social, seja de fronte ao assistido ou na participação de discussões sobre as 
questões sociais dos cidadãos que este representa, recebe uma demanda, uma situação fática, e a 
partir de então, deve conseguir vislumbrar qual ou quais bens jurídicos são, ou foram desconside-
rados e, saber orientar ou defender o indivíduo, enquanto parte da sociedade, de forma correta.
Ocorre que nem toda ação que é moralmente repreensível ou até mesmo considerado por alguns 
como pecaminoso, pode, o sujeito praticante ser apenado pelo seu comportamento “reprovável” 
devido o fato de ele não ter atendado contra bem juridicamente protegido. 
Para o agente social, é de suma importância saber identificar tais particularidades, a fim de possa 
efetuar os liames de forma correta, pois, a apartir daí, saberá direcionar a problemática de forma 
assertiva. Não terá dúvidas se deve direcionar o caso para acompanhamento psicológico ou policial.
CASO!
Um caso prático e uma discussão ainda atual ocorreu em 2005 (publicada através da Resolução 
número 03/GSIPR/CH/CONAD, de 27 de outubro de 2005) na qual o assunto central era de que 
o dependente químico não deveria ser considerado mais pela sociedade como um “criminoso” 
e sim um doente. 
A referida discussão foi precedida de um estudo, onde foi constatado que o dependente quí-
mico que prática crime, muitas vezes, só os pratica pelo fato de se encontrar doente. Logo, a 
dependência química é um mal social. A partir daí foi elaborada uma política pública voltada 
a prevenção, tratamento, recuperação e reinserção social deste dependente, visando a redução 
dos danos sociais.
A Resolução 03/GSIPR/CH/CONAD, faz parte de uma série de ações que ocorreram ao longo 
do tempo. Até meados dos anos 70, o Estado somente intervinha nos casos de dependência 
química, reprimindo o dependente com a finalidade de manter a ordem social. A estes eram 
destinadas ações higienistas e repressivas com a ruptura imediata do consumo de drogas. E dos 
famíliares era esperada aplicação de sua função disciplinadora uma vez que era considerada 
responsável pelas “transgressões” de seus membros.
Com o advento da Lei 6.368 de 21 de outubro de 1976, que dispunha medidas de combate 
ao tráfico ilícito de drogas, também ocorreu o primeiro registro de que o Estado via o usuário 
de drogas como dependente químico, ou seja, portador de uma doença física e quisíquica, e 
portanto, com direito a tratamento específico em prol de seua recuperação e reinserção social. 
Nesta, não foi mencionado ou definido o papel da família neste processo de desintioxicação e 
inserção social.
Porém, apenas nos anos 90, com o curso do movimento conhecido por Reforma Sanitária, liga-
do a formulação das políticas públicas brasileiras, que, à época avançava vertiginosamente, a 
questão envolvendo as drogas emergiu como sendo questão de saúde pública.
Apenas com o advento da Lei 10.409,positivou-se normas que tornaram obrigatórias em hos-
pitais a manutenção das atividades destinadas a recuperação do paciente dependente e de 
orientação às famílias destes. 
Com a Política Nacional Antidrogas (PNA/2005), além de reforçar as conquistas já positivadas 
a família, finalmente foi referida com maior clareza, quando foi Instituído o Sistema Nacional de 
Políticas Públicas Sobre Drogas – SISNAD, que se tornou público através da Lei 11.343 de 23 de 
agosto de 2006, fez-se referência do papel da família nesta política pública.
07
Neste ato, a família aparece como sujeito ativo, ou seja, compartilha responsabilidades e tem o 
dever de colaborar mútuamente com instituições públicas, privadas e diversos seguimentos so-
ciais em prol a recuperação, reinserção social e, também, na prevenção ao uso de intorpecentes. 
Em suma, passou-se a desejar um maior rigor no combate ao tráfico de entorpecentes a fim de 
reduzir a oferta e a violência originada pelo estado doentio do agente. É importante atentar-se 
ao lapso temporal e o papel fundamental das políticas públicas para ocorrerem as mudanças, 
tanto as legislativas quanto as pragmáticas. A partir do momento que se define o bem jurídico 
tutelado, é possível criar Leis que atenda as necessidades da sociedade, lembrando que estas 
Leis, também, de forma oblíquoa, informa a toda sociedade quais são as políticas públicas que 
esta tem que defender e aplicar em prol do desenvolvimento social. 
Para compreender a atual política pública sobre drogas no Brasil, leia Aprovação da 
Política Nacional Sobre Drogas. Disponível em: <http://www.obid.senad.gov.br/por-
tais/OBID/biblioteca/documentos/Legislacao/326979.pdf.
VOCÊ QUER LER?
2.2 Qual o conceito de gênero?
A discussão sobre gênero trata-se de um tema em pauta nos dias atuais não só no Brasil, mas 
também no mundo todo. No entanto, apesar dos avanços consideráveis nas últimas décadas, o 
debate sobre o tema ainda está em construção. 
Castilho (2015) nos indica que a palavra “gênero” começou a ser utilizada nos anos 80, pelas 
feministas americanas e inglesas, para explicar a desigualdade entre homens e mulheres concre-
tizada em discriminação e opressão das mulheres. 
