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RESUMO TRIBUTARIO II AV2

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Financeiro e tributário
AULA 01 - 01/08/17
Atividade financeira do Estado
Conceito – São ações que o estado desempenha para obtenção de recursos necessários ao seu sustento e a respectiva realização de gastos voltado a execução no atendimento das necessidades publicas.
Direito financeiro – conjunto de normas e princípios que regula a atividade financeira do estado
Fundamento legal do direito financeiro
Constituição financeira (art. 24, I e art. 163 ao169 CRFB/88)
Lei 4329/64
Lei complementar 3001/2000 (lei de responsabilidade fiscal)
Princípios aplicados ao direito financeiro
Principio da legalidade – art. 167, IV CRFB
Obs. Toda receita publica e sua exigibilidade decorrem da lei
Obs. A realização de qualquer despesa publica deve estar prevista em lei.
Principio da transparência – art. 48 CRFB/88
Não se deve confundir com o principio da publicidade, este tem por objetivo tornar publico os atos da administração, enquanto aquele o principio da transparência tem por finalidade dar informação compreensível, simples e clara para a sociedade.
Principio da eficiência – art. 37 CRFB/88
Objeto da atividade financeira do Estado
Despesas publicas – é o conjunto de gastos do Estado para funcionamento de serviços públicos e atendimento das demandas sociais. Art. 167, IV CRFB/88
AULA 02 - 08/08/17
Despesas publicas – lei 4320/64
Classificação das despesas publicas – art. 12 da lei 4320/64
Despesas de capital – são aquelas despesas de investimento que dão um acréscimo ao patrimônio do Estado e que exige uma maior fonte de recursos.
Despesas concorrentes – são aquelas despesas que custeiam a manutenção com pessoal.
Principio da legalidade da despesa publica
Art. 15 CRF/2000
Art.167 CRFB/88
Art. 10, IX lei 8429/92 (lei da probidade administrativa)
Renuncia da receita – para a doutrina é equivalente a realização de despesas publicas. Só é permitida a ocorrência de renuncia mediante lei, conforme previsto no art. 150 §6º CRFB/88.
Obs. A doutrina é pacifica quanto a atividade que o gasto publico deve ter em relação a renuncia.
Fases das despesas publicas
Art. 60 lei 4320/64 – é uma autorização para realização das despesas
Art. 63 lei 4320/64 – é o momento em que a administração publica verifica se o serviço foi efetivamente prestado ou a mercadoria foi entregue de acordo com a licitação publica
Pagamento – Ar. 64 lei 4320/64
Receita publica – art. 11 lei 4320/64
É a soma de dinheiro do estado para realização de gastos públicos
Classificação doutrinaria
Receita originaria – diz respeito aos recursos aferidos em razão da exploração do patrimônio de Estado. Ex. alugueis, doações, rendimentos de aplicação.
Receita derivada – são aquelas que decorrem do poder soberano do estado, ou seja, o Estado invade a esfera patrimonial de seus administrados e exige parte de sua riqueza. Ex. tributos.
Orçamento publico - É um instrumento de planejamento de ação do Estado para previsão de estimativas de receita e fixação de despesas publicas
Natureza jurídica - A tese dominante na doutrina é que o orçamento é uma lei formal, ou seja, é meramente autorizativo.
Tipos de orçamento
Orçamento executivo
Orçamento legislativo
Orçamento misto
Princípios constitucionais orçamentários 
Legalidade – Art. 165 CRFB/88
Exclusividade – Art. 165 §8º CRFB/88
Universalidade – Art. 165 §5º CRFB/88
Não alteração de receita – Art. 167, IV e IX CRFB/88
Equilíbrio orçamentário
AULA 03 - 15/08/17
Orçamento publico
Lei orçamentaria – Art. 165, I, II, III CRFB/88
Plano plurianual - PPA em vigor lei 13249/16
LDO (lei de diretrizes orçamentarias) - LDO em vigor lei 13408/16
LOA (lei orçamentaria anual) - LOA em vigor lei 13414/16
Operações de credito devem ser realizadas nos limites da previsão de despesas de capital prevista na lei orçamentaria
Prazo para aprovação das leis orçamentarias
PPA - 31 de agosto
LDO – 14 de abril
LOA – 31 de agosto
Controle de orçamento publico
Em 1890 por iniciativa de Rui Barbosa foi criado o TCU.
Tribunais de contas são cortes especializadas em analise das contas publicas dos diversos órgãos da administração publica.
