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DIREITO DO CONSUMIDOR - Direitos básicos do consumidor

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Princípios e Direitos 
Básicos do Consumidor
• Pessoa física → é a pessoa natural, é o ser humano.
• Pessoa jurídica → grupo humano, criado na forma da lei, com personalidade jurídica própria,
para a realização de determinados fins.
• Nacional → criada no Brasil, sob a égide das leis brasileiras, com sede no Brasil.
• Estrangeiras → criadas em outros países, que tenha ou não sede no Brasil.
• Pública → são os órgão públicos, de maneira geral.
• Privada → são, por exemplo, os comércios e as empresas particulares.
• Entes despersonalizados→ são os ambulantes, “camelôs”.
• Habitualidade → é a principal característica do fornecedor. Fornecer produto ou serviço deve
ser uma atividade habitual da pessoa. Assim, quem vende de forma eventual NÃO é
considerado fornecedor.
Analisemos as seguintes situações... 
Exemplo 1
• “Se uma loja de eletroeletrônicos vende
uma TV, ela é fornecedora, pois faz
isso com habitualidade, ou seja, esta é
sua atividade”.
Exemplo 2
• “Se uma pessoa vende um aparelho de TV,
que tem em casa, a um amigo, porque
adquiriu um aparelho novo, não está
caracterizada a habitualidade, pois esta não
é uma atividade de comércio que
pratica com frequência”.
OBS: Caso o aparelho apresente defeito, a proteção é
dada pelo Código Civil, não haverá aplicação do CDC.
OBS: Caso o aparelho apresente vício ou defeito o 
consumidor estará protegido pelas normas do CDC.
Pessoa jurídica como consumidora
• Para que a pessoa jurídica possa gozar da posição de consumidora, deverá
ostentar da mesma característica da vulnerabilidade, marcante do
consumidor pessoa física. Além da característica da vulnerabilidade, será
preciso que os bens ou serviços sejam considerados bens de consumo, cuja
destinação econômica se esgote na pessoa jurídica, ou seja, que não sejam
empregados em seus processos produtivos – sem vinculação alguma com sua
atividade produtiva ou empresarial.
Consumidor por equiparação (ou bystanders)
• Nas situações mais triviais do mercado, não existe dúvida sobre quem é o consumidor:
o comprador de um produto ou o usuário de um serviço. Para a legislação, consumidor
é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou serviço como
destinatária final. Mas não só.
• O CDC prevê possibilidades ampliadas de reconhecimento da figura do consumidor, a
exemplo dos chamados consumidores por equiparação, ou bystanders.
• Conforme se destacam no parágrafo único do art. 2º e nos arts. 17 e 29 do CDC, se
aplicam as disposições do Código para aqueles que efetivamente não adquiriram
produto ou serviço, mas os utilizaram ou simplesmente foram expostos a estes.
• Art. 17. Para os efeitos desta Seção, equiparam-se aos consumidores todas as
vítimas do evento. Conforme o dispositivo, responsabilidade do fornecedor
não se limita ao consumidor direto, ou seja, aquele que adquiriu o produto ou
serviço, mais sim, a todas outras pessoas afetadas pelo bem de consumo.
• Art. 29. Para os fins deste Capítulo e do seguinte, equiparam-se aos
consumidores todas as pessoas determináveis ou não, expostas às práticas
nele previstas.
Decifrando o art. 17 do CDC
• Para fins de tutela diante de acidente de consumo, o CDC amplia o conceito
de consumidor para abranger qualquer vítima, mesmo que ela nunca tenha
contratado ou mantido relação com o fornecedor do produto ou serviço.
Exemplo: 
Piso molhado
Recurso originado de ação de reparação movida
por um idoso contra o município e um posto de
gasolina (AREsp 1.076.833). O autor sofreu uma
queda e fraturou três costelas ao passar pela
calçada do posto, pois o piso estava molhado.
Havia uma mangueira no interior do
estabelecimento que escoava água, porém não
existia qualquer sinalização que alertasse para o
perigo no local.
- O idoso alegou negligência do posto por ter deixado escoar água sem providenciar a sinalização
adequada. Também sustentou haver falta de fiscalização dos passeios públicos por parte do
município.
- O posto afirmou a não incidência da lei consumerista no caso, já que não havia fornecido qualquer
produto ou serviço ao autor da ação. Disse que a culpa era exclusiva da vítima e que se tratava de
caso fortuito e de força maior.
- O estabelecimento foi condenado a pagar R$ 6.780,00 por danos morais. O Tribunal de Justiça do
Rio Grande do Sul (TJRS) entendeu que incidiam as normas do CDC, já que houve defeito no
serviço, pois o posto não ofereceu a segurança que o consumidor deveria esperar.
- Segundo o ministro Salomão, o entendimento da corte estadual está em conformidade com a
jurisprudência do STJ no sentido da proteção conferida pelo CDC a todos aqueles que, mesmo sem
participar diretamente da relação de consumo, sofrem as consequências do dano, tendo sua
segurança física e psíquica colocada em risco.
