Baixe o app para aproveitar ainda mais
Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original
* TEORIA GERAL DO CRIME * TEORIA GERAL DO CRIME: FATO TÍPICO Conceito Formal ( aspecto externo / nominal do fato) “ Crime é o fato humano contrário à lei” (Carmignani); “ Crime é toda ação ou omissão proibida pela lei sob ameaça de pena” ( Heleno CláudioFragoso) → Contrariedade do fato a uma norma de direito. * TEORIA GERAL DO CRIME FATO TÍPICO Conceito Material ( Conteúdo do fato punível) - Em busca da paz social e da segurança jurídica, existe a necessidade por parte do Estado de valorização (valoração) dos bens ou interesses individuais e coletivos, ( Bem Jurídico Tutelado); Obs. “ Princípio da interferência mínima” Proteção do bem jurídico → Estabelecimento de pena; “ Crime é a conduta humana que lesa ou expõe a perigo um bem jurídico protegido pela lei penal” (Magalhães de Noronha); * CONCEITO DE CRIME Conceitos Analíticos: ( Exame de características e aspectos do crime) -Crime: “Ação humana, antijurídica, típica, culpável e punível” ( Basileu Garcia); * Punível – Nelson Hungria estabelece que este elemento não compõe o crime, visto que existe a possibilidade de elementos de extinção de punibilidade; ( Ex. Art. 107 do CP – extinção de punibilidade); * CONCEITUAÇÃO DE CRIME Conceitução de Crime : Ação típica, antijurídica e culpável. Antijuridicidade – (injusto) – Desaprovação do ato; Culpabilidade – Atribuição do fato ao autor; Crime sob o aspecto formal - características: - Conduta humana Positiva ( ação); Negativa ( omissão); CONDUTA TÍPICA / ANTIJURÍDICA * TEORIA ANALÍTICA Crime sob o aspecto analítico – Tipicidade – fato descrito em norma como infração; Antijuridicidade – contrariedade ao ordenamento jurídico; Culpabilidade ( Causalistas enquadram como componente do crime); Punibilidade ( Conseqüência jurídica do delito); * REQUISITOS/ ELEMENTOS CIRCUNSTÂNCIAS ◘ Requisitos, Elementos e Circunstâncias do crime: - Requisitos Genéricos: Tipicidade / Antijuridicidade ( Ilicitude); - Requisitos Específicos : Elementos do crime ( circunstancias elementares – Art. 30 CP) - Necessidade de concretização de todos os elementos para a ocorrência do crime – (Consumação); ( obs. Art. 155 CP – furto- “ subtrair para si ou para outrem coisa alheia móvel”); * REQUISITOS/ ELEMENTOS CIRCUNSTÂNCIAS - Circunstâncias – ( como o fato ocorreu); - Dados relacionados ao tipo penal e que podem: Aumentar ( Agravar) * Art. 121 § 2º ( hom. qualific.) Diminuir ( Atenuar) ► PENA * Art. 121 § 1º ( hom. privileg.) → Gerais; → Específicas; * ILÍCITO PENAL x ILÍCITO CIVIL Ilícito Penal X Ilícito Civil * Ilícito penal – ( sanções penais ( penas : privativas de liberdade/ restritivas de direito); * Ilícito civil – ( sanções civis - indenização; administrativas – demissão, suspensão; tributárias – multa tributária); * TIPO PENAL Tipo penal Tipo – Modelo Tipos dolosos / Tipos culposos: Teoria Causalista – dolo e culpa estão presentes na culpabilidade; Teoria Finalista – dolo e culpa compõe o próprio tipo; * TIPO DOLOSO X TIPO CULPOSO Tipo doloso: elemento objetivo – descrição abstrata do comportamento; elemento subjetivo – elemento intencional; ( vontade livre e consciente de agir); Tipo culposo: ( Imperícia, Imprudência e Negligência) Tipo aberto onde se descreve o resultado – Análise da existência da CULPA; * FATO TÍPICO FATO TÍPICO: ( enquadramento do fato cometido ao tipo penal) Elementos do Fato típico: a)Conduta ( ação / omissão); b)Nexo causal ( relação de causalidade); c)Resultado; d)Tipicidade; * TEORIA