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UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁUNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE ELETROTÉCNICADEPARTAMENTO ACADÊMICO DE ELETROTÉCNICA CURSO DE ENGENHARIA INDUSTRIAL ELÉTRICACURSO DE ENGENHARIA INDUSTRIAL ELÉTRICA 1 UTFPR – Campus Curitiba Prof. Amauri Assef Disciplina de Eletrônica de Potência Disciplina de Eletrônica de Potência –– ET66BET66B Aula 21 Aula 21 –– Conversores CCConversores CC--CC, Conversor BuckCC, Conversor Buck Prof. Amauri AssefProf. Amauri Assef amauriassef@utfpr.edu.bramauriassef@utfpr.edu.br Eletrônica de Potência Eletrônica de Potência –– Conversores CCConversores CC--CCCC � Principais funções dos conversores estáticos 2 UTFPR – Campus Curitiba Prof. Amauri Assef � CC-CC – Choppers CC (CC-CC) � CA-CC – retificador � CC-CA – inversor � CA-CA – gradador/cicloconversor Eletrônica de Potência Eletrônica de Potência –– Conversores CCConversores CC--CCCC � Descrição funcional e definições � O conversor CC-CC pode ser conceituado como um sistema, formado por semicondutores de potência operando como interruptores, e por elementos passivos, normalmente indutores e capacitores, que tem por função controlar o fluxo de potência da fonte de entrada (E1) para a fonte de saída (E ) 3 UTFPR – Campus Curitiba Prof. Amauri Assef 1 de saída (E2) � Variável de controle do sistema: D = razão cíclica ou ciclo de trabalho (D = razão cíclica ou ciclo de trabalho (dutyduty cyclecycle)) 0 ≤ D ≤ 10 ≤ D ≤ 1 Eletrônica de Potência Eletrônica de Potência –– Conversores CCConversores CC--CCCC � Na representação simplificada de um conversor CC-CC � A fonte de tensão contínua E1 funciona como uma fonte de energia e E2 funciona como uma carga � Em algumas aplicações práticas a carga pode ser constituída � Resistor � Motor de corrente contínua � Banco de baterias 4 UTFPR – Campus Curitiba Prof. Amauri Assef � Banco de baterias � Dispositivo de soldagem elétrica a arco � Outro conversor estático CONVERSOR CC-CC E1 E2 I1 I2 Eletrônica de Potência Eletrônica de Potência –– Conversores CCConversores CC--CCCC � No modelo ideal de conversor, as perdas internas são nulas e a potência entregue à carga é igual a potência cedida pela fonte E1 2211 222 111 IEIE IEP IEP = = = 5 UTFPR – Campus Curitiba Prof. Amauri Assef � O ganho estático é definido por: � É necessário o emprego de algum dispositivo que seja capaz de "dosar" a quantidade de energia transferida 1 2 E EG = Eletrônica de Potência Eletrônica de Potência –– Conversores CCConversores CC--CCCC � Atuador linear ���� queda de tensão proporcional à sua impedância � Inconveniente a perda de energia sobre a resistência série � Utilização de chaves ����maneira mais eficiente e simples de manobrar valores elevados de potência 6 UTFPR – Campus Curitiba Prof. Amauri Assef Eletrônica de Potência Eletrônica de Potência –– Conversores CCConversores CC--CCCC � Vantagens: � Rendimento prático: 70% a 98% � Controle do fluxo de energia elétrica, com elevada eficiência � Como uma chave ideal apresenta apenas os estados de condução (quando a tensão sobre ela é nula) e de bloqueio (quando a corrente por ela é nula), não existe dissipação de potência sobre ela, garantindo a 7 UTFPR – Campus Curitiba Prof. Amauri Assef ela é nula), não existe dissipação de potência sobre ela, garantindo a eficiência energética do arranjo � Na maior parte dos casos, a frequência de comutação da chave é muito maior do que a constante de tempo da carga Eletrônica de Potência Eletrônica de Potência –– Conversores CCConversores CC--CCCC � Classificação dos conversores CC-CC não isolados � Quanto a topologia e ganho estático Conversor Ganho estático Buck Boost D ( )D/ −11 8 UTFPR – Campus Curitiba Prof. Amauri