Exemplo: 
Explosão de bueiro
• O caso teve origem em uma ação
indenizatória contra a L. Serviços de
Eletricidade S.A. após a explosão em
um bueiro em Copacabana, no Rio de
Janeiro. Os autores pediram
ressarcimento pelos danos materiais,
morais e estéticos, porém a L. alegou
que não seria possível a aplicação do
CDC ao caso por não haver relação de
consumo a ser tutelada.
• O entendimento unânime da Terceira Turma foi no sentido de que o acórdão do
tribunal estadual estava em perfeita harmonia com a jurisprudência do STJ de que
“equipara-se à qualidade de consumidor, para os efeitos legais, aquele que, embora
não tenha participado diretamente da relação de consumo, sofre as consequências
do evento danoso decorrente do defeito exterior que ultrapassa o objeto e provoca
lesões, gerando risco à sua segurança física e psíquica”, conforme exposto pelo
ministro João Otávio de Noronha no REsp 1.000.329.
Exemplo: 
Cacos de vidro na via
Uma criança se acidentou ao tentar fugir da
colisão com a porta do caminhão de uma
distribuidora de cervejas S., fabricadas pela
empresa B. K. Indústria de Bebidas Ltda., que
transitava na via com as portas abertas. Ao
desviar da porta, a criança caiu sobre garrafas
de cerveja quebradas que haviam sido
deixadas na calçada cinco dias antes pela
mesma distribuidora. Ela sofreu cortes graves
no pescoço e outras lesões leves.
- O tribunal estadual manteve a condenação solidária da fabricante e da distribuidora ao
pagamento de danos morais no valor de R$ 15 mil.
- Para a ministra Nancy Andrighi, a jurisprudência do STJ é clara no sentido de que “a
responsabilidade de todos os integrantes da cadeia de fornecimento é objetiva e solidária, nos
termos dos artigos 7º, parágrafo único, 20 e 25 do CDC”, sendo “impossível afastar a
legislação consumerista” e a equiparação da criança a consumidor, visto que “o CDC amplia
o conceito de consumidor para abranger qualquer vítima, mesmo que nunca tenha
contratado ou mantido qualquer relação com o fornecedor”.
SERVIÇO
• Serviço é qualquer atividade fornecida no mercado de consumo, mediante
remuneração, inclusive as de natureza bancária, financeira, de crédito ou
securitária, salvo as decorrentes das relações de caráter trabalhista. (art 2º e 3º
do CDC)
Quando o CDC trata da remuneração, não quer especificamente dizer a remuneração direta, ou
seja, o pagamento direto efetuado pelo consumidor ao fornecedor, mas também a remuneração
indireta, aquele benefício comercial indireto fruto da prestação de serviços ou do fornecimento
de produtos aparentemente gratuitos.
Exemplo 1
• Estacionamento gratuito em
shopping center. De gratuito não
tem nada, na verdade, é,
aparentemente, gratuito, pois o
fornecedor lucra com as compras
efetuadas e os serviços utilizados
pelo consumidor, assim, se houver
furto do veículo ou no veículo, o
shopping deverá reparar o prejuízo
de acordo com as regras do CDC.
Exemplo 2 
• Nas amostras grátis o
pensamento é o mesmo,
pois são formas de
divulgação do produto. Por
isso, se apresentar vício ou
defeito, o consumidor estará
protegido pelo CDC
Princípios Fundamentais do CDC
• Protecionismo
• Vulnerabildade
• Hipossuficiência• Boa-fé objetiva, transparência e confiança 
Boa-fé objetiva, transparência e confiança 
Art. 4º A Política Nacional das Relações de Consumo tem por objetivo o atendimento das necessidades dos
consumidores, o respeito à sua dignidade, saúde e segurança, a proteção de seus interesses econômicos, a
melhoria da sua qualidade de vida, bem como a transparência e harmonia das relações de consumo,
atendidos os seguintes princípios:
I - reconhecimento da vulnerabilidade do consumidor no mercado de consumo; (Princ. Da Vulnerabilidade)
II - ação governamental no sentido de proteger efetivamente o consumidor: (Princ. Protecionismo)
(...)
III - harmonização dos interesses dos participantes das relações de consumo e compatibilização da
proteção do consumidor com a necessidade de desenvolvimento econômico e tecnológico, de modo
a viabilizar os princípios nos quais se funda a ordem econômica (art. 170, da Constituição Federal),
sempre com base na boa-fé e equilíbrio nas relações entre consumidores e fornecedores;
Art. 6º, III - a informação adequada e clara sobre os diferentes produtos e serviços, com
especificação correta de quantidade, características, composição, qualidade, tributos
incidentes e preço, bem como sobre os riscos que apresentem;
• Importância do Princípio da Boa-fé:
Art. 51. São nulas de pleno direito, entre outras, as cláusulas contratuais relativas ao fornecimento 
de produtos e serviços que:
IV - estabeleçam obrigações consideradas iníquas, abusivas, que coloquem o consumidor em 
desvantagem exagerada, ou sejam incompatíveis com a boa-fé ou a eqüidade;
Princípio da boa-fé
• Subjetiva: Ausência de conhecimento do ilícito 
• Objetiva: É a ética esperada no momento das contratações 
Boa-fé objetiva, transparência e confiança
• Garantem o justo equilíbrio entre as partes na relação contratual.
