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“Tradição em formar Profissionais com Qualidade” 
 
Avenida XV de Novembro, 413-Centro - Ferraz de Vasconcelos –SP-CEP: 08500-405 
Tel.: (11) 4678-5508- colegiosaobento@uol.com.br 
COLÉGIO TÉCNICO 
 SÃO BENTO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Enfermagem 
em 
Saúde Mental 
 
 
 
 
 
 
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"Tradição em formar Profissionais com Qualidade” 
 
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COLÉGIO TÉCNICO 
 SÃO BENTO 
Sumário 
 
História da Psiquiatria................................................................................................01 
Doença Mental...........................................................................................................03 
TOC – Transtorno Obsessivo – Compulsivo.............................................................04 
Síndrome do Pânico....................................................................................................07 
Fobias – Transtornos Fóbicos – Ansiosos..................................................................08 
Transtornos de Ansiedade..........................................................................................09 
Depressão...................................................................................................................10 
Síndrome de Burnout.................................................................................................13 
Esquizofrenia.............................................................................................................15 
Transtorno Afetivo Bipolar.......................................................................................18 
Distúrbios Alimentares..............................................................................................21 
Anorexia Nervosa......................................................................................................21 
Bulimia Nervosa........................................................................................................24 
Epilepsia.....................................................................................................................25 
Mal de Alzheimer......................................................................................................27 
Alcoolismo.................................................................................................................28 
Tratamento das Doenças Mentais..............................................................................32 
Relacionamento Terapêutico no cuidado de Enfermagem na Saúde Mental............33 
Tratamento Medicamentoso.......................................................................................35 
 
 
 
 
 
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Terapia Eletroconvulsivante......................................................................................36 
Psicoterapia................................................................................................................36 
Emergências Psiquiátricas..........................................................................................37 
Referências Bibliográficas..........................................................................................46 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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História da Psiquiatria 
Os primeiros hospitais psiquiátricos 
As instituições para loucos, ao decorrer da história, receberam diversas denominações tais 
como hospícios, asilos, manicômios, hospitais psiquiátricos; mas independente do nome como 
eram conhecidas, todas elas tinham a mesma finalidade: esconder o que não se desejava ser 
visto. As primeiras instituições com a finalidade de esconder aquilo que não se queria mostrar 
datam do século XV, iniciadas na Europa, particularmente na Espanha em Zaragoza, e na 
Itália em Florença, Pádua e Bérgamo. 
Vale ressaltar que muitas bibliografias apontam o primeiro hospício sendo o fundado pelo 
Frei Jofré, em Valência, na Espanha, em 1410. Na verdade, esta instituição não passava de um 
hospital geral com caráter de albergues para pobres. No século XVII os manicômios 
abrigavam além dos doentes mentais também os demais marginalizados da sociedade, que 
igualmente perturbavam a ordem social, dentre os quais se cita os mendigos, desempregados, 
criminosos, prostitutas, doentes crônicos, alcoólatras e pessoas sem domicílio. E o 
enclausuramento coletivo destas pessoas, consideradas incômodas à sociedade, ocorreu no 
intuito de esconder a miséria que era gerada pela desordem social e econômica da época. O 
cuidado, nestas instituições era prestado por religiosas que almejavam o perdão de seus 
pecados. 
Com essa mistura de doentes e não-doentes, estes locais tornaram-se depósitos de 
marginalizados, que excluídos e enclausurados, não eram cidadãos. Mas com a nova ordem 
social que se instalava, era preciso uma nova conceituação da loucura e, principalmente, de 
 
 
 
 
 
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suas formas de atendimento. A partir desta nova concepção social de loucura, a clausura deixa 
de ser sinônimo de exclusão e passa a assumir um caráter terapêutico: era necessário isolar o 
paciente em locais adequados – nos manicômios – afastando-o do meio do qual gerava os 
distúrbios. 
Início das instituições hospitalares no Brasil 
A loucura no Brasil só começa a ser objeto de intervenção do Estado a partir da chegada da 
família Real. Então muitas mudanças ocorrem no período que segue, exigindo um controle 
efetivo sobre o crescimento da sociedade. Desta forma, a medicina, enquanto mecanismo 
reordenador do social passa a desenhar o projeto do qual emerge a psiquiatria brasileira. O 
tratamento oferecido aos loucos era de péssima qualidade. Os doentes mentais ficavam sob a 
responsabilidade das santas casas de misericórdia, sendo abrigados em porões. O atendimento 
oferecido não incluía cuidados médicos, visto que a principal finalidade era fornecer abrigo, 
alimento e cuidados religiosos aos alienados. Era necessário reestruturar o atendimento 
prestado a estas pessoas. 
Em 1830, a Sociedade de Medicina do Rio de Janeiro realizou um diagnóstico da situação dos 
loucos na cidade. Sendo assim, os loucos passaram a ser reconhecidos como doentes mentais, 
e como tal mereciam um espaço próprio para tratamento e recuperação. Assim, a medicina 
reivindicava os espaços para tratar a doença mental, e solicitava a abertura de instituições 
específicas para esta clientela, com o lema: “Aos loucos o hospício!”. Isso ocorreu na 
intenção do que os loucos, de fato, tivessem o direito ao tratamento médico e cuidado de 
saúde. Na intenção de expor uma posição crítica da classe médica e entendendo a clausura 
como forma de tratamento, foi iniciada a luta pela abertura dos hospitais psiquiátricos. O 
isolamento de Pinel ainda permanecia em voga, sendo compreendido como uma boa e 
adequada terapêutica. 
 
 
 
 
 
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Este movimento pela criação de instituições específicas para doentes mentais resultou na 
instalaçãodo primeiro hospital psiquiátrico brasileiro. Este foi inaugurado em 1852, durante o 
Segundo Reinado, denominado Hospício de Alienados Pedro I, no Rio de Janeiro. 
Posteriormente, por seu grande porte e pelas decorações de luxo que possuía ficou conhecido 
como “palácio dos loucos”. E no período de 1852 a 1886 muitas instituições psiquiátricas 
foram criadas em todo território nacional, devido a necessidade de atender a esta demanda. 
Vale aqui apresentar alguns nomes importantes deste período. 
Os hospitais psiquiátricos hoje 
Como já vimos no decorrer do texto, algumas mudanças tem sido realizadas nos hospitais 
psiquiátricos. Em alguns locais, no momento da internação, o paciente não é mais obrigado a 
deixar todos os seus pertences pessoais com os familiares. Pode permanecer com aqueles que 
não representam risco de vida como relógios, pulseiras, brincos, as próprias roupas, visto que 
em muitos lugares não se utiliza mais o uniforme. Outra mudança observada em alguns locais 
é a convivência entre homens e mulheres. As alas são separadas, mas há espaços em comum a 
ambos os sexos. Isto favorece o seu reconhecimento enquanto homem ou mulher, permitindo 
relacionarem-se entre si. Reconhece-se a transformação da instituição hospitalar, mas no 
ponto mais crítico do tratamento o hospital não apresentou nenhuma mudança ou avanço: 
continua segregando, excluindo e estigmatizando o doente mental. As mudanças que têm 
ocorrido somente são observadas no interior da instituição; a sociedade não percebe essas 
mudanças. Então a imagem do paciente psiquiátrico como louco perigoso e incapaz ainda é 
muito presente, persistindo a antiga idéia do isolamento. Não há ações efetivas no hospital 
psiquiátrico de reinserção na sociedade, de retorno do paciente ao seu meio familiar e social. 
Tanto isso é verdade que o número de reinternações é muito elevado, mostrando e 
reafirmando a ineficiência deste modelo excludente. Chegamos ao momento de repensar essa 
prática que não vê o paciente como o ator principal e, por isso, não o valoriza enquanto 
beneficiário do sistema. As ações desenvolvidas devem atender às necessidades do paciente e 
 
 
 
 
 
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não ser aquelas que a equipe, a sociedade e a instituição determinam que seja importantes e 
suficientes. 
 
Doença Mental 
Popularmente há uma tendência em se julgar a sanidade da pessoa, de acordo com seu 
comportamento, de acordo com sua adequação às conveniências sócio-culturais como, por 
exemplo, a obediência aos familiares, o sucesso no sistema de produção, a postura sexual, etc. 
Medicamente, entretanto, Doença Mental pode ser entendida como uma variação mórbida do 
normal, variação esta capaz de produzir prejuízo na performance global da pessoa (social, 
ocupacional, familiar e pessoal) e/ou das pessoas com quem convive. Organização Mundial 
de Saúde diz que o estado de completo bem estar físico, mental e social define o que é saúde, 
portanto, tal conceito implica num critério de valores (valorativo), já que, lida com a idéia de 
bem-estar e mal-estar 
 
Quanto a forma de manifestação 
Há duas classificações básicas de doenças mentais: 
A. Neuroses 
B. Psicoses 
 
 A - Neurose é chamada neurose toda a psicopatologia leve, onde a pessoa tem a noção 
(mesmo que vaga) de seu problema. 
 