CAUSALISTA Teorias sobre a conduta: Teoria Causalista: → Comportamento humano voluntário no mundo exterior; ( *fazer ou não fazer) → Verificação da ação voluntária do agente; → Para os causalistas o importante é a ação, pois o elemento de finalidade deve ser verificado na análise da culpabilidade; ► Crítica: Dificuldade na definição da tentativa; * TEORIA FINALISTA Teoria Finalista: (adotada pelo Código Penal brasileiro) → Conduta como atividade final humana; → Fazer ou não fazer que implica em uma finalidade; → Vontade dirigida a um fim; Elemento importante é a vontade de cometer a ação ou omissão; * TEORIA SOCIAL Teoria Social: → Ação representa uma conduta socialmente relevante; ( valoração) → Fato típico esta relacionado à relevância social da ação; * Pugilista / Cirurgião / Policial; * CONDUTA Pela teoria finalista: “ Conduta é a ação ou omissão humana consciente e dirigida a determinada finalidade” ( Damásio de Jesus); Características: - Comportamento humano; ( elementos naturais / Pessoa Jurídica); - Repercussão externa da vontade ( manifestação exterior da vontade); - Aspecto psíquico ( comando cerebral) - Aspecto mecânico ( movimento ou abstenção do movimento) * CONDUTA Obs: Não representa conduta: ►Coação física irresistível; ►Sonambolismo, hipnose, embriaguez completa; ►Estado de inconsciência; * CONDUTA Formas de Conduta: ◘ Comissiva ( Agir); ◘ Omissiva ( Não Agir) – “ espera-se uma ação que não é realizada”; ♦ Crime omissivos próprios – A omissão é estabelecida no tipo penal; ( art. 135 CP- omissão de socorro); * CONDUTA ♦ Crimes comissivos por omissão – O resultado é atingido apesar de ser comissivo, pela omissão ( não agir) de quem possuía o dever jurídico de agir; Art. 13. § 2º / Dever de Agir incumbe a quem: - Tenha por lei obrigação de cuidado, proteção e vigilância; - De outra forma assumir a responsabilidade de impedir o resultado; ( babá / Médico); - Com seu comportamento anterior, criou o risco da ocorrência do resultado; * Obrigação de evitar ação de terceiros : Pai – Filho/ Tutor – Pupilo; * Entendimento do STJ: “ Só tem relevância penal a omissão de providência com virtude de impedir o resultado, por quem podia e devia agir nesse sentido” * Obs: Quando inexiste o dever de agir → existe a conveniência – participação negativa; * RELEVÂNCIA DA OMISSÃO Art. 13 § 2º - Omissão é atribuída a quem no caso concreto pudesse agir para evitar o resultado; Pode agir quem: ► Tem conhecimento da situação de fato; ► Tem consciência da condição que o coloca na qualidade de garantidor; ► Tem consciência de que pode executar a ação; ► Tem a possibilidade real-fisica de executar a ação; * OMISSÃO DOLOSA E CULPOSA Omissão dolosa: Consciência de que deve agir + vontade de não fazê-lo; Omissão culposa: Sentido estrito: Erro de apreciação da situação típica; ( pai não socorre o filho que grita) Erro na execução da ação; ( jogar gasolina pensando ser água, para apagar fogo) Erro sobre a possibilidade de agir; ( não salvar quem se afoga em água rasa) * CASO FORTUITO E FORÇA MAIOR Caso Fortuito / Força maior: Caso fortuito- quebra da barra de direção e causa acidente; Força maior- agente coagido a apontar o gatilho de arma de fogo; * RESULTADO - Conceito naturalístico: - Resultado- modificação do mundo exterior provocado pelo comportamento humano voluntário; ( morte da vítima ( homicídio) / deteriorização da coisa (dano) Damásio de Jesus (classificação dos resultados): - Físico (dano); -Fisiológico (lesão / morte); - Psicológico (temor da ameaça); ► Resultado – Lesão ou perigo de