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Universidade Federal Rural da Amazônia Campus Tomé-Açu HIDRÁULICA CONDUTOS FORÇADOS e CONDUTOS LIVRES Prof. Dr. Rafaelly S. S. Santos Prof. Rafaelly Santos CONDUTOS FORÇADOS Perda de energia no escoamento Perda de carga contínua: ocorre ao longo de um conduto uniforme Perda de carga localizada: ocorre em singularidades (acessórios) PERDA DE CARGA CONTÍNUA - Universal - Práticas: Hazen Willians e Flamant PERDA DE CARGA Fórmulas Fórmula Universal (Darcy-Weisbach) – Obtida através de fundamentos teóricos e análise dimensional Prof. Rafaelly Santos CONDUTOS FORÇADOS 𝑓 = 𝑓 ∗ 𝐿 𝐷 ∗ 𝑉2 2 ∗ 𝑔 Em que: hf – perda de carga (mca); L – comprimento do tubo (m); D – diâmetro do tubo (m); V – velocidade da água (m/s); g – aceleração da gravidade (m/s²); f – coeficiente de atrito. O coeficiente de atrito depende do Nº de reynolds (NR) e da rugosidade relativa (ε/D); ε - rugosidade absoluta tabelado; Fórmula Universal (Darcy-Weisbach) Prof. Rafaelly Santos CONDUTOS FORÇADOS Determinação do “f” - Diagrama de Moody - Equações de regime laminar (f = 64NR) e turbulento Determinação do “f” Prof. Rafaelly Santos CONDUTOS FORÇADOS Exemplo 1 – Determinar hf, sabendo que: Q = 221,76m³/h; L = 100 m e D = 200 mm; tubulação de ferro fundido (ε = 0,25 mm), água na temperatura de 20°C v = 10-6 m²/s 221,76 𝑚3 ∗ 3600𝑠 = 221,76𝑚3 3600𝑠 = 𝑸 = 𝟎, 𝟎𝟔𝟏𝟔 𝒎𝟑/𝒔 𝑉 = 𝑄 𝐴 → 𝑉 = 0,0616 𝜋 ∗ 0,2² 4 → 𝑽 = 𝟏, 𝟗𝟔 𝒎/𝒔 𝑁𝑅 = 𝑉 ∗ 𝐷 𝑣 → 𝑁𝑅 = 1,96 ∗ 0,2 10−6 → 𝑵𝑹 = 𝟑𝟗𝟐𝟏𝟓𝟕, 𝟕𝟖 → 𝟑, 𝟗𝟐 ∗ 𝟏𝟎𝟓 ε 𝐷 → 0,25 200 → 𝟎, 𝟎𝟎𝟏𝟐𝟓 Prof. Rafaelly Santos CONDUTOS FORÇADOS Exemplo 1 – Determinar hf, sabendo que: Q = 221,76m³/h; L = 100 m e D = 200 mm; tubulação de ferro fundido (ε = 0,25 mm), água na temperatura de 20°C v = 10-6 m²/s Prof. Rafaelly Santos CONDUTOS FORÇADOS 𝒇 = 𝟎, 𝟎𝟐𝟏 Prof. Rafaelly Santos CONDUTOS FORÇADOS Exemplo 1 – Determinar hf, sabendo que: Q = 221,76m³/h; L = 100 m e D = 200 mm; tubulação de ferro fundido (ε = 0,25 mm), água na temperatura de 20°C v = 10-6 m²/s 𝑓 = 𝑓 ∗ 𝐿 𝐷 ∗ 𝑉2 2 ∗ 𝑔 𝑓 = 0,021 ∗ 100 0,2 ∗ 1,962 2 ∗ 9,81 → 𝒉𝒇 = 𝟐 𝒎𝒄𝒂 Prof. Rafaelly Santos CONDUTOS FORÇADOS 𝑓 = 10,643 ∗ 𝑄 𝐶 1,852 ∗ 𝐿 𝐷4,87 Em que: hf – perda de carga (mca); L – comprimento do tubo (m); D – diâmetro do tubo (m); C – coeficiente