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Importância da água para manutenção da Saúde Ambiental e Humana

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Faculdade Santo Agostinho – FSA
Coordenação de Enfermagem
IMPORTÂNCIA DA ÁGUA PARA MANUTENÇÃO DA SAÚDE AMBIENTAL E HUMANA
Arielly Feitosa Leocadio
11702012
Antonia Juliana Mendes da Silva 
11701781
Francisca Flaviana Alves Sobrinho
11700398
			Francisco Ariel Paz Santos Freitas
11702019
Isabela Rodrigues de Andrade 
11701809
Matheus Fernandes de Castro 
11701800
Sara Maria Marques Lima 
 11700307
Professores: Ms. Gilberto de Araújo Costa
 Dr. Francisco Honeidy Carvalho Azevedo 
 Ma. Hamanda Soares V. P. da Silva 
 Dr. Francisco Adalberto do Nascimento Paz
Teresina – PI
Novembro/2017
Arielly Feitosa Leocadio - 11702012
Antonia Juliana Mendes da Silva - 11701781
Francisca Flaviana Alves Sobrinho- 11700398
Francisco Ariel Paz Santos Freitas -11702019
Isabela Rodrigues de Andrade – 11701809
Matheus Fernandes de Castro – 11701800
Sara Maria Marques Lima – 11700307
	
IMPORTÂNCIA DA ÁGUA PARA MANUTENÇÃO DA SAÚDE AMBIENTAL E HUMANA
Demonstrar através da realização de uma pesquisa de campo a importância da água para a população da cidade de Teresina – PI, para obtenção parcial da terceira nota.
Teresina – PI
Novembro/2017
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO	4
2 METODOLOGIAS	6
2.1 Procedimentos	6
2.2 População e amostra	7
2.3 Procedimentos de coleta	7
2.4 Procedimentos de Análise de dados	7
3 RESULTADOS	8
4 DISCUSSÕES	15
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS	20
REFERÊNCIAS	22
APÊNDICES	24
1 INTRODUÇÃO
A água é um recurso natural de valor imensurável, fundamental para o planeta. Sua importância está relacionada à manutenção dos ciclos biológicos, geológicos e químicos que colaboram para o equilíbrio dos ecossistemas além de ser fundamental para o desenvolvimento econômico e social, sendo indispensável para a garantia da qualidade de vida da população (HORTA, 2009).
As primeiras formas de vida originaram-se através da água e que com o passar do tempo conseguiram sobreviver na medida em que puderam desenvolver mecanismos fisiológicos que lhes permitiram reter água em seus próprios organismos. Dessa forma, a evolução das espécies sempre foi dependente da água (HORTA, 2009).
Em média 60 a 70% do peso corporal de uma pessoa adulta é composto por água, que por sua vez possui diversas propriedades: auxilia na regulação da temperatura corporal; participa da circulação sanguínea; é fundamental na excreção dos resíduos tóxicos do corpo através da urina. Logo, a água é essencial para a manutenção de todas as funções orgânicas (HORTA, 2009).
O Brasil é um país abundante em recursos hídricos, detém 11,6% da água superficial de todo mundo. É na região amazônica em que se encontra a maior parte dessa quantidade, sendo 70% disponível para uso, tornando-se uma situação controvérsia já que apenas 5% da população brasileira residem nesse local. Os 30% restante da água própria para consumo distribuem-se de maneira desigual no território nacional (ONU).
O semiárido nordestino é a região que mais sofre com a escassez de água no país. Cada habitante tem metade do total considerado mínimo, o que corresponde a aproximadamente 500 metros cúbicos por ano. Esse valor cria uma situação de empate com os países do norte da África que estão entre os dez mais secos do mundo (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento – PNUD).
Em média o ser humano precisa de no mínimo 3 litros de água por dia para manter o funcionamento do organismo. Para isso, é necessário que haja uma grande preocupação com a água boa e cristalina adequada para ingerir. Assim, economizar água torna-se um fator essencial à vida colocando-nos como principais responsáveis pela preservação do espaço aquático (HORTA, 2009).