• A vulnerabilidade do consumidor aumentará se esses princípios não forem 
plenamente atendidos.
• Esses deveres devem ser obedecidos em todos os momentos do contrato, desde a 
oferta pré-contrato, durante o contrato e até mesmo após a extinção contrato. (post 
factum infinitum).
Exemplo de responsabilidade após a extinção 
contrato (post pactum finitum)
• DIREITO DO CONSUMIDOR. OBRIGAÇÃO DE FAZER E DANOS MORAIS. DEMORA NA
EXPEDIÇÃO DE DIPLOMA. TEORIA DA ASSERÇÃO. PERTINÊNCIA SUBJETIVA
DEMONSTRADA. PRELIMINAR DE ILEGITIMIDADE PASSIVA REJEITADA. INTERVENÇÃO
DO DISTRITO FEDERAL. PROVIDÊNCIA DESNECESSÁRIA. PRELIMINAR DE
INCOMPETÊNCIA DOS JUIZADOS ESPECIAIS AFASTADA. SUPERVENIENTE ENTREGA DO
CERTIFICADO QUE NÃO ESVAZIA A PRETENSÃO REPARATÓRIA. CURSO TÉCNICO DE
ENFERMAGEM. ATRASO NA EMISSÃO DO CERTIFICADO DE CONCLUSÃO. ALEGAÇÃO DE
DIFICULDADES ADMINISTRATIVAS. RISCO DA ATIVIDADE. RESPONSABILIDADE
OBJETIVA. DANO MORAL CONFIGURADO. APELO CONHECIDO E DESPROVIDO. 1. Dispõe a
teoria da asserção que a legitimidade passiva deve ser apreciada à luz das alegações deduzidas pela parte
autora na inicial, ou seja, em status assertionis. Nessa esteira, é manifesta a legitimidade do CENACAP para
figurar no pólo passivo da ação que tem por objeto a obtenção do diploma de curso técnico por ele
fornecido, bem como a reparação dos danos supostamente derivados de sua atuação faltosa, seja durante a
fase de execução contratual, ou mesmo à guisa de responsabilidade post pactum finitum.
Função social do contrato
• Aplicável ao direito do consumidor a partir da teoria do diálogo das fontes –
garantia prevista expressamente do art. 421 do CC/02 e implícita para o
direito do consumidor;
• Mitigação das noções clássicas de autonomia da vontade e do pacta sunt
servanda (força obrigatória dos contratos).
Direitos Básicos do Consumidor
• 1. Direito à proteção da vida, saúde e segurança:
A dignidade da pessoa humana – e nesse contexto, diga-se também do consumidor –, é 
garantia fundamental que ilumina todos os demais princípios e normas que a ela devem 
respeito dentro do sistema constitucional. Desse modo, a dignidade do caput do art. 4º do 
CDC está relacionada diretamente àquela estabelecida na Constituição (art. 1º, III, CF).
Art. 4º A Política Nacional das Relações de Consumo tem por
objetivo o atendimento das necessidades dos consumidores, o
respeito à sua dignidade, saúde e segurança, a proteção de seus
interesses econômicos, a melhoria da sua qualidade de vida, bem
como a transparência e harmonia das relações de consumo,
atendidos os seguintes princípios:
 Seguindo assim, a proteção à vida, saúde e segurança são direitos advindos do
princípio maior da dignidade, o qual estabelece um piso vital mínimo de
existência (mínimo existencial).
Art. 6º São direitos básicos do consumidor:
I - a proteção da vida, saúde e segurança contra os riscos
provocados por práticas no fornecimento de produtos e serviços
considerados perigosos ou nocivos;
 O legislador enfatiza o princípio para assegurar a sua efetividade, em uma sadia qualidade de
vida, preservando a saúde do consumidor e sua segurança, apontando não só o conforto
material – resultado do direito de aquisição de produtos/serviços, especialmente os essenciais -,
mas também o desfrute ao lazer e ao bem-estar moral ou psicológico, prevendo como direito
básico “a proteção da vida, saúde e segurança contra os riscos provocados por práticas no
fornecimento de produtos e serviços considerados perigosos ou nocivos”.