Obs. O controle externo do orçamento publico é realizado pelo povo (congresso nacional)
Obs. O tribunal de contas é órgão auxiliar, cabendo a este recomendações ao congresso nacional, quanto a provação ou não das contas do chefe do executivo, judiciário e também legislativo. Art.70 e71
Estrutura
Estados – a constituição estadual é que vai determinar o numero de seus membros, todavia o STF sumulou a questão estipulando como sete o numero máximo de conselheiros. S 653 STF.
UNIÃO – Art. 73 CRFB/88 nove ministros
AULA 04 - 22/08/17
Lei de responsabilidade fiscal
É um código de conduta para um administrador publico, que impõe limites para a administrar com responsabilidade as finanças publicas, o qual deve prestar contas do quanto e como gastam os recursos públicos. 
Obs. A LRF é uma norma de características mistas considerando que dela provem princípios e regras em relação ao gasto publico. Regras quanto as informações a serem fornecidas e principalmente quanto aos objetivos a serem alcançados.
Principio do planejamento – é um instrumento indispensável para racionalizar a ação do estado em relação ao gasto publico. Art. 4º LRF
Principio da transparência – o legislador por meio da LRF, inovou ao estabelecer a transparência do gasto publico, mas não basta a mera publicidade, é necessário a participação popular e a compreensão desta ao gasto publico (art. 48 CRFB/88)
Principio da responsabilidade – todos os atos da gestão publica e o próprio gestor estão sujeitos a sanções caso venham infringir a LRF art. 10, 15, 16, 17 e 34.
Quanto a exigibilidade de suas receitas sem as devidas consequências de ordem financeira (art. 11 PU LRF)
Limitação de gasto publico com pessoal (art. 19 LRF)
Limitação de restos a pagar (art. 42 LRF)
Obs. Nos últimos oito meses do mandato os gestores públicos não podem constituir obrigações de despesas que não possam ser quitadas no mesmo exercício, ou que tenham parcelas a serem pagas ou quitadas no exercício seguinte sem que haja disponibilidade de caixa. (art. 359 CP) 
Proibição de operações de credito do ente federativo com instituição financeira (art. 36 LRF)
Operações de credito 
Entendemos que o credito publico é o credito que o particular tem com o ente publico onde este deverá restituir o empréstimo feito nas bases normativas. Sua natureza é de contrato de direito administrativo, ele mesmo que estipula o valor a pagar.
AULA 05 - 29/08/17
Controles de operação de credito
Politico – autorização do senado federal. Art. 52, IV CRFB/88
Técnico – Ministério da fazenda. Art. 32 LRF
Precatórios
São o resultado da perda de ações judiciais pelos governos federal, estadual, e municipal, portanto essa exigibilidade decretada pelo julgamento no poder judiciário será colocada no orçamento publico para pagamento em exercícios seguintes.
Preferencia no pagamento
Natureza alimentar – Art. 100 §1º CRFB e S. 655 STF
Pequenos valores – Art. 100 §3º CRFB e art. 87 ADCT
Cessão de direitos
A CRFB/88 autoriza o titular de precatórios a ceder a terceiros o credito. Art. 100 § 13 e 14 CEFB/88
Compensação realizada pela fazenda publica art. 100 §9 e 10 CRFB/88
SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL
O tributo decorre do poder de império de estado
Base constitucional para legislar sobre tributos
Art. 24, I CRFB/88
Art. 30, III CRFB/88
Lei 5172/66 (CTN)
A naturesa jurídica do CTN é de lei complementar pois foi recepcionado pela CRFB/88 como norma geral
Tributo é uma receita publica derivada imposta pelo Estado para custeio da maquina publica.
Conceito art. 3º CTN
Toda prestação pecuniária compulsória – obrigatória através de lei que expressa o poder de império do Estado
Em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir – é possível o pagamento por meio de transação (art. 162 CTN)
Que não constitua sansão de ato ilícito – multa não é tributo, apenas tem fim pedagógico.
Instituída em lei – principio da legalidade (art.150, I CRFB/88 e art. 97 CTN, I) 
Cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada – o agente fiscal tem o pode (dever) de fiscalizar e cobrar o tributo. 
AULA 06 - 05/09/17
Teoria da espécie tributaria
Teoria tripartite – é a teoria que defende a tese que as espécies são aquelas previstas no artigo 5º CTN
I. Imposto
II. Taxas
III. Contribuições de melhorias
Obs. A exigência de contribuição por melhoria possui dois requisitos:
Obra publica efetivamente realizada
Valorização mobiliaria em relação a essa obra
Teoria pentapartite – defende a tese de que além das espécies previstas no artigo 5º CTN e do artigo 148 CRFB/88, existem as contribuições especial conforme dispõe o artigo 149 CRFB/88
Contribuições especiais
Contribuições sociais para seguridade social (COFINS)
Contribuição de intervenção de domínio econômico (CID)
Contribuições corporativas: sindical, e laborativa. Ex. CRA, OAB, CREMERJ.
