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Princípios Ambientais Veremos a seguir os princípios que norteiam o direito ambiental: a) Princípio do Desenvolvimento Sustentável: De acordo com este princípio, a geração presente deve buscar atender suas necessidades sem comprometer a possibilidade de as gerações futuras atenderem às suas próprias necessidades. b) Princípio do Meio Ambiente Ecologicamente Equilibrado como Direito Fundamental: Este princípio preceitua que o meio ambiente ecologicamente equilibrado é um direito fundamental, estando atrelado ao princípio da dignidade da pessoa humana. c) Princípio da Função Socioambiental da Propriedade: Tal princípio implica reconhecer a proibição do uso abusivo da propriedade, bem como a possibilidade de exigir que o proprietário adote condutas concretas para que a propriedade efetivamente se adeque à preservação do meio ambiente. d) Princípio da Prevenção: Já este princípio, determina a atuação preventiva, de modo a se evitar o risco de uma atividade humana que se sabe ser danosa ao meio ambiente. e) Princípio da Precaução: O referido princípio pressupõe a ausência de informações ou a existência de incertezas científicas sobre a potencialidade de danos sérios e irreversíveis de uma intervenção no meio ambiente. d) Princípio do Poluidor-Pagador: De acordo com este princípio, aquela pessoa (física ou jurídica) que causa direta ou indiretamente degradação ao meio ambiente deve arcar com as despesas de prevenção, reparação e repressão dos prejuízos causados. e) Princípio Usuário-Pagador: Decorre do princípio anterior, de modo que, em sendo os recursos naturais escassos e passiveis de valoração econômica, será admitida a cobrança por sua utilização. f) Princípio do Limite: Este princípio é voltado essencialmente para a Administração pública, que no exercício do poder de polícia, tem o dever de fixar parâmetros ou limites para o exercício de determinadas atividades potencialmente nocivas ao meio ambiente, levando em conta a proteção da vida e a manutenção, preservação e restauração dos recursos ambientais. g) Princípio da Informação Ambiental: As informações sobre os procedimentos, públicos ou privados, que intervenham no meio ambiente em regra devem ser tornadas públicas, democratizando-se as discussões sobre o tema e permitindo a participação popular na tomada de decisões sobre o meio ambiente. h) Princípio da Educação Ambiental: Tal princípio possui basicamente dois aspectos: a) a educação ambiental deve existir em todos os níveis de ensino; b) além disso, o poder público deverá promover políticas de conscientização da população sobre questões ambientais. i) Princípio da Cooperação: A todos é dado o dever de preservar o meio ambiente, e isso deve ocorrer por meio de cooperação no âmbito internacional e nacional para atingir este objetivo. Não confundir os princípios da prevenção e da precaução: - Prevenção: o dano é certo e de consequências conhecidas; - Precaução: o dano é incerto e de consequências desconhecidas. ATENÇÃO Conceito e Classificação de Meio Ambiente De acordo com o art. 3°, inciso I da Lei 6.938/ 81, meio ambiente é “o conjunto de condições, leis, influências e interações de ordem física, química e biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas”. Classificação de Meio Ambiente a) Meio ambiente natural: engloba os elementos bióticos e abióticos; b) Meio ambiente cultural: compreende os bens de natureza material e imaterial; c) Meio ambiente artificial: compreende o espaço urbano construído; d) Meio ambiente laboral: está relacionado diretamente às condições de saúde e segurança do local em que o trabalhador exerce 1ª Conferência sobre meio ambiente humano (Estocolmo/72) – pela primeira vez o mundo se reúne para discutir as questões ambientais. Desta conferência resultou a Declaração de Estocolmo, nela temos que o meio ambiente é um direito humano. O que é confirmado na nossa Constituição Federal em seu art. 225. Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações. Relatório "nosso futuro comum" relatório Brundtland – escrito por Gro Brundtlad que teve papel fundamental na sua elaboração – traz o conceito clássico de desenvolvimento sustentável: "é aquele que atende às necessidades da presente geração, sem comprometer as necessidades das gerações futuras". Princípio da solidariedade intergeracional. Para a FGV O desenvolvimento sustentável pode ser também chamado de princípio da solidariedade intergeracional. 2ª Conferência mundial sobre meio ambiente e desenvolvimento (ECO/Rio/92) – Declaração do Rio trouxe os princípios ambientais, momento máximo da proteção ambiental. 3ª Conferência sobre o meio ambiente – Cúpula mundial sobre desenvolvimento sustentável (Rio+10/ Johanesburgo/2002) – discutiu o resultado das conferencias anteriores. Competência em Matéria Ambiental COMPETÊNCIA DA UNIÃO O artigo 22 da Constituição Federal relaciona os conteúdos de competência exclusiva da União para legislar sobre águas, energia, jazidas, minas e demais recursos minerais, indígenas e atividades nucleares, os quais todos possuem uma relação ligada ao meio ambiente. Na repartição de competências legislativas aplica-se o princípio da predominância dos interesses, de modo que à União caberão as matérias de interesse nacional, aos Estados, as de interesse regional, enquanto aos municípios tocarão as competências legislativas de interesse local. Essa é a regra norteadora da repartição de competências. Todavia, em algumas matérias, em especial no direito ambiental, questões poderão existir não só de interesse local, mas também regional ou, até mesmo nacional. As competências legislativas em matéria ambiental estão bastante repartidas pela Constituição Federal, sendo certo que tanto a União, como os Estados Membros e os Municípios possuem-na. A repartição de competências legislativas, feita com o claro intuito de descentralizar a proteção ambiental, implica a existência de um sistema legislativo complexo e que nem sempre, funciona de modo integrado. A competência pode ser dividida em material e legislativa: A competência material, por sua vez, subdivide-se em: a) exclusiva: aquela reservada a uma entidade com exclusão das demais. É prevista no artigo 21 da Constituição Federal; b) comum: é a competência atribuída a todos os entes federados, que, em pé de igualdade, exercem-na, sem todavia, excluir a do outro, por quanto esta competência é cumulativa. É prevista no artigo 23 da Constituição Federal. A competência legislativa subdivide-se em: a) exclusiva: é a atribuída a um ente com a exclusão dos demais, sendo certo que esta competência é indelegável. É prevista no artigo 25, §§ 1º e 2º da Constituição Federal; b) privativa: é a enumerada como própria de uma entidade, todavia passível de delegação e suplementação da competência. É prevista pelo artigo 22 e parágrafo único, da Constituição Federal; c) concorrente: é a competência prevista pelo artigo 24 da Constituição Federal, a qual se caracteriza pela possibilidade de União, Estados, e Distrito Federal disporem sobre o mesmo assunto ou matéria, sendo que a União caberá legislar sobre normas gerais; d) suplementar: correlata à concorrente é a que atribui competência a Estados, Distrito Federal (art. 24, § 2º) e Municípios (art. 30, II) para legislarem sobre normas de conteúdo de princípios e normas gerais ou que supram a ausência ouomissão destas. O conteúdo da competência privativa, atribuída à União é prevista no artigo 22 da Constituição e refere-se à disciplina normativa do Congresso Nacional. Embora o dispositivo constitucional mencione o termo privativamente, a União pode, por lei complementar, autorizar os Estados a legislar sobre questões específicas das matérias relacionadas no citado artigo. Para atender ao estabelecido pelo artigo 22 da Constituição Federal, deve- se levar em consideração também o que estabelecem os artigos 170 e 225 da mesma norma. COMPETÊNCIA CONCORRENTE A competência concorrente é definida no artigo 24 da Carta Magna, e se direciona a União, aos Estados, e ao Distrito Federal. O artigo 24, inclui, nas matérias de competência legislativa concorrente da União, Estados, Distrito Federal, vários temas relativos ao meio ambiente: florestas, caça, pesca, fauna, conservação da natureza; defesa do solo e dos recursos naturais, proteção ao patrimônio histórico, cultural, turístico e paisagístico; responsabilidade por dano ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico; e proteção e defesa da saúde. Em matéria de competências legislativas concorrentes, a competência da União limitar-se-á a estabelecer normas gerais, que se aplicam a todo território nacional, cabendo a cada unidade da Federação o respectivo detalhamento, conforme as características e necessidades locais, limitados pelas regras impostas pela União. Quem possui a competência de legislar sobre as normas gerais e estabelecer os princípios fundamentais, é a União. Deste modo, os Estados e o Distrito Federal, não podem invadir a competência que neste caso é da União. COMPETÊNCIA COMUM E A LEI COMPLEMENTAR 140/2011 A competência comum, refere-se a competência de todos os entes federados, dessa forma, União, Estados, Distrito Federal e Municípios, conforme o artigo 23 da Carta Magna. Essa competência diz respeito à prestação de serviços referentes àquelas matérias, à tomada de providências para a sua realização. Alguns incisos do artigo referem-se à proteção do meio ambiente cultural ou natural. Assim, é que se atribui àquelas