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Aula 9 - Toxicologia Ocupacional 2014

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Toxicologia Ocupacional
UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA - UFPB
Depto. De Ciências Farmacêuticas - DCF
Turma: Farmácia
Hemerson Iury 
hemersonufpb@yahoo.com.br
Toxicologia Ocupacional
Conceitos gerais
• Higiene Ocupacional – É a ciência
devotada ao reconhecimento, avaliação e
controle dos riscos ocupacionais e estresse
oriundos do local de trabalho e que podem
desenvolver doenças.
Toxicologia Ocupacional
Conceitos gerais
• Higiene Ocupacional – Lida com vários
agentes etiológicos como:
- Físicos (ruídos, luminosidade, etc.);
- Mecânicos (esforço físico, etc.);
- Biológicos (bactérias, fungos, vírus, etc.);
Toxicologia Ocupacional
Conceitos gerais
• Medicina Ocupacional – Estuda a relação
do Homem com a sua ocupação, com o
objetivo de prevenir o dano e a doença, bem
como de promover a saúde, produtividade e
enquadramento social.
Toxicologia Ocupacional
Conceitos gerais
•Toxicologia Ocupacional – Estudo dos efeitos
adversos na saúde dos trabalhadores resultantes da
exposição a agentes perigosos no decurso da sua
atividade laboral.
Toxicologia Ocupacional
Conceitos gerais
•Toxicologia Ocupacional – “Atividade sistemática,
contínua ou repetitiva, relacionada à saúde e
desenvolvida para implantar medidas corretivas
sempre que se façam necessárias”
CCE/OSHA/NIOSH
Toxicologia Ocupacional
Conceitos gerais
•Áreas envolvidas
Relação saúde-exposição
• Efeitos nefastos extensíveis à comunidade envolvente;
• Sensibilização e conhecimentos básicos na área, para
todos os médicos, farmacêuticos e profissionais de
saúde em geral;
Bases científicas
sólidas
Conhecimento prático de higiene
industrial, toxicologia e epidemiologia
Prevenção da morbidade laboral
Toxicologia Ocupacional
Conceitos gerais
•Objetivos
 Identificar fontes de risco (físico, químico, biológico…)
presentes no ambiente de trabalho;
 Reconhecer efeitos adversos para a saúde dos
trabalhadores, decorrentes da exposição aos agentes perigosos
previamente identificados;
 Estabelecer medidas de controle para prevenir ou minimizar
a exposição aos agentes perigosos;
Toxicologia Ocupacional
Conceitos gerais
•Objetivos
São obtidos a partir de quatro fontes principais:
– Experimentação em animais;
– Experimentação em voluntários;
– Observação ao acaso no ambiente de trabalho;
– Pesquisas epidemiológicas;
Toxicologia Ocupacional
Conceitos gerais
•Histórico
 Século IV AC – Hipócrates refere-se à toxicidade do
mercúrio na indústria mineira (saturnismo em mineiros);
 Século I DC – Pliny (sábio romano) concebe uma máscara
facial para proteção da exposição a pós e fumos de Chumbo;
Toxicologia Ocupacional
Conceitos gerais
•Histórico
 Ellenborg (1440-1499) - Relatou os riscos da ourivesaria
(exposição aos vapores dos metais);
Toxicologia Ocupacional
Conceitos gerais
•Histórico
 Paracelsus (1493–1541) - Doenças dos mineiros
e fundidores;
Toxicologia Ocupacional
Conceitos gerais
•Histórico
 Bernardino Ramazzini (1633-1714) - Pai da medicina do
trabalho. Publicou em “Módena De Morbis Artificum Diatriba”
Descreve mais de 50 ocupações da época com suas doenças
características;
Defende o estudo feito no ambiente de trabalho e não em
enfermarias hospitalares;
Toxicologia Ocupacional
Conceitos gerais
•Histórico
 Percival Pott (1713-1788) - Estabeleceu nexo entre
limpar chaminés, função exercida por crianças, e câncer
escrotal (3,4-benzopireno);
Toxicologia Ocupacional
Conceitos gerais
•Histórico
 1788 – Aprovação do “Chimney-Sweepers Act”,
na Inglaterra;
 1833 – Aprovação dos “Factory Acts”, na
Inglaterra
Toxicologia Ocupacional
Conceitos gerais
•Histórico
 Início do Séc. XX – Dra. Alice Hamilton conduziu
esforços para melhorar higiene industrial.
