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* CURSO MODULAR: Avaliação e Prescrição de Exercício em Populações com Risco Cardiovascular Profa. Dra. Cláudia Forjaz cforjaz@usp.br São Paulo 2015 DOENÇAS CARDIOVASCULARES * DCNT - MUNDO (ALWAN et al, 2010) * BRASIL 72% das causas de morte (Who, 2011) 540 óbitos / 100 mil hab. em 2007 (Ministério da saúde, 2011) * CAUSAS DE MORTE NO BRASIL Ministério da Saúde – IDB2009 * BRASIL – DCNTs Plano de Ações Estratégicas para o Enfrentamento das Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) “O Brasil está intensificando o combate aos fatores de risco das DCNT - tabagismo, o uso abusivo de álcool, a inatividade física e a alimentação não saudável” – Presidenta Dilma, Setembro 2011 Medidas a serem adotadas nos próximos dez anos. O objetivo é, até 2022, reduzir em 2% a taxa de mortes prematuras – antes dos 70 anos. * DOENÇAS CARDIOVASCULARES Doenças ateroscleróticas DAC – doença da artéria coronária DAOP – doença arterial obstrutiva periférica AVC – acidente vascular cerebral Doenças valvares Doenças ritmo cardíaco Doenças do miocárdio * RISCO E BENEFÍCIO DO EXERCÍCIO FÍSICO NA DOENÇA DA ARTERIAL CORONÁRIA Profa. Dra. Cláudia Forjaz cforjaz@usp.br São Paulo 2015 * CASO RGV, 72 anos, masculino, casado, aposentado, natural de São Caetano. Procurou professor de educação física para reabilitação cardíaca. Há 8 meses sofreu um infarto do miocárdio. Precisou ser ressuscitado. Por 6 dias ficou internado na UCO e por mais três semanas no quarto. Quarenta dias após a alta, fez cateterismo e colocou um stent. Está bem desde então. Nega dor precordial. Toma: Balcor (diltiazen) 30 mg três vezes/dia, Zocor (sinvastatina) 10 mg/dia, Somalgin Cardio (aspirina) 325 mg/dia e Prandin (repaglinida) 1 mg às refeições. Nega pressão alta. Tem o colesterol alto. Há dez anos é diabético. Fez teste ergométrico máximo sem uso de medicamento. FC rep = 85 bpm, PA rep = 128/84 mmHg. Atingiu 4 mph 10% com FC max = 140 bpm e PA Max = 210/90 mmHg. Teste foi positivo em 124 bpm, interrompido por desvio do segmento ST. Quer fazer hidroginástica. * QUAL A DOENÇA CARDÍACA PRESENTE ? POR QUE? * DOENÇA ARTERIAL CORONARIANA RGV, 72 anos, masculino, casado, aposentado, natural de São Caetano. Procurou professor de educação física para reabilitação cardíaca. Há 8 meses sofreu um infarto do miocárdio. Precisou ser ressuscitado. Por 6 dias ficou internado na UCO e por mais três semanas no quarto. Quarenta dias após a alta, fez cateterismo e colocou um stent. Está bem desde então. Nega dor precordial. Toma: Balcor (diltiazen) 30 mg três vezes/dia, Zocor (sinvastatina) 10 mg/dia, Somalgin Cardio (aspirina) 325 mg/dia e Prandin (repaglinida) 1 mg às refeições. Nega pressão alta. Tem o colesterol alto. Há dez anos é diabético. Fez teste ergométrico máximo sem uso de medicamento. FC rep = 85 bpm, PA rep = 128/84 mmHg. Atingiu 4 mph 10% com FC max = 140 bpm e PA Max = 210/90 mmHg. Teste foi positivo em 124 bpm, interrompido por desvio do segmento ST. * DOENÇA DA ARTÉRIA CORONÁRIA – DAC DOENÇA ISQUEMICA DO CORAÇÃO – DIC INSUFICIÊNCIA CORONARIANA - IC Obstrução Placa de Ateroma * ATEROSCLEROSE Doença multifatorial, caracterizada pela formação de placas de ateroma nas artérias, que reduzem o fluxo de sangue para as regiões distais à lesão, levando a diferentes manifestações como isquemia e infarto. * “CONTINUUM CARDIOVASCULAR” PROCESSO