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apoio: grupo interinstitucional de apoio a erradicação do trabalho escravo (gaete) Esta obra apresenta um modelo de auxílio à identi� cação de trabalho degradante baseado na lógica fuzzy. A lógica trata de forma racional e cientí� ca as informações comumente encontradas nos ambientes de trabalho � scalizados pelos Grupos Especiais de Fiscalizações Móveis de combate ao trabalho escravo. Embora as informações colhidas sejam baseadas em expressões verbais vagas, imprecisas e qualitativas, de categoria subjetiva, o modelo desenvolvido por Benedito Lima e Renato de Mello demonstra que as mesmas podem ser tratadas matematicamente e ajudar na caracterização de trabalho degradante. Os autores fornecem, portanto, à sociedade brasileira uma ferramenta científica que será de extrema importância na erradicação do trabalho análogo ao de escravo no Brasil. prof. pio campos filho N um tradicional livro jurídico, seria inimaginável cons-tar conceitos como os de lógica difusa, ergonomia e dendogramas, da mesma forma que um livro de es- trutura lógica e computacional di� cilmente conteria conceitos de Direito, sobretudo relacionados às legislações trabalhista, penal e constitucional. Mas quem disse que Matemática e Direito não têm relação? Se o Direito, como ciência, estuda as relações intersubjetivas, a � m de possibilitar a convivência social, para Descartes, o saber humano só é real se matematizado. Ao defender o caráter matemático do saber humano, René Descartes a� rmou que a base do conhecimento cientí� co reside no papel empregado pelo método. Quer dizer, para ele, o método matemático é a maneira mais segura para se atingir o conhecimento. En� m, Descartes, com o saber cartesiano, quis ressaltar a relevância de um planejamento metodológico e a necessidade de de� nir variáveis que melhor caracterizem o objeto do estudo, com o escopo de eliminar incertezas. A Matemática não é mais a mesma do século XVII e, atual- mente, com o avanço do estudo da lógica e seus fundamentos, mais se justi� ca o emprego de sua produção no auxílio a outras ciências, inclusive o Direito. Benedito Lima sentiu na prática a necessidade dessa inter- -relação entre Matemática e Direito, quando, no seu o� cio de auditor � scal do MTE, percebeu a di� culdade na identi� cação de condições degradantes de trabalho. Urge, pois, na visão do autor, seja implantado um siste- ma de aperfeiçoamento que proporcione segurança jurídica a todos os atores envolvidos no processo de � scalização do combate ao trabalho análogo ao de escravo, afastando, as- sim, subjetivismos decisionistas, baseados meramente em ilações ou pré-conceitos. Assim, Benedito Lima, aliando conceitos pluridiscipli- nares extraídos do Direito e da Matemática, busca contribuir para a criação e desenvolvimento de uma estrutura lógica e computacional que auxilie na identi� cação de trabalho análogo ao de escravo. Nesse sentido, há de ressaltar-se o ineditismo desta obra, a qual, além de contribuir sobremaneira no trabalho de órgãos públicos especializados na matéria, servirá de subsídio para a implantação de políticas públicas e melhor relacionamento entre empregados e empregadores. roberto cajubá da costa britto DEGRADÂNCIA DECODIFICADA DEGRADÂNCIA DECODIFICADA DEGRADÂNCIA E O PAPEL DO ESTADO NA SUA GÊNESE Benedito Lima Renato de Mello Benedito Lim a Renato de M ello Benedito de Lima e Silva Filho é formado em Engenharia Mecânica pela ufmg, bacharel em Ciências Econômicas pela ufpi, fez especialização em Engenharia de Segurança do Trabalho na uff, especialização em Engenharia de Produção e mestrado em Ergonomia na ufsc. É auditor � scal do trabalho e exerce a função de coordenador de um dos Grupos Especiais de Fiscalização Móvel, do Ministério do Trabalho e Emprego desde 2004. Representou o Ministério do Trabalho e Emprego no Programa de Cooperação Bilateral Brasil-Peru, da ABC, em fevereiro de 2010, e da Capacitação Técnica em Inspeção e Relações do Trabalho, em agosto de 2011, em Moçambique. É co-autor do livro Erva Mate – Erva que Escraviza. Renato de Mello é graduado em Engenharia Civil pela usp (1982), mestre em Engenharia de Produção pela ufsc (1986), doutor em Ciências da Engenharia Ambiental pela usp (1997) e pós-doutor pela ufsc. Professor na udesc. Tem experiência na área de gestão de CT&I, com ênfase em Planejamento em Ciência e Tecnologia. Atua principalmente nos seguintes temas: lógica fuzzy, simulação, programação dinâmica, apoio à decisão, planejamento, gestão e avaliação ambiental, gestão de riscos ambientais e observatórios tecnológicos. É perito judicial.
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