RE Nº 146.733 SP Min. Moacir Alves
RE Nº 138.284 SP Min. Carlos Veloso
Contribuição social de iluminação publica (COZIPE)
Obs. ADIM 03.026
A referida contribuição foi exigida no primeiro momento como espécie de taxa. No entanto em decisão do STF por entender este que a referida cobrança não atende aos requisitos do artigo 79 CTN considerou inconstitucional a sumula 610 STF
Principio do custo beneficio
Função dos tributos
Função fiscal – o tributo tem a finalidade de mera arrecadação sem limite de valor a entrar nos cofres dos entes federativos.
Obs. Estes tributos, via de regra, e salvo exceções, não são vinculados a nenhuma despesa publica. (principio da não afetação da receita publica). Ex. imposto de penhor, IPVA, IPTU. A função deste impostos é fiscalizadora para custeio de toda a maquina publica (art. 167, IV CRFB/88)
Extra fiscal – a finalidade dos tributos é a regulação da economia e proteção de determinados bens públicos. (deixar de pagar quando doença)
IOF – imposto sobre operações financeiras – aumento do IOF protege as reservas cambiais.
Obs. Qualquer imposto em caráter extraordinário poderá ser utilizado com função extra fiscal.
Para fiscal – a finalidade do tributo é o credito da atividade estatal, prestação de serviço publico, ou segundo a doutrina, contra prestação estatal. Ex. taxas, contribuições sociais/especiais e os empréstimos compulsórios – função de custeio, manutenção.
Obs. Sua arrecadação esta vinculada a determinada despesa.
Obs. Sua arrecadação deve estar pautada pelo princípio do custo beneficio
AULA 07 - 12/09/17
Repartição de receita tributaria
	Taxa (tributo)
	Preço publico
	É instituído por lei
	É previsto em contrato administrativo
	Revestida de compulsoriedade
	Respeita a autonomia de vontade
	Visa o custeio da atividade estatal
	Tem por finalidade o lucro
	Prevalece o interesse publico
	Prevalece o interesse particular
(principio da livre iniciativa)
	Decorre de uma atividade publica indelegável
	Atividade pode ser transferida ao particular
	Deve existir efetiva prestação do serviço ou simples disposição
	Só é cobrado o serviço efetivamente prestado
	Independente do pagamento do tributo o estado vai executar o serviço ou exercitar seu poder de policia administrativa
	O não pagamento do serviço importa em cancelamento contratual
	É cobrado sobre um serviço inerente a soberania do estado
	Sua cobrança não interfere na soberania do estado
	É sujeito as limitações constitucionais de tributos
	De livre negociação entre os interessados
Taxa – art. 145, II CRFB/88 e 77 a 79 CTN
Conceito – tributo cobrado em razão do exercício regular de policia administrativa e de serviços públicos específicos e divisíveis oferecido ou posto a disposição
Competência tributaria – a doutrina apresenta de acordo com a classificação como de competência comum a todos os entes federativos nos termos do artigo 145, II CRFB/88
Fato gerador
Exercício regular do poder de policia
Obs. O exercício deve ser regular efetivo e pautado na lei instituidora da atividade estatal. O que é poder de policia? Art. 78 CTN
Serviço publico especifico e divisível (art. 77 CTN)
Obs. A doutrina entende que o serviço publico, para exigência de taxa, deve ser especifico quanto ao contribuinte que paga imensurável, ou seja, deve ser possível a divisão em unidade autônoma (art. 79, II e III CTN)
AULA 08 - 19/09/17
Poder de policia administrativa (artigo 78 CTN)
Taxas – Sumula 545 STF c/c 78 CTN
Deve ser especifico e divisível (art. 79, II e III CTN)
Pode ser prestado ou posto a disposição (art. 79 ,I “a” e “b” CTN)
Limite constitucional das taxas
A taxa não pode ter a mesma base de cálculo dos impostos (art. 145 §2º CRFB/88)
Reforma tributaria
PEC Nº 233/08 Deputado Luiz Carlos Hauli
PEC nº 31/07 Deputado Luiz Carlos Hauli
Pontos abordados na reforma
A carga tributaria não poderá ultrapassar 35%.