INICIAL Dzau VJ et al., Circulation, 2006. Tonkin AM e Chen L, Heart Lung Circ, 2009. FATORES DE RISCO PROCESSO INTERMEDIÁRIO PLACA DE ATEROMA LIMITAÇÕES/ALTERAÇÕES SINTOMAS PROCESSO FINAL MORTALIDADE CARDIOVASCULAR Hiatt WR et al., Circulation, 2008. * PROCESSO INICIAL FATORES DE RISCO * FATOR DE RISCO - CONCEITO: A definição de Fator de Risco combina a idéia de causa direta de determinada enfermidade com os conceitos de probabilidade, predição e prognóstico. Portanto são fatores que, quando presentes, aumentam a chance de uma determinada doença se desenvolver. * FATORES DE RISCO - NÃO CONTROLÁVEIS Sexo e Idade Homens > 45 anos Mulheres > 55 anos Hereditariedade (pai, mãe ou irmãos com DAC com – 60 anos) * SEXO/IDADE PROBABILIDADE EM 1000 DE MORRER DE DAC FATORES DE RISCO NÃO MODIFICÁVEIS * HEREDITARIEDADE Estudo de Framingham observou elevação de 30% no risco cardiovascular, em função da “herança genética”. FATORES DE RISCO NÃO MODIFICÁVEIS * FATORES DE RISCO CONTROLÁVEIS Colesterol (HDL > LDL) (>240 mg/dl) Triglicérides (>250 mg/dl) Obesidade (IMC > 30 kg/m2) Hipertensão (>140/90 mmHg) Diabetes (>126mg/dl) Fumo (no e tempo) Estresse (tipo A) Sedentarismo * Risco cardiovascular global. Risco DAC versus colesterol plasmático * LÍPIDES – Colesterol 0 0.5 1 1.5 2 2.5 3 3.5 LDL - 100 LDL - 160 LDL - 220 Taxa de Mortalidade HDL - 85 HDL - 55 HDL - 25 (Freitas e Costa, 1992) * Hypertension, 2000. RELAÇÃO ENTRE PA E DOENÇA CORONARIANA FATAL * OBESIDADE 0.0 0.5 1.0 1.5 2.0 2.5 3.0 3.5 4.0 4.5 <19.0 19.0 - 21.9 22.0 - 24.9 25.0 - 26.9 27.0 - 28.9 29.0 - 31.9 ³ 32 Manson et al. NEJM 1995. Doença cardiovascular Risco relativo IMC IMC < 18,5 abaixo do peso IMC 18,5 – 24,9 normal IMC 25 – 29,9 sobre-peso IMC 30 – 34,9 obeso classe I IMC 35 – 39,9 obeso classe II IMC 40 obeso classe III * DIABETES 0 10 20 30 40 50 60 70 0 Fator 1 Fator Morte Cardiovascular s/DM c/DM Braunwald et al., 2001 * FUMO - Principal fator causal evitável relacionado com doenças e mortalidade; - 1/3 dos indivíduos são fumantes; - 20% das mortes é devido ao tabaco; - 420 mil óbitos por ano nos EUA; - US$ 50 bilhões gasto com tratamentos, US$ 47 bilhões gasto de forma indireta; - 35% a 40% mortes por DCV são atribuídos ao fumo; - Risco 2.5 vezes maior de insuficiência cardíaca que os não fumantes; - Potencializa as ações de outros fatores de risco; * Circulation. 1997;96:1089-96 BENEFÍCIOS ASSOCIADOS À INTERRUPÇÃO DO VÍCIO IAM AVC * Estresse Personalidade Tipo A Doença da pressa - FAZER • Hostilidade • Dinamismo Excessivo • Busca sucesso e realização • Tensão em tudo • Reage intensamente Tipo B SER • Sociável • Aspectos Humano • Sem pressa Tipo A - MAIS ESTRESSADO, MAIS PROBLEMAS CARDIOVASCULARES * 0 5 10 15 20 25 45-54 55-64 65-74 Idade (anos) Incidência de DCV (%) Tipo B Tipo A Risco Cardiovascular - ESTRESSE * TABAGISMO SEDENTARISMO Pessoas que não participam de nenhum programa de exercícios físicos regulares ou Não acúmulo de 30 minutos de atividade física moderada na maioria dos dias da semana * Blair et al. JAMA,1995 * 7 11 Low (<29) Medium (29-34) High (>34) Nível de Atividade Física e Risco de Doença Coronariana 0 1 2 3 4 5 6 1 3 5 7 9 Proportion CHD P<.0250 Biennial Exams Kannel et al. Am. Heart J. 1986 * ASSOCIAÇÃO DOS FATORES DE RISCO * 0 100 200 300 400 500 600 0 1 2 3 Número de fatores de risco Incidência de DCV, eventos por 100000 Associação dos