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DIREITO AMBIENTAL DIREITO AMBIENTAL CONSTITUCIONAL Introdução – 12 de fevereiro de 2021 1º momento: Análise do art. 225, CRFB 88. Como está estruturado o Direito ambiental na CF 88. ART. 225 ART. 22 ART. 24 ART. 26 ART. 21 ART. 23 ART. 30 Como está estruturado o art. 225 da CF. Eu faço uma divisão que não é propriamente a divisão apresentada pela doutrina, mas é de mais fácil compreensão. §1º - Os deveres do Poder Público Art. 225 §§ 2º 3º - Os deveres da Coletividade. REGRA §§ 4º e 5º - Bens ambientais protegidos MATRIZ §§ 6º e 7º - Regras específicas O § 7º foi incorporado em 2017, por isso precisamos pensar uma outra forma de analisar este artigo. Vamos ao “caput”. Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações. São feitas algumas marcações. A 1ª delas é: quem têm direitos e tem deveres em relação ao meio ambiente. Ao mesmo tempo aponto: bem de uso comum do povo. Por fim, uma característica importantíssima para o nosso tempo: futuras e presentes gerações. São algumas características importantes: 1- Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado; 2- O poder público e a coletividade tem direitos e deveres em relação ao meio ambiente e 3- que se trata de um direito inter geracional e 4- que o bem ambiental é de uso comum do povo (inaugura uma nova classificação de bens que não aquela bem público e bem privado. Falaremos mais). Pertence a toda uma coletividade sendo impossível a quantificação. Não dá para quantificar quantas pessoas tem direito. Uma discussão importante que se tem sobre a esse artigo é sobre a utilização do pronome “todos”. Quem são todos. Faremos uma análise pois isso tem sido objeto de discussão constante no STF. De primeiro aponto que a Ministra Rosa Weber no julgamento da ADI 4066 de 27.08.2017 aponta que o direito ambiental é: “... cláusula constitucional proclamadora do direito fundamental ao meio ambiente ecologicamente equilibrado como essencial a sadia qualidade de vida.” Um direito fundamental pertencente a quem. A todos seres humanos. Aos animais, a flora. Rosa Weber conclui em seu raciocínio que estamos diante de uma visão antropocêntrica do Direito que é norteada pela dignidade da pessoa humana. O que quer dizer visão antropocêntrica¿ Quer dizer que o “todos” mencionado no art. 225 se refere somente a seres humanos. É a visão de Celso Pacheco Fiorillo. O pronome todos inaugura uma visão antropocêntrica do direito ambiental. Os seres humanos no centro das relações. “... a CF de 1988, ao incluir entre seus princípios fundamentais a dignidade da pessoa humana (art. 1º, III), como fundamento destinado a interpretar todo sistema constitucional, adotou explicitamente uma visão antropocêntrica, que reflete toda a legislação infraconstitucional – o que abarca também a legislação ambiental”. (que o meio ambiente sirva os seres humanos e não o contrário. Nessa visão, eu posso utilizar dos animais para alimentação, posso me utilizar dos animais para práticas desportivas: um rodeio, uma vaquejada. Nessa leitura, utiliza-se o meio ambiente da forma que me couber, porque o ser humano é considerado centro das relações. Porém, essa análise é muito rasa e superficial. Nós não podemos parar por aí, até porque nesse caso o STF estava analisando um problema relacionado à saúde, uma substância tóxica. E para afastar a utilização do elemento tóxico, o STF se valeu da visão antropocêntrica. Isso não quer dizer que o STF reconhece o antropocentrismo de forma ilimitada. O pronome todos do caput se refere a seres humanos: eu, você, o colega que está assistindo a aula, os professores da universidade. Todos nós é que temos direito ao meio ambiente equilibrado. Não é um direito para fauna. Não é um direito para flora. Já foi utilizada pelo STF e defendida pelo Celso Pacheco Fiorillo (moralidade ambiental antropocêntrica) Essa visão ganhou novos contornos. b) Moralidade ambiental antropocêntrica equilibrada: apenas o art. 225 é antropocêntrico, como direito fundamental da pessoa humana. Contudo, os parágrafos do art. 225, equilibra-se o antropocentrismo com o biocentrismo. Ex: Paulo Affonso Leme Machado. c) Moralidade ambiental híbrida (antropocentrismo mitigado) – antropocentrismo convive com biocentrismo e ecocentrismo. Ex: Antonio Hernan Benjamin. Fazendo a análise das duas outras visões, percebemos dois termos que ainda não conhecemos: biocentrismo e ecocentrismo. Ecocentrismo – é o meio ambiente no centro das relações. Biocentrismo – Uma visão mais equilibrada entre o seres humanos e os ecossistemas. Uma visão mais centrista. STF: • ADIN 4.983 CEARÁ – julgamento da prática desportiva “vaquejada”. • Ministro Luís Roberto Barroso: reconhece que o caput é antropocêntrico, mas o §1º traz uma visão biocêntrica. “.. eu insisto que o bem protegido nesse inciso VII, do §1º, do art. 225, CF, possui, a meu juízo, uma matriz biocêntrica, dado que a Constituição confere valor intrínseco também às formas de vidas não humanas, os seres sencientes ..” STF: • ADIN 4983 CEARÁ • Ministra Rosa Weber: acompanha o entendimento, apontando que o §1º inciso VII traz uma superação à visão antropocêntrica. Defende o biocentrismo no §1º, VII, art. 225. “... A Constituição, no seu art. 225, §1º, VII, acompanha o nível de esclarecimento alcançado pela humanidade no sentido de superação da limitação antropocêntrica que coloca o homem no centro de tudo e todo o resto como instrumento a seu serviço, em prol do reconhecimento de que os animais possuem uma dignidade própria que deve ser respeitada. STF • ADIN 4983 CEARÁ • Ministro Ricardo Lewandowski. “.. gostaria de dizer que eu faço uma interpretação biocêntrica do art. 225 da Constituição Federal, em contraposição a uma perspectiva antropocêntrica, que considera os animais como “coisas”, desprovidas de emoções, sentimentos ou quaisquer direitos. ..” Conclusão: O nosso STF aponta como concepção ética a visão antropocêntrica equilibrada. Ou seja, o caput do art. 225 é antropocêntrico e os parágrafos trazem uma visão antropocêntrica equilibrada com o biocentrismo. § 1º Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao poder público: I - preservar e restaurar os processos ecológicos essenciais e prover o manejo ecológico das espécies e ecossistemas; Manter a qualidade ambiental dos ambientes e ecossistemas hoje. Faça com que a intervenção humana seja mitigada. Ou que não haja a intervenção humana. Se tiver necessidade de diminuir esse bioma, então é necessário que essas espécies sejam manejadas para uma outra localidade. Exemplo: uma obra pública que será feita em uma grande área verde. Será que o Poder público pode fazer essa obra¿ Em um primeiro momento caberia ao Poder Público preservar essa área, mas havendo interesse público ele pode sim intervir nessa área verde para garantir o melhor desenvolvimento daquela cidade. Só a partir do momento que o meio ambiente será degradado é preciso fazer o manejo para uma outra localidade, porque o Poder Público precisa fazer o manejo ambiental para ter o equilíbrio. A Constituição em momento nenhum proíbe o desenvolvimento econômico, o desenvolvimento social, seja visão antropocêntrica ou biocêntrica. O ponto é que se for desenvolver que se faça o manejo II - preservar a diversidade e a integridade do patrimônio genético do País e fiscalizar as entidades dedicadas à pesquisa e manipulação de material genético; Organismos geneticamente modificados. Qualquer atividade que venha desenvolver pesquisas relacionadas às atividadesgenéticas serão fiscalizadas pelo Poder Público. III - definir, em todas as unidades da Federação, espaços territoriais e seus componentes a serem especialmente protegidos, sendo a alteração e a supressão permitidas somente através de lei, vedada qualquer utilização que comprometa a integridade dos atributos que justifiquem sua proteção; Unidades de Conservação (SNUC) Vamos estudar melhor! “Reserva de lei” (ordinária) para alteração e a suspensão. A Unidade de Conservação pode ser criada por ato do Poder Executivo (DECRETO) e ampliada por ato do Poder Executivo (DECRETO). O que não pode é a extinção e a supressão por DECRETO. Tem que ser por lei. Trataremos mais na aula de Unidades de Conservação. IV - exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou atividade potencialmente causadora de significativa degradação do meio ambiente, estudo prévio de impacto ambiental, a que se dará publicidade; Uma atividade de BAITA impacto ambiental. Vamos estudar mais adiante. V - controlar a produção, a comercialização e o emprego de técnicas, métodos e substâncias que comportem risco para a vida, a qualidade de vida e o meio ambiente; Controle: Produção Comercialização 3 verbos (ações) Emprego Ex: símbolo dos “transgênicos” nos produtos alimentícios. Quer dizer que o poder público controlou desde a produção, comercialização e o emprego das técnicas ... do alimento transgênico. Caberá ao consumidor decidir. VI - promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino e a conscientização pública para a preservação do meio ambiente; Principio da Educação Ambiental. Foi criado em 1972, por meio da Convenção de Estocolmo. Por ser uma regra estabelecida entre todos os países que participaram da Convenção de Estocolmo inaugurou um novo parâmetro ecológico. Propôs a criação de uma espécie de uma