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DIREITO TRIBUTÁRIO EM EXERCÍCIOS PARA A RECEITA FEDERAL PROFESSOR: EDVALDO NILO 1 Prof. Edvaldo Nilo www.pontodosconcursos.com.br PROFESSOR EDVALDO NILO DIREITO TRIBUTÁRIO EM EXERCÍCIOS PARA A RECEITA FEDERAL – AULA 1 - CONCEITO E CLASSIFICAÇÃO DOS TRIBUTOS. TRIBUTOS DE COMPETÊNCIA DA UNIÃO. IMPOSTO SOBRE A IMPORTAÇÃO. IMPOSTO SOBRE A EXPORTAÇÃO. IMPOSTO SOBRE A PROPRIEDADE TERRITORIAL RURAL. IMPOSTO SOBRE A RENDA E PROVENTOS DE QUALQUER NATUREZA. IMPOSTO SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS. IMPOSTO SOBRE OPERAÇÕES FINANCEIRAS CONCEITO E CLASSIFICAÇÃO DOS TRIBUTOS. TRIBUTOS DE COMPETÊNCIA DA UNIÃO. IMPOSTO SOBRE A IMPORTAÇÃO. IMPOSTO SOBRE A EXPORTAÇÃO. IMPOSTO SOBRE A PROPRIEDADE TERRITORIAL RURAL. IMPOSTO SOBRE A RENDA E PROVENTOS DE QUALQUER NATUREZA. IMPOSTO SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS. IMPOSTO SOBRE OPERAÇÕES FINANCEIRAS (ESAF) (PARTE 1) CONCEITO E CLASSIFICAÇÃO DOS TRIBUTOS. IMPOSTOS. TAXAS. CONTRIBUIÇÕES DE MELHORIA. EMPRÉSTIMO COMPULSÓRIO. CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS. 1. (ESAF/AFTM/Natal/2008) Sobre o conceito de tributo e sua natureza jurídica, assinale a única opção correta. a) A Lei Complementar n. 104/2001, ao permitir a dação em pagamento de bens imóveis, como forma de extinção do crédito tributário, promoveu a derrogação do art. 3ºdo CTN, que confere ao tributo uma prestação pecuniária em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir. b) Tributo é toda prestação pecuniária compulsória instituída em lei. Todavia, não há restrição para que o Município majore alíquotas de tributos, sob sua competência, por meio de decreto. c) Tendo em vista que o tributo não pode constituir uma sanção por ato ilícito, não se faz possível a incidência de tributos sobre atividades criminosas, pois assim agindo o Estado estaria obtendo recursos de uma atividade por ele proibida. d) A cobrança de impostos decorre de uma atividade administrativa não-vinculada, haja vista os recursos poderem ser utilizados com quaisquer despesas previstas no orçamento. DIREITO TRIBUTÁRIO EM EXERCÍCIOS PARA A RECEITA FEDERAL PROFESSOR: EDVALDO NILO 2 Prof. Edvaldo Nilo www.pontodosconcursos.com.br e) O que determina a natureza jurídica de um tributo é o fato gerador da respectiva obrigação, independentemente de sua denominação e da destinação legal do produto de sua arrecadação. Letra (A). Derrogação denota revogação parcial ou perda parcial de vigência de determinada norma, quando uma norma revogadora revoga apenas parte de outra norma. Já a vigência é o tempo de validade da norma, sendo o período em que norma entra em vigor até a ocasião em que é revogada. Na hipótese questionada, afirma-se que a Lei Complementar n. 104/2001 derrogou o art. 3º, do CTN, o que não aconteceu, uma vez que a dação em pagamento de bens imóveis é compatível com o art. 3º, do CTN, sobretudo com o enunciado “em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir”. Não há derrogação, pois não existe incompatibilidade entre o tema regulado (dação em pagamento de bens imóveis, como forma de extinção do crédito tributário) e o dispositivo do art. 3°, do CTN. Logo, incorreta. Letra (B). O Município não tem competência para aumentar alíquotas de tributos municipais por meio de decreto. Logo, incorreta. Letra (C). A atividade criminosa (atividade ilícita) pode gerar a obrigação de pagar tributo, porque a forma ou a validade dos atos praticados pelo contribuinte não importam para incidência tributária (art. 118, I, CTN), desde que o tributo não constitua sanção de ato ilícito (art. 3°, CTN). Portanto, o que importa é que a atividade criminosa não esteja prevista em lei como fato gerador de determinado tributo. Logo, incorreta. Letra (D). Segundo o art. 3°, do CTN, a cobrança de impostos decorre de uma atividade administrativa plenamente vinculada. Logo, incorreta. Letra (E). Segundo o art. 4°, I e II, do CTN, a natureza jurídica específica do tributo é determinada pelo fato gerador da respectiva obrigação, sendo irrelevantes para qualificá-la a denominação e demais características formais adotadas pela lei e a destinação legal do produto da sua arrecadação. Logo, correta. 