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Aluna: Suane Rodrigues 
WEB AULA 1 
 
DIREITO PROCESSUAL PENAL II 
 
 Na tentativa de identificar a autoria de vários arrombamentos em residências agrupadas em região 
de veraneio, a polícia detém um suspeito, que perambulava pelas redondezas. Após alguns 
solavancos e tortura físico-psicológica, o suspeito, de apelido Alfredinho, acabou por admitir a 
autoria de alguns dos crimes, inclusive de um roubo praticado mediante sevícia consubstanciada 
em beliscões e cusparadas na cara da pessoa moradora. Além de admitir a autoria, Alfredinho 
delatou um comparsa, alcunhado Chumbinho, que foi logo localizado e indiciado no inquérito 
policial instaurado. A vítima do roubo, na delegacia, reconheceu os meliantes, notadamente 
Chumbinho como aquele que mais a agrediu, apesar de ter ele mudado o corte de cabelo e raspado 
um ralo cavanhaque. Deflagrada a ação penal, o advogado dos imputados impetrou habeas corpus, 
com o propósito de trancar a persecução criminal, ao argumento de ilicitude da prova de autoria. 
Solucione a questão, fundamentadamente, com referência necessária aos princípios constitucionais 
pertinentes. 
 
Resposta: Sim, HC deve ser concedido, pois foi praticado o crime de tortura para obtenção de provas 
ilícitas. O HC tem natureza autônoma de intervenção. A confissão de Alfredinho foi uma prova ilícita 
originária e a delação de Chumbinho foi uma prova ilícita derivada. Estas provas não são adimitidas, 
com base no Princípio da Inadmissibilidade das Provas Ilícitas, Art 5, CF/88 e Art 157, CPP. 
 
 
(OAB FGV 2010.2) Em uma briga de bar, Joaquim feriu Pedro com uma faca, causando lhe sérias 
lesões no ombro direito. O promotor de justiça ofereceu denúncia contra Joaquim, imputando-lhe 
a prática do crime de lesão corporal grave contra Pedro, e arrolou duas testemunhas que 
presenciaram o fato. A defesa, por sua vez, arrolou outras duas testemunhas que também 
presenciaram o fato. Na audiência de instrução, as testemunhas de defesa afirmaram que Pedro 
tinha apontado uma arma de fogo para Joaquim, que, por sua vez, agrediu Pedro com a faca apenas 
para desarmá-lo. Já as testemunhas de acusação disseram que não viram nenhuma arma de fogo 
em poder de Pedro. Nas alegações orais, o Ministério Público pediu a condenação do réu, 
sustentando que a legítima defesa não havia ficado provada. A Defesa pediu a absolvição do réu, 
alegando que o mesmo agira em legítima defesa. No momento de prolatar a sentença, o juiz 
constatou que remanescia fundada dúvida sobre se Joaquim agrediu Pedro em situação de legítima 
defesa. Considerando tal narrativa, assinale a afirmativa correta. 
 (A) O ônus de provar a situação de legítima defesa era da defesa. Assim, como o juiz não se 
convenceu completamente da ocorrência de legítima defesa, deve condenar o réu. 
 (B) O ônus de provar a situação de legítima defesa era da acusação. Assim, como o juiz não se 
convenceu completamente da ocorrência de legítima defesa, deve condenar o réu. 
(C) O ônus de provar a situação de legítima defesa era da defesa. No caso, como o juiz ficou em 
dúvida sobre a ocorrência de legítima defesa, deve absolver o réu. 
(D) Permanecendo qualquer dúvida no espírito do juiz, ele está impedido de proferir a sentença. A 
lei obriga o juiz a esgotar todas as diligências que estiverem a seu alcance para dirimir dúvidas, sob 
pena de nulidade da sentença que vier a ser prolatada

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