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Resumo para Prova de Direitos Humanos (2)

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RESUMO PARA PROVA DE DIREITOS HUMANOS 
 
CONCEITOS DE DIREITOS HUMANOS: 
Direitos Humanos correspondem à somatória de valores, 
de atos e de normas que possibilitam a todos uma vida dig-
na. 
Direitos Humanos são todos os direitos que possuímos, 
pelo simples fato de sermos seres humanos, que nos permi-
tem viver com dignidade, assegurando, assim, os nossos 
direitos fundamentais à vida, à igualdade, à segurança, à 
liberdade e à propriedade, dentre outros. 
Eles se positivam através das normas jurídicas nacionais 
e internacionais, tais como tratados, convenções, acordos ou 
pactos internacionais, leis e constituições. Estes direitos são 
universais, interdependentes e indivisíveis. 
CARACTERÍSTICAS DOS DIREITOS HUMANOS: 
 Imprescritibilidade: os direitos humanos fundamentais 
não se perdem pelo decurso de prazo. Eles são perma-
nentes; 
 Inalienabilidade: não se transferem de uma para outra 
pessoa os direitos fundamentais, seja gratuitamente, seja 
mediante pagamento; 
 Irrenunciabilidade: os direitos humanos fundamentais 
não são renunciáveis. Não se pode exigir de ninguém que 
renuncie à vida (não se pode pedir a um doente terminal 
que aceite a eutanásia, por exemplo) ou à liberdade (não 
se pode pedir a alguém que vá para a prisão no lugar de 
outro) em favor de outra pessoa. 
 Inviolabilidade: nenhuma lei infraconstitucional nem 
nenhuma autoridade pode desrespeitar os direitos fun-
damentais de outrem, sob pena de responsabilização ci-
vil, administrativa e criminal; 
 Universalidade: os direitos fundamentais aplicam-se a 
todos os indivíduos, independentemente de sua naciona-
lidade, sexo, raça, credo ou convicção político-filosófica, 
independentemente da nação a que pertence. 
 Complementaridade: os direitos humanos fundamentais 
não devem ser interpretados isoladamente, mas sim de 
forma conjunta, com a finalidade da sua plena realização. 
 Indivisibilidade: implica que, para a consolidação da 
dignidade humana, se faz necessária a indissociabilidade 
dos direitos civis e políticos (direitos à vida, à liberdade e 
ao voto) dos direitos sociais, econômicos e culturais ( o 
direito à educação, à alimentação e à moradia, etc.) 
 Interdependência: aponta para o liame existente entre 
todos esses diretos fundamentais. 
ASPECTOS DOS DIREITOS HUMANOS NA CF/88 
Art. 1º. A República Federativa do Brasil, formada pela união 
indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, 
constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como 
fundamentos: 
I - a soberania; 
II - a cidadania; 
III - a dignidade da pessoa humana; 
IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; 
V - o pluralismo político. 
Art. 3º. Constituem objetivos fundamentais da República 
Federativa do Brasil: 
I - construir uma sociedade livre, justa e solidária; 
II - garantir o desenvolvimento nacional; 
III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desi-
gualdades sociais e regionais; 
IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, 
raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discrimi-
nação. 
Art. 4º. A República Federativa do Brasil rege-se nas suas 
relações internacionais pelos seguintes princípios: 
II - prevalência dos direitos humanos; 
Art. 5º. Todos são iguais perante a lei, sem distinção de 
qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos es-
trangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à 
vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, 
nos termos seguintes 
§ 1º - As normas definidoras dos direitos e garantias funda-
mentais têm aplicação imediata. 
§ 3º - Os tratados e convenções internacionais sobre direi-
tos humanos que forem aprovados, em cada Casa do Con-
gresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos 
dos respectivos membros, serão equivalentes às emendas 
constitucionais. 
 
GERAÇÃO DOS DH: 
• 1ª Geração - Direitos Civis e Políticos: 
– Direito à vida, à liberdade, proibição de tortura, direito à 
liberdade de pensamento, opinião e expressão, direito à 
reunião pacífica e associação; 
• 2ª Geração - Direitos Econômicos, Sociais e Culturais: 
– Direito à seguridade social, ao trabalho, à educação e à 
saúde; 
• 3ª Geração - Direitos coletivos: 
– DUDH (ONU – 1948), direito do consumidor, meio ambien-
te e criança; 
• 4ª Geração - Direito à vida – Dimensão Planetária: 
– Direito à vida de gerações futuras, manipulação genética, 
bioética, biotecnologia e bioengenharia, Meio Ambiente; 
Os Direitos Humanos não devem ser entendidos como 
um simples somatório de programas, leis e documentos 
normativos. A verdadeira compreensão está muito além 
dessa visão, pois estes devem ser percebidos como um con-
junto de pressupostos que apresentam o caráter de orienta-
ção e padronização de procedimentos policiais, baseados no 
princípio da legitimidade, que congrega o cumprimento das 
diretrizes, leis e normas, baseando-se em preceitos e valores 
éticos. 
 
 
 
