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Caderno Filosofia Jur.

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sites.google.com/site/textos1962
Introdução
H.L.Hart introduziu as regras primárias e secundárias:
1. Regra Primária -> o que não se pode fazer, o que se pode fazer -> sociedade inicial
2. Regra Secundária -> regras que levam a outras regras -> sociedades modernas. São regras de competência
O Hart se insere no positivismo, mas sua teoria, em alguns casos não funciona bem.
Para Hart, há uma norma de reconhecimento que não é válida nem inválida. Ela existe enquanto pressuposto teórico e é eficaz pq é considerada e aceita por todos.
Material do Adriano na aula 37 do 1º ano:
Hart, por seu lado, embora concorde com todas as considerações de Kelsen quanto à unificação do ordenamento promovida pela norma fundamental e quanto ao fato de ela não precisar ser validada por nenhuma outra, apenas discorda quanto ao seu caráter. Para ele, a norma fundamental não é um pressuposto lógico, mas existe.
Acima da Constituição haveria uma norma secundária de conhecimento que afirma a sua validade. Essa norma existiria enquanto um dado objetivo: ela é resultado do comportamento dos operadores do direito, que admitem sua existência e não questionam a validade das normas constitucionais.
Exemplo: O caso Riggs VS Palmer (1899) -> se a lei não disse que quem cometer assassinato não recebe herança, pelo direito positivo, poderia receber a herança.
Para Hart, o juiz decidiria de forma discricionária. É como se ele tivesse a competência para decidir, mas será que é bom que um juiz tenha tanto poder assim? Este é um furo do positivismo.
Solução dada para o caso: se pegar a legislação da época, a herança deveria ser do neto. Porem, a ninguém é permitido enriquecer em virtude de crime, logo, não receberá a herança. 
Surge a noção de princípio, o principio de que uma pessoa não pode se beneficiar de um ato ilícito. Isso, para fazer com que o ordenamento seja coeso, coerente. É a formulação de uma ideia de justiça. Avalia-se se beneficia a todos, a comunidade. A decisão não é discricionária. 
Dworkin: ver aulas 18 e 19 do 2º ano de sociologia jurídica 
Regras – ou tudo ou nada. Não pode haver regra que desfaz outra que já existe.
Princípios – o direto fundamental é uma positivação dos princípios.
Tragédia
O gênero da tragédia surgiu no século VI a. C. quando a linguagem do mito deixa de apreender a realidade política da cidade (polis). O universo trágico situa-se entre dois mundos: no conflito trágico, o herói, rei ou tirano, ainda presos à tradição mítica, vê a solução do drama escapar-lhe. O desenlace jamais resulta da ação do herói solitário; ao contrário, traduz sempre o triunfo dos valores coletivos.
A tragédia não tem resultado final ligada diretamente com a ação do herói. Dois mundos porque de um lado ainda tem a presença da mitologia e por outro lado tem uma nova caraterística.
A tragédia é criada porque a sociedade modificou e não cabia mais a mitologia porque não tem mais a aristocracia.
Elementos trágicos:
- Máscara
Acentuar a humanidade dessas personagens. Máscaras humanas que reforçam as personagens.
- Coro
O coro é formado por pessoas comuns que se pronunciam no decorrer da peça. O coro fala, dá a resposta para os personagens. Ideal de democracia, participação de todos.
O direito que aparece em Antígona não é uma consumação lógica, mas constitui-se historicamente a partir de elementos pré-jurídicos. Os gregos não tem ideia de um direito absoluto, fundado por princípios e organizado em um sistema coerente. Para eles há graus de direito. Em um polo o direito apoia-se na autoridade de fato, na coerção. Em outro, põe em jogo potências sagradas, a ordem do mundo, a justiça de Zeus.
O direito não é uma construção lógica. Não temos ideia de um direito absoluto (ou é ou não é).
Antígona
Antígona: filha de Édipo e Jocasta.
Ismena: irmã de Antígona.
Creonte: tio de Antígona. Strategos (estrategista) e Tirano (alguém que não herdou o trono, não é filho do rei, mas está no Governo, no comando).
Hémon: filho de Creonte e noivo de Antígona.
Megareu: irmão de Hémon, morreu lutando por Éteocles.
Éteocles Filhos de Édipo, ambos se mataram.
Polinices
Tirésias: profeta
Eurídice: mulher de Creonte.
Corifeu: chefe do Coro, dialoga com os atores.
As personagens não tem o domínio da ação. Diferente da mitologia que o herói tinha a virtude de ação. 
A divergência é entre duas justiças: de um lado Creonte não quer enterrar os dois irmãos porque estão numa miasma que seria possivelmente punida pelos deuses e de outro lado a Antígona que quer enterrar o irmão também para não desagradar os deuses. Cada um com sua justiça.
Cada um só vê o seu próprio aspecto da justiça. O único que tem a visão total da justiça é a plateia. 
A tragédia tinha três funções básicas:
- Expressão artística: revela a comunicação, expressa os sentimentos que estão naquela comunidade.
- Educativa: educa os espectadores quando demonstram diversas situações ceom seus argumentos, diversos pontos de vista.
- Catarse: esgotamento emocional. Essa função é cumprida quando a peça permite que a plateia sinta o êxtase.
 
Pré-socráticos
Alguns autores pré-socráticos falam cronologicamente depois de Sócrates, mas tem pensamento “antigo”, pensam igual aos pensadores que viviam antes de Sócrates.
Período VI a.c. a IV a.c.
Escola Jônica (Ásia Menor): Tales de Mileto, Anaxímenes, Heráclito.
Escola Pitagórica (Magna Grécia): Pitágoras, Alemão, Filolau.
Escola Eleata (Magna Grécia): Xenótanes, Parmênides, Zenão.
Escola Atomista: Demócrito; Escola da Pluralidade: Empédocles, Anaxágoras.
Physis (Natura): a natureza do mundo, substancia que contem tudo.
	
	Tales
	Anaximandro
	Anaxímenes
	Pitágoras
	Physis
	Água
	Áperion (ilimitado, infinito)
	Ar
	Número
	
	
	
	
	
O método científico começa a surgir nessa época devido ao raciocínio que esses pensadores fazem para desvendar a Physis.
Heráclito está mais preocupado com _____. “Não se pode entrar no rio duas vezes”. Isso porque o mundo está em constante mudança.
Busca um ponto fixo, uma estabilidade, algo que não muda.
Parmênides considera que as coisas são imutáveis.
Sócrates
A nova Areté
Areté é um conceito grego que se refere a virtude.
Virtude é a qualidade física ou psíquica para o perfeito cumprimento dos valores da sociedade.
Aristoi
Numa sociedade guerreira a virtude era ser corajoso.
Era possuir o corpo perfeito e ter a coragem como virtude suprema.
Ter uma boa morte era morrer em combate.
Antes a virtude era ter habilidade oral (phone com logos). 
Apologia de Sócrates
Período V – IV a.c.
Sócrates se dizia parteiro das almas fazendo uma analogia com o trabalho de sua mãe que era parteira.
Vários pensadores retratam o pensamento de Sócrates, aparecendo algumas divergências entre eles.
Sócrates propõe uma nova educação diferente da educação dada pelos sofistas, a qual ensina oratória 
Sócrates conhecia as leis, pois em um caso ele se opôs a punição para todos dizendo que era punição para tais pessoas porque era o que a lei previa.
Não tinha a figura do juiz, tinha um “tribunal” de pessoas, uma assembleia onde Sócrates se defendeu.
Sócrates é acusado corromper os jovens para novos pensamentos, _____ e ____.
Oráculo era um local aonde as pessoas iam para ter respostas, Sócrates um dia foi e perguntou se havia um homem mais sábio que ele e obteve a resposta que não.
“Sei que nada sei” mostra o quanto o Sócrates era uma pessoa questionadora. 
No texto faz referência sobre culto extravagante e atividade demoníacas, mas isso não é algo vindo do demônio. Seria uma voz interior.
Sócrates acredita e segue a sua voz interna que tem que questionar as coisas. Diz que sentiu que deveria fazer isso, que a voz interior dizia para ele fazer isso.
Conselho diante do qual ele se defende é formado por certa de 500 homens acima dos 30 anos, eleitos todo ano. Homens que se reúnem todos os dias.
Votos foram 280 contra 220, Sócrates é condenado a morte por envenenamento.
Justiça
Tratar todos deforma igualitária (retribuição).
Cumprir a lei (positivismo).
Reciprocidade.
Teleológica (concepção de justiça de Aristóteles). Finalidade para o que a coisa existe.
A vontade do mais forte.
A ideia de justiça de Platão não é nada disso.
Platão
Recebeu educação dos jovens aristocratas (aristocrata deveria ser guerreiro belo e bom).
Com 20 anos vira aluno de Sócrates.
- Relação entre a virtude e a moral dos governantes com o bom governo
A ideia de que é necessário os governantes terem virtude e moral para se ter um bom governo (ideia tipicamente platônica).
- Saber teórico da política e o direito de governar
É necessário ter saber teórico para poder governar. 
Diferente do que Platão pensava na prática o saber teórico não resolve o problema.
- “Remédios” para combater a corrupção política
Corrupção política é quando os interesses privados estão assina dos interesses coletivos.
Usar a política para fins pessoais.
Livro República – Platão
República ou Politeía propõe uma discussão relacionada à constituição, organização do Estado.
Ideia de Platão – Mito da caverna.
O mundo tem uma divisão, do que é real e do que é imaginação.
 Sensível Inteligível
Imagem Opinião Raciocínio Intuição intelectual
O mundo se divide em sensível e inteligível, o real e o imaginário.
No mundo sensível há a imagem e a opinião. Enquanto no inteligível tem-se o raciocínio e a intuição intelectual.
	