2. (ESAF/APO/UNIÃO/2010) É sabido que, de acordo com o art. 3° do Código Tributário Nacional, tributo é toda prestação pecuniária, compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade DIREITO TRIBUTÁRIO EM EXERCÍCIOS PARA A RECEITA FEDERAL PROFESSOR: EDVALDO NILO 3 Prof. Edvaldo Nilo www.pontodosconcursos.com.br administrativa plenamente vinculada. Consoante tal entendimento, é errado afirmar-se que: a) as multas pelo descumprimento da obrigação tributária não são tributos, mas consideradas pelo CTN como obrigação tributária, ao lado do tributo, para que se submetam ao mesmo regime de constituição, discussão administrativa, inscrição em dívida ativa e execução dos tributos. b) o poder de tributar é prerrogativa do Poder Público, que o faz para custear suas ações no interesse da sociedade. A fiscalização tributária implica exercício do poder de polícia, e somente mediante atividade administrativa pode ser exigido o pagamento de tributo. c) ocorrido o fato gerador da obrigação tributária, a autoridade administrativa tem o dever de exigir o cumprimento da obrigação por parte do contribuinte, havendo, no entanto, alguma margem de discricionariedade nesta atividade. d) a aquisição de renda e a promoção da circulação de mercadorias com o produto de renda advinda do jogo do bicho, por exemplo, apesar de fatos ilícitos, são passíveis de tributação. e) nem toda prestação pecuniária prevista em lei constitui tributo, mas sim toda prestação pecuniária que reúna o conjunto dos requisitos constantes do art. 3° do CTN, como por exemplo o caráter obrigatório. Nesta questão o gabarito definitivo foi alterado da letra “D” para letra “C” após recurso que também formulei na parte aberta do PONTO (meu ponto 71: http://www.pontodosconcursos.com.br/professor.asp?menu=professo res&busca=&prof=155&art=4930&idpag=3) e em cursos presenciais que ministrei. Letra (A). A obrigação tributária principal nasce com a ocorrência do fato gerador, tendo por objeto o pagamento de tributo ou penalidade pecuniária e extingue-se juntamente com o crédito dela decorrente (art. 113, §1º). Desta forma, a obrigação tributária principal pode ter como objeto o pagamento de uma penalidade pecuniária (multa), mas isto não significa que o tributo pode ser equiparado a uma multa, uma vez que o art. 3°, do CTN estabelece que tributo não constitui sanção de ato ilícito. Logo, correta. Letra (B). A atividade de tributação é prerrogativa do Poder Público e deve ser exercida mediante atividade administrativa plenamente vinculada. Por sua vez, a fiscalização tributária implica DIREITO TRIBUTÁRIO EM EXERCÍCIOS PARA A RECEITA FEDERAL PROFESSOR: EDVALDO NILO 4 Prof. Edvaldo Nilo www.pontodosconcursos.com.br atividade do atividade do poder de polícia, que é necessariamente exercida pelo Poder Público (art. 78 do CTN). Logo, correta. Letra (C). Segundo o CTN, não há margem para a discricionariedade no dever de exigir o tributo, pois o tributo é cobrado mediante atividade administrativa plenamente vinculada (art. 3°) e a atividade administrativa de lançamento é vinculada e obrigatória (art. 142, parágrafo único). Portanto, incorreta. Letra (D). De acordo com o art. 118 do CTN, a definição legal do fato gerador é interpretada abstraindo-se: (a) da validade jurídica dos atos efetivamente praticados pelos contribuintes, responsáveis, ou terceiros, bem como da natureza do seu objeto ou dos seus efeitos; (b) dos efeitos dos fatos efetivamente ocorridos. Deste modo, éirrelevante a origem ilícita do fato para fins de tributação. Logo, correta. Letra (E). O tributo deve reunir todos os aspectos legais do art. 3° do CTN. Tributo (art. 3°) (i) prestação pecuniáriacompulsória (caráter obrigatório); (ii) em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir; (iii) não constitua sanção de ato ilícito; (iv) instituída em lei; (v) cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada. Portanto, não basta ser prestação pecuniária prevista em lei. Logo, correta. 