 
 
 
 
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Ele tem contato com a realidade, porém há manifestações psicossomáticas, que são notadas 
por este, e que servem de aviso para a pessoa procurar um tratamento psicológico, ou 
psiquiátrico. É um fator comum a ansiedade exacerbada. Existe inúmeras classificações 
menores; para citar algumas temos: 
1) TOC - Transtorno obsessivo-compulsivo: é a repetição de algum ato diversas vezes ao 
dia, não controlável e causador de grande ansiedade; 
2) Síndrome do pânico: causa grande aflição, e medo perante alguma situação. 
3) Fobias: é o medo a alguma situação. Pode ser medo de ambientes fechados 
(claustrofobia), medo de água (hidrofobia), medo de pessoas (sociofobia), etc. 
4) Transtornos de andiedade: o indivíduo têm ataques de ansiedades antes ou depois de 
realizar algo, ou muitas vezes nem realizá-lo. É comum em pequena escala na maioria das 
pessoas, porém seu excesso é denominado como patológico. 
5) Depressão: também chamada de distimia, ou depressão maior. Se caracteriza por intenso 
retraimento e medo do mundo exterior. Causa baixa auto-estima e pode levar ao suícidio. 
6) Síndrome de burnout: é a conseqüência de um grande estímulo estressor, como conflitos 
no trabalho ou família. Causa apagamento e falta de vontade. 
Obs: FREUD citou, em uma de suas obras, que todas as pessoas têm um pouco de neurose em 
si. É normal no ser humano ser um pouco neurótico, sendo apenas o excesso chamado de 
patológico. 
 
TOC - Transtorno obsessivo-compulsivo 
 
 
 
 
 
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TOC, ou transtorno obsessivo-compulsivo, é um distúrbio psiquiátrico de ansiedade, que se 
caracteriza pela presença de crises recorrentes de obsessões e compulsões. Entende-se por 
obsessão pensamentos, idéias e imagens que invadem a pessoa insistentemente, sem que ela 
queira. Como um disco riscado que se põe a repetir sempre o mesmo ponto da gravação, eles 
ficam patinando dentro da cabeça e o único jeito para livrar-se deles por algum tempo é 
realizar o ritual próprio da compulsão, seguindo regras e etapas rígidas e pré-estabelecidas 
que ajudam a aliviar a ansiedade. Alguns portadores dessa desordem acham que, se não 
agirem assim, algo terrível pode acontecer-lhes. No entanto, a ocorrência dos pensamentos 
obsessivos tende a agravar-se à medida que são realizados os rituais e pode transformar-se 
num obstáculo não só para a rotina diária da pessoa como para a vida da família inteira. 
Classificação 
Existem dois tipos de TOC: 
a) Transtorno obsessivo-compulsivo subclínico – as obsessões e rituais se repetem com 
frequência, mas não atrapalham a vida da pessoa; 
b) Transtorno obsessivo-compulsivo propriamente dito: as obsessões persistem até o exercício 
da compulsão que alivia a ansiedade. 
Causas 
As causas do TOC não estão bem esclarecidas. Certamente, trata-se de um problema 
multifatorial. Estudos sugerem a existência de alterações na comunicação entre determinadas 
zonas cerebrais que utilizam a serotonina. Fatores psicológicos e histórico familiar também 
estão entre as possíveis causas desse distúrbio de ansiedade. 
Sintomas 
 
 
 
 
 
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Em algumas situações, todas as pessoas podem manifestar rituais compulsivos que não 
caracterizam o TOC. O principal sintoma da doença é a presença de pensamentos obsessivos 
que levam à realização de um ritual compulsivo para aplacar a ansiedade que toma conta da 
pessoa. Preocupação excessiva com limpeza e higiene pessoal, dificuldade para pronunciar 
certas palavras, indecisão diante de situações corriqueiras por medo que uma escolha errada 
possa desencadear alguma desgraça, pensamentos agressivos relacionados com morte, 
acidentes ou doenças são exemplos de sintomas do transtorno obsessivo-compulsivo. 
Frequência 
 Em geral, só nove anos depois que manifestouos primeiros sintomas, o portador do distúrbio 
recebe o diagnóstico de certeza e inicia do tratamento. Por isso, a maior parte dos casos é 
diagnosticada em adultos, embora o transtorno obsessivo-compulsivo possa acometer crianças 
a partir dos três, quatro anos de idade. Na infância, o distúrbio é mais frequente nos meninos. 
No final da adolescência, porém, pode-se dizer que o número de casos é igual nos dois sexos. 
Tratamento 
O tratamento pode ser medicamentoso e não medicamentoso. O medicamentoso utiliza 
antidepressivos inibidores da recaptação de serotonina. São os únicos que funcionam. A 
terapia cognitivo-comportamental é uma abordagem não medicamentosa com comprovada 
eficácia sobre a doença. Seu princípio básico é expor a pessoa à situação que gera ansiedade, 
começando pelos sintomas mais brandos. Os resultados costumam ser melhores quando se 
associam os dois tipos de abordagem terapêutica. 
 Recomendações 
* Não há quem não tenha experimentado alguma vez um comportamento compulsivo, mas se 
ele se repete a ponto de prejudicar a execução de tarefas rotineiras, a pessoa pode ser 
portadora de transtorno obsessivo-compulsivo e precisa de tratamento; 
 
 
 
 
 
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* Crianças podem obedecer a certos rituais, o que é absolutamente normal. No entanto, deve 
chamar a atenção dos pais a intensidade e a frequência desses episódios. O limite entre 
normalidade e TOC é muito tênue; 
* Os pais não devem colaborar com a perpetuação das manias e rituais dos filhos. Devem 
ajudá-los a enfrentar os pensamentos obsessivos e a lidar com a compulsão que alivia a 
ansiedade; 
* O respeito a rituais do portador de TOC pode interferir na dinâmica da família inteira. Por 
isso, é importante estabelecer o diagnóstico de certeza e encaminhar a pessoa para tratamento; 
* Esconder os sintomas por vergonha ou insegurança é um péssimo caminho. Quanto mais se 
adia o tratamento, mais grave fica a doença. 
 
 
Síndrome do pânico 
A síndrome do pânico, na linguagem psiquiátrica chamada de transtorno do pânico, é uma 
enfermidade que se caracteriza por crises absolutamente inesperadas de medo e desespero. A 
pessoa tem a impressão de que vai morrer naquele momento de um ataque cardíaco porque o 
coração dispara, sente falta de ar e tem sudorese abundante. Quem padece de síndrome do 
pânico sofre durante as crises e ainda mais nos intervalos entre uma e outra, pois não faz a 
menor idéia de quando elas ocorrerão novamente, se dali a cinco minutos, cinco dias ou cinco 
meses. Isso traz tamanha insegurança que a qualidade de vida do paciente fica seriamente 
comprometida. 
Sintomas físicos de uma crise de pânico 
 
 
 
 
 
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Os sintomas físicos de uma crise de pânico aparecem subitamente, sem nenhuma causa 
aparente (apesar de existir, mas fica difícil de se perceber). Os sintomas são como uma 
preparação do corpo para alguma "coisa terrível". A reação natural é acionar os mecanismos 
de fuga. Diante do perigo, o organismo trata de aumentar a irrigação de sangue no cérebro e 
nos membros usados para fugir - em detrimento de outras partes do corpo, incluindo os orgãos 
sexuais. Eles podem incluir: 
� Contração / tensão muscular, rijeza 
� Palpitações (o coração dispara) 
� Tontura, atordoamento, náusea 
� Dificuldade de respirar (boca seca) 
� Calafrios ou ondas de calor, sudorese 
� Sensação de "estar sonhando" ou distorções de percepção da realidade 
� Terror - sensação de que algo inimaginavelmente horrível está prestes a acontecer e de 
que se está impotente para evitar tal acontecimento 
� Confusão, pensamento rápido 
� Medo de perder o controle, fazer algo embaraçoso 
� Medo de morrer 
� Vertigens ou sensação de debilidade 
Uma crise de pânico dura caracteristicamente vários minutos e é uma das situações mais 
angustiantes que podem ocorrer a alguém. A maioria das pessoas que tem uma crise terá 
outras (se não tratar). Quando alguém tem crises repetidas ou sente muito ansioso, com medo 
de ter outra crise, diz-se que tem transtorno do pânico. 
Tratamento 
Existe uma variedade de tratamentos para o T.P. O mais importante neste aspecto é que se 
introduza um tratamento que vise restabelecer o equilíbrio bioquímico cerebral numa primeira 
 
 
 
 
 
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etapa. Isto pode ser feito através de medicamentos seguros e que não produzam risco de 
dependência física dos pacientes. Numa segunda etapa prepara-se o paciente para que ele 
possa enfrentar seus limites e as adversidades vitais de uma maneira menos estressante. Em 
última análise, trata-se de estabelecer junto com o paciente uma nova forma de viver onde se 
priorize a busca de uma harmonia e equilíbrio pessoal. Uma abordagem psicoterápica 
específica deverá ser realizada com esse objetivo. 
O sucesso do tratamento está diretamente ligado ao engajamento do paciente com o mesmo. É 
importante que a pessoa que sofre de T.P. entenda todas as peculiaridades que envolvem este 
mal e que queira fazer uma boa "aliança terapêutica" com seu médico no sentido de juntos 
superarem todas as adversidades que poderão surgir na busca do seu equilíbrio pessoal. 
 