cidadania ambiental. Somente a partir desse principio é pudemos ver novas condutas em termos de direito ambiental. VII - proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma da lei, as práticas que coloquem em risco sua função ecológica, provoquem a extinção de espécies ou submetam os animais a crueldade. Foi apontado como exemplo do biocentrismo. O § 7º relativiza essa regra. § 2º Aquele que explorar recursos minerais fica obrigado a recuperar o meio ambiente degradado, de acordo com solução técnica exigida pelo órgão público competente, na forma da lei. (coletividade) Não somente em relação aos agentes privados mas também em relação ao Poder Público. Porque as vezes o Poder Público também age como poluidor, quando exerce uma atividade econômica. A exploração dos recursos minerais é permitida, mas terá que recuperar. § 3º As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções penais e administrativas, independentemente da obrigação de reparar os danos causados. (coletividade) Disciplina o principio da responsabilidade, do poluidor – pagador. Quem polui responde em 3 esferas: civil, adm e penal. Não há bis in idem. São esferas independentes. Foi reforçado no final do ano de 2018 pelo STJ. § 4º A Floresta Amazônica brasileira, a Mata Atlântica, a Serra do Mar, o Pantanal Mato-Grossense e a Zona Costeira são patrimônio nacional, e sua utilização far-se-á, na forma da lei, dentro de condições que assegurem a preservação do meio ambiente, inclusive quanto ao uso dos recursos naturais. § 5º São indisponíveis as terras devolutas ou arrecadadas pelos Estados, por ações discriminatórias, necessárias à proteção dos ecossistemas naturais. § 6º As usinas que operem com reator nuclear deverão ter sua localização definida em lei federal, sem o que não poderão ser instaladas. § 7º Para fins do disposto na parte final do inciso VII do § 1º deste artigo, não se consideram cruéis as práticas desportivas que utilizem animais, desde que sejam manifestações culturais, conforme o § 1º do art. 215 desta Constituição Federal, registradas como bem de natureza imaterial integrante do patrimônio cultural brasileiro, devendo ser regulamentadas por lei específica que assegure o bem-estar dos animais envolvidos. AULA 2 – 19 DE FEVEREIRO DE 2021 • O meio ambiente como bem de uso comum do povo. Pergunta: Bem de uso comum do povo é o mesmo que “bem público”¿ Resposta: Não! O bem de uso comum do povo pode ser tanto público como também privado. Lei nº 6938.81, Art 2º - A Política Nacional do Meio Ambiente tem por objetivo a preservação, melhoria e recuperação da qualidade ambiental propícia à vida, visando assegurar, no País, condições ao desenvolvimento sócio- econômico, aos interesses da segurança nacional e à proteção da dignidade da vida humana, atendidos os seguintes princípios: I - ação governamental na manutenção do equilíbrio ecológico, considerando o meio ambiente como um patrimônio público a ser necessariamente assegurado e protegido, tendo em vista o uso coletivo. – Principio da Ação Governamental. O que isso significa¿ Significa que tanto o Estado como a coletividade possuem o DEVER de protege- lo Exemplo: Na minha fazenda (privada, particular) existe uma parte da Mata Atlântica. Aquilo é meio ambiente¿ SIM. Aquilo precisa ser preservado¿ SIM Assim, o meio ambiente é um direito que oscila entre PÚBLICO e PRIVADO. Ele pode ser PUBLICO¿ PODE! Ele pode ser PRIVADO¿ PODE SIM! E isso gera o que¿ Isso gera a intervenção do Estado na propriedade. O Estado possui o chamado DOMINIO IMINENTE. E quais são as formas de intervenção do Estado¿ Classificação. Diogo Figueiredo Moreira. A intervenção pode ser BRANDA ou DRASTICA. BRANDA → Não há perda da propriedade. DRÁSTICA → Perde a propriedade Assim, na minha fazenda, onde há uma parte de Mata Atlântica, existe um bioma. É um bem público¿ NÃO. É UM PATRIMÔNIO PUBLICO! Poderei usufruir economicamente, desde que de forma sustentável. Essa área é um bem de relevante interesse público. Isso gera o que¿ Gera intervenção do Estado na propriedade. E o Estado vai intervir como¿ De forma drástica (retirando) ou de forma branda (restringindo o uso). Existem 6 formas de intervenção: 1- Desapropriação 2- Requisição 3- Servidão administrativa 4- Ocupação 5- Tombamento 6- Limitação O tombamento e a limitação administrativa são formas mais comuns no direito ambiental. Por exemplo, o tombamento é uma restrição no uso da propriedade que visa proteger o patrimônio histórico cultural. Observe que o art. 225 propõe que: meio ambiente é um BEM DE USO COMUM DO POVO essencial à SADIA QUALIDADE DE VIDA. Vladimir Passos propõe 5 classificações para o meio ambiente: 1- NATURAL 2- ARTIFICIAL 3- HISTÓRICO 4- INTELECTUAL 5- TRABALHO O tombamento possui qual objetivo¿ Preservar sítios arqueológicos, paisagens naturais, artificiais, monumentos históricos, monumentos artificiais e naturais. Exemplo: Cristo Redentor, RJ, Morro do Corcovado. O Morro do Corcovado é um monumento natural. O Pão de Açúcar é um monumento natural. O bondinho e o próprio Cristo Redentor são monumentos artificias criados pelo homem. A limitação administrativa é um amplo instrumento de restrição utilizado pelo Direito Ambiental. Para assegurar a efetividade: III - definir, em todas as unidades da Federação, espaços territoriais e seus componentes a serem especialmente protegidos, sendo a alteração e a supressão permitidas somente através de lei, vedada qualquer utilização que comprometa a integridade dos atributos que justifiquem sua proteção; Unidades de Conservação (SNUC) Ou seja, o Estado restringe criando AREAS (espaços) especialmente protegidos. ESPAÇOS TERRITORIAIS ESPECIALMENTE PROTEGIDOS (ETEP) UNIDADES DE CONSERVAÇÃO (UC): 1- Proteção Integral: 5 categorias; 2- Usosustentável: 7 categorias. Lei nº 9985.00 (SNUC) AREAS PRESERVAÇÃO PERMANENTE (APP) - Código Florestal – Lei nº 12.651.2012 RESERVA LEGAL – Código Florestal – Lei nº 12.651.2012 OUTROS: quilombos e terras indígenas. Observação. É muito comum dizer que APP é uma UC e está ERRADO APP – AREA DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE Código Florestal – Lei nº 12.651.2012 Área protegida, coberta ou não por vegetação nativa, com função ambiental de preservar recursos hídricos, paisagens, estabilidade geológica e facilitar o fluxo da fauna e flora, proteger o solo e assegurar o bem estar das populações. Por exemplo: nascente de rio→ raio 50 metros Por exemplo: Matas ciliares. Que protegem a margem dos rios. Área das faixas marginais (cobertas ou não vegetação) LISTA DE APPs: Faixas marginais (acompanham os cursos) Faixas em torno da nascente (50m) Encostas com declividade maior de 45º Restingas, vegetação fixadoras de dunas e estabilizadoras Vegetação de topo de morro com mais de 1800 metros Veredas (largura mínima de 50 metros) Quem degradou ou desmatou o meio ambiente dessas áreas deverá ser responsabilizado. E qual é a função ambiental¿ A vegetação de encosta de morro, por exemplo, é evitar erosão. Se a mata ciliar for retirada, a estabilidade geológica do solo, pode sofrer erosão ou assoreamento. A APP possui a função de assegurar o bem estar das populações. Pois o desmatamento dessas áreas pode gerar diversos desastres ambientais. JURISPRUDÊNCIA STJ – 2013 OBRIGAÇÃO PROPTER REM, isto aderem ao TÍTULO DE DOMINIO OU POSSE, INDEPENDENTE DO FATO DE TER SIDO PROPRIETÁRIO AUTOR DA DEGRADAÇÃO AMBIENTAL. Caso em que não se fala em culpa nem no nexo causal. Resumindo: Os deveres associados às APPs e às Reservas Legais tem natureza de obrigação propter rem. Intervenção ou supressão da vegetação na APP. Há 3 hipóteses de exceção: 1- Utilidade Pública. Obs. A vegetação nativa protetora das nascentes, fixadora de dunas e restingas só poderá ser suprimida no caso de utilidade pública. 2- Interesse social 3- Baixo impacto ambiental RESERVA LEGAL → É uma área, localizada no interior de uma propriedade rural, com a função ambiental de assegurar o uso econômico e sustentável dos recursos naturais do imóvel rural, auxiliar a conservação e reabilitação dos problemas ecológicos e promover a conservação da biodiversidade, bem como o abrigo e a fauna silvestre da flora nativa. APP → ZONA RURAL e também ZONA URBANA R.L, → ZONA RURAL → Observem que o imóvel pode ser particular ou público. Como é determinada a área de R.L. 1º - Verifique se a área está na AMOZONIA LEGAL. Se estiver na AMAZONIA LEGAL: - Área de Floresta = 80% - Área de Cerrado = 35% - Área de Campos Gerais = 20% OBSERVEM!!! EU DISSE AMAZONIA LEGAL E NÃOOO!!! FLORESTA AMAZONICA. 2º - Se o imóvel não estiver situado na Amazônia Legal. – Se o imóvel estiver situado nas “demais regiões do país”. A Reserva Legal é de 20%, independente do bioma. - FLORESTA = 80% - CERRADO = 35% 20% - CAMPOS GERAIS= 20% RESERVA LEGAL AMAZONIA LEGAL DEMAIS REGIÕES SISTEMA NACIONAL DAS UNIDADES DE CONSERVAÇÃO Lei nº 9985. 00 Conceito: art. 2º, I da Lei nº 9985. 2000 que instituiu o Snuc. Resumo: - Espaço Territorial especialmente Protegido → art. 225, 1º, III, da Constituição Federal. Dispõe que incumbe ao Poder Público definir as Unidades de Conservação. - Legalmente Constituído - Trata –se de uma obrigação comum entre os entes federados. - Objetivo de Conservação - Regime especial de administração. - garantias adequadas de proteção Dessa forma, todos entes Federados possuem competência para criar as Unidades de Conservação. Classificação: 2 grupos: 1) UC DE PROTEÇÃO INTEGRAL (UC P.I.) Objetivo: a) preservar a natureza b) Permitir o uso indireto 5 categorias de UC de Proteção Integral 2) UC DE USO SUSTENTÁVEL (UC U.S.) a) Conservação da natureza b) Uso sustentável. 