Resumo de Direitos Humanos 
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Deve ainda ser considerado que, para a sociedade brasi-
leira, é fundamental que os policiais militares possam apro-
fundar seus conhecimentos, difundir e, principalmente ori-
entar suas ações e condutas pelos instrumentos, normas e 
leis de proteção aos Direitos Humanos. 
DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS – 
DUDH (1948) ONU: 
Elencou um conjunto de direitos que todo ser humano 
deveria ter acesso a fim de gozar de uma vida livre e digna. 
São eles: direito a vida, liberdade, segurança pessoal, pro-
priedade, votar e ser eleito, trabalho, lazer, saúde, alimenta-
ção, habitação, seguridade social, educação, cultura, etc. 
São os chamados direitos civis, políticos, econômicos, 
sociais e culturais que influenciaram a elaboração de diver-
sas Constituições e a legislação de vários países. 
PACTO INTERNACIONAL SOBRE DIREITOS 
CIVIS E POLÍTICOS (PIDCP) 
O Pacto Internacional dos Direitos Civis e Políticos cria a 
obrigação estatal de “tomar as providências necessárias”, 
inclusive de natureza legislativa, para “garantir a todos os 
indivíduos que se encontrem em seu território e que este-
jam sujeitos à sua jurisdição os direitos reconhecidos no 
presente Pacto”. 
PACTO INTERNACIONAL DOS DIREITOS ECONÔMICOS, SO-
CIAIS E CULTURAIS (PIDESC) 
O documento foi planejado com o objetivo de tornar ju-
ridicamente importantes os dispositivos da Declaração Uni-
versal dos Direitos Humanos, determinando a responsabili-
zação internacional dos estados signatários por eventual 
violação dos direitos estipulados. 
CONVENÇÃO AMERICANA SOBRE DIREITOS HUMANOS: 
Pacto de San José da Costa Rica 
Adotada e aberta à assinatura na Conferência Especiali-
zada Interamericana – (OEA) sobre Direitos Humanos, em 
San José de Costa Rica, em 22 de novembro de 1969. 
ATUAÇÃO DA POLÍCIA MILITAR DE MINAS GERAIS SEGUN-
DO A FILOSOFIA DOS DIREITOS HUMANOS 
DPSSP Nº 3.01.05/2010 – CG 
 OBJETIVOS: 
1) Definir as conceituações teórico-metodológicas dos prin-
cípios de Direitos Humanos adotadas na prática policial, 
referendada nos principais documentos internacionais de 
Direitos Humanos e no ordenamento jurídico brasileiro. 
2) Determinar procedimentos, deveres e funções policiais-
militares segundo a filosofia dos Direitos Humanos, com 
base na conduta ética e legal e no respeito à diversidade 
social. 
3) Divulgar aos integrantes da Instituição as políticas inter-
nas de promoção de Direitos Humanos que visam garantir e 
promover seus direitos. 
4) Ser referencial teórico na educação em Direitos Huma-
nos, em âmbito institucional. 
5) Estabelecer uma linha de comunicação
entre a Polícia 
Militar e a população em geral, para discutir assuntos rela-
cionados a filosofia de Direitos Humanos. 
 EIXOS TEMÁTICOS EM DIREITOS HUMANOS: 
Eixo 1 Educação 
Eixo 2 Grupos vulneráveis, minorias e vítimas 
Eixo 3 Política Interna 
Eixo 4 Integração com outros órgãos e entidades 
 
 Eixo 1: Educação 
Inserção dos Direitos Humanos na Educação de Polícia 
Militar em todos os seus níveis e modalidades (formação, 
treinamento, pesquisa e extensão). 
Uma abordagem interdisciplinar e transversal, visando à 
construção de uma cultura humanística que reconheça na 
diversidade a base para o respeito aos direitos fundamen-
tais. 
- Educação em Direitos Humanos: Significado e Princípios 
Permeando o currículo dos cursos de formação, da edu-
cação continuada, da pesquisa e extensão, promovida em 
três dimensões: 
a) Conceitual: compreende a temática dos Direitos Hu-
manos e dos mecanismos existentes para a sua proteção, 
desencadeando atividades para a promoção, defesa e repa-
ração das violações aos Direitos Humanos; 
b) Procedimental: abrange a prática dos Direitos Huma-
nos na vida cotidiano-profissional; 
c) Atitudinal: corresponde à internalização de valores e 
atitudes de respeito e valorização aos Direitos Humanos. 
- A educação em Direitos Humanos na PMMG se constitui 
de três pressupostos fundamentais: 
1) uma educação de natureza permanente, continuada e 
global; 
2) uma educação necessariamente voltada para a mudança, 
objetivando transformações efetivas referendadas nos pres-
supostos de respeito à dignidade da pessoa humana; 
3) uma introjeção de valores que pretende atingir a prática 
reflexiva e, não apenas, transmissão de conhecimentos 
restritos às salas de aula. 
- Educação Continuada: 
O objetivo central da educação continuada em Direitos 
Humanos é a atualização de conhecimentos, quebra de 
paradigmas, a reflexão acerca da prática profissional e o 
realinhamento de condutas e procedimentos. 
FORMAÇÃO POLICIAL: 
Estrutura-se no arcabouço de conhecimentos jurídicos, 
técnicos e humanísticos que proporcionam o desenvolvi-
mento das competências necessárias para as funções de 
operadores da segurança pública com a missão profícua de 
promoção da paz social. 
Três princípios fundamentais é que se baseiam a ativi-
dade dos policiais sob o aspecto ético e legal: 
 
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1) o respeito e a obediência às leis; 
2) o respeito pela dignidade humana; e 
3) o respeito e a proteção dos Direitos Humanos. 
 
 Eixo 2: Procedimento Policial para os Grupos Vul-
neráveis, minorias e vítimas 
 
GRUPOS VULNERÁVEIS 
É um conjunto de pessoas com características especiais, em 
decorrência das quais podem tornar-se mais suscetíveis à 
violação de direitos. Ex: Mulheres, crianças e adolescentes, 
idosos, homossexuais, pessoas com deficiência física ou 
sofrimento mental. 
MINORIAS 
Um grupo de cidadãos de um Estado, constituindo minoria 
numérica e em posição não-dominante no Estado. Dotada 
de características étnicas, religiosas ou linguísticas que dife-
rem daquelas da maioria da população. 
 MINORIAS ÉTNICAS: São grupos que apresentam fatores 
distinguíveis em termos de experiências históricas com-
partilhadas e sua adesão a certas tradições e significan-
tes tratos culturais, que são diferentes dos apresentados 
pela maioria. 
 MINORIAS LINGUÍSTICAS: São grupos que usam uma 
língua, quer entre os membros do grupo, quer em públi-
co, que claramente se diferencia daquela utilizada pela 
maioria, bem como da adotada oficialmente pelo Estado. 
 MINORIAS RELIGIOSAS: São grupos que professam e 
praticam uma religião (não simplesmente uma outra 
crença, como o ateísmo), que se diferencia daquela pra-
ticada pela maioria da população. 
VÍTIMAS 
Vítimas de criminalidade ou abuso de poder: Declaração das 
vítimas: 
1. Pessoa que tenha sofrido dano; 
2. O cônjuge e o dependente da vítima; 
3. Pessoa que tenha sofrido dano ao socorrer outra 
em situação de perigo; 
4. Testemunha ameaçada. 
GRUPOS VULNERÁVEIS – MULHERES 
 A busca pessoal feita por homens em mulheres não é 
recomendada em situações operacionais ordinárias. 
 Diante da existência de fortes indícios de que mulheres 
possam estar ocultando algum objeto ilícito, recomenda-
se que a busca pessoal seja feita com o apoio de uma po-
licial feminina dede que não importe retardamento ou 
prejuízo para a diligência. 
 A abordagem deve ser acompanhada por 2 (duas) tes-
temunhas, preferencialmente do sexo feminino, como 
forma de resguardar a ação policial. 
Art. 183, CPPM - A busca em mulher será feita por outra 
mulher, se não importar retardamento ou prejuízo da di-
ligência. 
 