Objetos do conhecimento: Mundo inteligível
Eidos – Formas, ideias. (Último nível).
Tá matemá – objetos matemáticos.
O conhecimento científico não se formula apenas observando as coisas. Quando se passa do mundo sensível para o inteligível começa a desenvolver o raciocínio dedutivo.
Mundo sensível
Zoã – coisas vivas e coisas visíveis. 
Éicones – imagens. Para Platão as imagens são simulação, representação de algo que existe. Quando se conhece o mundo pelas imagens é o nível mais baixo de conhecimento.
	Objetivos do conhecimento
	Modos do conhecimento 
	Mundo intelegível
	
	Eidos – Formas, ideias. (Último nível).
	Nóeses – intuição intelectual; Episteme
	Tá matemá – objetos matemáticos.
	Dianóia – raciocínio dedutivo
	Mundo Sensível
	
	Zoã – coisas vivas e coisas visíveis.
	Písns – crença; Dóxa – opinião
	Éicones – imagens. (Primeiro nível)
	Eimasia – simulados.
Dialética é a cúpula da ciência.
Platão considera que o filósofo que deve governar.
A educação da criança deve ser do modo que tire todas as crianças de suas casas e ofereça a mesma educação nas mesmas circunstâncias.
Justiça na Pólis
Está preocupado com a forma da justiça. 
Primeiro a justiça macro e depois micro.
A ideia e a forma 
O mundo sensível se transforma. Para Platão a ideia e a forma nunca irão mudar por ser algo abstrato.
Para entender como a justiça funciona deve se abstrair porque isso não mudará. Entender o modo de governar, a estrutura, a organização, qual a justiça que não mudará porque é mais eficiente estruturar do modo que não mudará para se manter sempre.
Entender as coisas sem os aspectos sensíveis.
As pessoas precisam da sociedade porque não conseguem viver sozinho. Formação de grupos:
Cada membro da sociedade tem habilidade compatível com sua atividade. Nesses grupos só entram os cidadãos, os membros políticos.
- Fazendeiros, artesãos (satisfaz necessidades corpóreas).
- Guardiões (quem dará segurança para a cidade). Eles têm ardor combatível, o sentimento que movem os guardiões. Tem thymos.
- Filósofos: o grupo que deveria governar a cidade é o dos mais sábios. A educação é fundamental para desenvolver essa sabedoria, mas o que é essencial é ter nascido com a disposição para tal. A pessoa nasce com a pré-disposição natural para essa habilidade, só é necessário que a sociedade desenvolva por meio da educação. 
Quais qualidades devem estar presentes nessa sociedade. Virtudes:
- Sabedoria: identifica como ponderação. Deliberação entre os que comandam a cidade sobre a melhor maneira de se comportar consigo mesma e perante outras cidades. 
- Coragem: a virtude dos soldados para preservar as leis.
- Temperança: espécie de harmonia. Tem haver com certa organização. O que faz a cidade boa é dispor os grupos da melhor forma possível.
- Justiça: virtude mais importante. Cada um deve ocupar uma atividade na sociedade, aquela que a sua predisposição natural é mais adequada.
Justiça da alma (psique)
Isso tem relação com a alma. Para ele a alma tem três partes: desejo, ira e razão.
- Desejo: é a parte que temos em comum com os animais irracionais. Ex.: fome, sede.
Essa satisfação das necessidades básicas na alma é o desejo comparado ao aspecto da cidade pelo grupo dos fazendeiros, artesãos.
- Ira: tem tymos.
O tymos age na nossa psique quando se tem um impulso de desejo muito forte querendo algo e por outro lado a razão que repulsa tal situação, criando um cabo de força.
- Razão: a parte racional calcula para a alma tudo que é melhor para ela.
A parte racional que deve governar por saber o que é melhor para a alma no todo. 
Regimes (*): organização da cidade.
- Aristocracia: o regime dos melhores, o governo dos melhores. Para ele os melhores são os filósofos, os mais sábios. 
- Timocracia: é o regime dos guardiões, dos guerreiros, governado pelo tymos, pelo ardor combatível.
 - Oligarquia: governo dos mais ricos, os que governam para satisfazer seus próprios desejos. Tem haver com o grupo dos fazendeiros, artesãos.
- Democracia: governo dos mais pobres, os que governam para satisfazer seus próprios desejos. Tem haver com o grupo dos fazendeiros, artesãos.
- Tirania: apenas um governando para satisfazer os seus próprios interesses.
Os regimes mudam porque se afastam do que é natural. O melhor regime tem que refletir as predisposições naturais do individuo, não podendo mesclar e misturar.
Uma sociedade justa na ideia de Platão é a que obedece a ordem natural das coisas, na qual as pessoas respeitam suas predisposições naturais.
Mesma coisa para a alma, a pessoa mais equilibrada é a que se governa pela razão.
Cotas
	Sim
	Não
	Reparar uma dívida histórica
	Gera estigma
	Remediar desigualdade socioeconômica
	Viola isonomia
	Gera um ciclo virtuoso
	Não atende ao mérito
	Criar um ambiente acadêmico diversificado
	Mudar o ensino médio (cota como tapa buraco)
	Caráter temporário (até resolver a desigualdade)
	Função da faculdade é formar bons profissionais, será que quem entra por cota.
	Gerar igualdade de oportunidades
	
	Criar uma elite negra
	
Cotas são ações afirmativas do Estado. Ação afirmativa porque é uma ação do Estado para gerar igualdade. Ex.: cotas para mulher na política, cotas para negros na faculdade.
Aristóteles
A justiça para Aristóteles é teleológica. Para definir os direitos é preciso saber qual o télos.
A justiça é honorífica. Compreender o télos de uma prática significa compreender as virtudes que ela deve honrar ou recompensar.
Télos é finalidade, objetivo de algo.
A justiça também leva em conta a virtude porque deve honrá-la.
O problema é que se pode ter télos diferentes e eles podem ser conflitantes. 
Ex.: casamento tem diversos télos. Para alguns é procriação, para outros pode ser amor, arranjo socioeconômico.
Tratar os iguais de forma igual e os desiguais na medida de sua desigualdade (argumento aristotélico). O que o Aristóteles quer dizer é que se devem tratar os iguais levando em conta os que têm a mesma virtude diante de um télos de modo igual e os desiguais considerando essa desigualdade. A igualdade está relacionada a virtude relacionada ao télos.
O problema de tratar a desigualdade como desigual é quando serve para perpetuar a desigualdade. Tratar os desiguais como desigual desde que seja para buscar a igualdade, equilibrar, mas não para perpetuar a desigualdade.
O STF diz que as cotas não geram isonomia desde que sirva para propiciar a igualdade.Aristóteles
A política
A cidade é certa forma de comunidade (1252 A1).
Toda a comunidade é constituída em vista de algum bem (1252 A2) -> ex.: comunidade de estudantes da são Judas tenta realizar o bem único de se formar.
A comunidade mais elevada de todos e que engloba todas as outras visará o maior de todos os bens (1252 A 3-5) -> bem supremo.
Obs.: a comunidade se refere ao local e ao laço que une as pessoas. O termo que os cristãos usam para comunidade é Koinonia.
A comunidade existe para satisfazer a uma necessidade.
A comunidade
Cada tipo de comunidade (família, vilarejo, cidade) tem uma razão de ser própria. À esfera política cabe a mais alta das finalidades. 
A cidade (polis – hoje = país) distingue-se das outras comunidades em função da matéria, regime, fim.
Os membros de uma comunidade estão ligados por relações de amizade e justiça (I – ver abaixo as observações).
OBS.: para os gregos, a causa pode ser: 
Considerando o exemplo de uma escultura, as causas seriam:
A forma -> contorno da estatua 
A matéria pela qual a coisa é feita -> o bronze
A origem da mudança (forca motriz) -> o artista
A finalidade (causa final) -> estética
No caso de uma cidade:
Forma -> é o regime da cidade, o modo de organizar a cidade. Hoje seria a constituição 
Material -> as pessoas, as casas
Origem (causa motriz, que causa mudança) -> refere-se ao que gerou a fundação da cidade, da origem da cidade.
Finalidade -> permite a vida coletiva para que os seres possam viver bem. Para Aristóteles é a vida boa, ou seja, realizar todas as potencialidades que temos como seres humanos. Era participar dos assuntos da polis, político. O ser humano que não participa da vida política, não era completo.
Os membros da comunidade estão unidos pela filia, ou seja, amizade, relações fraternais. As pessoas se ligam para mostrar conhecimento. 
Além disso, o que liga é uma ideia de justiça. 
No caso dos brasileiros, o que nos une é o sentimento de nacionalidade. 
Para Platão, o bom governante eram os filósofos.
Aristóteles se opõe a isso dizendo que um bom político é aquele que consegue realizar a finalidade para a qual a cidade foi criada.
Aristóteles analisa os elementos da cidade para entender como a cidade se compõe: para ele é o lar, o vilarejo e a própria cidade:
O lar (oikos) -> oikonomia = conhecimento do lar -> para os gregos havia um sentido privado
A família “é uma comunidade formada de acordo com a natureza para satisfazer as necessidades básicas cotidianas (alimentação, vestuário, reprodução)” (1252 B 12-3).
Elementos:
Casal -> procriação -> poder político (homem e mulher são iguais)
Senhor/escravo -> relação de interdependência (esta relação existe em todos os níveis) -> poder despótico 
Pai/filho -> poder régio
Relação presente em todos os seres vivos, necessária para a procriação -> pensamento teleológico.
As relações acima podem ser politizadas, gerando uma certa simetria de poder. Porem, Aristóteles releva isso apenas para o âmbito privado.
Para ele, há 3 tipos de relação de poder:
Político -> homem e mulher possuem a mesma capacidade, porem, o homem é quem decide (o homem grego, no periodo clássico, acha que a mulher não teria esta capacidade de decisão). A mulher poderia deliberar.
Despótico -> entre seres desiguais 
Régio -> entre seres desiguais, mas livres
O vilarejo -> as pessoas que formam o lar compõe o vilarejo que, por sua vez, comporá a cidade.
É a comunidade formada por vários familiares.
Tem duas funções: a cerimônia religiosa e a administração da justiça pública (alguém roubou um galinha).
A cidade (polis) 
Comunidade completa formada por varias aldeias e que atinge o máximo de autossuficiência (= autarquia).
A cidade, por si só já se basta. O vilarejo e o lar são autossuficientes, porem, não garante a autossuficiência.
Ela é a comunidade suprema e ela garante a vida boa (este é o bem supremo).
Aqui entra a noção de felicidade, ou eudaimonia. A felicidade, para os gregos estava relacionada a uma vida plena, em que você realiza a finalidade para a qual a pessoa foi feita. 
Hoje se acha que a felicidade está relacionada à constituição do lar, comer bem, se vestir bem, etc. Para eles isso é muito pouco, pois o ser humano veio para realizar muito mais. Com a oratória (logos, fala, razão), através da política, realiza-se como ser humano. 
Assim, a felicidade para o grego é a política, sem o que não poderia ser uma vida boa que tem relação com a questão da autossuficiência. Não era só participar da política, mas também conseguir satisfazer as necessidades básicas (lar, escravos, filhos, etc.).
Felicidade = realização das necessidades cotidianas + realização da vida na política.
A vida política só existe porque existe cidade.
A cidade, para ser autossuficiente, não pode depender de nenhuma outra cidade. 
Período homérico -> período mítico.
Período arcaico -> cidades , fortalezas -> monarquia agrária -> oligarquia urbana.
Período clássico -> Atenas -> democracia -> Sófocles nasce -> antigonas reflete a mudança para a democracia.
Período helenístico -> Alexandre, o grande.
Aristóteles
Cidadãos
Assembleia (“Eclesia”)
10 generais militares Conselho dos 500 Cortes
Comitê dos 50
Presidente do comitê
Cidadãos: todos os homens acima dos 20 anos, divididos em tribos.
Assembleia (“Eclesia”): 40 sessões por ano com quórum de 6.000 cidadãos.
Temas discutidos nas assembleias: finanças, tributos, declaração de guerra, formação política com outras cidades, declaração de paz.
A assembleia que decidia tudo.
Conselho dos 500 (Bulé): conselho para organizar a assembleia. Eleitos por um ano.
Comitê dos 50: eleito por um mês e a função era ajudar a organizar o conselho dos 500.
Presidente do comitê: eleito por um dia. Só tem poder de agenda (organização da pauta do dia).
Cortes: todos os cidadãos julgavam os casos, participar dos julgamentos da cidade.
“Cidade”: cercada por muros, seus cidadãos saiam para caçar existiam família que se sobressaíram.
Génos: famílias.
 Concentração de poder em famílias, depois em certa pessoa. 
594 a.C. Sólon começa a instituir leis que deveriam ser seguidas por todos. Primeiro cara a estabelecer leis que restringiam o poder dessas famílias que tinham muito poder.
Limitar o poder dessa nobreza agrária.
510 a.C. Clisteres reduz o poder dessa classe ligada a terra por meio de criação de lei, 
Começou a nascer uma classe de pequenos grupos.
Surgindo o regime democrático.
Homem de mais de 20 anos passa a ser cidadão.
 Muito inovador, tratar outro como igual – Péricles.
Debate é importante porque esclarece como deve ser.
Ideia de democracia nesse contexto está relacionada com o debate, deliberação pública. Fundamento da democracia é a racionalidade porque todos podem dar sua opinião.
Regimes:
	