3. (ESAF/Agente de Fazenda/ISS/RJ/2010) O conceito de tributo, nos termos do Código Tributário Nacional, traz as seguintes conclusões, exceto: a) o poder de tributar é prerrogativa do Poder Público, que o faz para custear suas ações no interesse da sociedade. b) não constituindo sanção por ato ilícito, pouco importa para a legislação do imposto sobre a circulação de mercadorias e serviços, por exemplo, a origem lícita ou ilícita de determinadas mercadorias, desde que reste configurada a hipótese de incidência do referido tributo, qual seja, a circulação dessas mercadorias, para que possa ele ser exigido. c) nem toda prestação pecuniária prevista em lei constitui tributo, mas somente aquelas que reúnam o conjunto dos DIREITO TRIBUTÁRIO EM EXERCÍCIOS PARA A RECEITA FEDERAL PROFESSOR: EDVALDO NILO 5 Prof. Edvaldo Nilo www.pontodosconcursos.com.br requisitos previstos na definição de tributo, consoante o Código Tributário Nacional. d) o Estado exige os tributos compulsoriamente das pessoas, portanto, a obrigação de pagar tributos não decorre da vontade do contribuinte, sendo esta, aliás, irrelevante nessa matéria. e) embora sendo uma obrigação de direito público, absolutamente indisponível por parte da administração, admite-se, desde que haja a respectiva previsão legal, a delegação dessa obrigação a outras pessoas jurídicas, como empresas públicas e sociedades de economia mista. Letra (A). A atividade de tributação é prerrogativa do Poder Público, de acordo com os arts. 7° e 119 do CTN. Logo, correta. Letra (B). Conforme o princípio do non olet (“dinheiro não cheira”) e o art. 118, I, do CTN, a definição legal do fato gerador é interpretada abstraindo-se a validade jurídica dos atos efetivamente praticados pelos contribuintes, responsáveis, ou terceiros, bem como da natureza do seu objeto ou dos seus efeitos. Ou seja, pouco importa para o direito tributário a origem do fato tributado, importando sim a legalidade da previsão normativa (hipótese de incidência – “circulação de mercadorias”) e, por conseguinte, que a previsão ocorra no mundo fatos. Logo, correta. Letra (C). O tributo deve reunir todos os aspectos legais do art. 3° do CTN. Assim, deve ser (i) prestação pecuniáriacompulsória (caráter obrigatório), (ii) em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que (iii) não constitua sanção de ato ilícito, (iv) instituída em lei e (v) cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada. Logo, correta. Letra (D). O tributo é prestação pecuniáriacompulsória. Isto é, a obrigação de pagar tributos decorre da lei e independe diretamente da vontade do contribuinte. Logo, correta. Letra (E). O tributo é uma obrigação de direito público. Contudo, o tributo é cobrado mediante atividade administrativa plenamente vinculada e não se admite a delegação dessa obrigação a outras pessoas jurídicas de direito privado (empresas públicas e sociedades de economia mista), de acordo com o art. 7°, do CTN. Este dispositivo afirma que competência tributária é indelegável, salvo atribuição das funções de arrecadar ou fiscalizar tributos, ou de executar leis, serviços, atos ou decisões administrativas em matéria tributária, conferida por uma pessoa jurídica de direito público a outra. Logo, incorreta. DIREITO TRIBUTÁRIO EM EXERCÍCIOS PARA A RECEITA FEDERAL PROFESSOR: EDVALDO NILO 6 Prof. Edvaldo Nilo www.pontodosconcursos.com.br 3.(ESAF/GESTOR/MG/2005) A natureza jurídica dos tributos é determinada: a) pela denominação legal. b) pelo critério quantitativo da norma que o criou. c) pela finalidade de sua arrecadação. d) pelo fato gerador. e) pela previsão ou não de obrigações acessórias. A ESAF adotou a literalidade do art. 4°, I e II, do CTN, que dispõe que a natureza jurídica específica do tributo é determinada pelo fato gerador da respectiva obrigação, sendo irrelevantes para qualificá-la a denominação e demais características formais adotadas pela lei e a destinação legal do produto da sua arrecadação. Logo, correta a letra “d”. 4. (ESAF/Ministério da Fazenda/2009) A determinação da natureza jurídica específica do tributo, de acordo com o Código Tributário Nacional, decorre, especificamente: a) do fato gerador da respectiva obrigação. b) da destinação legal do produto da arrecadação. c) da denominação. d) da fixação do agente arrecadador. e) das peculiaridades dos sujeitos ativo e passivo da obrigação. A natureza jurídica específica do tributo é verificada pelo fato gerador da respectiva obrigação, sendo irrelevantes para qualificá-la a denominação e demais características formais adotadas pela lei e a destinação legal do produto da sua arrecadação, segundo o art. 4°, inc. I e II, do CTN. Portanto, correta é a letra “a”. 