Ainda de acordo com autora, nessa época, as investigações sobre a condição social das mulheres 
já apontavam uma forte desigualdade entre homens e mulheres, que tendia a aumentar conforme 
a classe social, raça, etnia e outras condições de vida. A desigualdade abarcava a esfera pública 
e privada. Na primeira, era visível nos salários menores do que o dos homens em serviços iguais 
e na pequena participação política. Na esfera privada, se evidenciava pela dupla moral sexual e 
na delegação de papéis domésticos. A desigualdade era e ainda é justificada, por setores conser-
vadores religiosos, científicos e políticos, pela diferença biológica entre homens e mulheres. Há 
ainda na sociedade os que crêem que as diferenças sociais são essenciais, naturais e inevitáveis.
08 Laureate- International Universities
Relação de Gênero, Raça e Etnia no Contexto dos Direitos Humanos
Figura 1 - Igualdade nas relações de gênero.
Fonte: Shutterstock, 2015.
2.2.1 Diferenças naturais e inevitáveis entre homens e mulheres
Um breve comentário sobre os aspectos científicos que demonstram as diferenças entre os sexos 
se faz necessário. Não trataremos das diferenças físicas e sim as neurológicas, por serem estas 
as relevantes ao nosso estudo. Veja o que dizem Pastore e França (1995, p.77):
A principal diferença entre homens e mulheres se encontra na forma pela qual utilizam o 
cérebro. Nos homens, predomina o uso do lado esquerdo, responsável entre outras funções 
pelo raciocínio lógico. As mulheres usam tanto a porção esquerda como a direita do cérebro, 
que deflagra os mecanismos da emoção. Elas têm, por isso, uma relação mais emocionada 
com todas as formas da linguagem. Eles são mais frios. 
Para completar, Smith (1994, p. 122), defendeu em sua tese de doutorado que:
Embora possamos [...] nos empenhar em explicações dos produtos dos sistemas biológicos em 
termos de seus componentes, deve-se ter em mente que estas são exceções à regra. Devemos 
alterar a maneira como concebemos a causação biológica, de modo que possamos reconhecer 
que os próprios sistemas são freqüentemente as melhores explicações de seus produtos.
Frente estas afirmações, as diferenças entre homens e mulheres se explicariam em si mesmas, ou 
seja, ao tentar explicá-las demais, facilmente pode-se tornar redundante.
Para compreender a relação de gênero e a luta das mulheres por direitos iguais, leia 
a Política Nacional de enfrentamento à violência contra as mulheres. Disponível em: 
<http://www.spm.gov.br/sobre/publicacoes/publicacoes/2011/politica-nacional>. 
Acesso em nov. 2015.
VOCÊ QUER LER?
2.2.2 Relações de gênero no aspecto social no Brasil
09
Em relação ao tema, observe que as desigualdades sociais entre homens e mulheres no Brasil, 
conhecidas no debate teórico e político como relações de gênero, se destacam em vários aspec-
tos da sociedade brasileira.
Neste sentido, um fato importante a se destacar no Brasil foi a criação da Secretaria de Políticas 
Públicas para as Mulheres, em 2003, através do Decreto n. 7.959 de 13 de março, que impul-
sionou as discussões sobre um problema que sempre existiu, a violência fundada no sexismo.
Ainda em prol das relações de gênero, podemos citar a Lei 11.340 de 2006, conhecida como 
Lei Maria da Penha e a conquista mais recente, ocorrida em março de 2015, a Lei nº 13.104 (Lei 
do Feminicídio), que passou a classificar como crimes hediondos alguns atos violentos contra o 
sexo feminino. 
Obstante ao apresentado, foi relizado no Brasil estudo sobre a mortalidade de mulheres em 
razão do sexismo. Os dados nacionais são obtidos através do Sistema de Informações de Morta-
lidade e o resultado é divulgado através dos Mapas da Violência, o qual indica inclusive os locais 
onde ocorrem as agressões. Trazemos na tabela abaixo alguns dados relevantes ao nosso estudo: 
Local Fem. Masc.
Estabelecimento saúde 25,2 26,1
Domicílio 27,1 10,1
Via pública 31,2 48,2
Outros 15,7 15,0
Ignorado 0,8 0,7
Total 100,0 100,0
Fonte: Mapa da Violência 2015. Homicídio de mulheres no Brasil.
Tabela 1 - Homicídios de mulheres no Brasil.
Fonte: WAISELFISZ, 2015.
A partir dos dados acima, verificamos que a violência (agressão) domiciliar sofrida por pessoas 
do sexo feminino em 2013 foram 37% maior, em relação a violência sofrida por pessoas do 
sexo masculino. Ainda no mapa consultado, em suas páginas 30 e 31, podemos verificar que a 
situação ainda é mais crítica quando se compara a mesma violência sofrida por pessoas do sexo 
feminino de cor de pela negra e branca. Enquanto o compêndio dos dados entre os levantamen-
tos realizados entre os anos de 2003 a 2013 para o primeiro grupo (mulheres de pele negra), no 
Brasil sofreu uma crescente de 61,9%, para o segundo grupo (mulheres de pele branca) houve 
um declínio de – 3,7%.
