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PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS P/ ICMS-SP – QUESTÕES FCC 
PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI 
www.pontodosconcursos.com.br 1
AULA 0: ORTOGRAFIA 
 
Olá, pessoal 
 
Com a publicação do edital para o concurso de Agente Fiscal de 
Rendas do Estado de São Paulo, vulgo ICMS/SP, é hora de “afiar as 
garras” e sedimentar os conhecimentos. Então, nada melhor do que 
praticar (exercícios, muitos exercícios) como forma de rever a matéria. 
O propósito deste curso é estudar os principais tópicos da Língua 
Portuguesa a partir da resolução de questões de prova da Fundação 
Carlos Chagas, banca examinadora desse certame. 
Nessa disciplina, as provas elaboradas pela FCC são, em geral, muito 
bem feitas, com textos de leitura agradável, na maioria das vezes (ao 
contrário do que faz, por exemplo, a ESAF), explorando de forma clara 
o domínio da compreensão textual. Com calma e atenção, o candidato 
é capaz de acertar, senão todas, pelo menos a maior parte das 
questões de interpretação. Essas costumam ser as primeiras questões 
da prova e representam algo em torno de 30% da prova. 
Em seguida, a banca explora conhecimentos dos aspectos gramaticais, 
e é nesse ponto que “mora o perigo”. Algumas questões exigem do 
candidato domínio das regras da gramática normativa (norma culta). 
Em nosso curso, faremos uma breve revisão dessas regras e, sempre 
que possível, serão apresentadas dicas que possam auxiliar o 
candidato a compreendê-las e memorizá-las. 
Serão 6 (seis) encontros, incluindo este, em que comentaremos 
questões aplicadas nas provas da FCC sobre os principais pontos da 
Língua Portuguesa. 
O programa, apesar de traçado em poucas linhas no edital, é muito 
extenso. Por isso, abordaremos os principais tópicos, ou seja, aqueles 
que são recorrentemente exigidos nas provas dessa banca, como 
ortografia, verbos, concordância, regência, pronomes, crase e 
pontuação. 
Da mesma forma que fizemos em outra turma de exercícios, questões 
que abordem um único assunto serão reproduzidas na íntegra. As que 
explorem assuntos diversos na mesma questão serão tratadas de 
forma diferente: terão cada opção separada por assunto e sua 
correção será analisada sob a forma de certo ou errado (como nas 
provas da Cespe/UnB). Assim, o enunciado original dessas questões 
será modificado para “julgue a assertiva abaixo” ou algo parecido. 
PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS P/ ICMS-SP – QUESTÕES FCC 
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Ao fim de cada aula, será apresentada a lista com todos os exercícios 
nela comentados, para que o aluno, a seu critério, os resolva antes de 
ver o gabarito e ler os comentários correspondentes. 
A aplicação das provas está prevista para os dias 30 de abril e 1º de 
maio, então não percamos mais tempo e vamos ao estudo, afinal, 
serão 40 questões de Língua Portuguesa e essa é a segunda 
disciplina no critério de desempate (atrás somente de Raciocínio 
Lógico e antes mesmo de Legislação Tributária – ou seja, os 
examinadores querem alguém que tenha um bom raciocínio - rápido, 
de preferência - e que domine a língua pátria. O principal instrumento 
de trabalho - a legislação estadual – acabou em terceiro plano!!!!). 
Nosso assunto de hoje é ORTOGRAFIA. 
Gosto muito de iniciar o nosso estudo alertando para o fato de que 
ninguém é obrigado a conhecer TODAS as palavras da língua. Logo, 
não é vergonha nenhuma desconhecer o significado de uma ou outra. 
É comum esta banca exigir questões exclusivas de ortografia, muitas 
vezes simples. Mas, de qualquer forma, não podemos nos descuidar, 
tampouco menosprezar o “adversário” (a banca). Havendo dúvidas, 
procure o “pai dos burros” e veja como se escreve determinada 
palavra. 
O estudo da ORTOGRAFIA abrange: 
1 - EMPREGO DE LETRAS (s/z; sc/sç/ss; j/g; izar/isar; etc) 
2 - ACENTUAÇÃO GRÁFICA 
3 - USO DE OUTROS SINAIS DIACRÍTICOS (principalmente o HÍFEN e 
o TREMA) 
Como nosso estudo será o mais objetivo possível, lembro-lhe que a 
palavra derivada costuma conservar a grafia da palavra 
primitiva. Por exemplo, normalmente se usa “x” após “en” (enxuto, 
enxovalhar), mas isso não acontece com encher, que deriva de cheio, 
ou com encharcado, que provém de charco (pântano), pelo fato de o 
dígrafo “ch” já constar da palavra primitiva. “Costuma”, porque raras 
vezes podemos nos deparar com alguns casos (excepcionais) que 
buscam na etimologia a mudança das letrinhas, por exemplo, estender 
e extensão (o substantivo que manteve o x da forma verbal latina 
extendere, segundo Aurélio) ou catequese e catequizar. 
Recentemente, em uma prova da ESAF, a “bola da vez” foi o verbo 
que tem relação semântica com “dispêndio”. Você sabe qual é e como 
ele é grafado? Acertou quem respondeu: “despender”, com “e” na 
primeira sílaba. Isso porque houve alteração na formação do verbo e 
este se desligou de sua origem latina (“dispendere”, com “i”). Nada 
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impede que estas palavras sejam exploradas também pela FCC, não é 
mesmo? 
Outra dica preciosa: na dúvida com relação à grafia de uma palavra 
que sofreu algum processo de transformação (substantivo derivado de 
verbo ou substantivo derivado de adjetivo), busque a grafia de outra 
palavra conhecida sua (que servirá de paradigma), tomando o 
cuidado de observar se esta sofreu o mesmo processo daquela. Aquilo 
que aconteceu com uma irá acontecer com a outra também. 
Veja os exemplos. 
compreender -> compreensão / pretender -> pretensão 
permitir -> permissão / emitir -> emissão 
conceder -> concessão / retroceder -> retrocessão 
Também podem ser objeto de prova as palavras que, apesar de 
“parecidas” não são sinônimas – são os parônimos, que veremos em 
uma das questões aqui estudadas. 
Então, mãos à obra! Vamos às questões de prova da FCC e bom 
estudo! 
 
ORTOGRAFIA 
1 - (Técnico TRE AP/Janeiro 2006) Está correta a grafia de todas as 
palavras da frase: 
(A)) Só os inescrupulosos continuam a gastar água sem analisar as 
conseqüências. 
(B) O consumo excecivo de energia pode, um dia, vir a se tornar uma 
contravensão. 
(C) Os que menospresavam o valor da água passaram a reconhecer 
sua escassês. 
(D) Das turbinas de uma uzina a uma lâmpada acesa, o caminho é 
longo e sinuozo. 
(E) Se a falta de energia fosse algo imprevizível, desculparíamos o 
coxilo dos responsáveis. 
 
Gabarito: A 
Comentário. 
Vamos observar a grafia correta de alguns vocábulos apresentados na 
questão: 
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(B) As duas incorreções estão nas grafias de: 
- excessivo - que é em excesso, derivante de “exceder”, que não 
deve ser confundido com “exceção”, que deriva de excetuar; 
- contravenção - cuja origem remonta ao verbo “contravir”, ou seja, 
“vir em sentido contrário”, transgredir, infringir. 
(C) - menosprezavam – “prezar menos”, desprezar; se “prezado” é o 
tratamento que se dá a quem é “querido”, “estimado”, menosprezado 
e desprezado têm significado oposto; contudo, a grafia é a mesma, 
pois todos esses vocábulos têm a mesma origem e devem apresentar 
a letra “z”; 
- escassez – substantivo abstrato relativo a “escasso” e, por isso, 
apresenta a mesma grafia do adjetivo. A terminação “ez/eza” se aplica 
aos substantivos derivados de adjetivos: escasso – escassez / tímido – 
timidez / rígido – rigidez / grande - grandeza. Já a terminação 
“ês/esa” é empregada em adjetivos pátrios, como “holandês”, 
“português”, “calabresa” (em caso de dúvida, dê uma olhadinha em 
nosso Ponto 3 – Ortografia, na área aberta do Ponto). 
(D) usina (se você achou que esse erro foi gritante, espere só para ter 
uma surpresa...) e sinuoso - o sufixo nominal “-oso” denota “provido 
ou cheio de” (primeira acepção); por isso, “cheiroso”, “gostoso”, 
“afetuoso” são escritos com “s”. Como mencionamos no início do 
nosso estudo, essa comparação muitas vezes auxilia na hora da 
dúvida. 
(E) - imprevisível– como o adjetivo referente a “ver” é “visível”, esta 
grafia se emprega também em “imprevisível” (que não tem verbo 
correspondente – não existe o verbo “imprever”). Mais uma vez, a 
regra do paradigma poderia auxiliar na resolução da questão. 
- cochilo – palavra de origem africana que, segundo Aurélio, significa 
“sono leve”. 
 
2 – (Analista Judiciário TRT 13ª Região / Dezembro 2005) Estão 
corretos o emprego e a grafia de todas as palavras na frase: 
(A) Há discussões que chegam a um tal estado de paradoxismo que 
fica improvável alguma solução que se adeque à expectativa dos 
contendores. 
(B) Os candidatos, em suas altercalções num debate, costumam 
dissiminar mais injúrias um contra o outro do que esclarecimentos ao 
eleitorado. 
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(C) A democracia, por vezes, constitue uma espécie de campo de 
provas que poucos candidatos estão habilitados a cruzar prezervando 
sua dignidade. 
(D) Se os eleitores fossem mais atentos à inépsia dos candidatos, não 
se deixariam envolver por tudo o que há de falascioso nos discursos de 
campanha. 
(E)) Crêem muitos que há obsolescência na democracia, conquanto 
ninguém se arvore em profeta de algum outro regime que pudesse ser 
mais bem sucedido. 
 