A cada seis pessoas no mundo uma tem acesso precário à água. Todos os anos, 50% dos latino-americanos ficam doentes por problemas relacionados á água, onde 27% desses não têm acesso a ela e 13% não têm água tratada adequadamente. Uma publicação da Organização Mundial da Saúde, (OMS), de 2002, trata sobre os riscos e efeitos adversos ligados a ingestão de água insegura e imprópria, motivadas pela falta de acesso a saneamento e gestão inadequada dos recursos e sistemas hídricos (HORTA, 2009).
Igualmente, sabe-se que a ingestão de água potável é de extrema importância para o completo funcionamento da homeostase corpórea, consequentemente, a ingestão de água não-potável, surge-se como uma oportunidade para a proliferação de agentes patógenos que futuramente causarão um desequilíbrio nos sistemas humanos, contaminando-se nas seguintes situações: através da ingestão direta; na ingestão de alimentos; pelo seu uso na higiene pessoal e no lazer, na agricultura; e na indústria (RIBEIRO e ROOKE 2010).
Existem inúmeras doenças relacionadas com os recursos hídricos que podem ser agrupadas, das seguintes formas: transmitidas pela via oral (Diarreias, disenterias, ascaridíase, cólera, amebíase, e giardíase); controladas pela limpeza com a água, associadas com a falta de higiene pessoal (Infecções na pele e nos olhos, como tracoma e o tifo); e transmitida por vetores que se relacionam com a água (malária, febre amarela, dengue e filarióse (RIBEIRO e ROOKE 2010).
As gestantes, assim como as crianças e os idosos constituem a população que mais carece dos benefícios de uma boa hidratação, em específico, as grávidas podem contrair algumas patologias que causarão danos na formação do feto. Desse modo, a toxoplasmose torna-se um agravo a saúde da parturiente, visto que as fezes do gato podem se proliferar através da água, bem como a ingestão de alimentos contaminados pelo parasita Toxoplasma gondii, podendo causar aborto em casos específicos (RIBEIRO e ROOKE 2010).
Dessa forma, foi proposto um trabalho interdisciplinar que envolve os conhecimentos das matérias de antropologia filosófica, bioestatística, biofísica, saúde ambiental e histologia. Para o melhor estudo e concretização desses conhecimentos foi desenvolvido um questionário para saber qual seria a opinião de uma amostra da população de Teresina PI sobre as condições e importância da água para o bem estar físico e ambiental pretendendo com isso verificar a qualidade de vida e os níveis de informação dos teresinenses. Objetivou-se com o estudo, saber qual seria a opinião de uma amostra da população de Teresina – PI sobre as condições e importância da água para o bem estar físico e ambiental pretendendo com isso verificar a qualidade de vida e os níveis de informação dos teresinenses. 
2 METODOLOGIAS
2.1 Procedimentos 
Método é ordem de processos imposta para atingir os diferentes resultados necessários em busca de determinados fins e resultados desejados. A técnica por sua vez é a aplicação do plano metodológico para execução desse projeto (BERVIAN et. al. 2013). 
O procedimento metodológico deve conter as concepções teóricas de abordagem, ou seja, o conjunto de técnicas que possibilitam compreender a realidade e a contribuição do potencial criativo do pesquisador (GIL, 2013). 
O método de pesquisa qualitativo, em diferença ao quantitativo, utiliza dados subjetivos não possuindo necessariamente dados estatísticos como base de análise de um problema. Historicamente a pesquisa qualitativa não é bem aceita na área de saúde por causa da grande possibilidade de caminhos, porém os críticos falam que a pesquisa qualitativa traz muita informação em pouca abordagem, possibilitando o alcance do material desejado em pouco tempo (FLICK U, 2014). 
As pesquisas descritivas têm como objetivo a descrição das características de determinada população ou o estabelecimento de relações entre variáveis. São muitos os estudos que podem ser classificados sob este título e uma de suas características mais significativas está na utilização de técnicas padronizadas de coleta de dados, tais como o questionário e a observação sistemática (GIL, 2013). 
A pesquisa de campo caracteriza as investigações que além das pesquisas bibliográficas e/ou documental
se coletam dados diante pessoas utilizando diversos modos para isso, como o uso de questionários, vídeos ou observações de casos. Se direciona a uma comunidade, que não é necessariamente geográfica, já que pode ser uma comunidade de trabalho, de estudo, de lazer ou voltada para qualquer outra atividade humana. A pesquisa é desenvolvida por meio da observação direta das atividades do grupo estudado e de entrevistas com informantes para captar suas explicações e interpretações do que ocorre no grupo (GIL, 2013). 