fatores de risco cardiovascular * IMPORTÂNCIA FATORES DE RISCO * FATORES DE RISCO (Adaptado, WHO- NCD Country Profiles, 2011) (Adaptado, Atlas GCDPC - WHO, 2011) Prevalência (%) * AVALIAÇÃO DO RISCO CARDIOVASCULAR * CASO Mulher; 56 anos; Assintomática; Ex Fumante (parou há 4 anos) quando a irmã teve uma AVC aos 54 anos; Sem Historia Familiar de IAM e/ou Morte Súbita; PA 138/76 mmHg; Glicose 109 mg/dl; HDL 42 g/dl; TG 201 mg/dl; COL 198mg/dl; IMC 31 Kg/m2; Peso 83,4 kg, Estatura164 cm Não faz Atividade Física; Não faz uso qualquer medicação. QUAL O FUTURO RISCO DE EVENTOS CARDIOVASCULARES? Berger, J.S, et al. JACC, 2010. * RISCO GLOBAL Idade Homens Mulheres <34 - 1 - 9 35 - 39 0 - 4 40 - 44 1 0 45 - 49 2 3 50 - 54 3 6 55 - 59 4 7 60 - 64 5 8 65 - 69 6 8 70 - 74 7 8 Colesterol Homens Mulheres <160 - 3 - 2 169 - 199 0 0 200 - 239 1 1 240 - 279 2 2 > = 280 3 3 HDL Homens Mulheres <35 2 5 35 - 44 1 2 45 - 49 0 1 50 - 59 0 0 > = 60 - 2 - 3 PAS Homens Mulheres <120 0 - 3 120 - 129 0 0 130 - 139 1 1 140 - 159 2 2 > = 160 3 3 Diabetes Homens Mulheres Não 0 0 Sim 2 4 Fumante Homens Mulheres Não 0 0 Sim 2 2 Soma de pontos = _______ * * * Risco relativo – em comparação com indivíduos de mesma idade que não tenham fatores de risco, ou seja, PA < 120/80 mmHg, colesterol de 160 a 190 mg/dl, HDL > 45 mg/dl, não fumante e não diabético. Risco Absoluto – baseado na população de Framingham de morrer de desenvolvimento de DAC em 10 anos. RISCO GLOBAL - Framingham * Tabela de Avaliação do Risco Cardíaco - AHA Fumo Nunca fumou 0 Ex - fumante ou fumante charuto ou cachimbo s/inalar 01 Menos de dez cigarros por dia 02 10 - 20 cigarros por dia 08 21 - 30 cigarros por dia 09 31 - 40 cigarros por dia 10 Sexo/ Ida de Homem/20 - 30 anos Mulher até 50 anos 0 Homem/31 - 40 anos 01 Homem/41 - 45 anos Mulher/51anos ou mais 02 Homem/46 - 50 anos Mulher sem ovários 03 Homem/51 - 60 anos Mulher com irmã(o) infartada (o) 05 Homem/61 anos ou mais Mulher diabética 06 Peso Inferior em 5Kg ao peso normal 0 Peso normal 01 Acima do peso (05 - 10Kg) 02 Acima do peso (11 - 19Kg) 03 Acima do peso (20 - 25Kg) 07 25Kg ou mais acima do peso 08 Atividade física Ativ. Profissional/ Esportiva intensa 0 Ativ. Profissional/ Esportiva modera da 01 Ativ. Profissional/ Esportiva leve 02 Ativ. Profissional sedentária/ Esportiva moderada 03 Ativ. Profissional Sedentária/ Pouca atividade esportiva 04 Inatividade física 06 Antecedente familiar Ausente 0 Pai ou mãe com mais de 60 anos, com doe nça 01 Pai e mãe com mais de 60 anos, com doença coronariana 02 Pai ou mãe c/ menos de 60, com doença coronariana 03 Pai e mãe c/ menos de 60 anos, com doença coronariana 07 Pai e mãe e irmão com doença coronariana 08 Pressão Arterial sistólica 110 - 119mmH g 0 120 - 130mmHg 01 131 - 140mmHg 02 141 - 160mmHg 06 161 - 180mmHg 09 180mmHg ou mais 10 Glicemia (mg%) Jejum abaixo de 80 0 Diabéticos na família 01 Jejum = 100 1 ª hora = 160 02 Jejum = 120 1 ª hora = 160 05 Diabetes controlado 06 Diabetes n ão controlado 10 Colesterol (mg%) Abaixo de 180 0 181 - 200 01 201 - 220 02 221 - 249 07 250 - 280 09 281 - 300 10 0 8 17 40 59 67 68 Sem risco R Potencial R Moderado R Alto F de Perigo R Máximo * PROCESSO INTERMEDIÁRIO PLACA SINTOMAS * Formação da placa Exposição aos fatores de risco lesão endotelial funcional formação da placa de ateroma * Formação da placa migração das LDL para o sub-endotélio oxidação das