entidades, cumulativamente, a competência para proteger obras e outros bens de valor histórico, artístico e cultural, os monumentos, as paisagens naturais notáveis, e os sítios arqueológicos (inciso III), bem como a competência para impedir a distribuição e a descaracterização de obras de arte e de outros bens de valor histórico, artístico ou cultural (inciso IV). Já no tocante ao meio ambiente natural encontramos a competência comum para protegê-lo e para combater a poluição de qualquer de suas formas (inciso VI), assim como para preservar as florestas, a fauna e a flora (inciso VII). Essa é a competência mais voltada para a execução das diretrizes, políticas e preceitos relativos à proteção ambiental. A própria Constituição particularizou situações em que a União, os Estados o Distrito Federal e os Municípios deverão atuar de forma conjunta em matéria ambiental, observando as regras da competência administrativa comum. Nesse sentido, atribuiu ao Poder Público algumas tarefas específicas, que deverão ser cumpridas de acordo com o sistema de responsabilidade compartilhadas, visando garantir a efetividade do direito fundamental ao meio ambiente ecologicamente equilibrado. A organização e a prestação dos serviços públicos de interesse local, diretamente ou sob o regime da concessão ou permissão, competem ao Município. Isso não significa que os serviços públicos devem apenas ser prestados em âmbito local, pois em regiões metropolitanas, por exemplo, o interesse regional pode determinar uma coordenação entre a União, o Estado-membro e os Municípios, para a consecução de um interesse comum. Essa cooperação, está prevista pelo artigo 23, parágrafo único, da Carta Magna, sendo que ainda conforme o descrito, leis complementares deverão fixar as normas para tal cooperação. A determinação expressa no parágrafo único do artigo 23, acima mencionado, deu origem a Lei Complementar 140 de 8 de dezembro de 2011, o qual traz na redação do artigo 3º as finalidades básicas para o exercício da competência, a seguir transcrito: “Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, no exercício da competência comum a que se refere esta Lei Complementar: I - proteger, defender e conservar o meio ambiente ecologicamente equilibrado, promovendo gestão descentralizada, democrática e eficiente; II - garantir o equilíbrio do desenvolvimento socioeconômico com a proteção do meio ambiente, observando a dignidade da pessoa humana, a erradicação da pobreza e a redução das desigualdades sociais e regionais; III - harmonizar as políticas e ações administrativas para evitar a sobreposição de atuação entre os entes federativos, de forma a evitar conflitos de atribuições e garantir uma atuação administrativa eficiente; IV - garantir a uniformidade da política ambiental para todo o País, respeitadas as peculiaridades regionais e locais.” A Lei Complementar 140/2011 impôs uma ressalva na competência dos Estados, visando a observância da competência mais ampla da União. A ressalva ou limitação imposta tem a função de alertar as ações estaduais, para que respeitem as ações já tomadas pela União. Como em outras matérias, o acolhimento da ressalva depende de um posicionamento auto- ablativo dos Estados, pois eles são detentores da competência comum constitucional. Assim, os entes devem desenvolver os objetivos para que garantam um desenvolvimento equilibrado para um meio ambiente preservado. COMPETÊNCIA DOS ESTADOS A competência dos Estados membros da federação para atuar em matéria ambiental está prevista nos artigos 23 e 24 da CF. No artigo 23, existe uma atribuição de cooperação administrativa entre os diversos componentes da Federação. Já o artigo 24 afirma uma competência legislativa própria para os Estados. O artigo 24 não trata do meio ambiente como um bem unitário, mas, ao contrário, subdivide-o em diversos ‘setores’ que, integrando-os, estão tutelados por normas legais estaduais. Assim, os Estados podem legislar concorrentemente sobre: florestas, caça, pesca, fauna, conservação da natureza, defesa do solo e dos recursos naturais, proteção do meio ambiente, controle da poluição; proteção ao patrimônio histórico, cultural, artístico, turístico, e paisagístico; responsabilidade por dano ao meio ambiente, a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico. Sendo assim, a União pode apenas estabelecer normas gerais sobre os casos estabelecidos no artigo 24, enquanto que os Estados devem estabelecer aspectos minuciosos sobre os assuntos. Dessa forma, observa-se que os Estados não estão diretamente vinculados a uma norma específica, descrita na Constituição, mas deixa que cada Estado possa criar suas próprias leis ou normas de proteção ao meio ambiente, apenas observando a norma geral estabelecida pela União. Cabe aos Estados, legislarem sobre todos os assuntos em matéria ambiental, que não forem de atribuição da União ou dos Municípios, ou vedadas pela Constituição. COMPETÊNCIA DOS MUNICÍPIOS A competência dos municípios está estabelecida no artigo 30, da Carta Magna, aos quais compete legislar sobre assuntos de interesse local, suplementar a legislação federal e estadual nos termos que couber e promover um adequado ordenamento territorial, mediante um planejamento e controle de uso, do parcelamento e da ocupação do solo urbano, além de promover a proteção do patrimônio histórico-cultural local, observando a legislação federal e estadual.O meio ambiente está incluído no conjunto de atribuições legislativas e administrativas municipais e, em realidade, os Municípios formam um elo fundamental na complexa cadeia de proteção ambiental. A importância dos Municípios é evidente por si mesma, pois as populações a as autoridades locais reúnem amplas condições de bem conhecer os problemas e mazelas ambientais de cada localidade, sendo certo que são as primeiras a localizar e identificar o problema. É através dos Municípios que se pode implementar o princípio ecológico de agir localmente, pensar globalmente. Pelo fato de o Município estar mais próximo da população dos locais onde ocorrem os problemas, é que se torna mais fácil para ele fiscalizar e aplicar as normas. SISNAMA – SISTEMA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE O Sistema Nacional do Meio Ambiente (SISNAMA) é um conjunto articulado de órgãos, entidades, regras, e práticas da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios, dos Municípios e de fundações instituídas pelo Poder Público, responsáveis pela proteção e melhoria da qualidade ambiental, sob a direção superior do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA). O SISNAMA está assim estruturado: órgão superior, o Conselho de Governo; órgão consultivo e deliberativo, o Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA); órgão central, o Ministério do Meio Ambiente; órgãos executores, que são dois: o Instituto Nacional do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis – IBAMA e o Instituto Chico Mendes de Conservação e Biodiversidade; órgãos setoriais: órgãos ou entidades integrantes da Administração Pública Federal, direta ou indireta; órgãos seccionais: os órgãos ou entidades estaduais; os órgãos locais: órgãos ou entidades municipais. O órgão superior ou conselho de governo é o encarregado pelo assessoramento direto ao Presidente da República, como explica Antunes. O Conselho de governo é constituído por todos os Ministros de Estado, pelos titulares dos órgãos essenciais da Presidência da República e pelo Advogado Geral da União, com a finalidade de assessorar o Presidente da República na formulação de diretrizes de ação governamental. O Ministério do Meio Ambiente resultou da transformação da Secretaria do Meio Ambiente em Ministério por força do artigo 21 da Lei no 8.490 de 19 de novembro de 1992. Por sua vez, o Ministério do Meio Ambiente foi transformado pela Lei no 8.746 de 9 de dezembro de 1993, em Ministério do Meio Ambiente e da Amazônia Legal. Houve uma ligeira alteração nas atribuições e na estrutura básica do Ministério transformado para aquelas que passaram a ser atribuídas ao novel Ministério. As áreas de competência do MMA abrangem as políticas de meio ambiente e recursos hídricos e, dentro desses grandes temas, todas as questões atinentes ao meio ambiente. As competências da SEMA transferidas ao Ministério do Meio Ambiente foram, pois, expandidas pela própria complexidade que envolve as questões ambientais e pelas novas descobertas científicas com impactos econômicos como as mudanças do clima, sem falar no avanço da implementação das políticas ambientais. O IBAMA surgiu a partir da extinção de outros órgãos que eram encarregados dos problemas ambientais do País. Surgiu para assessorar e coordenar a Política Nacional do Meio Ambiente. O IBAMA tem por finalidade formular, coordenar, executar e fazer a Política Nacional do Meio Ambiente, a preservação e conservação, o uso racional dos recursos naturais e a fiscalização e controle, bem como o fomento dos recursos naturais renováveis. É uma instituição governamental científica, já que constitui uma entidade autárquica com autonomia administrativa destinada a formular, coordenar, fazer executar a Política Nacional do Meio Ambiente. O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade foi criado em 2007, pela Lei no 11.516, com a finalidade ser um órgão, que exerça um poder de polícia ambiental. O Instituto é uma autarquia federal dotada de personalidade jurídica de direito público, autonomia administrativa e financeira, vinculada ao Ministério