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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS PARASITOLOGIA - A02 E. histolytica E. vermicularis Larissa de Paula Costa Mariana Resende Guedes Matheus Entony B. Mota Thais Regina dos Santos E. HISTOLYTICA NOÇÕES SOBRE O AGENTE ETIOLÓGICO • A E. histolytica é o agente etiológico da amebíase, importante problema de saúde pública que leva ao óbito anualmente cerca de 100.000 pessoas • segunda causa de mortes por parasitoses • No início do século XX, cerca de 12% da população mundial portava o parasito em seu trato intestinal, mas destes, somente 10% apresentavam sintomas da doença. • É uma espécie de protozoários que causa diarreias graves com sangue e muco, podendo progredir no fígado • Filo Sarcomastigophora • Subfilo Sarcodina • Superclasse Rhizopoda • Classe Lobozia • Ordem Aemoebida • FamÌlia Entamoebidae e • Gêneros Entamoeba, Iodamoeba e Endolimax. CLASSIFICAÇÃO MORFOLOGIA Trofozoíta 15-60 mm Ectoplasma claro Endoplasma granuloso Núcleo Esférico Cistos Esférico ou Oval 8-20 mm Parede Celular Cística 4 núcleos Vacúolos de Glicogênio MORFOLOGIA • Alimentos e água contaminados • Contato sexual oral-anal Cistos maduros Trofozoítas Cistos FORMAS DE TRANSMISSÃO • 90% dos casos são assintomáticos, já que o verme fica no intestino grosso e não ataca tecidos, mas podem produzir cistos que saem pelas fezes • São raros os casos onde o parasita atravessa a parede do intestino • com a ajuda de proteínas da membrana celular, invadem a corrente sanguínea, seguindo para o fígado, pele, pulmão e até cérebro • Cada infecção é diferente, vai depender do hospedeiro (imunidade, nutrição, microbiota intestinal, sexo e idade) do parasita (virulência e patogenicidade) PATOGENIA • Dor abdominal • Dor ao evacuar • Diarreia aquosa e volumosa • Várias evacuações por dia • Perda de peso • Febre • Disenteria SINTOMATOLOGIA • A maioria dos casos de amebíase é de leve a moderada intensidade, mas em cerca de 0,5% dos casos, a doença pode se apresentar de forma fulminante, com necrose intestinal, perfuração do cólon e peritonite grave • Nestes casos, a mortalidade ultrapassa os 40% • A amebíase também pode ter uma forma crônica, com episódios recorrentes de cólicas e fezes sanguinolentas, um quadro muito parecido com o que ocorre nas doenças inflamatórias intestinas, como a retocolite ulcerativa e a doença de Crohn SINTOMATOLOGIA • Cosmopolita, atinge ± 10% população mundial • Principal protozoose após a malária • Transmissão oral • Mais frequente em adultos, algumas profissões são mais atingidas • Maior prevalência nos trópicos • Animais sensíveis talvez funcionem como fonte de infecção, cistos viáveis ± 20 dias • Portadores assintomáticos → disseminadores de cistos EPIDEMIOLOGIA • É feito pela visualização de trofozoítos com hemácias fagocitadas, presentes com maior frequência em fezes diarreicas • O cisto de Entamoeba histolytica é bastante semelhante aos cistos de espécies comensais de Entamoeba sp., e a identificação, feita através da morfologia e do número de núcleos, torna o diagnóstico complexo • Atualmente, a detecção de anticorpos ou antígenos é uma importante ferramenta para o diagnóstico da amebíase e pode ser associado ao diagnóstico de imagem e histopatológico DIAGNÓSTICO LABORATORIAL • Higiene pessoal e alimentar • Melhoria de condições sanitárias, com destino adequado das fezes • Tratamento dos doentes • Consumo de água fervida ou filtrada • a cloração da água não