Gabarito: E 
Comentário. 
Vamos analisar as incorreções de cada um dos itens. 
(A) A incorreção deste item está na conjugação verbal de “adequar” na 
terceira pessoa do singular do Presente do Indicativo. Como veremos 
na aula apropriada (Verbos – Conjugação), este é um verbo defectivo, 
ou seja, que apresenta “defeito”, pois, no presente do indicativo, 
apenas é conjugado nas primeira e segunda pessoas do plural. Aliás, 
veremos que esse “defeito” só aparece no presente do indicativo (e 
formas derivadas desse tempo verbal), sendo os verbos defectivos 
perfeitamente conjugados em qualquer outro tempo passado ou 
futuro. 
Está correta a forma “contendores”. “Contenda” significa “discussão”, 
“debate”. Então, aquele vocábulo designa os serem que praticam 
essas ações, ou seja, os debatedores. 
(B) Estão incorretas as grafias dos vocábulos altercações (“altercar” 
significa “discutir”. Portanto, “altercações” é o mesmo que 
“discussões”). Essa era uma palavrinha de difícil identificação, pois 
normalmente não faz parte do vocabulário padrão. Mas a banca 
resolveu “aliviar” a mão e colocou, em seguida, a palavra disseminar 
incorretamente grafada. Disseminar tem o sentido originário de 
“semear”. Por analogia, passou a significar “difundir, espalhar, 
propagar”. 
(C) Os dois deslizes ortográficos são: 
- a forma verbal constitui – muito comum o erro na conjugação dos 
verbos terminados em –uir (como “concluir”, “destituir”, “possuir”), na 
conjugação da terceira pessoa do singular no presente do indicativo 
(ele constitu...?). 
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A explicação é que os verbos terminados em “ir” (partir, ferir, decidir) 
recebem na desinência a letra “e” – PARTIR: ele parte / eles partem - 
FERIR: ele fere / eles ferem - DECIDIR: ele decide / eles decidem. 
Fica fácil, então, usar o mesmo critério com os verbos terminados em 
hiato, como é o caso de ‘CONSTITUIR’(–uir). No entanto, nesses 
verbos, a conjugação da 3ª pessoa do singular (ele/ela/você) termina 
com a letra “i” – CONSTITUIR: constitui – CONCLUIR: conclui - 
OBSTRUIR: ele obstrui – POSSUIR: ele possui. 
Mas, CUIDADO!!! Essa variação só ocorre na 3ª pessoa do singular. Na 
3ª pessoa do plural, retoma-se a desinência “EM” (com “E”): 
CONCLUIR: eles concluem - OBSTRUIR: eles obstruem – POSSUIR: 
eles possuem. 
- preservando – o verbo “preservar” é escrito com “s”, e não com 
“z”, como apresentado. 
(D) Os dois vocábulos incorretos são inépcia (que significa “falta 
absoluta de aptidão”) e falacioso(que deriva de falácia, com “c”). 
Aproveitamos a menção à palavra “inépcia” para tratar de consoantes 
mudas. Devemos ter cuidado com algumas palavras especiais: 
AFICIONADO (tem apenas um “c” – formalmente, não existe 
“aficcionado”), ABRUPTO , OPTAR (cuidado na conjugação do verbo, 
em que a letra “p” é muda – eu opto, tu optas...). Outras (e suas 
derivadas) facultam a colocação da letra muda – CONTA(C)TO, 
INFE(C)ÇÃO, CORRU(P)ÇÃO, A(C)CESSÍVEL (com o “c” dobrado, 
pronuncia-se <cs>), como o “x” de táxi). Não acredita? Consulte o 
Aurélio. 
Outra palavra perigosa é “CARÁTER”. O plural correspondente busca 
em sua origem latina a grafia CARACTERES (“Aquele rapaz é um mau 
caráter. Aqueles rapazes são uns maus caracteres”). 
 
3 – (PROCURADOR TCE AM /Fevereiro 2006) Está clara e correta a 
redação da seguinte frase: 
(A)) Não basta, para o economista ético, fazer uma boa análise do 
processo produtivo em si mesmo; interessa-lhe, sobretudo, contribuir 
objetivamente para o fortalecimento do sentido social desse projeto. 
(B) Ao avalisar, legitimar e referendar a produção da civilização atual, 
com a qual não é capaz de discordar, o economista técnico contribue 
apenas no sentido de confirmar o que se consolida economicamente. 
(C) Quanto aos três grandes desafios que se deve enfrentar, o 
economista ético deverá de compor algumas das contradições atuais, 
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entre elas garantir a manutenção do emprego ao par do avanço 
tecnológico. 
(D) Segundo a tese de que toda época histórica ressalta seus 
sacerdotes superiores, infere o autor de que o nosso tempo se 
caracteriza pelo previlegiamento da condição dos economistas. 
(E) O economista técnico supõe que toda a economia é regida graças 
às leis de demanda e oferta, motivo porque ele se aplica tão somente 
em referendar o sistema globalizado vijente em nossos dias. 
 
Gabarito: A 
Comentário. 
(B) Já falamos que uma palavra normalmente conserva a grafia da 
palavra primitiva. Se esta já apresentava a letra “s” em sua grafia, a 
palavra derivada irá manter essa letra. Assim, “paralisar” se escreve 
com “s” por causa de “paralisia”. Se não havia a letra “s” na primitiva, 
a palavra derivada irá receber um “z”. Por isso que “imunizar”, que 
deriva de imune, se escreve com “z”. 
A partir desse conceito, diga-me: “avalisar” (assim está na questão) 
deriva de qual palavra? Resposta: “aval”. E “aval” possui a letra “s”? 
Resposta negativa. Então, qual a letra que devemos colocar? A letra 
“z”, grafando “avalizar”, assim como em computadorizado 
(computador), comercializar (que deriva de “comercial”), e paizinho 
(diminutivo de “pai”). 
Enquanto isso, analisar (análise), atrasar (atraso) e paralisar 
(paralisia) são escritas com “s”. 
O outro erro de grafia desse item está na conjugação do verbo 
“contribuir”. Como já mencionamos na correção do item “c” da 
questão anterior, os verbos terminados em –uir recebem na 3ª pessoa 
do singular a desinência “i” – contribui. Mais sobre isso será abordado 
na aula sobre verbos - conjugação verbal. 
Finalmente, há um outro erro, desta vez de regência verbal – “alguém 
discorda DE alguma coisa”. Então, correta seria a construção “da qual 
(e não ‘com a qual’) não é capaz de discordar”. Esse assunto será 
explorado na aula sobre Regência. 
(C) O erro é de construção verbal – a locução verbal “deverá compor” 
não necessita da preposição “de”. A construção “ao par de” é 
equivalente a “a par de”, porém menos usual que esta, cujo significado 
é “ao lado de”. 
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(D) Não há registro formal da palavra “previlegiamento”, ou seja, nos 
dicionários e no Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa 
(http://www.academia.org.br/vocabulario/frame11.htm) não existe 
essa palavra. Mesmo que assim o fosse, sua grafia deveria seguir o 
padrão da palavra originária – privilégio, com “i” na primeira sílaba. 
(E) “Vigente” significa“o que vige” (não confunda com “vixe”, muito 
comum na Bahia, inclusive, ressurgido em um sucesso no carnaval de 
Salvador: “Vixe, mainha”. Imagino eu que essa expressão deve ter 
origem em “virgem maria”. Por favor, se algum especialista em 
etimologia de termos baianos estiver entre nós, corrija-me se eu 
estiver errada!). 
De volta ao estudo, como “viger” (ter ou estar em vigor, vigorar) é 
grafado com “g”, a forma nominal correspondente deve conservar a 
mesma letra - vigente. É um verbo defectivo, já que não se conjuga 
na primeira pessoa do singular do presente do indicativo. Vamos 
estudar mais verbos defectivos na aula sobre verbos. Aguarde. 
Outro problema encontrado nessa opção está em “tão somente”. O 
advérbio (forma reforçada de “somente”) deve ter seus elementos 
ligados por hífen: tão-somente, assim como acontece com o 
correspondente “tão-só” (também com hífen). Esse é um dos tópicos 
de ortografia. Uma das funções desse sinal diacrítico é ligar elementos 
que formam palavras compostas. Por isso, há diferença entre “dia a 
dia” (locução adverbial que significa “diariamente”) e “dia-a-dia” 
(locução substantiva equivalente a cotidiano). Atualmente, algumas 
palavras já se encontram “dispensadas”, na língua coloquial, do sinal. 
Um bom exemplo é “ponto de vista”, que originariamente, no sentido 
de “opinião”, era grafado com hífen (“ponto-de-vista”). 
Assim, em questões de prova, todo cuidado é pouco. 
Finalmente, para encerrarmos essa (longa) questão, o último deslize 
foi apresentado na grafia de “porque”. Assunto igualmente longo este. 
Em vários livros voltados para concursos públicos há listas e mais 
listas sobre o “porque” e suas formas (separado com acento, 
separado sem acento, junto com acento, junto sem acento). 
Primeiro devemos entender o motivo da acentuação do vocábulo. 
Quando o pronome ou a conjunção está no início ou no meio do 
período, normalmente a palavra é átona, chegando, por regionalismo, 
a ser pronunciada como “porqui”. Todavia, no fim do período, recebe 
ênfase e passa a ser forte, tônica. É por isso que, nessa posição, 
recebe o acento circunflexo (por quê). Também é acentuado o 
substantivo porquê, que, na mudança de classe gramatical, passou a 
ter uma tonicidade que na forma de pronome ou conjunção não tinha. 
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Em resumo: recebe acento circunflexo o vocábulo tônico, quer 
pronome interrogativo no fim da frase (“Eu preciso saber por quê.”), 
quer substantivo (“Ele não sabe o porquê da demissão.”). 
Se for: 
- conjunção (explicativa ou causal), é junto – porque. 
- pronome relativo acompanhado de preposição (“Há muitas 
razões por que tanta gente presta concurso público.”) é 
separado e pode ser substituído por “pelo qual” e flexões – por 
que. 
- preposição + pronome interrogativo (em pergunta direta ou 
indireta), ele é separado – por que (“Não sei por que você 
não veio.” / “Por que você não veio?” / “Você não veio por 
quê?” – recebeu acento por ser tônico), com a idéia de “por 
qual motivo / por qual razão”. 
Usa-se essa forma também como complemento de expressões 
como eis, daí e em outras em que esteja implícita a palavra 
“motivo” – “Eis por que (motivo) eu não irei à festa.” / “Estive 
doente, daí por que (motivo) não fui à festa.” / “Não há por 
que (motivo) você se aborrecer comigo.”. 
 
4 - (Analista TRT 8ª.Região / Dezembro 2004) Está correta a grafia de 
todas as palavras na frase: 
(A) Nem situações vexatórias, nem repreensões, nem as mais 
diferentes sanções têm evitado que os fumantes dêem vazão ao seu 
vício. 
(B) A admissão de que há o direito do fumante não exclui, propõe o 
autor, direitos outros, sem a excessão dos direitos de quem não fuma. 
(C) Se é certo que há intranzigência por parte de muitos 
antitabagistas, também é certo que muitos fumantes não recuam em 
suas obcessões. 
(D) A vemência dos que se insurgem contra o cigarro é às vezes tão 
intensa que os torna mais incômodos, onde estejam, que os próprios 
tabagistas. 
(E) Tempos atraz, o ato de fumar não estigmatisava: emprestava ao 
sujeito uma aura de elegante compenetração, de nobre austeridade. 
 