	Um 
	Poucos 
	Todos 
	Retos
	Monarquia
	Aristocracia
	Regime constitucional
	Corruptos
	Tirania
	Oligarquia
	Democracia 
Regimes (politeia) para Aristóteles podem ser seis. Sendo que variam entre retos (corretos) e corruptos e podendo ser de apenas um governante, poucos governantes e todos participando (governando junto).
Distinção de para quem se governa: retos visam os direitos de todos, enquanto no corrupto visam os direitos privados.
Democracia: governo exercido pelos mais pobres visando os seus interesses e não o interesse de todos. Como se fosse a tirania da maioria.
	Sentimento ou paixão
	Situação em que é suscitado (contingente)
	Vício 
(Excesso)
	Vício 
(Falta)
	Virtude 
	Prazeres 
	Tocar, ingerir
	Libertinagem 
	Insensibilidade 
	Temperança 
	Cólera 
	Relação com os outros
	Irascibilidade (Ira)
	Indiferença 
	Gentileza 
	Conceder prazer
	Relação com os próximos
	Condescendência 
	Tédio 
	Amizade 
Atos voluntários e atos involuntários.
Ato involuntário é um ato realizado por constrangimento ou ignorância. Essa distinção foi feita por Aristóteles.
Ex.: jogara carga do navio é um ato misto na visão de Aristóteles. Voluntário para salvar a sua vida e involuntário por não pensar nas consequências.
Para responder de forma racional é necessário desenvolver uma disposição interior (Héxis).
Vício para os gregos não é só o exagero, mas a falta também.
Virtude é buscar um equilíbrio entre o vício de excesso e o vício de falta, encontrar o meio termo.
Como adquirir a disposição interna para agir de modo virtuoso? Por meio da educação, treinamento.
Tem mais uma virtude: prudência que seria como uma sabedoria prática.
Saber agir no momento em que se deve agir e de modo adequado sendo bom para todos. É a virtude política por excelência.
Enquanto o Platão achava que quem deveria governar era o filósofo (entender o mundo inteligível, racional). O Aristóteles diz que a política é algo prático e para participar dela deve-se ter um equilíbrio entre a sabedoria e a realidade. Logo, para ser um bom político deve-se ter prudência. A pessoa desenvolverá essa prudência participando da política.
Diferença fundamental na sociedade: ricos e pobres. A distinção fundamental na sociedade, não pode ser pobre e rico ao mesmo tempo.
Um Estado equilibrado para Aristóteles é o que tem um grupo mediano, uma classe média. 
Regime constitucional é um governo para essa cidade com uma grande classe média. Seria um governo para todos.
Democracia é um governo de manipulação, o governo não é feito para todos, mas para o grupo dos pobres.
Para Aristóteles os melhores governos são os retos porque visam o interesse público, mas há uma confusão com relação a sua opinião de qual dentre eles é considerado melhor.
A ideia de bárbaros para os gregos está ligada a todos que não falam a sua língua.
Política X Religião:
Estado laico é o Estado sem religião. A França tem essa questão da laicidade, banimento da religião no estado público. Não exercitar publicamente a religião.
Importante haver limite da mistura da política e da religião.
Idade Média – Séc. V a XV.
Muita influência da Igreja.
Dois pensadores dessa época: Santo Agostinho e Tomás de Aquino.
Eles recuperam o pensamento grego na perspectiva cristã.
Santo Agostinho (354 – 430)
- Importância para a fé daquilo que é verdadeiro na Filosofia e do que é alcançado pela razão. Convergência entre razão e fé.
Ele baseia-se muito no Platão.
Considera muita a razão e o que os filósofos gregos. Porém, leva muito em consideração a fé cristã.
- Para Agostinho, tudo criado no mundo foi concebido por Deus, assim, ao conhecer a criação o homem também conhece o criador.
Natureza é obra de Deus. Logo, se conhecer a obra de Deus é uma forma de conhecer a Deus.
O mundo que existe é perecível, elas acabam. Deve-se ter algo imutável que antecedeu esse mundo porque o mundo não pode existir sem ter tido algo anterior que o criou. 
- “Cidade de Deus” (livro) e invasão de Roma pelos visigodos.
Livro: Cidade de Deus – escreve como resposta a acusações feita sobre o cristianismo na época das invasões de Roma.
Contrapor a ideia dos pagãos de que a religião não serve para nada.
Distinção entre cidade de Deus e a cidade dos homens, o Agostinho distingue como os homens se relacionam. Na cidade dos homens, os homens tem amor a si mesmo, vivem segundo os homens; enquanto na cidade de Deus, as pessoas vivem segundo Deus, por amor a Deus. 
Essas coisas estão misturadas, mas na nossa vida devemos separar isso. Ele está dizendo que a finalidade ultima deve ser o amor a Deus.
- povo: conjunto de multidão de seres racionais associados por concordância comum às coisas que amam.
A finalidade da vida que guia a ação das pessoas é a ideia de amor, função das coisas que amam em comum. Ideia de amor cristão.
Na cidade dos homens é o amor a si e na cidade de Deus (que ele busca) é o amor a Deus.
É um dos primeiros a falar em guerra justa. Em alguns casos há justificativa para se guerrear com outros povos. 
Substitui algumas compreensões de Platão pela ideia de Deus. Ex.: mito da caverna que a luz é a razão, para ele a luz é Deus.
Tomás de Aquino (1224 – 1274)
- Influência de Aristóteles.
Falar de Tomás de Aquino é falar de Aristóteles incluindo a ideia do Cristianismo.
- “Bem supremo”; Deus.
A comunidade é constituída visando um bem. ex.: família – bem social. Cidade – bem supremo.
O bem supremo no caso de Tomás é Deus.
O papa é o representante de cristo na ideia católica na esfera terrena.
- Poder temporal deve estar subordinado ao poder espiritual.
Poder temporal é o poder terreno que deve estar subordinado ao poder espiritual. A religião está acima do poder temporal.
Para Aquino o papa poderia interferir nas coisas terrenas, na política.
Principais formuladores da ideia do livre-arbítrio. Formula isso e termos cristãos. Guiam a conduta.
Livre-arbítrio: para Aristóteles refere-se aos atos voluntários que são os atos livres de coação e de ignorância. Aquino pega essa ideia e formula dando argumentos cristões.
A explicação de a alma ter essa liberdade de escolha para Aquino é que Deus quis.
Revisão
Aristóteles: conceito de justiça é teleologia e honorífico.
Justiça Distributiva Coisa que se distribui (Télos).
 Pessoa que recebe (virtude)
Justiça distributiva: para distribuir alguma coisa.
Coisa que se distribui. Ex.: flauta que tem um télos (finalidade, objetivo), a flauta serve para ser tocada.
Pessoa que recebe. Tem que ser aquele que tem virtude.
Não basta o telos da flauta, tem que distribuir para alguém virtuoso.
Obs.: justiça retributiva (penal): se alguém rouba cem reais, a justiça retributiva faz com que o ladrão devolva cem reais.
Mito ≠ Tragédia
Mito – aristocracia. Exaltação de valores da aristocracia. Ex.: mito representa um herói corajoso.
Mudança na cultura transformou mitologia para tragédia.
Tragédia é encenação públicas. Presença do coro (vozes do cidadão). 
A grande diferença dos pré-socráticos para o Sócrates é que Sócrates não está preocupado em encontrar a explicação das coisas na natureza, estabelecer um elemento natural que explicará tudo. Também pensa na virtude que cada cidadão tem. Para dele é a verdade, dizer a verdade (lembrar do julgamento dele).
Sofistas ensinavam a oratória, como acusar e se defender. Porém, para Sócrates o importante é a busca da verdade.
Sócrates é mais político, o que é necessário.
Santo Agostinho: amor (o que guia a pessoa)
Fé e razão – convergência dos dois (não são coisas opostas).
São Tomás: Deus.
A fé está acima da razão.
Aristóteles: felicidade.
Com o Cristianismo até os bárbaros respeitavam o templo religioso cristão.
Heráclito: tudo muda, mudança constante. Ele vem de uma família aristocrata. A democracia está surgindo e ele não olha com bons olhos isso. 
Plantão responde com o conceito de forma/ideia. Como compreender as coisas não pode olhar apenas empiricamente. Tem que se abstrair do mundo sensível e ver qual a real forma daquilo (filósofos).
Para Platão a melhor cidade é mais estável. Como a justiça é abstrata, funciona tanto na cidade quanto no individuo. 
A razão é o que deve comandar o individuo. A forma do que é melhor no individuo, tem que ser a mesma forma. Melhor para a cidade porque como é uma coisa abstrata tem que servir para tudo. Justiça: as partes servindo o todo harmonicamente.
Platão a ideia de justiça é a parte servindo para o todo. Analise da alma humana para entender a polis.
 