Portanto tais dados nos leva a crer que o fato de ser mulher e ainda, negra, são condicionantes 
à propensão de sofrer violência doméstica oriundas do sexismo masculino.
O sexismo masculino no Brasil não atinge as mulheres apenas no ambiente doméstico. De acor-
do com o IBGE (2014, apud WAISELFISZ, 2015) , as mulheres também possuem remuneração 
inferior aos homens quando elas exercem as mesmas funções que estes, e o ritmo que avança 
a correção, no sentido de oferta de salário igual para ambos os sexos é demasiadamente lento, 
visto que de um ano para o outro, a correção fora de apenas 1%. O mesmo instituto aponta que 
no ano de 2014, mulheres receberam em média 74,5% da renda dos homens, enquanto que em 
2013 , este percentual era de 73,5%.
10 Laureate- International Universities
Relação de Gênero, Raça e Etnia no Contexto dos Direitos Humanos
Aindasobre os dados pesquisados foi demonstrado que temos questões de desfavorecimento em 
relação ao sexo. Também na realidade masculina foi apurado pelo IBGE (2014, apud WAISEL-
FISZ, 2015) que a população de estudantes do ensino superior entre os anos de 2003 e 2009 
era composta em sua maioria por mulheres.
Tal informação traz um indicativo de desvantagem para os homens, considerando que a socieda-
de valoriza o indíviduo que possui curso superior, e que o mercado de trabalho e perspectiva de 
melhor renda para estes são melhores.
Outros Homens brancos Mulheres negras Mulheres brancas
2003
2009
0 10 20 30 40 50
 Figura 2 - Estudantes no ensino superior, por sexo e cor/raça (2003 e 2009).
Fonte: Ensaios de gênero, 2015.
Do gráfico acima, além de constatarmos a condição de menor instrução superior no universo 
masculino, reparamos também a disparidade em relação a cor da pele.
Por fim, neste contexto é importante que o profissional do Serviço Social reconheça seu papel, no 
sentido das garantias dos direitos e consolidação de temas relevantes para à sociedade.
Conheça um pouco mais sobre as estatísticas referente à relação de gênero no Brasil, 
em “Indicadores de desigualdade de gênero no Brasil”. Disponível em: http://www.uel.
br/revistas/uel/index.php/mediacoes/article/view/16472.
VOCÊ QUER LER?
O Brasil é o quinto no ranking dos países do mundo onde a violência contra as mulhe-
res é maior. Esta informação foi divulgada pelo IBGE através do “Mapa da Violência 
2015 - Homicídio de Mulheres”. Disponível em:<http://aves.org.br/noticia/brasil-e-
-quinto-pais-do-mundo-onde-mais-morrem-mulheres>. Acesso em: nov. 2015.
VOCÊ SABIA?
11
2.3 Qual o conceito de raça?
Segundo o Dicionário Aurélio (1995, p. 547), o conceito de Raça refere-se ao: 
raça¹ S. f. 1. Conjunto de indivíduos cujos caracteres somáticos, tais como 
a cor da pele, a conformação do crânio e do rosto, o tipo de cabelo, etc., 
são semelhantes e se transmitem por hereditariedade, embora variem de 
indivíduo para indivíduo. 2. O conjunto dos ascendentes e descendentes de 
uma família, uma tribo ou um povo, que se origina de um tronco comum. 
3. Ascendência, estirpe, casta. 4. Descendência, progênie, geração. 5. O 
conjunto dos individuos com origem étinica, linguinstica ou social comum. 
6. Geração; gente. 7. Qualidade que se supões própria de uma origem 
ilustre. 8. Categoria, classe, espécie. 9. Subspécie animal resultante do 
cruzamento de induvíduos selecionados pelo homem para manutenção ou 
aprimoramento de determinados caracteres. [Aplica-se especialmente aos 
animais domésticos.] Ter raça. Bras. 1. Ter ascendência africana. 2. Ser 
forte, lutador, bravo, brioso.
A palavra racial surgiu do conceito descrito acima, logo, racismo é “qualquer doutrina que 
sustenta a superioridade biológica cultural e/ou moral de determinada população, povo ou 
grupo social considerado como raça”. E racista é a “pessoa que tem ou manifesta sentimento 
de superioridade ou de agressividade, geralmente de natureza preconceituosa e discriminatória, 
em relação a indivíduos de outra(s) raça(s), ou de povos ou de grupos considerados racialmente 
distintos” (FERREIRA,1995, p. 1696 ).
Figura 3 - Operários, obra de Tarsila do Amaral, que representa o imenso número, e a variedade 
racial das pessoas vindas de todas as partes do Brasil para trabalhar nas fábricas
Fonte: Universia, 2015.
Na sociedade brasileira, a raça está amplamente relacionada ao preconceito a cor da pele, o 
que significa que é continua e real a associação entre cor de pele e posição social do indivíduo, 
o que exclui o mesmo da condiçao de “gente”.
Torna-se necessário levar em consideração o fato de vivermos numa sociedade capitalista, na 
qual predomina a ideia que tem mais valor aquele que tem uma posição social que lhe permite 
adquirir mair quantidade de bens de consumo.