Gabarito: A 
Comentário. 
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Estão perfeitamente grafadas todas as palavras dessa opção: 
- “vexatória” é da mesma família de “vexame”, “vexar”, as formas 
variantes “avexar” e “avexado” (muito comuns no Nordeste e 
igualmente corretas), tudo com “x”; 
- a conjugação da terceira pessoa do plural no presente do indicativo 
dos verbos LER, VER, CRER e DAR faz dobrar a letra “e”- lêem, vêem, 
crêem e dêem, exatamente como registrado na questão. Mais adiante, 
voltaremos a tratar disso. 
As incorreções observadas nas demais opções são: 
(B) exceção – já mencionamos a grafia dessa palavra, que se liga ao 
verbo excetuar (e não exceder, como bem observamos na questão 1). 
(C) intransigência – uma das acepções do verbo “transigir” é “chegar 
a um acordo”. Logo, alguém instransigente normalmente não é dado 
ao dialógo, e intransigência é o substantivo que equivale a 
intolerância. Perceba que todos esses vocábulos são escritos com “s”. 
Além disso, obsessão (perseguição) é o ato de obsediar ou 
obsedar, praticado por quem é obsessivo (todos com “s” após o 
“b” mudo). Não se deve confundir com obcecação, ato de obcecar 
(cegar, deslumbrar, induzir a erro), qualidade de quem é obcecado 
(todos com “c” após o “b” mudo). Uma boa forma de memorizar a 
grafia de certos vocábulos é estabelecendo uma comparação deles 
com outros, como fizemos aqui (obsessão x obcecação). Podemos 
fazer isso entre suscitar e sucinto. Veja que o primeiro apresenta o 
dígrafo “sc”, enquanto que o segundo é escrito somente com “c”. Uma 
forma de “guardar” – “sucinto” significa “breve”. Assim, para ser 
breve, economizou-se nas letras e, por isso, colocamos apenas uma (o 
“c”). Seu correspondente é “suscitar”, que se escreve com duas letras 
(“sc”). E aí, gostou? Bem, é uma tentativa de memorização, já que 
muitas vezes, não há justificativa que convença o porquê do uso de 
uma letra e não de outra. 
(D) veemência significa intensidade, eloqüência e deve ser escrito 
com duas letras “e”. 
(E) atrás e estigmatizava (acredito que essa foi a mais fácil de todas 
as opções). Em relação ao segundo vocábulo, lembramos que o 
substantivo correspondente é estigma (marca, sinal) e, assim, o 
verbo a ele correspondente, por não apresentar a letra “s”, recebe a 
letra “z”: estigmatizar. Sobre isso, já falamos no comentário à opção 
(B) da questão 3, quando abordamos a palavra “avalizar”. Agora, na 
próxima questão, observe como esse assunto se repete nas provas da 
FCC. 
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5 - (Técnico TRT 3ª.Região/Janeiro 2005). Há palavras escritas de 
modo INCORRETO na frase: 
(A) Para garantir a segurança dos trabalhadores e dos usuários, os 
responsáveis tomaram a decisão de paralizar, por algumas horas, os 
trabalhos na uzina. 
(B) A intensa afluência de pessoas em áreas que possam produzir 
riqueza imediata pode gerar conflitos e degradação do meio ambiente. 
(C) Boas intenções, que norteiam programas assistenciais, nem 
sempre são garantia de sucesso dos empreendimentos desenvolvidos. 
(D) A exploração dos recursos naturais de uma determinada região e a 
necessária preservação do meio ambiente mobilizam defensores, tanto 
de uma quanto de outra. 
(E) Embora estejam muito próximos de imensas riquezas, os 
garimpeiros dificilmente têm acesso a bens de consumo, pois vivem 
em extrema pobreza. 
 
Gabarito: A 
Comentário. 
Quando afirmamos que fazer provas anteriores é essencial à 
preparação do candidato, não estamos brincando. Veja que nesta 
questão os dois erros já foram mencionados nessa aula – USINA e 
PARALISAR. O primeiro vocábulo foi objetoda prova de Técnico do 
TRE AMAPÁ (questão 1) e o segundo segue a explicação apresentada 
nos comentários às questões 3, item (B) - “avalizar” – e 4, item (E) – 
“estigmatizar”. 
 
6 – (Procurador BACEN/ Janeiro 2006) Considerando-se as afirmativas 
abaixo, a respeito de aspectos lingüísticos constantes do texto, julgue 
os itens abaixo: 
(I) incipiente tem o mesmo significado da palavra análoga 
insipiente. 
(II) ganhos mais vultosos – o adjetivo grifado admite a forma variante 
vultuosos. 
 
Itens INCORRETOS. 
Comentário. 
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Nessa questão, a banca exigiu o conhecimento sobre parônimos. 
Incipiente significa o que está no começo (incipiente, com “c” de 
começo), enquanto que insipiente quer dizer “não sapiente”, ou seja, 
o que não sabe, ignorante; sua grafia tem origem em “sapiência” 
(sabedoria), por isso “insipiente” mantém a letra “s”. 
Vultoso se refere a algo de grande vulto (reveja o que falamos sobre 
o sufixo “-oso” em uma das questões anteriores), ao passo que 
vultuoso, segundo o Aurélio, se refere ao aspecto da face quando 
está vermelha e tumefacta e com os olhos salientes (Nossa, deve ser 
horrível alguém/algo vultuoso!!!). 
Há muitos outros parônimos, e o que não falta no mercado é material 
que apresente listas e mais listas com essas palavrinhas perigosas. 
Contudo, como o nosso estudo deve ser o mais objetivo possível, não 
iremos reproduzi-las aqui. Se o candidato julgar conveniente, busque 
estudar a grafia e o significado dos parônimos mais “famosos” 
(iminente/eminente – discriminar/descriminar – infringir/infligir, 
dentre tantos). 
 
7 - (Técnico TRT 8ª. Região / Dezembro 2004) Há palavras escritas de 
maneira INCORRETA na frase: 
(A) Recursos científicos e tecnológicos devem oferecer possibilidade de 
inserção social à população carente e desassistida das grandes 
cidades. 
(B) Um regime de crescente colaboração entre governo, instituições 
privadas e sociedade garantirá o hesito de diversos programas 
direcionados a adolecentes mais pobres. 
(C) Ao atribuir excessivo valor ao consumo de bens supérfluos, a 
sociedade passa a exigir que as pessoas aparentem poder econômico, 
mesmo falso. 
(D) Em várias regiões, o inchaço urbano, resultante do intenso êxodo 
rural, é responsável pelo crescimento desmedido do número de 
favelados. 
(E) Extensas áreas, em todo o mundo, encontram-se ocupadas por 
populações que vivem em situação de miséria, destituídas dos direitos 
básicos da cidadania. 
 
Gabarito: B 
Comentário 
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Muitas vezes, a banca tenta confundir o candidato, usando, em uma 
palavra, a grafia que leve à lembrança de outra, totalmente 
inadequada à construção. Foi o que aconteceu aqui. Existe o verbo 
“hesitar”, cuja forma do presente do indicativo da 1ª. pessoa do 
singular é “(eu) hesito”. Contudo, na passagem do item “b”, o que 
deveria estar escrito é o substantivo “êxito” (sucesso). Talvez para 
“ajudar”, errou também na grafia de adolescentes (com o dígrafo 
“sc”). 
 
Não podemos encerrar o nosso assunto sem falar sobre acentuação 
gráfica, um ponto muito importante que pode ser explorado em 
questões de ortografia. 
 
De uma maneira geral, a regra é ACENTUAR O MÍNIMO DE 
PALAVRAS. Então, acentua-se o que há em menor número. Se 
buscarmos nos dicionários, bem menor é a quantidade de 
proparoxítonas. A maior parte das palavras da língua portuguesa é 
composta de paroxítonas e oxítonas (neste último caso, por exemplo, 
classificam-se todos os verbos no infinitivo impessoal – fazer, comer, 
estabelecer, etc.). Por isso, uma das regras de acentuação é: TODAS 
AS PROPAROXÍTONAS SÃO ACENTUADAS (como são 
poucas, põe acento em todas elas). 
Por sua vez, é pequeno o número de oxítonas que terminam em A / E 
/ O / EM, e seus respectivos plurais. Por isso, essas serão acentuadas. 
De acordo com essa regra, as oxítonas terminadas por R ficaram de 
fora e, com isso, todos os verbos no infinitivo impessoal. 
Veja, agora, o quadro resumidor sobre acentuação gráfica, 
ACENTUAÇÃO GRÁFICA – são acentuados os: 
 MONOSSÍLABOS TÔNICOS TERMINADOS EM A(S), E(S), 
O(S) - cá, pé, pó, rés, mós, cós, nó, pôr (verbo), jus, bis, si, 
mim, sol, cor; 
 OXÍTONOS TERMINADOS EM A(S), E(S), O(S), EM(NS) – 
café, caqui (fruta), também, vender, reféns, dominó, ardil, 
português, sermão, juiz, país, raiz, colher, ruim (a sílaba 
tônica é “im”), parabéns, sabiá; 
 PAROXÍTONOS NÃO TERMINADOS EM A(S), E(S), O(S), 
EM(NS) - hífen (termina em EN), hifens (sem acento), 
biquíni, item, domino (verbo), fênix, bíceps, fácil, coco 
(fruta), álbum, difícil, fácil, cáqui (cor), sabia (verbo), táxi; 
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 PAROXÍTONOS TERMINADOS EM DITONGO CRESCENTE 
(*), EM –ÃO, EM –ÔO - glória, indivíduos, sábia, 
concordância, acórdão, abençôo; 
 TODAS AS PROPAROXÍTONAS - fósforo, matemática, hífenes 
(*) Segundo o Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa 
(V.O.L.P.), que tem força de lei no Brasil, a acentuação dos 
ditongos abertos é classificada na regra dos proparoxítonos (sé-ri-e 
/ vi-tó-ri-a) e os monossílabos são classificados na mesma regra 
dos oxítonos. 
ENCONTROS VOCÁLICOS: 
 OS DITONGOS ABERTOS –ÉI-, -ÉU-, -ÓI- : herói, apóiam, 
idéias, mausoléu 
 NUM HIATO, RECEBEM ACENTO I OU U, COMO 2ª VOGAL 
DO HIATO, SOZINHO (DESDE QUE NÃO SEGUIDO DE NH) 
OU ACOMPANHADO DE S. COM QUALQUER OUTRA LETRA 
OU SOZINHO E SEGUIDO DE NH, NÃO RECEBE O ACENTO 
AGUDO. Ex: Piauí, juízes, raízes, rainha, campainha, juiz, Luís, 
ruim, Itaú (apesar de terminar com U – regra das oxítonas – é 
acentuada por tratar-se de U como segunda vogal do hiato, 
sozinho na sílaba – I-ta-ú) 
CUIDADO! A pronúncia de palavras como GRATUITO, FORTUITO 
FLUIDO (substantivo) assemelham-se à de MUITO. Nessas 
palavras não existe acento agudo na letra “i” (ao contrário do 
que acontece no particípio do verbo fluir - FLU-Í-DO), de modo 
que, naqueles casos, existe um ditongo, e não um hiato. 
 -ÊEM DOS VERBOS LER, VER, CRER, DAR e derivados - O 
Vocabulário Ortográfico determina que se conserva, por clareza 
gráfica, o acento circunflexo no plural desses verbos: crêem, 
dêem, lêem, vêem, descrêem, desdêem, relêem, revêem, etc. 
ACENTOS DIFERENCIAIS – A partir da mudança ortográfica, em 
1971, conservaram-se somente os acentos diferenciais abaixo 
indicados: 
 DE TIMBRE (vogal aberta ou fechada) – o único que restou foi: 
pode (pres.indicativo) – pôde (pret.perf.ind) 
 DE INTENSIDADE ou TONICIDADE (vogal átona ou tônica). 
Os mais comuns são: 
pôr (verbo) – por (preposição) 
pára (verbo) – para (preposição) 
pêlo (substantivo) – pelo (contração de por + o) 
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O acento circunflexo do verbo pôr é usado para diferenciá-lo da 
preposição átona por (um dos casos de acento diferencial de 
tonicidade). Por isso, não há acento nos verbos derivados do “pôr”, 
como propor, dispor, contrapor, indispor, repor, cuja (falta de) 
acentuação gráfica se justifica pela norma das oxítonas. 
 