PEC nº 33/11
Relator João Campos (PSDB-GO)
- Súmula vinculante mudará deverá ser aprovada pelo Congresso Nacional 
- ADI congresso e consulta popular
- “Democratizar” o processo porque o Judiciário não foi criado para legislar.
- Existe um ativismo judicial.
- Há competência, não fere cláusula pétrea.
Voto separado Paes Landim (PTB-PI)
- Fere a separação dos poderes
- A própria CF tem competência para julgar constitucionalidade
- Já que o Judiciário deveria passar pelo Congresso, o Congresso e o Executivo também deveriam ser submetidoa plebiscito ou referendo.
- Judicialização não é um problema.
- Controle de constitucionalidade vem do poder constituinte originário.
- STF é guardião da constituição 
Voto separado Vieira da Cunha (PDT-RS)
- Fere cláusula pétrea da separação dos poderes.
- Parlamento submete-se ao Judiciário.
- Precedente da constituição de 1937.
Fernando Limongi
- Liminar do Gilmar
- ADI 4430
- Defende o Congresso
Oscar Vilhena
- Reforma do Judiciário na Argentina
- Democratização do Judiciário
- Inviabiliza controle de constitucionalidade
Virgílio Afonso da Silva
- Viola a separação dos poderes
- Liminar do Gilmar viola a separação dos poderes
Hanna Arendt
Escreve vários livros – “Sobre a Revolução” (1963).
No site tem dois capítulos.
Estado são cidadãos. Trata-se de um conceito jurídico.
Nação tem haver com grupos, mesma etnia, identidade em comum. Conceito não jurídico.
Quando juntam as duas coisas têm problemas. A junção é do Estado com a nação, Estado-nação, traz problemas porque uma nação será considerada prioritária e exclui quem não faz parte desse grupo. Minorias não são reconhecidas. Como se tivesse duas classes, grupo que se identifica com o grupo prioritário (nação) que seria a maioria e a minoria que não se identifica.
Judeu perdeu o status de cidadão, de membros do Estado.
Indivíduos sem Estado são os apátridas. Esses são os mais desprotegidos porque não tem um Estado que assegure sua vida, sua liberdade.
Ela traz a grande contradição que a noção dos direitos humanos traz.
A ideia de direitos humanos traduz que a pessoa não tem direitos por causa de sua posição na sociedade, mas tem direitos pelo simples fato de ser humano.
Quando a pessoa perde o status de cidadão, resta apenas o status de ser humano. 
Os apátridas podem ser eliminados sem problemas. Logo, a noção de direitos humanos não resolve o problema, não garante nada. O que garante é o direito de ter direitos, esse é o direito mais importante. 
Arendt considera que para garantir os seus direitos é necessário ser membro de uma comunidade política.
Porém, com o passar do tempo ela reformula essa ideia. Considerando que não basta ter o direito de ter direitos, não basta ser cidadão, fazer parte do Estado. Isso porque o próprio Estado pode tirar essa garantia de ter direitos. Precisa de mais coisas: constituição, separação de poderes e federalismo – esses três itens que protegem os indivíduos.
Limitar o poder do Estado.
Revolução permanente é a revolução que não tem fim, que não produz uma constituição. Ex.: revolução russa, chinesa. Não conseguiram fundar a liberdade.
Revolução com “Governo limitado” – limitar os poderes do Governo. Colocar o governo numa caixa.
Revolução Francesa
Poder Constituinte (Sieyès) – no momento revolucionário violento, o povo toma o poder. O povo tem o poder constituinte originário que cria o poder constituído. O povo delega a uma assembleia o poder de constitui. 
Como se tivesse um estado de natureza legal, pois o poder constituinte originário não está submetido a nada.
O povo tem força para conseguir o poder constituinte.
Arendt considera ser um problema o fato de conseguir pela força. Esse poder não ser limitado pode tornar uma revolução sem fim, revolução permanente, nada para essa Revolução, ocorrendo mortes a todo o momento. Isso para Arendt não seria uma verdadeira revolução.
Poder = Autoridade: o poder era a fonte da autoridade. O poder se misturou com a autoridade legal. Justamente por isso não tem mecanismos para limitar esse poder.
Fonte: poder.
Revolução Americana
Thomas Paine – “povo constituindo um governo”
Boa fortuna. De saída tem uma vantagem por ter uma formação de certa forma igualitária.
Novo conceito de poder.
Preservar o poder.
A revolução tem uma dimensão conservadora, num determinado aspecto foi conservadora, foi feita para preservar um poder que já existia. 
Vigor ou força física é um atributo individual, o individuo sozinho pode ter vigor.
Poder e violência são totalmente diferentes. Um indivíduo não tem poder sozinho. O poder é um agir em conjunto, uns com os outros gera o poder.
O agir em conjunto nos EUA começa antes dos colonos chegarem lá. O primeiro navio a chegar lá foi o MayFlower.
Pacto MayFlower – os indivíduos antes de desembarcar lá decidiram se constituir em um corpo político civil. Resolveram agir em conjunto, as ações seriam decididas em conjunto. 
Quanto mais violência se tem menos poder se tem. O poder não vem da força.
Poder ≠ Autoridade legal:
Poder funciona pela mera persuasão. Agir em conjunto. Não tem violência, não tem força física. O que vale é o convencimento.
Autoridade é uma espécie de poder já reconhecida. Ex.: pai com filho, juiz com os cidadãos. É algo reconhecido por quem recebe, as pessoas reconhecem esse poder.
Violência é algo imposto.
Os americanos conseguiram separar o poder da autoridade legal. A sacada que foi muito boa na revolução americana foi ligar a autoridade legal com a constituição e a Suprema Corte. 
A Constituição Americana seria um ato de fundação do Estado. Muito difícil haver modificação.
Suprema Corte – órgão criado para interpretar a constituição.
Essa distinção que limita esse poder (poder ≠ autoridade)
Fonte: é a constituição e o momento que foi criada.
Para conter esse poder só é possível por outro poder para garantir direitos, tendo essa separação (separação de poderes) torna mais fácil, um poder limitando o outro. 
Cria-se uma estrutura na qual um poder limita outro poder, freios e contrapesos.
Separação de poderes e federalismo faz cada um ter ser poder, limitando seu poder e respeitando o alheio.
Carl Schmitt
Autor extremamente polêmico, católico. Ele é alemão.
Filiou ao partido nazista, o jurista nazista.
Grande debate sobre a constituição de Weimar (1919). Período entre guerras.
Constituição de Weimar trouxe várias novidades, novos direitos.
Antes disso, as constituições apenas organizavam o Estado e listavam alguns direitos. Normalmente traziam liberdades negativas (o que o Estado não pode fazer), Estado que não se envolve nas relações, Estado liberal.
Depois da constituição de Weimar o Estado passa a ser intervencionista (essa é a diferença).
Grande crítico da constituição de Weimar porque considera uma grande colcha de retalhos, como tinha diversos grupos na elaboração com forças políticas diferentes trazendo coisas muito divergentes e até contraditórias.
Para Schmitt o poder tem que ficar na mão dos presidentes. Para ele deve-se deixar claro quem decide em caso de emergência (não apenas guerra, mas pode ser crise econômica).
Soberano é aquele que suspende o direito para preservar o Estado, isso para Schmitt.
Caso de emergência não está previsto na norma. A norma não consegue abarcar todas as situações.
Para Schmitt no topo da pirâmide está o soberano para decidir como agir.
O soberano se manifesta em caso de emergência e ele decide.
Decisão para garantir a preservação do Estado.
Poder constituinte
Vontade política cujo poder ou autoridade é capaz de tomar uma decisão concreta e abrangente sobre o tipo e forma de sua própria existência política.
Ato de vontade, desejo.
Não faz distinção entre poder e autoridade (diferente da Arendt que acha importante essa diferença).
Poder constituinte é um poder ilimitado, o povo ou nação é a origem de toda a ação política. O povo que cria a constituição. O poder constituinte normalmente aparece em revolução, na qual o povo resolveu agir por meio de aclamação do povo.
Aclamação: ação do povo.
Hans Kelsen
Revolução: toda modificação ilegítima da constituição – mudança ou substituição não operada dentro das normas anteriores.
Alterar a constituição ou modifica-la sem seguir as regras delimitadas por tal seria uma revolução. Revolução é não operar dentro das normas anteriores.
Para ele, sempre se tem uma norma superior que limita as demais. 
Logo, na concepção dele não tivemos uma revolução em 88 porque era uma modificação prevista. 
Ele faz distinção entre constituiçãomaterial e constituição formal.
Constituição material: normas que regulam a produção de outras normas.
O conteúdo, para que serve a constituição. Regula as demais regras inferiores a constituição.
Constituição formal: “documento” que chamamos de constituição.
É a parte formal, é o documento em si.
Para Kelsen, toda mudança é ilegítima.
Para Kelsen, a ideia de Carl Schmitt é política.
Para Schmitt sua ideia de poder constituinte é bem parecida com a ideia da Revolução Francesa.
Para Kelsen qualquer mudança é ilegítima. Para Schmitt a mudança é legitima uma vez que foi instaurada pelo poder constituinte.
Violência se for preciso para impor a legitimidade. Um ato de força pra garantir o direito, por isso é bastante criticada essa ideia de Schmitt.
(* importante)
Schmitt: legalidade está subordinada à legitimidade. O que chamará de poder soberano, constituinte.
O poder soberano pode ser entendido como o poder do povo, não quer dizer que seja de um só.
Kelsen: legitimidade está subordinada à legalidade. Para todas as normas sejam legitimas precisa de uma superior dando validade a ela.
Poder/Autoridade/Violência de Arendt
Constituinte 87/88
- “Transição com transação”
Nossa transição foi bem mais negociada, não teve revolução.
O Governo foi afrouxando a dureza do regime militar.
- Exigências de uma constituinte
Pressão por uma constituinte é mais antigo que 87/88, o texto traz movimentos desde 71 com uma carta do partido MDB. 
- Comissão Afonso Atinos
Elabora um projeto de constituição. Sarney pede para arquivar esse projeto porque não gostou.
- EC 26/85
Havia duas grandes correntes, uma que queria uma constituinte originária com poder ilimitado enquanto a outra queria um poder constituinte derivado que restringiria a limitações que a legislação existente trouxesse, como se fosse apenas uma correção.
- Regimento interno: polêmicas – (a) soberania da AC para adotar decisões que modificassem a ordem vigente, (b) forma de tramitação.
Discussão se a Assembleia Constituinte poderia mudar toda a ordem vigente – não passou.
O regimento deveria apenas discutir assuntos internos.
- 8 comissões temáticas
Eram oito comissões responsáveis por elaborar o texto para entrar na constituição.
Tinha-se 24 subcomissões. Só após discussão nas subcomissões que os assuntos eram levados para as comissões.
- Substitutivos: Cabral 1, Cabral 2. 
Bernardo Cabral foi relator da sistematização das propostas. 
Apresentou dois substitutos.
- “Centrão” e mudança do regimento
- Votação 22/9/88.
 