Assef � Buck – abaixador (step-down) � Boost – elevador (step-up) Buck-boost Cúk Sepic Zeta ( )D/D −1 ( )D/D −1 ( )D/D −1 ( )D/D −1 D < 0,5 D < 0,5 �������� VoVo < Vi (< Vi (buckbuck)) D > 0,5 D > 0,5 �������� VoVo > Vi (> Vi (boostboost)) Eletrônica de Potência Eletrônica de Potência –– Conversores CCConversores CC--CCCC 9 UTFPR – Campus Curitiba Prof. Amauri Assef Eletrônica de Potência Eletrônica de Potência –– Conversores CCConversores CC--CCCC � Exercício: � Considerando uma chave ideal S abrindo e fechando periodicamente, com frequência f, e com razão cíclica D: � a) Determinar as expressões dos valores médio e eficaz da tensão da carga � b) Determinar a expressão da potência transferida a carga � c) Determinar os valores de tensão e corrente médias na chave S � d) Demonstrar que a potência dissipada na chave é igual a zero. 10 UTFPR – Campus Curitiba Prof. Amauri Assef � d) Demonstrar que a potência dissipada na chave é igual a zero. V1 VR(t) V1 DT T Eletrônica de Potência Eletrônica de Potência –– Modulação PWM Modulação PWM � Modulação PWM (Pulse Width Modulation) � Em Modulação por Largura de Pulso opera-se com frequência constante, variando-se o tempo em que o interruptor permanece conduzindo Onda portadora 11 UTFPR – Campus Curitiba Prof. Amauri Assef Onda portadora (dente de serra) Onda moduladora Eletrônica de Potência Eletrônica de Potência –– Modulação PWM Modulação PWM � O sinal de comando é obtido, geralmente, pela comparação de um sinal de controle (modulante) com uma onda periódica (portadora) como, por exemplo, uma "dente-de-serra“ � Para que a relação entre o sinal de controle e a tensão média de saída seja linear, como desejado, a portadora deve apresentar uma variação linear e, além disso, a sua frequência deve ser, pelo menos, 10 vezes maior do que a modulante 12 UTFPR – Campus Curitiba Prof. Amauri Assef maior do que a modulante � fácil filtrar o valor médio do sinal modulado, recuperando, sobre a carga, uma tensão contínua proporcional à tensão de controle (vc). Eletrônica de Potência Eletrônica de Potência –– Modulação PWM Modulação PWM � Exemplo: � Sinal PWM com portadora triangular produzindo sinal de 2 níveis 13 UTFPR – Campus Curitiba Prof. Amauri Assef Eletrônica de Potência Eletrônica de Potência –– Modulação PWM Modulação PWM � Exemplo: � Formas de onda de tensão com modulação PWM de 2 e de 3 níveis 14 UTFPR – Campus Curitiba Prof. Amauri Assef Eletrônica de Potência Eletrônica de Potência –– Modulação PWM Modulação PWM � Tempo morto (dead-time): � Os interruptores nunca podem conduzir ao mesmo tempo � Devido aos tempos distintos para acionar e bloquear os interruptores, por questões de segurança, existe um período, chamado de tempo morto, em que o sinal de comando das duas chaves está em nível baixo (chave aberta) 15 UTFPR – Campus Curitiba Prof. Amauri Assef Q1 Q2 Tempo morto Sinais de controle Eletrônica de Potência Eletrônica de Potência –– Modulação PWM Modulação PWM � CIs comerciais para geração dos sinais PWM: � Simplificação dos circuitos eletrônicos de modulação e controle � Inclusão de diversas funções importantes � Ajuste de tempo morto (dead-time control) � Partida suave (soft start) � Limitadores de corrente 16 UTFPR – Campus Curitiba Prof. Amauri Assef � Limitadores de corrente � Compensadores � Exemplo: uC3525 MicrocontroladoresMicrocontroladores, , DSCsDSCs e e DSPsDSPs www.microchip.comwww.microchip.com www.freescale.comwww.freescale.com www.ti.comwww.ti.com Eletrônica de Potência Eletrônica de Potência –– BuckBuck � Conversor CC-CC abaixador de tensão - Buck: � Produz um valor médio de tensão na saída < médio da tensão de entrada � Corrente média de saída > corrente média de entrada� Teoricamente, possibilita uma variação da tensão