Alguns gramáticos classificam o acento circunflexo dos verbos ter e 
vir (e derivados) na 3ª pessoa do plural (têm, vêm, contêm, 
entretêm, detêm, retêm etc.) como ACENTO DIFERENCIAL DE 
NÚMERO ou MORFOLÓGICO. 
As formas verbais singulares tem e vem são monossílabos tônicos e, 
por isso, dispensariam a acentuação (a regra é acentuar somente os 
monossílabos tônicos terminados em A / E / O). 
A conjugação na 3ª pessoa do singular dos verbos derivados recebe 
acentuação (detém, contém, entretém etc.) em atendimento à regra 
dos oxítonos terminados por “EM”. 
Esses gramáticos consideram, então, que o acento circunflexo (têm, 
vêm, detêm, contêm, entretêm) serve tão-somente paraindicar que o 
verbo está no plural. 
Dessa forma, a regra de acentuação, segundo eles, é: 
têm (acento diferencial de número) 
vêm (acento diferencial de número) 
detém (oxítona terminada em EM) 
detêm (acento diferencial de número c/c oxítona terminada em EM). 
Apresentados esses conceitos, vamos às questões de prova. 
 
8 - (Técnico TRT 3ª. Região / Janeiro 2005) As palavras do texto que 
recebem acento gráfico pela mesma razão que o justifica nas palavras 
ofício e idéias, respectivamente, são 
(A) único e história. 
(B) salários e Níger. 
(C) inteligências e notável. 
(D) período e memória. 
(E) agência e heróicas. 
 
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Gabarito: E 
Comentário. 
Sem entrar na polêmica de classificar “ofício” como paroxítona 
terminada em ditongo crescente ou proparoxítona (segundo o 
P.V.O.L.P.), essa palavra segue a mesma regra de acentuação que 
“história” (A), “salários” (B), “inteligências” (C), “memória” (D) e 
“agência” (E). 
Já “idéias” é acentuado por se tratar de um ditongo aberto (éu/ éi / 
ói), o mesmo ocorrendo em “heróicas”. Por isso, a resposta é a letra 
E. 
As demais palavras são acentuadas de acordo com as seguintes 
regras: 
- “único” e “período” – proparoxítonas; 
- “Níger” e “notável” – paroxítonas não terminadas em a(s), e(s), 
o(s) e em(ens). 
 
9 – (Analista TRT 23ª.Região / Outubro 2004) A mesma regra que 
justifica a acentuação no vocábulo início aplica-se em 
(A) técnica. 
(B) idéia. 
(C) possível. 
(D) jurídica. 
(E) vários. 
 
Gabarito: E 
Comentário. 
Desta vez, a banca deixou claro que segue a mesma linha de 
classificação da maioria dos gramáticos - apresentou “início” e a ela 
associou “vários”. Se classificasse esses vocábulos na regra das 
palavras proparoxítonas (seguindo a posição do P.V.O.L.P.), a questão 
seria anulada, pois haveria três respostas igualmente válidas – além 
de “vários”, também “técnica” e “jurídica”, que, indubitavelmente, são 
proparoxítonas. 
Então, ATENÇÃO!!! A partir dessa questão, podemos identificar o 
posicionamento da banca da FCC para esta polêmica – “início” e 
“vários” são paroxítonas terminadas em ditongo crescente. 
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As demais palavras são acentuadas de acordo com as seguintes 
regras: 
(A) “técnica” – proparoxítona 
(B) “idéia” – ditongo aberto (éi) 
(C) “possível” – paroxítona não terminada em a(s), e(s), o(s) e 
em(ens) 
(D) “jurídica” - proparoxítona 
 
10 - (Técnico TRT 3ª. Região / Janeiro 2005) Palavras do texto que 
recebem acento gráfico pela mesma razão que o justifica na palavra 
jacarés estão reproduzidas em: 
(A) negócios e únicos. 
(B) município e amazônica. 
(C) mantém e tamanduás. 
(D) tucunarés e santuários. 
(E) ecológicos e tuiuiús. 
 
Gabarito: C 
Comentário. 
Assim como “jacarés”, os vocábulos “mantém”, “tamanduás” e 
“tucunarés” são oxítonas terminadas em a(s), e(s), o(s) ou em(ens). 
Como a opção (C) abarca duas dessas palavras, é a resposta correta. 
As demais são acentuadas pelos seguintes critérios: 
- “negócios”, “município” e “santuários” – paroxítonas terminadas em 
ditongo crescente; 
- “únicos”, “amazônica” e “ecológicos” – proparoxítonas; 
- “tuiuiús” – “u” como segunda vogal de um hiato, acompanhado de 
“s”. 
 
11 – (Técnico TRT 8ª. Região / Dezembro 2004) As palavras do texto 
que recebem acento pela mesma razão que o justifica em 
funcionários e excluída são, respectivamente, 
(A) décadas e possível. 
(B) revolucionária e benefícios. 
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(C) países e fenômeno. 
(D) mínimas e públicos. 
(E) previdência e saúde. 
 
Gabarito: E 
Comentário. 
“Funcionários” é uma paroxítona terminada em ditongo crescente, 
assim como “revolucionária”, “benefícios” e “previdência”. Já 
“excluída” apresenta a letra “i” como segunda vogal de um hiato, 
sozinha na sílaba, da mesma forma que ocorre em “países” e “saúde”. 
A opção que apresenta vocábulos cuja acentuação segue o paradigma 
apresentado no enunciado é a de letra E. 
As demais palavras seguem as seguintes regras de acentuação: 
- “décadas”, “fenômeno”, “mínimas” e “públicos” são proparoxítonas; 
- “possível” é uma paroxítona não terminada em a(s), e(s), o(s) ou 
em(ens). 
 
Como buscamos abordar principalmente as provas mais recentes da 
FCC, não encontramos muitas questões sobre ortografia (somente 
algumas, poucas delas bem feitas, como vimos). 
Contudo, esse tópico está no programa e há grandes chances de surgir 
na prova. Por isso devemos estudar com afinco. 
Fiquem tranqüilos, pois, em outros assuntos (como verbos, 
concordância e regência), teremos um número bem maior de 
questões. 
Até a próxima. 
 
LISTA DAS QUESTÕES COMENTADAS 
1 - (Técnico TRE AP/Janeiro 2006) Está correta a grafia de todas as 
palavras da frase: 
(A)) Só os inescrupulosos continuam a gastar água sem analisar as 
conseqüências. 
(B) O consumo excecivo de energia pode, um dia, vir a se tornar uma 
contravensão. 
(C) Os que menospresavam o valor da água passaram a reconhecer 
sua escassês. 
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(D) Das turbinas de uma uzina a uma lâmpada acesa, o caminho é 
longo e sinuozo. 
(E) Se a falta de energia fosse algo imprevizível, desculparíamos o 
coxilo dos responsáveis. 
 
2 – (Analista Judiciário TRT 13ª Região / Dezembro 2005) Estão 
corretos o emprego e a grafia de todas as palavras na frase: 
(A) Há discussões que chegam a um tal estado de paradoxismo que 
fica improvável alguma solução que se adeque à expectativa dos 
contendores. 
(B) Os candidatos, em suas altercalções num debate, costumam 
dissiminar mais injúrias um contra o outro do que esclarecimentos ao 
eleitorado. 
(C) A democracia, por vezes, constitue uma espécie de campo de 
provas que poucos candidatos estão habilitados a cruzar prezervando 
sua dignidade. 
(D) Se os eleitores fossem mais atentos à inépsia dos candidatos, não 
se deixariam envolver por tudo o que há de falascioso nos discursos de 
campanha. 
(E)) Crêem muitos que há obsolescência na democracia, conquanto 
ninguém se arvore em profeta de algum outro regime que pudesse ser 
mais bem sucedido. 
 
3 – (PROCURADOR TCE AM /Fevereiro 2006) Está clara e correta a 
redação da seguinte frase: 
(A)) Não basta, para o economista ético, fazer uma boa análise do 
processo produtivo em si mesmo; interessa-lhe, sobretudo, contribuir 
objetivamente para o fortalecimento do sentido social desse projeto. 
(B) Ao avalisar, legitimar e referendar a produção da civilização atual, 
com a qual não é capaz de discordar, o economista técnico contribue 
apenas no sentido de confirmar o que se consolida economicamente. 
(C) Quanto aos três grandes desafios que se deve enfrentar, o 
economista ético deverá de compor algumas das contradições atuais, 
entre elas garantir a manutenção do emprego ao par do avanço 
tecnológico. 
(D) Segundo a tese de que toda época histórica ressalta seus 
sacerdotes superiores, infere o autor de que o nosso tempo se 
caracteriza pelo previlegiamento da condição dos economistas. 
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(E) O economista técnico supõe que toda a economia é regida graças 
às leis de demanda e oferta, motivo porque ele se aplica tão somente 
em referendar o sistema globalizado vijente em nossos dias. 
 