de Hazen Willians; Q – vazão (m³/s); O coeficiente de Hazen Willians é tabelado em função do material do tubo FÓRMULAS PRÁTICAS Hazen Willians – recomenda-se seu uso em tubos maiores que 50 mm. Prof. Rafaelly Santos CONDUTOS FORÇADOS 𝑓 = 6,107 ∗ 𝑏 ∗ 𝑄1,75 𝐷4,75 ∗ 𝐿 Em que: hf – perda de carga (mca); L – comprimento do tubo (m); D – diâmetro do tubo (m); b – coeficiente de Flamant; Q – vazão (m³/s); O coeficiente de Flamant é tabelado em função do material do tubo PVC e polietileno: b = 0,000135 Ferro Fundido e Aço: b = 0,000230 FÓRMULAS PRÁTICAS Flamant – recomenda-se seu uso em tubos menores que 50 mm. Prof. Rafaelly Santos CONDUTOS FORÇADOS Exemplo 2 – Determinar o diâmetro, sabendo que: Q = 42,12 m³/h; L = 100 m, tubulação de PVC (C = 150), perda de carga admissível = 2 mca 42,13 𝑚3 ∗ 3600𝑠 = 42,13𝑚3 3600𝑠 = 𝑸 = 𝟎, 𝟎𝟏𝟏𝟕 𝒎𝟑/𝒔 2 = 10,643 ∗ 0,0117 150 1,852 ∗ 100 𝐷4,87 → 100 𝐷4,87 = 10,643 ∗ 0,0117 150 1,852 2 → 100 𝐷4,87 = 2,62 ∗ 10−7 2 → 𝐷4,87 = 1,31 ∗ 10−5 → 𝐷 = 1,31 ∗ 10−5 1 4,87 → 𝑫 = 𝟎, 𝟎𝟗𝟗 𝒎 → 𝟗𝟗 𝒎𝒎 𝑫𝒄 = 𝟏𝟎𝟎 𝒎𝒎 Prof. Rafaelly Santos CONDUTOS FORÇADOS Perda de energia localizada decorrente das alterações verificadas no módulo e na direção da velocidade de escoamento - Método dos coeficientes - Métodos dos comprimentos equivalentes PERDA DE CARGA LOCALIZADA Determinação Método dos coeficientes 𝑓𝐿𝑂𝐶 = 𝐾 ∗ 𝑉2 2 ∗ 𝑔 K – coeficiente para cada acessório; V – velocidade da água (m/s); g – aceleração da gravidade (m/s²) Prof. Rafaelly Santos CONDUTOS FORÇADOS PERDA DE CARGA CONTÍNUA - Método dos coeficientes Peças K Le Registro de gaveta 0,2 1,4 Válvula de retenção 2,5 16 Curva de 90° 0,4 2,4 Curva de 45° 0,2 1,5 Entrada reentrante 1,0 1,0 Tê de saída lateral 1,3 1,7 Curva 90° raio longo 0,4 0,3 Registro de gaveta aberto 0,2 0,2 Saída de canalização 0,9 0,9 Prof. Rafaelly Santos CONDUTOS FORÇADOS Tem como princípio que um conduto que apresenta ao seu longo peças especiais, comporta-se, no tocante, às perdas de carga como se fosse um conduto retilíneo. Para efeito de cálculo adiciona-se comprimentos que correspondem à perda causada pelas peças existentes na tubulação - Comprimento da tubulação: L - Comprimento equivalente às peças na tubulação: Le - Comprimento total: LT = L + Le PERDA DE CARGA LOCALIZADA