5. (ESAF/TTN/1997) A natureza jurídica específica do tributo é determinada a) pela denominação que lhe dá a lei. b) pelas características formais adotadas pela lei. c) pela destinação legal do produto da sua arrecadação. d) pela competência da pessoa jurídica de direito público que o instituir. e) pelo fato gerador e base de cálculo da respectiva obrigação. O art. 4º, do CTN, estabelece que a natureza jurídica específica DIREITO TRIBUTÁRIO EM EXERCÍCIOS PARA A RECEITA FEDERAL PROFESSOR: EDVALDO NILO 7 Prof. Edvaldo Nilo www.pontodosconcursos.com.br do tributo deve ser verificada pelo fato geradorda respectiva obrigação, sendo irrelevantes para qualificá-la a denominação e demais características formais adotadas pela lei e a destinação legal do produto da sua arrecadação. Entretanto, deve-se salientar que parte da doutrina também acrescenta a relevância da base de cálculo para identificação da natureza jurídica do tributo. Assim sendo, o valor da base de cálculo para identificação da natureza jurídica do tributo tem fundamento jurídico na CF/88, quando dispõe que as taxas não poderão ter base de cálculo própria de impostos (art. 145, §1º) e que a União poderá instituir mediante lei complementar, impostos residuais, desde que sejam não- cumulativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos discriminados nesta Constituição (art. 154, I). Portanto, afirma-se que a identificação da natureza jurídica do tributo pode ser realizada pelo binômio: hipótese de incidência (fato gerador in abstrato) e base de cálculo. Logo, correta a letra “e”. 6.(ESAF/MPC/TCE/GO/2007) Em relação aos tributos e suas espécies, assinale a opção correta. a) O fato gerador de um tributo não pode decorrer de circunstância ilícita. b) Para determinação da natureza jurídica do tributo, é essencial a destinação legal do produto da arrecadação. c) Excepcionalmente é admitido no direito brasileiro o tributo in labore nas contribuições de melhoria quando a obra pública for realizada pelo próprio sujeito passivo tributário. d) O tributo denominado taxa, quando cobrado em razão de serviço público específico e divisível, pode receber a denominação de tarifa pública. e) O tributo tem função extrafiscal quando seu objetivo principal é a interferência no domínio econômico, não se limitando apenas à simples arrecadação de recursos financeiros. Letra (A). O fato gerador (in concreto) de um tributo pode decorrer de circunstânciailícita, conforme art. 118, I, do CTN. Logo, incorreta. Contudo, registramos que a hipótese de incidência (fato gerador in abstrato) não pode decorrer de circunstância ilícita. Portanto, a questão poderia ter sido anulada. DIREITO TRIBUTÁRIO EM EXERCÍCIOS PARA A RECEITA FEDERAL PROFESSOR: EDVALDO NILO 8 Prof. Edvaldo Nilo www.pontodosconcursos.com.br Letra (B). Segundo o art. 4°, II, do CTN, para a determinação da natureza jurídica do tributo não é essencial a destinação legal do produto da arrecadação. Logo, segundo o CTN, incorreta. Letra (C). Não é admitido no direito brasileiro o tributo in labore (trabalho), pois, conforme o art. 3º, do CTN, o tributo é toda prestação pecuniáriacompulsória. Deste modo, não pode ser considerado tributo o serviço militar obrigatório, a prestação de serviço eleitoral e o serviço dos jurados no Tribunal do Júri. Ademais, anota-se que a contribuição de melhoria é espécie tributária decorrente da valorização imobiliária de uma obra realizada pelo Estado (atividade estatal) e não pelo próprio sujeito passivo (contribuinte ou responsável tributário). Portanto, incorreta. Letra (D). A taxa (espécie de tributo) não se confunde com a tarifa ou preço público, que não é tributo. Logo, incorreta. Letra (E). O tributo extrafiscal tem como função principal a interferência no domínio econômico, buscando um efeito diverso da exclusiva arrecadação de recursos financeiros, podendo ter como função o desenvolvimento de determinadas atividades ou setores específicos da economia. Em outras palavras, aextrafiscalidade dos tributos influi sobre a conjuntura econômica do Estado. São exemplos: o II, o IE, o IPI, o IOF e a CIDE. Logo, correta. 