do Meio Ambiente, com a finalidade de: I- executar ações da Política Nacional de Unidades de Conservação da Natureza, referentes às atribuições federais relativas a proposição, implantação, gestão, proteção, fiscalização e monitoramento das unidades de conservação instituídas pela União; II- executar as políticas relativas ao uso sustentável dos recursos naturais renováveis, apoio ao extrativismo e às populações tradicionais nas unidades de conservação de uso sustentável instituídas pela União; III- fomentar e executar programas de pesquisa, proteção, preservação e conservação da biodiversidade; IV- exercer o poder de polícia ambiental para a proteção das unidades de conservação instituídas pela União. O Instituto Chico Mendes passa a tratar da biodiversidade, isto é, do patrimônio genético, a nível federal, e também de todas as matérias atinentes às unidades de conservação da União. Órgãos ou entidades integrantes da Administração Pública Federal direta ou indireta, bem como fundações instituídas pelo Poder Público, cujas atividades estejam, total ou parcialmente, associadas às de preservação da qualidade ambiental ou de disciplina do uso de recursos ambientais. Os órgãos seccionais estão ligados, aos órgãos Estaduais, que são os órgãos ou entidades estaduais responsáveis pela execução de programas e projetos e de controle e fiscalização das atividades suscetíveis de degradarem a qualidade ambiental. Os órgãos locais, são os órgãos ou entidades municipais responsáveis pelo controle e fiscalização dessas atividades, nas respectivas áreas de jurisdição. A LEI Nº 10.257/2001 – ESTATUTO DA CIDADE O artigo 10 da Lei 6.938/81 outorgou competência monopolística ao Estado-membro para licenciamento de atividades potencialmente degradadoras do meio ambiente, com ação supletiva do IBAMA. O município passou a ter competência em matéria ambiental a partir de 2001, com a criação da Lei no 10.257. A Lei 10.257/2001 que criou o Estatuto da Cidade veio revogar as normas anteriores que mantinham o município afastado das competências ambientais. As diretrizes previstas no artigo 2º do Estatuto, vieram regulamentar os artigos 182 e 183 da Constituição Federal, como observa Rech. O artigo 2º do Estatuto dispõe de 16 diretrizes para a política urbana municipal, sendo que todas essas diretrizes devem ser levadas em consideração na elaboração do Plano Diretor, segundo o que dispõe o artigo 39 do referido Estatuto. Após a elaboração do plano Diretor, o município deverá aprovar uma lei ambiental, ou um Código Ambiental Municipal, válido, este sim, para todo o território municipal que lhe detalhe as normas de proteção ambiental, especialmente, no meio urbano, não só em relação ao meio ambiente urbano natural como também, ao construído. Dessa forma, o artigo 41 do Estatuto da Cidade obriga o município a ter uma legislação própria no que diz respeito à matéria ambiental. Sendo necessário que os municípios criem suas regras em defesa do meio ambiente, é preciso pontuar também, com relação ao plano, que este é obrigatório apenas para municípios com mais de 20.000 habitantes. Contudo, não impede que cidades menores se preocupem com essas situações desde logo, e, desde já, criem seu Plano Diretor: O Plano Diretor, é um conjunto de instrumentos que tem por objetivo desenvolver físico, econômico e socialmente o município com o objetivo final pensando no bem estar da população. Seu objetivo geral é o de instrumentar uma estratégia de mudança no sentido de obter a melhoria da qualidade de vida da comunidade local; e os objetivos específicos dependem da realidade que se quer transformar. Traduzem-se em objetivos concretos de cada dos projetosque integram o plano, tal como reurbanização de um bairro, alargamento de uma determinada via pública, construção de vias expressas, intensificação da industrialização de área determinada, construção de casas populares, construção de rede de esgoto, saneamento de determinada área, etc. O Plano Diretor como um complexo de normas legais e diretrizes técnicas para o desenvolvimento global e constante do município, assume importância capital, pois nele estarão previstas as funções de ordenamento da cidade, onde cada uma das propriedades urbanas deverá cumprir sua específica função, colaborando para o pleno desenvolvimento da cidade como um todo e proporcionando, direta e indiretamente, melhores condições de vida a seus habitantes. Pode ser observado um desenvolvimento em termos de infraestrutura pensando na melhor utilização do meio com uma menor agressão ao meio ambiente. Licenciamento e Fiscalização Ambiental LICENCIAMENTO O art. 10, da Lei Federal nº 6.938/81, trata do licenciamento ambiental, definindo as atividades e os empreendimentos, que dependerão de prévio licenciamento. “Art. 10: A construção, instalação, ampliação e funcionamento de estabelecimentos e atividades utilizadoras de recursos ambientais, considerados efetiva e potencialmente poluidores, bem como os capazes, sob qualquer forma, de causar degradação ambiental, dependerão de prévio licenciamento de órgão estadual competente, integrante do Sistema Nacional do Meio Ambiente - SISNAMA, e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis – IBAMA, em caráter supletivo, sem prejuízo de outras licenças exigíveis”. RESOLUÇÃO CONAMA Nº 237, DE 19 DE DEZEMBRO DE 1997 O art. 1º, da Resolução CONAMA nº 237/97, nos dá as seguintes definições: - Licenciamento Ambiental - procedimento administrativo pelo qual o órgão ambiental competente licencia a localização, instalação, ampliação e a operação de empreendimentos e atividades utilizadoras de recursos ambientais considerados efetiva ou potencialmente poluidoras ou daquelas que, sob qualquer forma, possam causar degradação ambiental, considerando as disposições legais e regulamentares e as normas técnicas aplicáveis ao caso. - Licença Ambiental - ato administrativo pelo qual o órgão ambiental competente, estabelece as condições, restrições e medidas de controle ambiental que deverão ser obedecidas pelo empreendedor, pessoa física ou jurídica, para localizar, instalar, ampliar e operar empreendimentos ou atividades utilizadoras dos recursos ambientais consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras ou aquelas que, sob qualquer forma, possam causar degradação ambiental. - Estudos Ambientais - são todos e quaisquer estudos relativos aos aspectos ambientais relacionados à localização, instalação, operação e ampliação de uma atividade ou empreendimento, apresentado como subsídio para a análise da licença requerida, tais como: relatório ambiental, plano e projeto de controle ambiental, relatório ambiental preliminar, diagnóstico ambiental, plano de manejo, plano de recuperação da área degradada e análise preliminar de risco. - Impacto Ambiental Regional - é todo e qualquer impacto que afete diretamente (área de influência direta do projeto), no todo ou em parte, o território de dois ou mais Estados. ATIVIDADES E EMPREENDIMENTOS QUE ESTÃO SUJEITOS AO LICENCIAMENTO AMBIENTAL O § 1º, do art. 2º da RESOLUÇÃO CONAMA nº 237/97, trata das atividades e empreendimentos que estão sujeitos ao licenciamento ambiental, e que são: Extração e Tratamento de Minerais - Pesquisa mineral com guia de utilização; - Lavra a céu aberto, inclusive de aluvião, com ou sem beneficiamento; - Lavra subterrânea com ou sem beneficiamento; - Lavra garimpeira; - Perfuração de poços e produção de petróleo e gás natural. Indústria de Produtos Minerais não Metálicos - Beneficiamento de minerais, não metálicos, não associados à extração; - Fabricação e elaboração de produtos minerais não metálicos tais como: produção de material cerâmico, cimento, gesso, amianto e vidro, entre outros. Indústria Metalúrgica - Fabricação de aço e de produtos siderúrgicos; - Produção de fundidos de ferro e aço/ forjados / arames / relaminados com ou sem tratamento de superfície, inclusive galvanoplastia; - Metalurgia dos metais não-ferrosos, em formas primárias e secundárias, inclusive ouro; - Produção de laminados / ligas / artefatos de metais não-ferrosos com ou sem tratamento de superfície, inclusive galvanoplastia; - Relaminação de metais não - ferrosos, inclusive ligas; - Produção de soldas e anodos; - Metalurgia de metais preciosos; - Metalurgia do pó, inclusive peças moldadas; - Fabricação de estruturas metálicas com ou sem tratamento de superfície, inclusive galvanoplastia; - Fabricação de artefatos de ferro / aço e de metais não-ferrosos com ou sem tratamento de superfície, inclusive galvanoplastia; - Têmpera e cementação de aço, recozimento de arames, tratamento de superfície. Indústria Mecânica - Fabricação de máquinas, aparelhos, peças, utensílios e acessórios com ou sem tratamento térmico e/ou de superfície. Indústria de Material Elétrico, Eletrônico e Comunicações - Fabricação de pilhas, baterias e outros acumuladores; - Fabricação de material elétrico, eletrônico e equipamentos para telecomunicação e informática; - Fabricação de aparelhos elétricos e eletrodomésticos. Indústria de Material de Transporte - Fabricação e montagem de veículos rodoviários e ferroviários, peças e acessórios; - Fabricação e montagem de aeronaves; - Fabricação e reparo de embarcações e estruturas flutuantes. Indústria de Madeira - Serraria e desdobramento de madeira; - Preservação de madeira; - Fabricação de chapas, placas de madeira aglomerada, prensada e compensada; - Fabricação de estruturas de madeira e de móveis. Indústria de Papel e Celulose - Fabricação de celulose