A CONDIÇÃO ESPECIAL DE MULHER 
 A captura das mulheres seja feita por uma policial do 
sexo feminino (SEMPRE QUE POSSÍVEL); 
 A revista à mulher e suas vestimentas serão efetuadas 
por uma policial do sexo feminino (SEMPRE QUE POSSÍVEL); 
 As mulheres capturadas serão mantidas separadas dos 
homens capturados; 
 
Configura violência doméstica e familiar contra a mulher 
qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe cau-
se morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e 
dano moral ou patrimonial: 
 no âmbito da unidade doméstica; 
 no âmbito da família; 
 em qualquer relação íntima de afeto, na qual o agressor 
conviva ou tenha convivido com a ofendida, independen-
temente de coabitação. 
OBS. As relações pessoais enunciadas independem de orien-
tação sexual. 
A SITUAÇÃO ESPECIAL DAS CRIANÇAS E ADOLESCENTES 
- Princípios: 
 Nenhuma criança será privada arbitrária ou ilegalmente 
de sua liberdade; 
 A captura, detenção ou prisão de uma criança ou adoles-
cente deverá estar em conformidade com a lei e será usada, 
somente, como medida de última instância, e pelo mais 
breve período de tempo apropriado; 
 Nenhuma informação que possa levar à identificação da 
criança e do adolescente pode ser divulgada. 
CRIANÇA E ADOLESCENTE 
 Criança: a pessoa até 12 (doze) anos de idade incomple-
tos; 
 Adolescente: aquela entre 12 (doze) e 18 (dezoito) anos 
de idade. 
 Ato infracional: Conduta descrita como crime ou contra-
venção penal. 
 
 MEDIDAS SÓCIO-EDUCATIVAS: 
Art. 112. Verificada a prática de ato infracional, a autoridade 
competente poderá aplicar ao adolescente as seguintes 
medidas: 
I - advertência; 
II - obrigação de reparar o dano; 
III - prestação de serviços à comunidade; 
IV - liberdade assistida; 
V - inserção em regime de semi-liberdade; 
VI - internação em estabelecimento educacional; 
VII - qualquer uma das previstas no art. 101, I a VI. 
 
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 CONDUÇÃO DE ADOLESCENTES: 
Art. 178. O adolescente a quem se atribua autoria de ato 
infracional não poderá ser conduzido ou transportado em 
compartimento fechado de veículo policial, em condições 
atentatórias à sua dignidade, ou que impliquem risco à sua 
integridade física ou mental, sob pena de responsabilidade. 
IDOSOS 
A pessoa idosa deve ter tratamento que lhe garanta o direito 
à vida e participação na comunidade, como defesa de sua 
dignidade e bem-estar. 
 ESTATUTO DO IDOSO: 
Art. 1º. É instituído o Estatuto do Idoso, destinado a regular 
os direitos assegurados às pessoas com idade igual ou supe-
rior a 60 (sessenta) anos. 
Art. 39. Aos maiores de 65 (sessenta e cinco) anos fica asse-
gurada a gratuidade dos transportes coletivos públicos ur-
banos e semi-urbanos, exceto nos serviços seletivos e espe-
ciais, quando prestados paralelamente aos serviços regula-
res.
 Eixo 3: Política Interna De Direitos Humanos 
VALORIZAÇÃO DO POLICIAL 
 A valorização do policial é fundamental para o sucesso 
da Instituição, por ser ele o seu maior patrimônio. 
Para que produza os melhores resultados possíveis, é 
preciso que ele seja capacitado, que haja controle sobre as 
pressões a que é submetido, que ele seja motivado e, acima 
de tudo, tenha os seus direitos respeitados. 
O policial deve estar ciente de que também é possuidor 
de Direitos Humanos e, além disso, é um cidadão muito 
especial, pois além de exigir que sua dignidade e seus direi-
tos sejam respeitados, tem a nobre missão de ser um agente 
de promoção dos Direitos Humanos na comunidade. 
A PMMG se esforça para dar aos seus servidores condi-
ções: - Estabilidade; - Benefícios; - Saúde; - Recursos; - For-
mação; - Capacitação. 
 Tais valores são norteadores permanentes das ações 
com foco na preservação da vida e da dignidade, observân-
cia aos Direitos Humanos e às liberdades, dentro dos dita-
mes instituídos na Constituição Federal. 
 
Órgãos Internos e Externos de Promoção dos Direitos Hu-
manos na PMMG: 
 Diretoria de Saúde (DS); 
 Diretoria de Educação Escolar e Assistência Social 
(DEEAS); 
 IPSM ; 
 Associação Feminina de Assistência Social – AFAS; 
 Fundação Guimarães Rosa – FGR. 
 
 
 
DIREITOS FIXADOS NO EMEMG: 
I - exercício da função correspondente ao posto ou gradua-
ção, ressalvados os casos legais de afastamento; 
II - percepção de soldo e vantagens, na forma do EMEMG e 
demais leis em vigor; 
III - transferência para a reserva ou reforma, com proventos, 
na forma do EMEMG; 
IV - julgamento em foro especial, nos delitos militares; 
V - dispensa de serviço, férias, licença e recompensa, nas 
condições previstas no EMEMG; 
VI - demissão voluntária e baixa do serviço ativo, de acordo 
com as normas legais; 
VII – transporte, quando movimento, para si e sua família, 
nos termos do EMEMG e artigos 26 e 29 da Lei Delegada 37; 
VIII - porte de arma, nos termos da legislação específica; 
IX - prorrogação por sessenta dias da licença-maternidade 
prevista no inciso XVIII do caput do Art. 7º. da Constituição 
da República, concedida a militar. 
DIREITOS HUMANOS NA LEI 109/09: 
1. Jornada de trabalho reduzida , vinte horas semanais, 
para o militar responsável por cuidar de pessoas com 
necessidades especiais; 
2. 25 dias úteis de férias anuais para os policiais militares; 
3. Aumento da licença maternidade para as mulheres 
policiais militares; 
4. Aposentadoria especial para as mulheres (25 anos de 
serviço). 
 
 Eixo 4: Integração com órgãos e entidades: 
A polícia militar é a instituição responsável por integrar a 
sociedade ao estado, na busca da paz social, principalmente 
na redução do tratamento desigual e acesso as pessoas a 
políticas públicas de inclusão social capazes de minimizar ou 
até mesmo extinguir a violência local. Integração com: Po-
der judiciário local, MP, Ouvidoria de polícia, Prefeituras, 
Delegacias, Universidades e etc. 
DIREITO INTERNACIONAL (DI): 
Normas que governam as relações entre os Estados e 
compreendem também normas relacionadas ao funciona-
mento de instituições ou organizações internacionais, a 
relação entre elas e a relação delas com os Estados e os 
indivíduos. 
O Direito Internacional, entre outros atributos, estabe-
lece normas relativas: 
 Direitos territoriais dos Estados (com respeito aos 
territórios terrestre, marítimo e espacial); 
 Proteção internacional do meio ambiente; 
 Comércio internacional e as relações comerciais; 
 Uso da Força pelos Estados; 
 Direitos Humanos; 
 Direito Internacional Humanitário. 
 