LDL infiltração e ativação de macrófagos formação das células espumosas formação da placa de ateroma * Formação da placa secreção dos fatores de crescimento multiplicação das células musculares lisas síntese de colágeno crescimento da placa formação da placa de ateroma * Formação da placa crescimento da placa capa fibrosa formação da placa de ateroma * Filme Formação da placa * TEORIA CELULAR DA ATEROSCLEROSE FATORES LESIVOS (LÍPIDES, HEMODINÂMICOS, REAÇÕES IMUNES, ETC) LESÃO ENDOTELIAL FUNCIONAL INFILTRAÇÃO E ATIVAÇÃO DE MACRÓFAGOS SECREÇÃO DE FATORES DE CRESCIMENTO MULTIPLICAÇÃO DE CÉLULAS MUSCULARES LISAS CRESCIMENTO DA PLACA LESÃO SECUNDÁRIA ADESÃO E ATIVAÇÃO DE PLAQUETAS CRESCIMENTO ULTERIOR DA PLACA * Consequência da Placa Redução do Fluxo Sanguíneo * * * MANISFESTAÇÕES CLÍNICAS * Obstrução Placa de Ateroma CONSEQUÊNCIAS DA PLACA DE ATEROMA * Dor – Angina Comprometimento da função coração – cansaço, parar ATEROSCLEROSE ISQUEMIA FLUXO SANGUE < NECESSIDADE Repouso - fluxo OK Aumenta função - > necessidade fluxo – fluxo < menor que o necessário ISQUEMIA * PROCESSO FINAL MORTE CARDIOVASCULAR * ISQUEMIA * MANISFESTAÇÕES CLÍNICAS * CONSEQUÊNCIAS DA PLACA DE ATEROMA * Evolução da Placa Crescimento lento – vai crescendo ao longo dos anos Trombose – lesão secundária – aumenta abruptamente Embolismo – coágulo de outra região se prende à placa Vasoconstrição – a artéria ao redor da placa se contrai * Filme Placa Infartada * Dor - muito forte e sensação de morte evidente Morte celular - MORTE coração – Morte por infarto ATEROSCLEROSE INFARTO OBSTRUÇÃO TOTAL, SEM FLUXO * SINTOMAS DA ISQUEMIA Dor no peito (angina) Falta de ar Tontura, Desmaios Cansaço fácil * Dor precordial * * SINTOMAS DA ISQUEMIA Dor no peito (angina) Falta de ar Tontura, Desmaios Cansaço fácil * FORMAS CLÍNICAS DA ANGINA ESTÁVEL: DOR CARDÍACA PREVISÍVEL DESENCADEADA POR EXERCÍCIO E EMOÇÕES DURAÇÃO DE ATÉ 15 MIN MELHORA COM REPOUSO E VASODILATADOR PLACA NÃO COMPLICADA INSTÁVEL: DOR CARDÍACA DE CARATER IMPREVISÍVEL MAIS PROLONGADA E INTENSA PODE DESENCADEAR EM REPOUSO TROMBO PARCIALMENTE OCLUSIVO EM PLACA * TRATAMENTO CLÍNICO ANTIAGREGANTES PLAQUETÁRIOS - AAS VASODILATADORES - NITRATOS REDUÇÃO TRABALHO - BETABLOQUEADORES CIRÚRGICO ANGIOPLASTIA - STENT REVASCULARIZAÇÃO - PONTES DOENÇA DA ARTÉRIA CORONÁRIA * ANGIOGRAFIA * ANGIOGRAFIA CORONARIANA (CAT) * ANGIOPLASTIA PERCUTÂNEA * * * DOENÇA ARTERIAL CORONARIANA RGV, 72 anos, masculino, casado, aposentado, natural de São Caetano. Procurou professor de educação física para reabilitação cardíaca. Há 8 meses sofreu um infarto do miocárdio. Precisou ser ressuscitado. Por 6 dias ficou internado na UCO e por mais três semanas no quarto. Quarenta dias após a alta, fez cateterismo e colocou um stent. Está bem desde então. Nega dor precordial. Toma: Balcor (diltiazen) 30 mg três vezes/dia, Zocor (sinvastatina) 10 mg/dia, Somalgin Cardio (aspirina) 325 mg/dia e Prandin (repaglinida) 1 mg às refeições. Nega pressão alta. Tem o colesterol alto. Há dez anos é diabético. Fez teste ergométrico máximo sem uso de medicamento. FC rep = 85 bpm, PA rep = 128/84 mmHg. Atingiu 4 mph 10% com FC max = 140 bpm e PA Max = 210/90 mmHg. Teste foi positivo em 124 bpm, interrompido por desvio do segmento ST. * Risco cardiovascular Para a Prática de Exercício RISCOS BENEFÍCIOS * 75% 25% Maiores de 35 anos Causa de óbito por doenças cardiovascular no