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3 Microcirculação e linfáticos

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Matheus Cartaxo 
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1 Microcirculação e linfáticos 
 Microcirculação: NÃO ASSISTI A ESSA AULA! 
o Conceito: circulação que se dá entre as arteríolas e vênulas, permitindo a troca de 
substâncias entre a circulação e os tecidos, mantendo a nutrição e retirando os excretas, 
grande função do SCV. O principal sítio de trocas se dá nos capilares. 
o Capilares: Constituição histológica (endotélio e pericito, apenas) permite que esses sejam os 
vasos ideais para trocas, já que as células são extremamente finas. As metarteríolas 
(arteríolas terminais) apresentam fibras musculares que circundam os vasos em pontos 
intermitentes. No ponto de transição da metarteríola para o capilar, a fibra muscular forma 
o esfíncter pré-capilar, que abre ou fecha a entrada do capilar. Os capilares podem ser de 4 
tipos: 
 Capilares contínuos: 
 Não possuem fenestras; 
 Grande quantidade de vesículas; 
 Presentes na maior parte dos tecidos, inclusive na barreira hematoencefálica; 
 Junções interendoteliais permitem alguma troca; 
o Quando as junções são ocludentes, só há passagem pelas vesículas, 
como no caso da barreira hematoencefálica; 
 Lâmina basal e endotélio contínuos; 
 Capilares fenestrados com diafragma: 
 Possuem fenestras no endotélio, mas a lâmina basal é contínua; 
 Nas fenestras do endotélio, há apenas uma fina membrana, o diafragma; 
 Localizados em lugares com rápidas trocas, como o epitélio gastrointestinal e 
as glândulas exócrinas; 
 Capilares fenestrados sem diafragma: 
 Mesma coisa, só que não tem nem a membrana; 
 Localizado no glomérulo renal; 
 Assim, sangue separa-se do tecido apenas pela lâmina basal; 
 Capilares sinusoides: 
 Fenestras sem diafragma; 
 Endoteliais e lâmina basal descontínua; 
 Presente em órgãos hematopoiéticos: 
o Fígado; 
o Baço; 
o O fluxo sanguíneo do determinado território capilar é modificado de acordo com a 
resistência periférica do território. Essa resistência pode aumentar ou diminuir, a partir do 
controle simpático sobre a arteríola. 
 Se a necessidade aumenta: vasodilatação; 
 Se diminui: vasoconstricção; 
o É normal que, em um mesmo exercício, haja vasoconstricção, por exemplo, no TGI, e 
vasodilatação no músculo esquelético; 
o Esse fluxo também é regulado por esfíncteres pré-capilares; 
 Trocas de substâncias através da parede capilar: 
o Existe três processos: difusão (transcelular e paracelular), filtração (Que será visto 
isoladamente) e endocitose; 
o Os processos dependem basicamente de 2 fatores: 
 Solubilidade; 
 Tamanho da molécula; 
o Difusão transcelular: 
 Matheus Cartaxo 
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2 Microcirculação e linfáticos 
 Como a membrana celular é lipossolúvel, há nutrientes, como CO2 e O2, que a 
atravessam, obedecendo o gradiente de pressão; 
o Difusão paracelular: 
 Há moléculas hidrossolúveis pequenas, como íons, glicose, que atravessam fendas 
entre as células endoteliais, sendo uma troca bem menos expressiva (fenda 
intercelular); 
 As moléculas grandes, como as proteínas, às vezes, atravessam capilares fenestrados; 
o Endocitose: 
 As moléculas grandes, como as proteínas, nos locais de capilares contínuos, só 
conseguem atravessar o endotélio por meio de vesículas endocíticas. Essas vesículas 
são as cavéolas, pequenas cavidades formadas por caveolinas, colesterol e 
esfingolipídeos; 
 Troca de líquido através dos capilares: 
o Vias: 
 Via transcelular: por meio das aquaporinas dos capilares, a água é transportada; 
 Via paracelular: por meio das fenestras ou junções interendoteliais; 
o Osmose: 
 É o que embasa a passagem de líquido pelos capilares. Envolve 2 forças: 
 Diferença de pressão hidrostática transcapilar: Diferença entre pressão 
hidrostática intravascular (Pressão Capilar, PC) e a hidrostática extravascular 
(pressão hidrostática do instestício, PI). A PC é aquela que força o líquido e as 
substâncias dissolvidas pelos poros capilares; 
 Diferença de pressão oncótica, coloidosmótica (efetiva das proteínas): 
Diferença entre pressão oncótica intravascular πC e pressão oncótica 
extravascular πI; 
 Note que, em um � positivo, a pressão de água interna está maior, o que faz a água 
sair do capilar para o interstício; 
 Em um � positivo, significa que a parte proteica do capilar está maior que a do 
interstício, tendendo a atrair água para o capilar; 
 Assim, o fluxo é dado pela lei de Starling: 
 � = ��. [(�� ��) �. (�� ��)] 
 Lp, na fórmula, significa condutância hidráulica, ou seja, a permeabilidade total (tanto 
por via transcelular quanto por via paracelular) de água; 
 Em capilares fenestrados e sinusoides, é altíssimo. 