Fobias (transtornos fóbico-ansiosos) 
O medo é um sentimento comum a todas as espécies animais e serve para proteger o 
indivíduo do perigo. Todos nós temos medo em algumas situações nas quais o perigo é 
iminente. A fobia pode ser definida como um medo irracional, diante de uma situação ou 
objeto que não apresenta qualquer perigo para a pessoa. Com isto, essa situação ou esse 
objeto são evitados a todo custo. Essa evitação fóbica leva muito freqüentemente a limitações 
importantes na vida cotidiana da pessoa. As fobias são acompanhadas de ansiedade 
importante e também freqüentemente de depressão. Os transtornos fóbico-ansiosos 
constituem um grupo de doenças mentais onde a ansiedade é; ligada predominantemente a 
uma situação ou objeto. Há três tipos principais de fobia: 
1. Agorafobia: inclui medo de espaços abertos, da presença de multidões, da dificuldade de 
escapar rapidamente para um local seguro (em geral a própria casa). A pessoa pode ter medo 
de sair de casa, de entrar em uma loja ou shopping, de lugares onde há; multidões, de viajar 
 
 
 
 
 
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sozinho. Muitas pessoas referem um medo aterrorizante de se sentirem mal e serem 
abandonadas sem socorro em público. Muitas pessoas com agorafobia apresentam também o 
transtorno de pânico. 
2. Fobia social: neste caso a pessoa tem medo de se expor a outras pessoas que se encontram 
em grupos pequenos. Isto pode acontecer em reuniões, festas, restaurantes e outros locais. 
Muitas vezes elas são restritas a uma situação, como por exemplo, comer ou falar em publico, 
assinar um cheque na presença de outras pessoas ou encontrar-se com alguém do sexo oposto. 
Muitas pessoas apresentam também baixa auto-estima e medo de criticas. Usualmente a 
pessoa nessas situações apresenta rubor na face, tremores, náuseas. Em casos extremos pode 
isolar-se completamente do convívio social. 
3. Fobias especificas (ou isoladas): como o próprio nome diz, são fobias restritasa uma 
situação ou objeto altamente específicos, tais como, animais inofensivos (zoofobia), altura 
(acrofobia), trovões e relâmpagos (astrofobia), voar, espaços fechados (claustrofobia), 
doenças (nosofobia), dentista, sangue, entre outros. A incapacitação da pessoa no dia a dia 
depende do tipo de fobia e de quão fácil é evitar a situação fóbica. 
Tratamento 
O tratamento das fobias se faz com a associação de medicamentos com psicoterapia. Os 
medicamentos mais utilizados pertencem ao grupo dos antidepressivos; os ansiolíticos 
também são freqüentemente indicados. A psicoterapia auxilia na compreensão de fatores que 
podem agravar ou perpetuar os sintomas fóbicos. 
 
Transtornos de Ansiedade 
 
 
 
 
 
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Todos os Transtornos de Ansiedade têm como manifestação principal um alto nível de 
ansiedade. Ansiedade é um estado emocional de apreensão, uma expectativa de que algo ruim 
aconteça acompanhado por várias reações físicas e mentais desconfortáveis. 
Os principais Transtornos de Ansiedade são: Síndrome do Pânico, Fobia Específica, Fobia 
Social, Estresse Pós-Traumático, Transtorno Obsessivo-Compulsivo e Distúrbio de Ansiedade 
Generalizada. É comum que haja comorbidade e assim uma pessoa pode apresentar sintomas 
de mais de um tipo de transtorno de ansiedade ao mesmo tempo e destes com outros 
problemas como depressão. No geral, os transtornos de ansiedade respondem muito bem ao 
tratamento psicológico especializado. 
Estresse Pós Traumático: 
Estado ansioso com expectativa recorrente de reviver uma experiência que tenha sido muito 
traumática. Por exemplo, depois de ter sido assaltado, ficar com medo de que ocorra de novo, 
ter medo de sair na rua, ter pesadelos, etc. Geralmente após um evento traumático a ansiedade 
diminui logo no primeiro mês sem maiores consequências. Porém, em alguns casos, os 
sintomas persistem por mais tempo ou reaparecem depois de um tempo, levando a um estado 
denominado como Estresse Pós Traumático. 
Distúrbio de Ansiedade Generalizada: 
Estado de ansiedade e preocupação excessiva sobre diversas coisas da vida. Este estado 
aparece frequentemente e se acompanha de alguns dos seguintes sintomas: irritabilidade, 
dificuldade em concentrar-se, inquietação, fadiga e humor deprimido. 
Sinais e sintomas 
A pessoa pode sentir tremores, inquietação, dor de cabeça, falta de ar, suor em excesso, 
palpitações, problemas gastro-intestinais, irritabilidade e facilidade em alterar-se. Esses 
 
 
 
 
 
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sintomas podem ocorrer na maioria dos dias por pelo menos seis meses. É muito difícil 
controlar a preocupação, o que pode gerar um esgotamento na saúde física e mental do 
indivíduo. 
Tratamento 
O especialista utiliza técnicas psicoterápicas de apoio. Muitas vezes faz-se necessário o uso de 
medicação (antidepressivos e/ou ansiolíticos) por um determinado período. A maioria das 
pessoas experimenta uma acentuada redução da ansiedade quando lhes é oferecida a 
oportunidade de discutir suas dificuldades com um profissional experiente. 
 
Depressão 
A depressão é uma doença mental que se caracteriza por tristeza mais marcada ou prolongada, 
perda de interesse por atividades habitualmente sentidas como agradáveis e perda de energia 
ou cansaço fácil. Ter sentimentos depressivos é comum, sobretudo após experiências ou 
situações que nos afetam de forma negativa. No entanto, se os sintomas se agravam e 
perduram por mais de duas semanas consecutivas, convém começar a pensar em procurar 
ajuda. A depressão pode afetar pessoas de todas as idades, desde a infância à terceira idade, e 
se não for tratada, pode conduzir ao suicídio, uma consequência frequente da depressão. 
A depressão pode ser episódica, recorrente ou crónica, e conduz à diminuição substancial da 
capacidade do indivíduo em assegurar as suas responsabilidades do dia-a-dia. A depressão 
pode durar de alguns meses a alguns anos. Contudo, em cerca de 20 por cento dos casos 
torna-se uma doença crónica. Estes casos devem-se, fundamentalmente, à falta de tratamento 
adequado. 
Fatores de risco 
 
 
 
 
 
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� Pessoas com episódios de depressão no passado; 
� Pessoas com história familiar de depressão; 
� Pessoas do género feminino – a depressão é mais frequente nas mulheres, ao longo de 
toda a vida, mas em especial durante a adolescência, no primeiro ano após o parto, 
menopausa e pós-menopausa; 
� Pessoas que sofrem um qualquer tipo de perda significativa, mais habitualmente a 
perda de alguém próximo; 
� Pessoas com doenças crónicas - sofrendo do coração, com hipertensão, com asma, 
com diabetes, com história de tromboses, com artroses e outras doenças reumáticas, 
SIDA, fibromialgia, cancro e outras doenças; 
� Pessoas que coabitam com um familiar portador de doença grave e crónica (por 
exemplo, pessoas que cuidam de doentes com Alzheimer); 
� Pessoas com tendência para ansiedade e pânico; 
� Pessoas com profissões geradoras de stress ou em circunstâncias de vida que causem 
stress; 
� Pessoas com dependência de substâncias químicas (drogas) e álcool; 
� Pessoas idosas. 
Sintomas da depressão 
A depressão diferencia-se das normais mudanças de humor pela gravidade e permanência dos 
sintomas. Está associada, muitas vezes, a ansiedade e/ou pânico. 
Os sintomas mais comuns são: 
� Modificação do apetite (falta ou excesso de apetite); 
� Perturbações do sono (sonolência ou insónia); 
� Fadiga, cansaço e perda de energia; 
 
 
 
 
 
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� Sentimentos de inutilidade, de falta de confiança e de auto-estima, sentimentos de 
culpa e sentimento de incapacidade; 
� Falta ou alterações da concentração; 
� Preocupação com o sentido da vida e com a morte; 
� Desinteresse, apatia e tristeza; 
� Alterações do desejo sexual; 
� Irritabilidade; 
� Manifestação de sintomas físicos, como dor muscular, dor abdominal, enjoo. 
 Causas da depressão 
As causas diferem muito de pessoa para pessoa. Porém, é possível afirmar-se que há fatores 
que influenciam o aparecimento e a permanência de episódios depressivos. Por exemplo, 
condições de vida adversas, o divórcio, a perda de um ente querido, o desemprego, a 
incapacidade em lidar com determinadas situações ou em ultrapassar obstáculos, etc. 
Determinar qual o fator ou os fatores que desencadearam a crise depressiva pode ser 
importante, pois para o doente poderá ser vantajoso aprender a evitar ou a lidar com esse fator 
durante o tratamento. 
Diagnóstico 
 Pela avaliação clínica do doente, designadamente pela identificação, enumeração e curso dos 
sintomas bem como pela presença de doenças de que padeça e de medicação que possa estar a 
tomar. Não existem meios complementares de diagnóstico específicos para a depressão, e a 
bem da verdade, tão pouco são necessários: o diagnóstico clínico é fácil e bastante preciso, 
um médico psiquiatra faz o diagnóstico e a orientação terapêutica (o medicamento a usar, a 
dose, a duração, a resposta esperável face ao tipo de pessoa, a indicação para um tipo 
específico de psicoterapia, a necessidade de outros tipos de intervenção,etc.). 
 