Os fundos regionais serão mantidos.
O imposto de renda e a contribuição social serão unificados.
Será criado o IVA imposto sobre valores agregados, extinguindo o ISS, ICMS, IPI, PIS e COFINS, SIDE e salario educação.
Desvinculação de receita da UNIÃO (DRU 30%)
A DRU tem sua origem no fundo social de emergência de 1994. A DRU tem por objetivo dar maior flexibilidade a locação de serviços públicos em situações emergenciais ou extraordinárias.
Finalidade da DRU
Permitir a adoção mais adequada de recursos orçamentários.
Evitar que determinadas despesas fiquem com excesso de recursos vinculados, ao mesmo tempo que outra áreas apresentam carência.
Permitir a realização de despesas sem endividamento adicional da UNIÃO.
RE 566.007 Min. Carmem Lucia
RE 537.610 Min. Cesar Peluso
RE 793.564 Min. Marco Aurélio
Capacidade e competência tributaria
Competência conceito – é o poder atribuído em sede constitucional para editar leis que instituam, majorem ou apliquem isenção tributaria.
Capacidade conceito – são atribuições administrativas que podem ser delegadas para o exercício da fiscalização e cobrança dos tributos. Ex. Receita Federal no Brasil.
Competência – classificação doutrinaria
Competência privativa (exclusiva) – é irrenunciável, intrasferível e indelegável.
UNIÃO – art. 153 CRFB
I. Imposto de importação
II. Imposto de exportação
III. Imposto de renda
IV. IPI
V. IOF
VI. ITR
VII. IGR
Obs. A doutrina majoritária adotou a tese de que o fato gerador do imposto de renda é o acréscimo patrimonial.
As indenizações de seguros e os valores recebidos por desapropriação em razão de interesse publico não serão tributáveis pelo imposto de renda, e a razão é bem simples não se caracteriza o acréscimo patrimonial do contribuinte (art. 43 CTN)
(7 impostos de competência privativa da UNIÃO)
Empréstimos compulsórios (art. 148 CRFB)
AULA 09 - 26/09/17
ESTADOS – art. 155 CRFB/88
I. ITCMD – ITD
II. ICMS
III. IPVA
Tributa-se com ICMS algumas prestações de serviços, dentre os quais o transporte intermunicipal e telecomunicações. A doutrina e jurisprudência defendem a tese, no caso de vendas de mercadorias e produtos, de que só há incidência quando houver transferência de propriedade. Sumula 166 STJ.
MUNICIPIOS – art. 156 CRFB/88
I. IPTU
II. ITBI
III. ISS
COZIPE (art. 149 A CRFB)
O contribuinte declara ao fisco quanto vai pagar pelo imóvel e a fazenda publica concorda ou não, apresentando um valor que seria a base de calculo do ITBI.
 A diferença entre o valor negociado é aquela que o fisco entende como valor real de mercado sempre será maior.
Competência cumulativa – arts. 147, 155, 156, 149 A CRFB/88 – DF
Competência residual – art. 154, I CRFB/88 requisitos:
A lei que vier a instituir o imposto deve ser complementar (art. 146 CRFB/88)
Deve ser aplicado ao imposto o principio da não cumulatividade.
O imposto não pode ter fato gerador e base de calculo dos impostos já previstos na CRFB/88.
Competência extraordinária – art. 154, II e III 
Será exigido em caso de guerra externa
Sua existência será enquanto durar a guerra
O imposto não está sujeito aos princípios da anterioridade enoventena.
Competência comum - art. 145, II e III e art. 149 CRFB/88 – contribuições sociais.
Taxas
Contribuições de melhorias 
Contribuições previdenciária dos servidores
Repartição de receita tributaria
A repartição é uma forma de redistribuir a receita tributaria com os demais entes da federação.
Os repasses decorrentes da repartição de recita são obrigatórios e previstos em cede constitucional.
Direta – art. 157 CRFB/88 estados e DF
IRRF Sumula 447 STJ – 100% para os estados
Art. 154, I CRFB residual? – 20% para os estados
Art. 158 CRFB/88 - IRRF – 100% para os municípios
ITR – 50% para os municípios (regra)
ITR – 100% para os municípios (convenio art. 153 §4º, III CRFB)
IPVA – 50 % para os municípios
ICMS – 25% para os municípios. 
 
AULA 10 – 03/10/2017 PROVA
AULA 11 – 17/10/2017 
LIMITAÇÕES CONSTITUCIONAIS AO PODER DE TRIBUTAR
CONCEITO: São garantias previstas em sede constitucional que limitam o poder de tributar do Estado.
