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Universidade Luterana do Brasil –Campus Torres/RS Disciplina de Ética, História e Filosofia do Direito Professorª: Patrícia Santos Martins Nome do aluno(a): Laura Medora Delabari Henriques Conceito de Direito Natural e Direito Positivo e qual seria o existente, de fato, em nossa sociedade: • O direito positivo, também chamado de estatutário, é aquele estabelecido pela vontade de um legislador e constituído pelas “leis [empiricamente existentes] num determinado lugar e num determinado tempo” (M.d.S., AA 6: 229). • O direito natural seria por sua vez constituído pelo conjunto de leis ou princípios que forneceriam “o critério universal pelo qual se pode conhecer em geral tanto o justo quanto o injusto (iustum et iniustum)”, ao qual se chega abandonando aqueles “princípios empíricos (...) e buscando as fontes desses juízos exclusivamente na simples razão (ainda que aquelas leis possam servir de excelente fio condutor para isso), visando o estabelecimento do fundamento para uma legislação positiva possível” (M.d.S., AA 6: 229-30). Baseado nestes conceitos que Kant conclui que o único direito com existência no espaço e tempo é o direito positivo, uma vez que o direito natural, com fonte puramente racional, assim como o próprio estado de natureza. O Direito Positivo e a Legalidade em uma realidade prática: • No princípio da legalidade, a atuação estatal pressupõe a conformidade com os preceitos jurídicos previamente estabelecidos, o direito positivo. • Segundo Kant, o legislador vive uma realidade prática onde suas leis devem emanar a vontade do povo. E esta vontade, de certa forma, encontra-se impressa no povo por meio do Direito Natural. E se, por hipótese, o indivíduo está obedecendo a uma lei para a qual ele próprio colaborou, então ele não pode estar sendo injustiçado por tal lei, pois “ninguém pode fazer injustiça a si mesmo”. (ESTEVES, 2012, p. 168) • Essa linha de raciocínio pode ser expressa pela ideia de Reale, que afirma: O jurista, portanto, seria um observador e um analista da realidade humana, da realidade social, visando a explicá-la através dos seus nexos de constâncias expressos sob a forma de leis ou de princípios, cuja base primeira é de ordem psicológica, como em todas as ciências morais. (REALE, ,p. 311) Referências Bibliográficas: ESTEVES, Júlio. Sobre a Relação entre o Direito Natural e o Direito Positivo em Kant. Rio de Janeiro. O que nos faz pensar nº32, p. 156-175, dezembro de 2012. REALE, Miguel. Filosofia do Direito, 20ª edição. Editora Saraiva, 2010. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788502136557. Acesso em: 07. out. 2021. https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788502136557
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