7 categorias de UC de Uso Sustentável Previsão: art. 225, §1º, III, CF → “Reserva de Lei” • Criação: ato do Poder Executivo Fundamento: art. 22 da Lei nº 9985. 00 • Ampliação: ato do Poder Executivo Fundamento: art. 22 da Lei nº 9985. 00 • Redução: Lei ordinária específica Fundamento: art. 225, 1º, III • Extinção: Lei ordinária específica Fundamento: art. 225, 1º, III • Transformação: a) UC US → UC PI = Ato do Poder Executivo. Art. 22, §5º. b) UC PI → UC US = Lei Ordinária Obs. 1 - nesse momento vamos analisar se essas Unidades de Conservação são Públicas ou Privadas. Obs 2 – Vamos começar pela única UC que é de domínio privado → RPPN (Reserva Particular do Patrimônio Nacional) PROT. INTEGRAL USO SUSTENTÁVEL Estação Ecológica (ESCO) Área de Prot. Ambiental (APA) Reserva Biológica (REBIO) Área Relevante Int. Ecol. ARIE Parque Nacional(PARNA) Floresta Nacional (FLONA) Monumento Natural(MONA) Reserva de Fauna (REFAU) Refúgio da Vida Silvestre (RVS) Reserva Extrativista (RESEX) Res. Desenv. Sustentavel RDS Res Particular Pat. Nat (RPPN) Obs 2 – Existem 4 unidades que podem ser de domínio público ou privado: (Pub- priv) - MONUMENTO NATURAL (MONA) - REFÚGIO DA VIDA SILVESTRE (RDS) - AREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL (APA) - AREA DE RELEVANTE INTERESSE ECOLOGICO (ARIE) Obs 3- Todas as demais unidades de conservação são de domínio público. LEMBRETE PARA MEMORIZAR: UC US R eserva * A rea F loresta • Reserva Biológica é de Proteção Integral AULA DIA 05 DE MARÇO DE 2021 CRIAÇÃO DA UC (Decreto nº 4.340. 2002) O que deve constar no ato da criação. Precisa estar presente: 1- DENOMINAÇÃO, categoria de manejo, os objetivos, os limites, a área da unidade e o órgão responsável por sua administração. 2- A população tradicional beneficiária e aqui é somente no caso das Reservas Extrativistas e das Reservas de Desenvolvimento Sustentável. 3- Precisa estar presentes a população tradicional no caso das Florestas Nacionais, Estaduais e Municipais. 4- E as atividades econômicas, de segurança e defesa nacional envolvidas. Necessário a toda e qualquer unidade de conservação independente de qualquer modalidade. Requisitos para criação: - órgão proponente deve: a) elaborar estudos técnicos preliminares; b) realizar, quando for o caso, consulta pública e os demais procedimentos administrativos necessários. Observação: A consulta pública (reuniões, audiências públicas) não é obrigatória para toda espécie de UC. Há duas que não demandam a consulta pública: Estação Ecológica e a Reserva Biológica. A lei traz para nós alguns requisitos que deverão ser observados na denominação. Ela deve se basear preferencialmente na característica mais significativa daquela área. Então, ela se enquadrar em qual tipo de UC, vai depender da característica natural mais significativa. DENOMINAÇÃO - A denominação de cada unidade de conservação deverá basear-se, preferencialmente, na sua característica mais significativa, ou na sua denominação mais antigo, dando- se prioridade, neste ultimo caso, às designações indígenas ancestrais. ZONA DE AMORTECIMENTO É o entorno da Unidade de Conservação. CORREDORES ECOLÓGICOS Zona de amortecimento: - Conceito: o entorno de uma unidade de conservação, onde as atividades humanas estão sujeitas a normas e restrições específicas, com o propósito de minimizar os impactos negativos sobre a unidade. - Obrigatoriedade: As unidades de conservação, exceto Área de Proteção Ambiental e Reserva Particular do Patrimônio Natural, devem possuir uma zona de amortecimento e, quando conveniente, corredoresecológicos. - Os limites da zona de amortecimento e dos corredores ecológicos e as respectivas normas de que trata o § 1o poderão ser definidas no ato de criação da unidade ou posteriormente. Corredor Ecológico: São ecossistemas NATURAIS ou SEMI NATURAIS que ligam as unidades de conservação e permitem o fluxo e movimento das espécies. Importante! Art. 25 da Lei 9985 de 2000. Temos que as Z.A. são obrigatórias para todas UCs, exceto: APA e a RPPN. Mosaico de UC: - Quando existir um conjunto de unidades de conservação de categorias diferentes ou não, próximas, justapostas ou sobrepostas, e outras áreas protegidas públicas ou privadas, constituindo um mosaico, a gestão do conjunto deverá ser feita de forma integrada e participativa, considerando-se os seus distintos objetivos de conservação, de forma a compatibilizar a presença da biodiversidade, a valorização da sócio diversidade e o desenvolvimento sustentável no contexto regional. Mosaico de UC: - Arts. 8º a 10º do Decreto 4.340/02: O mosaico de unidades de conservação será reconhecido em ato do Ministério do Meio Ambiente, a pedido dos órgãos gestores das unidades de conservação. O mosaico deverá dispor de um conselho de mosaico, com caráter consultivo e a função de atuar como instância de gestão integrada das unidades de conservação que o compõem. Compete ao conselho de cada mosaico: I - elaborar seu regimento interno, no prazo de noventa dias, contados da sua instituição; II - propor diretrizes e ações para compatibilizar, integrar e otimizar: a) as atividades desenvolvidas em cada unidade de conservação, tendo em vista, especialmente: 1. os usos na fronteira entre unidades; 2. o acesso às unidades; 3. a fiscalização; 4. o monitoramento e avaliação dos Planos de Manejo; 5. a pesquisa científica; e 6. a alocação de recursos advindos da compensação referente ao licenciamento ambiental de empreendimentos com significativo impacto ambiental; b) a relação com a população residente na área do mosaico; III - manifestar-se sobre propostas de solução para a sobreposição de unidades; e IV - manifestar-se, quando provocado por órgão executor, por conselho de unidade de conservação ou por outro órgão do Sistema Nacional do Meio Ambiente - SISNAMA, sobre assunto de interesse para a gestão do mosaico. PLANO DE MANEJO Conceito: documento técnico mediante o qual, com fundamento nos objetivos gerais de uma unidade de conservação, se estabelece o seu zoneamento e as normas que devem presidir o uso da área e o manejo dos recursos naturais, inclusive a implantação das estruturas físicas necessárias à gestão da unidade; - Obrigatoriedade: As unidades de conservação devem dispor de um Plano de Manejo (art. 27 da Lei 9985/00). - Abrangência: deve abranger a área da unidade de conservação, sua zona de amortecimento e os corredores ecológicos, incluindo medidas com o fim de promover sua integração à vida econômica e social das comunidades vizinhas. - Prazo: O Plano de Manejo de uma unidade de conservação deve ser elaborado no prazo de cinco anos a partir da data de sua criação. - Aprovação: O Plano de Manejo da unidade de conservação, elaborado pelo órgão gestor ou pelo proprietário quando for o caso, será aprovado: I - em portaria do órgão executor, no caso de Estação Ecológica, Reserva Biológica, Parque Nacional, Monumento Natural, Refúgio de Vida Silvestre, Área de Proteção Ambiental, Área de Relevante Interesse Ecológico, Floresta Nacional, Reserva de Fauna e Reserva Particular do Patrimônio Natural; II - em resolução do conselho deliberativo, no caso de Reserva Extrativista e Reserva de Desenvolvimento Sustentável, após prévia aprovação do órgão executor. TAXAS DE VISITAÇÃO - Possibilidade: UCPI - Destinação dos valores: recursos obtidos pelas unidades de conservação do Grupo de Proteção Integral mediante a cobrança de taxa de visitação e outras rendas decorrentes de arrecadação, serviços e atividades da própria unidade serão aplicados de acordo com os seguintes critérios: I - até cinquenta por cento, e não menos que vinte e cinco por cento, na implementação, manutenção e gestão da própria unidade; II - até cinquenta por cento, e não menos que vinte e cinco por cento, na regularização fundiária das unidades de conservação do Grupo; III - até cinquenta por cento, e não menos que quinze por cento, na implementação, manutenção e gestão de outras unidades de conservação do Grupo de Proteção Integral. EXERCÍCIOS: 1- As Unidades de Conservação do Sistema Nacional de Unidades Conservação são divididas em 3 grupos: Unidades de Proteção Integral, Unidades de Uso Sustentável e Unidades de Preservação Permanente. ( ) VERDADEIRA ( X ) FALSA 2 – O objetivo básico das Unidades de Conservação de Proteção Integral é preservar a natureza sendo admitido o uso indireto de seus recursos naturais, com exceção dos casos previstos em lei. ( X ) VERDADEIRA ( ) FALSA 3 – O Sistema Nacional de Unidades de Conservação, instituído pela Lei nº 9985.00 estabelece que as Unidades de Conservação, integrantes do sistema, dividem em dois grupos: unidades de conservação de proteção integral e unidades de uso sustentável. Constituem exemplos de unidades de conservação de proteção integral e de uso sustentável, respectivamente: a) Área de proteção ambiental e estação ecológica b) Reserva biológica e reserva extrativista c) Reserva de fauna e refúgio da vida silvestre d) Floresta nacional e monumento natural e) Reserva Particular do Patrimônio natural e Parque nacional. 