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Ética e Filosofia do Direito II

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Ética e Filosofia do Direito II
Ética: “ETHOS” (Grego): caráter, comportamento, costume (latim)
Ética: é o comportamento que se espera das pessoas em seu convívio social, à luz daquilo que seja admitido como o bem. É o estudo dos elementos que conduzem uma sociedade para o bem.
Direito: é um conjunto de normas jurídicas (normas e princípios) usados para organizar uma sociedade e resolver os conflitos que surgirem, com o propósito de realizar o bem comum e a paz social.
As regras são + imediatas, + objetivas, + precisas
Os princípios são + elásticos, + abrangentes
O direito serve para fazer justiça?
Objeto da ciência do direito = normas jurídicas (válida ou inválida)
Justiça: a administração pública (ex: JEC, Assistência judiciárias aos pobres, Defensoria Pública) representada pelo Poder Judiciário, incumbido de proferir provimentos jurisdicionais. Dar a cada um aquilo que é seu (nem mais nem menos).
ESTATUTO DA ADVOCACIA E DA ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL
Lei 8.906 de 04 de julho de 1994 – é composta de 4 títulos
De advocacia;
Da ordem dos advogados do Brasil;
Do processo da OAB;
Das disposições gerais e transitórias.
Art. 133, CF – O advogado (aquele que é chamado a ajudar) é indispensável à administração da Justiça, sendo inviolável por seus atos e manifestações no exercício da profissão, nos limites da lei.
Capacidade Postulatória (EAOAB, art. 1˚): é a aptidão de pedir provimentos jurisdicionais perante o Poder Judiciário, ou seja, a justiça só vai atender a pedidos formulados por advogado.
EAOAB, art. 2˚ - O advogado é indispensável à administração da justiça.
§ 1˚ - O advogado presta serviço público e exerce função social (buscar a justiça, dar a cada um aquilo que é seu).
§ 3˚ - No exercício da profissão, o advogado é inviolável (contra crimes de opinião) por seus atos e manifestações, nos limites desta lei.
EAOAB, art. 7˚ [...]
§ 2˚ - O advogado tem imunidade profissional, não constituindo injúria (o conceito que cada um tem de si, ataca a honra subjetiva), difamação (ataca a honra objetiva, ataca a reputação feita perante a sociedade) ou desacato (foi considerada inconstitucional pelo STF, ou seja, responde ele por desacato) puníveis qualquer manifestação de sua parte, no exercício de sua atividade, em juízo ou fora dele, sem prejuízo das sanções disciplinares perante a OAB, pelos excessos que cometer.
Obs: manDATO – outorga de poderes ≠ manDADO – ordem
EXCEÇÕES DA CAPACIDADE POSTULATÓRIA
Juizados Especiais Cíveis (JEC) --> Esfera federal – dispensa advogado em causas de até 60 SM até a sentença (não só dispensa advogado, como também aceita outra pessoa que não seja)
Esfera estadual – dispensa advogado em causas de até 20 SM até a sentença, se a parte quiser recorrer precisa de advogado
Habeas Corpus --> Tutelar o direito de ir e vir
Ação de alimentos --> Lei 5.476/68, art. 2˚
Reclamações trabalhistas --> Na justiça do trabalho, a reclamação trabalhista pode ser promovida ou respondida sem a presença do advogado. Estabelece o art. 191 da CLT que “os empregados e os empregadores poderão reclamar pessoalmente...”.
	O advogado postula, em juízo ou fora dele, fazendo prova do mandato (instrumento procuratório)
Procuração = é o instrumento pelo qual se constitui um mandatário
URGÊNCIA --> atua sem procuração
Prazo = 15 dias (ou seja, tem 15 dias para providenciar a procuração), prorrogável por igual período.
Procuração para o foro em geral: Procuração “ad judicia et extra” (com poderes especiais) – é possível realizar todos os atos judiciais, em qualquer juízo ou instância, salvo os que exijam poderes especiais (ex: firmar compromisso arbitral, transacionar – firmar acordo abrindo mão de parte de seu direito, poder para desistir, renunciar – abre mão totalmente, levantar $ que esteja depositado).
EXTINÇÃO DO MANDATO:
Renúncia: o advogado permanece como representante durante 10 dias seguintes à notificação (levar ao conhecimento do cliente dele), salvo se for substituído antes do término desse prazo.
Obs: sob pena de responder pelos danos ocorridos.
Conclusão da causa ou arquivamento do processo: presumem-se o cumprimento e a cessação do mandato.