2º semestre
14/08/13
Immanuel Kant (1724 – 1804)
Crítica da razão pura é o primeiro livro dele.
Como é possível o conhecimento?
Kant se questionava como a ciência é possível, como é possível esse conhecimento cientifico.
Indução – a partir de fenômenos particulares (casos particulares) formula um enunciado geral. A razão que possibilita fazer a indução.
A ciência é possível porque o ser humano é dotado de razão. Com isso, conseguimos fazer as regras gerais.
- Kant (razão) X Hobbes (vontade)
O Hobbes tem uma concepção muito mecânica da relação humana.
O mundo exterior nos afeta provocando repulsa ou apetite (vontade de fazer algo). Agindo de determinado modo com base nessa repulsa ou apetite.
A fonte de legitimidade do pacto social é a vontade, é um ato de liberdade, o medo não tira a liberdade.
Para Kant, o que leva à sociedade é a razão.
- Imperativos Hipotéticos
 Categórico 
Imperativo é alguma obrigação. 
Hipotético: ação possível para alcançar alguma outra coisa.
Categórico: fazemos porque nós precisamos fazer. 
Fundamentação da metafísica dos costumes.
Imperativo categórico
“Age apenas segundo aquela máxima em virtude da qual podes querer ao mesmo tempo em que se torne uma lei geral universal”.
Seres racionais podem formular um modo de ação que serve para todos, pode se tornar uma lei geral universal. Retira isso do conhecimento cientifico. Ex.: sol esquentar tudo, lei da gravidade.
O imperativo categórico representa uma ação necessária. Ela não tem outra finalidade.
- Imperativo categórico X moral substantiva
Não mentir é um imperativo moral.
Medo de ser pego mentindo não é um imperativo moral.
Os seres humanos podem agir de modo moral.
Kant faz a distinção da ação com base na moral e com busca a alcançar outra finalidade. Não é que todos agem moralmente, mas é possível agir assim sendo ser humano.
Ex.: não matar alguém porque não acha correto é agir moralmente, enquanto não matar alguém porque seria preso não é agir moralmente, mas é para alcançar outra finalidade (não ser preso).
Precisa verificar a motivação da ação da pessoa para saber se a ação é moralmente.
Moral substantiva são regras estabelecidas, conteúdo bem definido. Ex.: os dez mandamentos.
No Iluminismo tem uma passagem da moral substantiva para uma moral procedimental.
Moral procedimental, uma moral formal, não estabelecendo um conteúdo bem definido. 
O imperativo categórico é um procedimento, um teste para verificar se passa para uma lei geral universal. 
- Conceito de dignidade
Todo ser racional é um fim em si mesmo. Não podemos ser instrumentalizado. A dignidade diz que nenhum cidadão pode ser instrumentalizado por outro, não pode ser um meio para alguma coisa.
- Kant (dever) X utilitaristas (felicidade)
Autores utilitaristas: John Stuart Mill e Jerony Bethan.
O pensamento utilitarista está relacionado com o que é preciso fazer para alcançar o que se deseja. Em pensamento amplo é o modo que agimos para buscar a felicidade.
Ex.: o quanto precisa estudar para se dar bem na prova de filosofia.
Na busca da felicidade para os utilitaristas pode ser necessário usar pessoas como instrumento para alcançar o que deseja e não tem problema. 
Kant aponta para outro tipo de ação que não segue essa lógica, mas segue a lógica simplesmente do dever. Ex.: não pode torturar a pessoa porque não passa pelo imperativo categórico, não é moral. Não pode se instrumentalizar as pessoas.
21/08/13
Kant
- Indução e leis gerais Leis da natureza
			 Leis da liberdade
- Imperativo Hipotético (uso o veneno para matar)
 Categórico (age de modo que a máxima de tua vontade possa valer como lei geral universal)
- Moral Ética (leis éticas – modalidades das ações)
 Direito (leis jurídicas – legalidade das ações)
- Confusão de Bobbio
Leis de liberdade, autonomia.
Como que você pode agir, nós somos seres autônomos a partir do momento que seguimos as leis que criamos que é diferente de heteronomia que é o comando de outro.
Em função da razão, faculdade mental, conseguimos fazer leis da natureza e leis da liberdade.
As ações humanas seguem dois imperativos: o hipotético e categórico.
Hipotético é uma ação que a pessoa realiza para atingir aquela coisa. Ex.: estudar para passar de ano. Heterônomo.
Categórico é uma lógica que corresponde a uma ação que só os seres racionais conseguem realizar. Nós somos capazes de agir moralmente, autônomo.
Caso:
- preço exorbitante não é uma reação moral. Imperativo categórico.
Para Bobbio, Kant faz uma distinção entre direito e ética:
Direito: sanção externa (medo – multa, prisão). O direito seria heterônomo, pois força a pessoa a daquela maneira por causa da sanção. Para Kant, o Direito faz parte sim, não é diferente (moral: ética /direito). 
Ação externa.
Coexistência da liberdade de cada um com a liberdade de todos. “cumulação recíproca das liberdades”.
Ética: autônomo, sanção interna, motivação interna (por dever), liberdade que cada um dá a si mesmo. 
O Direito não é heterônomo, pois os cidadãos formulam as próprias leis que tem que seguir, Kant contraria Bobbio nisso.
O direito pode ser autônomo.
Lei 1.521/51 (crimes contra a economia popular) como ele pode se incorporar aos elementos éticos e diz que não. 
Art. 4º, pode fazer.
Moralidade das ações não é justo cobrara mais em épocas de crise. Então, direito e ética não são distintos.
Moral Ética (leis éticas – moralidade das ações)
 Direito (leis jurídicas – legalidade das ações)
É possível incluir a moralidade no direito não tem distinção desde que seja elaborada as leis pelas pessoas seres racionais.
O direito faz com que a pessoa siga de forma moralmente também.
O direito reflete as normas morais e faz com que as pessoas agem de forma autônoma/heterônoma.
28/08/13
Hegel
Principal livro dele: princípio da filosofia do direito (1821).
Faz parte do idealismo alemão. Trata-se de uma escola (sentido de alguns autores que tinham os mesmos problemas teóricos para resolver). Surge na época da Revolução Francesa (iluminismo).
- Filosofia em resposta à Revolução Francesa (Kant, Fichte, Schelling, Hegel). 
Com a Revolução Francesa: não só o absolutismo e o feudalismo haviam terminado, como os indivíduos se emancipavam.
- Razão não é para Hegel uma faculdade mental, ela é uma força histórica. Sua realização constitui um processo no mundo.
Hegel é um dos grandes críticos do Kant.
A razão não é uma faculdade mental. Kant considera que a faculdade mental (razão) para separar o que é moralmente correto e incorreto. Para Kant, o ser humano já nasce com essa faculdade. Todos os seres humanos são racionais e sabem diferenciar o certo e errado.
Para Hegel a razão é uma questão de história.
Ex.: semente que se desenvolve virando árvore. Semente é a árvore em potência. Irá realizar isso no decorrer do tempo. A árvore também é a semente em certa forma, mantem-se alguma coisa da semente. A semente é potencial enquanto a árvore é realizado, efetivo.
A semente enfrenta diversos elementos contraditórios. Resultados contraditórios, forças contraditórias para impedir a semente se desenvolver.
Dialética: forças contraditórias.
Ideias que se desenvolvem no decorrer do tempo e enfrentam elementos contraditórios. Ex.: liberdade.
A ideia de liberdade já existia em potencial, mas se desenvolve no tempo e só na Revolução Francesa é que se efetiva.
Razão é a algo realizado historicamente. 
Para Hegel, a faculdade mental de pensar é uma 
- Espírito: razão como história.
Hegel usa o termo espírito para se referir a essa razão que se desenvolve pela história. Vai se efetivando, realizando com o tempo, historicamente.
- Racional é efetivo.
Racional é o efetivo, algo que se realiza no desenvolver da história.
Para entender a racionalidade tem que pensar as coisas em termos históricos.
Efetivo não quer dizer real de realidade como algumas traduções trazem, mas é algo realizado com o desenvolvimento histórico.
Seguimos normas que estão na sociedade, que se desenvolveram na sociedade. Não é algo intrínseco do ser humano como Kant considerava.
Pensar o conceito em termos históricos.
Fases:
1790 – 1800: tentativa de formular uma fundação religiosa da filosofia.
1800 – 1801: discussão critica dos sistemas filosóficos de Kant, Fichate, Schelling.
1807: Fenomenologia do espírito (principal obra).
1808 – 1821: filosofia do direito, filosofia da história, estética.
- Direito é um dos “momentos” do sistema hegeliano. O sistema tem três partes: lógica, filosofia da natureza, filosofia do espírito.