4 - (Analista TRT 8ª.Região / Dezembro 2004) Está correta a grafia de 
todas as palavras na frase: 
(A) Nem situações vexatórias, nem repreensões, nem as mais 
diferentes sanções têm evitado que os fumantes dêem vazão ao seu 
vício. 
(B) A admissão de que há o direito do fumante não exclui, propõe o 
autor, direitos outros,sem a excessão dos direitos de quem não fuma. 
(C) Se é certo que há intranzigência por parte de muitos 
antitabagistas, também é certo que muitos fumantes não recuam em 
suas obcessões. 
(D) A vemência dos que se insurgem contra o cigarro é às vezes tão 
intensa que os torna mais incômodos, onde estejam, que os próprios 
tabagistas. 
(E) Tempos atraz, o ato de fumar não estigmatisava: emprestava ao 
sujeito uma aura de elegante compenetração, de nobre austeridade. 
 
5 - (Técnico TRT 3ª.Região/Janeiro 2005). Há palavras escritas de 
modo INCORRETO na frase: 
(A) Para garantir a segurança dos trabalhadores e dos usuários, os 
responsáveis tomaram a decisão de paralizar, por algumas horas, os 
trabalhos na uzina. 
(B) A intensa afluência de pessoas em áreas que possam produzir 
riqueza imediata pode gerar conflitos e degradação do meio ambiente. 
(C) Boas intenções, que norteiam programas assistenciais, nem 
sempre são garantia de sucesso dos empreendimentos desenvolvidos. 
(D) A exploração dos recursos naturais de uma determinada região e a 
necessária preservação do meio ambiente mobilizam defensores, tanto 
de uma quanto de outra. 
(E) Embora estejam muito próximos de imensas riquezas, os 
garimpeiros dificilmente têm acesso a bens de consumo, pois vivem 
em extrema pobreza. 
 
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6 – (Procurador BACEN/ Janeiro 2006) Considerando-se as afirmativas 
abaixo, a respeito de aspectos lingüísticos constantes do texto, julgue 
os itens abaixo: 
(I) incipiente tem o mesmo significado da palavra análoga 
insipiente. 
(II) ganhos mais vultosos – o adjetivo grifado admite a forma variante 
vultuosos. 
 
7 - (Técnico TRT 8ª. Região / Dezembro 2004) Há palavras escritas de 
maneira INCORRETA na frase: 
(A) Recursos científicos e tecnológicos devem oferecer possibilidade de 
inserção social à população carente e desassistida das grandes 
cidades. 
(B) Um regime de crescente colaboração entre governo, instituições 
privadas e sociedade garantirá o hesito de diversos programas 
direcionados a adolecentes mais pobres. 
(C) Ao atribuir excessivo valor ao consumo de bens supérfluos, a 
sociedade passa a exigir que as pessoas aparentem poder econômico, 
mesmo falso. 
(D) Em várias regiões, o inchaço urbano, resultante do intenso êxodo 
rural, é responsável pelo crescimento desmedido do número de 
favelados. 
(E) Extensas áreas, em todo o mundo, encontram-se ocupadas por 
populações que vivem em situação de miséria, destituídas dos direitos 
básicos da cidadania. 
 
8 - (Técnico TRT 3ª. Região / Janeiro 2005) As palavras do texto que 
recebem acento gráfico pela mesma razão que o justifica nas palavras 
ofício e idéias, respectivamente, são 
(A) único e história. 
(B) salários e Níger. 
(C) inteligências e notável. 
(D) período e memória. 
(E) agência e heróicas. 
 
9 – (Analista TRT 23ª.Região / Outubro 2004) A mesma regra que 
justifica a acentuação no vocábulo início aplica-se em 
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(A) técnica. 
(B) idéia. 
(C) possível. 
(D) jurídica. 
(E) vários. 
 
10 - (Técnico TRT 3ª. Região / Janeiro 2005) Palavras do texto que 
recebem acento gráfico pela mesma razão que o justifica na palavra 
jacarés estão reproduzidas em: 
(A) negócios e únicos. 
(B) município e amazônica. 
(C) mantém e tamanduás. 
(D) tucunarés e santuários. 
(E) ecológicos e tuiuiús. 
 
11 – (Técnico TRT 8ª. Região / Dezembro 2004) As palavras do texto 
que recebem acento pela mesma razão que o justifica em 
funcionários e excluída são, respectivamente, 
(A) décadas e possível. 
(B) revolucionária e benefícios. 
(C) países e fenômeno. 
(D) mínimas e públicos. 
(E) previdência e saúde. 
 
 
 
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AULA 1 - VERBOS 
Olá, pessoal 
 
Preparem-se, pois a aula de hoje é importantíssima e longa. 
Estudaremos um dos assuntos mais relevantes no estudo da Língua 
Portuguesa – VERBO. Quase tudo no estudo da gramática envolve verbo – 
concordância verbal, regência verbal, conjugação verbal (englobando, 
inclusive, questões de ortografia, como vimos na aula zero), colocação 
pronominal (a posição do pronome em relação ao verbo), análise sintática 
etc. 
Ele é um verdadeiro coração do conjunto oracional – à sua volta, funcionam 
os demais elementos. 
Abordaremos conjugação verbal (tempo, modo, formas nominais), 
correlação verbal (a relação entre os verbos que compõem o período) e 
vozes verbais (basicamente, voz ativa e passiva, e a transposição de uma 
para outra). Nesses três pontos, conseguiremos alcançar praticamente 25% 
da prova. 
Lembro que na parte final do nosso estudo estão todas as questões 
comentadas. Por isso, se você preferir, imprima as últimas páginas, faça os 
exercícios e, somente depois disso, veja os comentários. 
Bom estudo. 
 
MODOS E TEMPOS VERBAIS 
Para começar, temos de relembrar alguns conceitos básicos. 
Conceito: VERBO é uma palavra variável (pode flexionar-se em 
número, pessoa, modo, tempo e voz) que indica uma ação, estado ou 
fenômeno. 
A classificação dos verbos nos modos verbais depende da relação que o 
falante tem com aquilo que enuncia – se constata um fato (indicativo); se 
apresenta uma hipótese, uma suposição (subjuntivo); se faz um pedido 
(imperativo). 
Em outras palavras, depende do MODO com que enuncia a ação verbal. São 
três modos verbais: 
 INDICATIVO - como sugere o nome, indica um fato real, que 
pode pertencer ao presente, ao passado ou ao futuro. 
 SUBJUNTIVO - enuncia um fato hipotético, duvidoso, provável 
ou possível. 
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 IMPERATIVO - expressa idéias de ordem, pedido, desejo, 
convite. 
Enquanto que o modo INDICATIVO situa o fato no plano da realidade, da 
certeza, o SUBJUNTIVO coloca o fato no plano do que é provável, 
hipotético, possível, sem a certeza apresentada pelo modo indicativo. O 
modo SUBJUNTIVO também é bastante usado com determinadas conjunções 
(embora, caso, conquanto etc.) 
Perceba a diferença entre as duas orações abaixo. 
Ele procura um remédio que acaba com a dor de cabeça. 
Ele procura um remédio que acabe com a dor de cabeça. 
Na primeira, o sujeito já sabe qual é o medicamento que produz resultado. 
Vai à farmácia e pede ao balconista, porque sabe o resultado que obterá. O 
fato situa-se no plano da CERTEZA – modo INDICATIVO - acaba. 
Na segunda, o sujeito não tem certeza de qual medicamento poderia surtir 
efeito. Vai ao balcão da farmácia, pede ao farmacêutico uma indicação, mas 
não tem certeza se irá obter a cura. Por isso, está no plano da possibilidade 
– modo SUBJUNTIVO - acabe. 
 
Os TEMPOS VERBAIS têm a função de indicar o momento em que são 
enunciados os fatos. 
No modo INDICATIVO: 
 PRESENTE – fato ocorre no momento em que se fala (Ouço ruídos 
na cozinha.); ou fato que é comum de ocorrer (Eu morro de inveja 
dele. / Chove todos os dias em Belém.); ou apresenta um 
princípio, um conceito ou um dado (Todos os anos, muitas 
crianças morrem de desnutrição no Brasil.) 
 PRETÉRITO PERFEITO – fato ocorrido e perfeitamente concluído 
antes do momento em que se fala (Todos souberam do 
assassinato de Celso Daniel.) 
 PRETÉRITO PERFEITO COMPOSTO – denota continuidade do ato, 
com início no passado (Eu tenho cometido muitos erros na escolha 
dos meus namorados.) 
 PRETÉRITO IMPERFEITO – fato realizado e não concluído (Ele 
buscava a perfeição antes de morrer.) ou que apresenta uma certa 
duração (Ele andava pela rua quando foi abordado pelos ladrões.) 
 PRETÉRITO MAIS-QUE-PERFEITO – fato realizado antes de outro 
fato também no passado (Antes de sua morte, ele pedira o perdão 
aos filhos.) 
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 PRETÉRITO MAIS-QUE-PERFEITO COMPOSTO – forma mais comum 
de expressar o fato realizado antes de outro fato também no 
passado (Antes de sua morte, ele tinha pedido perdão aos filhos.) 
 FUTURO DO PRESENTE – fato posterior certo de ocorrer no futuro 
(Doarei todo o material de estudo após a minha aprovação.) 
 FUTURO DO PRESENTE COMPOSTO – denota futura ocorrência de 
um fato que se iniciou no presente (Até o próximo ano, terei 
acumulado quase um milhão de reais em dívidas.) 
 FUTURO DO PRETÉRITO – esse é um tempo bastante especial, 
pois apresenta diversas circunstâncias - 1) fato posterior a um 
fato passado (Você me garantiu [FATO PASSADO] que o nosso 
amor não morreria [FATO FUTURO EM RELAÇÃO AO FATO 
PASSADO].); ou 2) fato não chegou a se realizar (Eu iria à sua 
casa, mas tive um problema.); 3) também pode denotar incerteza 
(“Acharam um corpo que seria do chefe do tráfico.”), hipótese 
relacionada a uma condição (“Se você tivesse comprado o carro 
[CONDIÇÃO], não teria perdido o dinheiro no jogo [HIPÓTESE].”) ou 
polidez (“Você poderia me passar o sal?”). 
 FUTURO DO PRETÉRITO COMPOSTO – o mesmo que o Futuro do 
Pretérito com relação aos dois primeiros aspectos (Ele poderia 
ter comprado uma casa maior se não tivesse jogado tanto dinheiro 
fora.). 
 
Vamos, agora, analisar como a Fundação Carlos Chagas aborda esse ponto 
do programa. 
 
1 - (TRT 8ª Região – Técnico Judiciário / Dezembro 2004) 
“ ... para tudo que se refira ao mundo físico ...” 
O verbo aparece nos mesmos tempo e modo em que se encontra a forma 
grifada acima na frase: 
(A) ... e prossegue, aceleradamente, com o extraordinário desenvolvimento 
tecnológico ... 
(B) ... que já nos vem do precedente... 
(C)) ... que confiram sentido a sua vida. 
(D) ... para que o objetivo de consumo se fosse convertendo... 
(E) ... se tornou a motivação central do homem... 
 