e pasta mecânica; - Fabricação de papel e papelão; - Fabricação de artefatos de papel, papelão, cartolina, cartão e fibra prensada. Indústria de Borracha - Beneficiamento de borracha natural; - Fabricação de câmara de ar e fabricação e recondicionamento de pneumáticos; - Fabricação de laminados e fios de borracha; - Fabricação de espuma de borracha e de artefatos de espuma de borracha, inclusive látex. Indústria de Couros e Peles - Secagem a salga de couros e peles; - Curtimento e outras preparações de couros e peles; - Fabricação de artefatos diversos de couros e peles; - Fabricação de cola animal. Indústria Química - Produção de substâncias e fabricação de produtos químicos; - Fabricação de produtos derivados do processamento de petróleo, de rochas betuminosas e da madeira; - Fabricação de combustíveis não derivados de petróleo; - Produção de óleos / gorduras / ceras vegetais-animais / óleos essenciais vegetais e outros produtos da destilação da madeira; - Fabricação de resinas e de fibras e fios artificiais e sintéticos e de borracha e látex sintéticos; - Fabricação de pólvora / explosivos / detonantes / munição para caça- desporto, fósforo de segurança e artigos pirotécnicos; - Recuperação e refino de solventes, óleos minerais, vegetais e animais; - Fabricação de concentrados aromáticos naturais, artificiais e sintéticos; - Fabricação de preparados para limpeza e polimento, desinfetantes, inseticidas, germicidas e fungicidas; - Fabricação de tintas, esmaltes, lacas, vernizes, impermeabilizantes, solventes e secantes; - Fabricação de fertilizantes e agroquímicos; - Fabricação de produtos farmacêuticos e veterinários; - Fabricação de sabões, detergentes e velas; - Fabricação de perfumarias e cosméticos; - Produção de álcool etílico, metanol e similares. Indústriade Produtos de Matéria Plástica - Fabricação de laminados plásticos; - Fabricação de artefatos de material plástico. Indústria Têxtil, de Vestuários, Calçados e Artefatos de Tecidos - Beneficiamento de fibras têxteis, vegetais, de origem animal e sintéticos; - Fabricação e acabamento de fios e tecidos; - Tingimento, estamparia e outros acabamentos em peças do vestuário e artigo diversos de tecidos; - Fabricação de calçados e componentes para calçados. Indústria de Produtos Alimentares e Bebidas - Beneficiamento, moagem, torrefação e fabricação de produtos alimentares; - Matadouros, abatedouros, frigoríficos, charqueadas e derivados de origem animal; - Fabricação de conservas; - Preparação de pescados e fabricação de conservas de pescado; - Preparação, beneficiamento e industrialização de leite e derivados; - Fabricação e refinação do açúcar; - Refino / preparação de óleo e gorduras vegetais; - Produção de manteiga, cacau, gorduras de origem animal para alimentação; - Fabricação de fermentos e leveduras; - Fabricação de rações balanceadas e de alimentos preparados para animais; - Fabricação de vinhos e vinagre; - Fabricação de cervejas, chopes e maltes; - Fabricação de bebidas não alcoólicas, bem como engarrafamento e gaseificação de águas minerais; - Fabricação de bebidas alcoólicas. Indústria de Fumo - Fabricação de cigarros / charutos / cigarrilhas e outras atividades de beneficiamento do fumo. Indústrias Diversas - Usinas de produção de concreto; - Usinas de asfalto; - Serviços de galvanoplastia. Obras Civis - Rodovias, ferrovias, hidrovias, metropolitanos; - Barragens e diques; - Canais para drenagem; - Retificação de curso de água; - Abertura de barras, embocaduras e canais; - Transposição de bacias hidrográficas; - Outras obras de arte. Serviços de Utilidades - Produção de energia termoelétrica; - Transmissão de energia elétrica; - Estações de tratamento de água; - Interceptores, emissários, estação elevatória e tratamento de esgoto sanitário; - Tratamento e destinação de resíduos industriais (líquidos e sólidos); - Tratamento / disposição de resíduos especiais tais como: de agroquímicos e suas embalagens usadas e de serviço de saúde, entre outros; - Tratamento e destinação de resíduos sólidos urbanos, inclusive aqueles provenientes de fossas; - Dragagem e derrocamentos em corpos d’água; - Recuperação de áreas contaminadas ou degradadas. Transporte, Terminais e Depósitos - Transporte de cargas perigosas; - Transporte por dutos; - Marinas, portos e aeroportos; - Terminais de minérios, petróleo e derivados e produtos químicos; - Depósitos de produtos químicos e produtos perigosos. Turismo - Complexos turísticos e de lazer, inclusive parques temáticos e autódromos. Atividades Diversas - Parcelamento do solo; - Distrito e pólo industrial. Atividades Agropecuárias - Projeto agrícola; - Criação de animais; - Projetos de assentamentos e de colonização. Uso de Recursos Naturais - Silvicultura; - Exploração econômica da madeira ou lenha e subprodutos florestais; - Atividade de manejo de fauna exótica e criadouro de fauna silvestre; - Utilização do patrimônio genético natural; - Manejo de recursos aquáticos vivos; - Introdução de espécies exóticas e/ou geneticamente modificadas; - Uso da diversidade biológica pela biotecnologia. LICENÇAS AMBIENTAIS TIPOS DE LICENÇA (Abordagem no âmbito Federal) O Poder Público, no exercício de sua competência de controle, expedirá as seguintes licenças: (art. 19, do Dec. Federal nº 99.274/90). I - Licença Prévia (LP) – na fase preliminar do planejamento de atividade, contendo requisitos básicos a serem atendidos nas fases de localização, instalação e operação, observados os planos municipais, estaduais ou federais de uso do solo. II - Licença de Instalação (LI) – autorizando o início da implantação, de acordo com as especificações constantes do Projeto Executivo aprovado; III. - Licença de Operação (LO) - autorizando, após as verificações necessárias, o início da atividade licenciada e o funcionamento de seus equipamentos de controle de poluição, de acordo com o previsto nas Licenças Prévia e de Instalação. PROCESSO DE LICENCIAMENTO PELO ÓRGÃO AMBIENTAL DO ESTADO DE PERNAMBUCO A implantação, ampliação e funcionamento de empreendimentos ou atividades potencialmente poluidoras ou degradadoras do Meio Ambiente dependem de prévio licenciamento pela CPRH, sem prejuízo de outras exigências legais. (art. 7º, do Dec. Estadual nº 20.586/98 e art. 4º, da Lei Estadual nº 11.516/97). A Lei Estadual prevê como instrumentos de intervenção prévia da Administração Pública: a licença e a autorização.(art. 5º e 6º, da Lei Estadual nº 11.516/97). A indicação do rol de estabelecimentos, obras ou serviços deve constar em Lei. Sem prévia inclusão em lei e regulamento a Administração não pode exigir que as pessoas físicas ou jurídicas sejam licenciadas ou autorizadas. Dessa forma, o Decreto Estadual nº 20.586/98, no art. 10, determina os empreendimentos e atividades que devem ser licenciadas pela CPRH. LICENÇAS (Abordagem no âmbito Estadual) Licença – é o ato administrativo vinculado e definitivo, pelo qual o Poder Público, verificando que o interessado atendeu a todas as exigências legais, faculta-lhe o desempenho de atividades ou a realização de fatos materiais antes vedados ao particular. A CPRH, no âmbito de sua competência, expedirá as seguintes licenças: (art. 5º, da Lei Estadual nº 11.516/97). I – Licença Prévia (LP) – na etapa preliminar do planejamento da atividade, contendo requisitos básicos a serem atendidos nas fases de localização, instalação e operação, observados os planos municipais, estaduais ou federais de uso do solo. (art. 5º, inc. I, da Lei Estadual nº 11.516/97); II – Licença de Instalação (LI) – autorizando o início da implantação, de acordo com as especificações constantes do Projeto Executivo aprovado. (art. 5º, inc. II, da Lei Estadual nº 11.516/97); III – Licença de Operação (LO) – autorizando, após as verificações necessárias, o início da atividade licenciada e o funcionamento de seus equipamentos de controle de poluição, de acordo com o previsto nas LP e LI. (art. 5º, inc. III, da Lei Estadual nº 11.516/97). a) DO NÚMERO DE VIAS: As Licenças Ambientais, serão expedidas em (03) vias. (art. 14, do Dec. Estadual nº 20.586/98). b) DO PRAZO PARA EMISSÃO: A CPRH concederá cada Licença no prazo máximo de 60 (sessenta) dias, a contar do ato de protocolo do requerimento até seu deferimento ou indeferimento, ressalvados os casos em que houver EIA/RIMA, quando o prazo será de 09 (nove) meses. (art. 16, do Dec. Estadual nº 20.586/98). Esses prazos podem ser alterados, desde que justificados e com a concordância do empreendedor e da CPRH. A contagem do prazo será suspensa durante a elaboração dos estudos ambientais complementares ou preparação de esclarecimento pelo empreendedor. (art. 16, § 1º, do Dec. Estadual nº 20.586/98). Caso a CPRH requisite informações complementares, o empreendedor deverá atendê-la dentro do prazo máximo de 04 (quatro) meses, a contar da data do recebimento da respectiva notificação. O referido prazo, poderá ser prorrogado desde que justificado, e com a concordância do empreendedor e da CPRH. (art. 15, Parágrafo Único, do Dec. Estadual nº 20.586/98). c) DA VALIDADE (ART. 14, §§ 1º, 2º, e 3º, do Dec. nº 20.586/98): I - LP – será concedida por prazo máximo de 01 (um) ano, contados da data de sua expedição, podendo ser renovada a critério da CPRH. II - LI –. será concedida por prazo máximo de 02 (dois) anos, contados da data de sua expedição, estabelecido em razão das características, natureza e complexidade do empreendimento ou atividade, bemcomo da previsão de alteração sócio-econômico e ambientais, podendo ser