NATUREZA JURIDICA: É um direito fundamental previsto em sede constitucional, Art; 5º § 2º - Art. 60 § 4º - ADIM 9397\DF.
OBS: Esse direito não pode ser afastado por emenda constitucional, por ser tratar de uma clausula pétrea, são consagrados. Categoria de direito fundamental não podem ser retirados.
PRINCIPIOS FUNCIONAIS DO ESTADO
1) Princípio da Legalidade Tributária
Garante que a imposição tributária seja feita por lei que atenda à igualdade e à generalidade, dirigida ao interesse de todos, e não por contratos que objetivem a defesa de interesse das partes que neles intervêm.
2) Principio da Segurança Jurídica
3) Princípio da Anterioridade Plena 150, III, A
4) Princípio da Isonomia vertical\horizontal
5) Principio da Capacidade Contributiva
6) Principio da Progressividade
7) Principio da Seletividade
8) Principio da Essencialidade
9) Princípio da não confisco
10) Principio da Imunidade de trafego
11) Principio da Uniformidade Geográfica
12) Principio da vedação de distinção
13) Princípio da não cumulatividade
14) Principio da generalidade
15) Principio da universalidade
16) Princípio da não Surpresa
17) Principio da vedação de isenções heterônomas
18) Principio da NON OLET
DOUTRINADORES DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS E O CONFLITO ENTRE PRINCIPIOS\REGRAS
A) RONALD Dworkin - E.U.A = OBRA: Levando os direitos a sério
Para a doutrina as regras funcionam como TUDO OU NADA, ou seja, no conflito entre as regras, a 1º é válida enquanto a outra não (subsunção). Em relação aos Princípios no caso concreto, estes servem de suporte para a decisão do magistrado, juntamente com outros elementos, devendo ocorrer, SOPESAMENTO, de qual é mais importante, ponderando sem invalidar o que foi considerado. Princípios fundamentais e constitucionais.
B) ROBERTO ALEXY – ALEMANHA = OBRA: Teoria dos direitos fundamentais.
Para os doutrinadores as normas são regras, em que havendo conflito aplica-se quando possível, uma clausula de exceção, quando não o for, será considerado uma das regras.
EX: Aplica-se subsunção, caso não possa, invalida-se.
Em relação aos Princípios defende a tese que são mandados de OTIMIZAÇÃO, por poderem ser satisfeitas em graus variados, pelo fato da medida devida de sua satisfação não depende das possibilidades fáticas mas das possibilidades jurídicas. Na verde o que ocorre é que um dos Princípios tem precedência em face do outro sobre determinadas condições.
Com a ponderação de Princípios, Alexy, utiliza-se da máxima da Proporcionalidade, Adequação e Necessidade.
C) HUBERTO AVILLA – BRASIL
O doutrinador brasileiro faz severas críticas a recepção no Brasil da doutrina, de Alexy. 
SOLUÇÃO DE CONFLITOS PRINCIPIOLOGICOS
Surge com defeito, os Princípios não estão no mesmo nível. Questiona recebimento – se análise crítica, pois em seu magistério a recepção tem gerado: Relativismo axiológico, submissão do Princípio ao nível de defectibilidade carecedora de ponderação. Aplicação às cegas, sem critérios prévios e claros no caso concreto, sujeita todos ao decisionismo arbitrário como base em Hinduísmo moral.
SOLUÇÃO: A solução mais viável, seria a JUSTIFICAÇÃO, no lugar da distinção do conflito ou a força normativa dos Princípios ou regras coincidentes. (ROBERTO AVILA)
EXEMPLOS PRATICOS DE CONFLITO
A) P. DO INTERESSE PUBLICO X P. NÃO CONFISCO
B) P. DA LEGALIDADE X P. DA SEGURANÇA JURIDICA – SUMULA DO STF= 584
C) P. DA RESERVA DO POSSIVEL X P. DA DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA
D) P. DA CELERIDADE X P. DA AMPLA DEFESA E CONTRADITORIO - SUMULA DO STF = 28
CONCEITO DE PRINCPIO
É o mandamento nuclear, de um sistema, verdadeiro alicerce dele, disposição fundamental que se erradia sobre diferentes normas, copando-se o espirito e servindo de critério para sua exata compreensão e inteligência, exatamente para definir a lógica e racionalidade do sistema normativo no que lhe confere a tônica de dar sentido harmônico.