 Em uma lesão da parede capilar, há o aumento da condutância, podendo gerar 
perda de proteínas e líquido, formando um edema. 
 � é o coeficiente de reflexão. Moléculas com esse coeficiente igual a 1 contribuem 
para a pressão osmótica efetiva. Assim, se o valor 1 está nas proteínas do plasma, o 
soluto não atravessa a membrana; 
 O mais importante é saber que, havendo balanço de forças positivo, há filtração, com 
a água passando para o interstício; quando há balanço negativo, há reabsorção, com 
água passando para o capilar; 
 Essa lei é positiva no sentido artéria-capilar, normalmente, e é negativa, no 
sentido capilar-vênula 
 OBS.: A PEF (pressão efetiva de filtração) é a PC – PI – πC+πI; 
 Obs2.: Importante perceber que, na extremidade arterial do capilar, ocorre a 
filtração, enquanto na extremidade venosa, reabsorção; 
 Sistema linfático: 
 Matheus Cartaxo 
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3 Microcirculação e linfáticos 
o Introdução: é um sistema que permite que líquidos do espaço intersticial fluam de volta para 
o sangue, já que há particulas (proteínas, p.ex.) que não podem passar para o capilar através 
de reabsorção direta. Quase todos os tecidos apresentam canais linfáticos que drenam o 
excesso de líquido diretamente dos espaços intersticiais; 
o Capilares linfáticos terminais e sua permeabilidade: 
 Como sabemos, há uma filtração na extremidade arteriolar do capilar, e uma 
reabsorção, na extremidade venosa; 
 Contudo, há um líquido em excesso, não reabsorvido, que volta à corrente sanguínea 
pelo sistema linfático; 
 Esse líquido é importantíssimo, já que apresenta proteínas de grande peso 
molecular; 
 Por causa da estrutura especial dos capilares linfáticos, essas substâncias voltam 
facilmente; 
 Suas células endoteliais se fixam a filamentos de ancoragem (proteínas 
elásticas); 
 Na junção entre essas, a borda de uma célula sobrepõe a outra; 
 Isso permite que a borda sobreposta se dobre para dentro, “abrindo uma 
válvula” resultante dessa conformação; 
 Com isso, o líquido e as partículas suspensas abrem a válvula, entrando nos 
capilares, mas não voltam, pois o refluxo fecha a válvula; 
o Vasos linfáticos: 
 Além das válvulas presentes nos capilares linfáticos, há válvulas semelhantes às do 
sistema venoso, que restringem o fluxo linfático a uma única direção, permitindo que 
o fluido volte ao coração; 
 Além do fator das válvulas, é importante destacar outros mecanismos que os 
linfáticos possuem: 
o Musculatura lisa, como as veias, que auxilia o retorno; 
o Musculatura lisa do TGI, que auxilia o retorno; 
o Gradiente de pressão induzido pelos movimentos respiratórios; 
o Edema: 
 Sistema linfático não consegue reabsorver a totalidade do excesso do líquido 
intersticial, causandoum acúmulo de líquido e de proteínas; 
 Pode ocorrer por aumento da pressão hidrostática ou queda da pressão 
oncótica vascular, o que tende a encher mais o espaço intersticial; 
 O grau do edema depende da relação quantitativa entre a filtração capilar e a 
reabsorção venosa;

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