- Observa a correlação entre doença de trabalhador e
exposição a toxicantes.
Toxicologia Ocupacional
Conceitos gerais
•Histórico
 1913 – O Departamento de Trabalho de Nova Iorque
de Trabalho e o Departamento de Saúde de Ohio
estabelecem o primeiro estudo programas de higienistas
industriais.
 1948 – O programa é estendido para outros estados da
federação americana.
Toxicologia Ocupacional
Conceitos gerais
•Está baseada em um tripé:
• Monitorização do ambiente
(Identificação de substâncias e sua quantificação); 
• Monitorização biológica
(Exames laboratoriais );
• Controle médico (Vigilância a saúde): 
(Avaliação clínica, diagnóstico e tratamento)
Toxicologia Ocupacional
Conceitos gerais
•Monitorização:
- Atividade sistemática de medidas e interpretações
realizada para a prevenção do surgimento de efeitos
adversos decorrentes de uma exposição.
Toxicologia Ocupacional
•Monitorização Ambiental:
- A medida e a avaliação, qualitativa e quantitativa,
de agentes químicos no ambiente ocupacional para
estimar a exposição ambiental e o risco à saúde,
comparando os resultados com referências
apropriadas.
Toxicologia Ocupacional
• Características da Monitorização Ambiental:
- Avalia o xenobiótico fora do organismo;
- Deve ser realizada sistematicamente ao longo do
ambiente de trabalho exposto ao provável agente
tóxico;
- Baseada em amostragem no tempo e espaço;
Toxicologia Ocupacional
• Monitorização Ambiental: vantagem x desvantagem
* Vantagem: Monitorização do ambiente de trabalho;
* Desvantagem: Impossibilita detectar a contaminação de 
todos os trabalhadores; 
Toxicologia Ocupacional
• Fatores alteram a Monitorização Ambiental
 Atividades, tarefas ou funções exercidas pelos trabalhadores;
 Área ou local de trabalho;
 Nº de trabalhadores/área (densidade demográfica);
 Movimentação de trabalhadores pelo local de trabalho;
 Movimentação de materiais (gases, vapores, poeiras);
 Condições ambientais (ventilação, temperatura, etc.);
 Ritmo de produção;
 Interferentes p/ análise de exposição como: químicos ou físicos.
Toxicologia Ocupacional
• Estratégias de amostragem para análise
 Equipamentos adequados para a coleta de amostras;
 Pessoal capacitado para coleta e acompanhamento;
 Comparação dos resultados obtidos com os limites de
exposição ocupacional.
OBS: Exposição ocupacional - Situação na qual o trabalhador desenvolve
atividades profissionais em contato com determinado agente químico.
Toxicologia Ocupacional
• Limites de exposição ocupacional - LEO
Propostos pela ACGIH - USA (American Conference of
Governamental Industrial Hygienist), referem-se às
concentrações das substâncias químicas dispersas no ar.
Brasil: Associação Brasileira de Higienistas
Ocupacionais edita anualmente a tradução das TLVs –
Threshold Limits Values - .
No Brasil estas adaptações são feitas de acordo com a área, podendo ser do Ministério do Trabalho, da Saúde,
etc. A NR-15 (Norma Regulamentadora nº 15, 1978, Ministério do Trabalho, utiliza os valores adaptados da
ACGIH-USA de 1977. Estes valores foram reduzidos em 78% em virtude da jornada semanal no Brasil ser de 48
horas, naquela época (até 1989), com relação às 40h preconizadas pela ACGIH).
Toxicologia Ocupacional
• Observa-se que os TLVs:
 Referem-se a substâncias dispersas apenas no ar;
 Referem-se apenas a trabalhadores adultos em boa condição de
saúde;
 Não diferenciam o gênero;
 Em mulheres grávidas não é aplicável ao feto.
OBS: Os valores de TLV são calculados para um período de 7 a 8h por dia, num total
de 40h semanais, sem que isso traga danos para a sua saúde.
Toxicologia Ocupacional
• Dependendo do tipo de efeito tóxico os TLV podem ser:
 TLV-TWA – (Time Weighted Average – Média
PonderadaPelo Tempo) - jornada de 8h/dia, 40h/semana
– Aplicado a substâncias que exercem efeito a médio e
longo prazo.