VALORES JURIDICOS PROTEGIDOS PELA LIMITAÇÕES DO PODER TRIBUTARIO
1 – SEGURANÇA JURIDICA
2 – JUSTIÇA DA TRIBUTAÇÃO
3 – LIBERDADE JURIDICA
4 – FEDERAÇÃO
AULA 11 – 24/10/2017 
 
ESTUDAR PARA AV2 - Teoria da obrigação - Responsabilidade tributaria - Princípios e Exceções
OBS: Ao analisarmos a tabela, na versão vertical e horizontal visualizamos Princípios em forma de valores. São: Principio da capacidade contributiva – Mínimo existencial – Isonomia – Genialidade.
 
Limitações ao poder de tributos
Fases dos Princípios
A) INFORMADO: Serve de aparente e base para o legislador no seu exercício legiferante.
B) NORMATIVO: Serve para preencher as lacunas, por meio da integração normativa, art 108 CTN.
C) FUNÇÃO INTERPRATIVA: Os princípios são fontes acessórias na interpretação.
I - VALOR DA SEGURANÇA JURIDICA
1) LEGALIDADE (TIPICIDADE) 
ARTIGOS: 153, §1º, CF/88 – 97, §2º e 97, I do CTN – 150, I CF/88
* EXCEÇÕES: 
A EXCESSÃO prevista no §1º do artigo 153 é APARENTE, pois, o chefe do poder executivo deve observar a lei especifica de cada imposto, no que tange as suas alíquotas.
I. Imposto de importação
II. Imposto de exportação
III. Imposto de renda
IV. IPI
V. IOF
2) IRRETROATIVIDADE 
ARTIGOS: Art. 150, III, A CF/88 – Art. 105, CTN
Limitação ao Poder de Tributar – Sumula: 584 STF
* EXCEÇÕES: Não se aplica ao IMPOSTO DE RENDA.
3) ANTERIORIDADE TRIBUTARIA PLENA (NÃO SURPRESA)
ARTIGOS: 150, §1º, CF/88
O Princípio da Anterioridade Tributária Plena, disciplina que a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios estão proibidos de cobrar qualquer tributo no mesmo exercício financeiro ou antes de 90 (noventa dias), da data de publicação da lei que os institui ou aumenta.
* EXCEÇÕES:
I. Empréstimo Compulsório art. 148, I CF/88
II. Imposto de importação art. 153, I CF/88
III. Imposto de exportação art. 153, II CF/88
IV. IPI art. 153, V CF/88 
V. IOF ART. 153, V CF/88
VI. Imposto Extraordinário de Guerra art. 154, II CF/88
OBS: Vale data da publicação, não se aplica o Princípio da Anterioridade Plena, nos Princípios acima citados.
4) ANTERIORIDADE MITIGADA 
ARTIGOS: Art. 150, III, A CF/88
EXCEÇÕES: 
I. Empréstimo Compulsório art. 148, I CF/88
II. Imposto de importação art. 153, I CF/88
III. Imposto de exportação art. 153, II CF/88
IV. IPI art. 153, V CF/88 
V. IOF ART. 153, V CF/88
VI. Imposto Extraordinário de Guerra CF/88 art. 154, II
OBS: O IPI, não é exceção ao Princípio da Anterioridade Noventena, mesmo sendo imposto de junção EXTRAFISCAL. 
SUMULA – 50 STF e a fixação da base de cálculo do IPVA E IPTU.
II – JUSTIÇA DA TRIBUTAÇÃO 
1) ISONOMIA
É previsto no art. 150, II CF/88, e sua aplicação deve observar a igualdade, tanto horizontal quanto vertical, na medida da igualdade ou desigualdade de cada contribuinte.
2) GENERALIDADE, UNIVERSALIDADE E PROGRESSIVIDADE
São previstos no art. 153, § 2º, I CF/88. A tributação alcançaa Generalidade de Pessoas (isonomia), a Universalidade de Rendimentos e é Progressivo na medida da Capacidade de cada Contribuinte.
3) CAPACIDADE CONTRIBUTIVA
Aplica-se aos tributos de natureza pessoal, Ex: IR – IMPOSTO DE RENDA, previsto no art. 145, §1º CF/88.
4) NÃO CONFISCO
A tributação deve ser razoável e não pode expropriar o contribuinte, previsto no art. 150, IV, CF/88.
5) NON LEOT (DINHEIRO NÃO TEM CHEIRO)
Em obediência ao Princípio da Isonomia e da Capacidade Contributiva, toda renda não importando a origem ou a validação jurídica do ato, deverá ser tributado, art. 118, I, II CTN.