2.2 População e amostra 
Para esse estudo foram realizadas pesquisas de cunho qualitativo e quantitativo através da entrega de questionários para a coleta de dados. Esses questionários foram entregues para 26 pessoas residentes de variados bairros da cidade de Teresina – PI.
2.3 Procedimentos de coleta 
Foi realizado um roteiro de entrevista estruturado, no qual haviam questões determinadas com alternativas variáveis de acordo com a necessidade de cada pergunta.
Tendo como fundamento a importância da água para a vida e formação de sociedades, foram feitos questionamentos que levaram as pessoas abordadas a responde-las de acordo com a sua rotina.
2.4 Procedimentos de Análise de dados 
A análise de dados é caracterizada por um conjunto de técnicas de análise das comunicações visando a obter, por procedimentos sistemáticos e objetivos de descrição do conteúdo das mensagens, indicadores (quantitativos ou não) que permitam a inferência de conhecimentos relativos às condições de produção/recepção destas mensagens (BARDIN, 2011). 
A partir disso, foi feito um questionário de 13 questões abordando temas de biofísica, saúde ambiental, histologia e antropologia relacionados a assuntos sobre a água, onde foi entregue individualmente para os entrevistados.
3 RESULTADOS
Gráfico 1
Fonte: Autores da pesquisa
Gráfico 2
Tratamento de esgoto doméstico
Fonte: Autores da pesquisa
* Não sabe onde é despejado
Gráfico 3
Consumo diário de água
(litros)
Fonte: Autores da pesquisa
* A média de água ingerida entre os entrevistados é de 1,8 litros
Gráfico 4
Relação da água com o surgimento de doenças
Fonte: Autores da pesquisa
Gráfico 5
Medidas de tratamento
Fonte: Autores da pesquisa
Gráfico 6
Conhecimento de doenças relacionada a baixa
qualidade de água
Fonte: Autores da pesquisa
* Pessoas que afirmam que a falta de água não está relacionada a doença
Gráfico 7
Doenças relacionadas a má qualidade de água
Fonte: Autores da pesquisa
Gráfico 8
Alterações na urina
Fonte: Autores da pesquisa
Gráfico 9
Distribuição de água
Fonte: Autores da pesquisa
* Mas não de forma eficaz
Gráfico 10
Qualidade da água fornecida
Fonte: Autores da pesquisa
Gráfico 11
Grau de importância da água para a gestação
Fonte: Autores da pesquisa
Gráfico 12
Relação entre qualidade da água e malformação do feto
Fonte: Autores da pesquisa
* Nem toda água contaminada causará patologias
Gráfico 13
Importância da água para o desenvolvimento das civilizações
Fonte: Autores da pesquisa
Gráfico 14
Importância da sudorese
Fonte: Autores da pesquisa
* Ajuda no controle da temperatura
4 DISCUSSÕES 
	Segundo Junior e Paganini (2009), no Brasil o déficit de saneamento básico é elevado, sobretudo no que se refere ao esgotamento sanitário. Essa carência de saneamento é dada principalmente pela falta de políticas públicas, desvio de verbas e pela insuficiência de instrumento de regulamentação e regulação. Observou-se que dentre os entrevistados (gráfico 2), 38% afirmam que talvez haja tratamento correto do esgoto doméstico, entretanto, não sabem como ocorre e nem onde é despejado. 35% disseram que não sabem informar se há tratamento dos resíduos domésticos em sua cidade. 12% afirmaram que não existe nenhum tipo de tratamento, e apenas uma parcela de 15% dos entrevistados alegou que existe tratamento.
 	José Carlos Bruni (1994) diz que, todo ser vivo deve manter o suprimento de água no organismo próximo do normal, ao contrário disso morrerá. Um homem pode viver sem alimento sólido durante semanas, mas sem água conseguiria sobreviver apenas alguns dias. O ser humano necessita de cerca de 2,5 litros de água por dia para manter seu funcionamento corporal, podendo encontrar também em alimentos de que contenham água. O gráfico 3 mostra a quantidade relativa de água ingerida pela amostra de pessoas pesquisadas, 50% disseram ingerir de 1 a 2 litros de água por dia, enquanto apenas aproximadamente 7% afirmaram ingerir 3 litros ao dia.