Exercício Gráf1 75 30.6 45.9 5 38.6 46.9 5 PVM PVM 5 Valvopatias Valvopatias 5 Sem causa Sem causa Leste Oeste NorteSheet1 DAC Hipertrófica PVM Valvopatias Sem causa Leste 75 5 5 5 5 Oeste 30.6 38.6 Norte 45.9 46.9 * Risco 6 vezes maior no exercício Homem – 40 anos – não fumante - 1 em para 6 em 1 milhão Somente exercício intenso INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO Risco aumentado em cardiopatas 0 1 2 3 4 5 6 7 Durante P1h P2h P3h P4h P5h Risco de IAM * RISCOS DA REABILITAÇÃO CARDÍACA Estima-se: IM e parada cardíaca ressuscitada 1 em 50-120 mil pacientes-hora de exercício supervisionado Evento Fatal 2 eventos em cada 1,5 milhão paciente-horas Thompson DR & Clark AM Heart 95(23): 1897-1900, 2009. * EXERCÍCIO AERÓBIO RISCO NA DAC * FC PAS Exercício * DUPLO PRODUTO 0 5 10 15 20 25 30 CARGA 1 CARGA 2 (FC x PAS x 10-3) Ehsani et al. Circulation 64:1116-1124,1981 * * Pré * ISQUEMIA 0 50 100 150 200 250 300 0 10 20 30 40 Duplo Produto x103 Fluxo Miocárdio (ml/min) Normal isquemia * ISQUEMIA * RESPOSTA ISQUÊMICA Sintomas: NENHUM Angina – DOR NO PEITO PARA O BRAÇO Tontura, desmaios – PERDA DE CONSCIÊNCIA Baixa tolerância ao esforço - CANSAÇO Dispnéia desproporcional ao esforço – FALTA DE AR Incompetência cronotrópica – FC NÃO AUMENTA Déficit inotrópico – PAS NÃO AUMENTA * ALTERAÇÕES ISQUÊMICAS INDUZIDAS PELO EXERCÍCIO ALTERAÇÃO DO SEGMENTO ST * RESPOSTA ISQUÊMICA Alterações eletrocardiográficas; Alterações de repolarização infradesnivelamento do segmento ST supradesnivelamento do segmento ST Arritmias complexas * ISQUEMIA – DESNÍVEL SEGMENTO ST Ehsani et al. Circulation 64:1116-1124,1981 - 0.2 - 0.1 0 CARGA 1 CARGA 2 (mm) * * * CARDIOPATA COM TESTE POSITIVO FC – em que ocorre a isquemia NÃO ULTRAPASSAR O LIMIAR Limiar de Isquemia * REPRODUTIBILIDADE DO SEGMENTO ST E O DUPLO PRODUTO 0 5000 10000 15000 20000 25000 Dia 1 Dia 2 (bpmxmmHg) -3 -2.5 -2 -1.5 -1 -0.5 0 Dia 1 Dia 2 (mm) DUPLO PRODUTO DUPLO PRODUTO Bertagnoli et al. Am.J.Physiol. 65:314-7,1990 ESTEIRA * SEGMENTO ST ESTEIRA X CICLOERGÔMETRO WICKS et al. Circulation 57:1066-1070, 1978. * Braço Perna FC (bat/min) 128 26 121 29 NS PAS (mmHg) 149 18 161 17 NS DP (FC x PAS/100) 190 45 198 65 NS Carga (kgm/min) 364 170 557 256 * Adaptado de DeBusk et al. Circulation 58: 368-75, 2000 LIMIAR DE ISQUEMIA NO EXERCÍCIO COM MEMBROS SUPERIORES * LIMIAR DE ISQUEMIA – NA ÁGUA Exercício no Meio Líquido Não há como saber o limiar de isquemia na água Não faz ECG na água FC mais baixa e PAS mais alta Analgesia da água- camufla angina * RISCOS DO EXERCÍCIO DE FORÇA NA DAC * MENOR RISCO DE ISQUEMIA RESISTIDO 40 e 70% 1RM sem isquemia sem arritmias - sem disfunção ventricular Haslam et al. J. Cardiop. Rehabil. 8:213-25, 1988 * EXERCÍCIO COM GRANDE COMPONENTE ISOMÉTRICO FC PAS PAD Durante o Exercício Após o Exercício PAD * EXERCÍCIO E INFARTO * EVOLUÇÃO PARA O INFARTO Trombose – lesão secundária Embolismo Vasoespasmo Obstrução crônica lenta * INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO Exercício: velocidade de fluxo Modificações metabólicas Facilita lesão secundária Facilita formação de trombos Facilita formação de êmbolos Dependente da Intensidade * EXERCÍCIO AERÓBIO BENEFÍCIO NA DAC * EFEITOS DO TREINAMENTO AERÓBIO NA FUNÇÃO CARDÍACA VS FC DC PAS e PAD DP DEMANDA RISCO DE ISQUEMIA * EFEITOS DO TREINAMENTO FÍSICO AERÓBIO NA ISQUEMIA Todd e Ballantyne Br.Heart J. 