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SISTEMAS ESTRUTURAIS – CONCRETO – AULA 1 PROF ENG BRUNA COELHO SISTEMAS ESTRUTURAIS DE CONCRETO ARMADO u Aula baseada: Cap 2 do livro: Bases para projeto estrutural na Arquitetura, Yopanan C. P. Rebello 1 - LAJES MACIÇAS u Placa de concreto armado geralmente horizontal, podem apresentar pequenas inclinações quando utilizadas em coberturas; u As lajes podem ser apoiadas em vigas locadas no seu contorno ou podem apoiar-se diretamente sobre os pilares, sem vigas intermediárias, quando recebem o nome de laje cogumelo. 1.1 - LAJES MACIÇAS - Comportamento u O comportamento real de uma laje maciça é razoavelmente complexo. u Usamos portanto um modelo mais simplificado que permite uma boa aproximação com a realizdade, resultando em cálculos mais simplificados e em compreensão mais fácil do fenomeno. 1.1 - LAJES MACIÇAS - Comportamento u Imagine a laje maciça em L é o maior vão e 1 o menor. Vão da laje a distância entre os eixos das vigas que as apoiam. 1.1 - LAJES MACIÇAS - Comportamento u Imagine ainda que a leje possa ser dividida em dois conjuntos ortogonais de fatias, de largura unitária, por exemplo com 1 metro 1.1 - LAJES MACIÇAS - Comportamento u Escolham-se duas fatias quaisquer; u Imagine que essas fatias possa ser subtraídas da placa, para que possamos analisar o que ocorre entre elas quando carregadas; u É óbvio que cada fatia irá receber uma determinada parcela de carga sobre a laje; 1.1 - LAJES MACIÇAS - Comportamento u Sob a ação dessas cargas as fatias se deformam, mostrando a ocorrência de momento fletor. u No ponto de encontro dessas fatias, as deformações devem igauis, pois pertencem a mesma laje; u Deformação é proporcinal à intendidade de esforço, no caso flexão que atua sobre ela; 1.1 - LAJES MACIÇAS - Comportamento uA fatia de vão maior, por ser MENOS RÍGIDA, necessita de menos esforços (momento fletor) para se deformar da mesma quantidade da fatia de vão menor, MAIS RÍGIDA. 1.1 - LAJES MACIÇAS - Comportamento u O momento fletor é um esforço ao qual tende a “curvar” uma viga, por exemplo. u Em uma mesa qualquer, em repouso quando se é colocado um peso no centro de proporções relevantes tende a ”forçar” uma rotação e portanto uma curvatura no centro (como uma régua curvada), este momento provoca esforços de tração nas fibras externas e compressão nas internas. 1.1 - LAJES MACIÇAS - Comportamento u Portanto as fatias que se encontram na direção do MENOR VÃO da laje são MAIS solicitadas do que as que se encontram na direção do vão MAIOR. u Conclusão = a laje é mais solicitada em seu MENOR vão. 1.1 - LAJES MACIÇAS - Comportamento uNesse caso, as armações que absorvem os esforços de tração decorrentes da flexão na laje são maiores na direção do MENOR vão e menores na direção do MAIOR vão. 1.1 - LAJES MACIÇAS - Comportamento uCOMO ASSIM O VÃO MENOR É MAIS SOLICITADO QUE O MAIOR?????? 1.1 - LAJES MACIÇAS - Comportamento uSe as fatias fossem independentes e igualmente carregadas isso não aconteceria dessa maneira. uO que acontece é que a fatia de menor vão dá suporte para a de maior vão, fazendo o papel de apoio, aliviando-a e se sobrecarregando. 1.1 - LAJES MACIÇAS - Comportamento u Vamos supor agora que o vão L vá aumentando em relação ao vão menor l, que se permanece constante; u Os esforços de flexão na direção do menor vão da laje vai-se impondo aos esforços na direção do maior vão; u As fatias na direção do amior vão serão tão longas que qualquer pequeno esforço será suficiente para deforma-las; 1.1 - LAJES MACIÇAS - Comportamento u Se continuarmos aumentando o maior vão, vai chegar num ponto em que o esforço nessa direção será desprezível quando comparado com o esforço do menor vão. u Neste caso dezemos que a laje é solicitada apenas no vão menor e a armação para absorver o esforço a flexão deve ser colocada apenas na direção do vão menor. 1.1 - LAJES MACIÇAS - Comportamento u No primeiro caso em que existe armação nas duas direções para absorver os esforços de flexão, a laje rece o nome de laje arma em cruz, ou laje Quadradona. u No segundo caso, em que a armação encontra-se apenas na direção do menor vão, a laje se chama laje armada em uma só direção, ou laje salsicha. 1.1 - LAJES MACIÇAS - Comportamento u Na prática: u Quadradona – Armada em duas direções L <= 2 x l u Salsicha – Armada em apenas uma direção L > 2 x l 1.1 - LAJES MACIÇAS - Comportamento u Lajes em balaço = sempre armadas em apenas uma direção. u Analizemos os dois casos a seguir: 1.1 - LAJES MACIÇAS - Comportamento Primeiro caso: u a laje não está em balaço, mas apoá-se em duas vigas localizadas na direção do seu menor vão. u As vigas sim estão em balanço pois não se apoiam em outras vigas e nem em pilares. 