A água pode ser uma via de transmissão de algumas doenças, principalmente as que estão relacionadas pela falta de saneamento básico nas periferias e em alguns bairros mais carentes dos centros urbanos. A pesquisa mostrou que quase uma totalidade dos entrevistados (gráfico 4), correspondente a um percentual de 96%, afirmaram que a água pode sim ter relação com o surgimento e contaminação de certas patologias; apenas 4% indicou que talvez houvesse essa relação já que para eles nem toda água sem tratamento pode ser contaminada ou pode trazer algum problema para a saúde pública. (RIBEIRO e ROOKE 2010).
	De acordo com Trovó (2002), em sua obra publicada na Revista da Escola de Enfermagem da USP, sugere que a enfermidade humana surgiu com a aparição do homem sobre a terra, bem como a necessidade de combatê-la, isso implica dizer que desde a evolução do ser humano, o mesmo sempre busca mecanismos para sanar suas patologias de variadas formas. Na idade média, culturalmente o processo saúde-doença sempre esteve atrelado com a ordem divina, todavia, no Renascimento, a ciência inicia-se seu desenvolvimento e compõe o modelo de medicina tradicional oriental. Diante disso, no gráfico 5, verifica-se uma grande influência do Renascimento cultural, na qual uma ampla parcela de 84% dos entrevistados, em caso de enfermidade, optaria pelo modelo biomédico tradicional, confirmando a influência da cultura ocidental. Soma-se, ainda, 8% que buscaria tratamento à base de chás medicinais e 4% trataria com curandeiros/benzedeiros, ambos os dados demonstrando a influência da cultura afro-indígena, além desses, 4% optaria por tratamento espiritual. A diversidade de tratamentos dar-se pelo emaranhando cultural que o Brasil apresenta.
De acordo com Heller (1998), os estudos demonstram que a população que é mais afetada pela falta de saneamento, são aqueles de classe social mais baixa e em locais que não são desenvolvidos e não tem tratamento correto da água. Essa relação explica a maioria dos entrevistados não saberem da interligação da falta de saneamento e com o aparecimento das enfermidades. A relação entre a baixa qualidade da água fornecida e as doenças é conhecias pela maioria da população. De acordo com a pesquisa realizada, embora a maioria dos indivíduos possuírem nível superior (incompleto) de escolaridade, o gráfico 6 demonstra que 15% dos entrevistados disseram já ter sido acometido por alguma doença causada pela falta de qualidade da água, já 31% afirmaram conhecer alguém afetado por doenças relacionadas à falta de qualidade da água. E já mais da metade dos entrevistados (54%) indicam não conhecerem alguém que tenha contraído alguma patologia relacionada com a qualidade da água. Nenhum entrevistado assinalou que não sabe se existe relação entre a qualidade da água e as doenças.
Segundo Júlia e Juliana (2010), as doenças relacionadas com a água contaminada podem prejudicar a saúde das pessoas que sofrem com a falta de saneamento. Essas patologias podem ser transmitidas através da ingestão, do uso para atividades de rotina ou até mesmo servindo como criadouro das larvas de mosquitos que são vetores de inúmeras doenças. O gráfico 7 relaciona algumas doenças que estão associadas a água de baixa qualidade. Os resultados obtidos mostram que 83% dos entrevistados afirmaram ter tido ou conhecer alguém que tenha contraído diarreia, e 17% dos entrevistados
afirmaram já ter contraído ou conhecer alguém que tenha contraído ascaridíase, ambas doenças causadas pela ingestão de água contaminada. Isso comprova a importância do tratamento dos resíduos hídricos utilizados pela população para manutenção das suas necessidades e para evitar esses problemas relacionados à saúde pública.
 Segundo Pinheiro (2017), a urina humana é habitualmente amarelada, podendo haver variações no tom do amarelo de acordo com a quantidade de água presente na mesma. Uma urina acastanhada ou amarela escura normalmente é uma urina extremamente concentrada, devido à pouca quantidade de água disponibilizada pelos rins para diluí-la. Com isso, o amarelo muito intenso pode ser causa de alguma doença, como a hepatite que provoca um escurecimento na urina. Com base isso, observou-se no gráfico 8 que mais da metade das pessoas entrevistadas (61%) não notaram nenhuma alteração na coloração da urina, enquanto 5% relataram haver mudanças habituais na coloração.
