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DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS FLORESTAIS - DCF AMOSTRAGEM E INVENTÁRIO FLORESTAL – GEF 112 PROF. José Marcio de Mello josemarcio@dcf.ufla.br LAVRAS – MG 2014 - 1 1. AULA INICIAL 1.1. APRESENTAÇÃO DO PROFESSOR E DOS ALUNOS Professor: Nome completo; formação (locais); e-mail para contato. Alunos: E-mail com acesso contínuo. (LISTA) 1.2. APRESENTAÇÃO DO PLANO DE CURSO O plano de curso deve ser interpretado como a apresentação de como a disciplina será conduzida durante o semestre corrente. Obviamente, que a execução do plano de curso passa necessariamente, pelo cumprimento do conteúdo proposto, conforme a ementa da disciplina. 1.3 CONTEÚDO PROGRAMÁTICO DA DISCIPLINA Endereço eletrônico: www.lemaf.ufla.br - Professores - José Marcio de Mello - Disciplinas Graduação - Amostragem e Inventário Florestal -(opção Downloads) – Ementa/Bibliografia ---------------------------------------------------------------------------------------------------------- 1. INTRODUÇÃO 1.1. Apresentação dos professores e alunos. 1.2. Apresentação do plano de curso. 1.3. A disciplina no currículo e integração com outras disciplinas. 2. DEFINIÇÃO DE TEORIA DA AMOSTRAGEM E INVENTÁRIO FLORESTAL 3. OBJETIVOS E FINALIDADES DO INVENTÁRIO FLORESTAL 4. TIPOS DE INVENTÁRIO FLORESTAL 5. CONCEITOS BÁSICOS DE ESTATÍSTICA (Aulas práticas no lab. de informática) 6. AMOSTRAGEM CASUAL SIMPLES (ACS) 6.1. Definição, considerações teóricas 6.2. Métodos de seleção de amostragem casual simples 6.3. Erro de amostragem 6.4 Prática 7. AMOSTRAGEM SISTEMÁTICA (AS) 7.1. Introdução, conceito e bases teóricas 7.2. As unidades de amostra neste método de amostragem 7.4. Prática 8. AMOSTRAGEM ESTRATIFICADA (ACE) 8.1. Definição e Considerações teóricas 8.2. Bases da estratificação 8.3. Número de estratos, locação da amostra dentro do estrato, seleção das unidades de amostras dentro de cada estrato (alocação proporcional a área, alocação Neyman e alocação ótima). 8.4. Erro de amostragem 8.5. Prática 9. PROCESSO DE AMOSTRAGEM 9.1 Método de amostragem com área fixa 9.2 Parcelas temporárias e permanentes 9.3 Bases para instalação de parcelas permanentes 9.4 Estudo do tamanho ótimo de parcela 9.5 Prática 10. PROCEDIMENTOS PARA AMOSTRAR POPULAÇÕES FLORESTAIS A PARTIR DE MEDIDAS SOMENTE DO DIÂMETRO 10.1 Árvore Média 10.2 Árvore Média Estratificada 10.3 Prática ---------------------------------------------------------------------------------------------------------- 1.4. BIBLIOGRAFIA SUGERIDA Endereço eletrônico: www.lemaf.ufla.br (Downloads) – “bibliografia básica” 1. BUSSAB, W.O.; MORETTIN, P.A. Estatística básica. 5.ed. São Paulo: Saraiva, 2002. 526p. 2. COCHRAN, W.G. Técnicas de amostragem. 1 ed. Rio de Janeiro, Ed. Fundo de Cultura, 1963. 413p. 3. FREESE, F. Elementary forest sampling. U.S. Department of Agriculture, 1962. 91p. (Handbook n° 232) 4. LOETSCH, F. & HALLER, K.E. Forest inventory. 1 ed., Munich, BLV Verlagsgesellschaft, 1964.436p. Vol. I. 5. MELLO, J.M. Análise comparativa de procedimentos amostrais em um remanescente de floresta nativa no município de Lavras, MG. Lavras: UFLA, 1995. 88 p. (Dissertação - Mestrado em Engenharia Florestal). 6. MELLO, J.M. Geoestatística Aplicada ao Inventário Florestal. Piracicaba: ESALq. 2004. 110p. (Tese de Doutorado em Recursos Florestais). 7. PÉLLICO NETTO, S. & BRENA, D.A. Inventário Florestal. Curitiba: 1997. 316p. 8. SHIVER, B.D & BORDERS, B. E. Sampling Techniques for Forest Resources Inventory. John Wiley & Sons. 1996. 356 p. 9. SCOLFORO, J.R.S. & MELLO, J.M. Inventário Florestal. Lavras: UFLA/FAEPE/DCF, 2006. 526p 10. THOMPSON, S. K. Sampling. New York: Wiley, 1992. 