12 Laureate- International Universities
Relação de Gênero, Raça e Etnia no Contexto dos Direitos Humanos
Dessa forma, a questão gira em torno do fato de que se o indivíduo negro é constantemente sub-
julgado e explorado, como este poderá “concorrer” de forma igual com um cidadão de pele clara?
Ano Total
Cor/raça
Branca Preta Parda Amarela Indígena
1872
1890
1900
1920
1940
1950
1960
1970
1980
1991
2000
2010
100,0%
100,0%
100,0%
100,0%
100,0%
100,0%
100,0%
100,0%
100,0%
100,0%
100,0%
100,0%
38,1%
44,0%
-
-
63,5%
61,7%
61,0%
-
54,2%
51,6%
53,4%
47,7%
19,7%
14,6%
-
-
14,6%
11,0%
8,7%
-
5,9%
5,0%
6,1%
7,6%
38,3%
32,4%
-
-
21,2%
26,5%
29,5%
-
38,8%
42,4%
38,9%
43,1%
-
-
-
-
0,6%
0,6%
0,7%
-
0,6%
0,4%
0,5%
1,1%
3,9%
9,0%
-
-
-
-
-
-
-
0,2%
0,4%
0,4%
Tabela 2 - Distribuição percentual dos indivíduos segundo a cor/raça, ao longo dos diferentes 
censos demográficos – Brasil – 1872-2010.
Fonte: IBGE, 2012.
Alguns dados relevantes devem ser observados nas informações trazidas acima, uma análise ver-
dadeira deve ser norteada de informações relevantes e sob um olhar crítico, para que, de forma 
imparcial, possa se obter dados sociais fidedignos.
Que no Brasil, houve um período em que a ideologia do embranqueamento imperou, 
ou seja, os dados quanto a real quantidade de pessoas negras, eram “mascarados”. 
Só em 1991, o censo demográfico foi consolidado nos moldes que temos hoje: branco, 
preto, pardo, amarelo e indígena. E somente nas últimas apurações pudemos ver a que 
os brancos deixaram de compor a maioria do povo brasileiro, pois, a soma de pardos 
e negros a ultrapassa.
VOCÊ SABIA?
13
Marthin Luter King e Mandela? Não perca a oportunidade de conhecer sobre estes 
personagens que foram símbolos da resistência negra contra o racismo e preconceito. 
Martin Luther King Jr foi um pastor protestante e ativista político nascido nos Estados 
Unidos. Tornou-se um dos mais importantes líderes do movimento dos direitos civis dos 
negros naquele país, e no mundo, com uma campanha de não violência e de amor ao 
próximo. Ele liderou em 1955 o boicote aos ônibus de Montgomery. Seus esforços leva-
ram à Marcha sobre Washington de 1963, onde ele fez seu discurso «I Have a Dream” 
(eu tenho um sonho). Em 14 de outubro de 1964 King recebeu o Prêmio Nobel da Paz 
pelo combate à desigualdade racial através da não violência. Mandela foi o mais po-
deroso símbolo africano da luta contra o regime segregacionista do Apartheid, sistema 
racista oficializado em 1948, e modelo mundial de resistência. Advogado, líder rebelde 
e presidente da África do Sul de 1994 a 1999, considerado como o mais importante 
líder da África Negra, ganhador do Prêmio Nobel da Paz de 1993. Foi preso por ques-
tões políticas e tornou-se o prisioneiro mais famoso do mundo ,passou 27 anos na 
prisão e, finalmente se tornou o político mais consagrado em vida pela sua importante 
contribuição para a refundação do seu país, como uma sociedade multiétnica.
VOCÊ O CONHECE?
2.3.1 Uma breve reflexão sobre a história do negro no Brasil
Sabemos que os negros chegaram ao Brasil a fim de servirem como escravos e, quando finalmen-
te eles receberam a alforria, se viram “livres”, mas sem perspectiva de trabalho, já que milhões 
de imigrantes europeus, entre os anos de 1884 e 1959 adentraram no Brasil tendo como objetivo 
trabalhar nas plantações de café, portanto, estavam sendo contratados para fazer o que antes 
era feito pelos escravos, que muitas vezes eram rejeitados pelos seus “maus hábitos”, como eram 
considerados os seus rituais religiosos.
Numa investigação das causas, muitas vezes temos que nos remeter ao passado, nunca para 
fomentar a condescendência e sim, para verificar o que é preciso ser “reparado” e, como agentes 
sociais, encontrar políticas querealmente possam ou poderão surtir os efeitos almejados.
A sociedade, principalmente através das artes, imprimem seu desejo de verdadeira igualdade ra-
cial. Abaixo, por exemplo, podemos ver um comunicador artírtico que, de forma pujante, afirma 
que “uma lavagem cerebral” se faz necessária. Deixando de lado seu “radicalismo”, tal afirma-
ção chega a ser contraditória, de tão grave, é considerada por este a questão da desigualdade 
social e racismo que, este sugere um “remédio” extremo: a lavadura cerebral. Este método que 
é reconhecido pela utilização de métodos agressivos!
14 Laureate- International Universities
Relação de Gênero, Raça e Etnia no Contexto dos Direitos Humanos
 
Figura 4 - Consciência- Lavagem cerebral
Fonte: Shutterstock, 2015.