renovada a critério da CPRH. III - LO – será concedida por prazo máximo de 05 (cinco) anos, contados da data de sua expedição, de acordo com a natureza do empreendimento ou atividade licenciada, podendo ser renovada a critério da CPRH. d) DA RENOVAÇÃO (art. 14 e seus parágrafos, do Decreto Estadual nº 20.586/98): As LP, LI e LO, podem ser renovadas, devendo-se observar os prazos de validade, constantes no art. 14 e seus parágrafos, do Decreto Estadual nº 20.586/98. A renovação da LO, deverá ser requerida com antecedência mínima de 120 dias da expiração de seu prazo de validade, fixado na respectiva licença, ficando neste caso automaticamente prorrogado até a manifestação da CPRH. e) DO ARQUIVAMENTO (Art. 18 do Dec. Estadual nº 20.586/98): O processo será arquivado, caso o empreendedor não atenda às solicitações de esclarecimentos e complementações, formuladas pela CPRH. O arquivamento do processo de licenciamento não impedirá a apresentação de novo requerimento de licença, obedecendo os procedimentos legais, mediante novo pagamento de custo de análise. f) DA AÇÃO SUPLETIVA (Art. 18, do Dec. Estadual nº 20.586/98). Se a CPRH não conceder a Licença Ambiental no prazo de 60 dias, o Órgão Ambiental que detenha à competência supletiva deverá atuar. g) DO INDEFERIMENTO (Art. 22, do Dec. Estadual nº 20.586/98) A CPRH poderá indeferir a solicitação de Licença, devendo, neste caso, instruir o processo com parecer técnico fundamentando a causa do referido indeferimento, dando conhecimento ao interessado. h) DA SUSPENSÃO OU CANCELAMENTO (Art. 21, do Dec. Estadual nº 20.586/98): A CPRH, mediante decisão motivada, poderá modificar os condicionantes e as medidas de controle e adequação, suspender ou cancelar a licença, quando ocorrer: - Violação ou inadequação de quaisquer exigências das Licenças e das normas legais; - Omissão ou falsa descrição de informações relevantes que subsidiaram a expedição da licença; - Superveniência de graves riscos ambientais e de saúde. i) REQUISITOS PARA CONCESSÃO (Art. 21, do Dec. Estadual nº 20.586/98): Para concessão da LP, LI e LO, devem ser observados, no mínimo, as seguintes condições: - Inexistência de débitos ambientais; - Comprovação de recolhimento da taxa de solicitação de LP, LI ou LO; - Requerimento a CPRH; - Preenchimento de formulário para o empreendimento específico. j) DOS VALORES (Art. 8º, da Lei Estadual nº 11.516/97): As taxas a serem pagas pelos interessados à CPRH, em razão do fornecimento de licenças e autorizações, constam da tabela anexa a Lei Estadual nº 11.516/97 (alterada pela Lei Estadual nº 11.734/98). AUTORIZAÇÃO AMBIENTAL a) DA AUTORIZAÇÃO (Art. 26, do Dec. Estadual nº 20.586/98): Autorização é o instrumento que libera, por tempo definido, a execução de ações que possam acarretar alterações ao meio ambiente. b) DAS ATIVIDADES AUTORIZÁVEIS (Art. 6º, da Lei Estadual nº 11.516/97): - Drenagem de águas pluviais; - Terraplanagem; - Aterro controlado; - Readequação e/ou modificação de sistemas de controle ambiental; - Dragagem; - Transportes de produtos perigosos. c) DO PRAZO DE VALIDADE (Art. 26, § 1º do Dec. Estadual nº 20.586/98): A Autorização terá prazo de validade variável em função da natureza da ação a ser autorizada. d) DO PRAZO PARA CONCESSÃO (Art. 26, § 2º do Dec. Estadual nº 20.586/98): A CPRH terá prazo máximo de 45 (quarenta e cinco) dias, contados da data do protocolo do processo, para emissão da Autorização. e) DA RENOVAÇÃO (Art. 26, §§ 3º e 4º, do Dec. Estadual nº 20.586/98): O instrumento de Autorização não será renovado. Em casos excepcionais, mediante decisão motivada da CPRH, poderá ser concedida nova Autorização. f) REQUISITOS PARA CONCESSÃO: - Inexistência de débitos ambientais; - Comprovação de recolhimento da taxa de solicitação de LP, LI ou LO; - Requerimento à CPRH; OBS:Para concessão da Autorização devemos adotar, no que couber, o mesmo procedimento para a Licença. FISCALIZAÇÃO AUTOS CONSTANTES DO PODER DE POLÍCIA DA CPRH a) - AUTO DE INTIMAÇÃO - instrumento de fiscalização a ser lavrado pelos agentes fiscais nos seguintes casos: (art. 15, inc. I, da Lei Estadual nº 11.516/97) - Para fixar prazos visando correção ou prevenção de irregularidades que possam determinar degradação ou poluição ambiental; - Por falta de licenciamento ambiental; - Para convocação de comparecimento à CPRH. b) - AUTO DE CONSTATAÇÃO - instrumento de fiscalização a ser lavrado pelos agentes fiscais nos casos em que a degradação ou poluição ambiental for evidente, dispensando-se maiores investigações de natureza técnica. (art. 15, inc. II, da Lei Estadual nº 11.516/97). c) - AUTO DE INFRAÇÃO - instrumento a ser lavrado nos casos em que se faz necessária a aplicação de penalidades. (art. 15, inc. III, da Lei Estadual nº11.516/97). I - DA COBRANÇA ADMINISTRATIVA - O procedimento para cobrança administrativa das penalidades pecuniárias terá início com a lavratura do Auto de Infração. (art. 15, Parágrafo Único, da Lei Estadual nº. 11.516/97). II - DA FORMA DE PREENCHIMENTO - Os Autos serão lavrados em impresso próprio, em 4(quatro) vias, não devendo conter emendas ou rasuras, nem espaços em branco que comprometam sua validade, os quais deverão ser tarjadas. (art. 55, do Dec. Estadual nº 20.586/98) III - DA INUTILIZAÇÃO - Ocorrendo erro de preenchimento nos autos, os mesmos devem ser inutilizados.(art. 55, § 1º, do Dec.Estadual nº 20.586/98). IV - DA ANULAÇÃO - Quando os autos forem aplicados erroneamente e não sendo erro de preenchimento, os mesmos deverão ser anulados e arquivados por decisão da Diretoria Plena. (art. 55, § 2º, do Dec. Estadual nº 20.586/98) V - DA FALTA DE LICENÇA - Caso se constate a ausência de licenciamento, os agentes fiscais emitirão o Auto de Intimação, concedendo prazo máximo de 10 (dez) dias úteis, para solicitação do respectivo licenciamento. (art. 58, do Dec. Estadual nº 20.586/98). VI - DA DECISÃO - Compete à Diretoria Plena da CPRH, a decisão da emissão do Auto de Infração, com a respectiva penalidade a ser aplicada. (art. 56, do Dec. Estadual nº 20.586/98). VII - DA DENÚNCIA - Em caso de denúncia sem identificação do agressor, o processo será encaminhado à SSP, para proceder à investigação policial. (art. 59, do Dec. Estadual nº 20.586/98) VIII - DA ENTREGA - Os autos serão entregues pessoalmente ao infrator. (art. 60, do Dec. Estadual nº 20.586/98). Negando-se o mesmo a colocar o seu ciente no auto, o mesmo será a ele remetido pelos correios, com AR ou outros meios legais admitidos. (art. 60, Parágrafo Único, do Dec. Estadual nº 20.586/98) TERMO DE COMPROMISSO As multas poderão ter a sua exigibilidade suspensa quando o infrator, por Termo de Compromisso, aprovado pela CPRH, se obrigar à adoção de medidas específicas para cessar e corrigir a degradação ambiental. (art. 13, da Lei Estadual nº 11.516/97). I - DO NÚMERO DE VIAS DO TERMO DE COMPROMISSO - O Termo de Compromisso, deve ser lavrado em 04 (quatro) vias. II - DA REDUÇÃO DA MULTA - Cumpridas as obrigações assumidas pelo infrator, a multa será reduzida em até 90% (noventa por cento). (art. 13, § 2º, da Lei Estadual nº 11.516/97). III - PARA SOLICITAÇÃO DO TERMO DE COMPROMISSO - Para solicitação do Termo de Compromisso, deverão ser observados, no mínimo, os seguintes requisitos: (art. 49, do Dec. Estadual nº 20.586/98). - Requerimento no prazo de 15 (quinze) dias, contados da data do recebimento do Auto de Infração; - Proposta de adoção das medidas que se entende necessárias à reparação ou minimização do dano, com o respectivo cronograma. IV - DO INDEFERIMENTO - Não será celebrado Termo deCompromisso com infratores: (art. 50, do Dec. Estadual nº 20.586/98). - Em situação irregular junto à CPRH; - Que tenham descumprido compromissos assumidos anteriormente, no prazo de 05 (cinco) anos. No caso de indeferimento do pedido do Termo de Compromisso, a Diretoria Técnica deverá fundamentar sua decisão. (art. 50, Parágrafo Único, do Dec. Estadual nº 20.586/98). V - DO DESCUMPRIMENTO - Em caso do infrator não efetivar as medidas constante do Termo de Compromisso, dentro do seu cronograma, será sustada de imediato a redução da multa, com o consequente pagamento integral da mesma, devidamente atualizada. (art. 51, do Dec. Estadual nº 20.586/98). VI - DO ARQUIVAMENTO - Cumpridas as obrigações especificadas no Termo de Compromisso, o processo administrativo será arquivado, quando tratar- se apenas da penalidade de multa (art. 51, §1º, do Dec. Estadual 20.586/98 ). VII - DO RESÍDUO - O resíduo da multa proveniente da celebração do Termo de Compromisso, será recolhido à Secretaria da Fazenda - SEFAZ, sob o código específico. (art. 51, § 2º, do Dec. Estadual nº 20.586/98). Responsabilidade Penal da Pessoa Jurídica Requisitos: 1° - uma decisão tomada pelo representante legal, contratual ou pelo colegiado da empresa; 2° que a empresa seja beneficiada por esta decisão. Para a responsabilização deve preencher todos os requisitos. A ação não será intentada apenas contra o ente moral, mas também contra os autores, coautores e partícipes. Base legal art. 3° 9605/98. V - produção e consumo; VI - florestas, caça, pesca, fauna, conservação da natureza, defesa do solo e dos recursos naturais, proteção do meio ambiente e controle da poluição; VII - proteção ao patrimônio histórico, cultural, artístico, turístico e paisagístico; VIII - responsabilidade por dano ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico; IX - educação, cultura, ensino e desporto; X - criação, funcionamento e processo do juizado de pequenas causas; XI - procedimentos em matéria processual; XII - previdência social, proteção e defesa da saúde; XIII - assistência jurídica e Defensoria pública; XIV - proteção e integração social das pessoas portadoras de deficiência; XV - proteção à infância e à juventude; XVI - organização, garantias, direitos e deveres das polícias civis. § 1º - No âmbito da legislação concorrente, a competência da União limitar-se-á a estabelecer normas gerais. § 2ºy - A competência da União para legislar sobre normas gerais não exclui a competência suplementar dos Estados. § 3º - Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência legislativa plena, para atender a suas peculiaridades. § 4º - A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei estadual, no que lhe for contrário Cabe à União editar normas gerais, os Estados e DF editam normas suplementares. Caso a União não edite a norma geral, os Estado poderão ter competência legislativa plena §2°. Em senti amplo o município tem competência para legislar sobre meio ambiente, conforme art. 30 da CF: Art. 30. Compete aos Municípios: I - legislar sobre assuntos de interesse local; II - suplementar a legislação federal e a estadual no que couber; Área de Preservação Permanente De acordo com o nosso atual Código Florestal, Lei nº12.651/12, temos que: “Art. 3º - Para os efeitos desta Lei, entende-se por: (...) II - Área de Preservação Permanente - APP: área protegida, coberta ou não por vegetação nativa, com a função ambiental de preservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica e a biodiversidade, facilitar o fluxo gênico de fauna e flora, proteger o solo e assegurar o bem-estar das populações humanas;” APP - Áreas de preservação permanente, bem como as UCs, visam atender ao direito fundamental de todo brasileiro a um "meio ambiente ecologicamente equilibrado", conforme assegurado no art. 225 da Constituição. No entanto, seus enfoques são diversos: enquanto as Unidades de Conservação estabelecem o uso sustentável ou indireto de áreas preservadas, as APPs são áreas naturais intocáveis, com rígidos limites de exploração, ou seja, não é permitida a exploração econômica direta. Entende-se por APP, aquela, coberta ou não por vegetação nativa, com a função ambiental de preservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica, a biodiversidade, o fluxo gênico de fauna e flora, proteger o solo e assegurar o bem-estar das populações humanas, definição esta extraída do art. 1, § 2º, inciso II da lei. São áreas que já estão definidas na lei, sendo elas as florestas e demais formas de vegetação natural de acordo com a localidade onde se situam, seja, a margem de um rio, uma lagoa, topo de uma montanha, enfim, conforme dispõe o art. 2º. Significa dizer que essas florestas e formas de vegetação, já se encontram protegidas, e não podem ser suprimidas, entretanto, há uma exceção nos casos de utilidade pública ou de interesse social no qual poderá ser autorizada a supressão, desde que devidamente caracterizada e motivada em procedimento administrativo próprio, quando inexistir alternativa técnica e locacional ao empreendimento proposto, ao contrário disso fica configurado um crime ambiental. As atividades humanas, o crescimento demográfico e o crescimento econômico causam pressões ao meio ambiente, degradando- o. Portanto, visando salvaguardar o meio ambiente e os recursos naturais existentes nas propriedades, o legislador instituiu no ordenamento jurídico, entre outros, uma área especialmente protegida, onde é proibido construir, plantar ou explorar atividade econômica, ainda que seja para assentar famílias assistidas por programas de colonização e reforma agrária. Somente órgãos ambientais podem abrir exceção à restrição e autorizar o uso e até o desmatamento de área de preservação permanente rural ou urbana mas, para fazê-lo, devem comprovar as hipóteses de utilidade pública, interesse social do empreendimento ou baixo impacto ambiental (art. 8º da Lei 12.651/12). As APPs se destinam a proteger solos e, principalmente, as matas ciliares. Este tipo de vegetação cumpre a função de proteger os rios e reservatórios de assoreamentos, evitar transformações negativas nos leitos, garantir o abastecimento dos lençóis freáticos e a preservação da vida aquática. O Código Florestal atual, no seu art. 4º, estabelece como áreas de preservação permanente: I - as faixas marginais de qualquer curso d'água natural perene e intermitente, excluídos os efêmeros, desde a borda da calha do leito regular, em largura mínima de: a) 30 (trinta) metros, para os cursos d'água de menos de 10 (dez) metros de largura; b) 50 (cinquenta) metros, para os cursos d'água que tenham de 10 (dez) a 50 (cinquenta) metros de largura; c) 100 (cem) metros, para os cursos d'água que tenham de 50 (cinquenta) a 200 (duzentos) metros de largura; d) 200 (duzentos) metros, para os cursos d'água que tenham de 200 (duzentos) a 600 (seiscentos) metros de largura; e) 500 (quinhentos) metros, para os cursos d'água que tenham largura superior a 600 (seiscentos) metros; II - as áreas no entorno dos lagos e lagoas naturais, em faixa com largura mínima de: a) 100 (cem) metros, em zonas rurais, exceto para o corpo d'água com até 20 (vinte) hectares de superfície, cuja faixa marginal será de 50 (cinquenta) metros; b) 30 (trinta) metros, em zonas urbanas; III - as áreas no entorno dos reservatórios d'água artificiais, decorrentes de barramento ou represamento de cursos d'água naturais, na faixa definida na licença ambiental do empreendimento; IV - as áreas no entorno das nascentes e dos olhos d'águaperenes, qualquer que seja sua situação topográfica, no raio mínimo de 50 (cinquenta) metros; V - as encostas ou partes destas com declividade superior a 45°, equivalente a 100% (cem por cento) na linha de maior declive; VI - as restingas, como fixadoras de dunas ou estabilizadoras de mangues; VII - os manguezais, em toda a sua extensão; VIII - as bordas dos tabuleiros ou chapadas, até a linha de ruptura do relevo, em faixa nunca inferior a 100 (cem) metros em projeções horizontais; IX - no topo de morros, montes, montanhas e serras, com altura mínima de 100 (cem) metros e inclinação média maior que 25°, as áreas delimitadas a partir da curva de nível correspondente a 2/3 (dois terços) da altura mínima da elevação sempre em relação à base, sendo esta definida pelo plano horizontal determinado por planície ou espelho d'água adjacente ou, nos relevos ondulados, pela cota do ponto de sela mais próximo da elevação; X - as áreas em altitude superior a 1.800 (mil e oitocentos) metros, qualquer que seja a vegetação; XI - em veredas, a faixa marginal, em projeção horizontal, com largura mínima de 50 (cinquenta) metros, a partir do espaço permanentemente brejoso e encharcado. De acordo com o que foi visto, os limites das APPs às margens dos cursos d'água variam entre 30 metros e 500 metros, dependendo da largura de cada um. Entre as mudanças introduzidas pelo Código atual esta é das mais controversas: embora mantenha as mesmas distâncias do Código revogado, ele inicia a medida a partir da calha regular (isto é, o canal por onde correm regularmente as águas do curso d'água durante o ano) dos rios e não mais a partir do leito maior (a largura do rio ao considerar o seu nível mais alto, isto é, o nível alcançado por ocasião da cheia sazonal). Isto significou uma a efetiva redução dos limites das APPs às margens de cursos d'água, uma vez que a nova medida ignora as épocas de cheias dos rios. Dado que o regime fluvial varia ao longo do ano, a calha será menor nos meses secos que nos meses chuvosos. Além das áreas descritas acima, ainda podem ser consideradas nesta categoria, quando assim declaradas de interesse social por ato do Chefe do Poder Executivo, as áreas cobertas com florestas ou outras formas de vegetação destinadas à contenção da erosão do solo e mitigação dos riscos de enchentes e deslizamentos de terra e de rocha; à proteção as restingas ou veredas; à proteção de várzeas; ao abrigo de exemplares da fauna ou da flora ameaçados de extinção; proteção de sítios de excepcional beleza ou de valor científico, cultural ou histórico; formar faixas de proteção ao longo de rodovias e ferrovias; assegurar condições de bem-estar público; auxiliar a defesa do território nacional, a critério das autoridades militares; proteger áreas úmidas, especialmente as de importância internacional (art 6º). As Áreas de Preservação Permanente (APPs) foram criadas para proteger o ambiente natural, o que significa que são áreas mais frágeis, que têm menos capacidade de suportar alterações causadas pela ação do homem. As vegetações nestas áreas servem para atenuar a erosão do solo, regular os fluxos hídricos, reduzir o assoreamento dos cursos de água, etc. Como o próprio nome sugere, devem ser ampla e permanentemente preservadas, devido à relevância dos recursos naturais que nelas se encontram. A Área de Preservação Permanente é uma das modalidades de limitação administrativa imposta pelo governo, instituída pelo Código Florestal anterior, Lei n. 4.771/65, e demandando a devida proteção, de acordo com o que vinha disposto em seus artigos 2º e 3º. São áreas cobertas ou não por vegetação nativa, com a função ambiental de preservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica, a biodiversidade, proteger o solo, preservar a fauna e a flora, bem como assegurar o bem-estar das populações humanas. No atual Código Florestal, Lei n. 12.651, de 25 de maio de 2012, o artigo 4º elenca as