 
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FONTES DO DIREITO INTERNACIONAL: 
FONTES PRIMÁRIAS: 
 O Costume: É a constatação de uma prática geralmente 
aceita como direito. 
 Os Tratados: Acordos internacionais celebrados por 
escrito entre os Estados e regido pelo Dir. Internacio-
nal, constante em um instrumento único ou em dois ou 
mais instrumentos relacionados, qualquer seja sua de-
nominação. Ex. Tratado de OTAWA. 
FONTES SECUNDÁRIAS: 
 Os princípios de direito reconhecidos pelas nações civi-
lizadas; 
 Decisões judiciais das Cortes e Tribunais Internacionais; 
 As doutrinas de juristas altamente qualificados das vá-
rias nações; e 
 Resoluções da Assembleia Geral da ONU. 
DIREITO INTERNACIONAL HUMANITÁRIO (DIH): 
É um ramo do direito internacional público constituído 
por todas as normas convencionais ou de origem consuetu-
dinária especificamente destinadas a regulamentar os pro-
blemas que surgem em períodos de conflito armado. 
O Direito Internacional Humanitário é um conjunto de 
normas destinadas a abrandar, por razões humanitárias, os 
efeitos dos conflitos armados. Protege as pessoas que não 
participam ou que deixaram de participar das hostilidades e 
limita o emprego de meios e métodos de guerra. 
O Direito Internacional Humanitário é, também, conhe-
cido como direito da guerra ou Direito dos Conflitos Arma-
dos. Suas normas estão contidas em TRATADOS aos quais os 
Estados aderem voluntariamente, comprometendo-se a 
respeitar e fazê-los respeitar; ou têm origem no COSTUME 
internacional, pela repetição de determinadas condutas com 
a convicção de que devem ser respeitadas e de que sua 
violação é rejeitada por todos. 
DIREITO DE GENEBRA: 
Trata da proteção das vítimas de guerra, sejam elas mili-
tares ou civis, na água ou em terra. Protege todas as pessoas 
fora de combate, isto é, que não participam ou não estão 
mais participando das hostilidades: os feridos, os doentes, os 
náufragos e os prisioneiros de guerra. 
 
DIREITO DE HAIA: 
 Preocupa-se mais com a regulamentação dos métodos e 
meios de combate, e concentra-se nas conduções das ope-
rações militares. O Direito de Haia é, portanto, de interesse 
fundamental ao comandante militar em terra, mar e água. 
COMITÊ INTERNACIONAL DA CRUZ VERMELHA (CICV): 
 A CICV É uma Instituição privada, neutra, imparcial e 
independente, com sede em Genebra na Suíça, sendo inter-
nacional devido a sua atividade mundial. 
 Seus atos e decisões se baseiam exclusivamente em 
considerações de índole humanitária. 
- Objetivo: 
 Atuar no campo da assistência às vítimas da guerra e da 
violência interna e se esforça por fazer aplicar as normas de 
humanidade que restringem o emprego da violência arma-
da. 
- Bases Jurídicas de Atuação do CICV: 
a) as Convenções de Genebra; b) seus Protocolos Adicionais; 
c) seus próprios estatutos, que são aprovados pela quase 
totalidade dos Estados. 
- Atuação do CICV: 
a) Conflitos armados internacionais; 
b) Conflitos armados não internacionais; 
c) Tensões internas; 
d) Tempo de Paz: (catástrofes naturais, acidentes de grande 
proporção etc.) 
- Público Alvo: 
a) Pessoas afetadas pelas situações de conflitos que não 
participam ou deixaram de participar dos conflitos; 
b) militares feridos; 
c) prisioneiros de guerra (ou de segurança); 
d) combatentes capturados; 
e) população civil afetada. 
- Princípios: Imparcialidade, Neutralidade e Independência. 
- Financiamento: - Contribuições Voluntárias: dos Estados 
Partes que ratificaram as Convenções de Genebra; das Soci-
edades Nacionais de Cruz Vermelha e outras doações. 
DIREITO INTERNACIONAL DOS DIREITOS HUMANOS (DIDH): 
 O DIDH visa a garantia de que os direitos e liberdades, 
quer civis, políticos, econômicos, sociais ou culturais de cada 
indivíduo sejam respeitados em todo o tempo, em todo 
lugar e em qualquer época. Esses direitos dependem de 
legislação interna de
cada país, estando os mais importantes 
incluídos nas Constituições dos Estados. 
- Diferença entre DIH e DIDH: O primeiro é usado em casos 
de conflitos armados e o segundo em caso de paz. 
ÉTICA NA APLICAÇÃO DA LEI: 
 Ética é um conjunto de conhecimentos extraídos da 
investigação do comportamento humano ao tentar explicar 
as regras morais de forma racional, fundamentada, científica 
e teórica. 
 A ética relaciona-se com o estudo da moral e da ação 
humana. A palavra “ética” vem do Grego “ethos” que signifi-
ca “modo de ser” ou “caráter”. 
 Uma sentença ética é uma declaração moral que elabora 
afirmações e define o que é bom, mau, obrigatório, permiti-
do, etc. relativamente a uma ação ou a uma decisão. 
 Moral é o conjunto de regras aplicadas no cotidiano e 
usadas continuamente por cada cidadão. A palavra “moral” 
 