De acordo com Carlos Trucci e Ivanildo Hespanhol (2011), a região Norte do Brasil é a mais abundante em água, porém é a menos ocupada e menos desenvolvida industrialmente. A região nordeste é uma das regiões que abriga os maiores problemas sociais e a população mais carente que sofre com a falta de água e com temperaturas bastante elevadas. O gráfico 9 aborda o resultado da pesquisa referente a distribuição de água realizada em Teresina, 72% dos entrevistados afirmaram que a distribuição feita no seu bairro é eficaz e que não tem problemas referentes a isso, enquanto 12% alegou que a distribuição é feita mas não é eficaz, as vezes a falta de água prejudica as atividades rotineiras da população; 16% restantes disseram que não sabem informar.
De acordo com o Ministério da Saúde (2006), a água pode veicular várias enfermidades por diferentes meios, e o meio mais comum é por meio da ingestão, ou seja, quando o indivíduo ingere água ela pode conter componentes com potencias patológicos nocivos à saúde. Os maiores meios de propagação dessas doenças estão relacionados à falta de vigilância e controle da qualidade da água fornecida. Tanto a quantidade e a regularidade da água em seu fornecimento são fatores determinantes quando falamos em enfermidades que atingem o ser humano. No gráfico 10 pode-se notar que uma ampla parcela de 74% dos entrevistados respondeu que a qualidade da água fornecida em seus bairros é boa, 22% responderam que é média, 4% não souberam informar, e nenhum afirmou que a qualidade é ruim.
A gestação acarreta uma série de transformações no organismo, com a finalidade de garantir o crescimento e desenvolvimento do feto, para que ao final da gestação a mulher se encontre em condições satisfatórias e apta para o processo de lactação. É necessário o aumento da ingestão de agua durante o período gestatório para que o corpo combata a desidratação, uma complicação severa que pode afetar o correto desenvolvimento do cérebro do feto (YAZLLES, 2009).
Além disso, ingerir mais de 2 litros de agua por dia é bastante benéfico para evitar a retenção de liquido própria do período de gestação. A agua protege o feto já que produz a quantidade necessária de líquido amniótico (liquido que envolve, protege e suporta o desenvolvimento do feto durante a gravidez) proporcionando uma melhor oxigenação para o feto, é importante destacar também que o consumo de agua durante o terceiro trimestre de gravidez pode evitar um parto prematuro. Na análise do gráfico 11, percebe-se evidentemente que a maioria entrevistados, cerca de 92% dos entrevistados afirmam que é “Muito importante” a água para a gestação, e 8% classificaram apenas como “Importante” (ROSOSCHANSKY, 2008).
Diante do exposto por Lopes e Berto (2013), A toxoplasmose é uma infecção causada pelo Toxoplasma gondii, na qual os felídeos são os hospedeiros definitivos, enquanto o ser humano é o seu hospedeiro intermediário. A contaminação se dá pelo contato com as fezes de animais de estimação, como o gato, entretanto, não é a única via de contaminação, a ingesta de água contaminada pelo protozoário torna-se um meio de contrair a patologia, gestantes a Toxoplasmose pode causar aborto espontâneo, malformação do feto, podendo ainda provocar cegueira. No gráfico 12, percebe-se quem em sua maioria, 74% dos entrevistados assinalam que existe relação entre a qualidade da água fornecida e a malformação do feto, enquanto 26% indicam que talvez cause patologia, contudo, alegam que nem toda água contaminada causa enfermidades.
Conforme Faber (2011), a água foi um dos fatores definitivos, quiçá o mais importante, para a formação das primeiras civilizações, visto que até o período Neolítico os seres humanos viviam de forma nômade, sempre em busca de alimentos e água. Logo, a exemplo, cita-se a Mesopotâmia, que foi uma região situada entre os rios Tigres e Eufrates a qual possuía um solo fértil que possibilitava 2 colheitas anuais, de modo que os antigos nômades passaram a se fixar em um só lugar. Nota-se, pois, que antropologicamente falando, a água foi um fator de agregação, da qual se possibilitou o desenvolvimento de grandes nações como a Babilônia, próspera cidade agrícola. Diante disso, no gráfico 13, percebe-se que de 26 entrevistados, 23 classificaram a água como “Muito importante” no desenvolvimento das civilizações, 2 pessoas assinalaram que era somente “Importante”, e uma indicou “Pouca importância”. Fica evidente que mesmo com alguma diversidade nas respostas, todos atribuíram alguma importância da água em relação a desenvolvimento das civilizações, confirmando o seu valor.