4- Tratando- se de unidades de conservação, considera-se de uso sustentável: a) Monumento Natural b) Estação Ecológica c) Reserva Biológica d) Parque Nacional e) Reserva Extrativista 5- Dadas as assertivas abaixo, podem ser constituídas por terras particulares: I- APA II- RVS III- Reserva Biológica IV- Área de Relevante Interesse Ecológico V- Reserva Extrativista AULA DIA 12 DE MARÇO DE 2021 COMPENSAÇÃO AMBIENTAL Art. 36 da Lei nº 9985. 00 Decreto 6848 de 2009. • Instrumento financeiro • Obriga o empreendedor a apoiar a implementação e a manutenção de UCs. • Nos casos de: licenciamento ambiental de empreendimentos que causem significativos impactos ambientais (com fundamento no EIA – RIMA) • O que é muito cobrado em prova é a decisão do STF sobre compensação ambiental. • O STF estabeleceu que a compensação ambiental é constitucional. Porém, o piso de 0,5% foi declarado inconstitucional. Obs. ADIN 3378 -6 de 2008 DF, Confederação Nacional dos Industriários. • Esse valor de 0,5% dos custos totais para implantação do empreendimento foi declarado inconstitucional. • O piso não é mais aplicado. Mas, a compensação é sim constitucional e continua sendo aplicada. • Outro detalhe importante: No caput do art. 36 a lei menciona que será a manutenção das UC de PI. Mas, o § 3º desse artigo temos disposto que se uma unidade de uso sustentável ou sua zona de amortecimento for também atingida, essa unidade (mesmo que não for de PI) também será beneficiada pela compensação ambiental. EXERCÍCIOS 1- Com o julgamento da ADIN 3378- 6 de 2008 DF, ajuizada pela Confederação Nacional dos Industriários, pelo STF, a compensação ambiental de que fala o art. 36 da Lei nº 9985 de 2000 foi considerada inconstitucional não podendo mais ser exigida pelo órgão ambiental competente nos processos de licenciamento ambiental. ( ) VERDADEIRA ( x ) FALSA 2- Nos casos de licenciamento ambiental de empreendimentos de significativo impacto ambiental, assim considerado pelo órgão ambiental competente, com fundamento no EIA e respectivo relatório (EIA-RIMA). O empreendedor é obrigado a apoiar a implantaçãoe manutenção de UC do grupo proteção integral. ( x ) VERDADEIRA ( ) FALSA 3- Quando o empreendimento sujeito à compensação ambiental afetar zona de amortecimento de uma APA essa Unidade de Conservação deverá ser uma das beneficiárias dos recursos de compensação ambiental. ( ) VERDADEIRA ( x ) FALSA 4- O montante de recursos destinados pelo empreendedor a título de compensação ambiental não pode ser inferior a 0,5% dos custos totais previstos para implantação do empreendimento. Sendo o percentual fixado pelo órgão ambiental licenciador de acordo com o grau de impacto ambiental causado prelo empreendimento. ( ) VERDADEIRA ( x ) FALSA 5- A Lei nº 9985 de 2000 instituiu a compensação ambiental que posteriormente foi julgada pelo STF. É correto afirmar que: a) A compensação ambiental será realizada pelo empreendedor pelo plantio de mudas de espécies nativas no entorno das UCs visando reduzir o impacto ambiental dos empreendimentos potencialmente poluidores que emitem gases geradores do efeito estufa. b) A compensação ambiental é exigida nos processos de licenciamento ambiental de empreendimentos potencialmente causadores de impactos significativos no meio ambiente e será exigida em espécie apurando –se seu valor de acordo com o grau do impacto ambiental causado, sendo os seus recursos utilizados para uma Unidade de Conservação de Uso Sustentável. c) A compensação ambiental é exigida nos processos de licenciamento ambiental de empreendimentos potencialmente causadores de impactos significativos no meio ambiente e será exigida em espécie apurando –se seu valor de acordo com o grau do impacto ambiental causado, sendo os seus recursos utilizados para uma Unidade de Conservação de Proteção Integral. d) A compensação ambiental foi considerada inconstitucional por violar o Principio Pagador Poluidor, uma vez que permitia o empreendedor compensar os possíveis danos ambientais de seu empreendimento, por meio de pagamento em espécie, destinado a uma Unidade de Conservação de Proteção Integral. Logo, não pode ser exigida ou mesmo oferecida pelo órgão ambiental competente. COMPETÊNCIA AMBIENTAL a) COMUM COMPETÊNCIA MATERIAL b) EXCLUSIVA a) PRIVATIVA COMPETÊNCIA LEGISLATIVA b) CONCORRENTE COMPETENCIA MATERIAL: A) Competência Comum: Denomina-se competência material ou administrativa aquela conferida aos entes políticos para o exercício da fiscalização do meio ambiente. O poder de polícia decorrente da competência constitucional material é exercido pelos órgãos pertencentes ao Sistema Nacional de Meio Ambiente – SISNAMA. O parágrafo único aponta que: “Lei complementar fixará normas para a cooperação entre a União e os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, tendo em vista o equilíbrio do desenvolvimento e do bem-estar em âmbito nacional”. LC nº 140/2011, que fixa normas de cooperação para o exercício da competência comum relativas à proteção das paisagens naturais notáveis, à proteção do meio ambiente, ao combate à poluição em qualquer de suas formas e à preservação das florestas, da fauna e da flora. Referida lei complementar prevê instrumentos de cooperação entre os entes, como consórcios, convênios, comissões, fundos públicos e privados, instrumentos econômicos e delegação de competência. Em relação à delegação, de acordo com o art. 5º, um ente pode transferir o seu poder a outro, mediante a assinatura de um convênio, desde que o ente que receber possua um órgão ambiental capacitado a executar as ações administrativas a serem delegadas e um conselho de meio ambiente. Para que não haja conflito de interesse, a lei complementar discriminou situações que deverão ser fiscalizadas por cada um dos entes políticos. Os demais órgãos ambientais, que não sejam aqueles relacionados com o licenciamento da atividade, podem proceder à fiscalização do empreendimento ou da atividade. Porém, nesses casos, a LC nº 140/2011 determina que o órgão competente seja comunicado imediatamente para tomar as providências cabíveis. Vale lembrar, inclusive, que o STJ entende que, se o ente político deixar de fiscalizar e de preservar o meio ambiente, sua omissão poderá ser interpretada como causa indireta do dano. Vejamos: (...) O Superior Tribunal de Justiça firmou o entendimento de que o ente federado tem o dever de fiscalizar e preservar o meio ambiente e combater a poluição (Constituição Federal, art. 23, VI, e art. 3º da Lei 6.938/1981), podendo sua omissão ser interpretada como causa indireta do dano (poluidor indireto), o que enseja sua responsabilidade objetiva. Precedentes: AgRg no REsp 1.286.142/SC, Rel. Ministro Mauro Campbell Marques, Segunda Turma, DJe 28/2/2013; AgRg no Ag 822.764/MG, Rel. Ministro José Delgado, Primeira Turma, DJ 2/8/2007; REsp 604.725/PR, Rel. Ministro Castro Meira, Segunda Turma, DJ 22/8/2005. (...)” (STJ – REsp 1.666.027/SP – j. 19-10-2017). De acordo com o art. 23 e art. 225, CF → TODOS os entes possuem competência para fiscalizar → mas, se mais de um ente aplicar a infração, isso precisa ser afastado para não gerar bis in idem. Dessa forma, prevalece o auto de infração que tenha sido lavrado pelo órgão que licenciou (essa regra está no art. 17, §3º, da LC 140 de 2011). AULA DO DIA 19 DE MARÇO DE 2021 COMPETENCIA MATERIAL (ainda) b) Competência Exclusiva: A competência exclusiva pressupõe o poder conferido a um único órgão, sem qualquer possibilidade de transferência. O art. 21 da CF prevê as hipóteses de competência material exclusiva da União. São elas: Art. 21. Compete à União: (...) IX – elaborar e executar planos nacionais e regionais de ordenação do território e de desenvolvimento econômico e social; (...) XIX – instituir sistema nacional de gerenciamento de recursos hídricos e definir critérios de outorga de direitos de seu uso; XX – instituir diretrizes para o desenvolvimento urbano, inclusive habitação, saneamento básico e transportes urbanos; O art. 30 da CF disciplina as matérias de competência material exclusiva dos Municípios. São elas: Art. 30. (...) VIII – promover, no que couber, adequado ordenamento territorial, mediante planejamento e controle do uso, do parcelamento e da ocupação do solo urbano; e IX – promover a proteção do patrimônio histórico-cultural local, observada a legislação e a ação fiscalizadora federal e estadual. COMPETÊNCIA LEGISLATIVA A) Competência Privativa: No primeiro caso, temos o art. 22, que disciplina matérias que pertencem à competência privativa da União. São elas: I – direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico, espacial e do trabalho; (...) XII – jazidas, minas, outros recursos minerais e metalurgia; (...) XXVI – atividades nucleares de qualquer natureza. É privativa, e não exclusiva. No parágrafo único do art. 22 há expressa previsão permitindo a transferência do Poder Legislativo da União para os Estados, desde que regulamentado por meio de lei complementar. COMPETÊNCIA LEGISLATIVA: B) Competência Concorrente: Quanto à competência concorrente, diferentemente da comum, ela pressupõe uma relação hierárquica, vertical. NORMAS GERAIS → UNIÃO →ESTADOS→ suplementar ➔ MUNICÍPIOS ➔ especificar De acordo com o art. 24 da CF, para determinadas matérias, a União cria normas gerais, ao passo que os Estados só podem complementar