Resumo de Direitos Humanos 
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tem origem no termo latino “morales” que significa “relativo 
aos costumes”. 
- Ética segundo a Doutrina Policial Militar: 
 Disciplina que trata do bem e do mal; 
 Dos deveres e obrigações; 
 Conjunto de princípios ou valores morais; 
 Princípios de conduta de uma pessoa ou um grupo (pro-
fissional); 
 Qualidade moral das medidas tomadas; 
 Correção. 
- Conduta Ética e Legal do Policial: 
 A qualificação ético-profissional do policial tem como 
base estabelecer que a atuação policial militar seja pautada 
no respeito à dignidade humana. 
 O policial é um profissional capacitado a: 
 Manter em sigilo as informações de caráter confidencial; 
 Manifestar-se contundentemente contrário à tortura e 
ao tratamento desumano, cruel ou degradante; 
 Ser cuidadoso para com a saúde das pessoas privadas da 
liberdade e que estejam sob sua custódia; e 
 Contrapor-se aos atos de corrupção que visem a difamar 
o organismo policial e a denegrir a imagem da instituição 
perante a sociedade. 
- Divisão da Ética para o Estudo de Direitos Humanos: 
ÉTICA PESSOAL: Conduta própria do indivíduo acerca de 
suas convicções sobre o bem e o mal. 
ÉTICA DE GRUPO: Resposta do indivíduo diante de seu gru-
po de trabalho referente ao conceito de bem e de mal. 
ÉTICA PROFISSIONAL: Conduta correta no exercício profissi-
onal. Cumprimento de regras e normas estatutárias. 
- Conduta Ética: 
 Qualquer prática da aplicação da lei deve estar funda-
mentada na lei: Princípios da legalidade, necessidade e pro-
porcionalidade. 
- Código de Ética: 
 Códigos de ética são conjuntos de normas de conduta 
que procuram oferecer diretrizes para decisões e estabele-
cer a diferença entre certo e errado. 
Objetivo: explicitar como um determinado grupo social ou 
profissional, pensa e define sua própria identidade, política e 
social, que o constitui; e como estes se comprometem a 
realizar seus objetivos, de acordo com os princípios univer-
sais da ética. Ex: CEDM. 
- As Práticas de Aplicação da Lei deverão se ajustar aos 
Princípios: - LEGALIDADE; - NECESSIDADE; - PROPORCIONA-
LIDADE; - CONVENIÊNCIA. 
- Qual a importância da formação ética para policiais? 
 É importante estabelecer parâmetros na formação poli-
cial: Além da formação técnica e legal, deve haver a forma-
ção ética. Policial deve ser: Sujeito e Parceiro. 
Policial Sujeito: perceber e agir no seu cotidiano sobre desi-
gualdades e discriminações de seu grupo e da comunidade; 
Policial Parceiro: solidarizar-se com as demais pessoas que 
têm seus direitos negados e exercer as práticas de respeito 
aos direitos e à cidadania das pessoas. 
- Porque a formação ética para policiais? 
Conscientizar seu significado e relevância na atuação po-
licial, agindo sob sólidos princípios morais, evitando o desvio 
de conduta e fomentando o respeito às normas legais. Cons-
trução do perfil do profissional cidadão ideal desmistificando 
padrões de conduta e estereótipos. 
CÓDIGO DE CONDUTA PARA OS ENCARREGADOS DA APLI-
CAÇÃO DA LEI (CCEAL): 
Código de Conduta para os Funcionários Responsáveis 
pela Aplicação da Lei. Criado na Assembleia Geral das Na-
ções Unidas. Resolução 34/169, de 17 de Dezembro de 1979. 
- Finalidade do CCEAL: Orientação aos Governos na aplica-
ção dos Direitos Humanos e Justiça Penal. 
LEI DE TORTURA – LEI Nº 9.455/97: 
 De acordo com a lei, constitui crime de tortura: cons-
tranger alguém com emprego de violência ou grave amea-
ça, causando-lhe sofrimento físico ou mental: a) com o fim 
de obter informação, declaração ou confissão da vítima ou 
de terceira pessoa; b) para provocar ação ou omissão de 
natureza criminosa; c) em razão de discriminação racial ou 
religiosa; 
 Também é crime de tortura submeter alguém, sob sua 
guarda, poder ou autoridade, com emprego de violência ou 
grave ameaça, a intenso sofrimento físico ou mental, como 
forma de aplicar castigo pessoal ou medida de caráter pre-
ventivo. 
 Aquele que se omite em face dessas condutas, quando 
tinha o dever de evitá-las ou apurá-las, incorre na pena de 
detenção de um a quatro anos. 
 A pena é aumentada de um sexto até um terço se o cri-
me: I - se o crime é cometido por agente público; II – se o 
crime é cometido contra criança, gestante, portador de 
deficiência, adolescente ou maior de 60 (sessenta) anos; III 
- se o crime é cometido mediante sequestro. 
 A condenação acarretará a perda do cargo, função ou 
emprego público e a interdição para seu exercício pelo do-
bro do prazo da pena aplicada. 
PROCEDIMENTOS NA INTERVENÇÃO POLICIAL 
1. Autoidentificação; 
2. O tratamento respeitoso para com as pessoas; 
3. Valorização da vida acima de qualquer bem; 
4. Relacionamento adequado com a imprensa; 
5. Esclarecimentos sobre os motivos de uma abordagem. 
 
 
 
 
 
Resumo de Direitos Humanos 
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CAPTURA e DETENÇÃO 
Privação da liberdade é a definição mais ampla da viola-
ção da liberdade de ir e vir. Esta inclui a retenção de meno-
res, de pessoas mentalmente doentes, de viciados em dro-
gas ou em álcool e de desocupados e outras prevista em lei. 
A privação se estende a situações em que esta é causada 
tanto por pessoas comuns quanto por agentes públicos. 
Captura: Ação policial consistente em privar uma pessoa 
de sua liberdade de locomoção, em virtude de suspeição da 
prática de delito, ou por ato de uma autoridade judiciária 
competente (mandado de prisão). 
PESSOA PRESA: Qualquer pessoa privada de sua liber-
dade como resultado da condenação por um delito. 
PESSOA DETIDA: Pessoa privada de sua liberdade, exce-
to no caso de condenação por um delito. 
 PRINCÍPIOS: 
A pessoa sujeita a qualquer forma de detenção ou pri-
são deve ser tratada com humanidade e com respeito da 
dignidade inerente ao ser humano. 
A captura, detenção ou prisão só devem ser aplicadas 
em estrita conformidade com as disposições legais e pelas 
autoridades competentes ou pessoas autorizadas para esse 
efeito. (Princípio da legalidade e necessidade) 
Não basta que a privação da liberdade esteja prevista 
em lei, a própria lei não pode ser arbitrária, tampouco deve 
ser a sua aplicação em uma dada situação. 
 Entende-se arbitrária, neste caso, quando contenha 
elementos de injustiça, imprevisibilidade, irracionalidade, 
inconstância e desproporcionalidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AS 13 REFLEXÕES DE RICARDO BALESTRERI: 
 
1) Cidadania, Dimensão Primei-
ra. 
2) Policial: Cidadão Qualificado. 
3) Policial: Pedagogo Da Cida-
dania. 
4) A Importância Da Auto-
Estima Pessoal E Institucional. 
5) Polícia E ‘Superego’ Social. 
6) Rigor Versus Violência 
7) Policial Versus Criminoso: 
Metodologias
Antagônicas. 
 