Sistema: modo como o filósofo entende o mundo. 
Filosofia do espírito: espírito subjetivo (antropologia, fenomenologia, psicologia), espírito objetivo (direito), espírito absoluto (arte, religião, filosofia).
Filosofia do espírito seria ramo da filosofia dele.
Como a razão humana se desenvolve na história humana, no mundo.
- Direito: direito abstrato, moralidade, eticidade.
Igualdade não é natural. 
Sempre nos deparamos com a diferença, com a desigualdade. Falar em igualdade é algo recente.
A igualdade era um conceito abstrato.
No Kant a ideia de igualdade aparece quando diz que todos são racionais. Todos são igualmente capazes de formar leis morais. Capacidade de raciocinar.
Hegel critica essa noção de igualdade de Kant porque considera apenas uma ideia, apenas um conceito (abstrata), mas precisa saber como é na prática.
Entender como essa igualdade funciona na realidade, na prática. Não basta a lei dizer que todos são iguais, é necessário verificar como isso ocorre na prática.
A mera formulação abstrata do conceito de igualdade é chamada por Hegel de moralidade.
O modo que acontece na prática é chamado por ele de eticidade.
Cada país terá a sua eticidade. Cada um terá seu modo que colocar na prática as formulações abstratas (conceito).
A Constituição é um produto histórico e não uma mera abstração, tem haver com a eticidade.
Utilizando a história do Brasil para analisar o desenvolvimento da ideia da igualdade:
Séc. XVIII – Inconfidência mineira.
Tiradentes. 
Nasce a ideia de igualdade. Liberdade do Brasil perante Portugal.
1889 - abolição.
1916 – CC: mulheres pedem autorização para trabalhar.
1966 – Estatuto da mulher casada.
1988 – CF: todos são iguais perante a lei.
2006 – Lei Maria da Penha.
Para Kant a origem do direito é a razão, a possibilidade de criar normas morais pela razão que todos os seres humanos têm. Porém, para Hegel, a origem do direito é o desenvolvimento histórico. É racional porque o desenvolvimento histórico é racional. A razão é realizar efetivamente na prática as ideias.
Com a moralidade a pessoa só se articula.
Potencialidade sempre é a mesma, mas o desenvolvimento é diferente para cada um. Cada um tem suas peculiaridades.
Esse desenvolvimento acontece às vezes por meio da luta, de guerra.
- Família
O agrupamento humano mais básico, mais fundamental. Família existe desde que mundo é mundo. É uma necessidade.
Relações baseadas no amor.
- Sociedade civil
Indivíduos (pessoas independentes) que se relacionam entre si.
Relações em termos de trabalho.
A intermediação entre indivíduos se dá em função do trabalho.
Buscam satisfazer suas necessidades e a intermediação é o trabalho, o que possibilita.
Ideia de mercado.
- Estado
Num outro nível as pessoas irão se agrupar. Estado gera um novo agrupamento social.
Nacionalidade as pessoas se identificam com uma determinada nação com aspectos semelhantes (língua, costumes).
O Estado seria a árvore daquele desenvolvimento (aspecto final). O ápice da evolução humana.
Agrupamento e desmembramento de grupos humanos.
Família: dependente entre si. Contradição: as pessoas estão unidas, mas a criança quando cresce que romper com essa união. Quando o jovem sai de casa a ligação se rompe.
Sociedade civil: divisão de trabalho. Sistema de necessidades (as pessoas são independentes, mas precisam se relacionar, algum nível de dependência). Corporações (ex.: OAB - defende os interesses de uma classe). Apesar de uma fragmentação (independência das pessoas) há uma forma contraditória que as agrupam em alguns interesses específicos. Polícia como aparelho repressor e qualquer tipo de politica de bem estar (assistência). 
Para Hegel a polícia surge antes do Estado.
Forças para juntar o que a princípio era disperso (corporações e polícia).
Estado moderno para Hegel era o ápice da evolução humana, de agrupamento social. Interesse comum. Não há contradição. Fim da linha evolutiva (árvore).
Karl Marx
Forças contraditórias que permitem o mundo se desenvolver. Em Marx essas forças são em termos econômicos, materiais, posição na economia, classes sociais.
O que em Hegel na sociedade civil era a questão de agrupamentos das incorporações e separadas pela sua independência. Na família também tinha contradição. Só o Estado que não tinha.
Critica com relação à visão de Estado de Hegel (não ter contradição). Para Hegel o Estado visa defender os interesses de todos, da população. Enquanto para Marx o Estado moderno atende os interesses de uma classe social, da burguesia.
- Emancipação (* importante): qual o sentido? Realizar os ideais de liberdade e igualdade.
Emancipação social significa realizar os ideais de liberdade e igualdade.
Marx também pensa em termos históricos.
Ideais foram proclamados.Revolução francesa.
Somos iguais e livres pelo mero fato de sermos humanos.
Ideais foram proclamados nessa época, mas não se efetivaram.
Para Marx não dá para falar de uma igualdade nem no Estado. Precisa caminhar até os ideais.
- Método Teoria (teoria social e diagnóstico)
 Práxis
Método foi o que deixou de mais importante.
Tenta agrupar teoria e práxis.
Uma boa teoria é a que analisa como a sociedade em que a pessoa vive funciona.
Diagnóstico é quando identifica o problema. O que se trava a liberdade e a igualdade.
A teoria não basta, é necessário ter uma pratica.
Teoria é endereçada a um ator social.
Marx não quer descrever como a sociedade funciona, mas quer transformar a sociedade.
É preciso tornar essa emancipação real. Faz a teoria para um ator social gere essa transformação. O ator social é uma classe específica, proletariado.
- Diagnóstico de tempo: (a) emancipação social não é possível sob condições capitalistas; (b) ao direito e à democracia cabe um papel reduzido.
Tem alguma coisa no sistema capitalista que bloqueia essa emancipação.
Direito e democracia terão um papel muito reduzido nessa emancipação.
Marx admite que a teoria pode mudar porque a sociedade se modifica.
- Crítica da economia política (O capital) 
Sociedade em termos econômicos.
Capitalismo a pessoa é o que faz de profissão, a pessoa é o que tem, sua posição social.
Sociedade descrita em termos econômicos por Adam Smith e David Ricardo não corresponde à realidade.
As relações de produção e troca fórum o “esqueleto” que mantem a sociedade.
Processo de socialização é na verdade um processo de subordinação.
Superestrutura (religião, cultura, relações familiares, direito, Estado, tudo)
Infraestrutura (Econômica / Classes social – burguesia ou proletariado)
A superestrutura é definida pela infraestrutura. A infraestrutura das classes sociais, das relações econômicas que define todos os outros.
Explica o que vem em cima.
A burguesia controla os meios de produção. As máquinas, a fábrica. Proletariado tem a força de trabalho que vem para o capitalista em troca de dinheiro. Estruturando a sociedade capitalista.
Mentira do capitalismo: supostamente a pessoa vende a força de trabalho porque quer.
Não tem nenhuma liberdade ai. Se não fizer morrerão de fome. Ficção da ideia do capitalismo de que a pessoa tem liberdade de escolha.
- Crítica de ideologia: compreender e denunciar formas de dominação.
Marx revela essa ficção do capitalismo e mostrando que precisa mudar isso. 
Mostra que o proletariado é explorado (mais-valia).
Revela a prática de relações sociais que fundam o poder de uma determinada sociedade.
- Estado como dominação burguesa.
Estado é reflexo da infraestrutura.
Proteger a propriedade para garantir a burguesia que continuará tendo a fábrica.
Estado protege a propriedade.
Estado aparece como ferramenta de dominação burguesa, principalmente por defender a propriedade.
- Ideal emancipatório
Capitalismo Socialismo Comunismo
Socialismo ainda tem Estado. Proletariado passa a ter o poder, o Estado defende os interesses do proletariado. Marx chama essa fase de ditadura do proletariado.
Socialismo é a medida emergência para sair do capitalismo e chegar no comunismo. 
Comunismo é a etapa que não tem mais contradição. Acontece a emancipação. Tem na prática dos ideais de liberdade e igualdade.
- Crítica à filosofia Hegeliana
Para Hegel o Estado não existe contradições e no Estado que os homens se realizam totalmente.
Marx diz que o Estado não atua apenas no interesse coletivo, o Estado diz que atua nesse sentido, mas atua em prol da burguesia.
- Socialismo utópico 
Movimento de pessoas inspiradas no Marx. Ideia de formar comunidades isoladas, nas quais pudessem juntar trabalhadores e burgueses, unificar essas classes.