III – LIBERDADE JURIDICA
1) PROIBIÇÃO DA VEDAÇÃO AO TRAFEGO
Previsto no art. 150, V da CF/88, a EXCEÇÃO é o pedágio, que embora limite o trafego de veículos todavia não é tributo.
2) VEDAÇÃO A DIFERENCIAÇÃO EM RAZÃO DA PROCEDENCIA OU DESTINO
É o princípio que veda aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios estabelecer diferença tributária entre bens e serviços, de qualquer natureza, em razão de sua procedência ou destino. A guerra fiscal entre os Estados Membros da Federação fere, diretamente, este princípio e, o que parece, ainda não tem data marcada para terminar, art. 152, CF/88.
3) NÃO CUMULATIVIDADE 
Este sistema é conhecido como “débito x crédito”, onde abate-se do montante devido pelo contribuinte o valor pago por este em etapas anteriores, em suas compras de bens ou serviços já tributados pelo imposto.
Aplica-se ao IPI, ICMS, PIS E A COFINS
IV – VALOR DE FEDERAÇÃO 
1) UNIFORMIDADE GEOGRAFICA
Princípio veda à União Federal instituir tributo que NÃO seja uniforme em todo o território nacional ou que implique distinção ou preferência em relação à Estado, ao Distrito Federal ou a Município, em detrimento de outro, admitida a concessão de incentivos fiscais destinados a promover o equilíbrio do desenvolvimento socioeconômico entre as diferentes regiões do País, Art. 151, I CF/88.
2) VEDAÇÃO HETERONOMA
É vedado à União instituir isenções de tributos da competência dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios. Assim, resta a proibição da União isentar tributos que não as sua competência, apenas pode isentar o ente que pode tributar, art. 151, III, A CF/88.
3) IMUNIDADE RECIPROCA 
A imunidade tributária recíproca, no Direito Tributário, estabelece que os entes da Federação (União, Estados, Distrito Federal e Municípios) são reciprocamente imunes a impostos sobre renda, patrimônio e serviços instituídos entre estes. Esta imunidade tem seu fundamento na Carta Magna, em seu art. 150, VI, “a”.
OBS: Estados não podem cobrar impostos uns dos outros, porém, taxa pode.
AULA 11 – 31/10/2017 
IMUNIDADE TRIBUTÁRIA: É a limitação ao poder de tributaria, excluindo da hipótese de incidência, patrimônio, rendas e serviços de acordo com o texto CF/88.
PROTEÇÃO DO PACTO FEDERATIVO
PROTEÇÃO DO TEMPLO: Templo, não necessariamente precisa ser uma igreja nas suas mais perfeitas e magnificas obras, pode ser um ponto de encontro religioso, local de concentração com finalidade religiosa.
ATENÇÃO: Por fim, cabe-nos ressaltar a decisão do STF (RE 562.351) no sentido de que a maçonaria não é alcançada pela imunidade religiosa, já que nas lojas maçônicas não se professa qualquer religião.
 
ESTUDO : Artigo 150, inciso VI, Alíneas A, B, C, D, E
Alínea A: As imunidades subjetivas podem ser exemplificadas pela imunidade recíproca. De acordo com o art. 150, VI, a, da CF/88, é vedado à União, aos Estados, ao DF e aos Municípios instituir impostos sobre o patrimônio, a renda ou serviços, uns dos outros. Observe que a imunidade é direcionada a pessoas políticas, mas não o é às empresas privadas, por exemplo. Com isso, fica clara a importância que tem a “pessoa” para se definir se haverá ou não imunidade.
Alínea B: O art. 150, VI, b, da CF/88 veda que todos os entes federativos cobrem impostos sobre os templos de qualquer culto. Levando em consideração o disposto no art. 5°, VI, da CF/88, podemos dizer que a liberdade de culto é um direito individual, o que faz com que a imunidade ora analisada se configure uma cláusula pétrea.
Alínea C: Ainda quando alugado a terceiros, permanece imune ao IPTU o imóvel pertencente a qualquer das entidades referidas pelo art. 150, VI, “c”, da Constituição Federal, desde que o valor dos aluguéis seja aplicado nas atividades para as quais tais entidades foram constituídas. Direito a informação, imunidade objetiva. Sumula: 724 STF - Tem por finalidade proteger o pluralismo e a assistência social.