VOCÊ QUER VER?
O tema preconceito racial também é discutido através da arte. Gabriel o Pensador, com-
pôs uma música que enfatiza bastante o tema, inclusive comentando sobre a miscige-
nação do povo brasileiro. Não deixe de ver o clipe musical “Lavagem cerebral”, de Ga-
briel, o pensador. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=iEyaWeAHmlQ. 
2.4 O que é etnia?
A palavra etnia é definida como sendo o “agrupamento humano que possui uma estrutura fami-
liar, ecomômica e social homogênea, e cuja unidade repousa na comunhão de língua, cultura e 
de consciência grupal” (LAROUSSE, 1998, p. 2289).
Então, diferentemente de diferenciação por características físicas, aqui temos um grupo identifi-
cado pelas suas manifestações sobre diferentes assuntos. Vejamos o grafado por Roberto Cardo-
so de Oliveira (1976, p.145):
Compulsando as definições de etnia, “ethnos” e “ethnic”, verificamos que estes termos estão 
sempre associados, mas numa relação de opisição, à raça. Enquanto esta noção estaria 
definitivamente vinculada à sua base biológica, a noção de etnia estaria por sua vez vinculada 
a uma base estritamente social (daí estar sempre associada a grupo), tal como a noção de 
Cultura teria por base a Sociedade. Creio que não cabe mais exorcizar a noção de raça como 
não devemos lutar ainda para eliminar quaisquer biologismos porventura agarrados à noção de 
etnia: o caminho já foi limpo por grande número de antropólogos, desde antropólogos físicos, 
como Juan Comas, até antropólogos sociais como Lévi-Strauss, entre dezenas que poderíamos 
mencionar aqui. E entre os antropólogos o termo etnia (“ethnos” ou “ethnic”) passou a circular 
como boa moeda, qual uma assepsia do campo científico – especialmente nas ciências sociais 
-, cioso de não se deixar penetrar de preconceitos raciais ou de quaisquer ideologias rascistas. 
15
Para analisarmos o étnico, temos que nos livrar de quaisquer preconceitos raciais. Assim, pas-
saremos a exergar o indivíduo, não por seus caracteres antropomórficos e sim pelo seus valores 
socioculturais.
Figura 5 - Composição étnica brasileira
Fonte: Person education, 2011. 
•	 Brancos: a grande maioria da população branca tem origem europeia (ou são 
descendentes desses). No período colonial vieram para o Brasil: espanhóis, holandeses, 
franceses, além de italianos e eslavos. A região sul abriga grande parte dos brancos da 
população brasileira, já que ocuparam tal área.
•	 Negros: essa etnia foi forçada a migrar para o Brasil, vieram como escravos para atuar 
primeiramente na produção do açúcar e mais tarde na cultura do café. O Brasil é um dos 
países que mais utilizou a mão de obra escrava no mundo. Hoje, os negros se concentram 
principalmente em áreas nas quais a exploração foi mais intensa, nordeste e sudeste.
•	 Indígenas: grupo étnico que habitava o território brasileiro antes da chegada dos 
portugueses. Nesse período, os índios somavam cinco milhões de pessoas. Após quase 
serem dizimados restaram somente 350 mil índios e atualmente existem 170 mil na região 
Norte e na Centro-Oeste, 100 mil.
•	 Asiáticos: grupo étnico composto principalmente por japoneses, chineses e coreanos. 
Conforme último censo do IBGE-2010, eles representavam 1,09% da população brasileira.
VOCÊ QUER VER?
Para reforçar seus conhecimentos sobre questões raciais e etnicas, não deixe ver o 
vídeo Raça e Etnia, onde é claramente mostrada a diferença conceitual entre raça e 
etnia. Disponível em: < https://www.youtube.com/watch?v=APEXbnsLYBc >
16 Laureate- International Universities
Relação de Gênero, Raça e Etnia no Contexto dos Direitos Humanos
2.4.1 Identidade étnica no Brasil
No Brasil, o principal grupo étnico são os índios. Principal porque para este grupo, existem po-
líticas públicas sociais específicas desde loga data. Não engane-se acreditando que este grupo 
étnico é de simples compreensão, pois, cada tribo pode ser considerada um grupo étnico, pois, 
muitas são diferente por suas especificidades. Corroborando com a afirmação temos o que disse 
Renato Athias (1976, p. 32):
Somente a partir de um reconhecimento claro do fatoque existe no Brasil vários grupos 
étnicos diferenciados, econsequentemente problemas diversos, que se pode chegar auma 
política indigenista mais adequada para esses grupos. Éadmitindo a existência de etnias e sua 
especificidade que sepode tentar estabelecer uma política mais racional e repararos desgastes 
já causados pela insistência secular emconsiderar o índio como igual em todos os lugares. 
Uma política social que prestigie estes grupos étnicos deve ser pautada tanto na preservação de 
seus direitos como na correta propalação da existência destes grupos, bem como de sua cultura. 