7. (ESAF/GESTOR MG/2005)Assinale a opção correta. a) Na atividade de cobrança do tributo a autoridade administrativa pode, em determinadas circunstâncias, deixar de aplicar a lei. b) Não é preciso lei para exigir um tributo. c) O tributo se caracteriza também pelo fato de não resultar da aplicação de uma sanção por um ato ilícito. d) A prestação do tributo não é obrigatória. e) A destinação da arrecadação com o tributo determina sua natureza. Letra (A). Segundo o art. 3°, do CTN, o tributo é cobrado mediante atividade administrativa plenamente vinculada e não discricionária, portanto, não há conveniência ou oportunidade na cobrança do tributo. Ou seja, não pode a autoridade administrativa deixar de aplicar a lei. Logo, incorreta. Letra (B). Conforme o princípio da legalidade tributária é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos DIREITO TRIBUTÁRIO EM EXERCÍCIOS PARA A RECEITA FEDERAL PROFESSOR: EDVALDO NILO 9 Prof. Edvaldo Nilo www.pontodosconcursos.com.br Municípiosexigir tributo sem lei que o estabeleça (art. 150, I, CF). Logo, incorreta. Letra (C). Segundo o CTN, o tributo não constitui sanção de ato ilícito (art. 3°). Portanto, correta. Letra (D). Segundo o art. 3° do CTN, o tributo é prestação pecuniáriade caráter obrigatório (compulsório). Logo, incorreta. Letra (E). De acordo com a literalidade do art. 4°, II, do CTN, a destinação legal do produto da arrecadação do tributo é irrelevante para determinar a natureza jurídica específica do tributo. Logo, incorreta. 8. (ESAF/AFPS/2002) Com referência a tributo e suas espécies, é correto afirmar que: a) empréstimo compulsório, contribuição de melhoria, contribuição de intervenção no domínio econômico e compensação financeira aos Estados pela exploração de petróleo por empresas privadas são espécies tributárias. b) tributo é um gravame cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte. c) são espécies tributárias, entre outras, imposto, taxa, contribuição em favor de categoria profissional, preço público e contribuição de intervenção no domínio econômico. d) tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda, ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada. e) tributo é a prestação pecuniária compulsória, em moeda, ou cujo valor nela se possa exprimir, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada, que não constitua sanção de ato ilícito, ressalvado o caso de ato ilícito que requeira reparação em virtude de guerra. Letra (A). Segundo o art. 3°, do CTN, o tributo é cobrado mediante atividade administrativa plenamente vinculada e não discricionária, portanto, não há conveniência ou oportunidade na cobrança do tributo. Ou seja, não pode a autoridade administrativa deixar de aplicar a lei. Logo, incorreta. Letra (B). O enunciado coloca a definição legal de imposto (espécie) como se fosse de tributo (gênero). Segundo o art. 16, do DIREITO TRIBUTÁRIO EM EXERCÍCIOS PARA A RECEITA FEDERAL PROFESSOR: EDVALDO NILO 10 Prof. Edvaldo Nilo www.pontodosconcursos.com.br CTN, o imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte. Letra (C). O preço público não é tributo. Portanto, incorreta. Letra (D). É a cópia literal do conceito de tributo disposto no art. 3º, do CTN. Logo, correta. Letra (E). O tributo não constitui sanção de ato ilícito e não há exceção, de acordo com o art. 3° do CTN. Ademais, o ato ilícito que requeira reparação em virtude de guerra não é tributo. Logo, incorreta. 9. (AFTM-FORTALEZA/2003) Avalie as formulações seguintes, relativas a tributo e suas espécies, consideradas as pertinentes disposições da Constituição Federal e do Código Tributário Nacional, e, ao final, assinale a opção que corresponde à resposta correta. I. Imposto, taxa, preço público e contribuição de interesse de categorias profissionais são espécies tributárias. II. A natureza jurídica específica do tributo é determinada pelo fato gerador da respectiva obrigação, sendo irrelevantes para qualificá-la: (a) a denominação e demais características formais adotadas pela lei; (b) a destinação legal do produto da sua arrecadação. III. Empréstimo compulsório, contribuição de melhoria, contribuição de intervenção no domínio econômico e contribuição para a seguridade social são espécies tributárias. IV. Contribuição de interesse de categorias econômicas, taxa, imposto e encargo