343p. 1.5. MINISTRAÇÃO DAS AULAS: TEÓRICAS: serão ministradas em sala de aula no pavilhão. Àquelas que o professor julgar necessário o uso de recursos áudio visuais serão ministradas no laboratório de informática do DCF. PRÁTICAS: - Laboratório de informática; - Práticas de campo. 1.6. CHAMADA Haverá chamada regularmente durante o semestre. Lembre-se das normas do manual do estudante para o número máximo de faltas. RESOLUÇÃO CEPE Nº 042 DE 21/03/2007 “É obrigatório a freqüência às atividades correspondentes a cada disciplina, ficando nela reprovado o estudante que não comparecer a 75%, no mínimo, das aulas teóricas e práticas computadas separadamente e demais trabalhos escolares programados para a integralização da carga horária fixada para a referida disciplina.” http://www.prg.ufla.br/pro-reitoria/resolucaocepe042_2007.pdf 1.7. PROVAS Ao todo serão realizadas 3 provas durante o semestre. Estas provas deverão acontecer nas segundas às 9:00h. O conteúdo das provas será acumulativo. 1a PROVA: ____/____/____ PESO: 25% 2a PROVA: ____/____/____ PESO: 25% 3a PROVA: ____/____/____ PESO: 30% 4a PROVAS PRÁTICAS PESO: 20%* *Serão realizados 6 provas práticas e considerada a média das 5 maiores notas. 1.8 RECUPERAÇÃO DE ALUNOS COM BAIXO RENDIMENTO E PROVAS DE SEGUNDA CHAMADA a) Conforme previsto no plano de curso no SIG. O aluno com baixo rendimento (<60%) terá direito a recuperação através de uma nova avaliação. DATA:____/_____/______. No entanto, nesta disciplina todos os alunos terão o direito de fazê-la. b) Alunos que perderam prova. Pedido no DRCA via SIG conforme normas e resoluções da UFLA. 1.9 INVENTÁRIO FLORESTAL E SUAS INTERFACES - Silvicultura - O plantio foi bem feito? - As mudas estão crescendo adequadamente? OBS.: Inventário de Qualidade – 3 a 6 meses após o plantio. - Biometria “É a ciência que trata das medições e da modelagem”. A qualidade das medições efetuada nos indivíduos afeta de forma significativa toda a base de dados. Esta base de dados é utilizada no manejo e planejamento florestal. - Sensoriamento remoto e SIG Esta disciplina promove a base fundamental para uma boa amostragem, o mapa. Sem mapa a qualidade do inventário fica comprometida. - Inventário Florestal “É a disciplina que utiliza os conceitos da Teoria de Amostragem para representar populações florestais”. É de responsabilidade do inventário estabelecer as unidades amostrais na área de forma que estas sejam de fato representativas da população. - Manejo Florestal No Manejo Florestal utilizam-se informações mensuradas pela biometria nas unidades amostrais (parcelas) distribuídas na área. É no manejo que se trabalha a questão da modelagem para a prognose. PROGNOSE É UTILIZADA PARA O PLANEJAMENTO FLORESTAL A CURTO, MÉDIO E LONGO PRAZO. - Planejamento florestal Temos estoque de madeira? Quanto? Onde? - A prognose nos informa quanto e o planejamento operacional nos informa onde. Precisamos comprar madeira? Precisamos plantar mais? Quanto? Podemos expandir a fábrica? - Colheita Florestal O inventário florestal é responsável para estimar o volume das áreas que serão cortadas. É através desta informação que é possível planejar a Colheita Florestal. No caso de colheita terceirizada, a informação do IFL é útil para a estimativa da produção, sobre a qual é efetuado o pagamento para os prestadores de serviço. - Ecologia Florestal Através da análise estrutural da floresta, associada ao conhecimento em ECOLOGIA, é que se estabelecem as ações do manejo em floresta nativa.Ex.: DA = 150 DoA = 50 FA = 15 É através do inventário (amostragem) que definimos estes parâmetros. A interpretação dos mesmos juntamente com aspectos ecológicos, permite estabelecer critérios de remoção em floresta nativa. - Melhoramento