Fizeram alguns experimentos, foram para locais separados e tentaram fazer essa unificação.
Para Marx isso era devaneio, não era possível unificar essas classes sociais.
Exemplo de teóricos dessa vertente: Robert Owen e Étenne Cabet.
Não vai acontecer numa criação. Só poderá acontecer quando houver a revolução e deixar de existir as classes sociais. Não seria possível fazer a unificação.
Não é um grupo pequeno que fará a revolução, mas será feita pelo proletariado.
- Anarquismo
Não tem nada haver com Marx. Trata-se de um pessoal mais “nervoso”.
Estado é sempre opressor e tem que acabar com qualquer forma de organização estatal.
Marx não gostava muito da ideia dos anarquistas porque eles invertiam sua visão de superestrutura e infraestrutura. A dominação no fundo não é econômica, mas sim política e deve acabar a dominação política.
Para Marx o Estado é opressor porque representa os interesses de uma classe social, a economia que domina.
Pensadores dessa teoria: Proudhon e Bakunin.
Dois casos de mudança importante: Alemanha e Rússia.
Aposto do Marx era que a revolução começaria na Inglaterra.
- Alemanha
Tentativa de criar partido comunista. Quando Marx ainda estava vivo tentou criar um partido comunista.
1º internacional (1864): cria a 1º internacional para agrupar o proletariado do mundo inteiro. Lógico que não funciona porque reduzir tudo a classe social apenas na vertente econômica.
Na primeira guerra mundial não há como ter união de proletariado no mundo porque antes de tudo eles são cidadãos de cada país.
Criação do SPD (partido social democrata) e Karl Kautsky.
Constituição de Weimar inovou nos direitos humanos e sociais. Constituição do bem-estar social.
Essa constituição faz surgir o questionamento de que o Estado “pode” ser programado para o bem social.
Rosa Luxemburgo - importância que ela dá uma arrumada na teoria de Marx. Para ele, o sistema capitalista não iria se sustentar por muito tempo, cada vez ia aumentar a taxa de lucro chegando a um tempo que não conseguiria mais aumentar e depois teria que cair, desmoronando assim o capitalismo. A revolução seria apenas um empurrão nesse sistema que é muito fácil de desmoronar. O que ele não sabia é que o capitalismo vai se adaptando. Surge o imperialismo. Ela ainda acreditava que o capitalismo entraria em colapso, mas que demoraria mais do que o Marx esperava.
- Rússia
A revolução para valer acontece na Rússia.
1917.
Uma surpresa que tenha acontecido lá porque não tinha proletariado, não era desenvolvido, mas agrário. Para ter proletariado deveria ter indústria, nem todo país tinha indústria.
Lêmin e o partido-vanguarda: estudou muito o Marx e queria fazer a Revolução, mas não tinha proletariado. Então, ele pensa em queimar etapas.
“Queimando etapas”: partido-vanguarda que levará. Esse partido conseguirá queimar etapas e conseguirá o desenvolvimento. Não tem capitalismo desenvolvido, mas para ele daria para fazer a revolução mesmo sem proletariado, queimando etapas.
Bem sucedido na revolução. 
Num primeiro momento se organiza os trabalhadores e como Lêmin vê que não será possível e o partido começa a comandar. 
Trótsni – achava que a revolução deveria acontecer em todos os países ao mesmo tempo. Unificar os movimentos proletariados e a revolução acontecer no mesmo momento.
Stálin – achava que a revolução deveria acontecer em cada país, um momento de cada vez. Primeiro deve estabilizar um país e depois ir a outro.
Teve campo de concentração na Rússia nesse momento. 
Não tivemos o comunismo que o Marx falava, apenas o socialismo.
Revisão
Prova intermediária:
1: (concurso) Kant.
2: (concurso) Hegel.
3: (vestibular) Marx.
4: mistura Hegel, Kant e Marx.
5: mistura Hegel, Kant e Marx.
Kant fala de regras abstratas. Raciocínio do ser humano cria a ética (moral no sentido amplo).
A moral para Kant divide-se em direito e ética (moral em sentido amplo).
Hegel não diz que essa faculdade mental não existe. Mas que a racionalidade está mais ligada ao desenvolvimento histórico. Não serviria se não colocar na prática com o tempo. O desenvolvimento histórico que dirá o que é racional ou não(colocar na prática). 
Forças antagônicas (forças que fazem acontecer) para Marx é materialista e Hegel é o desenvolvimento do tempo.
(Hegel) Eticidade é quando um mero conceito abstrato se realiza historicamente.
(Kant) Teste: quando a pessoa se depara com uma situação e pensa se gostaria que os outros agissem do modo que ele quer agir para ver se gostaria que acontecesse desse jeito se fosse ele no lugar. Ex.: água à 100 reais num momento de tragédia. Quer que se torne uma regra geral? Se a resposta for não, não é uma regra moral.
Kant, o direito é algo que limita as ações das pessoas.
Moral substantivo é uma moral de substância, concreta, conteúdo já dado. Ex.: 10 mandamentos. Essa moral é anterior ao Kant. Para ele, a moral é algo que a pessoa cria pega sua racionalidade.
ADPF nº 54/2012 - caso de bebê anencefálico
Marco Aurélio – Relator
Interesse da mulher X proteção do feto.
Aborto terapêutico.
Estado é laico.
Argumentos devem ser traduzidos como “razão pública”.
Feto tem doença letal.
CFM: morte encefálica = anencefalia.
Proteção do ECA não é aplicável.
Mulher não pode ser instrumentalizada (doação de órgãos).
Não é sujeito de direito.
CP (1940) não poderia prever esse diagnóstico de anencefalia (não tinha ultrassom).
A mãe sofre muito com uma gravidez que não permitira a vida do filho.
Dano psicológico à mulher.
Viola princípio da proporcionalidade (interesse da mulher e proteção ao feto).
Rosa Weber
Saúde da mulher.
Não há definição de vida no ordenamento. Não protege apenas a vida biológica, mas toda a vida. Não pode entrar na distinção do que é a vida. 
Medicina não dá a última palavra. Quando se fala em garantia de vida, não é a biologia que dá a última palavra.
Autonomia da mulher.
Carmen Lúcia
Direito a vida e liberdade.
Luís Fux
Estado de necessidade.
Teorias de justiça
Que é uma sociedade justa?
- Utilitarismo
Justiça está na maximização da felicidade.
Utilidade: qualquer coisa que produza a felicidade/prazer ou que evite sofrimento/dor.
Autores: Jeremy Benthan e John Sevant Mill.
Utilitarismo faz um duro ataque aos “direitos naturais”
É utilitarismo à medida que maximiza a felicidade, a atitude justa.
Ex.: quatro pessoas num barco, no qual matam um para os outros três viverem se alimentando dele. Mataram o mais jovem que já estava meio doente.
É um argumento muito sedutor. Perigo do utilitarismo é que por ser tão sedutor pode chegar a desvalorizar direitos individuais para maximizar a felicidade.
 Ex.: empresa de cigarro. Gastar mais com campanha de prevenção ao fumo ou com o tratamento.
Benthan é mais importante nessa teoria porque é mais consistente seus argumentos.
Argumento utilitarista na questão do bebê anencefálico que poderia utilizar os órgãos da criança para doação. O relator não aceita esse argumento porque instrumentaliza a criança e a mãe, descarta o instrumentalismo das pessoas. 
Nossa CF não permite o instrumentalismo das pessoas.
- Libertarianismo
A desigualdade econômica é sempre justa, desde que não resulte da força.
Estado mínimo: fazer cumprir contratos, proteger a propriedade privada, manter a segurança/paz.
Autores: Friedrich, Hayen, Milton Friedman, Robert Nozick.
Qualquer desigualdade econômica provinda de trabalho e esforço é completamente correta. Ex.: Bill Gates. O Estado não deve interferir nas escolhas da pessoa. 
O Estado não tem nada haver com o enriquecimento nem se quebrar, não tem que interferir.
Surge muito em contraste com o comunismo.
Sociedade justa nessa teoria é a qual as pessoas têm total liberdade de escolha e o Estado interfere de maneira mínima, só interfere para fazer valer os contratos, proteger a propriedade privada e manter a segurança. 
Caso ultrapasse essas três esferas estará invadindo a liberdade das pessoas e não agindo de modo mínimo.
Nessa teoria a decisão de ter um bebê anencefálico seria uma decisão da mãe, pela liberdade que ela tem.
Nessa teoria não tem teria imposto no sentido de distribuir renda, ter programas sociais, mas teria apenas para poder pagar a polícia para ter as três funções essenciais do estado mínimo.
Na economia isso chama neoliberalismo.
Estado não interferir na liberdades individuais.
Thatcher e Reagan implementaram essa teoria na Inglaterra e nos EUA.
 Prioriza a liberdade.