8) A ‘Visibilidade Moral’ Da 
Polícia: Importância Do Exem-
plo. 
9) “Ética” Corporativa Versus 
Ética Cidadã. 
10) Critérios De Seleção, Per-
manência E Acompanhamento. 
11) Direitos Humanos Dos 
Policiais: Humilhação Versus 
Hierarquia. 
12) Necessidade da Hierarquia 
13) A Formação Dos Policiais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Resumo de Direitos Humanos 
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QUESTIONÁRIO DE DIREITOS HUMANOS 
1. Qual é o conceito de Direitos Humanos? 
Direitos Humanos são todos os direitos que possuímos, pelo 
simples fato de sermos seres humanos, que nos permitem 
viver com dignidade, assegurando, assim, os nossos direitos 
fundamentais à vida, à igualdade, à segurança, à liberdade e 
à propriedade, dentre outros. Eles se positivam através das 
normas jurídicas nacionais e internacionais, tais como trata-
dos, convenções, acordos ou pactos internacionais, leis e 
constituições. Estes direitos são universais, interdependentes 
e indivisíveis. 
2. Cite as características dos Direitos Humanos? 
A Universalidade é uma característica de Direitos Humanos, 
a qual confere a todas as pessoas o reconhecimento de “su-
jeito de direitos” no âmbito internacional, independentemen-
te da nação a que pertence. 
A indivisibilidade implica que, para a consolidação da digni-
dade humana, se faz necessária a indissociabilidade dos 
direitos civis e políticos (direitos à vida, à liberdade e ao 
voto) dos direitos sociais, econômicos e culturais ( o direito à 
educação, à alimentação e à moradia, etc.) 
A interdependência aponta para o liame existente entre 
todos esses diretos fundamentais. Um exemplo é o voto 
(direito político) que mantém dependência com o direito à 
alimentação (direito social), pois, em um país onde as pesso-
as sofrem de desnutrição, pressupõe-se a falta de condições 
físicas e psicológicas para promoverem uma eleição consci-
ente. Assim, para se exercer um direito civil e político, é ne-
cessário que os direitos sociais, econômicos e culturais sejam 
eficazmente satisfeitos. 
3. O que são os Direitos Fundamentais? 
Que o ser humano possui por sua própria natureza humana e 
pela dignidade que a ela é inerente. Os direitos humanos 
reconhecidos como tais pelas autoridades às quais se atribui 
o poder político de editar normas, [...]; são os direitos huma-
nos positivados nas Constituições, nas leis, nos tratados 
internacionais. 
4. Quais são os direitos pertencentes a primeira Ge-
ração (Dimensão) de direitos? 
Direitos Individuais, Direitos da Liberdade, Igualdade, Segu-
rança, Propriedade, Direitos de votar. São os direitos civis e 
políticos. 
5. Quais são os direitos pertencentes a segunda Ge-
ração (Dimensão) de direitos? 
Direitos Sociais, direitos econômicos, culturais, direitos de 
igualdade. De segunda geração, são, pois, os direitos ao 
trabalho, à saúde, à educação, dentre outros, cujo sujeito 
passivo é o Estado, que tem o dever de realizar prestações 
positivas aos seus titulares, os cidadãos, em oposição à posi-
ção passiva que se reclamava quando da reivindicação dos 
direitos de primeira geração. 
6. Quais são os direitos pertencentes a terceira Gera-
ção (Dimensão) de direitos? 
Direitos dos povos, direitos da solidariedade ou fraternidade, 
caracterizam-se, assim, pela sua titularidade coletiva ou 
difusa, tendo coincidido o período de seu reconhecimento ou 
positivação com o processo de internacionalização dos direi-
tos humanos. 
7. Quantos artigos compõem a Declaração Universal 
dos Direitos Humanos? 
30 (Trinta) artigos. 
8. O Pacto Internacional dos Direitos Econômicos, 
Sociais e Culturais tutela qual Dimensão/Geração 
de direitos? 
Segunda geração 
9. Pacto Internacional sobre Direitos Civis e Políticos 
tutela qual Dimensão/Geração de direitos? 
Primeira geração 
10. Como é conhecida a Convenção Americana sobre 
Direitos Humanos? 
PACTO DE SAN JOSÉ DA COSTA RICA 
11. Cite os objetivos da DPSSP Nº 3.01.05/2010 – CG 
(Diretriz sobre a Atuação da Polícia Militar de Mi-
nas Gerais segundo a filosofia dos Direitos Huma-
nos) 
a) Definir as conceituações teórico-metodológicas dos princí-
pios de Direitos Humanos adotadas na prática policial, refe-
rendada nos principais documentos internacionais de Direi-
tos Humanos e no ordenamento jurídico brasileiro. 
b) Determinar procedimentos, deveres e funções policiais-
militares segundo a filosofia dos Direitos Humanos, com base 
na conduta ética e legal e no respeito à diversidade social. 
c) Divulgar aos integrantes da Instituição as políticas inter-
nas de promoção de Direitos Humanos que visam garantir e 
promover seus direitos. 
d) Ser referencial teórico na educação em Direitos Humanos, 
em âmbito institucional. 
e) Estabelecer uma linha de comunicação entre a Polícia 
Militar e a população em geral, para discutir assuntos relaci-
onados a filosofia de direitos humanos 
12. Quais são os eixos temáticos da DPSSP Nº 
3.01.05/2010 – CG (Diretriz sobre a Atuação da Po-
lícia Militar de Minas Gerais segundo a filosofia 
dos Direitos Humanos)? 
Eixo 1 – educação 
Eixo 2 – grupos vulneráveis, minorias e vítimas 
Eixo 3 – política interna 
Eixo 4 – integração com órgãos e entidades 
 
 
 
 
 
Resumo de Direitos Humanos 
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13. O que é Ética segundo a Doutrina Policial Militar? 
Disciplina que trata do bem e do mal; Dos deveres e obriga-
ções; Conjunto de princípios ou valores morais; Princípios de 
conduta de uma pessoa ou um grupo (profissional); Qualida-
de moral das medidas tomadas; Correção. 
14. Quais são as divisões da ética para o estudo de Di-
reitos Humanos? 
Ética pessoal ; Ética de grupo; Ética profissional 
15. Dê o conceito e o objetivo do código de ética. 
O Código de ética é um instrumento que busca a realização 
dos princípios, visão e missão da empresa. Serve para orien-
tar as ações de seus colaboradores e explicitar a postura 
social da empresa em face dos diferentes públicos com os 
quais interage. É da máxima importância que seu conteúdo 
seja refletido nas atitudes das pessoas a que se dirige e en-
contre respaldo na alta administração da empresa, que tan-
to quanto o último empregado contratado tem a responsabi-
lidade de vivenciá-lo. 
16. O que constitui Violação dos Direitos Humanos? 
Os Direitos Humanos fundamentam-se na preservação da 
vida e sua integridade física, moral e social. A vida humana 
em sua plenitude manifesta-se como liberdade. Assim, a 
transgressão dos direitos fundamentais incide no que viola a 
vida – bem supremo – e sua pujança, a qual, em termos 
humanos, significa o direito de ser e de ser diferente, ter a 
liberdade de ter suas próprias crenças, bem como não sofrer 
discriminação em virtude de raça, cor ou condição etária ou 
sexual. 
A violação dos Direitos Humanos atinge muito mais aqueles 
que são excluídos socialmente ou pertencem a minorias 
étnicas, religiosas ou sexuais. 
Mas, em tese, todos podem ter os seus direitos fundamentais 
violados. 
17. Quais sãos os principais fatores que podem levar o 
policial a desrespeitar os Direitos Humanos? 
 