“O Código de Defesa do Consumidor, ao garantir a
incolumidade física do consumidor, criou para o fornecedor
o dever de segurança. Logo, não basta que os produtos ou
serviços sejam adequados aos fins a que se destinam
(qualidade-adequação); é preciso que sejam seguros (qualidade-
segurança), consoante artigos 12/14 do CDC.” (Grifos do
original) (CAVALIERI FILHO, 2011, p. 93).
Qualidade – adequação 
Qualidade – segurança
o que diz a doutrina...
Observem o binômio:
Referência legislativa
Art. 6º São direitos básicos
do consumidor:
I - a proteção da vida,
saúde e segurança contra
os riscos provocados por
práticas no fornecimento de
produtos e serviços
considerados perigosos ou
nocivos;
Art. 8° Os produtos e serviços colocados no
mercado de consumo não acarretarão riscos
à saúde ou segurança dos consumidores,
exceto os considerados normais e previsíveis
em decorrência de sua natureza e fruição,
obrigando-se os fornecedores, em qualquer
hipótese, a dar as informações
necessárias e adequadas a seu respeito.
Da Proteção à Saúde e Segurança
§ 1º Em se tratando de produto industrial, ao fabricante cabe
prestar as informações a que se refere este artigo, através de
impressos apropriados que devam acompanhar o produto.
§ 2º O fornecedor deverá higienizar os equipamentos e
utensílios utilizados no fornecimento de produtos ou serviços,
ou colocados à disposição do consumidor, e informar, de
maneira ostensiva e adequada, quando for o caso, sobre o risco
de contaminação. (Lei 13. 486/2017)
Referência legislativa
Art. 6º São direitos
básicos do consumidor:
I - a proteção da
vida, saúde e segurança
contra os riscos
provocados por práticas
no fornecimento de
produtos e serviços
considerados perigosos ou
nocivos;
Art. 9° O fornecedor de produtos e
serviços potencialmente nocivos ou
perigosos à saúde ou segurança
deverá informar, de maneira ostensiva
e adequada, a respeito da sua
nocividade ou periculosidade, sem
prejuízo da adoção de outras medidas
cabíveis em cada caso concreto.
Da Proteção à Saúde e Segurança
Referência legislativa
Art. 6º São direitos básicos
do consumidor:
I - a proteção da
vida, saúde e segurança
contra os riscos
provocados por práticas
no fornecimento de
produtos e serviços
considerados perigosos ou
nocivos;
Art. 10. O fornecedor não poderá
colocar no mercado de consumo
produto ou serviço que sabe ou
deveria saber apresentar alto grau de
nocividade ou periculosidade à
saúde ou segurança.
§ 3° Sempre que tiverem
conhecimento de periculosidade de
produtos ou serviços à saúde ou
segurança dos consumidores, a
União,os Estados, o Distrito Federal
e os Municípios deverão informá-los
a respeito.
Da Proteção à Saúde e Segurança
- Riscos considerados
normais e previsíveis,
em decorrência da
natureza e fruição do
produto ou serviço
Art. 8º Art. 9º
- Produtos ou serviços
potencialmente nocivos ou
perigosos
Art. 10º
- Produtos ou serviços com alto
grau de nocividade ou
periculosidade
Exemplo: Medicamentos de tarja
vermelha ou preta - informação
ostensiva.
Exemplos: Tesouras,
liquidificadores, etc.
= dever de prestar as
informações necessárias e
adequadas.
= exigência de informações ostensivas 
e adequadas.
= o fornecedor não poderá colocá-los
no mercado se disso sabia ou deveria
saber.
OBS: Não há exigência de informação
como forma de prevenção, porque a
informação já não é remédio; o produto
sequer deveria estar no mercado.
Ex: Câmaras de bronzeamento artificial.
Como diferenciar o art. 9º do art. 10 do CDC?
Potencialmente nocivos ou 
perigosos
• Não são proibidos. Apesar de serem 
perigosos, eles cumprem a sua 
finalidade. 
Alto grau de nocividade ou 
periculosidade
• Produtos não podem ser comercializados
Ex: medicamentos; cigarros;
bebidas alcoólicas; venenos,
como os inseticidas, etc.
Art. 18.
§ 6° São impróprios ao uso e
consumo:
II - os produtos deteriorados,
alterados, adulterados, avariados,
falsificados, corrompidos,
fraudados, nocivos à vida ou à
saúde, perigosos ou, ainda, aqueles
em desacordo com as normas
regulamentares de fabricação,
distribuição ou apresentação;
Referência legislativa
Art. 6º São direitos básicos do
consumidor:
I - a proteção da vida, saúde e
segurança contra os riscos
provocados por práticas no
fornecimento de produtos e
serviços considerados perigosos ou
nocivos;
Vício do produto
Art. 31. A oferta e apresentação de
produtos ou serviços devem assegurar
informações corretas, claras, precisas,
ostensivas e em língua portuguesa sobre
suas características, qualidades, quantidade,
composição, preço, garantia, prazos de
validade e origem, entre outros dados, bem
como sobre os riscos que apresentam à
saúde e segurança dos consumidores.