Genético Avaliação do desenvolvimento de clones é efetuada com base em amostragem. Utiliza-se de certo procedimento de amostragem para retirar uma amostra representativa na população. Através desta amostragem avalia-se o desempenho dos clones frente a diversas situações. - Tecnologia da Madeira Avaliação da densidade básica de um novo material genético. Retiram-se amostras ao longo do fuste da árvore e a partir desta amostra conclui-se sobre a densidade média do novo material genético. Conhecer as propriedades físicas, químicas e mecânicas da madeira. Para qualquer uma destas situações utiliza-se de uma amostra para inferir para o todo. 2. DEFINIÇÃO DE TEORIA DA AMOSTRAGEM E INVENTÁRIO FLORESTAL Amostragem estatística – garante uma amostra representativa da população. Representatividade estatística – ligado ao conceito de probabilidade não nula que cada elemento da população tem de participar de uma amostra. Baixa freqüência e alta densidade. É um indicativo de agregação. O padrão de distribuição agregado influencia no processo de manejo. OBS.: Quando analisa custo e representatividade, surge um conceito diferenciado de representatividade para o inventário florestal. Representatividade não estatística – é um conceito mais do florestal que pensa numa amostra que seja capaz de captar a variabilidade espacial da floresta (parcelas bem distribuídas). Amostragem não estatística – a seleção da amostra é efetuada conforme a subjetividade do técnico. PROBLEMA: 2 técnicos com experiências diferenciadas pode conduzir a resultados diferentes. EX.: Na Europa Central no século 18 e 19 era parte do treinamento do eng. Florestal ESTIMAR VISULAMENTE o estoque de madeira e de crescimento da floresta. CONCEITO FLORESTAL DE REPRESENTATIVIDADE CUSTO X REPRESENTATIVIDADE Confiabilidade – é acreditar numa informação que vem de uma amostra representativa da população. Definição de Inventário Florestal “ É a atividade que visa determinar ou estimar características quantitativas e/ou qualitativas dos recursos florestais existentes em uma área pré- estabelecida, através de técnicas de amostragem”. Características quantitativas: VT, área basal, HT, peso, etc... Características qualitativas: vitalidade, qualidade do fuste, etc... 3. OBJETIVOS OU FINALIDADES DO INVENTÁRIO FLORESTAL 3.1 Conhecer o estoque presente de madeira numa floresta “Um determinado produtor deseja conhecer o estoque presente de madeira em 50 hectares de eucalipto. Ele pretende explorar e vender esta madeira. Qual o volume disponível ele teria para vender? Se alguém desejar comprar esta floresta em pé, por quanto ele poderia vendê-la”? MANEJAR CORRETAMENTE A FLORESTA VISANDO SUSTENTABILIDADE TÉCNICAS DE INVENTÁRIO PARA AVALIAR OS RECURSOS FLORESTAIS – SURGIU ANTES DA TEORIA DE AMOSTRAGEM ESCASSEZ DE RECURSOS 3.2 Conhecer e identificar o potencial da floresta “As informações do inventário permitem efetuar a classificação de sítio, ou seja, definir subáreas com produtividade semelhante”. 3.3 Proporcionar base de informações para estudo do crescimento e produção – prognose volumétrica. “Através de parcelas mensuradas periodicamente, é possível conhecer como as espécies nativas se desenvolvem ao longo do tempo. Quais espécies se regenaram? Porquê uma determinada espécie deve ser protegida por lei”? 3.4 Base de informações para conhecer a estrutura horizontal e vertical da floresta “O conhecimento da estrutura da floresta serve de auxílio para o estabelecimento de planos de manejo com maior compromisso com a sustentabilidade”. Permite perceber o padrão de distribuição das espécies na área. Outra informação importante para o manejo de florestas nativas 4. TIPOS DE INVENTÁRIO FLORESTAL Os tipos de inventário florestal se diferem conforme o objetivo proposto para o levantamento. 