– Exposições ligeiramente acima por curto período de
tempo aceitáveis.
Ex.: Benzeno = 0,5ppm; Chumbo = 0,05ppm.
Toxicologia Ocupacional
• Dependendo do tipo de efeito tóxico os TLV podem ser:
 TLV-STEL – (Short Term Expouse Limit – Limite de
Exposição de Curto Período) – exposição de 15 minutos
com intervalo de pelo menos 60 minutos
– Complementa o TLV-TWA. (Na sua falta utiliza-se TLV-
TWA x 3).
– Exposição durante curto intervalo de tempo sem
apresentar irritação, lesão tecidual crônica ou irreversível
ou narcose.
–Até 15 min, 4x ao dia com intervalos de 60 minutos;
Toxicologia Ocupacional
• Dependendo do tipo de efeito tóxico os TLV podem ser:
 TLV-C – (Ceiling – Teto)
–Substâncias de alta toxicidade com efeitos em curto
prazo.
–Não pode ser ultrapassada em momento algum.
Toxicologia Ocupacional
• Esquematicamente tem-se:
Insalubridade
Salubridade
Risco Grave
TLV-TWA
TLV – C
TLV – STEL
Concentração
Tempo (horas)
1 2 4 6 8
Toxicologia Ocupacional
• Limites de Tolerância:
São compilados das tabelas dos valores de TLV-TWA e se
referem às concentrações médias máximas que não devem ser
ultrapassadas numa jornada de 8h/dia, 48 horas/semana.
• Brasil: são extrapolados dos TLV através de uma média aritmética.
• EUA: A partir do nível de ação (metade das concentrações máximas permitidas) e limite de
exposição ocupacional
TLV
NA
Não exposição
Exposição2
LEO
NA 
Toxicologia Ocupacional
• Histórico dos Limites de Tolerância:
 1933-38 - União Soviética regulamenta os primeiros limites;
 1941 - “Maximum Allowable Concentrations” (MACs) American National
Standards Institute (ANSI);
 1943 - “Hygiene Guides” American Industrial Hygiene Association
(AHIA);
 1947 – “Threshold limit Values” (TLVs), American Conference of
Governmental Industrial Hygienists (ACGIH);
 1968 - Hygiene Standars British Factory Inspectorate;
 1969 - Maximale Arbeitdplatzkonzetration (MAK), Alemanha;
 1970 - Permissible Exposure Limits (PELS), OSHA/ EUA;
 1970 - Recommended Exposure Limits (RELS), NIOSH/ EUA;
 1978 - Limites de Tolerância MTPS/ Brasil;
 1982 - Valeurs Limites D’ Exposition Professionnalle, França;
Toxicologia Ocupacional
• Índice de Exposição – I.E.
Índice calculado com objetivo de facilitar e simplificar
o quanto está exposto o trabalhador aos agentes químicos.
Usa para isto os valores de concentração e limites para
cada agente.
Toxicologia Ocupacional
• Índice de Exposição – I.E.
Cada substância possui um Índice de exposição específico, 
designado IE
IE (agente) = Resultado obtido do ambiente
Limite de Exposição Ocupacional
Ex: IE (éter etílico) – 180/400 = 0,45 ( ½ do limite)
IE(éter fenílico) – 5/1 = 5 ( 5x o limite)
Toxicologia Ocupacional
• Índice de Exposição - Substâncias com efeitos aditivos
 Irritantes – Ácidos e Aldeídos
 Ação sobre os pulmões – Fumos metálicos e Fe
 Febre dos fumos – Óxidos de metais e plásticos
 Depressores do SNC – Hidrocarbonetos e álcool
IE p/ várias substâncias pode ser calculado como:
IE = C1/L1 + C2/L2 + C3/L3 .......Cn/Ln
Qdo: IE > 0,5 = exp. acima do nível de ação
IE > 1,0 = exposição excessiva 
Toxicologia Ocupacional
• Freqüência de monitorização
 Recomendada periodicidade bienal (valores  nível de ação )
 Avaliação semestral e anual (valores entre nível de ação e LEO)
• Avaliação Ambiental X Avaliação Biológica
- AVALIAÇÃO AMBIENTAL – Limita–se a penetração da substância por
via respiratória (por amostragem);
- AVALIAÇÃO BIOLÓGICA – Refere-se a exposição passada (será
complementar à Vigilância da Saúde do Trabalhador).