Referência legislativa
Art. 6º São direitos básicos do
consumidor:
I - a proteção da vida, saúde e
segurança contra os riscos
provocados por práticas no
fornecimento de produtos e
serviços considerados perigosos ou
nocivos;
Da oferta
Art. 36. (...)
§ 2° É abusiva, dentre outras a
publicidade discriminatória de
qualquer natureza, a que incite à
violência, explore o medo ou a
superstição, se aproveite da deficiência
de julgamento e experiência da
criança, desrespeita valores ambientais,
ou que seja capaz de induzir o
consumidor a se comportar de forma
prejudicial ou perigosa à sua saúde
ou segurança.
Referência legislativa
Art. 6º São direitos básicos do
consumidor:
I - a proteção da vida, saúde e
segurança contra os riscos
provocados por práticas no
fornecimento de produtos e
serviços considerados perigosos ou
nocivos;
Da Publicidade
Art. 39. É vedado ao
fornecedor de produtos ou
serviços, dentre outras práticas
abusivas:
IV - prevalecer-se da fraqueza
ou ignorância do consumidor,
tendo em vista sua idade,
saúde, conhecimento ou
condição social, para impingir-
lhe seus produtos ou serviços;
Referência legislativa
Art. 6º São direitos básicos do
consumidor:
I - a proteção da vida, saúde e
segurança contra os riscos
provocados por práticas no
fornecimento de produtos e
serviços considerados perigosos ou
nocivos;
Das Práticas Abusivas
Art. 55. (...)
§ 1° A União, os Estados, o Distrito Federal
e os Municípios fiscalizarão e controlarão a
produção, industrialização, distribuição, a
publicidade de produtos e serviços e o
mercado de consumo, no interesse da
preservação da vida, da saúde, da
segurança, da informação e do bem-estar
do consumidor, baixando as normas que se
fizerem necessárias.
Art. 6º São direitos básicos do
consumidor:
I - a proteção da vida, saúde e
segurança contra os riscos
provocados por práticas no
fornecimento de produtos e
serviços considerados perigosos ou
nocivos;
Referência legislativa
Das Sanções Administrativas
Art. 68. Fazer ou promover
publicidade que sabe ou deveria saber
ser capaz de induzir o consumidor a
se comportar de forma prejudicial ou
perigosa a sua saúde ou segurança:
Art. 6º São direitos básicos do
consumidor:
I - a proteção da vida, saúde e
segurança contra os riscos
provocados por práticas no
fornecimento de produtos e
serviços considerados perigosos ou
nocivos;
Referência legislativa
Das Infrações Penais 
Art. 102. Os legitimados a agir na forma deste
código poderão propor ação visando compelir
o Poder Público competente a proibir, em
todo o território nacional, a produção,
divulgação distribuição ou venda, ou a
determinar a alteração na composição,
estrutura, fórmula ou acondicionamento de
produto, cujo uso ou consumo regular se
revele nocivo ou perigoso à saúde pública e à
incolumidade pessoal.
Referência legislativa
Art. 6º São direitos básicos do 
consumidor:
I - a proteção da vida, saúde e 
segurança contra os riscos 
provocados por práticas no 
fornecimento de produtos e 
serviços considerados perigosos ou 
nocivos;
Das Ações de 
Responsabilidade 
do Fornecedor de 
Produtos e Serviços
O fornecedor não poderá colocar no mercado de consumo produto ou serviço 
que sabe ou deveria saber apresentar alto grau de nocividade ou periculosidade à 
saúde ou à segurança. Se eventualmente o fornecedor colocar no mercado um 
lote de produtos com vícios capazes de causar risco aos consumidores, ele 
deverá: (Procurador do Município/Prefeitura De Rosana-SP/Vunesp/2016)
a) comunicar o fato imediatamente às autoridades competentes e aos consumidores, mediante anúncios
publicitários.
b) reparar eventuais prejuízos causados para os consumidores que reclamarem dos vícios, não sendo
necessário que se faça qualquer comunicação ao público consumidor.
c) noticiar o fato pessoalmente a cada um dos consumidores que adquiriram tal produto, sendo
dispensável anúncios publicitários em veículos de comunicação para alertar o público.
d) aguardar que algum consumidor realmente tenha prejuízos para, somente após tal fato,
analisar a periculosidade e a segurança de seu produto ou serviço.
e) manter-se inerte, tendo em vista que responde apenas subjetivamente pelos produtos e serviços que
introduz no mercado e, com isso, é o consumidor que deve fazer prova da culpa
do fornecedor em eventual evento lesivo.
Questão
Direitos Básicos do Consumidor
• 2. Direito à liberdade de escolha e igualdade nas contratações
Art. 6º São direitos básicos do
consumidor:
II - a educação e divulgação sobre o
consumo adequado dos produtos e
serviços, asseguradas a liberdade
de escolha e a igualdade nas
contratações;
- Equidade negocial.