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Gabarito: C 
Comentário. 
A forma “refira” é a conjugação do verbo “referir-se” no presente do 
subjuntivo, a mesma conjugação do verbo “conferir” em “confiram”. 
A conjugação da 1ª pessoa do singular (eu) do presente do indicativo dá 
origem a toda a conjugação do presente do subjuntivo, do imperativo 
negativo e de algumas formas do imperativo afirmativo (estudaremos 
conjugação do imperativo mais adiante), apresentando alteração apenas na 
desinência (parte final do verbo, que indica a flexão verbal em número, 
pessoa, tempo e/ou modo). 
Exemplo: 
(Pres.Indicativo) Eu confiro 
(Pres.Subjuntivo) (que) eu confira / (que) tu confiras / (que) ele confira/ 
(que) nós confiramos / (que) vós confirais / (que) eles confiram 
(Imperativo Negativo) - / não confiras / não confira / não confiramos / 
não confirais / não confiram 
 
Vamos verificar o tempo e modo das demais formas: 
(A) prossegue – presente do indicativo 
(B) vem – presente do indicativo 
(D) fosse convertendo – pretérito imperfeito do subjuntivo + 
gerúndio 
(E) tornou – pretérito perfeito do indicativo 
 
2 - (TRT 3ª Região – Técnico Judiciário / Janeiro 2005) 
 ... que parecia suave anjo de voz tranqüila. 
O verbo de mesmo tempo e modo em que se encontra o verbo grifado acima 
está na frase: 
(A)) ... em que se amarrava cachorro com lingüiça ... 
(B) Só num único e mesmo jornal permaneci mais de vinte anos. 
(C) Algumas figuras se tornaram sombras ... 
(D) ... morreu nas masmorras do Chile ... 
(E) ... que largou o jornalismo ... 
 
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Gabarito: A 
Comentário. 
A forma “parecia” está conjugada no pretérito imperfeito do indicativo, da 
mesma forma que “amarrava”. 
Todas as demais formas estão conjugadas no pretérito perfeito do 
indicativo (permaneci, tornaram, morreu e largou). 
 
3 - (TRT 15ª Região – Técnico Judiciário / Setembro 2004) 
 ... e vive angustiada num emprego... 
O verbo está no mesmo tempo e modo daquele grifado acima na frase: 
(A) No início do século passado acreditava-se que... 
(B) Ocorreu exatamente o contrário. 
(C) ... e acrescentaram doses extras de “stress” à vida de todos nós. 
(D)) ... que ocupam as funções mais banais. 
(E) Como se não bastasse... 
 
Gabarito: D 
Comentário. 
A forma “vive” é a conjugação do verbo “viver” no presente do indicativo, 
assim como “ocupam”. 
As demais formas estão nos seguintes tempos e modos: 
(A) acreditava – pretérito imperfeito do indicativo 
(B) ocorreu – pretérito perfeito do indicativo 
(C) acrescentaram – pretérito perfeito do indicativo 
(E) bastasse – pretérito imperfeito do subjuntivo 
 
4 - (TRT 23ª Região – Técnico Judiciário / Outubro 2004) 
Há quem diga que isso não é urbano... 
O verbo empregado no mesmo tempo e modo que os do verbo grifado acima 
está na frase: 
(A) ... que eu criei em 1985... 
(B) ... em que a ocupação da Amazônia foi uma prioridade. 
(C) ... a população ia para os núcleos urbanos. 
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(D) Alguns colegas não gostam dessa abordagem... 
(E)) ... que nossa urbanização seja igual à da Europa... 
 
Gabarito: E 
Comentário. 
A forma “diga” (do verbo “dizer”) está no presente do subjuntivo, bem 
como “seja” (do verbo “ser”). 
Lembre-se da regra de formação das conjugações: a 1ª p.s. pres.indicativo 
dá origem à formação do presente do subjuntivo (pres.ind.: eu digo / 
presente subjuntivo: diga/ digas/ diga ...). 
As demais formas verbais estão no: 
(A) criei – pretérito perfeito do indicativo 
(B) foi – pretérito perfeito do indicativo 
(C) ia – pretérito imperfeito do indicativo 
(D) gostam – presente do indicativo 
 
5 - (TRT 8ª Região – Técnico Judiciário / Dezembro 2004) 
Embora, é claro, devamos resistir à tentação fácil de elevar e idealizar os 
favelados, (...) também devemos, como propõe [o filósofo Alain] Badiou, 
enxergar as favelas... 
É correto afirmar que o emprego do verbo dever em modos diferentes no 
segmento que inicia o último parágrafo do texto indica, respectivamente, 
(A)) possibilidade de ação e fato real. 
(B) explicação de um fato e dúvida concreta. 
(C) suavização de uma ordem e repetição de um fato. 
(D) fato anterior e hipótese futura. 
(E) situação real e conseqüência imediata. 
 
Gabarito: A 
Comentário. 
Como vimos no início do nosso estudo, o modo subjuntivo indica fatos que 
estão no campo da hipótese, incerteza, possibilidade, probabilidade, 
enquanto que o modo indicativo retrata fatos reais, concretos. 
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Como a forma devamos está no presente do subjuntivo, indica um fato 
possível (possibilidade), enquanto que devemos, do presente do 
indicativo, denota um fato real. Está correta a opção de letra (A). 
 
6 - (Assistente de Defesa Agropecuária MA / Março 2004) 
Ainda que parte da água possa ser reaproveitada... 
O emprego da forma verbal grifada indica, considerando-se o contexto, 
(A) fato concreto. 
(B))hipótese realizável. 
(C) ação habitual. 
(D) ordem imediata. 
(E) situação pretérita. 
 
Gabarito: B 
Comentário. 
Mais uma vez, a banca explora o conceito de emprego do modo subjuntivo. 
A forma “possa” está no presente do subjuntivo que, como vimos, situa no 
plano da hipótese, possibilidade ou probabilidade os fatos que relata. Por 
isso, está correta a indicação de ser um caso de hipótese realizável. 
 
7 - (Assistente de Defesa Agropecuária MA / Março 2004) 
Assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas 
da frase apresentada. 
Os alimentos devem ser ...... em água limpa para que a população não ...... 
a ter problemas de saúde. 
(A) cozinhados - venhe 
(B) cozinhados - vem 
(C) cozidos - venhe 
(D) cozidos - venha 
(E) cozidos- vêm 
 
Gabarito: D 
Comentário. 
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Denominam-se formas nominais as palavras, de origem verbal, que 
também podem ser empregadas nas funções próprias de adjetivos, 
substantivos ou advérbios. São elas: PARTICÍPIO, GERÚNDIO E INFINITIVO. 
PARTICÍPIO: 
Ele havia lavado o chão da casa antes do temporal. (verbo) 
O uniforme lavado ficou todo sujo após o vendaval. (adjetivo) 
GERÚNDIO: 
O presidente fica persistindo na argumentação de que nada sabia sobre o 
valerioduto. (verbo) 
Persistindo os sintomas, o médico deverá ser consultado.. 
(advérbio de condição = “Caso persistam os sintomas...”) 
INFINITIVO: 
Ele precisa pôr os nomes nos livros. (verbo) 
O pôr-do-sol é lindo nessa época do ano. (substantivo) 
 
Essas formas nominais (particípio, gerúndio e infinitivo) podem também 
fazer parte de uma locução verbal. 
Locução verbal é o conjunto semântico de dois ou mais verbos. Forma-se 
com um verbo principal e um ou mais verbos auxiliares. Às vezes, no meio 
da locução verbal pode aparecer uma preposição (de, a), como em “comecei 
a trabalhar”, “hei de vencer” ou “tenho de esquecer”. 
Enquanto o principal vem sob uma forma nominal (infinitivo, gerúndio ou 
particípio), seu(s) auxiliar(es) pode(m) vir em uma forma finita (indicativo, 
subjuntivo, imperativo) ou também nominal. Nessa relação, o que se 
flexiona é o verbo auxiliar, mas do modo como o verbo principal iria variar. 
Em outras palavras, o verbo auxiliar faz tudo o que o verbo principal iria 
fazer se estivesse sozinho. 
Formam-se locuções verbais em: 
 construções de voz passiva, principalmente com os verbos 
auxiliares SER e ESTAR; 
 tempos compostos, com os verbos auxiliares TER e HAVER. 
 construções com auxiliares modais, que determinam com mais 
rigor o modo como se realiza – ou deixa de se realizar - a ação verbal. 
Expressam circunstâncias de: início ou fim (comecei a estudar, acabei de 
acordar), continuidade (vai andando), obrigação (tive de entregar), 
possibilidade (posso escrever), dúvida (parece gostar), tentativa 
(procura entender) e outras tantas. 
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Como num escritório, onde quem manda é o chefe e quem trabalha é o 
empregado (ou você já viu algum chefe trabalhando???), na locução verbal, 
quem exerce a função de “chefe” é o verbo principal – ele fica “paradão”, só 
mandando, e o pobre do auxiliar se flexiona de acordo com as suas ordens. 
 
No particípio, a maior parte dos verbos só apresenta a forma regular 
(terminadas por “ado” / “ido”). 
Contudo, existem algumas exceções: alguns verbos apresentam mais de 
uma forma – a regular (“ado” / “ido”), usada com os verbos ter e haver 
(tempo composto) e a irregular, ligada aos verbos ser e estar (voz 
passiva). Dentre eles, estão: 
 ACEITAR – (ter/haver) aceitado; (ser/estar) aceito 
 ELEGER – (ter/haver) elegido; (ser/estar) eleito 
 ENTREGAR - (ter/haver) entregado; (ser/estar) entregue 
 IMPRIMIR - (ter/haver) imprimido; (ser/estar) impresso 
 SALVAR – (ter/haver) salvado; (ser/estar) salvo 
 SUSPENDIDO – (ter/haver) suspendido; (ser/estar) suspenso 
Outras curiosidades: 
 os verbos abrir, cobrir, dizer, escrever, fazer, pôr, ver, vir (e 
derivados) possuem apenas o particípio irregular (aberto, coberto, 
dito, escrito, feito, posto, visto e vindo – neste último, coincidem as 
formas de particípio e gerúndio); 
 alguns verbos aceitam ambas as formas (regular e irregular) para 
qualquer dois verbos auxiliares: segundo a maioria dos gramáticos, 
são quatro: pagar, pegar, ganhar e gastar (para memorizá-las, 
imagine a seguinte situação: no dia do pagamento, você ganha o 
salário e, no supermercado, pega o produto, paga por ele e gasta o 
dinheiro – gostou do método mnemônico?); 
 o particípio do verbo CHEGAR é um só – o regular CHEGADO. A forma 
“chego” é a conjugação de 1ª pessoa do singular do presente do 
indicativo (“Eu chego”). Não existe a forma de particípio irregular para 
esse verbo. Então: “Eu tinha chegado ao escritório bem cedo.”. 
De volta à questão, o verbo “cozer” muitas vezes se confunde com o 
correlativo “cozinhar”, mas cada um apresenta uma forma participial: 
cozinhado (usado basicamente em tempo composto: tinha/havia 
cozinhado) e cozido (geralmente construído na voz passiva: é/está 
cozido, mas também empregado em tempo composto: havia/tinha 
cozido). 
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Na questão, o verbo “cozer” tem como auxiliar o verbo “ser”, figurando, 
portanto, em voz passiva. A forma correta será: cozidos. 
Em seguida, como o fato se situa no campo da hipótese, devemos usar o 
presente do subjuntivo – “para que a população não venha a ter 
problemas de saúde”. 
Está correta, pois, a opção (D). 
 