Alínea D: Dispõe o artigo 150, VI, “d”, da CF/88, que é vedado aos entes federados instituir impostos sobre livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão. Com base em diversos precedentes o STF editou a súmula 657 ampliando a abrangência dessa imunidade. A citada súmula assim dispõe: “A imunidade prevista no art. 150, V, d, da CF abrange os filmes e papéis fotográficos necessários à publicação de jornais e periódicos.” – Direito a informação, imunidade objetiva - É objetiva também, o acesso à cultura e ao lazer.
TEORIA GERAL DA OBRIGAÇÃO TRIBUTARIA
CONCEITO: É a relação jurídica da qual (sujeito passivo = particular), tem o dever de prestar o dinheiro ao (Estado = Sujeito ativo), ou de FAZER, NÃO FAZER, TOLERAR. No interesse da arrecadação ou da fiscalização dos tributos, o estado, tem o direito de constituir contra o particular um CRÉDITO.
									Autor/ Hugo Brito Machado
A INFLUENCIA DO DIREITO CIVIL NA TEORIA DA OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA: A teoria da obrigação é tratado na parte especial do NCPC, 223 a 393. Parcela significativa da doutrina Civilista defende a tese, de que para caracterizar uma obrigação se faz necessário algum conteúdo econômico, ocorrendo interpretação divergente quanto a doutrina. Em relação ao direito tributário a maioria da doutrina, defende a tese que é latente a não obrigatoriedade de conteúdo econômico, e o fundamento principal é que, na teoria da obrigação tributária, existe aquelas denominadas acessórias.
MAIORIA DA DOUTRINA: Tem que haver conteúdo econômico.
MINORIA DA DOUTRINA: Não há necessidade.
NATUREZA JURIDICA TEORIA GERAL DA OBRIGAÇÃO TRIBUTARIA: É um obrigação LEX LEG, ou seja, embora toda obrigação decorra da lei, esta independe da vontade das partes.
TIPOS DE OBRIGAÇÃO TRIBUTARIA: Principal e Acessória
OBRIGAÇÃO TRIBUTARIA PRINCIPAL: Para uma obrigação ser caracterizada como principal ela deve ter conteúdo pecuniário, isto é, deve haver “dinheiro” envolvido na obrigação. O sujeito passivo fica compelido a entregar dinheiro ao Fisco. Dar – Entregar = É a obrigação de pagar o tributo ou a multa, decorrente da sanção. 
ATENÇÃO: A multa não se confunde com tributo, mas a obrigação de pagá-la é de natureza tributária, ou seja, uma obrigação tributária pode ter como conteúdo o pagamento de uma multa tributária, § 1º do art. 113, do CTN.
OBRIGAÇÃO TRIBUTARIA ACESSÓRIA: As obrigações acessórias possuem como finalidade auxiliar a arrecadação e fiscalização dos tributos. Isso significa que o objetivo é facilitar o cumprimento da obrigação tributária principal. São obrigações meramente instrumentais. No § 2º do art. 113, do CTN, foi previsto que o objeto das obrigações acessórias são as prestações positivas ou negativas, sendo-as FAZER, NÃO FAZER, TOLERAR.
FAZER: É a obrigação de realizar a estruturação contábil, emissão de notas fiscais ou recibos, entrega de declarações e todo e qualquer orientação normativa, que vise facilitar o procedimento de fiscalização.
Ex: IRPF – Dentro de uma Obrigação tributária acessória, pode haver uma obrigação Principal, o exemplo é o IRPF, caso o contribuinte não pague, terá MULTA, o que essa multa resultará em uma Obrigação Principal.
IRPF = PAGAMENTO ------- PAGAR FORA DO PRAZO = MULTA ------- MULTA = SANÇÃO = OB. PRINCIPAL
NÃO FAZER: Não omitir receitas tributarias, deixar de realizar as retenções na função de responsável tributaria, (INSS, IRPF, IRPJ ...ETC.)
TOLERAR: O contribuinte tem o dever de receber e prestar todas as informaçõessolicitas ao fisco. 
EX: Fiscal do fisco na empresa, mediante aviso prévio.
PENALIDADE TRIBUTARIA: O tributo não decorre de ato ilícito, logo uma multa aplicada em descumprimento, de uma obrigação acessória não poderia converter-se em tributo. O fato da MULTA, se converter em obrigação principal não altera sua natureza jurídica, tanto é, que ela não entra na ordem de preferência no caso de falência, art. 186, §Ú, CTN. A redação do §3º do art. 113 não modifica o conceito de tributo, apenas define que inadimplemento da obrigação acessória, faz surgir uma obrigação principal, ou seja, de pagar a penalidade.
FATO GERADOR

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