- É a vedação da exposição do consumidor à práticas
comerciais desproporcionais (cláusulas e práticas abusivas-
art. 39 e 51 do CDC)).
- A desobediência deste fundamento levará a possibilidade
de revisão do contrato ou a anulação do mesmo.
Referência legislativa
• 2. Direito à liberdade de escolha e igualdade nas contratações
Art. 6º São direitos básicos do
consumidor:
II - a educação e divulgação sobre o
consumo adequado dos produtos e
serviços, asseguradas a liberdade de
escolha e a igualdade nas
contratações;
Súmula 532 do STJ: Constitui prática comercial
abusiva o envio de cartão de crédito sem prévia e
expressa solicitação do consumidor, configurando-
se ato ilícito indenizável e sujeito à aplicação de
multa administrativa.
Direitos Básicos do Consumidor
• 3. Direito à informação adequada e clara 
Art. 6º São direitos básicos do
consumidor:
III - a informação adequada e clara
sobre os diferentes produtos e serviços,
com especificação correta de
quantidade, características, composição,
qualidade, tributos incidentes e preço,
bem como sobre os riscos que
apresentem;
 Rotulagem Forma
(Ex: Art. 54, § 3º) 
E a validade?
 É uma obrigação das empresas
dispor essa informação em local
visível nas embalagens e sem
impedimentos para a leitura.
 Ela também é a responsável por
determinar em quanto tempo
um produto deve ser consumido.
Alimento vencido 
na prateleira
1) Avisar o estabelecimento, que terá a obrigação
de recolher imediatamente todos os produtos
com prazo de validade vencido.
2) De acordo com o artigo 26 do CDC, você tem
30 dias corridos a partir da compra para
reclamar de um alimento impróprio para
consumo (produtos não duráveis).
3) Tratando-se de vício oculto, o prazo inicia-se no
momento em que ficar evidenciado o defeito.
Vender ou mesmo expor à venda produtos vencidos constitui crime contra as
relações de consumo, com pena de detenção ou multa. (art. 7º, IX da Lei nº
8.137/1990 e o artigo 18, §6º, I do CDC).
 Alguns Estados criaram regras próprias. Santa Catarina é um exemplo. A Lei Estadual nº 17.132,
de 8 de maio de 2017, assegura ao consumidor que constatar a existência de produto exposto à
venda com prazo de validade vencido, o direito a receber, gratuitamente, outro produto idêntico
ou similar.
 Já no estado de São Paulo, o que assegura tal direito é uma medida voluntária da Apas 
(Associação Paulista de Supermercados), chamada "De olho na validade", criada em outubro de 
2011 em conjunto com o Procon-SP.
 Em Campinas/SP, a Lei 15.830/2019 obriga os estabelecimentos comerciais a colocarem avisos 
sobre a data de validade de produtos em promoção que estiverem próximos do vencimento. 
Curiosidades:
Direitos Básicos do Consumidor
• 4. Direito à proteção contra a publicidade enganosa e abusiva
Art. 6º São direitos básicos do
consumidor:
IV - a proteção contra a publicidade
enganosa e abusiva, métodos
comerciais coercitivos ou desleais,
bem como contra práticas e cláusulas
abusivas ou impostas no
fornecimento de produtos e serviços;
Princípio da vinculação da publicidade
• Princípio da vinculação da publicidade
Art. 30. Toda informação ou publicidade,
suficientemente precisa, veiculada por qualquer forma
ou meio de comunicação com relação a produtos e
serviços oferecidos ou apresentados, obriga o
fornecedor que a fizer veicular ou dela se utilizar e
integra o contrato que vier a ser celebrado.
Art. 6º São direitos básicos do
consumidor:
IV - a proteção contra a publicidade
enganosa e abusiva, métodos comerciais
coercitivos ou desleais, bem como contra
práticas e cláusulas abusivas ou impostas
no fornecimento de produtos e serviços;
Publicidade vs. Propaganda
INSTITUTOS DISTINTOS INSTITUTOS SINÔNIMOS
Antonio Herman Banjamim:
“Não se confundem publicidade e propaganda,
embora, no dia a dia de mercado, os dois termos
sejam utilizados pelo outro. A publicidade tem um
objetivo comercial, enquanto a propaganda visa a
um fim ideológico, religioso, filosófico, político,
econômico ou social. Fora isso, a publicidade, além
de paga, identifica sou patrocinador, o que nem
sempre ocorre com a propaganda".
Rizzato Nunes:
Tomado pela etiologia, vê-se que o termo “propaganda”
tem origem no latim ‘propaganda, do gerúndio de
‘propagare’, ‘coisas que devem ser propagadas’. Donde
afirmar-se que a palavra comporta o sentido de
propagação de princípios, ideias, conhecimentos ou
teorias. O vocábulo ‘publicidade’, por sua vez, aponta para
a qualidade daquilo que é público ou do que é feito em
público. Ambos os termos, portanto, seriam bastante
adequados para expressar o sentido buscado pelo
anunciante de produto e serviço. (...) Logo, os dois
vocábulos podem ser usados como sinônimos.