lesão de um interesse protegido pela norma penal; * NEXO DE CAUSALIDADE CONDUTA →(nexo de causal)→ RESULTADO - Causa ( Sentido Jurídico Penal): 1- Teoria da causalidade adequada (condição mais adequada para produzir o resultado); 2- Teoria da eficiência ( condição mais eficaz para produção do resultado); 3- Teoria da relevância jurídica ( tudo que concorre para o evento ajustado à figura penal); * ELEMENTOS DA CONDUTA VONTADE; FINALIDADE; EXTERIORIZAÇÃO; CONSCIÊNCIA; * NEXO DE CAUSALIDADE * Art. 13 do CP → “O resultado, de que depende a existência do crime, somente é imputável a quem lhe deu causa. Considera-se causa a ação ou omissão sem a qual o resultado não teria ocorrido”. ►Teoria da equivalência das condições ou equivalência dos Antecedentes → não existe a distinção entre CAUSA e CONDIÇÃO; * NEXO DE CAUSALIDADE - Todos os fatos que concorrem para a eclosão do evento devem ser considerados causa deste; - AÇÃO- causa; - AGENTE- causador; ♦ Processo hipotético de eliminação: - Reconhecer condição como causa do resultado * NEXO DE CAUSALIDADE Causa é todo antecedente que não pode ser suprimido in mente sem afetar o resultado; Ex. Vítima que se fere ao fugir de injusta agressão; Obs. Crítica à teoria da equivalência das condições, pois a corrente causal poderia ir ao infinito; ♠ Disparo – atirador – vendedor da arma – fabricante – mineradora do ferro - ....... * NEXO DE CAUSALIDADE - Pratica conduta típica quem agiu com dolo ou culpa para a realização do efeito danoso; Obs. Adoção do princípio da conditio sine qua non; ► A jurisprudência estabelece que a dúvida em relação à existência do nexo de causalidade impede a responsabilização do agente pelo resultado; * CAUSA SUPERVENIENTE Causa superveniente: - Causa superveniente absolutamente independente; - pessoa é envenenada, porém vem a óbito pela queda de parte do teto do hospital; - Causa superveniente relativamente independente; - Morte de vítima de disparo de arma de fogo por infecção hospitalar no orifício de entrada do projétil; ( obs. Se não ocorresse o ferimento não ocorreria a infecção); * TIPICIDADE Fato Concreto - Adequação à descrição na lei; Obs. Fato concreto + Antijuridicidade + elementos normativos e subjetivos; Tipicidade é indício de antijuridicidade do fato; - Tipicidade indireta – existe a necessidade de normas complementares; Peculato – necessidade regulamentação do termo Funcionário Público; * TIPICIDADE Crimes fechados: tipicidade já indica a antijuridicidade; Crimes abertos: o elemento de antijuridicidade deve ser interpretado; ( Ex. Crimes culposos – descreve apenas um resultado) TIPO- descrição abstrata da ação proibida ou da ação permitida; Tipos incriminadores – Condutas proibidas; ( nullum crimen sine lege); Tipos permissivos / justificadores – condutas permitidas; ( exclusão de ilicitude ); * ATIPICIDADE Atipicidade- Ausência de tipicidade; Absoluta- ação não tipificada – ( exercer prostituição); Específica- Ausência de um dos elementos normativos do tipo; ( funcionário público no crime de peculato); Tipos – normais – apresentam apenas elementos objetivos, não necessitando valorações; – anormais – necessita valoração por apresentar também elementos de interpretação; * PRINCÍPIOS DIREITO PENAL ⇨ Princípio da insignificância (bagatela); * Ocorre exclusão de tipicidade / Não há crime a ser apurado; ⇨Princípio da intervenção mínima: Direito penal deve se preocupar com os bens jurídicos de maior relevância e tipificar apenas condutas relacionadas à ofensa a tais bens; * CONFLITO APARENTE DE NORMAS ► Conflito