o que já foi anteriormente disciplinado pelo Governo Federal. Os Municípios detêm um poder ainda menor, já que, de acordo com o art. 30, podem suplementar a legislação federal e a estadual, no que couber, sobre assuntos de interesse local. Art. 24. (...) I – direito tributário, financeiro, penitenciário,econômico e urbanístico; (...) VI – florestas, caça, pesca, fauna, conservação da natureza, defesa do solo e dos recursos naturais, proteção do meio ambiente e controle da poluição; VII – proteção ao patrimônio histórico, cultural, artístico, turístico e paisagístico; e VIII – responsabilidade por dano ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico. - §§ 3º e 4º do art. 24, inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados poderão exercer a competência legislativa plena, para atender a suas peculiaridades, sendo que, com a superveniência de lei federal sobre normas gerais, as estaduais ficarão com sua eficácia suspensa, no que lhe for contrário. INFORMATIVOS DE JURISPRUDÊNCIA 1- Informativo 937: “A legislação impugnada dispõe sobre a pesca semiprofissional ou esportiva. O colegiado esclareceu que se trata de hipótese de competência legislativa concorrente e, portanto, cabem à União as normas gerais; e ao estado-membro, as normas complementares. No entanto, a unidade federativa desrespeitou a distribuição de competência e usurpou competência geral; 2- Informativo 916: “O legislador tocantinense, ao conferir às Áreas de Proteção Ambiental (APP’s) proteção deficitária em comparação ao regramento nacional (Código Florestal), extrapolou os limites da competência suplementar, decorrente da competência concorrente entre União e Estados (CF, art. 24, caput, VI, § 2º). O colegiado reconheceu, ainda, a inconstitucionalidade material”. 3- Informativo 874: “Isso significa, também, não se admitir que a legislação estadual possa adentrar a competência da União e disciplinar a matéria de forma contrária à norma geral federal. No caso, a Lei 9.055/1995 admite, de modo restrito, o uso do amianto, de modo que a legislação local não poderia, em tese, proibi-lo totalmente. Porém, no momento atual, a legislação nacional sobre o tema não mais se compatibiliza com a Constituição, razão pela qual os Estados-Membros passaram a ter competência legislativa plena sobre a matéria até que sobrevenha eventual nova lei federal”. POLÍTICA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE – PNMA Lei nº 6938-81 Princípios: - I - ação governamental na manutenção do equilíbrio ecológico, considerando o meio ambiente como um patrimônio público a ser necessariamente assegurado e protegido, tendo em vista o uso coletivo; - II - racionalização do uso do solo, do subsolo, da água e do ar; - Ill - planejamento e fiscalização do uso dos recursos ambientais; - IV - proteção dos ecossistemas, com a preservação de áreas representativas; - V - controle e zoneamento das atividades potencial ou efetivamente poluidoras; - VI - incentivos ao estudo e à pesquisa de tecnologias orientadas para o uso racional e a proteção dos recursos ambientais; - VII - acompanhamento do estado da qualidade ambiental; - VIII - recuperação de áreas degradadas; - IX - proteção de áreas ameaçadas de degradação; - X - educação ambiental a todos os níveis de ensino, inclusive a educação da comunidade, objetivando capacitá-la para participação ativa na defesa do meio ambiente Conceitos: - Meio ambiente: o conjunto de condições, leis, influências e interações de ordem física, química e biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas; - Degradação da qualidade ambiental: a alteração adversa das características do meio ambiente; - Poluição: a degradação da qualidade ambiental resultante de atividades que direta ou indiretamente: - a) prejudiquem a saúde, a segurança e o bem-estar da população; - b) criem condições adversas às atividades sociais e econômicas; - c) afetem desfavoravelmente a biota; - d) afetem as condições estéticas ou sanitárias do meio ambiente. - e) lancem matérias ou energia em desacordo com os padrões ambientais estabelecidos; - Poluidor: a pessoa física ou jurídica, de direito público ou privado, responsável, direta ou indiretamente, por atividade causadora de degradação ambiental - Recursos ambientais: a atmosfera, as águas interiores, superficiais e subterrâneas, os estuários, o mar territorial, o solo, o subsolo, os elementos da biosfera, da fauna e da flora. (essa lista não é exaustiva) SISNAMA – SISTEMA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE - Artigos 6º - 8º da Lei 6.938/81 Em cumprimento ao disposto no art. 23, VI, da CF, que determina que a competência para a proteção do meio ambiente é comum entre todos os entes políticos, o art. 6º da PNMA institui órgãos que, juntos, formam o chamado Sistema Nacional do Meio Ambiente. Art. 6º - Os órgãos e entidades da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios, bem como as fundações instituídas pelo Poder Público, responsáveis pela proteção e melhoria da qualidade ambiental, constituirão o Sistema Nacional do Meio Ambiente - SISNAMA, assim estruturado: 1) ÓRGÃO SUPERIOR: o Conselho de Governo, com a função de assessorar o Presidente da República na formulação da política nacional e nas diretrizes governamentais para o meio ambiente e os recursos ambientais. 09 DE ABRIL DE 2021 2) ÓRGÃO CONSULTIVO E DELIBERATIVO: o Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), com a finalidade de assessorar, estudar e propor ao Conselho de Governo, diretrizes de políticas governamentais para o meio ambiente e os recursos naturais e deliberar, no âmbito de sua competência, sobre normas e padrões compatíveis com o meio ambiente ecologicamente equilibrado e essencial à sadia qualidade de vida; O CONAMA: • O regimento interno atual do Conama é regulamentado pela Portaria nº 630/2019. De acordo com o seu art. 2º, o órgão tem a seguinte estrutura: o Plenário, o Comitê de Integração de Políticas Ambientais – Cipam, as câmaras técnicas – CTs, os grupos de trabalho – GTs e os grupos de assesores – GAs. O Ministério Público Federal poderá se fazer representar por um titular e por um suplente, que participam do Plenário, na qualidade de membros convidados, sem direito a voto. O CONAMA: O Plenário se reúne sempre em sessão pública, em caráter ordinário, a cada três meses, no Distrito Federal e, excepcionalmente, quando convocado pelo Presidente, por iniciativa própria ou a requerimento de pelo menos dois terços de seus membros. A votação é feita por maioria simples dos membros com direito a voto, cabendo ao Presidente o voto de qualidade. Vale ressaltar que a participação dos membros do Conama é considerada serviço público de natureza relevante, não remunerada, cabendo aos órgãos e às entidades que integram o Plenário o custeio das despesas de deslocamento e estada de seus conselheiros. Até o ano de 2015, funcionou nos quadros do Conama a chamada Câmara Especial Recursal – CER, cuja função era examinar e julgar, como última instância administrativa, os recursos interpostos em face de autos de infração lavrados pelo IBAMA. Tal competência encontrava previsão no art. 8º, III, da PNMA, que foi revogado pela Lei nº 11.941/2009. Em que pese subsistir, ainda, o art. 130 no Decreto nº 6.514/2008, a verdade é que, atualmente, os autos de infração passam, apenas, por duas instâncias recursais. Conforme previsão contida no art. 8º da PNMA, o Conama tem competência para: I – estabelecer, mediante proposta do IBAMA, normas e critérios para o licenciamento de atividades efetiva ou potencialmente poluidoras, a ser concedido pelos Estados e supervisionado pelo IBAMA; II – determinar, quando julgar necessário, a realização de estudos das alternativas e das possíveis consequências ambientais de projetos públicos ou privados, requisitando aos órgãos federais, estaduais e municipais, bem assim a entidades privadas, as informações indispensáveis para apreciação dos estudos de impacto ambiental, e respectivos relatórios,no caso de obras ou atividades de significativa degradação ambiental, especialmente nas áreas consideradas patrimônio nacional; V – determinar, mediante representação do IBAMA, a perda ou restrição de benefícios fiscais concedidos pelo Poder Público, em caráter geral ou condicional, e a perda ou suspensão de participação em linhas de financiamento em estabelecimentos oficiais de crédito; VI – estabelecer, privativamente, normas e padrões nacionais de controle da poluição por veículos automotores, aeronaves e embarcações, mediante audiência dos Ministérios competentes; VII – estabelecer normas, critérios e padrões relativos ao controle e à manutenção da qualidade do meio ambiente com vistas ao uso racional dos recursos ambientais, principalmente hídricos. Dentre suas atribuições, a publicação de resoluções se mostra de grande relevância para o ordenamento jurídico ambiental. Elas permitem a inclusão de critérios técnicos na ordem jurídica, apontando padrões, critérios e normas para a melhoria da qualidade ambiental. De acordo com o STJ, as Resoluções são normas gerais que devem ser respeitadas pelas normas estaduais e municipais, nos termos do art. 24 VI, §§ 1º e 4º, da CF (REsp 194.617/PR). O art. 6º, § 1º, da PNMA aponta que o caráter de norma geral das Resoluções Conama vincula os Estados e os Municípios no que tange à criação de normas supletivas e complementares que definam padrões relacionados com o meio ambiente. *Resoluções CONAMA x Constitucionalidade “RECURSO ESPECIAL. PEDIDO DE REGISTRO DE LOTEAMENTO ÀS MARGENS DE HIDRELÉTRICA. AUTORIZAÇÃO DA MUNICIPALIDADE. IMPUGNAÇÃO OFERECIDA PELO MINISTÉRIO PÚBLICO. ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL. RESOLUÇÃO N. 4/85-CONAMA. INTERESSE NACIONAL. SUPERIORIDADE DAS NORMAS FEDERAIS. No que tange à proteção ao meio ambiente, não se pode dizer que há predominância do interesse do Município. Pelo contrário, é escusado afirmar que o interesse à proteção ao meio ambiente é de todos e de cada um dos habitantes do país e, certamente, de todo o mundo. Possui o CONAMA autorização legal para editar resoluções que visem à proteção das reservas ecológicas, entendidas como as áreas de preservação permanentes existentes às margens dos lagos formados por hidrelétricas. Consistem elas normas de caráter geral, às quais devem estar vinculadas as normas estaduais e municipais, nos termos do artigo 24, inciso VI e §§ 1º e 4º, da Constituição Federal e do artigo 6º, incisos IV e V, e §§ 1º e 2º, da Lei n. 6.938/81. Uma vez concedida a autorização em desobediência às determinações legais, tal ato é passível de anulação pelo Judiciário e pela própria Administração Pública, porque dele não se originam direitos. (...)" (art.3º, inciso V). Recurso especial provido.” (REsp 194.617/PR, Rel. Ministro FRANCIULLI NETTO, SEGUNDA TURMA, julgado em 16.04.2002, DJ 01.07.2002 p. 278) . ATENÇÃO: O reconhecimento das resoluções como normas gerais pelo STJ não lhes confere caráter legal capaz de autorizar a interposiçao de recurso especial, com fundamento no art. 105, III, a, da CF. Vejamos: (...) Ademais, apesar de terem sido invocados dispositivos legais, o ponto central da controvérsia levantado pelo insurgente fundamenta-se em portarias e normas regulamentadoras. No entanto, esclareço que o apelo nobre não constitui via adequada para análise de ofensa a resoluções, portarias ou instruções normativas, por não estarem tais atos normativos compreendidos na expressão “lei federal”, constante da alínea “a” do inciso III do artigo 105 da Constituição Federal (STJ – REsp 1.613.147). 3) ÓRGÃO CENTRAL: - a Secretaria do Meio Ambiente da Presidência da República (Ministério do Meio Ambiente), com a finalidade de planejar, coordenar, supervisionar e controlar, como órgão federal, a política nacional e as diretrizes governamentais fixadas para o meio ambiente. Em 1992, por meio da Lei nº 8.490, é que o Ministério do Meio Ambiente (MMA) foi concebido como conhecemos hoje. É certo que ao longo dos anos sua denominação sofreu alterações: em 1993, foi chamado de Ministério do Meio Ambiente e da Amazônia Legal; em 1995, foi chamado de Ministério do Meio Ambiente, dos Recursos Hídricos e da Amazônia Legal; e, em 1999, voltou ao nome orginal, que persiste até os dias de hoje. Atuando como órgão central do Sisnama, o MMA, que teve sua estrutura regimental aprovada em 2 de janeiro de 2019 por meio do Decreto nº 9.672, tem a função de planejar, coordenar, supervisionar e controlar, como órgão federal, a política nacional e as diretrizes governamentais fixadas para o meio ambiente. 4) ÓRGÃOS EXECUTORES: o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis - IBAMA e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade - Instituto Chico Mendes, com a finalidade de executar e fazer executar a política e as diretrizes governamentais fixadas para o meio ambiente, de acordo com as respectivas competências; Criado em 22 de fevereiro de 1989, por meio da Lei nº 7.735, o Ibama é uma autarquia federal dotada de personalidade jurídica de direito público, com autonomia administrativa e financeira e vinculação ao Ministério do Meio Ambiente. De acordo com a referida norma, tem como principais atribuições o exercício de poder de polícia ambiental, a execução das políticas nacionais de meio ambiente (relativas ao licenciamento, ao controle da qualidade ambiental, à autorização de uso dos recursos naturais e à fiscalização e controle ambientais) e a execução de ações supletivas. No plano federal, tem-se, ainda, o Instituto Chico Mendes (ICM-Bio). Criado em 28 de agosto de 2007, por meio da Lei nº 11.516, a autarquia federal – que, assim como o Ibama, é dotada de personalidade jurídica de direito público, possui autonomia administrativa e financeira e é vinculada ao MMA – tem a função de: Art. 1º (...) I – executar ações da política nacional de unidades de conservação da natureza, referentes às atribuições federais relativas à proposição, implantação, gestão, proteção, fiscalização e monitoramento das unidades de conservação instituídas pela União; II – executar as políticas relativas ao uso sustentável dos recursos naturais renováveis e ao apoio ao extrativismo e às populações tradicionais nas unidades de conservação de uso sustentável instituídas pela União; III – fomentar e executar programas de pesquisa, proteção, preservação e conservação da biodiversidade e de educação ambiental; IV – exercer o poder de polícia ambiental para a proteção das unidades de conservação instituídas pela União; e V – promover e executar, em articulação com os demais órgãos e entidades envolvidos, programas recreacionais, de uso público e de ecoturismo nas unidades de conservação, onde estas atividades sejam permitidas. Percebe-se que as atribuições do ICM-Bio não se confundem com aquelas relativas ao Ibama. Isso porque aquele órgão atua, especificamente, no controle e fiscalização das denominadas unidades de conservação criadas pela Lei nº 9.985/2000. Em que pese essa competência especial, vale ressaltar que ela não exclui o poder de polícia do Ibama para fiscalização das unidades de conservação como órgão supletivo. 5) ÓRGÃOS SECCIONAIS: os órgãos ou entidades estaduais responsáveis pela execução de programas, projetos e pelo controle e fiscalização de atividades capazes de provocar a degradação ambiental; Exemplos: CETESB (SP), FEPAM (RS), IMA (SC), IAP (PR), IEA (RJ), IEMA (ES), SEMAD (MG), SEMA (MT), Imasul (MS), Naturatins (TO), INEMA (BA), IBRAM (DF), IPAAM (AM), IMAC (AC), SEDAM (RO), FEMARH (RR), SEMAS (PA), SEMARH (SE), IMA (AL), IDEMA (RN), SEMA (MA), SEMAR (PI), IMAP (AP), CPRH (PE), SEMACE (CE), SUDEMA (PB) e SEMAD (GO). 6) ÓRGÃOS LOCAIS: os órgãos ou entidades municipais, responsáveis pelo controle e fiscalização dessasatividades, nas suas respectivas jurisdições. INSTRUMENTOS DA PNMA – art. 9º da Lei 9.938-81 - O estabelecimento de padrões de qualidade ambiental: Compete ao Conama a publicação dos padrões de qualidade ambiental por meio das suas resoluções. Pela lista apresentada no capítulo anterior, foi possível perceber que estão em vigor padrões relativos à qualidade do ar, das águas, do solo e dos ruídos. De acordo com o STJ, o estabelecimento de critérios e padrões de qualidade ambiental deve ser expresso em “termos claros, em que se estabeleça um tipo seguro, a ser observado pelo destinatário da norma”; além disso, apontou para a importância de fixação de unidades de medida “através da qual, se tenha segurança de que os limites de emissões de odores foram respeitados” (STJ – REsp 399.355/SP, j. 11-11-2003). 16 de abril de 2021 - O zoneamento ambiental: Zonear significa ordenar o desenvolvimento do território. Sob o aspecto ambiental, o art. 2º do Decreto nº 4.297/2002 aponta que o zoneamento deve ser obrigatoriamente respeitado pelo Poder Público, para a implantação de planos, obras e atividades públicas e privadas. O zoneamento divide o território em zonas, de acordo com as necessidades de proteção, conservação e recuperação dos recursos naturais e do desenvolvimento sustentável. Também chamado de Zoneamento Ecológico Econômico – ZEE, o zoneamento tem por objetivo organizar as decisões dos agentes públicos e privados “quanto a planos, programas, projetos e atividades que, direta ou indiretamente, utilizem recursos naturais, assegurando a plena manutenção do capital e dos serviços ambientais dos ecossistemas” (art. 3º). A competência para a elaboração do ZEE nacional ou regional é de competência do Poder Público Federal, “quando tiver por objeto biomas brasileiros ou territórios abrangidos por planos e projetos prioritários estabelecidos pelo Governo Federal” (art. 6º do Decreto nº 4.297/2002). O processo de elaboração e implementação do ZEE deve respeitar as seguintes diretrizes, dispostas nos incisos I a III do art. 4º do Decreto nº 4.297/2002: Art. 4º (...) I – buscará a sustentabilidade ecológica, econômica e social, com vistas a compatibilizar o crescimento econômico e a proteção dos recursos naturais, em favor das presentes e futuras gerações, em decorrência do reconhecimento de valor intrínseco à biodiversidade e a seus componentes; II – contará com ampla participação democrática, compartilhando suas ações e responsabilidades entre os diferentes níveis da administração pública e da sociedade civil; e III – valorizará o conhecimento científico multidisciplinar. - Avaliações de Impacto Ambiental e Licenciamento Estudaremos adiante em outra aula. - Os incentivos à produção e instalação de equipamentos e a criação ou absorção de tecnologia, voltados para a melhoria da qualidade ambiental: Os instrumentos tributários podem ser utilizados de forma a