Toxicologia Ocupacional
• Vantagens do monitoramento biológico em relação ao ambiental
 Índices Biológicos associados diretamente a efeitos nocivos à saúde;
 Exposição relativa a um período de tempo prolongado;
 Leva em consideração vários ambientes além do ambiente de trabalho;
 Considera a absorção do xenobiótico por várias vias de introdução;
 Considera fatores como atividade física no trabalho e fatores
climáticos incluindo a idade, sexo, características genéticas, condições
funcionais dos órgãos relacionados com a biotransformação e
eliminação do agente tóxico.
Toxicologia Ocupacional
• Desvantagens do monitoramento biológico em relação ao ambiental
 Número limitado de indicadores disponíveis;
 Amplo conhecimento da toxicocinética e toxicodinâmica;
 Elevado número de substâncias existentes;
 Interferentes na biotransformação (cigarro);
 Substâncias irritantes são de difícil biomonitoramento.
Toxicologia Ocupacional
•Monitorização Biológica:
Toxicologia Ocupacional
•Monitorização Biológica:
Medidas realizadas em amostras biológicas provenientes de
trabalhadores expostos a agente tóxico com o objetivo de detecção
precoce, evitando alterações biológicas nocivas.
Segundo as CCE (Comission of the Europen Comumunities – 1999) a
monitorização biológica apresenta-se em 3 categorias
• Monitorização Biológica de Exposição – MBEx;
• Monitorização Biológica de Dose Efetiva – MBDE;
• Monitorização Biológica de Efeito - MBE
Toxicologia Ocupacional
• Monitorização Biológica de Exposição - MBEx:
Avalia o xenobiótico e seus produtos de biotransformação.
Ex.: Metais no sangue; Compostos voláteis no ar expirado;
• Monitorização Biológica de Dose Efetiva – MBDE :
Mede a concentração da substância ativa no sítio de ação;
Ex.: Dosagem de anticoagulante no sangue
• Monitorização Biológica de Efeito - MBE
Medida de efeitos biológicos, não adversos e reversíveis, em amostras
biológicas
Ex.: Alteração da AchE pela exposição a IOF’s (não específico)
Determinação de -ALA-U na urina (específico)
Toxicologia Ocupacional
•Biomarcadores (Indicadores Biológicos):
- Parâmetro que evidencia a ocorrência de alguma alteração
num sistema ou amostra biológica.
• Apresentam-se como:
- Indicadores Biológicos de Dose Interna;
- Indicadores Biológicos de Efeito;
- Indicadores Biológicos de Suscetibilidade;
Biomarcador ou indicador biológico
Indicadores internos de mudanças no organismo a
nível celular ou molecular que refletem os eventos que
reproduzem o comportamento do organismo em relação a
exposição.
Definição:
OGA, 2008
Toxicologia Ocupacional
O nível do xenobiótico ou um de seus metabólitos em algum
tecido correlacioná- se com a concentração do xenobiótico no ambiente
de trabalho.
A. Dose interna:
Exemplo: Determinação de chumbo em sangue.
Biomarcador ou indicador biológico
Toxicologia Ocupacional
Qualquer alteração bioquímica, fisiológica ou compartamental
mensurável que pode estar associada a uma disfunção ou
compremetimento da saúde.
B. Efeito:
Exemplo: Ácido aminolevulínico urinário (ALA-U)
Biomarcador ou indicador biológico
Toxicologia Ocupacional
Refletem fatores adquiridos e genéticos que influenciam a resposta a 
um xenobiótico Alterações de absorção, distribuição de xenobióticos 
por diferenças genéticas. 
C. Susceptibilidade:
Exemplo: Variações genéticas de enzimas detoxificantes.
Biomarcador ou indicador biológico
Toxicologia Ocupacional
Critérios para escolha de um biomarcador
-Estabilidade
-Facilidade de coleta (técnicas de amostragem)
-Tempo de amostragem
-Conhecimento de níveis basais (níveis de referência)
-Especificidadde do marcador biológico
(Correlação direta com o grau de exposição)
-Informação da exposição (curto prazo, longo prazo)
(meia vida biológica)
-Variabilidade por fatores fisiológicos incluindo genéticos
-Efeito de co-exposição comoutros xenobióticos
Toxicologia Ocupacional
Toxicologia Ocupacional
•Indicadores Biológicos de Dose Interna
Exprimem a exposição a uma substância química ou 
seu acúmulo no organismo. Distingue-se em:
Indicador de dose usual – Correlação do xenobiótico
absorvido com o ambiente de trabalho.