Método dos comprimentos equivalentes Prof. Rafaelly Santos CONDUTOS FORÇADOS Exemplo 3 – Calcular a perda de carga no esquema a seguir, através dos métodos dos coeficientes e dos comprimentos equivalentes: Prof. Rafaelly Santos CONDUTOS FORÇADOS Exemplo 3 – Calcular a perda de carga no esquema a seguir, através dos métodos dos coeficientes e dos comprimentos equivalentes: 𝐿 = 2 + 1 + 1,5 + 2 + 2,5 + 1 → 𝑳 = 𝟏𝟎 𝒎 Prof. Rafaelly Santos CONDUTOS FORÇADOS Exemplo 3 – Calcular a perda de carga no esquema a seguir, através dos métodos dos coeficientes e dos comprimentos equivalentes: Prof. Rafaelly Santos CONDUTOS FORÇADOS Exemplo 3 – Calcular a perda de carga no esquema a seguir, através dos métodos dos coeficientes e dos comprimentos equivalentes: Prof. Rafaelly Santos CONDUTOS FORÇADOS Em que: P1 e P2 – pressão; 𝛾 – peso específico da água; V – velocidade da água; g – aceleração da gravidade; Z – energia de posição; hf – perda de carga TEOREMA DE BERNOULLI PARA FLUIDOS REAIS E PERDA DE CARGA 𝑃1 𝛾 + 𝑉1 2 2 ∗ 𝑔 + 𝑍1 = 𝑃2 𝛾 + 𝑉2 2 2 ∗ 𝑔 + 𝑍2 + 𝑓 Prof. Rafaelly Santos CONDUTOS FORÇADOS TEOREMA DE BERNOULLI PARA FLUIDOS REAIS E PERDA DE CARGA 𝑃1 𝛾 + 𝑉1 2 2 ∗ 𝑔 + 𝑍1 = 𝑃2 𝛾 + 𝑉2 2 2 ∗ 𝑔 + 𝑍2 + 𝑓 Exemplo 4 – Determinar a vazão que circula do reservatório A para o reservatório B: D = 100 mm; L = 1000 m; Tubulação de PVC (C = 150) 0 + 0 + 𝑍1 = 0 + 0 + 𝑍2 + 𝑓 𝑓 = 𝑍1 − 𝑍2 𝒉𝒇 = 𝟏𝟎 𝒎 𝑓 = 10,643 ∗ 𝑄 𝐶 1,852 ∗ 𝐿 𝐷4,87 10 = 10,643 ∗ 𝑄 150 1,852 ∗ 1000 0,14,87 𝑸 = 𝟎, 𝟎𝟎𝟖𝟏𝟔𝟔 𝒎³/𝒔 Prof. Rafaelly Santos CONDUTOS FORÇADOS TEOREMA DE BERNOULLI PARA FLUIDOS REAIS E PERDA DE CARGA 𝑃1 𝛾 + 𝑉1 2 2 ∗ 𝑔 + 𝑍1 = 𝑃2 𝛾 + 𝑉2 2 2 ∗ 𝑔 + 𝑍2 + 𝑓 Exemplo 5 – A água flui do reservatório A para o ponto B, onde se encontra em funcionamento um aspersor com 1,5 kgf/cm² de pressão e vazão de 1500 L/h. Tendo uma tubulação de PVC (b=0,000135) com diâmetro de 25 mm e comprimento de 50 m, determine qual deve ser a altura do reservatório para abastecer o aspersor. 𝑉 = 𝑄 𝐴 → 𝑉 = 1500 3600000 𝜋 ∗ 0,0252 4 → 𝑉 = 0,85 𝑚/𝑠 𝑓 = 6,107 ∗ 𝑏 ∗ 𝑄1,75 𝐷4,75 ∗ 𝐿 𝑓 = 6,107 ∗ 0,000135 ∗ 1500 360000 1,75 0,0254,75 ∗ 50 → 𝑓 = 2,04 𝑚 0 + 0 + 𝑍1 = 15 + 0,852 2 ∗ 9,81 + 0 + 2,04 𝒁𝟏 = 𝑯 = 𝟏𝟕, 𝟎𝟕 𝒎Prof. Rafaelly Santos OBRIGADA!
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