 
 
 
 
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 Tratamento 
Normalmente, através do uso de medicamentos, de intervenções psicoterapêuticas, ou da 
conjugação de ambas. As intervenções psicoterapêuticas são particularmente úteis nas 
situações ligeiras e reativas às adversidades da vida bem como em associação com 
medicamentos nas situações moderadas e graves. Os medicamentos usados no tratamento das 
depressões são designados por antidepressivos. 
 
Síndrome de burnout 
A síndrome de burnout, ou síndrome do esgotamento profissional, é um distúrbio psíquico 
descrito em 1974 por Freudenberger, um médico americano. O transtorno está registrado no 
Grupo V da CID-10 (Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas 
Relacionados à Saúde). Sua principal característica é o estado de tensão emocional e estresse 
crônicos provocado por condições de trabalho físicas, emocionais e psicológicas desgastantes. 
A síndrome se manifesta especialmente em pessoas cuja profissão exige envolvimento 
interpessoal direto e intenso. 
 Profissionais das áreas de educação, saúde, assistência social, recursos humanos, agentes 
penitenciários, bombeiros, policiais e mulheres que enfrentam dupla jornada correm risco 
maior de desenvolver o transtorno. 
Sintomas 
O sintoma típico da síndrome de burnout é a sensação de esgotamento físico e emocional que 
se reflete em atitudes negativas, como ausências no trabalho, agressividade, isolamento, 
mudanças bruscas de humor, irritabilidade, dificuldade de concentração, lapsos de memória, 
ansiedade, depressão, pessimismo, baixa autoestima. 
 
 
 
 
 
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Dor de cabeça, enxaqueca, cansaço, sudorese, palpitação, pressão alta, dores musculares, 
insônia, crises de asma, distúrbios gastrintestinais são manifestações físicas que podem estar 
associadas à síndrome. 
Diagnóstico 
O diagnóstico leva em conta o levantamento da história do paciente e seu envolvimento e 
realização pessoal no trabalho. 
Tratamento 
O tratamento inclui o uso de antidepressivos e psicoterapia. Atividade física regular e 
exercícios de relaxamento também ajudam a controlar os sintomas. 
Recomendações 
* Não use a falta de tempo como desculpa para não praticar exercícios físicos e não desfrutar 
momentos de descontração e lazer. Mudanças no estilo de vida podem ser a melhor forma de 
prevenir ou tratar a síndrome de burnout; 
* Conscientize-se de que o consumo de álcool e de outras drogas para afastar as crises de 
ansiedade e depressão não é um bom remédio para resolver o problema; 
* Avalie quanto as condições de trabalho estão interferindo em sua qualidade de vida e 
prejudicando sua saúde física e mental. Avalie também a possibilidade de propor nova 
dinâmica para as atividades diárias e objetivos profissionais. 
 
B - PSICOSE: se caracteriza por uma intensa fuga da realidade. É, como a filosofia e as artes 
chamam, a loucura, propriamente dita. 
 
 
 
 
 
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 Pode ser classificada de três formas: 
 A) pela manifestação, 
 B) pelo aspecto neurofisiológico, 
 C) pela intensidade 
 
 A - Manifestação: se divide em dois tipos principais: 
a) Esquizofrenia: tem como aspectos principais a fuga da realidade, as manias de 
perseguição, as alucinações, entre outros. Têm ainda subdivisões, que são a esquizofrenia 
paranóide, a esquizofrenia desorganizada (ou hebefrênica), a esquizofrenia simples, a 
catatonia ou a esquizofrenia indiferenciada; 
b) Transtorno de afeto bipolar: tem por característica picos muito grandes de humor, em 
pouco espaço de tempo, para o lado da depressão (ou distimia ou disforia), e pro lado da 
mania (euforia ou eutimia). Por estes dois aspectos também conhecemos este transtorno como 
psicose maníaco-depressiva. O doente sofre de mudanças de humor constantes, sendo 
perigoso e gastador em fases maníacas, e retraído, podendo se suícidar, no estado depressivo. 
 
B - Aspecto neurofisiológico: 
1) Funcional: age apenas no funcionamento do aparelho psiquico, em suas ligações. 
2) Orgânica: tem como característica mudanças ocorridas na química do cérebro, ou em 
mudanças fisiológicas e estruturais. 
 
 
 
 
 
 
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 C - Intensidade: 
 Como intensidade entendemos a agressividade e impulsividade do doente em: 
 1) Aguda: também chamada de fase de surto; é quando o doente se torna violento, impulsivo 
e fora da realidade. É necessária observação psiquíatrica constante, pois o doente oferece risco 
para si, para outros e para o patrimônio. 
2) Crônica: é a fase de relaxamento do doente, onde ele está fora da realidade, mas não põe 
em risco os outros e sua vida. Este estágio é permanente, e resulta de algum caso onde não há 
cura. 
Esquizofrenia 
A esquizofrenia é uma doença mental crônica que se manifesta na adolescência ou início da 
idade adulta. Sua freqüência na população em geral é da ordem de 1 para cada 100 pessoas, 
havendo cerca de 40 casos novos para cada 100.000 habitantes por ano. No Brasil estima-se 
que há cerca de 1,6 milhão de esquizofrênicos; a cada ano cerca de 50.000 pessoas 
manifestam a doença pela primeira vez. Ela atinge em igual proporção homens e mulheres, 
em geral inicia-se mais cedo no homem, por volta dos 20-25 anos de idade, e na mulher, por 
volta dos 25-30 anos. 
Sintomas 
A esquizofrenia apresenta várias manifestações, afetando diversas áreas do funcionamento 
psíquico. Os principais sintomas são: 
1. delírios: são idéias falsas, das quais o paciente tem convicção absoluta. Por exemplo, ele se 
acha perseguido ou observado por câmeras escondidas, acredita que os vizinhos ou as pessoas 
que passam na rua querem lhe fazer mal. 
 
 
 
 
 
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2. alucinações: são percepções falsas dos órgãos dos sentidos. As alucinações mais comuns na 
esquizofrenia são as auditivas, em forma de vozes. O paciente ouve vozes que falam sobre 
ele, ou que acompanham suas atividades com comentários. Muitas vezes essas vozes dão 
ordens de como agir em determinada circunstancia. Outras formas de alucinação, como 
visuais, táteis ou olfativas podem ocorrer também na esquizofrenia. 
3. alterações do pensamento: as idéias podem se tornar confusas, desorganizadas ou 
desconexas, tornando o discurso do paciente difícil de compreender. Muitas vezes o paciente 
tem a convicção de que seus pensamentos podem ser lidos por outras pessoas, ou que 
pensamentos são roubados de sua mente ou inseridos nela. 
4. Alterações da afetividade: muitos pacientes tem uma perda da capacidade de reagir 
emocionalmente às circunstancias, ficando indiferente e sem expressão afetiva. Outras vezes o 
paciente apresenta reações afetivas que são incongruentes, inadequadas em relação ao 
contexto em que se encontra. Torna-se pueril e se comporta de modo excêntrico ou indiferente 
ao ambiente que o cerca. 
5. Diminuição da motivação: o paciente perde a vontade, fica desanimado e apático, nãosendo mais capaz de enfrentar as tarefas do dia a dia. Quase não conversa, fica isolado e 
retraído socialmente. 
Outros sintomas, como dificuldade de concentração, alterações da motricidade, desconfiança 
excessiva, indiferença, podem aparecer na esquizofrenia. Dependendo da maneira como os 
sintomas se agrupam, é possível caracterizar os diferentes subtipos da doença. A 
esquizofrenia evolui geralmente em episódios agudos onde aparecem os vários sintomas 
acima descritos, principalmente delírios e alucinações, intercalados por períodos de remissão, 
com poucos sintomas manifestos. 
Causa da esquizofrenia 
 
 
 
 
 