Segundo Vimeiro-Gomes e Rodrigues (2001) a sudorese é o principal mecanismo dissipador de calor durante hiperatividade corpórea em ambientes quentes, logo, a água é de suma importância para o ser humano e para todo o seu organismo, sua presença é de extrema importância para que ocorra os processos metabólicos e celulares do corpo humano. A água participa da digestão, absorção, circulação e excreção que ocorre no organismo. Ela participa também diretamente da regulação de temperatura corporal. A agua é expelida do organismo através da urina, pele (sudorese) e pelas fezes. No gráfico 14, é notável uma ampla porcentagem, quase que em sua totalidade, de 94% dos entrevistados afirmando que a Sudorese é importante, alegando, ainda, que esse mecanismo ajuda no controle de temperatura do corpo, o restante, 6% não souberam informar a importância.
	
	
	
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
	Nota-se, portanto, a importância da água tanto para o bom funcionamento do organismo, quanto o desenvolvimento das nações. A partir disso, é indubitável que a água possui um valor imensurável e fundamental para progresso, é correto afirmar que sem água não haveria o bom funcionamento fisiológico, nem qualquer possibilidade de vida, soma-se, ainda, a constatação de que a água é uma questão de saúde pública, com base no questionário aplicado aos entrevistados e a análise das respostas dos mesmos.
A interdisciplinaridade fez-se presente nesse trabalho como uma maneira de classificar o grau de importância dos recursos hídricos com base na visão das disciplinas envolvidas como: saúde e educação ambiental, biofísica, histologia e embriologia, antropologia filosófica, além da bioestatística como maneira de processamento dos gráficos de acordo com os resultados obtidos, a fim de atingir os objetivos do trabalho de verificar a opinião dos entrevistados acerca das condições da água sua importância para o bom funcionamento fisiológico, e o bem-estar ambiental.
Sabe-se que os recursos hídricos, ao contrário do que o senso comum tem em mente, é um bem finito. Logo, a Saúde e Educação Ambiental, faz-se presente no intuito de que a preservação da água é de suma importância, tanto para o equilíbrio ecológico, como para o equilíbrio do corpo humano, estabelecendo-se uma relação harmônica. Ademais, a disciplina induz a reflexão que todo ser humano deve ter a respeito da preservação desse bem, evitando-se o desperdício, e a poluição.
O corpo é composto em sua maioria por água, variando de acordo com cada estágio da vida, um adulto saudável possui em média 70% do corpo composto por água. Na Biofísica, verifica-se a importância da água, por ela ser um elemento de alto calor específico, evitando-se variações bruscas de temperatura, além de um calor de vaporização, a qual confere um mecanismo de redução da temperatura corpórea quando o corpo estar em hiperatividade, provocando a sudorese, mecanismo o qual, de acordo com a pesquisa, verificou-se que praticamente todos os entrevistados atribuíram que o suor participava no corpo humano equilibrando a sua temperatura.
A manutenção da água é de importância inquestionável, como já mencionado, sobretudo na sua manutenção de qualidade, entre os grupos de risco de uma má qualidade dá água fornecida estão as gestantes, é indubitável que para a perpetuação da espécie seja necessário manter uma boa qualidade na água fornecida para as grávidas, de modo a evitar-se contaminação por patógenos que possam provocar danos ao feto e a mãe, como a toxoplasmose, como explicado pelo Histologia e Embriologia. Soma-se, ainda, que a água assume um papel fundamental na formação do líquido amniótico, composto aproximadamente por 99% de água, que protege o feto contra impactos e movimentos bruscos.