garantir o desenvolvimento e o aprimoramento de práticas que insiram melhores práticas ambientais. - A criação de espaços territoriais especialmente protegidos pelo Poder Público federal, estadual e municipal, tais como áreas de proteção ambiental, de relevante interesse ecológico e reservas extrativistas: Já estudamos esses instrumentos em aulas anteriores - Sistema nacional de informações sobre o meio ambiente (Sinima): De acordo com o Ministério do Meio Ambiente, o Sinima é uma plataforma conceitual que integra e compartilha informações entre os diversos sistemas existentes. Em suas palavras, (...) o SINIMA, portanto, é o instrumento responsável pela organização, integração, compartilhamento e disponibilização das informações ambientais, de modo a disponibilizar informações ambientais no âmbito do Sistema Nacional do Meio Ambiente (Sisnama) . - Cadastro Técnico Federal de Atividades e Instrumentos de Defesa Ambiental: Trata-se de um instrumento administrado pelo Ibama e regulamentado pela Resolução Conama nº 01/88 e pelas Instruções Normativas Ibama nº 31/09 e nº 10/13. - Penalidades disciplinares ou compensatórias ao não cumprimento das medidas necessárias à preservação ou correção da degradação ambiental: Por meio deste instrumento, a PNMA prevê medidas de cunho repressivo para penalizar aquele que causa dano ao meio ambiente. As infrações administrativas, atualmente, encontramse previstas no Decreto nº 6.514/2008, ao passo que os crimes ambientais se encontram na Lei nº 9.605/1998. - Instituição do Relatório de Qualidade do Meio Ambiente, a ser divulgado anualmente pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis – IBAMA: Trata-se de um documento que deveria ser publicado, anualmente, pelo Ibama, apontando um panorama sobre o estado da qualidade ambiental no Brasil, sintetizando informações ambientais para a gestão dos recursos naturais e dos ecossistemas. O primeiro e último RQMA foi apresentado em 2013 e trouxe dados sobre atmosfera, água, terra, biodiversidade, florestas, ambiente costeiro e marinho e ambiente urbano. - Garantia da prestação de informações relativas ao meio ambiente, obrigando-se o Poder Público a produzi-las, quando inexistentes: Nos termos do art. 5º, XIV, da CF, o acesso às informações é assegurado a toda a população, resguardado o sigilo da fonte, quando necessário ao exercício profissional. Tal instrumento deve ser aplicado em conjunto com o Sinima. Além de garantia interna, no âmbito internacional, o direito à informação foi também objeto de tratados internacionais – vide o Princípio 10 da Declaração do Rio e a redação da Agenda 21. Em 2003, foi publicada a Lei nº 10.650, que dispõe sobre o acesso público aos dados e informações ambientais existentes nos órgãos e entidades integrantes do Sistema Nacional do Meio Ambiente – Sisnama. De acordo com a referida norma, os órgãos e entidades da Administração Pública, direta, indireta e fundacional, integrantes do Sisnama, são obrigados a permitir o acesso público aos documentos, expedientes e processos administrativos que tratem de matéria ambiental e fornecer todas as informações ambientais que estejam sob sua guarda, em meio escrito, visual, sonoro ou eletrônico. - Cadastro Técnico Federal de atividades potencialmente poluidoras e/ou utilizadoras dos recursos ambientais: De acordo com a Instrução Normativa Ibama nº 06/13, são obrigadas a se inscrever no CTF/APP as pessoas físicas e jurídicas que se dediquem, isolada ou cumulativamente, às seguintes atividades: I – atividades potencialmente poluidoras e utilizadoras de recursos ambientais que estejam descritas no Anexo I da IN nº 06/13; II – extração, produção, transporte e comercialização de produtos potencialmente perigosos ao meio ambiente; III – extração, produção, transporte e comercialização de produtos e subprodutos da fauna e flora. A inscrição no CTF/APP dessas pessoas físicas e jurídicas é condição indispensável para que consigam acessar os serviços prestados pelo Ibama. Como a inscrição é auto declaratória, a IN nº 06/13 aponta que a declaração de atividades que constem do objeto social ou da inscrição no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas – CNPJ não desobriga a pessoa jurídica de declarar outras atividades potencialmente poluidoras e utilizadoras de recursos ambientais que estejam relacionadas em seu Anexo I e que sejam exercidas pelo estabelecimento. O cadastro no CTF/APP é realizado conforme as seguintes etapas: a inscrição, modificação dos dados de identificação, de atividades e de portes e a modificação da situação cadastral da pessoa inscrita. Quando exigível e na forma de Instruções Normativas do Ibama, a inscrição no CTF/APP não desobriga a pessoa inscrita: I – da inscrição no Cadastro Técnico Federal de Instrumentos de Defesa Ambiental; II – da entrega de relatórios anuais; III –do cumprimento de obrigações tributárias, principais e acessórias; IV – da inscrição em outros cadastros, de declarações e relatórios previstos em legislação ambiental específica. - Instrumentos econômicos, como concessão florestal, servidão ambiental, seguro ambiental e outros: Diferentemente dos anteriores, que são técnicos, o inciso XIII prevê a criação de instrumentos econômicos que possam servir para incentivar condutas protetivas. Em um cenário de constante evolução da educação ambiental, com o surgimento de pessoas cada vez mais preocupadas com a qualidade do meio ambiente, a figura do protetor vem ganhando relevo. LICENCIAMENTO AMBIENTAL - Conceito e natureza jurídica: (Artigo 1º, I da Res. CONAMA 237/97) Procedimento administrativo pelo qual o órgão ambiental competente licencia a localização, instalação, ampliação e a operação de empreendimentos e atividades utilizadoras de recursos ambientais , consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras ou daquelas que, sob qualquer forma, possam causar degradação ambiental, considerando as disposições legais e regulamentares e as normas técnicas aplicáveis ao caso. - Etapas: I - Definição pelo órgão ambiental competente, com a participação do empreendedor, dos documentos, projetos e estudos ambientais, necessários ao início do processo de licenciamento correspondente à licença a ser requerida; II - Requerimento da licença ambiental pelo empreendedor, acompanhado dos documentos, projetos e estudos ambientais pertinentes, dando-se a devida publicidade; III - Análise pelo órgão ambiental competente, integrante do SISNAMA , dos documentos, projetos e estudos ambientais apresentados e a realização de vistorias técnicas, quando necessárias; IV - Solicitação de esclarecimentos e complementações pelo órgão ambiental competente, integrante do SISNAMA, uma única vez, em decorrência da análise dos documentos, projetos e estudos ambientais apresentados, quando couber, podendo haver a reiteração da mesma solicitação caso os esclarecimentos e complementações não tenham sido satisfatórios; Escolha do órgão Competente → organização dos documentos → apresentação do requerimento → 1ª análise Solicitação de esclarecimentos → Apresentação dos esclarecimentos → Emissão do parecer técnico jurídico conclusivo → Expedição da licença Licença Prévia → Licença de instalação → Licença de operação Até 5 anos até 6 anos de 4 a 10 anos A renovação da Licença de Operação (LO) de uma atividade ou empreendimento deverá ser requerida com antecedência mínima de 120 (cento e vinte) dias da expiração de seu prazo de validade, fixado na respectiva licença, ficando este automaticamente prorrogado até a manifestação definitiva do órgão ambiental competente. - Tipos: Licença Prévia (LP) - concedida na fase preliminar do planejamento do empreendimento ou atividade aprovando sua localização e concepção, atestando a viabilidade ambiental e estabelecendo os requisitos básicos e condicionantes a serem atendidos nas próximas fases de sua implementação; Licença de Instalação (LI) - autoriza a instalação do empreendimento ou atividade de acordo com as especificações constantes dos planos, programas e projetos aprovados, incluindo as medidas de controle ambiental e demais condicionantes, da qual constituem motivo determinante; Licença de Operação (LO) - autoriza a operação da atividade ou empreendimento, após a verificação do efetivo cumprimento do que consta das licenças anteriores, com as medidas de controle ambiental e condicionantes determinados para a operação. - Prazos: Órgão Ambiental - prazo máximo de 6 (seis) meses a contar do ato de protocolar o requerimento até seu deferimento ou indeferimento, ressalvados os casos em que houver EIA/RIMA e/ou audiência pública, quando o prazo será de até 12 (doze) meses. Requerente - deverá atender à solicitação de esclarecimentos e complementações, formuladas pelo órgão ambiental competente, dentro do prazo máximo de 4 (quatro) meses, a contar do recebimento da respectiva notificação. - Não cumprimento dos prazos: Órgão Ambiental - O não cumprimento dos prazos estipulados, sujeitará o licenciamento à ação do órgão que detenha competência para atuar supletivamente e o empreendedor ao arquivamento de seu pedido de licença. Requerente - O arquivamento do processo de licenciamento não impedirá a apresentação de novo requerimento de licença, que deverá obedecer aos procedimentos estabelecidos no artigo 10, mediante novo pagamento de custo de