inativa os cistos PROFILAXIA • Todas as infecções pela ameba Entamoeba histolytica devem ser tratadas, mesmo na ausência de sintomas • As formas leves ou assintomáticas podem ser tratadas com Teclozam • Para as formas sintomáticas, as opções são Metronidazol, tinidazol ou secnidazol • As infecções por Entamoeba dispar ou Entamoeba moshkovskii não necessitam de tratamento • Outras amebas, como a Endolimax nana e a Entamoeba coli também não provocam doenças e não precisam ser tratadas. TRATAMENTO E. VERMICULARIS NOÇÕES SOBRE O AGENTE ETIOLÓGICO • E. vermicularis tem incidência maior em regiões de clima temperado; • Atinge principalmente a faixa etária de 5 a 15 anos; • Estudos paleoparasitológicos indicam que helmintos parasitam humanos há milhares de anos; • Nos EUA, foram encontrados ovos datados de 10.000 anos; • No Chile, foram vistos ovos de E. vermicularis, com datação de aproximadamente 1.000 anos a.C.. Reino Animalia Filo Aschelminthes Classe Nematoda Ordem Oxyurida Família Oxyuridae Gênero Enterobius Espécie Enterobius vermicularis CLASSIFICAÇÃO Nome popular Oxiúros CLASSIFICAÇÃO Ascaris vermicularis - Linneu, 1758 Gênero Oxyuris - Rudolphi, 1803 Oxyuris vermicularis - Lamarck, 1816 Gênero Enterobius - Leach, 1853 Enterobius Vermicularis - Linneu, 1758 e Leach, 1853 MORFOLOGIA Ovo: • Mede cerca de 50 µm de comprimento por 20µm de largura • Ovoide com uma face plana e uma mais abaulada • Aspecto de um “D” Ovo: • Possui membrana dupla, lisa e transparente • Apresenta em seu interior uma larva MORFOLOGIA (https://www.youtube.com/watch?v=BovToeJdzqo) Ovo com larva movimentando MORFOLOGIA Larvas: • Nítido dimorfismo sexual • Vestíbulo bucal com 3 lábios • Esôfago longo e claviforme terminando em um bulbo cardíaco Asas cefálicas Larvas brancas e filiformes MORFOLOGIA Fêmea: • Mede cerca de 1 cm de comprimento por 0,4mm de diâmetro • Cauda pontiaguda e longa • Vulva na porção média anterior, seguida por uma curta vagina que se comunica com dois úteros • Cada ramo uterino segue com o oviduto e ovário. MORFOLOGIA MORFOLOGIA Larva fêmea grávida (https://www.youtube.com/watch?v=ukyLRgovv1E) Macho: • Mede cerca de 5mm de comprimento por 0,2mm de diâmetro • Cauda fortemente recurvada em sentido ventral • Espículo presente • Apresenta um único testículo MORFOLOGIA • A) expansões vesiculosas • B) esôfago em tubo • C) intestino • D) útero • E) vagina • F) ovários e ovidutos • G) reto e ânus • H) canal ejaculador • I) testículos MORFOLOGIA • Monoxênico • apenas um hospedeiro • Após a cópula, os machos morrem e são eliminados • As fêmeas se desprendem do ceco e migram para o ânus • Rompimento da fêmea e liberação dos ovos • 5 a 16 mil ovos • Os ovos eliminados, já embrionados, se tornam infectantes em aproximadamente 6 horas CICLO BIOLÓGICO • Os ovos eliminados são ingeridos pelo hospedeiro • No intestino delgado as larvas rabditoides eclodem e sofrem duas mudas até chegarem ao ceco, onde ficam adultas • 1 a 2 meses depois as fêmeas são encontradas na região perianal • Não havendo reinfecção, o parasita é extinto CICLO BIOLÓGICO CICLO BIOLÓGICO • heteroinfecção: quando ovos atingem um novo hospedeiro • indireta: quando ovos atingem o mesmo hospedeiro que os eliminou • autoinfecção externa ou direta: a criança ou o adulto levam os ovos da região perianal a boca FORMAS DE TRANSMISSÃO • autoinfecção interna: larvas eclodem ainda dentro do reto e depois migrariam até o ceco, transformando-se em vermes adultos • retro infecção: as