Atenção: A questão 8 baseia-se no texto apresentado abaixo. 
A economia vai devorar o planeta? 
Para a maioria dos ecologistas, o impacto das atividades humanas sobre a 
natureza é real. A salvação do planeta passaria necessariamente pelo fim do 
crescimento de economias e populações, além da adoção de uma economia 
ecológica − com a reforma dos sistemas de produção de alimentos, 
materiais e energia. Uma economia ambientalmente sustentável seria 
movida por fontes renováveis de energia: eólica, solar e geotérmica. A 
eletricidade eólica seria usada para produzir hidrogênio. As estruturas atuais 
de gasodutos fariam o transporte do gás que moveria a frota de automóveis. 
Nesse sistema, a indústria da reciclagem e reutilização substituiria em 
grande parte as atividades extrativistas. 
Para se alcançar esse estágio, os sistemas tributários mundiais precisariam 
ser reformulados, de modo a oferecer subsídios à reciclagem e à geração de 
energia limpa e renovável e taxar atividades insustentáveis, como o uso de 
combustível fóssil. 
No entanto, sem estacionar a população mundial, nenhuma mudança terá 
realmente efeito. Mais pessoas requerem mais comida, mais água, mais 
espaço, bens, serviços e energia. Ocorre que deter ou até mesmo reduzir o 
crescimento da população mundial não é tão simples. O tamanho das 
famílias, em muitos países, está ligado à maneira como os casais encaram o 
sexo e a virilidade. 
O tamanho e a complexidade dos sistemas mundiais tornam a adoção da 
ecoeconomia uma tarefa gigantesca e muito distante de ser realizada. O 
aumento da temperatura global, a superpopulação e a contaminação dos 
ecossistemas mundiais estão por toda parte: somente podem-se corrigir os 
efeitos que eles criam, com medidas de alcance global. Pequenas 
substituições e correções de rumo em alguns setores não constituem uma 
solução. Com 6 bilhões de pessoas no mundo, até metas mais óbvias, como 
deter o nível de desflorestamento, parecem distantes. 
(Adaptado de Bruno Versolato, Superinteressante, maio de 2004, p. 69) 
 
8 - (TRT 22ª Região – Técnico Judiciário / Novembro 2004) 
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As estruturas atuais de gasodutos fariam o transporte do gás que moveria a 
frota de automóveis. 
O emprego das formas verbais grifadas acima indica, no contexto, 
(A) incerteza da realização de um fato passado. 
(B) dúvida real de que um fato se concretize. 
(C) ação que se realiza habitualmente até o momento presente. 
(D) fato consumado, anterior a outro, também passado. 
(E) hipótese que depende de certa condição anterior. 
 
Gabarito: E 
Comentário. 
No início do estudo, vimos que o futuro do pretérito do indicativo pode 
denotar incerteza, hipótese relacionada a uma condição ou polidez. 
Note que, na estrutura apresentada, o fato de o gás mover a frota de 
automóveis depende da existência de gasodutos que viabilizem o transporte 
desse gás. Assim, a circunstância representada pelo tempoverbal é o da 
hipótese que depende de certa condição – a existência dos gasodutos (E). 
 
9 - (TRT 15ª Região – Técnico Judiciário / Setembro 2004) 
... em questões nas quais a vinculação satisfaça objetivos políticos dos 
governantes. 
O emprego da forma verbal grifada acima introduz no contexto a mesma 
noção do verbo empregado na frase: 
(A) Duas críticas lhe são feitas... 
(B) Os prazos já existem na lei... 
(C) ... que lhes permitem intervir no processo... 
(D)) ... segundo o ritmo que lhes convenha. 
(E) ... que se está dando um passo à frente. 
 
Gabarito: D 
Comentário. 
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A forma “satisfaça” está no presente do subjuntivo. A outra forma verbal 
de idêntica conjugação é “convenha”, do verbo “convir”, que é derivado do 
verbo “vir”. 
Como veremos adiante, essa banca costuma exigir as formas de conjugação 
de verbos de terceira terminação (ir), e como ela gosta dos derivados do 
verbo “vir”! 
As demais formas estão nos seguintes tempos e modos: 
(A) são feitas – locução verbal de voz passiva com o verbo auxiliar no 
presente do indicativo e o verbo principal na forma nominal 
particípio. 
(B) existem – presente do indicativo 
(C) permitem – presente do indicativo 
(D) está dando – locução verbal, cujo verbo auxiliar está no presente 
do indicativo e o principal, no gerúndio. 
 
10 - (TRE AP – Analista Judiciário / Janeiro 2006) 
Faça isso com a cabeça de um macaco. 
É exemplo de emprego do mesmo modo do verbo grifado acima UM dos 
verbos que aparecem na frase: 
(A) Não serão aceitas justificativas, quaisquer que sejam os motivos 
alegados. 
(B) Saiba que valores devem ser respeitados, em qualquer tempo e 
lugar. 
(C) Todo explorador desejaria entender como se reduzem cabeças. 
(D) É necessária a existência de critério que justifique determinados atos 
de violência. 
(E) Espera-se que ele possa entender as razões de certos costumes em 
determinadas civilizações. 
 
Gabarito: B 
Comentários. 
Agora, o nosso assunto é a conjugação do IMPERATIVO. 
Em vez de memorizar várias regras, vamos guardar apenas a exceção. 
A REGRA: Em se tratando de imperativo, emprega-se o presente do 
subjuntivo. 
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No imperativo, não há conjugação da 1ª pessoa do singular (a idéia é que 
ninguém poderia dar uma ordem a si mesmo). 
São conjugados pelo presente do subjuntivo os verbos em todas as 
pessoas no imperativo negativo, e nas 3ª pessoas (singular e plural) e 1ª 
pessoa do plural no imperativo afirmativo. Essa é a regra. 
Exemplo: “Venha para a Caixa você também” – 3ª pessoa do singular (O 
comercial estava errado!!!). 
 “Não nos deixeis cair em tentação” – 2ª pessoa do plural (Ao se 
dirigir ao Pai, usa-se vós.) 
Essa é a regra. 
Agora a exceção, que deve ser memorizada, por ser em menor número. 
A exceção fica por conta das segundas pessoas (tu e vós) no imperativo 
afirmativo. Nessa conjugação, usa-se o presente do indicativo, sem o “s” 
final. 
RESUMO: No imperativo afirmativo, as 2ªs pessoas (singular e plural) 
buscam a conjugação do presente do indicativo e tiram a letra ‘s’. Todo o 
restante tem origem no presente do subjuntivo. 
Exemplo: 
1 - “Dize-me com quem andas, que eu te direi quem és.” - A forma “dize” é 
a redução do presente do indicativo da 2ª pessoa do singular (dizes – [s] = 
dize). 
Detalhe: o verbo “dizer”, assim como todos que têm essa terminação -zer, é 
um verbo abundante, que admite tanto “dize” como “diz”, no imperativo. 
2 – “Fazei de mim um instrumento de vossa paz.” – A forma “fazei” é a 
conjugação no presente do indicativo da 2ª pessoa do plural (vós fazeis), 
sem o “s”. 
Aliás, esse segundo exemplo foi retirado de uma oração – a Oração de São 
Francisco de Assis, que não é tão conhecida quanto o “Pai Nosso”. No “Pai 
Nosso”, temos vários exemplos do uso do imperativo, tanto afirmativo 
quanto negativo. 
Dá-se a Deus a respeitosa forma de tratamento "vós", que, como já vimos, é 
da segunda pessoa do plural. Em "Perdoai as nossas ofensas", as pessoas 
que rezam dirigem-se ao Criador e pedem a Ele que lhes perdoe as ofensas 
praticadas. 
É para isso que também serve o imperativo. Além de ordem, essa forma 
verbal pode expressar também súplica, desejo ardente, que é como são 
feitos esses pedidos. 
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Na prece, “perdoai" e "livrai" ("perdoai as nossas ofensas"/"livrai-nos do 
mal") estão no imperativo afirmativo, enquanto que "deixeis" ("não nos 
deixeis cair em tentação") está no imperativo negativo. 
"Perdoai" e "livrai" obedecem a um esquema que já vimos. Como são 
conjugações de 2ª pessoa do plural, essas formas vêm do presente do 
indicativo, sem o "s" final. Fazem parte da EXCEÇÃO. 
E "Não nos deixeis cair em tentação"? É da conjugação do imperativo 
negativo e recai na REGRA GERAL, ou seja, se forma a partir do presente do 
subjuntivo (que eu deixe, que tu deixes, que ele deixe, que nós deixemos, 
que vós deixeis, que eles deixem). 
Na hora da dúvida, mesmo que você não seja católico, comece a rezar o Pai 
Nosso e veja como se conjugam as formas verbais no Imperativo. Mas, para 
dar certo, você deve aprender a rezar direito!!!! 
 
Voltando à questão (garanto que você já tinha até se esquecido da 
pobrezinha...), a forma “Faça” é uma ordem e, por isso, está conjugada no 
imperativo. A outra forma de idêntica conjugação é “Saiba”. 
As duas formas verbais se dirigem a “você” que, como um pronome de 
tratamento que se preza, leva o verbo e os pronomes para a 3ª pessoa 
(singular ou plural). Aliás, essa é uma excelente maneira de lembrar como 
se usam os pronomes de tratamento – o que acontece com “você” acontece 
também com todos os demais pronomes (Vossa Excelência, Vossa Senhoria 
etc.) – o verbo e os pronomes ficam na 3ª pessoa. Exemplo: “Vossa 
Senhoria terá a obrigação de rever suas decisões.”. Finalmente, (só para 
encerrar esse assunto) usa-se “vossa” quando se dirige à autoridade e “sua” 
quando se faz menção a ela. 
 