principais hipóteses de áreas consideradas APPs. Ressalta-se ainda que a criação de uma Área de Preservação Permanente também pode ser determinada pelo Poder Público quando se baseia no princípio do interesse público. Tal prerrogativa encontra-se assim expressa no novo Código: “Art. 6º Consideram-se, ainda, de preservação permanente, quando declaradas de interesse social por ato do Chefe do Poder Executivo, as áreas cobertas com florestas ou outras formas de vegetação destinadas a uma ou mais das seguintes finalidades: I – conter a erosão do solo e mitigar riscos de enchentes e deslizamentos de terra e de rocha; II – proteger as restingas ou veredas; III – proteger várzeas; IV – abrigar exemplares da fauna ou da flora ameaçados de extinção; V – proteger sítios de excepcional beleza ou de valor científico, cultural ou histórico; VI – formar faixas de proteção ao longo de rodovias e ferrovias; VII – assegurar condições de bem-estar público; VIII – auxiliar a defesa do território nacional, a critério das autoridades militares. IX – proteger áreas úmidas, especialmente as de importância internacional. (Incluído pela Lei n. 12.727, de 2012)” Apesar da difundida necessidade de preservação, o artigo 8º do novo Código prescreve que “a intervenção ou a supressão de vegetação nativa em Área de Preservação Permanente somente ocorrerá nas hipóteses de utilidade pública, de interesse social ou de baixo impacto ambiental previstas nesta Lei”. Há quem veja nisso uma brecha na lei; assim, na prática, nota-se uma confusão entre o interesse público e a iniciativa privada, ou seja, as intervenções desmedidas por parte de particulares têm se tornado regra sobre o mero pretexto de existir um interesse público relevante. Isso é lamentável e digno do máximo rigor punitivo que as sanções previstas na legislação ambiental podem admitir. Cabe ao Poder Público fiscalizar a limitação estabelecida pela lei a partir do Poder de Polícia, que se manifesta na restrição e limitação da esfera privada por parte do Estado; é de competência do poder estatal restringir o exercício de direitos e liberdades individuais a fim de evitar danos ao interesse público. É do conhecimento de todos que a preservação das Áreas de Preservação Permanente deve ser conduzida com sabedoria, em caráter de prioridade e urgência. Nesse intuito, o legislador pátrio confere às mesmas uma atenção especial, evidenciando em diplomas legislativos diversos a necessidade de zelo de todos para com os recursos naturais preciosos que nelas se encontram, uma vez que a garantia de um meio ambiente ecologicamente equilibrado é essencial à sadia qualidade de vida e constitui tanto um direito quanto um dever de todos que o compõem, consoante disposto no enunciado do artigo 225 da nossa Constituição Federal. O renomado professor Paulo Affonso Leme Machado, ilustre Mestre em Direito Ambiental, preleciona com ímpar propriedade: “Não podemos estar imbuídos de otimismo inveterado, acreditando que a natureza se arranjará por si mesma, frente a todas as degradações que lhe impomos. De outro lado, não podemos nos abater pelo pessimismo. A luta contra a poluição é perfeitamente exequível, não sendo necessário por isso, amarrar o processo da indústria e da economia, pois a poluição da miséria é uma de suas piores formas”. Mudanças no Novo Código Florestal Lei 12.651, no dia 25 de maio de 2012: → O Código Florestal de 1965 estipulava a proporção de preservação da vegetação nativa em 80% na Amazônia Legal, 35% no Cerrado e 20% em todas as outras regiões e, quanto isso não houve qualquer alteração. A mudança ocorreu na dispensa da área de reserva legal onde não estão sujeitos à constituição da reserva legal, nas atividades elencadas como os empreendimentos de abastecimento público de água e tratamentode esgoto, às áreas adquiridas ou desapropriadas por detentor de concessão, permissão ou autorização para exploração de energia hidráulica e nas áreas adquiridas ou desapropriadas com o objetivo de implantar ou ampliar rodovias e ferrovias. → Redução da perda das áreas agricultáveis, uma vez que, impera agora a autorização ao proprietário rural em compensar as Áreas de Preservação Permanente para calcular a sua Área de Reserva Legal, o que, pelos ambientalistas, é dito como severo dano ao meio ambiente. → Não há mais a obrigatoriedade de averbação da Reserva Legal no Cartório de Registro de Imóveis, bastando a sua inscrição no Cadastro Ambiental Rural. → Imposta a obrigação do proprietário em fazer a manutenção da Reserva Legal mesmo quando esta encontra-se em perímetro urbano. → Introdução da questão da regularização ambiental que, pune o desmatamento em áreas de preservação permanente, assim como a falta de registro da reserva legal, com multas pecuniárias e até mesmo com a paralisação das atividades do produtor na área irregular. → Anistia conferida a todos aqueles que infringiram dano ambiental até julho de 2008, uma vez que, estes estão desobrigados à recomposição do estrago feito. Questões Comentadas dos Últimos Exames XV Exame da Ordem QUESTÃO 1 No curso de obra pública, a Administração Pública causa dano em local compreendido por área de preservação permanente. Sobre o caso apresentado, assinale a opção que indica de quem é a responsabilidade ambiental. A) Em se tratando de área de preservação permanente, que legalmente é de domínio público, o ente só responde pelos danos ambientais nos casos de atuação com dolo ou culpa grave. B) Em se tratando de área de preservação permanente, a Administração Pública responderá de forma objetiva pelos danos causados ao meio ambiente, independentemente das responsabilidades administrativa e penal. C) Em se tratando de dano ambiental cometido dentro de área de preservação permanente, a Administração Pública não tem responsabilidade, sob pena de confusão, recaindo sobre o agente público causador do dano, independentemente das responsabilidades administrativa e penal. D) Trata-se de caso de responsabilidade subjetiva solidária de todos aqueles que contribuíram para a prática do dano, inclusive do agente público que determinou a prática do ato. Comentário: As condutas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções penais e administrativas, independentemente da obrigação de reparar os danos causados (art. 225, §3º, da CF/88). Alternativa correta: B QUESTÃO 2 Antes de dar início à instalação de unidade industrial de produção de roupas no Município X, Julio Cesar consulta seu advogado acerca dos procedimentos prévios ao começo da construção e produção. Considerando a hipótese, assinale a afirmativa correta. A) Caso a unidade industrial esteja localizada em terras indígenas, ela não poderá ser instalada. B) Caso a unidade industrial esteja localizada e desenvolvida em dois estados da federação, ambos terão competência para o licenciamento ambiental. C) Caso inserida em qualquer Unidade de Conservação, a competência para o licenciamento será do IBAMA. D) Caso o impacto seja de âmbito local, a competência para o licenciamento ambiental será do Município. Comentário: Art. 9o São ações administrativas dos Municípios XIV - observadas as atribuições dos demais entes federativos previstas nesta Lei Complementar, promover o licenciamento ambiental das atividades ou empreendimentos: a) que causem ou possam causar impacto ambiental de âmbito local, conforme tipologia definida pelos respectivos Conselhos Estaduais de Meio Ambiente, considerados os critérios de porte, potencial poluidor e natureza da atividade. Alternativa correta: D XVI Exame da Ordem QUESTÃO 3 Miguel, empreendedor particular, tem interesse em dar início à construção de edifício comercial em área urbana de uma grande metrópole. Nesse sentido, consulta seu advogado e indaga sobre quais são as exigências legais para o empreendimento. Sobre a situação apresentada, assinale a afirmativa correta. A) Não é necessária a realização de estudo de impacto ambiental, por ser área urbana, ou estudo de impacto de vizinhança, uma vez que não foi editada até hoje lei complementar exigida pela Constituição para disciplinar a matéria. B) É necessário o estudo prévio de impacto ambiental, anterior ao licenciamento ambiental, a ser efetivado pelo município, em razão de o potencial impacto ser de âmbito local. C) É necessária a realização de estudo de impacto de vizinhança, desde que o empreendimento esteja compreendido no rol de atividades estabelecidas em lei municipal. D) É necessária a realização de estudo de impacto ambiental, o qual não será precedido necessariamente por licenciamento ambiental, uma vez que a atividade não é potencialmente causadora de impacto ambiental. Comentário: É um relatório técnico onde se avaliam as conseqüências para o ambiente decorrentes de um determinado projeto. Nele encontram-se identificados e avaliados de forma imparcial e meramente técnica os impactos que um determinado projeto poderá causar no ambiente, assim como apresentar medidas mitigadoras. Alternativa correta: C QUESTÃO 4 Hugo, proprietário de imóvel rural, tem instituída Reserva Legal em parte de seu imóvel. Sobre a hipótese, considerando o instituto da Reserva Legal, de acordo com a disciplina do Novo Código Florestal (Lei nº 12.651/2012), assinale a afirmativa correta. A) As áreas de Reserva Legal são excluídas da base tributável do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (ITR), compreendendo esta uma função extrafiscal do tributo. B) Caso Hugo transmita onerosamente a propriedade, o adquirente não tem o dever de recompor a