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Não se sabe quais são as causas da esquizofrenia. A hereditariedade tem uma importância 
relativa, sabe-se que parentes de primeiro grau de um esquizofrênico tem chance maior de 
desenvolver a doença do que as pessoas em geral. Por outro lado, não se sabe o modo de 
transmissão genética da esquizofrenia. Fatores ambientais (p. ex., complicações da gravidez e 
do parto, infecções, entre outros) que possam alterar o desenvolvimento do sistema nervoso 
no período de gestação parecem ter importância na doença. Estudos feitos com métodos 
modernos de imagem, como tomografia computadorizada e ressonância magnética mostram 
que alguns pacientes tem pequenas alterações cerebrais, com diminuição discreta do tamanho 
de algumas áreas do cérebro. Alterações bioquímicas dos neurotransmissores cerebrais, 
particularmente da dopamina, parecem estar implicados na doença. 
Diagnóstico 
O diagnóstico da esquizofrenia é feito pelo especialista a partir das manifestações da doença. 
Não há nenhum tipo de exame de laboratório (exame de sangue, raio X, tomografia, 
eletroencefalograma etc.) que permita confirmar o diagnóstico da doença. Muitas vezes o 
clínico solicita exames, mas estes servem apenas para excluir outras doenças que podem 
apresentar manifestações semelhantes à esquizofrenia. 
Tratamento 
O tratamento da esquizofrenia visa ao controle dos sintomas e a reintegração do paciente. O 
tratamento da esquizofrenia requer duas abordagens: medicamentosa e psicossocial. O 
tratamento medicamentoso é feito com remédios chamados antipsicóticos ou neurolépticos. 
Eles são utilizados na fase aguda da doença para aliviar os sintomas psicóticos, e também nos 
períodos entre as crises, para prevenir novas recaídas. A maioria dos pacientes precisa utilizar 
a medicação ininterruptamente para não ter novas crises. Assim o paciente deve submeter-se a 
avaliações médicas periódicas; o médico procura manter a medicação na menor dose possível 
para evitar recaídas e evitar eventuais efeitos colaterais. As abordagens psicossociais são 
 
 
 
 
 
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necessárias para promover a reintegração do paciente à família e à sociedade. Devido ao fato 
de que alguns sintomas (principalmente apatia, desinteresse, isolamento social e outros) 
podem persistir mesmo após as crises, é necessário um planejamento individualizado de 
reabilitação do paciente. Os pacientes necessitam em geral de psicoterapia, terapia 
ocupacional, e outros procedimentos que visem ajudá-lo a lidar com mais facilidade com as 
dificuldades do dia a dia. 
Os familiares são aliados importantíssimos no tratamento e na reintegração do paciente. é 
importante que estejam orientados quanto à doença esquizofrenia para que possam 
compreender os sintomas e as atitudes do paciente, evitando interpretações errôneas. As 
atitudes inadequadas dos familiares podem muitas vezes colaborar para a piora clínica do 
mesmo. O impacto inicial da noticia de que alguém da família tem esquizofrenia é bastante 
doloroso. Como a esquizofrenia é uma doença pouco conhecida e sujeita a muita 
desinformação as pessoas se sentem perplexas e confusas. Freqüentemente, diante das 
atitudes excêntricas dos pacientes, os familiares reagem também com atitudes inadequadas, 
perpetuando um circulo vicioso difícil de ser rompido. Atitudes hostis, criticas e 
superproteção prejudicam o paciente, apoio e compreensão são necessários para que ele possa 
ter uma vida independente e conviva satisfatoriamente com a doença. 
 
Transtorno afetivo bipolar 
O transtorno afetivo bipolar era denominado até bem pouco tempo de psicose maníaco-
depressiva. Com a mudança de nome esse transtorno deixou de ser considerado uma 
perturbação psicótica para ser considerado uma perturbação afetiva. A alternância de estados 
depressivos com maníacos é a tônica dessa patologia. Muitas vezes o diagnóstico correto só 
será feito depois de muitos anos. Uma pessoa que tenha uma fase depressiva, receba o 
diagnóstico de depressão e dez anos depois apresente um episódio maníaco tem na verdade o 
 
 
 
 
 
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transtorno bipolar, mas até que a mania surgisse não era possível conhecer diagnóstico 
verdadeiro. O termo mania é popularmente entendido como tendência a fazer várias vezes a 
mesma coisa. Mania em psiquiatria significa um estado exaltado de humor que será descrito 
mais detalhadamente adiante. 
A depressão do transtorno bipolar é igual a depressão recorrente que só se apresenta como 
depressão, mas uma pessoa deprimida do transtorno bipolar não recebe o mesmo tratamento 
do paciente bipolar. 
Características 
O início pode ser tanto pela fase depressiva como pela fase maníaca, iniciando gradualmente 
ao longo de semanas, meses ou abruptamente em poucos dias, já com sintomas psicóticos o 
que muitas vezes confunde com síndromes psicóticas. Além dos quadros depressivos e 
maníacos, há também os quadros mistos (sintomas depressivos simultâneos aos maníacos) o 
que muitas vezes confunde os médicos retardando o diagnóstico da fase em atividade. 
Tipos 
Aceita-se a divisão do transtorno afetivo bipolar em dois tipos: o tipo I e o tipo II. O tipo I é a 
forma clássica em que o paciente apresenta os episódios de mania alternados com os 
depressivos. As fases maníacas não precisam necessariamente ser seguidas por fases 
depressivas, nem as depressivas por maníacas. O tipo II caracteriza-se por não apresentar 
episódios de mania, mas de hipomania com depressão. 
Fase maníaca 
Tipicamente leva uma a duas semanas para começar e quando não tratado pode durar meses. 
O estado de humor está elevado podendo isso significar uma alegria contagiante ou uma 
irritação agressiva. Junto a essa elevação encontram-se alguns outros sintomas como elevação 
 
 
 
 
 
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da auto-estima, sentimentos de grandiosidade podendo chegar a manifestação delirante de 
grandeza considerando-se uma pessoa especial, dotada de poderes e capacidades únicas como 
telepáticas por exemplo. Aumento da atividade motora apresentando grande vigor físico e 
apesar disso com uma diminuição da necessidade de sono. O paciente apresenta uma forte 
pressão para falar ininterruptamente, as idéias correm rapidamente a ponto de não concluir o 
que começou e ficar sempre emendando uma idéia não concluída em outra sucessivamente: a 
isto denominamos fuga-de-idéias. Aumento do interesse e da atividade sexual. Perda da 
consciência a respeito de sua própria condição patológica,tornando-se uma pessoa 
socialmente inconveniente ou insuportável. 
Fase depressiva 
É de certa forma o oposto da fase maníaca, o humor está depressivo, a auto-estima em baixa 
com sentimentos de inferioridade, a capacidade física esta comprometida, pois a sensação de 
cansaço é constante. As idéias fluem com lentidão e dificuldade, a atenção é difícil de ser 
mantida e o interesse pelas coisas em geral é perdido bem como o prazer na realização 
daquilo que antes era agradável. Nessa fase o sono também está diminuído, mas ao contrário 
da fase maníaca, não é um sono que satisfaça ou descanse, uma vez que o paciente acorda 
indisposto. Quando não tratada a fase maníaca pode durar meses também. 
Sintomas (maníacos): 
� Sentimento de estar no topo do mundo com um alegria e bem estar inabaláveis, nem 
mesmo más notícias, tragédias ou acontecimentos horríveis diretamente ligados ao 
paciente podem abalar o estado de humor. Nessa fase o paciente literalmente ri da 
própria desgraça. 
� Sentimento de grandeza, o indivíduo imagina que é especial ou possui habilidades 
especiais, é capaz de considerar-se um escolhido por Deus, uma celebridade, um líder 
político. Inicialmente quando os sintomas ainda não se aprofundaram o paciente sente-
 
 
 
 
 
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se como se fosse ou pudesse ser uma grande personalidade; com o aprofundamento do 
quadro esta idéia torna-se uma convicção delirante. 
� Sente-se invencível, acham que nada poderá detê-las. 
� Hiperatividade, os pacientes nessa fase não conseguem ficar parados, sentados por 
mais do que alguns minutos ou relaxar. 
� O senso de perigo fica comprometido, e envolve-se em atividade que apresentam tanto 
risco para integridade física como patrimonial. 
� O comportamento sexual fica excessivamente desinibido e mesmo promíscuo tendo 
numerosos parceiros num curto espaço de tempo. 
� Os pensamentos correm de forma incontrolável para o próprio paciente, para quem 
olha de fora a grande confusão de idéias na verdade constitui-se na interrupção de 
temas antes de terem sido completados para iniciar outro que por sua vez também não 
é terminado e assim sucessivamente numa fuga de idéias. 
� A maneira de falar geralmente se dá em tom de voz elevado, cantar é um gesto 
freqüente nesses pacientes. 
� A necessidade de sono nessa fase é menor, com poucas horas o paciente se restabelece 
e fica durante todo o dia e quase toda a noite em hiperatividade. 
� Mesmo estando alegre, explosões de raiva podem acontecer, geralmente provocadas 
por algum motivo externo, mas da mesma forma como aparece se desfaz. 
A fase depressiva 
� Na fase depressiva ocorre o posto da fase maníaca, o paciente fica com sentimentos 
irrealistas de tristeza, desespero e auto-estima baixa. Não se interessa pelo que 
costumava gostar ou ter prazer, cansa-se à-toa, tem pouca energia para suas atividades 
habituais, também tem dificuldade para dormir, sente falta do sono e tende a 
permanecer na cama por várias horas. O começo do dia (a manhã) costuma ser a pior 
parte do dia para os deprimidos porque eles sabem que terão um longo dia pela frente. 
 
