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Informativo 889-STF (07/02/2018) – Márcio André Lopes Cavalcante | 1 
 
Informativo comentado: 
 Informativo 889-STF (RESUMIDO) 
Márcio André Lopes Cavalcante 
 
 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
 
AGÊNCIAS REGULADORAS E FUNÇÃO NORMATIVA 
É constitucional a previsão de que a ANVISA pode proibir produtos e insumos em caso de 
violação da legislação ou de risco iminente à saúde, inclusive cigarros com sabor e aroma 
 
É constitucional o art. 7º, III e XV, da Lei nº 9.782/99, que preveem que compete à ANVISA: 
III - estabelecer normas, propor, acompanhar e executar as políticas, as diretrizes e as ações 
de vigilância sanitária; 
XV - proibir a fabricação, a importação, o armazenamento, a distribuição e a comercialização 
de produtos e insumos, em caso de violação da legislação pertinente ou de risco iminente à 
saúde; 
Entendeu-se que tais normas consagram o poder normativo desta agência reguladora, sendo 
importante instrumento para a implementação das diretrizes, finalidades, objetivos e 
princípios expressos na Constituição e na legislação setorial. 
Além disso, o STF, após empate na votação, manteve a validade da Resolução RDC 14/2012-
ANVISA, que proíbe a comercialização no Brasil de cigarros com sabor e aroma. Esta parte do 
dispositivo não possui eficácia erga omnes e efeito vinculante. Significa dizer que, 
provavelmente, as empresas continuarão ingressando com ações judiciais, em 1ª instância, 
alegando que a Resolução é inconstitucional e pedindo a liberação da comercialização dos 
cigarros com aroma. Os juízes e Tribunais estarão livres para, se assim entenderem, 
declararem inconstitucional a Resolução e autorizar a venda. Existem, inclusive, algumas 
decisões nesse sentido e que continuam valendo. 
STF. Plenário. ADI 4874/DF, Rel. Min. Rosa Weber, julgado em 1º/2/2018 (Info 889).

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