Ex.: Cd sérico com o Cd do ambiente de trabalho;
Indicador de exposição acumulativa – Acúmulo progressivo
do xenobiótico no organismo.
Ex.: IOC’s em tecido adiposo;
Indicador de dose interna real – Avalia a concentração da
substância metabolicamente ativa no organismo
Ex.: Pb sérico difusível no plasma; 2,5-hexanodiona na urina;
Toxicologia Ocupacional
•Indicadores Biológicos de Efeito
Alterações biológicas precoces, reversíveis que se
desenvolvem em órgão crítico. Distingue-se em:
Indicador de efeito sub-critico – Alteração biológica
precoce ocorrida anteriormente ao efeito crítico.
Ex.: Determinação da -ALA-D eritrocitária;
Indicador de efeito crítico – Alteração biológica precoce e
reversível em órgão crítico.
Ex.: Determinação da -ALA-U na urina;
Indicador de efeito pré-clínico – Identifica alterações no
órgão alvo, precedendo o aparecimento do quadro clínico
Ex.: 2-Microalbuminúria x Exposição ao Cd;
Toxicologia Ocupacional
•Indicadores Biológicos de Suscetibilidade
Exprime uma condição adquirida ou congênita,
podendo evidenciar alterações na absorção, distribuição,
interações com macromoléculas e modificações no
organismo em geral.
Ex.: Capacidade do organismo acetilar aminas aromáticas (4-
aminobifenilas) x câncer de bexiga;
Toxicologia Ocupacional
• Fatores que alteram a monitorização biológica
- Ocorrem sob o aspecto ocupacional e não
ocupacional.
Fatores não ocupacionais:
 Hábitos pessoais (por ex., álcool, fumo)
 Fármacos (por ex., aspirina)
 Fatores constitucionais (por ex., espécie, sexo, idade)
 Fatores patológicos (por ex., pessoas anêmicas expostas a
metais – Cd, Pb, Hg – terão seus níveis mais baixos)
 Fatores ligados às características dos fluídos biológicos
(densidade da urina)
Toxicologia Ocupacional
• Fatores que alteram a monitorização biológica
- Ocorrem sob o aspecto ocupacional e não
ocupacional.
Fatores ocupacionais:
 Momento da amostragem (padronização pela NR-7 em função da
permanência dos indicadores biológicos no organismo);
 Utilização de frascos adequados para coleta (evitar contaminação,
principalmente nas análises de metais);
 Observar que a coleta seja realizada em local afastado do local de
trabalho (evitar contaminação exógena).
Toxicologia Ocupacional
Sem Efeito
Efeitos Metabólicos
Efeitos na Saúde
A
B
C
D
Infaustos
Declarados
Precoces
Críticos
Subcríticos
Monitoramento
Vigilância
Diagnóstico
Toxicologia Ocupacional
• Vigilância à Saúde
- Avalia o estado de saúde e identifica trabalhadores 
com alterações precoces de saúde.
Finalidade:
Prevenir, individualizar e intervir sobre a moléstia
ocupacional, incluindo o diagnóstico da doença;
Toxicologia Ocupacional
• Vigilância à Saúde
Objetivos:
- Descrever condições de saúde dos trabalhadores;
- Estimular estudos de epidemiologia ocupacional;
- Prever o surgimento de doenças visando intervenções; e
eliminação de causas de doenças;
- Avaliar a eficácia de medidas preventivas;
Toxicologia Ocupacional
MONITORAMENTO 
AMBIENTAL
Agente químico no ambiente
Absorção
Agente químico no organismo
Distribuição
Biotransformação
Produtos 
inativos
Produtos 
ativos
Distribuição
Fixação em sítios críticos Fixação em sítios não críticos
Produtos de degradação
Efeitos não nocivos
Efeitos tóxicos
Lesões Pré-clinicas
MONITORAMENTO 
BIOLÓGICO
MONITORAMENTO 
BIOLÓGICO DE EFEITO
VIGILÂNCIA À SAÚDE
LAUWERYS & BERNARD, 1972
Toxicologia Ocupacional
• Métodos de monitoramento biológico
 Determinação do efeito associado com a dose;
Quantificação dos efeitos correlacionados com a dose interna;
Ex.: Atividade enzimática da acetilcolinesterase eritrocitária;
 Determinação direta da substância no sítio onde ocorre a ação
Permite avaliar o risco de forma mais acurada, quando o sítio de
ação tóxica é de fácil acesso;
Ex.: Determinação de carboxihemoglobina em sangue.;
Toxicologia Ocupacional
•Papel dos indicadores biológicos na avaliação de risco
Informa sobre o grau de exposição do indivíduo, mas não sobre o 
risco. Considera-se:
 A escolha do indicador;
Deve ser orientada pelo:
- Conhecimento da toxicocinética e toxicodinâmica dos agentes
tóxicos;
- Conhecimento da relação dose-efeito e dose-resposta;
- Disponibilidade de técnicas analíticas confiáveis (acuradas);
- Amostragem de fácil execução.