18. Qual é a finalidade do Código de Conduta dos En-
carregados da Aplicação da Lei? 
É um instrumento internacional, com o objetivo de orientar 
os Estados membros quanto à conduta dos policiais. Não 
tem força de um Tratado e possui 8 artigos básicos em sua 
constituição. 
19. Cite os Direitos Humanos dos militares previstos 
na Lei Estadual nº 5.301, de 1969, que contém o 
Estatuto dos Militares do Estado de Minas Gerais 
(EMEMG)? 
São considerados
direitos dos militares: 
I - exercício da função correspondente ao posto ou gradua-
ção, ressalvados os casos legais de afastamento; 
II - percepção de soldo e vantagens, na forma do EMEMG e 
demais leis em vigor; 
III - transferência para a reserva ou reforma, com proventos, 
na forma do EMEMG; 
IV - julgamento em foro especial, nos delitos militares; 
V - dispensa de serviço, férias, licença e recompensa, nas 
condições previstas no EMEMG; 
VI - demissão voluntária e baixa do serviço ativo, de acordo 
com as normas legais; 
VII – transporte, quando movimento, para si e sua família, 
nos termos do EMEMG e artigos 26 e 29 da Lei Delegada 37; 
VIII - porte de arma, nos termos da legislação específica; 
IX - prorrogação por sessenta dias da licença-maternidade 
prevista no inciso XVIII do caput do Art. 7º. da Constituição 
da República, concedida a militar. 
20. Quais são os Direitos Humanos dos militares pre-
vistos na Lei complementar estadual nº 109, de 
22/12/2009? 
I. jornada de trabalho reduzida , vinte horas semanais, pa-
ra o militar responsável por cuidar de pessoas com ne-
cessidades especiais; 
II. 25 dias úteis de férias anuais para os policiais militares; 
III. aumento da licença maternidade para as mulheres poli-
ciais militares; 
IV. aposentadoria especial para as mulheres (25 anos de 
serviço). 
21. Cite os principais programas e benefícios existen-
tes na corporação voltados para o policial militar. 
 Programa de Prevenção e Cessação ao Tabagismo 
 Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional da 
Tropa 
 Programa de Prevenção, Atendimento, Tratamento e 
Reintegração do Alcoolista 
 Programa de Prevenção e Tratamento da Obesidade 
 Programa de Preparação para a Reserva 
 Promorar Militar 
 Programa Lares Geraes- Moradia Funcional 
 Programa de Orientação Financeira e Familiar 
 Programa de Orientação Social 
 Indenização Securitária e Auxílio-Invalidez 
 Auxílio Orçamentário-Financeiro 
 Assessoria Jurídica e Assistência Judiciária na Polícia Mili-
tar de Minas Gerais 
22. Dê a definição de Privação da liberdade. 
É a definição mais ampla da violação da liberdade de ir e vir. 
Esta inclui a retenção de menores, de pessoas mentalmente 
doentes, de viciados em drogas ou em álcool e de desocupa-
dos e outras prevista em lei. 
A privação se estende a situações em que esta é causada 
tanto por pessoas comuns quanto por agentes públicos. 
23. O que constitui captura? 
Ação policial consistente em privar uma pessoa de sua liber-
dade de locomoção, em virtude de suspeição da prática de 
 
Resumo de Direitos Humanos 
P á g i n a | 10 
delito, ou por ato de uma autoridade judiciária competente 
(mandado de prisão). 
24. Dê o conceito de Ética Pessoal. 
Refere-se à moral, valores e crenças do indivíduo. Pode ser 
positiva ou negativamente influenciada por experiências, 
educação e treinamento. 
25. Qual é o conceito de Ética de Grupo? 
Comportamento imposto pelo grupo. Padrões subcultu-
rais(linguagem grupal,rituais, nós contra eles) . 
26. Qual é o conceito de Ética Profissional? 
É o conjunto de normas codificadas do comportamento dos 
praticantes de uma determinada profissão.É trabalhar utili-
zando os princípios norteadores da profissão. 
27. Qual é o conceito de pessoa presa? 
Qualquer pessoa privada de sua liberdade como resultado da 
condenação por um delito. 
28. Qual é o conceito de pessoa detida? 
Pessoa privada de sua liberdade, exceto no caso de condena-
ção por um delito. 
29. Quais são os principais direitos da pessoa captura-
da? 
a) Informada, no momento da captura, das razões da captu-
ra, devendo ser prontamente informada de qualquer acusa-
ção contra ela; 
b) ser levada a um local de custódia, devendo ser conduzida 
prontamente perante um juiz ou outra autoridade habilitada 
por lei a exercer poder judicial, que decidirá sobre a legalida-
de e a necessidade da captura; 
c) as autoridades responsáveis pela captura, detenção ou 
prisão de uma pessoa devem, respectivamente, no momento 
da captura e no início da detenção ou da prisão, ou pouco 
depois, prestar-lhe informação e explicação sobre os direitos 
e sobre o modo de exercê-los; 
d) presunção da inocência; 
e) assistência de um advogado, bem como oportunidades 
adequadas de comunicar-se com este, sem interferência; 
f) apresentar queixa referente a tratamento cruel, desumano 
ou degradante, às autoridades administrativas ou superio-
res; 
g) informar ou requerer às autoridades competentes que 
notifiquem membros de sua família ou outras pessoas apro-
priadas de sua escolha a respeito de sua captura; 
h) julgamento dentro de um prazo razoável, ou aguardar 
julgamento em liberdade (devido processo legal com ampla 
defesa e contraditório). 
30. Quais são os direitos da mulher capturada? 
I. A captura das mulheres seja feita por uma policial do 
sexo feminino (SEMPRE QUE POSSÍVEL); 
II. A revista a mulher e suas vestimentas serão efetuadas 
por uma policial do sexo feminino (SEMPRE QUE POSSÍ-
VEL); 
III. As mulheres capturadas serão mantidas separadas dos 
homens capturados; 
A proteção e consideração adicionais para a mulher em situ-
ações de captura não devem ser tidas como discriminatórias, 
visa contrabalançar um desequilíbrio inerente. 
 GRÁVIDA E LACTENTE: Procedimentos destinados a 
proteger os direitos e a sua condição especial. 
Instalações médicas especializadas, pois a recusa ao trata-
mento médico adequado a mulheres detidas constitui maus-
tratos, proibido por leis nacionais e internacionais; 
Alojamento separado para mulheres detidas e a disponibili-
dade de pessoal do sexo feminino na justiça penal. (agente 
penitenciaria feminina); 
Outras medidas especiais (criação de filhos e tratamentos 
durante a gravidez). 
31. O que constitui Ato infracional? 
Ato infracional é a ação tipificada como contrária à lei que 
tenha sido efetuada pela criança ou adolescente. 
32. Quais são as providências policiais quando se de-
para com uma criança acusada de um Ato infraci-
onal? 
A criança acusada de um crime deverá ser encaminhada à 
presença do Conselho Tutelar ou Juiz da Infância e da Juven-
tude. 
Se efetivamente praticou ato infracional, será aplicada me-
dida específica de proteção como orientação, apoio e acom-
panhamento temporários, frequência obrigatória em ensino 
fundamental, requisição de tratamento médico e psicológico, 
entre outras medidas. 
33. Quais são as providências policiais quando se de-
para com um adolescente acusado de um ato in-
fracional? 
Adolescente em caso de flagrância de ato infracional será 
levado até a autoridade policial especializada. 
Os adolescentes não são igualados a réus ou indiciados e não 
são condenados a penas (reclusão e detenção), como ocorre 
com os maiores de 18 anos. 
Recebem medidas sócias educativas, sem caráter de apena-
ção. É totalmente ilegal a apreensão do adolescente para 
"averiguação". 
Ficam apreendidos e não presos. A apreensão somente ocor-
rerá quando for em flagrância ou por ordem judicial e em 
ambos o caso esta apreensão será comunicada, de imediato, 
ao juiz competente, bem como à família do adolescente. 
34. Qual é a definição de define Vítima de Crime? 
As pessoas que, individual ou coletivamente, tenham sofrido 
danos, nomeadamente a sua integridade física ou mental, ou 
sofrimento de ordem emocional, ou perda material, ou grave 
atentado a seus direitos fundamentais, como consequência 
de atos ou omissões que violem as leis penais em vigor em 
 