 
 
 
 
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Apresenta dificuldade em concentra-se no que faz e os pensamentos ficam inibidos, 
lentificados, faltam idéias ou demoram a ser compreendidas e assimiladas. Da mesma 
forma a memória também fica prejudicada. Os pensamentos costumam ser negativos, 
sempre em torno de morte ou doença. O apetite fica inibido e pode ter perda 
significativa de peso. 
Tratamento 
O lítio é a medicação de primeira escolha, mas não é necessariamente a melhor para todos os 
casos. Freqüentemente é necessário acrescentar os anticonvulsivantes como o tegretol, o 
trileptal, o depakene, o depakote, o topamax. 
Nas fases mais intensas de mania pode se usar de forma temporária os antipsicóticos. Quando 
há sintomas psicóticos é quase obrigatório o uso de antipsicóticos. Nas depressões resistentes 
pode-se usar com muita cautela antidepressivos. 
 
Distúrbios Alimentares 
1. Anorexia nervosa 
2. Bulimia 
Anorexia Nervosa 
A anorexia nervosa é um distúrbio caracterizado por uma distorção da imagem corporal, um 
medo extremo da obesidade, a rejeição de manter um peso normal e, nas mulheres, a ausência 
de menstruação. Cerca de 95% das pessoas que sofrem desse distúrbio são mulheres. Em 
geral, começa na adolescência, às vezes antes, e com menos frequência na idade adulta. A 
 
 
 
 
 
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anorexia nervosa afeta principalmente as pessoas de classe socioeconômica média e alta. Na 
sociedade ocidental o número de pessoas com esse distúrbio tende a aumentar. 
 A anorexia nervosa pode ser leve e transitória ou grave e duradoura. Fala-se em taxas de 
óbito de 10% a 20%. No entanto, como os casos leves muitas vezes nem são diagnosticados, 
ninguém sabe exatamente quantas pessoas têm anorexia nervosa ou qual a porcentagem que 
morre dela. A causa é desconhecida, mas os fatores sociais parecem importantes. O desejo de 
ser magro é frequente na sociedade ocidental e a obesidade é considerada pouco atraente, 
doentia e indesejável. Mesmo antes da adolescência, as crianças já estão envolvidas nessas 
convenções sociais e 70% das adolescentes seguem alguma dieta ou adotam outras medidas 
para controlar o peso. Porém, só uma pequena parte destas meninas desenvolvem anorexia 
nervosa. 
Sintomas 
 Muitas mulheres que desenvolvem anorexia nervosa são meticulosas e compulsivas, com 
metas e expectativas muito elevadas de realização e sucesso. Os primeiros sinais de uma 
anorexia iminente são a crescente preocupação com a alimentação e o peso corporal, inclusive 
entre aquelas que já são magras, como é o caso da maioria das pessoas com anorexia nervosa. 
A preocupação e a ansiedade intensificam-se à medida que emagrecem. Mesmo quando 
magra, a pessoa declara que se sente obesa, nega ter qualquer problema, não se queixa da falta 
de apetite ou da perda de peso e, geralmente, resiste ao tratamento. A pessoa não costuma ir 
ao médico até que os familiares a obriguem. 
 Anorexia significa "falta de apetite", mas as pessoas com anorexia de fato sentem fome e se 
preocupam com a alimentação, estudando dietas e calculando calorias; acumulam, escondem 
e desperdiçam a comida; colecionam receitas e cozinham pratos elaborados para outras 
pessoas. Cerca de 50% das pessoas com anorexia nervosa ingerem uma quantidade excessiva 
de comida e a seguir provocam o vômito ou tomam laxantes ou diuréticos. A outra metade 
 
 
 
 
 
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simplesmente restringe a quantidade de comida que ingere. A maioria pratica também 
exercício em excesso para controlar o peso. 
Sintomas 
As mulheres deixam de menstruar. Observa-se tanto nos homens quanto nas mulheres uma 
perda de interesse sexual. As pessoas com anorexia nervosa têm uma frequência cardíaca 
lenta, pressão arterial baixa, baixa temperatura corporal, inchaços por acúmulo de líquidos e 
cabelo fino e suave, ou então, excesso de pelos na face e no corpo. As pessoas com anorexia 
que emagrecem muito tendem a manter uma grande atividade, incluindo a prática de 
programasde exercícios intensos. Não têm sintomas de deficiências nutricionais e estão 
surpreendentemente livres de infecções. A depressão é comum e as pessoas com esse 
distúrbio mentem acerca do que comeram e escondem os seus vômitos e os seus hábitos 
alimentares peculiares. 
 As alterações hormonais que resultam da anorexia nervosa incluem valores de estrogênios e 
de hormônios tireoidianos acentuadamente reduzidos e concentrações aumentadas de cortisol. 
Se uma pessoa está gravemente desnutrida, é provável que todos os órgãos principais sejam 
afetados. Os problemas mais perigosos são os relacionados com o coração e com os líquidos e 
os eletrólitos (sódio, potássio, cloro). O coração fica debilitado e bombeia menos sangue. A 
pessoa pode ficar desidratada e desmaiar. O sangue pode ficar ácido (acidose metabólica) e os 
valores de potássio no sangue podem diminuir. Vomitar e tomar laxantes e diuréticos pode 
piorar a situação. Pode ocorrer uma morte súbita devido a uma arritmia cardíaca. 
Diagnóstico e Tratamento 
 A anorexia nervosa é geralmente diagnosticada com base numa perda de peso acentuada e 
nos sintomas psicológicos característicos. A anoréxica típica é uma adolescente que perdeu 
 
 
 
 
 
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pelo menos 15% do seu peso corporal, teme a obesidade, deixou de menstruar, nega estar 
doente e parece saudável. 
 Geralmente, o tratamento é feito em duas fases. A primeira é a restauração do peso normal. A 
segunda é a psicoterapia, muitas vezes completada com remédios. Quando a perda de peso foi 
rápida ou intensa (por exemplo, mais de 25% abaixo do peso ideal), a recuperação de peso é 
crucial; essa perda de peso pode pôr em perigo a vida da pessoa. O tratamento inicial é 
geralmente feito num hospital, onde profissionais experientes animam de forma calma mas 
firmemente, a paciente a comer. Raramente, a paciente é alimentada por via endovenosa ou 
através de SNG. 
Quando o estado nutricional estiver aceitável, começa o tratamento a longo prazo, que deve 
ser feito por especialistas em distúrbios alimentares. Esse tratamento pode incluir psicoterapia 
individual, de grupo e familiar, bem como medicamentos. Se houver o diagnóstico de 
depressão, a pessoa poderá tomar antidepressivos. O tratamento tende a estabelecer um 
ambiente tranquilo, estável e focado na pessoa, animando-a a ingerir uma quantidade 
adequada de comida. 
 
Bulimia Nervosa 
A bulimia nervosa é um distúrbio caracterizado por episódios constantes de apetite voraz 
seguidos por vômitos autoinduzidos ou utilização de laxantes ou diuréticos, dietas rigorosas 
ou excesso de exercício para compensar os efeitos das refeições exageradas. Tal como na 
anorexia nervosa, as pessoas que têm bulimia nervosa são, em geral, mulheres; 
profundamente preocupadas com a sua aparência e peso e que pertencem a um nível 
socioeconômico médio e alto. Embora a bulimia nervosa tenha sido considerada uma 
 
 
 
 
 
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epidemia, somente 2% das jovens universitárias, consideradas como o grupo de maior risco, 
são verdadeiramente bulímicas. 
Sintomas 
A ingestão excessiva de alimentos é seguida de um intenso sofrimento e do uso de laxantes, 
dieta rigorosa e excesso de exercício. Muitas vezes, o estresse emocional desencadeia o 
apetite voraz, geralmente satisfeito em segredo. Embora as pessoas com bulimia tenham a 
preocupação de se tornarem obesas (algumas são), o seu peso tende a voltar ao normal. Os 
vômitos autoinduzidos podem causar erosão do esmalte dentário, dilatar as glândulas salivares 
(parótidas) e inflamar o esôfago. Os vômitos podem diminuir os níveis de potássio no sangue, 
provocando arritmia cardíaca. Existem relatos de morte súbita por superdoses de ipeca, para 
induzir os vômitos. 
Em comparação com os indivíduos que apresentam anorexia nervosa, aqueles com bulimia 
nervosa tendem a ser mais conscientes de seu comportamento e sentem remorso ou culpa. 
Eles apresentam maior tendência a admitir suas preocupações ao médico ou a um outro 
confidente. Geralmente, os bulímicos são mais extrovertidos e mais propensos a um 
comportamento impulsivo (p.ex., abuso de drogas ou álcool). 
Diagnóstico e Tratamento 
O médico suspeita de bulimia nervosa quando uma pessoa está muito preocupada com o 
aumento de peso, que apresenta grandes flutuações, em especial se existem sinais evidentes 
de uma utilização excessiva de laxantes. Outros indícios incluem o inchaço das glândulas 
parótidas, cicatrizes nos nós dos dedos por terem sido utilizados para induzir o vômito e 
erosão do esmalte dentário. No entanto, o diagnóstico vai depender da descrição do paciente. 
As duas abordagens de tratamento são a psicoterapia e os medicamentos. A psicoterapia pode 
ser muito eficaz, principalmente se for feita por um terapeuta com experiência em distúrbios 
 
 
 
 
 
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alimentares. Muitas vezes, um medicamento antidepressivo pode ajudar a controlar a bulimia 
nervosa, inclusive quando a pessoa não parece deprimida. Porém, o distúrbio pode reaparecer 
quando a pessoa para de tomar o medicamento. 
 