larvas eclodem na região perianal, penetram pelo ânus e migram até o ceco, transformando-se em vermes adultos FORMAS DE TRANSMISSÃO • Prurido anal noturno ou larvas nas fezes • Enterite catarral por ação mecânica e irritativa • Inflamação intestinal com produção de muco amarelado excretado nas fezes • Pode atingir o apêndice • Mucosa local coberta com muco contendo ovos ou larvas • Infecção bacteriana secundária • Ato de coçar PATOGENIA • A presença devermes nos órgãos genitais femininos pode levar à vaginite, metrite, salpingite e ovarite • Fora do Brasil, alguns raros casos de granulomas por ovos de E. vermicularis já foram apontados, sendo dois no fígado, um no rim e um na próstata. PATOGENIA • Na maioria das vezes, assintomático • Sintomas surgem quando o paciente já possui grande quantidade de vermes no trato gastrointestinal Coceira anal Dor abdominal Dor para evacuar Náuseas Anemia Insônia e nervosismo SINTOMATOLOGIA • A obstrução do apêndice pelos vermes é possível, podendo provocar um quadro de apendicite aguda • Os pacientes que coçam a área anal freneticamente podem provocar escoriações na mucosa, facilitando a infecção das feridas por bactérias. SINTOMATOLOGIA • Prevalência em crianças em idade escolar • Transmissão doméstica ou ambientes coletivos fechados • Somente a espécie humana alberga o E. vermicularis • Os ovos podem resistir por até três semanas em ambiente doméstico, contaminando alimentos e poeira • Hábito de sacudir roupas de cama contribui para a proliferação da verminose EPIDEMIOLOGIA • Método de Graham • Coproparasitológico não é indicado devido às características da fêmea 1. corta-se um pedaço de 8 a 10 cm de fita adesiva transparente 2. coloca-se a mesma com a parte adesiva para fora, sobre um tubo de ensaio ou dedo indicador nesse caso, é perigoso pela possível contaminação do executor do método DIAGNÓSTICO LABORATORIAL DIAGNÓSTICO LABORATORIAL 3. apõe-se várias vezes a fita na região perianal 4. coloca-se a fita sobre uma lâmina de vidro • Como se fosse uma lamínula 5. leva-se ao microscópio e examina- se com aumento de 10 e 40x. • Não sacudir roupa de dormir e de cama, mas sim enrolar e lavar com água fervente diariamente • Tratar todas as pessoas contaminadas da família • Repetir o medicamento de 2 a 3 vezes a cada 20 dias • Cortar as unhas rentes • Aplicar pomada mercurial na região perianal ao deitar-se • Tomar banho de chuveiro ao levantar-se • Limpeza doméstica com aspirador de pó PROFILAXIA • Os medicamentos mais utilizados são os mesmos empregados contra o A. lumbricoides: Pamoato de Pirantel (Combantrin, Piranver) Albendazol (Zentel) Ivermectina (Revectina) Mebendazol (Pantelmim, Panfugan e Sirbem) TRATAMENTO REFERÊNCIAS •OBRIGADO! Pontifícia Universidade Católica de Goiás�parasitologia - a02 E. Histolytica Noções sobre o agente etiológico classificação MORFOLOGIA MORFOLOGIA FORMAS DE TRANSMISSÃO PATOGENIA SINTOMATOLOGIA SINTOMATOLOGIA EPIDEMIOLOGIA DIAGNÓSTICO LABORATORIAL PROFILAXIA TRATAMENTO E. Vermicularis Noções sobre o agente etiológico classificação classificação MORFOLOGIA Número do slide 20 MORFOLOGIA MORFOLOGIA MORFOLOGIA Número do slide 24 MORFOLOGIA MORFOLOGIA Ciclo biológico Ciclo biológico Ciclo biológico FORMAS DE TRANSMISSÃO FORMAS DE TRANSMISSÃO PATOGENIA PATOGENIA SINTOMATOLOGIA SINTOMATOLOGIA EPIDEMIOLOGIA DIAGNÓSTICO LABORATORIAL DIAGNÓSTICO LABORATORIAL PROFILAXIA TRATAMENTO referências Número do slide 42
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