– Especificidade à exposição ao toxicante. (ATTM urina para fenol e
fumo);
Toxicologia Ocupacional
•Papel dos indicadores biológicos na avaliação de risco
 A interpretação dos resultados:
Deve ser levado em consideração:
- Características individuais
- Hábitos alimentares
- Utilização de fármacos
Toxicologia Ocupacional
•Controle Biológico – Exposição Ocupacional a Agentes Químicos
Agente 
Químico
Indicador 
Biológico
Amostra Método
Anilina p-Aminofenol
Metemoglobina
U
S
CG
E
Arsênio Arsênio U E/EAA
Benzeno Ac. t-t-mucônico
Ac.Fenilmercapturico
U
U
CG/HPLC
CG/HPLC
Cianeto Tiocianato U E
Cádmio Cádmio U EAA
Chumbo 
Inorgânico
ALA-U
ALA-D
Zn-PP
Chumbo
PP-Livre
CPP
U
S
S
S
S
U
E
-
HF
EAA
E
E
Chumbo
Orgânico
Chumbo U EAA
IOF’s
Carbamato
ChE Eritrocitária
ChE Plasmática
ChE total
S
S
S
E/Ph
E
E/Ph
Toxicologia Ocupacional
•Controle Biológico – Exposição Ocupacional a Agentes Químicos
Agente Químico Indicador 
Biológico
Amostra Método
Estireno Ac. Mandélico
Ac. Fenilglioxilino
U
U
CG/HPLC
CG/HPLC
Fenol Fenol U CG/HPLC
Hg 
Inorgânico
Mercúrio U EAA
CO CarboxiHb S E
N-Hexano 2,5-hexanodiona U CG
Nitrobenzeno Metemoglobina S E
Tolueno Ac. Hipúrico
O-Cresol
U CG/HPLC
Xileno Ac. Metil Hipúrico U CG/HPLC
Tricloroetileno Ac. TCA U E
Prof. Iury Magalhães
Toxicologia Ocupacional
Conceitos gerais
Relevância atual
 Exposição a tóxicos no local de trabalho
Tradicionalmente
 Indústria mineira
 Indústria metalúrgica
 Engenharia/Construção
Atualmente
 Redução da atividade industrial
“pesada” e número de
trabalhadores expostos;
Outras fontes de preocupação
(stress, quedas, problemas musculo-
esqueléticos…);
Toxicologia Ocupacional
Conceitos gerais
Relevância atual
Exposição a tóxicos no local de trabalho
Atualmente…
 Envelhecimento da população Efeitos a longo prazo?
 Utilização de compostos perigosos em outras atividades
(entretenimento, serviços, novas tecnologias, ambiente doméstico…)
 Número crescente de trabalhadores com asma, alergia,
hipersensibilidade…
 Outsourcing de serviços de manutenção e engenharia
Toxicologia Ocupacional
Conceitos gerais
Relevância atual
Exposição a tóxicos no local de trabalho
Atualmente…
 25% dos trabalhadores estão expostos a Carcinógenos;
 22% dos trabalhadores declaram inalar fumos e vapores
durante pelo menos um quarto do período laboral;
 As substâncias perigosas contribuem significativamente
para as estatísticas de baixa médica;
Toxicologia Ocupacional
Metodologia
Implementação
 Reconhecer situações de exposição ocupacional a
tóxicos;
 Monitorizar a exposição ocupacional e seu impacto
ambiental;
 Prevenir a exposição e os seus efeitos adversos
para a saúde;
Toxicologia Ocupacional
Metodologia
Reconhecer; Monitorizar; Prevenir
 Exposição ocupacional pode afetar
virtualmente qualquerórgão ou sistema e originar quadro
clínico comum;
 Indivíduos expostos a tóxicos no ambiente laboral,
doméstico e exterior;
Toxicologia Epidemiologia
Relação causal entre exposição
ocupacional e efeitos adversos? 