Epilepsia 
A epilepsia é uma doença do sistema nervoso que provoca mudanças súbitas, breves e 
repetidas na atividade cerebral. Durante uma crise epiléptica, popularmente conhecida como 
convulsão, os neurônios do cérebro podem funcionar, de forma incontrolável, até quatro vezes 
mais rápido que o normal, afetando temporariamente a forma com que a pessoa se comporta, 
locomove, pensa ou sente. A causa pode ser uma lesão no cérebro, decorrente de uma forte 
pancada na cabeça, uma infecção (meningite, por exemplo), neurocisticercose ("ovos de 
solitária" no cérebro), tumores cerebrais, condições genéticas (esclerose tuberosa, por 
exemplo), problemas circulatórios no cérebro, abuso de bebidas alcoólicas, de drogas, etc. 
 Sintomas 
Os sintomas da epilepsia variam conforme as áreas do cérebro que são afetadas, sendo 
divididas em crises generalizadas e crises parciais. A crise convulsiva é a forma mais 
conhecida pelas pessoas e é identificada como "ataque epiléptico". É uma crise generalizada 
porque envolve todas as áreas do cérebro. Nesse tipo de crise a pessoa pode cair ao chão, 
apresentar contrações musculares em todo o corpo, morder a língua, ter salivação intensa, 
respiração ofegante e, às vezes, até urinar. 
A crise do tipo "ausência" é conhecida como "desligamentos". A pessoa fica com o olhar fixo, 
perde contato com o meio por alguns segundos. Por ser de curtíssima duração (questão de 
segundos), muitas vezes não é percebida pelos familiares e/ou professores. Também é 
considerada uma crise generalizada e, geralmente, se inicia na infância ou na puberdade. 
 
 
 
 
 
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Há um tipo de crise que se manifesta como se a pessoa estivesse "alerta" mas sem o controle 
de seus atos, fazendo movimentos automaticamente. Durante esses movimentos automáticos 
involuntários, a pessoa pode ficar mastigando, falando de modo incompreensível ou andando 
sem direção definida. A crise se inicia em uma área do cérebro. Em geral, a pessoa não se 
recorda do que aconteceu quando a crise termina.Esta é a chamada crise parcial complexa. 
Porém, se a atividade elétrica se espalhar para outras áreas do cérebro, ela pode se tornar uma 
crise generalizada. 
Na condição chamada status epilepticus (SE), a pessoa tem uma crise epiléptica generalizada 
que dura de 20 a 30 minutos, ou mais; ou a pessoa tem uma série de crises nas quais não 
consegue recobrar completamente a consciência. Essa é uma emergência médica que pode ser 
fatal. 
Existem outros tipos de crises que podem provocar quedas ao solo sem nenhum movimento 
ou contrações ou então, ter percepções visuais ou auditivas estranhas ou ainda, alterações 
transitórias da memória. 
 
Assistência de enfermagem durante as crises epilépticas 
Coloque a pessoa em decúbito dorsal, em lugar confortável, retirando de perto objetos com 
que ela possa se machucar, como pulseiras, relógios, óculos; 
Não introduza objetos na boca 
Levante o queixo para facilitar a passagem de ar; 
Afrouxe as roupas; 
 
 
 
 
 
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Caso a pessoa esteja salivando muito, mantenha-a deitada com a cabeça voltada para o lado, 
evitando que ela se sufoque com a própria saliva; 
Quando a crise passar, deixe a pessoa descansar; 
Verifique se existe pulseira ou outra identificação médica de emergência que possa sugerir a 
causa da convulsão; 
Nunca segure a pessoa (deixe-a debater-se); 
Não dê tapas; 
Não jogue água sobre ela. 
Tratamento da Epilepsia 
O tratamento da epilepsia é feito através de medicamentos que evitam as descargas elétricas 
cerebrais anormais, que são a origem das crises epilépticas. Entre esses medicamentos estão a 
carbamazepina, clonazepam, ethosuximida, felbamato, gabapentina, lamotrigina, fenobarbital, 
fenitoína, primidona, topiramato e valproato. O tipo de medicamento depende do tipo de crise 
epiléptica a ser tratada. 
Acredita-se que pelo menos 25% dos pacientes com epilepsia no Brasil são portadores de 
estágios mais graves, ou seja, com necessidade do uso de medicamentos por toda a vida, 
sendo as crises frequentemente incontroláveis e, portanto, candidatos a intervenção cirúrgica. 
 
Mal de Alzheimer 
O mal de Alzheimer é uma doença progressiva e irreversível que afeta o cérebro. Ela atinge 
primeiramente a memória e, progressivamente, as outras funções mentais, tirando toda a 
 
 
 
 
 
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autonomia da pessoa, que passa a depender completamente de outras pessoas. É uma doença 
muito relacionada com a idade, afetando as pessoas com mais de 50 anos. A estimativa de 
vida para os pacientes varia de 2 a 15 anos. 
Causa do Mal de Alzheimer 
Ainda não se sabe qual é a causa do mal de Alzheimer. No entanto, há um consenso entre os 
especialistas de que o mal de Alzheimer é uma doença genética, embora não seja 
necessariamente hereditária. Isto é, nem todos os casos são transmitidos entre familiares, 
principalmente dos pais para os filhos. 
Diagnóstico 
Não existe nenhum exame que permita diagnosticar, de modo inquestionável, o mal de 
Alzheimer. A única forma de fazer o diagnóstico é examinando o tecido cerebral obtido por 
uma biópsia ou necrópsia. Dessa forma, o diagnóstico do mal de Alzheimer é feito pela 
exclusão de outras causas de demência, pela análise do histórico do paciente, por exames de 
sangue, tomografia ou ressonância, entre outros exames. 
Sintomas do Mal de Alzheimer 
A princípio, observam-se pequenos esquecimentos e perdas de memória que vão se agravando 
progressivamente. Os pacientes tornam-se confusos e, às vezes, agressivos, passando a 
apresentar alterações de personalidade, com distúrbios de conduta. Acabam por não 
reconhecer os próprios familiares e nem a si mesmos quando colocados de frente a um 
espelho. À medida que a doença evolui, tornam-se cada vez mais dependentes de terceiros, até 
mesmo para as atividades elementares do dia-a-dia como alimentação, higiene, vestuário, etc. 
 Tratamento 
O mal de Alzheimer não tem cura e o tratamento consiste de duas variáveis: 
 
 
 
 
 
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� Aspectos comportamentais. Nesta vertente, além da medicação, convém também 
contar com a orientação de diferentes profissionais de saúde; 
� Desequilíbrios químicos que ocorrem no cérebro. Existem remédios que ajudam a 
corrigir esses desequilíbrios e que são mais eficazes na fase inicial da doença. 
Todavia, tais remédios, infelizmente, têm efeito temporário. Por enquanto, não 
existem medicamentos que impeçam a progressão da doença. 
 