Verifica-se, ainda que, Antropologicamente, é atribuída a água uma capacidade de agregação de povos, isso se comprova com a fixação de civilizações antigas na região da mesopotâmia, a qual por ser banhada por dois rios, possuía um solo muito fértil que possibilitou o desenvolvimento da agricultura. Outrossim, analisa-se, ainda, na perspectiva antropológica, que de acordo com os resultados obtidos nas entrevistas acerca de qual tratamento o indivíduo utilizaria em caso de adoecimento por ingestão de água contaminada, percebe-se que para uma mesma doença relacionada aos recursos hídricos, há uma variância quanto ao método de tratamento, influenciado pelos padrões culturais na qual o ser estar imerso, sendo a cultura um dos principais objetos de trabalho da Antropologia.
A relevância da Bioestatística se dá nesse trabalho interdisciplinar, por meio da utilização de métodos qualitativos e quantitativos, bem como o processamento dos gráficos a partir dos resultados obtidos pela aplicação de um questionário em uma amostra de 26 pessoas da cidade de Teresina – PI, com intuito de analisar e interpretar as diversas respostas obtidas. 
Por conseguinte, é perceptível que os resultados obtidos demonstram uma diversidade de opiniões, influenciada por alguns padrões culturais, todavia, os resultados analisados, em sua totalidade, concordam a respeito do valor imensurável que a água possui. Ademais, as disciplinas envolvidas nesse trabalho, configuram-se, cada uma, como um subconjunto, na qual a uniam de todas formam um conjunto, em que todas atribuem valor igualitário acerca da importância biológica, cultural e ambiental da água.
REFERÊNCIAS
BARDIN, Laurence. Análise de conteúdo. São Paulo: Edições 70, 2011.
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Vigilância e controle da qualidade da água para consumo humano/ Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde. – Brasília : Ministério da Saúde, 2006. 212 p. – (Série B. Textos Básicos de Saúde).
BRUNI, José Carlos. Água e a vida. Tempo social; Rev.Sociol.USP, S. Paulo, 5(1-2): 53-65, 1993 (editado em nov. 1994)
CERVO, A. L; BERVIAN, P.A. Metodologia científica. São Paulo: Mc Graw-Hill do Brasil, 2013.
FABER, Marcos. A importância dos rios para as primeiras civilizações. História ilustrada, v. 2, 2011.
FLICK U. Uma introdução à pesquisa qualitativa. Tradução de Samira Netz. 2 ed. Porto Alegre, Brookman, 2014.
GIL, Antônio Carlos, 1946. Como elaborar projetos de pesquisa/Antônio Carlos Gil. 4 ed. São Paulo, 2013.
HELLER, Léo. Relação entre saúde e saneamento na perspectiva do desenvolvimento. Ciência & Saúde Coletiva, v. 3, n. 2, 1998.
JUNIOR, Galvao; DE CASTRO, Alceu; DA SILVA PAGANINI, Wanderley. Aspectos conceituais da regulação dos serviços de água e esgoto no Brasil. Engenharia Sanitária e Ambiental, v. 14, n. 1, p. 79-88, 2009.
LOPES, Cristiane Claudino Heil; BERTO, Bruno Pereira. Aspectos associados à toxoplasmose: Uma referência aos principais surtos no Brasil. Saúde & Ambiente em Revista, v. 7, n. 2, p. 1-7, 2013.
PINHEIRO, Dr. Pedro. Md Saúde. 22 de Outubro de 2017. https://www.mdsaude.com/2008/10/urina-colorida.html (acesso em 17 de Novembro de 2017).
RIBEIRO, Júlia Werneck; ROOKE, Juliana Maria Scoralick. Saneamento básico e sua relação com o meio ambiente e a saúde pública. Juiz de Fora, MG, 2010.
ROSOSCHANSKY, J (2008). Trial controlado e randomizado da hidratação oral materna com solução isotônica em gestantes com normodramnia. Faculdade de Medicina de Botucatu -UNESP, 21-22
TROVÓ, Monica Martins et al. Terapias alternativas/complementares a visão do graduando de enfermagem. Revista da Escola de Enfermagem da USP, v. 36, n. 1, p. 80-87, 2002.
TUCCI, Carlos EM; HESPANHOL, Ivanildo; CORDEIRO NETTO, Oscar de M. Gestão da água no Brasil. 2001
VIMEIRO-GOMES, Ana Carolina; RODRIGUES, Luiz Oswaldo Carneiro. Avaliação do estado de hidratação dos atletas, estresse térmico do ambiente e custo calórico do exercício durante sessões de treinamento em voleibol de alto nível. Rev. paul. educ. fís, v. 15, n. 2, p. 2101-2111, 2001.