68:560-6,1992. * EFEITOS DO TREINAMENTO FÍSICO CIRCULAÇÃO CARDÍACA * Regressão da Placa Dieta baixa gordura + exercício Controle - 0,13 mm Intervenção - placa Intervenção mais 9204kJ/semana - placa Hambrecht et al. JACC 1993; 22:468-77 * Aumento de calibre da coronária Kramsch et al. N. Engl. J. Med 305:1483-9, 1981. Crescimento dos Vasos * Fluxo na Circulação Colateral Heaton et al. Circulation 57:575-81, 1978. * Belardinelli et al. Circulation 1998; 97: 553 Cardiomiopatia isquêmica, n=26, 8 sem TF, 60% VO2 pico, cintilografia miocárdica com tálio Formação de colaterais * Antes Depois Unidade de Reabilitação Cardiovascular e Fisiologia do Exercício InCor Formação de colaterais * Vasodilatação Coronariana Laughin. JAP 58:468-76,1985 * TF x Disfunção endotelial Hambrecht et al. Circulation 2003, 107: 3152-3158 * Gielen et al. Circulation. 2001;103:e1-e6 * Treinamento Aeróbio e Circulação Coronariana Regressão da Arterosclerose Aumento do calibre das artérias Formação de colaterais Melhora da função endotelial Linke et al. Progress in Cardiov Dis 2006; 48:270-84 AUMENTO DO FLUXO CORONARIANO * TF x Fluxo coronariano Resposta vasodilatadora coronária durante infusão da acetilcolina pré e pós TF Pacientes com DAC, pós IAM. TF em bicicleta, 6 x por dia (5 min de aquecimento, 10 de bicicleta, e 5 de relaxamento), durante 4 semanas. Intensidade: 80% da FC max Hambrecht et al. N Engl J Med 2000, 342(7): 454 * EFEITOS DO TREINAMENTO AERÓBIO NO FLUXO CORONARIANO Fluxo Coronariano OFERTA RISCO DE ISQUEMIA * EFEITOS DO TREINAMENTO AERÓBIO NA FUNÇÃO CARDÍACA VS FC DC PAS e PAD DP DEMANDA RISCO DE ISQUEMIA Fluxo Coronariano OFERTA * ISQUEMIA – DESNÍVEL SEGMENTO ST Pré Pós Diminui isquemia para determinada carga Ehsani et al. Circulation 64:1116-1124,1981 - 0.2 - 0.1 0 CARGA 1 CARGA 2 (mm) * * * Aumenta limiar de angina Isquemia em DP, FC e carga mais altas Faz mais exercício sem isquemia Ehsani et al. Circulation 64:1116-1124,1981 * Cooksey JD. et al. (Am J Cardiol 42: 372-376, 1978) Aumento do Limiar de Angina 3 Meses de CF * EVOLUÇÃO PARA O INFARTO Trombose – lesão secundária Embolismo Vasoespasmo Obstrução crônica lenta * Cria colaterais Reduz efeito de obstrução Aumenta sobrevivência a infarto Reduz Vasoconstrição Reduz chance de espasmo Aumenta Vasodilatação EFEITOS DO TREINAMENTO FÍSICO PREVENÇÃO DE ACOMETIMENTOS Modifica fator de coagulação Reduz chance de embolismo Diminui velocidade de fluxo para a mesma intensidade Reduz chance de trombose * EXERCÍCIO E INFARTO Programas de Reabilitação - Redução 25% reinfarte fatal * Efeito do Treinamento de Força ? * PREVENÇÃO PRIMÁRIA EFEITO DO EXERCÍCIO NOS FATORES DE RISCO ¯ LDL COLESTEROL HDL COLESTEROL ¯ TRIGLIC É RIDES ¯ PRESS Ã O ARTERIAL ¯ OBESIDADE CONTROLA DIABETES ¯ ESTRESSE FUMO SOCIAL * Aeróbio Resistido Densidade òssea %Gordura Massa Magra Força Sensibilidade à Insulina HDL LDL PAS PAD FC VO2max Metabolismo basal Adaptado de Pollock et al. Circulation 101:828-833, 2000 Comparação com Resistido * Hambrecht et al., Circulation. 2004;109:1371-1378 * Hambrecht et al., Circulation. 2004;109:1371-1378 * Hambrecht et al., Circulation. 2004;109:1371-1378 * Iestra et al., Circulation. 2005;112:924-934 Custo: TF x Ang $ 3,429 x $ 6,956 * RISCOS BENEFÍCIOS * REABILITAÇÃO 167 Programas 51303 pacientes 2351916 horas 21 paradas cardíacas 1 por 111996 pacientes-hora 8 infartes do miocárdio 1 por 293990 pacientes-hora 3 fatalidades 1 por 783972 pacientes-hora 29 complicações cardíacas 1 por 81101 pacientes-horaCamp J.Cardiop.Rehab. 