1.1 - LAJES MACIÇAS - Comportamento Segundo caso: u A laje se apoia em apenas uma viga que está paralela ao seu maior vão, ai sim ela está em balanço. 1.2 - Critérios de Uso: Uma laje armada em uma só direção prescinde da existência de vigas nas laterais paralelas ao menor vão, jánque a laje se apoia apenas nas vigas localizadas no maior vão. 1.2 - Critérios de Uso: u Suponha que em uma laje, já executada, de vão iguais a 6,0m e 2,5m, durante uma reforma, haja a necessidade de abrir um rasgo para a passagem de uma escada. u Pode-se abrir esse rasgo? u Provocar-se-à ou não o colapso da laje? 1.2 - Critérios de Uso: u Sabendo que trata-se de uma laje armada em apenas uma direção, pelas suas dimensões, certo? u Portanto a armadura principal é paralela à direção em que vai ser feito o rasgo para a passagem da escada; u Concluímos que a laje nada sofrerá, pois com o rasgoserá elimida apenas uma fatia da laje. u As demais continuaram trabalhando normalmente. 1.2 - Critérios de Uso: u Se a laje fosse armada nas duas direções, a execução do rasgodeveria ser melhor estudada; u Nesse caso deveríamos prever reforço no contorno da abertura para evitas danos a laje, já que estará interrompendo armações importantes numa ou noutra direção. 1.3 - Fissura uSe uma laje maciça apresentar uma fissura, e essa fissura for paralela a direção do menor vão, podemos concluir que essa fissura não é provocada por deficiência na armação ou por excesso de carregamento; 1.3 - Fissura uA fissura assim disposta não apresenta perigo para a estrutura pois está paralela às armações principais e não as atinge; uPode ter sido ocasionada pela retração do concreto ou dilatação térmica, porém o mais comum é que seja causada pela falta de juntas apropriadas. 1.4 - Armação das Lajes Maciças uArmação = esforços de tração uLajes = Tração decorrente de esforços na flexão 1.4 - Armação das Lajes Maciças uNas lajes simplesmente apoiadas em seu contorno, as trações acontecem nas fibras inferiores da laje e, portanto, as armações estão ai localizadas, que são conhecidas por amaduras positivas. 1.4 - Armação das Lajes Maciças uNas lajes armadas em cruz, as armações importantes acontecem nas duas direções, formando uma malha 1.4 - Armação das Lajes Maciças uAs armações na direção do menor vão devem ser posicionadas sob (abaixo) as distribuídas na direção do maior vão, já que os esforços na direção do menor vão (mais solicitado) são maiores. 1.4 - Armação das Lajes Maciças u Nas lajes armadas em uma só direção, a armação principal deve ser localizada na direção do menor vão. u São colocadas também armação na direção do maior vão, apenas com a função de manter a amradura principal no seu devido lugar (armadura de distribuição). 1.4 - Armação das Lajes Maciças u Nas lajes em balanço, os momentos fletores provocam traçãonas fibras superiores da laje: momentos negativos; u As armações principais são localizadas na face da laje e denominadas armações negativas; u Nesse caso também são previstas armaduras de distribuição. 1.4 - Armação das Lajes Maciças u Armações negativas ocorrem também no encontro de duas lajes, em razão da descontinuídade entre os painéis de laje, aparecem momentos negativos. 1.5 - INDICIOS DE COLAPSO 1.5 - INDICIOS DE COLAPSO 1.5 - INDICIOS DE COLAPSO uNas lajes armadas em cruz, a existência de fissuras é sempre perigosa e pode indicar insuficiência de armação numa ou noutra direção. 1.6 - Pré-Dimensionamento uO pré-dimensionamento de uma estrutura serve para que se possa antes de calculá- la avaliar as dimensões necessárias; uPara o arquiteto tem a importante função de poder permitir o desenho do edifício de maneira mais real; 1.6 - Pré-Dimensionamento uPode ser feito utlizando-se forma empíricas ou gráficos; uAs fórmulas empíricas apesar de não terem a mesma precisão dos gráficos permite a sua memorização o que facilita o pré-dimensionamento. 1.6.1 - Pré-Dimensionamento – com fórmulas empíricas LAJES ARMADAS EM CRUZ: A espessura da laje é dada pela relação: 1.6.2 - Pré-Dimensionamento – com fórmulas empíricas LAJES ARMADAS EM EM UMA SÓ DIREÇÃO: A espessura da laje é dada pela relação: h = 2% l (menor lado) 1.6.3 - Pré-Dimensionamento – com fórmulas empíricas LAJES EM BALANÇO: A espessura da laje é dada pela relação: h = 4% do balaço 1.6.4 - Pré-Dimensionamento – com fórmulas empíricas 1.7 - OBSERVAÇÕES u As dimensões determinadas pelo pré-dimensionamento deverm ser confrontadas com as dimensões mínimas exigidas pela Norma para lajes maciças. (NBR 6118) u As lajes de forro não devem ter espessura inferior a 5,0cm; u As lajes de piso, 7,0cm; u Lajes com cargas móveis (garagens e pontes), 12cm.