YAZLLE, Marta Edna Holanda Diógenes et al. Gravidez na adolescência: uma proposta para prevenção. Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, v. 31, n. 10, p. 477-479, 2009.
APÊNDICES
Faculdade Santo Agostinho
Curso de Bacharelado em Enfermagem
Atenção: esses dados não serão relevados, serve apenas como forma de regulagem
Idade______
Grau de escolaridade:
( ) Nível fundamental ( ) Completo ( ) Incompleto
( ) Nível médio ( ) Completo ( ) Incompleto
( ) Nível superior ( ) Completo ( ) Incompleto 
( ) Nenhuma das alternativas
QUESTIONÁRIO
Q-1) Na sua cidade, há tratamento correto do esgoto despejado pelas casas?
( ) Sim, há tratamento adequado do esgoto
( ) Não existe tratamento de esgoto 
( ) Talvez, mas não sei onde é despejado
( ) Não sei informar
Q-2) Quantos litros de água você bebe por dia? 
( ) Menos Que 1L
( ) Entre 1 e 2L
( ) Entre 2 e 3L
( ) Mais que 3L
( ) Não sei informar 
Q-3) Conhece alguém que teve ou tem alguma doença relacionada a falta de tratamento de água?
( ) Sim, eu mesmo
( ) Sim, tenho conhecidos
( ) Não conheço
( ) Não, a falta de água não está relacionado a doenças
Q-4) Com base na pergunta anterior, caso sua resposta tenho sido afirmativa, qual dessas doenças abaixo você contraiu ou conhece alguém que tenha contraído? 
( ) Diarreia 
( ) Ascaridíase (lombriga)
( ) Amebíase (ameba)
( ) Hepatite A ou E
( ) Outras. Quais?
Q-5) Se você contrair alguma doença causada pela ingestão de água contaminada qual dos tratamentos abaixo você buscaria?
( ) Medicina tradicional 
( ) Tratamento espiritual
( ) Tratamento a base de chás caseiros
( ) Curandeiros/Benzedeiros 
Q-6) Quanto a sua urina, tem notado um odor forte ou cor muito amarelada? 
( ) Não, ela costuma sair clara
( ) Sim, percebo uma mudança de cheiro e cor
( ) Não há mudança na coloração mas há mudança no odor
( ) Não presto atenção a isso
Q-7) A distribuição de água é feita de maneira correta em seu bairro?
( ) Sim, de forma bem eficaz 
( ) Funciona, mas não corretamente
( ) Não é feita de forma eficaz
( ) Não sei informar
Q-8) Qual a qualidade da água fornecida?
( ) Boa, nunca tive problemas
( ) Média pois já tive algumas infecções 
( ) Ruim, já tive vários problemas de saúde
( ) Não sei informar
Q-9) Você acha que é possível adquirir doenças por meio da água?
( ) Sim
( ) Não
( ) Talvez
( ) Não sei
Q-10) Para você, qual a importância da ingestão de água para uma mulher grávida?
( ) Muito importante
( ) Importante
( ) Pouco importante
( ) Nenhuma importância
Q-10) Para você a ingestão de água contaminada por uma gestante pode causar problemas relacionados a má formação do feto?
( ) Sim, pode causar algumas doenças
( ) Não há nenhuma relação 
( ) Talvez, pois nem toda água contaminada causará patologias 
( ) Não sei informar 
Q-11) Na sua opinião, qual a importância da água para o desenvolvimento das civilizações?
( ) Muito importante
( ) Importante
( ) Pouco importante
( ) Nenhuma importância
Q-12) Você acha que usa a água de maneira racional, sem desperdiçá-la? 
( ) Sim, procuro usar sem desperdícios
( ) Às vezes, desperdiço um pouco de vez em quando
( ) Não, isso é irrelevante 
( ) Sei que é importante, mas não faço o uso racional 
Q-13) O suor é importante para pessoas que moram em nossa cidade?
( ) Sim, pois ajuda no controle da temperatura
( ) Não tem nenhuma importância 
( ) Não sei informar

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