CO NJUGAÇÃO VERBAL 
A partir de agora, o nosso assunto é CONJUGAÇÃO VERBAL, e, para ajudá-lo 
a resolver essas questões, usamos a técnica do paradigma. 
Como é isso? Na dúvida com relação à conjugação de determinado verbo 
regular (geralmente o examinador busca um verbo pouco utilizado no seu 
dia-a-dia), basta observar a conjugação dos paradigmas clássicos (FALAR – 
1ª conjugação, BEBER – 2ª conjugação, PARTIR – 3ª conjugação). 
Extraia o radical, que é o que sobra do verbo após retirar a terminação “ar”, 
“er” ou “ir” do infinitivo (exemplo: FAL(AR) = radical FAL-), e empregue as 
desinências, que são idênticas nos demais verbos regulares de mesma 
conjugação: 
Por exemplo: 
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CONSUMAR (verbo regular de 1ª conjugação): 
Presente do Indicativo: Eu consum.... (???) 
Presente do Subjuntivo: (que) eu consum... (???) 
CONSUMIR (verbo regular de 3ª conjug.): 
Presente do Indicativo: Eu consum.... (???) 
Presente do Subjuntivo: (que) eu consum... (???) 
E aí, como você preencheu? Vamos buscar a desinência dos verbos 
“paradigmas”. 
Infinitivo Pres.Indicativo Pres.Subjuntivo 
Falar Eu falo (que) eu fale 
Consumar Eu consumo (que) eu consume 
Partir Eu parto (que) eu parta 
Consumir Eu consumo (igual) (que) eu consuma 
 
Se o verbo for irregular, ou seja, apresenta alteração no radical em 
determinadas conjugações, procure outro verbo, também irregular, de 
mesma construção. 
Por exemplo: COMPETIR (3ª conjugação) – Eu comp.... (???) 
Esse verbo é irregular, ou seja, não mantém o radical nas conjugações. 
Normalmente não conjugamos esse verbo (pelo menos, não com convicção) 
fora de uma locução verbal.Mas usamos bastante outro verbo de idêntica 
estrutura. Já sabe qual é??? REPETIR. Então, como fica a conjugação desse 
paradigma? Eu repito => Eu compito 
 
E “ADERIR”? Como você conjugaria a primeira pessoa do singular do 
Presente do Indicativo? Está com dúvida? Busque um paradigma. Aceito 
sugestões.... Lembrou de algum? Eu conheço um – FERIR. Como fica a 
conjugação do paradigma? Eu firo. Logo, “eu adiro”. 
 
Aliás, a banca da Fundação Carlos Chagas simplesmente ADORA os verbos 
de terceira conjugação, ou seja, os terminados por “IR”. 
Outros verbos são mais perigosos e não seguem um padrão. Um desses 
verbos (REQUERER) será assunto uma de nossas próximas questões. 
Vamos lá! 
 
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11 - (TRT 13ª Região – Analista Judiciário / Dezembro 2005) 
Estão corretos o emprego e a grafia de todas as palavras na frase: 
(A) Há discussões que chegam a um tal estado de paradoxismo que fica 
improvável alguma solução que se adeque à expectativa dos contendores. 
(B) Os candidatos, em suas altercalções num debate, costumam dissiminar 
mais injúrias um contra o outro do que esclarecimentos ao eleitorado. 
(C) A democracia, por vezes, constitue uma espécie de campo de provas que 
poucos candidatos estão habilitados a cruzar prezervando sua dignidade. 
(D) Se os eleitores fossem mais atentos à inépsia dos candidatos, não se 
deixariam envolver por tudo o que há de falascioso nos discursos de 
campanha. 
(E) Crêem muitos que há obsolescência na democracia, conquanto ninguém 
se arvore em profeta de algum outro regime que pudesse ser mais bem 
sucedido. 
 
Gabarito: E 
Comentário. 
Não, você não está enlouquecendo (ainda...), nós já abordamos essa 
questão na Aula Zero (demonstrativa), 
Repetimo-la porque, além dos aspectos ortográficos, devem ser objeto de 
comentário duas construções verbais inadequadas. 
A primeira, em relação ao verbo adequar, presente na opção (A). Esse é um 
verbo defectivo. Mas o que são verbos defectivos? 
São os que apresentam DEFEITO em alguma conjugação, ou seja, em algum 
tempo/modo, o verbo não apresenta conjugação completa. 
Sempre que se falar em defeito verbal, estamos nos referindo à conjugação 
do PRESENTE DO INDICATIVO e aos tempos dele derivados (Presente do 
Subjuntivo e Imperativo). O “defeito” existe apenas no presente, não existe 
no passado nem no futuro. Assim, mesmo defectivo, o verbo poderá ser 
conjugado inteiramente nos outros tempos e modos verbais, como, por 
exemplo, no Pretérito do Perfeito do Indicativo, no Pretérito Imperfeito do 
Subjuntivo, Futuro do Subjuntivo etc. 
Há dois tipos de defeitos: 
1º) não possuir a 1ª pessoa do singular, apenas. (explodir, abolir, colorir, 
delinqüir); 
2º) só apresentar as conjugações da 1ª e 2ª pessoas do plural (adequar, 
reaver) – é o caso do verbo “adequar”. No presente do indicativo, só 
existem as formas “adequamos” (nós) e “adequais” (vós). 
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Quando não existe a 1ª p.s. do presente do indicativo de um verbo, como é 
o caso do verbo adequar, não existirá, também, nenhuma forma de 
conjugação do presente do subjuntivo. 
Assim, está incorreta a construção “se adeque”. Para sair dessa “saia 
justa”, podemos optar pelo emprego de uma locução verbal – “se deva 
adequar” ou pela troca do verbo por um sinônimo (na questão, uma boa 
opção seria “atenda”). 
Uma última observação sobre verbos defectivos: alguns autores definem 
como defectivos, também, os verbos que, de acordo com o seu emprego, só 
podem ser conjugados nas terceiras pessoas, como URGIR (ter urgência), 
DOER (no sentido de causar dor – “alguma coisa dói.”) e os unipessoais, que 
representam vozes de animais ou fenômenos da natureza, quando utilizados 
no sentido original (sentido denotativo, com “d” de “dicionário”; seu oposto 
é o sentido conotativo, também chamado de figurado, quando a palavra é 
usada em um significado diferente do original). 
 
A segunda construção verbal inadequada se refere à conjugação do verbo 
constituir (grafada na questão como “constitue”). A forma correta é 
constitui. 
Os verbos, como constituir, terminados pelo hiato –UIR, exceto no caso 
dos defectivos (verbos que não possuem todas as formas de conjugação, 
como ruir), apresentam duas formas de conjugação: 
1ª) O paradigma será POSSUIR (o radical é possu) – De acordo com esta 
regra, classificam-se praticamente todos os verbos com essa terminação. 
Nas 2ª e 3ª do singular trocam a letra ‘e’ da conjugação regular (como em 
‘partir’) pela letra ‘i’. Mantêm as demais conjugações inalteradas em relação 
à conjugação do verbo paradigma ‘partir’: possuo, possuis, possui, 
possuímos, possuís, possuem. 
Dessa forma, conjugam verbos como OBSTRUIR, AFLUIR, INFLUIR, ANUIR, 
ARGUIR (respeitada a acentuação), CONCLUIR, DISTRIBUIR, INCLUIR 
2ª) CONSTRUIR (o radical é constru) e DESTRUIR (o radical é destru)– 
São verbos abundantes. Além da forma regular de conjugação (igual à do 
verbo POSSUIR: construo, construis, construi, construímos, construís, 
construem), mais comum em Portugal, apresenta também a conjugação 
irregular, em que as 2ª e 3ª pessoas do singular do Presente do Indicativo 
formam o ditongo aberto “ói": construo, constróis, constrói, construimos, 
construís, constroem, da mesma forma que os verbos terminados em 
-OER. 
Assim, vimos que os verbos terminados em –UIR recebem, na 3ª pessoa do 
singular, a letra “i” – constitui, e não o “e” como apresentado na questão. 
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Vamos analisar outras conjugações especiais. 
 
1. VERBOS TERMINADOS EM HIATO: 
–OER: As 2ª e 3ª pessoas do singular do Presente do Indicativo formam o 
ditongo aberto ‘ói’. As demais pessoas, em todos os outros tempos verbais, 
seguem o paradigma ‘beber’, respeitadas as devidas acentuações tônicas. 
Na hora de escolher um exemplo, lembrem que DOER (no sentido de causar 
dor) e SOER (costumar, ter hábito de) são defectivos e só se conjugam nas 
terceiras pessoas. 
Exemplos: MOER (o radical é mo) - môo, móis, mói, moemos, moeis, moem 
–EAR: recebem a letra ‘i’ nas formas rizotônicas (sílaba tônica no radical). 
Nas demais, segue o paradigma ‘falar’. Exemplo: pentear (radical pente). 
A sílaba tônica foi sublinhada. 
Pres.Indicativo - penteio, penteia, penteia, penteamos, penteais, penteiam 
Pres.Subjuntivo – penteie, penteies, penteie, penteemos, penteeis, penteiem 
Pret.Perfeito: penteei, penteaste, penteou, penteamos, penteastes, 
pentearam 
–IAR: os verbos dessa terminação são regulares, ou seja, seguem a 
conjugação do paradigma ‘falar’. Exemplos: 
ADIAR (radical é adi) – Pres.Indicativo: adio, adias, adia, adiamos, adiais, 
adiam 
VARIAR (radical é vari) - Pres.Indicativo: vario, varias, varia... 
Dessa mesma forma, conjugam-se os verbos ARRIAR, MAQUIAR, VICIAR. 
Por isso, nada de “VAREIA”, senão “VICEIA”!!! Como vimos, esses verbos 
são REGULARES. 
Mas, então, por que será que tanta gente se engana? Porque ocorre uma 
“contaminação” com os verbos terminados em “EAR”, como “pentear”, 
apresentado acima. 
No entanto, há cinco verbos terminados em -IAR que recebem a letra ‘e’ 
nas formas rizotônicas (formas em que a sílaba tônica recai no radical), ou 
seja, formas verbais em que a sílaba tônica recai no radical, como no 
Pres.Indicativo e Pres.Subjuntivo. Suas iniciais formam o anagrama M-A-R-
I-O: 
Mediar (e derivados, como intermediar), Ansiar, Remediar, Incendiar, 
Odiar 
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Pres.Indicativo: intermedeio, intermedeia, intermedeia, intermediamos, 
intermediais, intermedeiam 
Para facilitar, lembre-se da conjugação do verbo ODIAR, o mais comum 
deles. 
2. VERBOS “DERIVADOS” DE ÁGUA

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