Alcoolismo 
O alcoolismo é o conjunto de problemas relacionados ao consumo excessivo e prolongado do 
álcool; é entendido como o vício de ingestão excessiva e regular de bebidas alcoólicas, e todas 
as conseqüências decorrentes. O alcoolismo é, portanto, um conjunto de diagnósticos. Dentro 
do alcoolismo existe a dependência, a abstinência, o abuso (uso excessivo, porém não 
continuado), intoxicação por álcool (embriaguez). Síndromes amnéstica (perdas restritas de 
memória), demencial, alucinatória, delirante, de humor. Distúrbios de ansiedade, sexuais, do 
sono e distúrbios inespecíficos. Por fim o delirium tremens, que pode ser fatal. 
Problemas Psiquiátricos causados pelo Alcoolismo 
Abuso de Álcool 
A pessoa que abusa de álcool não é necessariamente alcoólatra, ou seja, dependente e faz uso 
continuado. O critério de abuso existe para caracterizar as pessoas que eventualmente, mas 
recorrentemente têm problemas por causa dos exagerados consumos de álcool em curtos 
períodos de tempo. Critérios: para se fazer esse diagnóstico é preciso que o paciente esteja 
tendo problemas com álcool durante pelo menos 12 meses e ter pelo menos uma das seguintes 
situações: a) prejuízos significativos no trabalho, escola ou família como faltas ou 
negligências nos cuidados com os filhos. b) exposição a situações potencialmente perigosas 
 
 
 
 
 
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como dirigir ou manipular máquinas perigosas embriagado. c) problemas legais como 
desacato a autoridades ou superiores. d) persistência no uso de álcool apesar do apelo das 
pessoas próximas em que se interrompa o uso. 
Dependência ao Álcool 
Para se fazer o diagnóstico de dependência alcoólica é necessário que o usuário venha tendo 
problemas decorrentes do uso de álcool durante 12 meses seguidos e preencher pelo menos 3 
dos seguintes critérios: a) apresentar tolerância ao álcool -- marcante aumento da quantidade 
ingerida para produção do mesmo efeito obtido no início ou marcante diminuição dos 
sintomas de embriaguez ou outros resultantes do consumo de álcool apesar da continua 
ingestão de álcool. b) sinais de abstinência -- após a interrupção do consumo de álcool a 
pessoa passa a apresentar os seguintes sinais: sudorese excessiva, aceleração do pulso (acima 
de 100), tremores nas mãos, insônia, náuseas e vômitos, agitação psicomotora, ansiedade, 
convulsões, alucinações táteis. A reversão desses sinais com a reintrodução do álcool 
comprova a abstinência. Apesar do álcool "tratar" a abstinência o tratamento de fato é feito 
com diazepam ou clordiazepóxido dentre outras medicações. c) o dependente de álcool 
geralmente bebe mais do que planejava beber d) persistentedesejo de voltar a beber ou 
incapacidade de interromper o uso. e) emprego de muito tempo para obtenção de bebida ou 
recuperando-se do efeito. f) persistência na bebida apesar dos problemas e prejuízos gerados 
como perda do emprego e das relações familiares. 
Abstinência alcoólica 
A síndrome de abstinência constitui-se no conjunto de sinais e sintomas observado nas 
pessoas que interrompem o uso de álcool após longo e intenso uso. As formas mais leves de 
abstinência se apresentam com tremores, aumento da sudorese, aceleração do pulso, insônia, 
náuseas e vômitos, ansiedade depois de 6 a 48 horas desde a última bebida. A síndrome de 
abstinência leve não precisa necessariamente surgir com todos esses sintomas, na maioria das 
 
 
 
 
 
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vezes, inclusive, limita-se aos tremores, insônia e irritabilidade. A síndrome de abstinência 
torna-se mais perigosa com o surgimento do delirium tremens. Nesse estado o paciente 
apresenta confusão mental, alucinações, convulsões. Geralmente começa dentro de 48 a 96 
horas a partir da ultima dose de bebida. Dada a potencial gravidade dos casos é recomendável 
tratar preventivamente todos os pacientes dependentes de álcool para se evitar que tais 
síndromes surjam. Para se fazer o diagnóstico de abstinência, é necessário que o paciente 
tenha pelo menos diminuído o volume de ingestão alcoólica, ou seja, mesmo não 
interrompendo completamente é possível surgir a abstinência. Alguns pesquisadores afirmam 
que as abstinências tornam-se mais graves na medida em que se repetem, ou seja, um 
dependente que esteja passando pela quinta ou sexta abstinência estará sofrendo os sintomas 
mencionados com mais intensidade, até que surja um quadro convulsivo ou de delirium 
tremens. As primeiras abstinências são menos intensas e perigosas. 
Delirium Tremens 
O Delirium Tremens é uma forma mais intensa e complicada da abstinência. Delirium é um 
diagnóstico inespecífico em psiquiatria que designa estado de confusão mental: a pessoa não 
sabe onde está, em que dia está, não consegue prestar atenção em nada, tem um 
comportamento desorganizado, sua fala é desorganizada ou ininteligível, a noite pode ficar 
mais agitado do que de dia. A abstinência e várias outras condições médicas não relacionadas 
ao alcoolismo podem causar esse problema. Como dentro do estado de delirium da 
abstinência alcoólica são comuns os tremores intensos ou mesmo convulsão, o nome ficou 
como Delirium Tremens. Um traço comum no delírio tremens, mas nem sempre presente são 
as alucinações táteis e visuais em que o paciente "vê" insetos ou animais asquerosos próximos 
ou pelo seu corpo. Esse tipo de alucinação pode levar o paciente a um estado de agitação 
violenta para tentar livrar-se dos animais que o atacam. Pode ocorrer também uma forma de 
alucinação induzida, por exemplo, o entrevistador pergunta ao paciente se está vendo as 
formigas andando em cima da mesa sem que nada exista e o paciente passa a ver os insetos 
 
 
 
 
 
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sugeridos. O Delirim Tremens é uma condição potencialmente fatal, principalmente nos dias 
quentes e nos pacientes debilitados. A fatalidade quando ocorre é devida ao desequilíbrio 
hidro-eletrolítico do corpo. 
Intoxicação pelo álcool 
O estado de intoxicação é simplesmente a conhecida embriaguez, que normalmente é obtida 
voluntariamente. No estado de intoxicação a pessoa tem alteração da fala (fala arrastada), 
descoordenação motora, instabilidade no andar, nistagmo (ficar com olhos oscilando no plano 
horizontal como se estivesse lendo muito rápido), prejuízos na memória e na atenção, estupor 
ou coma nos casos mais extremos. Normalmente junto a essas alterações neurológicas 
apresenta-se um comportamento inadequado ou impróprio da pessoa que está intoxicada. 
Uma pessoa muito embriagada geralmente encontra-se nessa situação porque quis, uma leve 
intoxicação em alguém que não está habituado é aceitável por inexperiência mas não no caso 
de alguém que conhece seus limites. 
Wernicke-Korsakoff (síndrome amnéstica) 
Os alcoólatras "pesados" em parte (10%) desenvolvem algum problema grave de memória. 
Há dois desses tipos: a primeira é a chamada Síndrome Wernicke-Korsakoff (SWK) e a outra 
a demência alcoólica. A SWK é caracterizada por descoordenação motora, movimentos 
oculares rítmicos como se estivesse lendo (nistagmo) e paralisia de certos músculos oculares, 
provocando algo parecido ao estrabismo para quem antes não tinha nada. Além desses sinais 
neurológicos o paciente pode estar em confusão mental, ou se com a consciência clara, pode 
apresentar prejuízos evidentes na memória recente (não consegue gravar o que o examinador 
falou 5 minutos antes) e muitas vezes para preencher as lacunas da memória o paciente 
inventa histórias, a isto chamamos fabulações. Este quadro deve ser considerado uma 
emergência, pois requer imediata reposição da vitamina B1(tiamina) para evitar um 
agravamento do quadro. Os sintomas neurológicos acima citados são rapidamente revertidos 
 
 
 
 
 
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com a reposição da tiamina, mas o déficit da memória pode se tornar permanente. Quando 
isso acontece o paciente apesar de ter a mente clara e várias outras funções mentais 
preservadas, torna-se uma pessoa incapaz de manter suas funções sociais e pessoais. Muitos 
autores referem-se a SWK como uma forma de demência, o que não está errado, mas a 
demência é um quadro mais abrangente, por isso preferimos o modelo americano que 
diferencia a SWK da demência alcoólica. 
Síndrome Demencial Alcoólica 
Esta é semelhante a demência propriamente dita como a de Alzheimer. No uso pesado e 
prolongado do álcool, mesmo sem a síndrome de Wernick-Korsakoff, o álcool pode provocar 
lesões difusas no cérebro prejudicando além da memória a capacidade de julgamento, de 
abstração de conceitos; a personalidade pode se alterar, o comportamento como um todo fica 
prejudicado. A pessoa torna-se incapaz de sustentar-se. 
 
Tratamento das doenças mentais 
CAPS 
Seu objetivo é oferecer atendimento à população, realizar o acompanhamento clínico e a 
reinserção social dos usuários pelo acesso ao trabalho, lazer, exercício dos direitos civis e 
fortalecimento dos laços familiares e comunitários. 
Os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), entre todos os dispositivos de atenção à saúde 
mental, têm valor estratégico para a Reforma Psiquiátrica Brasileira. Com a criação desses 
centros, possibilita-se a organização de uma rede substitutiva ao Hospital Psiquiátrico no país. 
Os CAPS são serviços de saúde municipais, abertos, comunitários que oferecem atendimento 
 
 
 
 
 
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diário. Os CAPS podem ser de tipo I, II, III, Álcool e Drogas (CAPS AD) e Infanto-juvenil 
(CAPSi). 
É função dos CAPS: 
- prestar atendimento clínico em regime de atenção diária, evitando as internações em 
hospitais psiquiátricos; 
- acolher e atender as pessoas com transtornos mentais graves e persistentes, procurando 
preservar e fortalecer os laços sociais do usuário em seu território; 
- promover a inserção social das pessoas com transtornos

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