Revogação: perda do interesse pelo mandante (ex: parte perde a confiança no advogado, discute).
Substabelecimento sem reserva de poderes: é a transferência dos poderes recebidos em mandato. A transferência poderá ser parcial ou total, com (o advogado transferiu, mas também fica com poderes para ele) ou sem (o advogado transfere sem reservar-lhe nenhum poder) reserva de poderes. Trata-se de ato pessoal do advogado, que deve ser informado de forma inequívoca e prévia ao cliente.
HONORÁRIOS ADVOGATÍCIOS
CONTRATUAIS
São aqueles feitos por contrato escrito. Dividem-se em:
Iniciais
Ajustam-se antes de ajuizar a ação, começa a receber no início. Veda promover o aviltamento da profissão. Os valores regem-se segundo a tabela de H.A (cada estado tem uma tabela diferente), trabalhar abaixo desta ocorre o aviltamento da profissão, porém, podem ser estabelecidos outros valores.
SALVO disposição em contrário:
1/3 início dos serviços
1/3 até a sentença
1/3 na conclusão do trabalho
“Quota Litis”
Tem que estar no contrato, ou seja, tem que ter forma escrita. Não podem ser superiores as vantagens advindas em favor do constituinte ou do cliente.
É a participação (%) no valor recebido pelo cliente.
SUCUMBENCIAIS
Decorre de condenação judicial. A parte vencida paga ao advogado da parte vencedora.
Os honorários advocatícios contratuais não excluem o direito aos honorários sucumbenciais.
Honorários Sucumbenciais:
Causas com valor fixo: 10% a 20% sobre o valor da condenação;
Causas de valor inestimável, ou sem repercussão econômica: juiz fica o valor por equidade.
Causas em que o advogado atue pela assistência judiciária: tem direito aos honorários sucumbenciais.
Parte beneficiária da assistência judiciária: se vencida, será condenada a pagar os honorários sucumbenciais, no entanto, a execução de tal verba honorária fica condicionada à demonstração da perda da condição de hipossuiciente (pobre), no prazo de 5 anos, contados do trânsito em julgado da decisão condenatória.
Honorários Advocatícios – remuneração pelos serviços prestados, pertencem ao patrimônio do advogado.
	Os honorários fixados em condenação judicial, por arbitramento (juiz estabelece o valor dos hon. proporcionais ao trabalho realizado) ou sucumbenciais, pertencem ao advogado, tendo este direito autônomo para executar a sentença nesta parte.
	 A execução dos honorários pode ser promovida nos mesmos autos (papéis do processo) da ação que tinha atuado o advogado.
	Se o advogado fizer juntar aos autos o seu contexto, o juiz deve determinar que lhe sejam pagos diretamente seus honorários, por dedução da quantia a ser recebida pelo constituinte.
	O advogado substabelecido, com reserva de poderes, não pode cobrar honorários sem a intervenção daquele que lhe conferiu o substabelecimento. Ou seja, ele não pode cobrar pessoalmente.
	O acordo firmado entre o cliente do advogado e a parte contrária, salvo aquiescência do profissional, não lhe prejudica os honorários.
Súmula 306 do STF --> quando há sucumbência recíproca, os honorários advocatícios devem ser compensados. Cada um arca com o seu patrono.
QUESTIONÁRIO:
Diferencie honorários advocatícios convencionais e honorários advocatícios sucumbenciais. Indique os seus requisitos. (art. 35 a 41 do Código de Ética)
Os honorários advocatícios convencionais são aqueles estipulados em contrato bilateral entre o advogado e o cliente, através de uma convenção de ambos os pólos (advogado e cliente). Já os honorários sucumbênciais são aqueles que são arbitrados judicialmente para que a parte vencida pague a parte vencedora, vem estipulado na sentença da ação.
Diferencie cláusula “quota litis” em contrato de hon. advocatícios. Indique os seus requisitos (art. 38 do Código de Ética)
A cl’ausula quota litis é uma clausula onde o advogado firma um valor em porcentagem de até 30 % do valor que o cliente receberno processo. Ex: O autor poderá ganhar o valor de R$ 10.000,00 onde a clausula quota litis ficou estipulada em 20% desse valor ganho, então ficaria 2.000,00 para o advogado e 8.000,00 para o cliente.
Quanto tempo tem o advogado para cobrar os seus honorários? Qual a natureza jurídica desse prazo?