11:64-70, 1991 * METANÁLISE SOBRE REABILITAÇÃO CARDÍACA 48 Estudos bem controlados 8940 Pacientes Participação em um programa de reabilitação cardíaca: 20% Mortalidade por todas as causas (p= 0,005) 26% Mortalidade cardiovascular (p=0,002) Taylor et al. Am.J.Med. 2004; 116:682-697 * Estudo populacional nos Estados Unidos da América Mais de 600.000 pacientes acompanhados de 1 a 5 anos. 12% dos pacientes Reabilitação cardíaca + 25 sessões no ano após alta vs. pouca ou nenhuma sessão: ↓ 58% taxa de mortalidade em um 1 ano ↓ 19% taxa de mortalidade em 5 anos Suaya JA et al. JACC, 2009 Reabilitação cardíaca x Taxa de sobrevivência em pacientes idosos com DAC * * CUIDADOS DO EXERCÍCIO NA DAC Não ultrapassar limiar de isquemia segurança – pelo menos 10 batimentos abaixo do limiar Se tiver sintoma parar o exercício administrar nitroglicerina - 1 cp a cada 5 min até 3 cp Com revascularização recente evitar movimentos de tórax Não se exercitar se: angina instável suspeita de infarto * CASO RGV, 72 anos, masculino, casado, aposentado, natural de São Caetano. Procurou professor de educação física para reabilitação cardíaca. Há 8 meses sofreu um infarto do miocárdio. Precisou ser ressuscitado. Por 6 dias ficou internado na UCO e por mais três semanas no quarto. Quarenta dias após a alta, fez cateterismo e colocou um stent. Está bem desde então. Nega dor precordial. Toma: Balcor (diltiazen) 30 mg três vezes/dia, Zocor (sinvastatina) 10 mg/dia, Somalgin Cardio (aspirina) 325 mg/dia e Prandin (repaglinida) 1 mg às refeições. Nega pressão alta. Tem o colesterol alto. Há dez anos é diabético. Fez teste ergométrico máximo sem uso de medicamento. FC rep = 85 bpm, PA rep = 128/84 mmHg. Atingiu 4 mph 10% com FC max = 140 bpm e PA Max = 210/90 mmHg. Teste foi positivo em 124 bpm, interrompido por desvio do segmento ST. Quer fazer hidroginástica. * PERGUNTAS Considerando o caso inicial, complete o quadro abaixo com os principais riscos e benefícios e condutas para reduzir o risco. Riscos Isquemia Infarto Parada Morte Redução da chance de isquemia Aumento do limiar de isquemia Mais exercício sem isquemia Redução da chance de infarto fatal Benefícios Condutas Exercitar abaixo do limiar * As doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), mataram mais de 36 milhões de pessoas em 2008. As doenças Cardiovasculares foram responsáveis por 48% destas mortes, cancer 21%, doenças do aparelho respiratório 12%, e diabetes 3%. - Das 57 milhões de mortes no mundo em 2008, 36 milhões, ou 63%, foram em razão das DCNT, com destaque para as doenças do aparelho circulatório, diabetes, câncer e doença respiratória crônica (ALWAN et al, 2010). Cerca de 80% das mortes por DCNT ocorrem em países de baixa ou média renda, onde 29% são de pessoas com menos de 60 anos. No Brasil, as doenças crônicas não transmissíveis também se constituem como o problema de saúde de maior magnitude. São responsáveis por 72% das causas de mortes, com destaque para doenças do aparelho circulatório (33,3%), câncer (16,3%), diabetes (5,2%) e doença respiratória crônica (5,8%), e atingem indivíduos de todas as camadas socioeconômicas e, de forma mais intensa, aqueles pertencentes a grupos vulneráveis, como os idosos e os de baixa escolaridade e renda – Ministério da