de reparação de guerra são espécies tributárias. a) Apenas as formulações II e III são corretas. b) Apenas as formulações III e IV são corretas. c) Apenas as formulações I e III são corretas. d) Apenas a formulação II é correta. e) Apenas as formulações I e II são corretas. A questão cobra do candidato o conhecimento das espécies tributárias. Nesse rumo, a doutrina dominante e o STF entendem que são cinco espécies tributárias, a saber: impostos, taxas, contribuições de melhoria, empréstimo compulsório e as contribuições especiais ou parafiscais. É a chamada classificação quinquipartite ou DIREITO TRIBUTÁRIO EM EXERCÍCIOS PARA A RECEITA FEDERAL PROFESSOR: EDVALDO NILO 11 Prof. Edvaldo Nilo www.pontodosconcursos.com.br pentapartidedas espécies tributárias. Ressaltamos que duas novas Emendas Constitucionais (EC) criaram três novas subespécies de tributos, quais sejam: • O art. 149-A, com redação determinada pela EC n. 39/2002, autorizou apenas o Distrito Federal e os Municípios a instituírem a contribuição para o custeio do serviço de iluminação pública (COSIP ou CIP), sendo facultada (não é obrigatório) a cobrança na fatura de consumo de energia elétrica; • O art. 149, § 1º, com redação determinada pela EC nº 41/2003, autorizou os Estados, o Distrito Federal e os Municípios a instituição da contribuição previdenciária,cobrada de seus servidores, para o custeio, em beneficio destes, do sistema previdenciário respectivo, cuja alíquota não será inferior à da contribuição previdenciária dos servidores titulares de cargos efetivos da União; • O art. 195, IV, com redação determinada pela EC nº 41/2003, autorizou a cobrança pela União de contribuição de seguridade social sobre o importador de bens ou serviços do exterior, ou de quem a lei infraconstitucional a ele equiparar. Nesse rumo, podemos visualizar o seguinte quadro geral das espécies tributárias de competência da União estabelecidas pela CF: • Impostos (art. 153, incisos I a VII, art. 154, I e II): a) imposto sobre importação de produtos estrangeiros (II) – art. 153, I; b) imposto sobre exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados (IE) – art. 153, II; c) imposto sobre renda e proventos de qualquer natureza (IR) – art. 153, III; d) imposto sobre produtos industrializados (IPI) – art. 153, IV; e) imposto sobre operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores mobiliários (IOF) – art. 153, V; f) imposto sobre propriedade territorial rural (ITR) – art. 153, VI; g) imposto sobre grandes fortunas (IGF) – art. 153, VII; h) impostos residuais – art. 154, I; i) impostos extraordinários de guerra (IEG) – art. 154, II; • Taxas (art. 145, II): a) taxas de polícia; b) taxas de serviço; • Contribuições de Melhoria (art. 145, III); • Empréstimos Compulsórios (art. 148): a) empréstimo por calamidade ou guerra externa (art. 148, I); b) empréstimo por investimento público urgente e de relevância nacional (art. 148, II); • Contribuiçõesespeciais ou parafiscais: a) contribuições de seguridade social (art. 40, § 18, art. 195, art. 239; ADCT, art. DIREITO TRIBUTÁRIO EM EXERCÍCIOS PARA A RECEITA FEDERAL PROFESSOR: EDVALDO NILO 12 Prof. Edvaldo Nilo www.pontodosconcursos.com.br 74, 75, 84 e 90); b) contribuições sociais (art. 212, § 5º e art. 240); c) contribuições de interesse das categorias profissionais ou econômicas, também denominadas de corporativas (art. 149); d) contribuições de intervenção no domínio econômico (CIDE) – art. 149 e art. 177, § 4º. Destacamos também que competem à União, em Território Federal, os impostos estaduais e, se o Território não for dividido em Municípios, cumulativamente, os impostos municipais (art. 147, da CF). Ao Distrito Federal competem os impostos estaduais e municipais (arts. 147, 155 e 156, da CF). Neste contexto, as espécies tributárias de competência dos Estados e do Distrito Federal fixadas pela CF são as seguintes: • Impostos (CF, art. 155): a) impostos sobre transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos (ITCMD) – art. 155, I; b) impostos sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação (ICMS) – art. 155, II; c) imposto sobre propriedade de veículos automotores (IPVA) – art. 155, III; • Taxas (art. 145, II): a) taxas de polícia; b) taxas de serviço; • Contribuições de