Aparente de normas: FATO - norma; - norma; - norma; Existe a vedação do conflito aparente de normas, pelo princípio non bis in idem; * RESOLUÇÃO DO CONFLITO APARENTE DE NORMAS 1- Princípio da especialidade – Derrogação da norma geral pela norma especial; 2- Princípio da subsidiariedade – Lei principal anula a subsidiária; 3- Princípio da consunção ( absorção) – Anulação da norma já contida em outra; Ex. lesão corporal é absorvido pelo crime de homicídio; Princípio da alternatividade – Quando o tipo definir várias condutas alternativas, o agente será enquadrado em apenas uma; Ex. Lei de Drogas e Porte de arma; * SUJEITO ATIVO DO CRIME SUJEITO ATIVO DO CRIME Aquele que pratica o fato típico; ( conduta descrita na lei) Conceito abrange também : Co-autor / Partícipe; Capacidade Penal do Sujeito Ativo – Conjunto de condições exigidas para que um sujeito possa tornar-se titular de direitos ou obrigações no campo do Direito Penal; CAPACIDADE PENAL X IMPUTABILIDADE (momento do crime) * Capacidade penal de pessoas Jurídicas Capacidade penal das Pessoas Jurídicas (ficção legal); Sujeito Ativo – Crimes contra ordem tributária e financeira / economia popular; - Crimes ambientais; Penas: Perda de bens / multa / suspensão ou interdição de direitos; * Capacidade penal de pessoas Jurídicas Sujeito Passivo – Possibilidade de sofrer a ação delituosa; Ex. Crimes contra o patrimônio / Crimes contra a honra (lei de imprensa / Peculato ( ESTADO – pessoa jurídica de Direito Público); * CAPACIDADE ESPECIAL DO SUJEITO ATIVO Capacidade especial do sujeito ativo: Necessidade em certos delitos de uma capacidade especial (médico – Art. 302 dar o médico testado falso; / Posição de fato ( gravidez) – Art. 124 CP -aborto; Crimes próprios ou especiais; Crimes de mão própria ou atuação pessoal; ►observar a capacidade especial em sujeitos ativos e sujeitos passivos do delito; * SUJEITO PASSIVO DO CRIME Titular do bem jurídico lesado ou ameaçado pela conduta criminosa; → Sujeito passivo constante ou formal (Estado) – ofensa ao ordenamento; → Sujeito passivo eventual ou natural (titular do interesse penalmente protegido); Obs. Alguns crimes exigem uma condição especial da vítima ( sujeito passivo) do crime; Art. 123 CP (infanticídio) – condição de ser recém nascido; * IMPOSSIBILIDADE JURÍDICA ►Segundo a interpretação do Direito Penal não existe a possibilidade de uma mesma pessoa ser Sujeito Ativo e Passivo de uma mesma ação delituosa; Ex. Auto-lesão ( possibilidade de crime contra seguradora) / Rixa ( sujeito é autor e vítima de agressões distintas); * OBJETO DO CRIME: Tudo aquilo contra o que se dirige a conduta criminosa; Objeto Jurídico – bem-interesse protegido pela norma ( vida, patrimônio, honra, integridade física) Objeto Material – pessoa ou coisa sobre qual recai a conduta criminosa ( sofre diretamente a ação tipificada) ►Existem crimes sem objeto material / Ex. Ato obsceno (art. 233 CP); Falso Testemunho (art. 342 CP); * Título e Classificação das infrações penais: Infração Penal = Crime ou Contravenção; Título da infração é sua denominação jurídica Ex. Art. 121caput CP (matar alguém) – homicídio simples → Título; Títulos genéricos ( Crimes contra a vida / Crimes contra a honra / Crimes contra o patrimônio); Títulos específicos ( homicídio / injúria, calúnia, difamação / furto, roubo); * CRIME x CONTRAVENÇÃO Classificação quanto a gravidade: - Teoria tripartida: infrações penais classificam-se em: CRIME / DELITO / CONTRAVENÇÃO; - *Teoria bipartida: infrações penais classificam-se em:CRIME ou DELITO / CONTRAVENÇAO; * Adotada no Brasil; ► A diferença entre Crime e Contravenção é estabelecido pela lei, que apresenta distinção formal quantitativa. ( Crime – Reclusão ou detenção e multa / Contravenção – prisão simples e/ou multa); * CLASSIFICAÇÃO DOS CRIMES Crimes Instantâneos – Consumação não se prolonga no tempo; Ex. Homicídio- Consumação se dá com a morte; Crimes Permanentes – Consumação se prolonga no tempo; Ex. Receptação (art. 180 CP) / Seqüestro ( art. 148 CP); Crimes Instantâneos com efeitos permanentes – Consumação se dá em dado momento, porém as conseqüências prolongam-se independente da vontade do autor; Ex. Lesão Corporal seguida de morte; Aspecto processual: Tempo e possibilidade do flagrante; * CLASSIFICAÇÃO DOS CRIMES Crimes Comissivos / Omissivos C. Comissivos- Exige atividade positiva do sujeito ativo; Ex. Subtrair no crime de Furto; C. Omissivos- O tipo se concretiza com uma não ação do sujeito ativo; * CLASSIFICAÇÃO DOS CRIMES Omissivos puros ( próprios)- O autor omite-se quando deveria agir ► Descrição da omissão está na norma penal; Ex. Art. 320 CP – (Condescendência criminosa); Crimes de conduta mista- Inicia-se por uma ação e ocorre uma omissão (Art. 169, II – Apropriação de coisa achada); Omissivos impróprios ( comissivos por omissão)- ocorre transgressão do dever de agir do garantidor, para impedir o resultado, praticando-se o crime abstratamente comissivo; Ex. Babá que não alimenta o recém-nascido, e este vem a morrer; * CLASSIFICAÇÃO DOS CRIMES Crimes Unissubjetivos / Plurisubjetivos: C. Unissubjetivos ( monossubjetivos / unilateral)- pode ser praticado por uma única pessoa; Ex. Furto, Roubo, Homicídio, Estelionato etc... C. Plurisubjetivos ( coletivos / concurso necessário) – Exige pelo próprio tipo mais agentes para a prática delituosa; Ex. Quadrilha ou Bando ( art. 288 CP); Obs. Crimes plurisubjetivos passivos- existência de mais de um sujeito passivo ( Ex. Violação de Correspondência ( remetente / destinatário ); * CLASSIFICAÇÃO DOS CRIMES Crimes simples / qualificados / privilegiados; C. Simples- apresenta o tipo básico ( ex. Homicídio simples, art. 121 CP); C. Qualificados – Aquele que se acrescenta ao tipo básico, circunstâncias que agravam sua natureza ( forma mais grave do delito); C. Privilegiados – Aquele que se acrescenta ao tipo básico, circunstâncias que atenuam a sua natureza (forma menos grave do delito); * CLASSIFICAÇÃO DOS CRIMES Crime progressivo / Progressão criminosa: C. Progressivo- presença implícita de um tipo penal dentro do outro, sendo que o anterior é simples passagem para o posterior, ficando absolvido por este; Invasão de domicílio, para a prática do furto; Disparo de arma de fogo, para a prática de lesão corporal; Progressão Criminosa- presença de duas ou mais infrações onde o autor pratica conduta mais grave posteriormente ( dolosamente) pratica conduta mais grave; Ex. Agente pratica o furto e posteriormente agride a vítima para obter a posse da coisa furtada; ( estaríamos diante do crime de roubo e não mais de furto) * CLASSIFICAÇÃO DOS CRIMES Crime Habitual – Conjunto de atos que configuram um estilo de vida, praticando reiteradamente conduta tipificada na legislação penal; Ex. Curandeirismo ( art. 284, I ) / Rufianismo ( art. 229 CP); Crime Profissional – Qualquer delito praticado por quem exerce profissão e utiliza-se dela para atividade delituosa; Ex. Médico que pratica aborto; Crime exaurido – Ocorre quando os elementos do crime já foram preenchidos, consumando o crime, vindo a ação de exaurimento ter relevância na aplicação