A divulgação correta, por si só, já demandará de uma grande trabalho social, no sentido de 
“corrigir” livros e programas educacionais no sentido de ajustar as diretrizes educacionais para 
que estas possam levar aos discentes conhecimentos substanciais quanto a este povo, e não su-
perficiais como vem sito feito até os dias de hoje:
A historiografia oficial sempre mostrou os povos indígenas como se eles tivessem desaparecido 
desde osprimeiros contatos ocorridos na costa brasileira. Ainda hoje,os manuais escolares 
evitam falar dos povos indígenas, ouquando falam, usam uma conotação racista e se referindo 
aum passado longínquo. (OLIVEIRA, 1976, p.29)
2.4.2 As políticas sociais em prol às etnias indígenas no Brasil
Atualmente, a instituição federal encarregada de formular e executar a política indigenista do 
Estado brasileiro é a Fundação Nacional do Índio - FUNAI. Criada em 1967, suscedeu o extinto 
Serviço de Proteção ao Índio, o qual foi acusado e denunciado internacionalmente, em sua úl-
tima fase, de irregularidades administrativas e de colaborar com a exterminação dos índios, em 
vez dedefendê-los. 
Além de executar as políticas indigenistas, a FUNAI deve proteger as etnias indígenas da veroci-
dade capitalista a fim de que estes possam usufruir de seus direitos constitucionais:
Com relação às terras indígenas a Constituição reconhece não apenas a ocupação física das áreas 
habitadas pelos índios, mas sim a ocupação de acordo as tradições culturais. Neste sentido, o 
Artigo 20 amplia o conceito de território indígena a toda extensão de terra necessária à manutenção 
e preservação das tradições imemoriais e culturais dos povos indígenas. O Artigo 22 mantém a 
competência do Estado para legislar sobre as populações indígenas e reconhece assim o direito 
dos índios de preservar sua identidade étnica e suas formas deorganização abandonando assim 
o caráter de transitoriedade da condição de indígena que cessaria com a chamada “integração 
dos índios à comunhão nacional”. O Artigo 215 garante a educação bilíngüe assegurando-lhes 
a utilização de suas línguas e processos próprios de aprendizagem. O atual texto constitucional 
abandona explicitamente a ações integracionistas e direciona as ações indigenistas para 
a valorização da identidade étnica e do patrimônio cultural (tangíveis e intangíveis) dos povos 
indígenas. Os parágrafosdos Artigos 231 e 232 contêm as basessobre os direitos indígenas e 
ressaltam o reconhecimento da identidade própria e diferenciada, os direitos originários, determinam 
a demarcação das terras indígenas, e reconhece as formas de organização social como partes 
legítimas para ingressar em juízo em defesa de seus direitos e interesses. (OLIVEIRA, 1976, p. 33).
Os índios reivindicam uma política pública que os atendam de acordo com suas necessidades e, 
suas principais reinvidicções são: 
1. A clareza nos direitos de propriedade da terra. Aqui se verifica tudo que diz respeito aos 
territórios indígenas: as questões sobre a utilização do solo e do subsolo e a plena utilização 
das terras, tendo a Constituição de 1988 já avançado nessas questões, porém sem uma 
legislação complementar; 
17
2. O reconhecimento e a garantia da voz política dos povos indígenas, não só como cidadãos 
individuais, mas sobretudo como povo, como grupo, como culturas distintas. Isso significa 
aceitar as relações interculturais. Esse reconhecimento proporciona aos grupos étnicos 
agentes ativos de seu próprio desenvolvimento; 
3. O respeito à identidade cultural indígena, tendo em conta que qualquer modelo de 
desenvolvimento econômico deveria fortalecer as diversas identidades;
4. O reconhecimento formal das organizações existentes entre os povos indígenas, assegurando 
as suas formas próprias de gestão e representação política em projetos apoiados pelos 
governos;
5. Apoios a iniciativas indígenas que visem à ampliação dos recursos naturais existentes nas áreas 
indígenas, buscando fortalecer seus modelos de gestão dos recursos naturais em suas terras; 
6. Apoios concretos à manutenção da segurança alimentar nos territórios indígenas, 
respeitando as práticas tradicionais de exploração dos recursos naturais; 
7. A responsabilidade social do Estado em apoiar serviços de saúde dignos e de qualidade nas 
áreas indígenas; uma educação intercultural bilíngüe e atividades que possam promover a 
geração de renda respeitando as tradições culturais dos povos indígenas (ATHIAS, 2015).
Leis infraconstitucionais que complementassem o disposto na Constituição Federal juntamente 
com um trabalho social efetivo sobre as questões étnicas dos índios brasileiros são medidas justas 
almejadas pela sociedade brasileira a fim que termine de uma vez por todas quaisquer tentativas 
de se manipular a identidade indígena ou mesmo de se pregar uma interpretação das normas 
com uma conotação assistencialistas e paternalistas: 
 Neste sentido, o Serviço Social está vinculado ao processo de construção de uma nova ordem 
societária, ou seja, uma sociedade desenvolvida, a exploração e domínio de etnia é premente 
a incorporação de diretrizes nas políticas do Estado, portanto, não podemos exergar um grupo 
étnico como simples desventurados a fim de afastarmos as possibilidades de incorrermos a erro.
2.5 Qual a relevância da legislação brasileira 
que protege as relações de gênero, raça e etnia?