de média na carga desde zero até o valor da tensão de alimentação 17 UTFPR – Campus Curitiba Prof. Amauri Assef IR E VR(t) tc ta T Tensão na carga Eletrônica de Potência Eletrônica de Potência –– BuckBuck � Se a chave S fechar e abrir periodicamente, o valor médio é: � onde: � tc���� tempo em que a chave S permanece conduzindo � ta ���� tempo em que a chave S permanece aberta ( ) E T tcEdt T dttv T V tcT RRmed ⋅=== ∫∫ 00 11 18 UTFPR – Campus Curitiba Prof. Amauri Assef � ta ���� tempo em que a chave S permanece aberta � T = tc + ta = 1/f ���� período de chaveamento � Definindo a razão cíclica D (duty cycle): � Obtém-se: IRT tcD = EDVRmed ⋅= Eletrônica de Potência Eletrônica de Potência –– BuckBuck � Potência de entrada: � A potência transferida à carga pode der controlada por D ( ) ( ) ( ) R EDdt R E T P dt R tv T dttitv T P tc E T R T RRE 2 0 2 0 2 0 1 11 ∫ ∫∫ == =⋅= 19 UTFPR – Campus Curitiba Prof. Amauri Assef � A potência transferida à carga pode der controlada por D � A tensão média na carga varia de zero à E � O controle da tensão média na carga é realizado através da razão cíclica D � Para tc = 0 (chave permanentemente aberta) ���� D = 0 � Para tc = T (chave permanentemente fechada) ���� D = 1 IR Eletrônica de Potência Eletrônica de Potência –– BuckBuck � Princípio de funcionamento com carga RLE: iE io iD 20 UTFPR – Campus Curitiba Prof. Amauri Assef Etapa 1 Etapa 2 iD iE Io=IE iD = 0 iE= 0 Io=ID iD Eletrônica de Potência Eletrônica de Potência –– BuckBuck � Equações: � Soluções das equações: Etapa 1 Etapa 2 c D D c E E E dt diLiR E dt diLiRE +⋅+⋅= +⋅+⋅= 0 21 UTFPR – Campus Curitiba Prof. Amauri Assef � Soluções das equações: � Onde: � IM é o valor máximo da corrente de carga � Im é o valor mínimo da corrente de carga Etapa 1 Etapa 2 ( ) −⋅−⋅= −⋅ − +⋅= −− −− ττ ττ tt MD tt mE e R Ec eIi e R EcE eIi 1 1 R L =τ Eletrônica de Potência Eletrônica de Potência –– BuckBuck � Formas de onda: � IM – Valor máximo de io � Im – Valor mínimo de io � tc – tempo S conduzindo � ta – tempo S aberta 22 UTFPR – Campus Curitiba Prof. Amauri Assef Eletrônica de Potência Eletrônica de Potência –– BuckBuck � Formas de onda: � Controle da tensão Vo em função da razão cíclica D, mantendo a frequência de de chaveamento constante 23 UTFPR – Campus Curitiba Prof. Amauri Assef Eletrônica de Potência Eletrônica de Potência –– BuckBuck � Condução contínua e descontínua: � DCM – Discontinuous conduction mode � Se a corrente de carga io se anular antes que o tempo ta seja esgotado, a corrente é descontínua � CCM – Contínuous conduction mode � Se a corrente de carga io não se anular antes que o tempo ta seja esgotado, a corrente é contínua 24 UTFPR – Campus Curitiba Prof. Amauri Assef DCMCCM Eletrônica de Potência Eletrônica de Potência –– BuckBuck � Exemplo de formas de onda com condução contínua e descontínua: 25 UTFPR – Campus Curitiba Prof. Amauri Assef Eletrônica de Potência Eletrônica de Potência –– BuckBuck � Referências bibliográficas: - BARBI, Ivo. & MARTINS Denizar Cruz. Conversores CC-CC Básicos Não-Isolados, 1ª edição, UFSC, 2001 - MUHAMMAD, Rashid Eletrônica de Potência; Editora: Makron Books, 1999 - ERICKSON, Robert W.; MAKSIMOVIC, Dragan. Fundamentals of power electronics. New York: Kluwer Academic, 2001. MOHAN, Ned; UNDELAND, Tore M.; ROBBINS, 26 UTFPR – Campus Curitiba Prof. Amauri Assef New York: Kluwer Academic, 2001. MOHAN, Ned; UNDELAND, Tore M.; ROBBINS, William P. Power electronics: converters, applications, and design, New York: John Wiley, 1995 - AHMED, Ashfaq. Eletrônica de Potência; Editora: Prentice Hall, 1a edição, 2000 - José A. Pomilio, “Eletrônica de Potência”, UNICAMP. Disponível em: <http://www.dsce.fee.unicamp.br/~antenor/>
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