Melhoria (art. 145, III); • Contribuição previdenciária (art. 40, § 18; 149, §1º). No que concerne aosMunicípios eao Distrito Federal, a CF dispõe: • Impostos (art. 156): a) imposto sobre propriedade predial e territorial urbana (IPTU) – art. 156, I; b) impostos sobre transmissão inter vivos, por ato oneroso, de bens imóveis e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como cessão de direitos a sua aquisição (ITBI) – art. 156, II; c) imposto sobre serviços de qualquer natureza (ISS), não compreendidos no ICMS, definidos em lei complementar – art. 156, III; • Taxas (art. 145, II): a) taxas de polícia; b) taxas de serviço; • Contribuições de Melhoria (art. 145, III); • Contribuições: a) contribuiçãoprevidenciária (art. 40, § 18; 149, §1º); b) contribuição para o custeio do serviço de iluminação pública (COSIP ou CIP) - art. 149-A. Decerto, os itens I e IV são incorretos, pois o preço público e o encargo de reparação de guerra não são tributos. DIREITO TRIBUTÁRIO EM EXERCÍCIOS PARA A RECEITA FEDERAL PROFESSOR: EDVALDO NILO 13 Prof. Edvaldo Nilo www.pontodosconcursos.com.br Por sua vez, os itens II e III são corretos, registrando-se que o item II é cópia do art. 4° do CTN. Logo, correta a letra “a”. 10. (ESAF/AUDITOR/TCE/GO/2007) Segundo definição contida no art. 3º do Código Tributário Nacional, tributo é uma prestação pecuniária que, entre outras características, é instituída em lei. A partir daí, e considerando os dispositivos constitucionais sobre as espécies normativas, podemos concluir a) que, a fim de que se compatibilizem com as limitações constitucionais ao poder de tributar, as medidas provisórias somente poderão cuidar de normas gerais em matéria tributária, mas não da instituição de tributos. b) que as medidas provisórias, por veicularem necessariamente matéria relevante e urgente, são incompatíveis com o princípio constitucional da anterioridade, razão pela qual não podem cuidar de matéria tributária. c) que medidas provisórias são aptas a instituir, mas não a aumentar tributos. d) que as medidas provisórias podem, em determinadas situações, versar sobre matéria tributária. e) que as medidas provisórias, assim como as leis delegadas, não podem cuidar de matéria tributária, em nenhuma situação. A questão cobra basicamente o artigo 62 da CF/88. Letra (A). As normas gerais de direito tributário são matéria de lei complementar, de acordo com o art. 146 da CF. Por sua vez, as medidas provisórias podem instituir tributos, mas não podem tratar de tema de lei complementar (art. 62, §1°, III, da CF). A medida provisória é ato normativo editado pelo Chefe do Poder Executivo, com força de lei ordinária. Isto é, não pode a medida provisória estabelecer normas gerais de direito tributário ou instituirapenas oimposto sobre grandes fortunas (IGF), empréstimos compulsórios, impostos residuais da União e contribuições sociais novas ou residuais. Logo, incorreta. Letra (B). As medidas provisórias não são incompatíveis com o princípio constitucional da anterioridade e podem cuidar de matéria tributária. Neste sentido, o art. 62, §2°, da CF, dispõe que a medida provisória que implique instituição ou majoração de impostos só DIREITO TRIBUTÁRIO EM EXERCÍCIOS PARA A RECEITA FEDERAL PROFESSOR: EDVALDO NILO 14 Prof. Edvaldo Nilo www.pontodosconcursos.com.br produzirá efeitos no exercício financeiro seguinte se houver sido convertida em lei até o último dia daquele em que foi editada, exceto nos casos imposto de importação (II), imposto de exportação (IE), imposto sobre produtos industrializados (IPI), imposto sobre operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores mobiliários (IOF) e o imposto extraordinário de guerra (IEG), que não obedecem a anterioridade anual. Logo, incorreta. Letra (C). As medidas provisórias são aptas a instituir e aumentar tributos, conforme o art. 62, §2°, da CF. Portanto, incorreta. Letra (D). As medidas provisórias podem versar sobre matéria tributária. Em regra, em temas de lei ordinária. Logo, correta. Letra (E). As medidas provisórias, assim como as leis delegadas, em regra, podem cuidar de matéria tributária. Logo, incorreta. É vedada a edição de medidas provisórias sobre matéria (art. 62, §1°, CF): I - relativa a: a) nacionalidade, cidadania, direitos