análise. - Não cumprimento dos prazos: Cuidado: A contagem do prazo será suspensa durante a elaboração dos estudos ambientais complementares ou preparação de esclarecimentos pelo empreendedor. Os prazos estipulados poderão ser alterados, desde que justificados e com a concordância do empreendedor e do órgão ambiental competente. - Obrigatoriedade do licenciamento: Art. 10 - PNMA. A construção, instalação, ampliação e funcionamento de estabelecimentos e atividades utilizadores de recursos ambientais, efetiva ou potencialmente poluidores ou capazes, sob qualquer forma, de causar degradação ambiental dependerão de prévio licenciamento ambiental. - Obrigatoriedade do licenciamento: Estarão sujeitas ao licenciamento, de acordo com o artigo 2º da Resolução CONAMA 237/97, as atividades relacionadas no anexo I da citada Resolução, que traz um rol NÃO taxativo, pois o ente ambiental poderá complementa-lo, fundamentando a necessidade, conforme as especificidades, os riscos ambientais, o porte e outras características do empreendimento ou atividade. - Publicação: Art. 10 - PNMA. § 1o Os pedidos de licenciamento, sua renovação e a respectiva concessão serão publicados no jornal oficial, bem como em periódico regional ou local de grande circulação, ou em meio eletrônico de comunicação mantido pelo órgão ambiental competente. - Competência: Constituição Federal - Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios: VI - proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas; LC 140/11 - Art. 7o São ações administrativas da União: XIV - promover o licenciamento ambiental de empreendimentos e atividades: a) localizados ou desenvolvidos conjuntamente no Brasil e em país limítrofe; b) localizados ou desenvolvidos no mar territorial, na plataforma continental ou na zona econômica exclusiva; c) localizados ou desenvolvidos em terras indígenas; d) localizados ou desenvolvidos em unidades de conservação instituídas pela União, exceto em Áreas de Proteção Ambiental (APAs); e) localizados ou desenvolvidos em 2 (dois) ou mais Estados; f) de caráter militar, excetuando-se do licenciamento ambiental, nos termos de ato do Poder Executivo, aqueles previstos no preparo e emprego das Forças Armadas, conforme disposto na Lei Complementar no 97, de 9 de junho de 1999; g) destinados a pesquisar, lavrar, produzir, beneficiar, transportar, armazenar e dispor material radioativo, em qualquer estágio, ou que utilizem energia nuclear em qualquer de suas formas e aplicações, mediante parecer da Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen); ou h) que atendam tipologia estabelecida por ato do Poder Executivo, a partir de proposição da Comissão Tripartite Nacional, assegurada a participação de um membro do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), e considerados os critérios de porte, potencial poluidor e natureza da atividade ou empreendimento; (transforma esse rol em um rol meramente exemplificativo, porque pode ser ampliado) Art. 8o São ações administrativas dos Estados: XIV - promover o licenciamento ambiental de atividades ou empreendimentos utilizadores de recursos ambientais, efetiva ou potencialmentepoluidores ou capazes, sob qualquer forma, de causar degradação ambiental, ressalvado o disposto nos arts. 7o e 9o; - competência residual XV - promover o licenciamento ambiental de atividades ou empreendimentos localizados ou desenvolvidos em unidades de conservação instituídas pelo Estado, exceto em Áreas de Proteção Ambiental (APAs); Art. 9o São ações administrativas dos Municípios: XIV - observadas as atribuições dos demais entes federativos previstas nesta Lei Complementar, promover o licenciamento ambiental das atividades ou empreendimentos: a) que causem ou possam causar impacto ambiental de âmbito local, conforme tipologia definida pelos respectivos Conselhos Estaduais de Meio Ambiente, considerados os critérios de porte, potencial poluidor e natureza da atividade; ou b) localizados em unidades de conservação instituídas pelo Município, exceto em Áreas de Proteção Ambiental (APAs); Art. 17. Compete ao órgão responsável pelo licenciamento ou autorização, conforme o caso, de um empreendimento ou atividade, lavrar auto de infração ambiental e instaurar processo administrativo para a apuração de infrações à legislação ambiental cometidas pelo empreendimento ou atividade licenciada ou autorizada. § 1o Qualquer pessoa legalmente identificada, ao constatar infração ambiental decorrente de empreendimento ou atividade utilizadores de recursos ambientais, efetiva ou potencialmente poluidores, pode dirigir representação ao órgão a que se refere o caput, para efeito do exercício de seu poder de polícia. § 2o Nos casos de iminência ou ocorrência de degradação da qualidade ambiental, o ente federativo que tiver conhecimento do fato deverá determinar medidas para evitá-la, fazer cessá-la ou mitigá-la, comunicando imediatamente ao órgão competente para as providências cabíveis. § 3o O disposto no caput deste artigo não impede o exercício pelos entes federativos da atribuição comum de fiscalização da conformidade de empreendimentos e atividades efetiva ou potencialmente poluidores ou utilizadores de recursos naturais com a legislação ambiental em vigor, prevalecendo o auto de infração ambiental lavrado por órgão que detenha a atribuição de licenciamento ou autorização a que se refere o caput. - Competência: Os empreendimentos e atividades serão licenciados em um único nível de competência apenas. Avaliações de Impacto Ambiental (AIA): - EIA/RIMA: Trata-se de uma avaliação de impacto ambiental, que deve ser apresentada ao órgão competente, com vistas a subsidiar a análise do pedido de licença ambiental apresentado pelo empreendedor de atividade de SIGNIFICATIVO impacto ao meio ambiente. - EIA/RIMA: Art. 225 - §1º, IV, CRFB/88: “IV - exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou atividade potencialmente causadora de significativa degradação do meio ambiente, estudo prévio de impacto ambiental, a que se dará publicidade”. REQUE→ LIC. PRÉVIA→ LIC. DE INSTAL→ LIC DE OPERAÇÃO Prazo até 5 Prazo até 6 anos Prazo de 4 a 10 anos EIA – RIMA Audienc. Púb. - Desenhar o procedimento do EIA-RIMA Avaliações de Impacto Ambiental (AIA): - EIA/RIMA: Regulamento: Resolução CONAMA 01/86 • Custos – Empreendedor • Equipe – Multidisciplinar • Audiências públicas: “Art. 11 – §2º Ao determinar a execução do estudo de impacto ambiental e apresentação do RIMA, o órgão estadual competente ou a SEMA ou, quando couber o Município, determinará o prazo para recebimento dos comentários a serem feitos pelos órgãos públicos e demais interessados e, sempre que julgar necessário, promoverá a realização de audiência pública para informação sobre o projeto e seus impactos ambientais e discussão do RIMA”. • Audiências públicas: Resolução CONAMA 09/87 Art. 2º. Sempre que julgar necessário, ou quando for solicitado por entidade civil, pelo Ministério Público, ou por 50 (cinquenta) ou mais cidadãos, o Órgão de Meio Ambiente promoverá a realização de audiência pública. Procedimento: Órgão de Meio Ambiente, a partir da data do recebimento do RIMA, fixará em edital e anunciará pela imprensa local a abertura do prazo que será no mínimo de 45 dias para solicitação de audiência pública. Após este prazo, a convocação será feita pelo Órgão licenciador, através de correspondência registrada aos solicitantes e da divulgação em órgãos da imprensa local. A audiência pública deverá ocorrer em local acessível aos interessados. A audiência pública será dirigida pelo representante do Órgão licenciador que, após a exposição objetiva do projeto e do seu respectivo RIMA, abrirá as discussões com os interessados presentes. Ao final de cada audiência pública será lavrada uma ata sucinta. Serão anexadas à ata, todos os documentos escritos e assinados que forem entregues ao presidente dos trabalhos durante a seção. Advertências: No caso de haver solicitação de audiência pública e na hipótese do Órgão Estadual não realizá-la, a licença concedida não terá validade; Em função da localização geográfica dos solicitantes, e da complexidade do tema, poderá haver mais de uma audiência pública sobre o mesmo projeto de respectivo Relatório de Impacto Ambiental - RIMA. • RIMA: Advertências: Artigo 9º - O relatório de impacto ambiental - RIMA refletirá as conclusões do estudo de impacto ambiental (...) Parágrafo único - O RIMA deve ser apresentado de forma objetiva e adequada a sua compreensão. As informações devem ser traduzidas em linguagem acessível, ilustradas por mapas, cartas, quadros, gráficos e demais técnicas de comunicação visual, de modo que se possam entender as vantagens e desvantagens do projeto, bem como todas as consequências ambientais de sua 38 implementação 1. Potencial Poluidor e Utilizador de Recursos Naturais (PPGU). Valores da TCFA - Anexo IX da Lei Federal nº 6.938/1981 Atualizado pela Lei 13.196, de 01/12/2015 A partir do 4º trimestre de 2015 Porte PPGU Pessoa Física Microempresa Empresa de Pequeno Porte Empresa de Médio Porte Empresa de Grande Porte Pequeno Isento Isento R$ 289,84 R$ 579,67 R$ 1.159,35 Médio R$ 463,74 R$ 927,48 R$ 2.318,69 Alto R$ 128,80 R$ 579,67 R$ 1.159,35 R$ 5.796,73 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13196.htm
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