Saúde, 2011 (Prog. Combate as DCNT – Ministério da saúde) VIGITEL 2010: 59,5 milhões de pessoas (31,3%) afirmaram apresentar pelo menos uma doença crônica; do total da população, 5,9% declararam ter três ou mais doenças crônicas e esses percentuais aumentam com a idade (IBGE, 2010a). O número de indivíduos com 65 anos e mais que relataram apresentar pelo menos uma doença crônica chegava a 79,1%. Considerando que o Brasil tem uma das populações que envelhecem mais rapidamente no mundo, a carga de doenças crônicas no país tende a Aumentar. * * 1) A DAP é uma doença que afeta das artérias das extremidades sup. e inf. do corpo humano em decorrência principalmente de um processo fisiopatológico aterosclerótico. 2.1) Esta doença se insere em um conceito conhecido CONTINUUM CARDIOVASCULAR, 2.2) De modo que para o surgimento desta doença é necessário um PROCESSO INICIAL caracterizado pela presença dos FRC 2.3) Passando por um PROCESSO INTERMEDIÁRIO como a formação da placa de ateroma, com o aparecimento de sintomas e limitações/alterações e 4) Culminando futuramente em um PROCESSO FINAL com a mortalidade dos indivíduos principamente por causas cardiovasculares. os factores de risco se agrupam e interagem entre si para incrementar o risco com um efeito sinérgico e não apenas aditivo. The rate of progression of atherosclerosis is influenced by cardiovascular risk factors: tobacco use, an unhealthy diet and physical inactivity (which together result in obesity), elevated blood pres-sure (hypertension), abnormal blood lipids (dyslipidaemia) and elevated blood glucose (diabetes). Continuing exposure to these risk factors leads to further progression of atherosclerosis, resulting in unstable atherosclerotic plaques, narrowing of blood vessels and obstruction of blood fl ow to vital organs, such as the heart and the brain. The clinical manifestations of these diseases include angina, myocardial infarction, transient cerebral ischaemic attacks and strokes. If people at risk of developing myocardial infarctions and strokes can be identified and measures taken to reduce their cardiovascular risk, a vast majority of fatal and non-fatal cardiovascular events can be prevented ( 4, 21, 22). Strong scientific evidence demonstrates that reducing total cardiovascular risk results in the prevention of heart attacks and strokes (4). O cálculo do risco relativo é importante porque a ida-de, só por si, constitui um factor de risco cardiovascu-lar. Este facto assume par ticular r elevância nos extre-mos etários, porque o risco absoluto tende a ser baixo nos jovens e elevado nos idosos. A riscos absolutos bai-xos pode corresponder riscos relativos elevados e vice--versa. Enquanto a escala de Framingham reflec-te a realidade americana, o SCORE reflecte o risco dos países europeus. Existem limitações comuns às duas escalas: 5 • Não são considerados parâmetros importantes na avaliação do risco cardiovascular, como sejam: alte-ração da glicemia em jejum, tolerância diminuída à glicose, obesidade, excesso de peso, medida do pe-rímetr o abdominal, sedentarismo, carga tabágica, hipertrofia ventricular esquerda, etnia, hipertrigli-ceridemia, menopausa prematura, disfunção renal significativa, antecedentes familiares, aterosclerose subclínica, duração da exposição ao factor de risco ou doença. * * * * * * * * * * * * *
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