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AD2 de Crítica Textual (2.2014)

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Fundação Centro de Ciências e Educação a Distância do Estado do Rio de 
Janeiro 
 
Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro 
 
Universidade Federal Fluminense 
 
Curso de Licenciatura em Letras- UFF / CEDERJ 
 
 
Disciplina: Crítica Textual 
 
Coordenadora: Marlene Gomes Mendes 
 
AD2 - 2014 / 2 
 
 
Aluno(a): _______________________________________________________ 
 
 
Polo: _______________________________ Matrícula ________________ 
 
 
Nota: _______________ 
 
 
1. Cemitério de elefantes, livro de contos de Dalton Trevisan teve mais 
de uma edição em vida do autor. Seguem-se duas versões de um 
fragmento do conto O baile, a 1ª e a última. Faça a colação das duas e 
registre as variantes da 1ª edição (A). (3 pontos) 
Texto-base 
Sacando da faca, quis atingir Aníbal. Esse rebateu com a mão esquerda, 
espirrou sangue. Eurides tentou segunda vez. O noivo deu um pulo para trás, 
o golpe furou a camisa. Aníbal pegou do punhal, o outro investiu. Esperou-o 
de braço estendido: com todo o peso do corpo, o peito de Eurides 
trespassado. Virou-se com grito de espanto, correu para cair de cara no 
chão. 
(Dalton Trevisan. Cemitério de elefantes. 8 ed. Rio de Janeiro: Record. 1987, 
p. 72-5). 
 
1ª edição - A 
E, sacando da faca, procurou atingir Aníbal, que rebateu com a mão 
esquerda, espirrando sangue. Eurides tentou pela segunda vez cortar o 
desafeto; este deu um pulo para trás e assim mesmo o punhal alcançou-lhe a 
camisa, furando-a. Aníbal desembainhou também o punhal e, quando o outro 
investiu novamente, esperou-o de braço estendido e, com todo o peso do 
corpo, o peito de Eurides foi trespassado pela faca. Ferido mortalmente, 
virou-se com grito de espanto e correu vinte metros, caindo de cara no chão. 
(Dalton Trevisan. Cemitério de elefantes. 1ª ed., 1964). 
 
2. A primeira versão de A ilustre casa de Ramires, romance de Eça de 
Queiroz, inicialmente um conto, foi publicada na Revista Moderna. Faça 
a colação do 1º parágrafo das duas versões e registre as variantes da 1ª 
lição (A). (3 pontos) 
A - Revista Moderna 
	
  
(Revista Moderna, nº 10,1897). 
Texto-base 
Desde as quatro horas da tarde, no calor e silencio do domingo de junho, o 
Fidalgo da Torre em chinellos, com uma quinzena de linho envergada sobre a 
camisa de chita cor de rosa, trabalhava. Gonçalo Mendes Ramires (que 
n'aquella sua velha aldêa de Santa Irinéia, e na villa visinha, a aceosa e 
vistosa Villa-Clara, o mesmo na cidade, em Oliveira, todos conheciam pelo 
"Fidalgo da Torre") trabalhava n'uma Novella Historica, A Torre de D. 
Ramires, destinada ao primeiro número dos Annaes de Literatura e História, 
Revista nova, fundada por José Lucio Castanheiro, seu antigo camarada de 
Coimbra, nos tempos do Cenáculo Patriótico, em casa das Severinas. 
(Eça de Queiroz Obra Completa – Vol. II Org. Beatriz Berrini Rio de Janeiro, 
Ed. Nova Aguilar, 1997). 
 
3. Em pé de página, você encontra as variantes da 1ª edição de Amar, 
verbo intransitivo, de Mário de Andrade. Reconstitua o texto desta 
edição, através destas variantes. (2 pontos) 
Elza é filho chegando do sítio ou mãe que volta1 de Caxambu. Membro 
que faltava e de novo cresce. 2 Começara como quem recomeça, e a 
tranqüilidade aplainou logo a existência dos Sousa Costas, extraindo as 
últimas lascas da desordem, polindo os engruvinhamentos do imprevisto. 
Mesmo para3 as meninas, três: Maria Luísa com doze anos, Laurita com 
sete, Aldinha com cinco, Elza já dera completo conhecimento de si, 4 
estrangulando a curiosidade delas. Já determinara as horas de lição de Maria 
Luísa e Carlos. Já dispusera os vestidos,5 os chapéus e os sapatos na 
	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  
1 A – vem de Caxambu. 
2 A – cresce. Isso de ser alemã não quer dizer nada. Em todos os homens tem um alemão latente que 2 A – cresce. Isso de ser alemã não quer dizer nada. Em todos os homens tem um alemão latente que 
não se mostra por timidez ou covardia. Eu admiro os alemães por não serem nem covarde nem tímidos. 
§ Elza começou como quem recomeça. E a tranqülidade aplainara de novo a existência dos Sousa 
Costas extraindo / polindo o engruvinhamento do 
3 A – pras meninas, 
4 A – de si estrangulando 
5 A – vestidos chapéus sapatos na B – vestidos, chapéus, sapatos na 
guarda-roupa. No jardim,6 fizera as meninas pronunciarem muitas vezes: 
Fräulein. Assim deviam lhe chamar. 
4. Em cerca de 5 (cinco) linhas, comente o trabalho da Comissão 
Machado de Assis. (1 ponto). 
5. Qual a importância da Coleção Arquivos para a Crítica Textual? (1 
ponto). 
	
  
	
  
	
  
	
  
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
	
  
	
  
	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  
6 A – No jardim fizera as meninas falarem muitas

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