da pena; Ex. Obtenção do dinheiro no crime de extorsão mediante seqüestro (art. 159 CP); * CLASSIFICAÇÃO DOS CRIMES Crime de ação única / ação múltipla; A . única- ocorre quando o tipo penal apresenta apenas uma modalidade de conduta; Ex. Subtrair (furto) / matar (homicídio); A . múltipla- (conteúdo variado) – o tipo penal apresenta várias modalidades como o crime pode ser executado; Ex. Art. 180 CP (Receptação) – Adquirir, receber, transportar, conduzir.... * CLASSIFICAÇÃO DOS CRIMES Crimes unissubsistentes / plurissubsistentes; Unissubsistentes- realiza-se com um ato, não admitindo a tentativa, por não haver o fracionamento da conduta; Ex. Injúria e ameaça orais ( arts. 140 e 147 CP); Pluirissubsistentes- Composto de vários atos, que integram a conduta, por ocorrer o fracionamento, é admissível a tentativa; Ex. Furto ( Art. 155 CP); * CLASSIFICAÇÃO DOS CRIMES Crimes Materiais / formais / de mera conduta: Materiais- há a necessidade de um resultado externo à ação descrita na lei; Ex. Homicídio ( matar) / Dano (destruição ou inutilização); Formal- ( crimes de consumação antecipada) – não há necessidade de ocorrência do resultado pretendido pelo autor; Ex. Ameaça ( art. 147 CP); De mera conduta- Não se espera a ocorrência de resultado; há ofensa presumida pela lei diante da prática da conduta; Ex. Violação de domicílio ( art. 150 CP); / Omissão de notificação de doença ( art. 269 CP); * CLASSIFICAÇÃO DOS CRIMES Crimes de dano / Crimes de Perigo: C. de Dano – a consumação se dá com a efetiva lesão do bem jurídico protegido; Ex. patrimônio ( Furto art. 155 CP); C. de Perigo- consumação se dá com o perigo causado pela conduta do agente; Perigo concreto – ( art. 130 CP – Perigo de contágio venério); Perigo abstrato – ( art. 253 CP – Fabrico, fornecimento ... de explosivo); * CLASSIFICAÇÃO DOS CRIMES Crimes comuns / próprio / de mão própria; C. comuns- pode ser praticado por qualquer pessoa; C. próprios- Exige do agente uma qualidade especial ou que pertença a determinada classe ou grupo; C. de mão própria- Apenas aquele determinado indivíduo pode praticar a conduta criminosa, não podendo delegar para outrem a prática da ação; Ex. Falso testemunho ou falsa perícia (art. 342 CP); * CLASSIFICAÇÃO DOS CRIMES Crimes principais / acessórios; C. principais- independem de prática de delito anterior; C. acessórios- pressupõem a existência de infração penal anterior; Ex. art. 180 ( Receptação) / art. 304 ( uso de documento falso) * CLASSIFICAÇÃO DOS CRIMES Crimes comuns / Crimes políticos; C. comuns – colocam em perigo ou danificam bens jurídicos comuns do indivíduo, da família e até do Estado; C. políticos – lesam ou põem em perigo a segurança interna ou externa do Estado ( lei 7.170 de 14/12/1983); * CLASSIFICAÇÃO DOS CRIMES Crimes militares – Crimes descritos no Código Penal Militar ( decreto-lei nº 1.001 de 21/10/69) Crimes militares próprios – presentes apenas no Código Penal Militar; Ex. Deserção; Crimes militares impróprios – Crimes presentes também na lei penal comum; Ex. Peculato / Usura; Crimes Hediondos – Descritos na lei 8. 072 de 25/07/90) – Crimes com maior reprovabilidade social, e portanto apresentam punição mais severa; * Modificação processual – possibilidade da progressão de regime; * CLASSIFICAÇÃO DOS CRIMES Infrações de menor potencial ofensivo ( lei 9.099 de 26.09.1995) Art. 61 da lei 9.099 – representam infrações de menor potencial ofensivo “ contravenções penais e crimes a que a lei comine pena máxima não superior a 02 dois anos, cumulada ou não com multa” *
Compartilhar