área de Reserva Legal, mesmo que averbada, tendo em vista o caráter personalíssimo da obrigação. C) Hugo não pode explorar economicamente a área de Reserva Legal, conduta tipificada como crime pelo Novo Código Florestal (Lei nº 12.651/2012). D) A área compreendida pela Reserva Legal é considerada Unidade de Conservação de Uso Sustentável, admitindo exploração somente se inserida no plano de manejo instituído pelo Poder Público. Comentário: A reserva legal é a área do imóvel rural que, coberta por vegetação natural, pode ser explorada com o manejo florestal sustentável, nos limites estabelecidos em lei para o bioma em que está a propriedade. Alternativa correta: A XVII Exame da Ordem QUESTÃO 5 O Município Z deseja implementar política pública ambiental, no sentido de combater a poluição das vias públicas. Sobre as competências ambientais distribuídas pela Constituição, assinale a afirmativa correta. A) União, Estados, Distrito Federal e Municípios têm competência material ambiental comum, devendo leis complementares fixar normas de cooperação entre os entes. B) Em relação à competência material ambiental, em não sendo exercida pela União e nem pelo Estado,o Município pode exercê-la plenamente. C) O Município só pode exercer sua competência material ambiental nos limites das normas estaduais sobre o tema. D) O Município não tem competência material em direito ambiental, por falta de previsão constitucional, podendo, porém, praticar atos por delegação da União ou do Estado. Comentário: CF.88 Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios: III - proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histórico, artístico e cultural, os monumentos, as paisagens naturais notáveis e os sítios arqueológicos; VI - proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas;VII - preservar as florestas, a fauna e a flora. Alternativa correta: A QUESTÃO 6 Determinado Município, por intermédio de lei que contemplou questões como potencial construtivo, zoneamento de bairros e complexos esportivos, reduziu os limites de uma determinada Unidade de Conservação. Considerando o caso hipotético em tela, assinale a opção que se harmoniza com a legislação ambiental. A) A lei municipal em questão será considerada válida e eficaz, pois a redução dos limites de uma Unidade de Conservação pode ser feita até mesmo por Decreto. B) A redução de limites, assim como a desafetação de uma Unidade de Conservação, não demanda lei específica, exigindo apenas a necessária e prévia aprovação de Estudo de Impacto Ambiental e respectivo relatório (EIA-RIMA). C) A redução operada pela lei, para produzir efeitos, dependerá da aprovação do Conselho Gestor da Unidade de Conservação impactada, garantindo-se a participação pública direta no referido procedimento de deliberação e aprovação. D) A redução dos limites da Unidade de Conservação, conquanto possa evidenciar os efeitos concretos da lei, somente pode ser feita mediante lei específica, regra esta que também se aplica à desafetação. Comentário: De acordo com o art. 22, parágrafo 7° da lei 9985/2000.Art. 22.As unidades de conservação são criadas por ato do Poder Público. § 7o A desafetação ou redução dos limites de uma unidade de conservação só pode ser feita mediante lei específica. Alternativa correta: D XVIII Exame da Ordem QUESTÃO 8 Determinada sociedade empresária consulta seu advogado para obter informações sobre as exigências ambientais que possam incidir em seus projetos, especialmente no que tange à apresentação e aprovação de Estudo Prévio de Impacto Ambiental e seu respectivo Relatório (EIA/RIMA). Considerando a disciplina do EIA/RIMA pelo ordenamento jurídico, assinale a afirmativa correta. A) O EIA/RIMA é um estudo simplificado, integrante do licenciamento ambiental, destinado a avaliar os impactos ao meio ambiente natural, não abordando impactos aos meios artificial e cultural, pois esses componentes, segundo pacífico entendimento doutrinário e jurisprudencial, não integram o conceito de “meio ambiente”. B) O EIA/RIMA é exigido em todas as atividades e empreendimentos que possam causar impactos ambientais, devendo ser aprovado previamente à concessão da denominada Licença Ambiental Prévia. C) O EIA/RIMA, além de ser aprovado entre as Licenças Ambientais Prévia e de Instalação, tem a sua metodologia e o seu conteúdo regrados exclusivamente por Resoluções do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), podendo a entidade / o órgão ambiental licenciador dispensá- lo segundo critérios discricionários e independentemente de fundamentação, ainda que a atividade esteja prevista em Resolução CONAMA como passível de EIA/RIMA. D) O EIA-RIMA é um instrumento de avaliação de impactos ambientais, de natureza preventiva, exigido para atividades/empreendimentos não só efetiva como potencialmente capazes de causar significativa degradação, sendo certo que a sua publicidade é uma imposição Constitucional (CRFB/1988). Comentário: O EIA/RIMA é exigido para atividades que causem SIGNIFICATIVO impacto ambiental, logo não é para todas as atividades. Vejam o que diz o art. 225, § 1º, IV, da CF/88: “Incumbe ao Poder Público exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou atividade potencialmente causadora de significativa degradação do meio ambiente, estudo prévio de impacto ambiental, a que se dará publicidade. Alternativa correta: D QUESTÃO 9 João acaba de adquirir dois imóveis, sendo um localizado em área urbana e outro, em área rural. Por ocasião da aquisição de ambos os imóveis, João foi alertado pelos alienantes de que os imóveis contemplavam Áreas de Preservação Permanente (APP) e de que, por tal razão, ele deveria buscar uma orientação mais especializada, caso desejasse nelas intervir. Considerando a disciplina legal das Áreas de Preservação Permanente (APP), bem como as possíveis preocupações gerais de João, assinale a afirmativa correta. A) As APPs não são passíveis de intervenção e utilização, salvo decisão administrativa em sentido contrário de órgão estadual integrante do Sistema Nacional de Meio Ambiente – SISNAMA, uma vez que não há preceitos legais abstratamente prevendo exceções à sua preservação absoluta e integral. B) As hipóteses legais de APP, com o advento do denominado “Novo Código Florestal” – Lei nº 12.651/2012 –, foram abolidas em âmbito federal, subsistindo apenas nos casos em que os Estados e Municípios assim as exijam legalmente. C) As APPs são espaços territoriais especialmente protegidos, comportando exceções legais para fins de intervenção, sendo certo que os Estados e os Municípios podem prever outras hipóteses de APP além daquelas dispostas em normas gerais, inclusive em suas Constituições Estaduais e Leis Orgânicas, sendo que a supressão irregular da vegetação nela situada gera a obrigação do proprietário, possuidor ou ocupante a qualquer título de promover a sua recomposição, obrigação esta de natureza propter rem. D) As APPs, assim como as reservas legais, não se aplicam às áreas urbanas, sendo certo que a Lei Federal nº 12.651/2012 (“Novo Código Florestal”), apesar de ter trazido significativas mudanças no seu regime, garantiu as APPs para os imóveis rurais com mais de 100 hectares. Comentário: A APP é definida pelo Código como a área protegida, coberta ou não por vegetação nativa, com a função ambiental de preservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica e a biodiversidade, facilitar o fluxo genético de fauna e flora, proteger o solo e assegurar o bem-estar das populações humanas. Alternativa correta: C XIX EXAME DA ORDEM QUESTÃO 10 Pedro, em visita a determinado Município do interior do Estado do Rio de Janeiro, decide pichar e deteriorar a fachada de uma Igreja local tombada, por seu valor histórico e cultural, pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico-Cultural – INEPAC, autarquia estadual. Considerando o caso em tela, assinale a afirmativa correta. A) Pedro será responsabilizado apenas administrativamente, com pena de multa, uma vez que os bens integrantes do patrimônio cultural brasileiro não se sujeitam, para fins de tutela, ao regime de responsabilidade civil ambiental, que trata somente do meio ambiente natural. B) Pedro será responsabilizado administrativa e penalmente, não podendo ser responsabilizado civilmente, pois o dano, além de não poder ser considerado de natureza ambiental, não pode ser objeto de simultânea recuperação e indenização. C) Pedro, por ter causado danos ao meio ambiente cultural, poderá ser responsabilizado administrativa, penal e civilmente, sendo admissível o manejo de ação civil pública pelo Ministério Público, demandando a condenação em dinheiro e o cumprimento de obrigação de fazer. D) Pedro, além de responder administrativa e penalmente, será solidariamente responsável com o INEPAC pela recuperação e indenização do dano, sendo certo que ambos responderão de forma subjetiva, havendo necessidade de inequívoca demonstração de dolo ou culpa por parte de Pedro e dos servidores públicos responsáveis. Comentário: O meio ambiente é dividido didaticamente em natural, artificial, cultural e do trabalho. O conhecimento do artigo 225 da CF/88 é suficiente para responder a questão, pois o §3º versa que as condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções penais e administrativas, independentemente da obrigação de reparar os danos causados. A conduta de Pedro configura-se crime ambiental e infração administrativa contra o Ordenamento Urbano
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