A relevância da legislação é de extremo valor, pois ela é base para tratamento e encaminhamento 
de questões sociais, sendo um elemento essencial para o trabalho do profissional do serviço social. 
O Brasil, como um Estado Democrático de Direito, que em suma, explica-se por ter todas as 
pessoas (físicas ou jurídicas, pública ou particular), submetidas ao respeito das legislações, so-
bretudo quanto aos direitos humanos e garantias fundamentais por meio do estabelecimento de 
uma proteção jurídica que é a nossa Constituição Federal, que serve de legitimação para todo 
o ordenamento jurídico.
A própria assistência social no Brasil parte de um princípio constitucional. Está presvista no artigo 
194 da Constituição Federal, de 1988:
Art. 194. A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa 
dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à 
previdência e à assistência social.
Parágrafo único. Compete ao Poder Público, nos termos da lei, organizar a seguridade social, 
com base nos seguintes objetivos:
I - universalidade da cobertura e do atendimento;
II - uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações urbanas e rurais;
III - seletividade e distributividade na prestação dos benefícios e serviços;
IV - irredutibilidade do valor dos benefícios;
V - eqüidade na forma de participação no custeio;
VI - diversidade da base de financiamento;
VII - caráter democrático e descentralizado da administração, mediante gestão quadripartite, 
com participação dos trabalhadores, dos empregadores, dos aposentados e do Governo nos 
órgãos colegiados. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)
18 Laureate- International Universities
Relação de Gênero, Raça e Etnia no Contexto dos Direitos Humanos
O artigo em questão, fora ainda respaldado pelos artigos 203 e 204 da mesma Carta Magna:
Art. 203. A assistência social será prestada a quem dela necessitar, independentemente de 
contribuição à seguridade social, e tem por objetivos:
I - a proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência e à velhice;
II - o amparo às crianças e adolescentes carentes;
III - a promoção da integração ao mercado de trabalho;
IV - a habilitação e reabilitação das pessoas portadoras de deficiência e a promoção de sua 
integração à vida comunitária;
V - a garantia de um salário mínimo de benefício mensal à pessoa portadora de deficiência e ao 
idoso que comprovem não possuir meios de prover à própria manutenção ou de tê-la provida 
por sua família, conforme dispuser a lei.
O Art. 204:
Art. 204. As ações governamentais na área da assistência social serão realizadas com recursos 
do orçamento da seguridade social, previstos no art. 195, além de outras fontes, e organizadas 
com base nas seguintes diretrizes:
I - descentralização político-administrativa, cabendo a coordenação e as normas gerais à 
esfera federal e a coordenação e a execução dos respectivos programas às esferas estadual e 
municipal, bem como a entidades beneficentes e de assistência social;
II - participação da população, por meio de organizações representativas, na formulação das 
políticas e no controle das ações em todos os níveis.
Parágrafo único. É facultado aos Estados e ao Distrito Federal vincular a programa de apoio 
à inclusão e promoção social até cinco décimos por cento de sua receita tributária líquida, 
vedada a aplicação desses recursos no pagamento de: (Incluído pela Emenda Constitucional 
nº 42, de 19.12.2003)
I - despesas com pessoal e encargos sociais; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 
19.12.2003)
II - serviço da dívida; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)
III - qualquer outra despesa corrente não vinculada diretamente aos investimentos ou ações 
apoiados. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)
O Estado, através destes artigos, desfaz qualquer possibilidade de remeter a assistência social à 
prática do favor e do clientelismo. Veja que os textos legais afirmam que a assistência estudada 
deve ser composta por ações integradas, previamente definidas e com um objetivo predefinido, 
portanto, não dá margem ao assitêncialimo.
Para regular os princípios, a política de assistência social no país foi regulamentada pela Lei Fe-
deral Nº 8.742/93 – Lei Orgânica de Assistência Social - LOAS, dando ênfase para um conceito 
de assistência social que organiza e lidera um conjunto integrado de ações de iniciativa pública 
e da sociedade, para garantir o atendimento às necessidades básicas, impondo como dever do 
Estado e direito do cidadão, tal conjunto iniciativas (serviços, programas, projetos e benefícios).
Portanto, o Estado de forma prioritária deve executar a política pública de assistência social e 
de forma subsidiária, pode ser executada pelas organizações da sociedade civil. Além disso, na 
Constituição de1988, o Ministério Público Brasileiro assumiu a afirmação dos direitos sociais no 
país, teve ampliado o seu campo de atuação, especialmente, no que diz respeito a sua partici-
pação no âmbito social. Dessa forma, passou a atuar diuturnamente para que se façam cumprir 
as leis que embasam a verdadeira cidadania em todos as esferas: federal, estadual e municipal.
A partir disso, se tem promulgado leis como as comumentes conhecidas como: Lei Maria da Pe-
nha (LEI Nº 11.340, de 7 de agosto de 2006); Estatuto da igualdade racial (Lei nº 12.288, de 20 
de Julho de 2010), e buscando regulamentar um novo Estatuto dos Povos Indígenas, com normas 
condizentes com as realidades atuais e em consonância com a Constituição Federal, visto que o 
Estatuto do Índio que passou a vigorar em 1973, promulgado pelo então presidente Emílio Gar-
rastazu Médici através da Lei 6.001, embora atualizado, tornou-se obsoleto por deixar de tratar 
alguns assuntos atuais e ainda tratar os índios como sendo totalmente incapazes e inimputáveis.