Em síntese: 
tecnicamente, há diferença.
PUBLICIDADE
• Objetivos comerciais
PROPAGANDA
• Fins ideológicos, religiosos,
filosóficos, políticos, econômicos
ou sociais.
Na prática, são consideradas expressões sinônimas pela 
jurisprudência. 
Direitos Básicos do Consumidor
• Direito à modificação e revisão como formas de preservação
(implícita) do contrato de consumo.
Art. 6º São direitos básicos do
consumidor:
V - a modificação das cláusulas
contratuais que estabeleçam prestações
desproporcionais ou sua revisão em
razão de fatos supervenientes que as
tornem excessivamente onerosas;
Art. 51 (...)
§ 2°: A nulidade de uma cláusula contratual abusiva não
invalida o contrato, exceto quando de sua ausência, apesar
dos esforços de integração, decorrer ônus excessivo a
qualquer das partes.
Direitos Básicos do Consumidor
• Direito à efetiva prevenção e reparação de danos patrimoniais e morais
Art. 6º São direitos básicos do
consumidor:
VI - a efetiva prevenção e reparação de
danos patrimoniais e morais, individuais,
coletivos e difusos
- O dever de prevenir danos recai sobre o
fornecedor e também sobre o Estado.
- Vedada estipulação contratual que exima o
fornecedor da responsabilidade de indenizar
(art. 25).
- São nulas as cláusulas que impossibilitem,
exonerem ou atenuem a responsabilidade do
fornecedor por vícios de qualquer natureza.
(art. 51);
Vedado qualquer tipo de tarifação e/ou 
tabelamento da indenização.
Regra Geral:
Direitos Básicos do Consumidor
• Direito ao acesso à justiça:
Art. 6º São direitos básicos do consumidor:
VII - o acesso aos órgãos judiciários e
administrativos com vistas à prevenção ou
reparação de danos patrimoniais e morais,
individuais, coletivos ou difusos, assegurada a
proteção Jurídica, administrativa e técnica aos
necessitados;
Ex: PROCONs e Agências Reguladoras
Acesso do vulnerável às vias judiciais:
- Manutenção de assistência jurídica gratuita;
- Criação de delegacias de polícia especializadas 
nas infrações penais de consumo;
- Criação de Juizados Especiais de Pequenas 
Causas e Varas Especializadas para a solução 
de litígios de consumo;
Direitos Básicos do Consumidor
• Direito à inversão do ônus da prova;
Art. 6º São direitos básicos do
consumidor:
VIII - a facilitação da defesa de seus
direitos, inclusive com a inversão do
ônus da prova, a seu favor, no processo
civil, quando, a critério do juiz, for
verossímil a alegação ou quando for ele
hipossuficiente, segundo as regras
ordinárias de experiências;
Verossimilhança: Plausibilidade de verdade
Hipossuficiência: Geralmente relacionada com a
fraqueza econômica, mas nada impede que também
possa ser constatada a sua fragilidade no aspecto
fático ou técnico.
VulnerabilidadeHipossuficiência
(Iuris tantum) (Juris et jure)
Momento adequado para a inversão do ônus da 
prova
Despacho de 
citação
posição minoritária
Saneamento
posição majoritária 
no STJ
Sentença
posição de alguns 
doutrinadores
(VUNESP - 2021 - TJ-SP - Juiz de Direito)
Os direitos básicos do consumidor abrangem:
a) inversão do ônus da prova de forma automática.
b) Os direitos previstos em tratados ou convenções internacionais de que o Brasil seja 
signatário. 
c) Os direitos que derivem dos princípios gerais do direito, analogia e costumes, mas não 
os que derivem por equidade. 
d) A responsabilização solidária para reparação dos danos previstos nas normas de 
consumo apenas nos casos de práticas abusivas de consumo. 
e) A modificação das cláusulas contratuais que estabeleçam prestações desproporcionais, 
mas não a sua revisão em razão de fatos supervenientes.
Falso. At. 6º, VIII, CDC
Falso. At. 7º, caput, CDC
Falso. At. 7º, parágrafo único, CDC
Falso. At. 6º, V, CDC
Direitos Básicos do Consumidor
• Direito ao recebimento de serviços públicos adequados e eficazes
Art. 6º São direitos básicos do consumidor:
IX - (Vetado);
X - a adequada e eficaz prestação dos
serviços públicos em geral.
