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Sociologia – 3° bimestre A crítica ao Estado burguês: As teorias socialistas Os primeiros socialistas “Todos os homens têm direito à satisfação das suas necessidades e ao usufruto de todos os bens da natureza, e a sociedade deve consolidar esta igualdade”. (Babeuf) Gracchus Babeuf A primeira expressão francesa de uma ideologia comunista, surge com Gracchus Babeuf, revolucionário que pretendia derrubar o governo do Diretório. Babeuf assim como o povo, estava frustrado diante da pretensão da burguesia de exercer sozinha o poder. Babovismo O princípio fundamental é a igualdade. O Manifesto dos iguais é a denúncia do fosso que separa a igualdade formal e a inexistente igualdade real. Ao reivindicar a igualdade, coloca pela primeira vez a questão no terreno social. O socialismo utópico As teorias que aparecem no século XIX são classificadas por Marx e Engels como socialismo utópico. Na França destacam-se Saint-Simon (1760-1825), Fourier (1772-1837) e Proudhon (1809-1865). Na Grã-Bretanha é representativo o trabalho de Robert Owen. Os diversos teóricos do socialismo têm ideias diferentes e propõem soluções diversas. Mas é possível observar alguns traços comuns entre eles. Por exemplo, nem sempre reconhecem o antagonismo entre burguesia proletariado, admitindo ser possível reformar a sociedade mediante a boa vontade e participação de todos. Saint-Simon (1760-1825) Estabeleceu um plano de uma sociedade industrial dirigida pelos produtores, entendo por produtores não só a classe operária, mas todos os que criam, sejam banqueiros, empresários, sábios ou artistas. Seu objetivo é melhorar a sorte da classe mais numerosa e mais pobre. Charles Fourier (1772-1837) Crítica impiedosa ao sistema capitalista e à cobiça dos comerciantes. Falanstério – Pequena unidade social abrangendo de 1200 a 5000 pessoas vivendo em comunidade. Diferente dos comunistas, respeitava a herança, considerava natural haver ricos e pobres e tentava atrair os capitalistas mostrando-lhes possibilidades de lucros fabulosos caso investissem nos falanstérios. Pierre-Joseph Proudhon (1809-1865) Foi deputado atuante, criou um banco popular para oferecer empréstimos a baixo juros e defendeu a instrução pública. Preconizava a autonomia da classe operária na organização de sua luta contra a exploração capitalista. Teve plena consciência do antagonismo entre capitalistas e proletários, afirmando que a propriedade privada significava uma espoliação do trabalho. Preconizava a igualdade e liberdade. Robert Owen (1771-1858) Aparece a ideia de que o trabalho é criador de riqueza, que não é usufruída pelo operário, mas lhe é extorquida. Tenta pôr em prática as concepções socialistas organizando colônias cooperativas onde a propriedade privada seria totalmente excluída. As soluções que preconizava não vão além de uma tendência fortemente filantrópica e paternalista. Crítica ao socialismo utópico Embora reconheçam a importância das primeiras teorias socialistas, Marx e Engels não lhe poupam severas críticas. Marx não vê em tais teorias nenhuma condição de reverter o quadro de injustiça e exploração vigentes. Idealistas, não reconhecem quais seriam as condições materiais de emancipação, ocupando-se com “leis sociais que permitam criar essas condições”. Crítica ao socialismo utópico Moralistas, pretendem reformar a sociedade pela força do exemplo. Ingênuos, pensam que experiências em pequenas escalas poderão frutificar e se expandir, alcançando seus fins por meios pacíficos e não revoluvionários.
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