4.1 Inventário em uma única ocasião É o inventário realizado para quantificar a característica de interesse num dado momento da vida da floresta. Ex.: a) qual o volume de madeira aos 7 anos de idade num povoamento de eucalipto? b) qual a biomassa florestal que será inundada por uma construção de uma hidroelétrica? 4.2 Inventários em ocasiões sucessivas As unidades amostrais (parcelas) são estabelecidas com o objetivo de acompanhar o crescimento da floresta – MUDANÇAS. Ex.: os inventários realizados com base em parcelas permanentes. Estas parcelas são remedidas anualmente. É o grande experimento da empresa florestal. 4.3 Inventário Pré-Corte (IPC) É o inventário realizado poucos meses antes do corte. Ele tem como objetivo principal estimar o volume por talhão ou subáreas menores dentro da floresta. Ex.: ele é utilizado para planejamento da colheita florestal – dimensionamento de equipes, máquinas, pagamento por produtividade e avaliação do potencial imediato para o abastecimento da unidade fabril. 4.4 Inventário para prognose É realizado aos 3 anos de idade e tem como objetivo estimar o volume de madeira aos 7 anos. Ex.: seria uma alternativa ao inventário em ocasiões sucessivas. A diferença é que se mede apenas aos 3 anos e utiliza um modelo de prognose emprestado para efetuar as estimativas. 4.5 Inventário Qualitativo – IQ É realizado no período de 1 a 2 meses após o plantio. É útil para avaliar a qualidade da implantação da floresta (espaçamento e plantio), pegamento, ataque de pragas, etc. É efetuado apenas em floresta plantada. 4.6 Inventário em populações sujeitas a desbastes É efetuado em parcelas permanentes imediatamente antes e após o desbaste. Permite conhecer: - volume antes do desbaste; - volume depois do desbaste; - volume desbastado; - avaliação da qualidade do desbaste. 4.7 Enumeração completa ou censo É a medição de todos os indivíduos da floresta. Se houvesse recurso disponível, este seria o melhor Sistema de Inventário Florestal. Ex.: planos de manejo na Amazônia. São definidas as glebas a serem manejadas no ano. Nestas glebas medem-se todos os indivíduos das espécies de interesse, os quais possuem dimensões desejadas. PRÁTICA 01 TEMA: Lançamento de parcela em plantio de eucalipto 1. OBJETIVO: O objetivo geral é deixar claro o que é uma unidade amostral ou parcela dentro de um plantio de eucalipto. É preciso que alguns pontos sejam destacados nesta aula. Numa floresta é difícil imaginar que iremos mensurar todas as árvores do plantio. Isto é oneroso e as fontes de erro são maiores. “Em pesquisa de opinião pública, pergunta algumas pessoas a sua opinião sobre um determinado produto recém lançado no mercado. Com base nas respostas destas pessoas, efetua-se a extrapolação para o todo, e tem-se a idéia da preferência da população.” Numa floresta a lógica será mantida. Ao invés de perguntar para a “árvore”, medem-se variáveis biométricas que expressam o crescimento da planta. Não é apenas algumas árvores e sim um conjunto de parcelas formado por árvores. A lógica de parcela em floresta é para condensar a variabilidade dentro da parcela (idéia de controle local). Formas de parcela: retangular, área variável e circular. Lançamento de parcelas (critério na demarcação daparcela) Técnicas de medição de DAP e HT. 2. PRODUTO FINAL: ter em mente o que é uma parcela ou unidade amostral. No inventário trabalhamos com a informação da parcela. É a soma dos volumes, peso seco ou área basal de cada parcela. 3. MATERIAIS PARA AULA: -Trena; Barbante; Marreta; Pirulito; estacas de PVC; Fita métrica; Suta; Blume-Leiss.
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