Toxicologia Ocupacional
Metodologia
Reconhecer; Monitorizar; Prevenir
 “Timing” e circunstâncias
 Plausibilidade biológica
 Força da associação
Toxicologia Epidemiologia
Relação causal entre exposição
ocupacional e efeitos adversos? 
Critérios para estabelecimento de associação causa – efeito
Toxicologia Ocupacional
Metodologia
Reconhecer; Monitorizar; Prevenir
 Conhecimento da história de exposição;
• História laboral (passado e presente);
• Ambiente doméstico;
• Hábitos pessoais;
• Ambiente exterior
• Comunidade;
• Tipo de trabalho;
• Exposição Ocupacional;
• Medidas de controle;
• Co-Trabalhadores;
 Edifício (idade, materiais, etc);
 Mobília e equipamento;
 Manutenção;
Atividades desenvolvidas;
 Ocupantes (crianças,animais…);
 Tabaco, álcool, drogas;
Toxicologia Ocupacional
Metodologia
Reconhecer; Monitorizar; Prevenir
 Conhecimento da história de exposição;
• Ambiente doméstico;
• Hábitos pessoais;
Toxicologia Ocupacional
Metodologia
Reconhecer; Monitorizar; Prevenir
 Conhecimento da história de exposição;
• Ambiente exterior;
• Comunidade;
 Ambiente rural ou urbano?
 Zona industrial?
 Qualidade de vida
 Qualidade do ar;
 Abastecimento de água;
 Eliminação de resíduos;
Toxicologia Ocupacional
Metodologia
Reconhecer; Monitorizar; Prevenir
 Avaliação do risco;
 Comunicação do risco;
 Gestão do risco;
Objetivos
 Responsável pela unidade;
 Técnico;
 Engenheiro;
 Médico; Bioquímico;
 Especialista em Saúde
Ocupacional;
Toxicologia Ocupacional
Metodologia
Reconhecer; Monitorizar; Prevenir
 Avaliação do risco;
Objetivos
 Visita às instalações;
 Observação das práticas laborais;
 Amostragem de agentes tóxicos potenciais;
Toxicologia Ocupacional
Metodologia
Reconhecer; Monitorizar; Prevenir
 Gestão de risco;
Objetivos  Determinar e implementar as medidas de
controle apropriadas à redução do risco;
 Formação e educação dos trabalhadores;
 Estabelecer e implementar políticas de
segurança segundo a legislação e
recomendações vigentes;
 Monitorizar a eficácia das medidas
adaptadas e manter registros atualizados;
Toxicologia Ocupacional
Metodologia
Reconhecer; Monitorizar; Prevenir
 8 h/dia;
40 hs/semana;
 Nível máximo;
 Nível de ação;
Limites permitidos?
Toxicologia Ocupacional
Metodologia
Reconhecer; Monitorizar; Prevenir
 Implementar medidas de controle;
 Monitorizar os trabalhadores;
 Limitar a incapacidade dos trabalhadores;
Toxicologia Ocupacional
Metodologia
Reconhecer; Monitorizar; Prevenir
 Monitorizar os trabalhadores;  Biomarcadores;
 Manifestação clínica 
específica
Toxicologia Ocupacional
Metodologia
Reconhecer; Monitorizar; Prevenir
 Limitar a incapacidade dos trabalhadores;
 Baixa médica;
 Limitação das funções
Toxicologia Ocupacional
Conclusão
A morbidade e a mortalidade laborais apenas poderão
ser evitadas pela :
 Compreensão dos problemas potenciais associados à
utilização de substâncias químicas perigosas
 Identificação e monitorização da exposição
potencialmente nefasta no ambiente laboral
 Promoção da utilização de medidas de controle
adequadas ;
Prof. Iury Magalhães
Prof. Iury Magalhães

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