Novidade legislativa
• XI - a garantia de práticas de crédito responsável, de educação financeira e de
prevenção e tratamento de situações de superendividamento, preservado o mínimo
existencial, nos termos da regulamentação, por meio da revisão e da repactuação da
dívida, entre outras medidas; (Incluído pela Lei nº 14.181, de 2021)
• XII - a preservação do mínimo existencial, nostermos da regulamentação, na
repactuação de dívidas e na concessão de crédito; (Incluído pela Lei nº 14.181,
de 2021)
• XIII - a informação acerca dos preços dos produtos por unidade de medida, tal
como por quilo, por litro, por metro ou por outra unidade, conforme o
caso (Incluído pela Lei nº 14.181, de 2021)
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14181.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14181.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14181.htm#art1
Estacionamentos
Matéria de direito civil 
ou 
Matéria de direito do 
consumidor?
As leis que previam regras sobre o
estacionamento privativo em Manaus
foram declaradas inconstitucionais
pelo TJAM
Fonte: A Critica
https://www.acritica.com/channels/manaus/news/tj-derruba-normas-que-asseguravam-tempo-de-carencia-e-precos-justos-em-estacionamentos-privativos-em-manaus
O Supremo Tribunal Federal já entendeu que a exploração econômica de
estacionamentos privados recai ao ramo do direito civil, competindo
privativamente à União legislar sobre o tema (art. 22, I, CF)
Fonte: Portal STF 
http://portal.stf.jus.br/noticias/verNoticiaDetalhe.asp?idConteudo=428275&ori=1
“Por maioria de votos, o Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF), em sessão virtual, declarou a inconstitucionalidade da
Lei 5.853/2017 do Distrito Federal, que assegura ao consumidor a tolerância de 30 minutos para a saída do estacionamento
após o pagamento da tarifa. Prevaleceu no julgamento o voto do relator, ministro Alexandre de Moraes, pela procedência da
Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 5792, ajuizada pela Associação Brasileira de Estacionamentos (Abrapark).
O relator observou que, conforme a jurisprudência do STF, leis estaduais que tratem da regulamentação de estacionamentos são
inconstitucionais por invasão da competência da União para legislar sobre Direito Civil (artigo 22, inciso I, da Constituição
Federal). Embora ressalvando seu entendimento de que o tema diz respeito ao Direito do Consumidor, o que atrairia a
competência concorrente dos estados para legislar, o ministro, “em respeito ao princípio da colegialidade”, votou pelo
reconhecimento de vício formal da lei distrital.
Com relação à alegação de vício material (relativo ao conteúdo da lei), o ministro explicou que, ao se examinar norma que
pretende aumentar a comodidade ou os serviços prestados aos consumidores, deve-se avaliar se ela atende ao princípio da
proporcionalidade. “O acréscimo de 30 minutos, da forma como preceitua a lei questionada, extrapola irrazoavelmente o nível
de proteção do consumidor conferido pela Constituição”, constatou. Segundo o relator, a lei distrital, ao permitir que o cliente
utilize o tempo adicional de forma gratuita, acaba por interferir direta e indevidamente na dinâmica econômica da
atividade empresarial estabelecida pelo proprietário do estacionamento e viola, assim, o princípio da livre iniciativa.
Ainda de acordo com o relator, a medida poderia desvirtuar o fim pretendido, “permitindo que o tempo adicional seja utilizado
de maneira diversa de sua finalidade”.
Ficaram vencidos os ministros Edson Fachin e Marco Aurélio.”
Íntegra da notícia
Fonte: Portal STF 
http://portal.stf.jus.br/noticias/verNoticiaDetalhe.asp?idConteudo=428275&ori=1
“A proteção ao consumidor, em sentido mais amplo,
está em sintonia com a proteção à livre iniciativa e à
ordem econômica , resguardado o direito fundamental da
propriedade e de sua função social, no modelo de Estado
Social e Democrático de Direito.
Assim sendo, partindo da premissa de que a norma
impugnada insere-se no âmbito do Direito do Consumidor,
entendo a competência concorrente fixada no art. 24, V e
VIII da Constituição Federal, para compreender a legislação
local protetiva, ora questionada, como densificação da
proteção das relações de consumo e do próprio usuário-
consumidor.”
• O entendimento, embora majoritário, não é unânime. Alguns ministros
entendem que a competência para legislar sobre o tema é concorrente entre a
União, Estados e DF.
(Trecho do voto do Min. Edson Fachin, na ADIn 5.792 do Distrito Federal.) 
Notícia de outubro de 2021.
Fonte: Câmara Municipal de 
Manaus
https://www.cmm.am.gov.br/cobranca-de-estacionamento-em-shopping-e-discutida-na-camara/
Questão
De acordo com o Código de Defesa do Consumidor, quanto à proteção e
segurança, os produtos: (Fiscal tributário/Prefeitura de Portão-RS/Legalle concursos/2016).
a) Devem conter todas as informações adequadas e necessárias a seu respeito.
b) Devem conter figuras ilustrativas.
c) Devem conter selo informativo das empresas públicas.
d) Devem ter rótulo com quaisquer informações.
e) Devem conter cores pertinentes previstas em lei de acordo com as tabelas.

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