19
O avanço da política de assistência social, com a promulgação de Leis que garantam a vontade 
da sociedade, é base para a construção da verdadeira cidanania, aquela cujo a democracia 
social impera.
O Brasil tem avançado muito em sua política de assistência social. Esta é a base para a cons-
trução da cidadania, tão necessária e tão almejada pelo cidação brasileiro, aquela que dirimi 
diferenças e equaliza em um patamar digno as condições de vida daqueles menos favorecidos.
A efetiva participação social, é importante para a implementação de legislações que bem uti-
lizadas, sejam instrumentos para que se alcance a melhoria dos serviços para o público e o, 
conseguinte, fortalecimento da democracia. Portanto, os debates em torno de temas sociais im-
portantes é fundamental para avançarmos em direção a uma sociedade realmente desenvolvida. 
A sociedade deve ser protagonista das mudanças sociais que deseja!
Os desafios existem e não são poucos No entanto, ao formar profissionais aptos a atuar de forma 
assertiva, faz surgir um prognóstico otimista.
VOCÊ QUER VER?
Para uma reflexão sobre Gênero e diversidade, não deixe ver o vídeo Gênero e Diver-
sidade na Escola: Relações Étnico Raciais. Disponível em: < https://www.youtube.com/
watch?v=iK7WfYmpyZQ>.
20 Laureate- International Universities
Síntese
Neste capítulo, você:
•	 Conheceu quantoa tutela dos Direitos e sua importância e, também, sobre os conceitos 
de alguns bens juríridos protegidos pelas normas constitucionais e infraconstitucionais, 
desenvolveu aptidão para perceber os aspectos dogmáticos dos direitos fundamentais e a 
importância de sua compreensão para perspectiva de um modelo de regras e princípios. 
Especialmente no tocante as relações de gêneros, de raça e étnicas;
•	 É capaz de diferenciar e identificar as questões de raça e étnicas, que muitas vezes são 
confundidas pela sociedade, sabe que a sociedade requer que os marginalizados por 
conta de sua raça sejam insertos na sociedade de forma igualitária e que as etnias 
indígenas sejam respeitadas no limite de seu modo de vida e crenças, ou seja, que não 
sejam “compelidos” a se tornarem “homens brancos”, apenas para satisfazer os desejos 
destes últimos;
•	 Viu que no Brasil é possível identificar cultura sexista, não somente pela violência contra a 
mulher, mas também, pelo tratamento diferenciado nas questões salariais.
•	 Conheceu algumas leis e estatudos que versam exclusivamente sobre assuntos relacionados 
à determinados grupos de pessoas que tendem ser alvejados de forma negativa em na sua 
subjetividade.Viu que a sociedade é o agente principal tanto para que ocorra a efetiva 
aplicação da assitência social quanto na aprovação de lei que viabilizem a aplicabilidade 
da mesma. 
Síntese
21
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Políticas para as Mulheres, para o período de 2013 a 2015, altera o Decreto nº 5.390, de 8 
de março de 2005, e dá outras providências. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/cci-
vil_03/_Ato2011-2014/2013/Decreto/D7959.htm>. Acesso em: nov. 2015.
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e repressão ao tráfico ilícito e uso indevido de substâncias entorpecentes ou que determinem 
dependência física ou psíquica, e dá outras providências. Disponível em: <http://www.planalto.
gov.br/ccivil_03/LEIS/L6368.htm>. Acesso em: nov. 2015.
BRASIL. Lei nº 8.742, de 7 de dezembro de 1993. Dispõe sobre a organização da Assistên-
cia Social e dá outras providências. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/
L8742.htm>. Acesso em: nov. 2015.
BRASILv Lei no 10.409, de 11 de janeiro de 2002. Dispõe sobre a prevenção, o tratamen-
to, a fiscalização, o controle e a repressão à produção, ao uso e ao tráfico ilícitos de produtos, 
substâncias ou drogas ilícitas que causem dependência física ou psíquica, assim elencados pelo 
Ministério da Saúde, e dá outras providências. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/cci-
vil_03/leis/2002/L10409.htm>. Acesso em: nov. 2015.
BRASIL. Lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006. Cria mecanismos para coibir a violência 
doméstica e familiar contra a mulher, nos termos do § 8o do art. 226 da Constituição Federal, 
da Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra as Mulheres e 
da Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra a Mulher; dis-
põe sobre a criação dos Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher; altera o 
Código de Processo Penal, o Código Penal e a Lei de Execução Penal; e dá outras providências. 
Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2006/lei/l11340.htm>. 
Acesso em: nov. 2015.
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Públicas sobre Drogas - Sisnad; prescreve medidas para prevenção do uso indevido, atenção 
e reinserção social de usuários e dependentes de drogas; estabelece normas para repressão à 
produção não autorizada e ao tráfico ilícito de drogas; define crimes e dá outras providências. 
Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2006/lei/l11343.htm>. 
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