A teoria da igualdade máxima é a de Marx que prioriza uma sociedade de igualdade entre todos com base nas classes sociais. Numa sociedade totalmente igualitária abre mão da liberdade.
- Liberalismo Iguallitário (John Rawls)
Pressupostos Escassezz de recursos
 		 Fato do pluralismo
		 Capacidades morais
“Estrutura básica”
“Posição original”
“Véu de ignorância”
Tenta conciliar a liberdade e a igualdade. Formular uma teoria que consiga conciliar essas duas coisas.
Escassez de recursos - os recursos são escassos e precisa dividir porque não dá para todo mundo.
Fato do pluralismo – na sociedade moderna não se tem uma visão de mundo comum a todas as pessoas. Não há uma única concepção de bem (vida boa).
Não existe uma única visão de religiosidade. 
Isso dará uma reviravolta no modo que lidamos com a 
A vida boa é realizar de forma plena a sua concepção de bem e cada um terá a sua. 
Na questão do bebê anencefálico não pode usar uma visão de bem e garantia de direitos para direitos que serão para todos. 
Diferentes concepções de como é a vida boa. Não pode ficar preso nisso para definir direitos a todos.
Capacidades morais: cada indivíduo é capaz de ter sua concepção de bem e senso de justiça.
Capacidades morais Concepção de bem
			 Senso de justiça
Senso de justiça: capacidade de compreender uma noção pública de concepção pública e agir dessa forma.
Pressupõe que as pessoas tem essa capacidade.
Posição original – como distribuir bens, mecanismo para distribuir recursos e direitos.
Reflete uma ideia de como compartilhar certos bens e direitos.
Estrutura básica: recursos, direitos fundamentais, garantias para realizar o plano de vida de cada um.
O que todos precisam independentemente de sua concepção: dinheiro, saúde, educação, liberdades/direitos.
Tem que dividir bem essa estrutura básica, o que ele distribuirá de forma igualitária é essa estrutura básica. Cada pessoa realizar sua concepção de vida boa. 
“Estrutura básica”: são as instituições mais importantes, como a constituição e os princípios arranjos econômicos e sociais.
A estrutura para realizar a concepção do bem. 
“Concepção de bem”: o que preciso para ter e realizar uma “vida boa” (vida plena, que vale a pena ser vivida).
Tudo que precisa para ter uma vida que entenda que seja boa. Varia de pessoa para pessoa.
Ex.: religião. O modo como cada pessoa vê a religião. A concepção do bem para um católico é uma para o evangélico é outra. Até dentro dos católicos há concepções diferentes.
Para Rawls da perspectiva do Estado deve respeitar todas essas concepções de bem.
“Posição original”: é uma construção teórica que representa reciprocidade e imparcialidade com a qual os cidadãos devem se tratar uns em relação aos outros.
Procedimento, mecanismo para agir de modo igualitário.
Ex.: mercado. Pegar os produtos, ingressar na fila, passar a mercadoria e pagar.
Modo que o Rawls tem de mas pessoas serem tratados de modo livre e iguais. 
“Véu da ignorância”: ninguém conhece seu lugar na sociedade, sua classe, seu status social, seus dotes e talentos, inteligência, faça. A ideia é anular os efeitos da “loteria natural”.
Forma de distribuir os bens e direitos de modo mais igualitário. Para fazer isso é necessário não conhecer seu lugar na sociedade. Para não levar em conta esses requisitos 
Como se o véu da ignorância impedisse de ver seu lugar na sociedade. Caso não saiba aonde nascerá nem o que será na sociedade não se favorecerá.
Véu da ignorância na posição originária leva a ser mais justo, busca melhor condições a todos.
O que está em jogo para Rawls é a equidade. Justiça como equidade (fairnesss).Princípio de justiça:
- Iguais liberdades a todos.
- Desigualdades devem satisfazer duas condições: a. cargos e posições abetos a todos em condição de igualdade de condição e oportunidade; b. tendo desigualdade resulte no maior benefício para os menos privilegiados.
Pode até haver desigualdade, mas deve garantir na igual condição e oportunidade para as pessoas terem as mesmas condições.
Privilegiar os menos favorecidos. Estado pode privilegiar para garantir condições iguais para os menos privilegiados.
- Crítica comunitarista a Rawls
Caso do Québec
Canadá colonizado por franceses 
Só poderia ter placa em francês. Escolher a língua que seu filho se alfabetizará.
Será que o Estado pode interferir desse modo? Será que não é influenciar na liberdade dos pais? Para Rawls seria um abuso porque interfere na liberdade de concepção de bem.
O Estado não pode admitir uma concepção de bem e forçar para todos. Isso iria contra a liberdade da concepção de bem.
Infanticídio indígena (PL 1057/07 – Lei Munaji)
Criança com deformidade física são mortas porque acreditam que não deva existir. Essa é a visão de mundo deles, a concepção de bem deles.
Em qual medida o Estado pode interferir na concepção de bem das pessoas?
Lei Munaji é uma mulher que teve uma filha com deficiência e a tribo queria matar, mas ela não queria. Considera que nesses casos o Estado deve interferir. Conservar a cultura indígena desde que não viole princípios fundamentais.
- ADPF 186/2012
Ações afirmativas nas Universidades São Judas? (cotas)
	Sim 
	Não
	Reduzir a desigualdade
	Viola o ideal da meritocracia
	Garantir igualdade de oportunidades
	Favorece uma “raça”
	Reparar injustiça histórica
	Fere a isonomia
Meritocracia é argumento teleológico – télos, para o que serve.
Na sociedade contemporânea não há um télos compartilhado. Não há um télos definido.
Qual seria o télos da universidade? Por que não poderia ter outra finalidade que não apenas a meritocracia? Será que não teria uma função de desenvolvimento social?
O Estado interfere em situações que são desiguais para equilibrar essas relações. Ex.: lei Maria da Penha, direito do consumidor.
Reparar condições que estavam desiguais, desniveladas.
Ideia da Razão Pública
Página 309 – livro do Sandel
Ideia de razão pública – quando fala de razão pública não devo usar argumentos ou justificativas privadas para decisões judiciais.
Ex.: juiz flamenguista que a decisão tem que ser de baixo valor para ver os jogos do Vasco porque é um time pequeno. Visão particular do juiz, não é uma justificativa ou argumento, não cabe como argumentos judiciais.
Página 310 – Rawls
Não posso m valer de visão particular para uma razão pública.
Marco Aurélio na ADPF 54 (anencefalia) 
Como começa a vida? Não posso valer de visões particulares porque não é uma pergunta trivial.
O juiz não pode usar uma visão particular para decisão que afeta a sociedade, para atribuir direitos e afetar a todos.
Argumento / Justificativa para decidir.
Valores, ideais públicos que o juiz se valerá para proferir uma decisão. Não pode se basear na sua visão particular.
Revisão prova
Não cai Marx, Hegel e Kant.
Só cai as teorias de justiça (análise no caso concreto de anencefalia).
Liberalismo e utilitarismo (realçou se alguém tinha duvida nisso).
Libertarianismo 
Utilitarismo
Liberalismo/igualitário
Libertarianismo 
O Estado não deve intervir na liberdade das pessoas, noção de Estado mínimo. Só garante a segurança. Só garante que os contratos serão cumpridos. Não deve intervir na vida das pessoas. Não deve tributar mais quem recebe mais.
Utilitarismo
Forte correlação com ideia de liberdade (não explorará muito na prova).
Justo é a decisão que maximizam a utilidade (felicidade).
Caso da tortura: se for para beneficiar a maioria poderia. Ex.: bomba em estádio de futebol, tortura para descobrir aonde.
Liberalismo/igualitário
Rawls – posição originária para juntas liberdade e igualdade.
Anular os efeitos de loteria pelo véu da ignorância.
Imaginar um Estado feito com a noção de que todos são iguais. Assim chega aos dois princípios de que são iguais.
Todos serão afetados 
O véu da ignorância: formulação teórica para pensar que se levar a sério que todos são iguais perante a lei, como será. Quais as consequências disso.
Apresentar um argumento para o Estado intervir e gerar essa igualdade.
O véu da ignorância entra nessa questão, o argumento de Rawls faz com que todos pensem de forma igualitária.
Capítulo 6 e 10 do livro do Sandel.
Luiz Bernardo Araújo – Vídeo (50 minutos).
Prova: 
Notícia sobre uma decisão judicial (site).
Entrevista com um cara (engraçada).
Com três perguntas (cada uma valendo 2,5).
O que está implícito lá. Argumentos do juiz e entrevista coloca alguns problemas para o juiz.
Discussão sobre essa questão com relação ao libertarianismo, utilitarismo, liberalismo/igualitário.

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