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IF/UFRJ Introdução às Ciências Físicas-1 1o Semestre de 2013 AP2 de ICF1 Coordenadoras: Ana Maria Senra Breitschaft Erica R. Polycarpo Macedo 1 Instituto de Física UFRJ Gabarito da Segunda Avaliação Presencial de Introdução às Ciências Físicas I Primeiro Semestre de 2013 Questão 1 (3,5 pontos) Na Prática 1 do Módulo 3, fizemos um experimento para verificar se o modelo que afirma que as forças são vetores é compatível com os resultados experimentais. Inicialmente aplicamos as forças 1F e 2F ao ponto O de uma cordinha. Essas forças foram aplicadas com dois dinamômetros. Um terceiro dinamômetro aplicou sobre o ponto O da cordinha uma força F 3 que equilibrou as forças 1F e 2F (veja figura 1). Mediu-se, então, as forças 1F , 2F e 3F diretamente com os dinamômetros e com o transferidor, a) Os resultados das medidas de 3F com as suas incertezas estão na tabela 1. Complete a tabela 1. A incerteza das medidas dos ângulos feitas com o transferidor foi estimada em 2o. Para facilitar os cálculos das incertezas indiretas, já colocamos na tabela essas incertezas em radianos. Tabela 1 θ3 (graus) δ θ3(radianos) 3F [N] 3Fδ [N] xF3 [N] yF3 [N] xF3δ [N] yF3δ [N] 90o 0,03 1,30 0,02 0,00 -1,30 0,04 0,02 b) A força resultante € R é a força que produz o mesmo efeito das forças 1F e 2F quando elas são aplicadas ao mesmo tempo no ponto O da cordinha. Relacione a força € R com a força € F 3 . 3FR −= c) A partir da relação do item anterior (b), complete a tabela 2. Tabela 2 xR [N] yR [N] xRδ [N] yRδ [N] 0,00 1,30 0,04 0,02 δRx = δF3x = 0,04N e δRy = δF3y = 0,02N F1 F3 θ3 θ2θ1 Figura 1 F2 0,2 (perde 0,05 para cada erro de algarismo significativo) 0,2 0,4 (perde 0,05 para cada erro de algarismo significativo) IF/UFRJ Introdução às Ciências Físicas-1 1o Semestre de 2013 AP2 de ICF1 Coordenadoras: Ana Maria Senra Breitschaft Erica R. Polycarpo Macedo 2 d) Os resultados das medidas diretas das forças € F 1 e € F 2 com suas incertezas estão nas tabelas 3 e 4. Complete as tabelas 3 e 4. F1x = −F1 cos(θ1) = −1,1085...N ≅ −1,11N F1y = F1 sen(θ1) = 0,64N Tabela 3 θ1 (graus) δ θ1 (radianos) 1F [N] 1Fδ [N] xF1 [N] yF1 [N] xF1δ [N] yF1δ [N] 30o 0,03 1,28 0,02 -1,11 0,64 0,03 0,04 F2x = F2 cos(θ2 ) =1,1258...N ≅1,13N F2y = F2 sen(θ2 ) = 0,65N Tabela 4 θ2 (graus) δθ2 radianos) 2F [N] 2Fδ [N] xF2 [N] yF2 [N] xF2δ [N] yF2δ [N] 30o 0,03 1,30 0,02 1,13 0,65 0,03 0,04 e) Utilize os valores das tabelas 3 e 4 e o modelo que afirma que as forças são vetores para obter a força resultante € R = F 1 + F 2, e complete a tabela 5. Lembre-se que a incerteza na medida indireta de uma função dada pela soma de duas outras medidas x e y ( f = x+ y ) é igual a δ f = (δx)2 + δy( )2( ) , onde δx e δy são as incertezas de x e y . Rx = F1x +F2x = (−1,11+1,13)N = 0,02N Ry = F1y +F2y = (0, 64+ 0,65)N =1,29N δRx = δF1x( ) 2 + δF2x( ) 2 = 0,03( )2 + 0,03( )2 = 0,042…N ≅ 0,04N δRy = δF1y( ) 2 + δF2y( ) 2 = 0,04( )2 + 0,04( )2 = 0,056…N ≅ 0,06N Tabela 5 xR [N] yR [N] xRδ [N] yRδ [N] 0,02 1,29 0,04 0,06 0,2 (perde 0,05 para cada erro de algarismo significativo) 0,2 (perde 0,05 para cada erro de algarismo significativo) 0,8 (perde 0,05 para cada erro de algarismo significativo) IF/UFRJ Introdução às Ciências Físicas-1 1o Semestre de 2013 AP2 de ICF1 Coordenadoras: Ana Maria Senra Breitschaft Erica R. Polycarpo Macedo 3 f) Represente na forma de um intervalo I1 dos números reais a faixa de valores associada à componente Rx da força resultante calculada como na tabela 2. Represente na forma