Resumo de Direitos Humanos 
P á g i n a | 11 
um Estado Membro, incluindo as que
proíbem o abuso do 
poder. 
35. Qual é a definição de Vítima do Abuso do Poder? 
Pessoas que, individual ou coletivamente, tenham sofrido 
danos, nomeadamente a sua integridade física ou mental, ou 
sofrimento de ordem emocional, ou perda material, ou grave 
atentado a seus direitos fundamentais, como consequência 
de atos ou omissões que, não constituindo ainda uma viola-
ção da legislação penal nacional, representam violações das 
normas internacionalmente reconhecidas em matéria de 
direitos humanos. 
36. Dê o conceito de grupo vulnerável. 
É um conjunto de pessoas que, por questões ligadas a gêne-
ro, idade, condição social, deficiência e orientação sexual, 
tornam-se mais suscetíveis à violação de seus direitos. 
37. Dê o conceito de minoria? 
Um grupo de cidadãos de um Estado, constituindo minoria 
numérica e em posição não-dominante no Estado, dotada de 
características étnicas, religiosas ou linguísticas que diferem 
daquelas da maioria da população, tendo um senso de soli-
dariedade um para com o outro, motivado, senão apenas 
implicitamente, por vontade coletiva de sobreviver e cujo 
objetivo é conquistar igualdade com a maioria, nos fatos e 
na lei 
38. Defina Minorias étnicas e dê um exemplo. 
São grupos que apresentam fatores distinguíveis em termos 
de experiências históricas compartilhadas e sua adesão a 
certas tradições e significantes tratos culturais, que são dife-
rentes dos apresentados pela maioria da população. 
39. Defina Minorias linguísticas e dê um exemplo. 
São grupos que usam uma língua, quer entre os membros do 
grupo, quer em público, que claramente se diferencia daque-
la utilizada pela maioria, bem como da adotada oficialmente 
pelo Estado. Não há necessidade de ser uma língua escrita. 
Entretanto, meros dialetos que se desviam ligeiramente da 
língua da maioria, não gozam do status de língua de um 
grupo minoritário. 
40. Defina Minorias religiosas e dê um exemplo. 
São grupos que professam e praticam uma religião (não 
simplesmente uma outra crença, como o ateísmo). No Brasil, 
são exemplos de minorias religiosas: judeus, budistas, mu-
çulmanos, praticantes de candomblé (religião jeje-nagô ou 
ioruba), umbandistas. 
41. Quais são os principais exemplos dos grupos vul-
neráveis? 
Os seis principais grupos são: 
a) mulheres; 
b) crianças e adolescentes; 
c) idosos; 
 
 
d) população LGBTT; 
e) população em situação de rua; 
f) pessoas com deficiência física e intelectual, ou sofrimento 
mental. 
42. O que constitui violência doméstica contra a mu-
lher? 
Configura violência doméstica e familiar contra a mulher 
qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause 
morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano 
moral ou patrimonial. 
 
43. Quais as principais formas de violência doméstica 
contra a mulher? 
Física, psicológica, sexual, patrimonial, moral 
44. Segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente 
(ECA) qual é o conceito adolescente? 
Adolescente é aquele entre 12 e 18 anos. 
45. Segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente 
(ECA) qual é o conceito Criança? 
Considera-se criança a pessoa até 12 anos incompletos. 
46. Quais são as medidas Sócio-Educativas previstas 
no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA)? 
 advertência, 
 liberdade assistida, 
 obrigação de reparação do dano, 
 prestação de serviços à comunidade, 
 internação em estabelecimento, entre outras. 
47. Cite os títulos das Treze Reflexões sobre polícia e 
Direitos Humanos. 
I. Cidadania, Dimensão Primeira 
II. Policial: Cidadão Qualificado 
III. Policial: Pedagogo Da Cidadania 
IV. A Importância Da Auto-Estima Pessoal E Institucional 
V. Polícia E ‘Superego’ Social 
VI. Rigor Versus Violência 
VII. Metodologias Antagônicas 
VIII. A ‘Visibilidade Moral’ Da Polícia: Importância Do Exemplo 
IX. “Ética” Corporativa Versus Ética Cidadã 
X. Critérios De Seleção, Permanência E Acompanhamento 
XI. Humilhação Versus Hierarquia 
XII. Necessidade Da Hierarquia 
XIII. A Formação Dos Policiais 
48. Qual é a definição de idoso segundo o Estatuto do 
idoso (Lei Fed. nº 10.741/2003)? 
Pessoas com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos

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