De acordo com a lei 11.902 o novo prazo para cobrar os honorários é de cinco anos. Anteriormente o advogado tinha um prazo de 10 anos, que devido essa nova lei feita em 2009 foi reduzido para cinco anos. Mesmo que oriunda de causa trabalhista, a cobrança de honorários advocatícios contratados entre advogados e clientes decorre de uma prestação de serviços de natureza civil, que é da competência da Justiça Comum.
Estando o advogado a atuar em benefício de parte hipossuficiente (pobre), terá direito a receber honorários? Explique.
Sim, mesmo o advogado sendo nomeado pela assistência judiciária ele terá o direito de receber os seus honorários. Essa assistência judiciária gratuita consiste em atividade técnica que o advogado desempenha dentro do processo, onde custas e os honorários ficarão a cargo do Estado.
Por que se diz que os honorários advocatícios constituem um direito autônomo do advogado? Explique.
Para o exercício da advocacia:
Incompatibilidade --> é a proibição total para o exercício da advocacia. Mesmo em causa própria.
Impedimento --> é a proibição parcial para o exercício da advocacia.
	Nos casos de incompatibilidade, a proibição para o exercício da advocacia ainda que em causa própria.
	Também permanece a incompatibilidade mesmo que o ocupante do cargo ou função deixa de exercício temporariamente.
Responda:
Quando são as hipóteses de incompatibilidade para o exercício da advocacia?
Segundo a Lei 8.906/94, art. 28, as hipóteses incompatíveis com o exercício da advocacia são as seguintes
 	I - chefe do Poder Executivo e membros da Mesa do Poder Legislativo e seus substitutos legais;
        II - membros de órgãos do Poder Judiciário, do Ministério Público, dos tribunais e conselhos de contas, dos juizados especiais, da justiça de paz, juízes classistas, bem como de todos os que exerçam função de julgamento em órgãos de deliberação coletiva da administração pública direta e indireta; (Vide ADIN 1127-8)
        III - ocupantes de cargos ou funções de direção em Órgãos da Administração Pública direta ou indireta, em suas fundações e em suas empresas controladas ou concessionárias de serviço público;
        IV - ocupantes de cargos ou funções vinculados direta ou indiretamente a qualquer órgão do Poder Judiciário e os que exercem serviços notariais e de registro;
        V - ocupantes de cargos ou funções vinculados direta ou indiretamente a atividade policial de qualquer natureza;
        VI - militares de qualquer natureza, na ativa;
        VII - ocupantes de cargos ou funções que tenham competência de lançamento, arrecadação ou fiscalização de tributos e contribuições parafiscais;
        VIII - ocupantes de funções de direção e gerência em instituições financeiras, inclusive privadas.
Quais são as hipóteses de impedimento para o exercício de advocacia?
Segundo o art. 30, da Lei 8.906, são impedidos de exercer a advocacia:
I - os servidores da administração direta, indireta e fundacional, contra a Fazenda Pública que os remunere ou à qual seja vinculada a entidade empregadora;
II - os membros do Poder Legislativo, em seus diferentes níveis, contra ou a favor das pessoas jurídicas de direito público, empresas públicas, sociedades de economia mista, fundações públicas, entidades paraestatais ou empresas concessionárias ou permissionárias de serviço público.
Parágrafo único. Não se incluem nas hipóteses do inciso I os docentes dos cursos jurídicos.
Qual a consequência para quem exercer a advocacia quando impedido de fazê-lo? Dê o fundamento jurídico.
A conseqüência para quem exerce a advocacia quando impedido de fazê-la são as sanções disciplinares que consistem em censura, suspensão, exclusão e multa, que estão devidamente elencadas no art. 35 da lei 8906/94. As definições e situações de cada uma dessas sanções estão disciplinadas do art. 36 ao 39 do mesmo dispositivo.
Os procuradores gerais, defensores gerais, advogados gerais e dirigentes de órgão jurídicos da administração pública podem exercer a advocacia? Explique.
Os procuradores gerais, defensores gerais, advogados gerais e dirigentes de órgãos jurídicos da administração publica são exclusivamente legitimados para o exercício da advocacia vinculada à função que exerçam, durante o período da investidura. Isso quer dizer que até eles tomarem posse dessas funções eles poderão atuar em causa particular, mas, depois que tomarem posse do cargo, somente poderão atuar de acordo com a sua função pública, não podendo assim, atuar em causa própria.
Um prefeito que seja advogado pode subscrever sua própria defesa num processo penal? Por quê?
Não. Porque segundo o art. 28 da Lei 8.906/94, inciso I, o prefeito (chefe do poder executivo no âmbito municipal) não pode subscrever em defesa própria.

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