de um intervalo I2 dos números reais a faixa de valores associada à componente Rx da força resultante calculada como na tabela 5. I1 = [−0,04, 0, 04]N; I2 = [−0,02, 0, 06]N; g) Qual a interseção entre os intervalos I1 e I2? I1∩ I2 = [−0,02, 0, 04]N h) Represente na semirreta a seguir os intervalos I1 e I2 . i) Represente na forma de um intervalo I3 dos números reais a faixa de valores associada à componente Ry da força resultante calculada como na tabela 2. Represente na forma de um intervalo I4 dos números reais a faixa de valores associada à componente Ry da força resultante calculada como na tabela 5. I3 = [1, 28, 1,32]N; I4 = [1, 23, 1,35]N; j) Qual a interseção entre os intervalos I3 e I4? I3∩ I4 = [1, 28, 1,32]N k) Represente na semirreta a seguir os intervalos I3 e I4. l) Os resultados experimentais são compatíveis com o modelo que afirma que as forças são vetores? Justifique sua resposta. Como existem interseções entre as faixas de valores das componentes Rx e Ry obtidas com as fórmulas do modelo e aquelas obtida com a medida da força F3 , as fórmulas do modelo são compatíveis com os resultados experimentais. N 0,2 0,1 0,5 (só ganha os pontos se falar das faixas de valores e da comparação do modelo com as medida da força ) -‐0,04 -‐0,02 0,00 0,02 0,04 0,06 I1 I2 N 1,26 1,28 1,30 1,32 1,34 1,24 I4 I3 0,2 0,2 0,2 0,1 IF/UFRJ Introdução às Ciências Físicas-1 1o Semestre de 2013 AP2 de ICF1 Coordenadoras: Ana Maria Senra Breitschaft Erica R. Polycarpo Macedo 4 Questão 2 (3,5 pontos) Um bloco de massa m = 2kg está sobre uma superfície plana inclinada que forma um ângulo θ = 25° com a horizontal. O bloco sobe essa superfície com aceleração a = aiˆ puxado por uma corda que é paralela a esta superfície (ver figura 2). O módulo da força exercida pela corda é igual a F =15N . O coeficiente de atrito cinético entre o bloco e a superfície plana inclinada é µc = 0,3 . Faça o problema do referencial da Terra, considerado inercial. Considere g =10 m/s2 e despreze a resistência do ar. Utilize o sistema de eixos representado na figura 2, onde iˆ e jˆ são, respectivamente, os unitários na direção de x (paralela à superfície inclinada) e de y (perpendicular à superfície inclinada). a) Considere como objeto de estudo o bloco. Desenhe este bloco separado do exterior e coloque todas as forças que atuam sobre ele. Desenhe também as forças de reação, mostrando onde elas estão aplicadas. Só a superfície inclinada, a corda e o ar estãoem contato com o bloco. O problema diz que a força exercida pelo ar é desprezível. As forças de contato que atuam sobre ele são a forças normal N e a força de atrito fa exercidas pela superfície, e a força F exercida pela corda. A única força gravitacional não desprezível sobre o bloco é a que a Terra exerce, a força peso, P . As reações às forças normal e de atrito são as forças − N e − fa e estão aplicadas na superfície inclinada. A reação à força exercida pela corda é a força − F e está aplicada na corda. A reação à força peso é a força − P e está aplicada no centro da Terra. b) Escreva a segunda lei de Newton na notação vetorial (por exemplo, c + d = e ) e na notação em componentes ( cx + dx = ex;cy + dy = ey ) para o bloco. Não confunda as componentes de uma força, que são números, com os vetores projetados. N + fa + F + P =ma Nx + fax +Fx +Px =max Ny + fay + Ny +Py =may = 0 c) Calcule as componentes x e y de todas as forças que atuam no bloco. Nx = 0; Ny = N; fax = − fa = −µcN; fay = 0; Fx = F; Fy = 0; Px = −mgsenθ; Py = −mgcosθ; do item b temos que: Ny +Py = 0 ⇒ Ny =mgcosθ Figura 2 iˆ jˆ θ 0,3 (0,1 para cada equação) 1,2 (0,2 para cada força e 0,1 para cada reação) P N fa − P Terra F plano − N − fa corda − F IF/UFRJ Introdução às Ciências Físicas-1 1o Semestre de 2013 AP2 de ICF1 Coordenadoras: Ana Maria Senra Breitschaft Erica R. Polycarpo Macedo 5 então Nx = 0N; Ny ≅18,1N; fax ≅ −5, 4N; fay = 0N; Fx =15N; Fy = 0N; Px ≅ −8,5N; Py ≅ −18,1N; d) Expresse todas as forças que agem no bloco em termos dos vetores unitários iˆ e jˆ . N =18,1 jˆN fa = −5, 4 iˆ N F =15 iˆ N P = (−8,5 iˆ ,−18,1 jˆ)N e) Determine a aceleração a com que o bloco sobe o plano inclinado, expressando-a em termos dos vetores unitários iˆ e jˆ. ax = fax +Fx +Px m = −5, 4+15−8,5 2 m/s 2 = 0,55m/s2 a = 0,55 iˆ m/s2 Questão 3 (3,0 pontos) a) Na figura 3, estão representados a Terra, os raios solares e a órbita da Lua (com o sentido do movimento que a Lua tem em sua órbita). Desenhe nessa figura a Lua nas posições de suas fases conhecidas como Lua Cheia, Lua Quarto Minguante, Lua Nova e Lua Quarto Crescente. Deixe claro no seu desenho, qual das faces da Lua está iluminada pelo Sol em cada uma das suas quatro fases. 0,4 (0,3 para o módulo e 0,1 para a forma vetorial) 1,2 (0,2 para as componentes Ny , fax , Px e Py e 0,1 para as demais) 0,4 (0,1 para cada força) Figura 3 Terra Órbita da Lua Raios Solares Lua Cheia Lua Nova face iluminada Sentido de rotação da Lua Lua Quarto Minguante Lua Quarto Crescente 1,2 (0,2 para cada posição e 0,1 para cada face iluminada) IF/UFRJ Introdução às Ciências Físicas-1 1o Semestre de 2013 AP2 de ICF1 Coordenadoras: Ana Maria Senra Breitschaft Erica R. Polycarpo Macedo 6 b) Na tabela 6 estão listadas as latitudes (ϕ ) aproximadas das cidades de Belém e Curitiba. A altura do Sol no Solstício de Inverno é dada por hI = 90°− ϕ − 23,5° e a altura do Sol no Solstício de Verão é dada por hV = 90° − ϕ + 23,5° . A insolação na superfície da Terra é dada por I = IT sen(h) , onde IT é uma constante. Tabela 6 Cidade Latitude ϕ [graus] Altura máxima do Sol no verão - hv [graus] Altura máxima do Sol no inverno - hI [graus] IV II Belém -1,45° 112,05° 65,05° 1,02 Curitiba -25,42º 88,08° 41,08° 1,52 i) Calcule hV , hI e a razão entre as insolações nos Solstícios de Verão e de Inverno IV II para estas cidades e transfira para a tabela 6. As alturas do Sol no verão e no inverno em Belém são respectivamente iguais a hVB = 90°−1, 45°+ 23,5° =112,05° hIB = 90°−1, 45°− 23,5° = 65,05°. As alturas do Sol no verão e no inverno em Curitiba são respectivamente iguais a hVC = 90°− 25, 42°+ 23,5° = 88,08° hIC = 90°− 25, 42°− 23,5° = 41,08° A razão entre a insolação no verão e no inverno é r = IVIi = ITsen(hV ) ITsen(hi ) = sen(hV ) sen(hi ) . A razão r para Belém é rB = sen(112, 05°) / sen(65, 05°) ≅1,02. A razão r para Curitiba é rC = sen(88, 08°) / sen(41, 08°) ≅1,52. ii) Vamos considerar que as temperaturas destas cidades somente dependem da insolação. Utilizando os valores obtidos para IV II , conclua, justificando, em qual das duas cidades há mais diferenças nas variações das temperaturas médias do verão e do inverno. As insolações no inverno e no verão em Belém são quase iguais ( rB ≅1,02 ) e em Curitiba diferem em quase 50% ( rC ≅1,52 ). Por isso, se levarmos em consideração apenas a insolação, podemos concluir que em Curitiba há mais diferenças entre as estações do ano do que em Belém. 1,2 (0,2 para cada valor) 0,6 (somente se associar as diferenças entre as estações à razão entre as insolações)
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