políticos, partidos políticos e direito eleitoral; b) direito penal, processual penal e processual civil; c) organização do Poder Judiciário e do Ministério Público, a carreira e a garantia de seus membros; d) planos plurianuais, diretrizes orçamentárias, orçamento e créditos adicionais e suplementares, ressalvadoo previsto no art. 167, § 3º; II - que vise a detenção ou seqüestro de bens, de poupança popular ou qualquer outro ativo financeiro; III - reservada a lei complementar; IV - já disciplinada em projeto de lei aprovado pelo Congresso Nacional e pendente de sanção ou veto do Presidente da República. É vedada a lei delegada sobre matéria reservada à lei complementar, nem a legislação sobre (art. 68, §1°, CF): I - organização do Poder Judiciário e do Ministério Público, a carreira e a garantia de seus membros; II - nacionalidade, cidadania, direitos individuais, políticos e eleitorais; III - planos plurianuais, diretrizes orçamentárias e orçamentos. 11. (AFTE/RN/2005) Avalie as indagações abaixo e em seguida assinale a resposta correta. DIREITO TRIBUTÁRIO EM EXERCÍCIOS PARA A RECEITA FEDERAL PROFESSOR: EDVALDO NILO 15 Prof. Edvaldo Nilo www.pontodosconcursos.com.br (i) Em caso de guerra externa, é vedado à União instituir impostos extraordinários não compreendidos em sua competência tributária? (ii) É permitido ao Distrito Federal e aos Municípios instituir contribuição para o custeio do serviço de iluminação pública? (iii) É permitido que o serviço de iluminação pública seja remunerado mediante taxa? a) Não, sim, não b) Não, não, sim c) Sim, sim, não d) Sim, não, sim e) Sim, sim, sim Item I. De acordo com o art. 154, II, da CF, a União poderá instituir na iminência ou no caso de guerra externa, impostos extraordinários, compreendidos ou não em sua competência tributária, os quais serão suprimidos, gradativamente, cessadas as causas de sua criação. Estes são os chamados impostos extraordinários. Logo, a resposta é não. Item II. Conforme o art. 149-A, os Municípios e o Distrito Federal poderão instituir contribuição, na forma das respectivas leis, para o custeio do serviço de iluminação pública. Logo, a resposta é sim. Item III. Segundo interpretação do STF, é inconstitucional a remuneração do serviço de iluminação pública mediante taxa, uma vez que a iluminação pública não é serviço público divisível e específico (art. 145, II, da CF). Logo, a resposta é não. Portanto, a resposta é a letra “a”. 12. (ESAF/AFRE/MG/2005)Assinale a opção correta. Quando a lei atribui a capacidade tributária ativa a ente diverso daquele que detém a competência tributária, estar- se-á diante do fenômeno da a) solidariedade ativa. b) parafiscalidade. c) extrafiscalidade. d) sujeição ativa. e) inconstitucionalidade da lei tributária. O tributo parafiscal é aquele arrecadado e fiscalizado por terceira pessoa, dotada de autonomia administrativa e financeira, diferente do ente federativo competente para instituir o tributo DIREITO TRIBUTÁRIO EM EXERCÍCIOS PARA A RECEITA FEDERAL PROFESSOR: EDVALDO NILO 16 Prof. Edvaldo Nilo www.pontodosconcursos.com.br (União, Estados, Distrito Federal e Municípios), buscando uma finalidade ou interesse público e esta terceira pessoa passa a dispor da receita compulsória para atingir os seus objetivos. Deste modo, o fenômeno da parafiscalidade tem como característica a atribuição legal da capacidade tributária ativa a ente diverso daquele que detém a competência tributária. São exemplos as contribuições arrecadadas e fiscalizadas pelo SESC, SENAI, SENAC, Conselhos Regionais de Medicina (CRM), Conselhos Regionais de Odontologia etc. Logo, correta a letra “e”. 13. (ESAF/AFTE/MS/2001) As receitas compulsórias, cuja arrecadação e utilização são conferidas, pelo Poder Público competente, a uma entidade paraestatal dotada de autonomia administrativa e financeira, são chamadas: a) Acessórias. b) Complementares. c) Extraordinárias. d) Extrafiscais. e) Parafiscais. As receitas compulsórias, cuja arrecadação e utilização são conferidas, pelo Poder Público competente, a uma entidade paraestatal dotada de autonomia administrativa e financeira, são chamadas parafiscais. O tributo parafiscal é aquele arrecadado e fiscalizado por terceira pessoa, dotada de autonomia administrativa e financeira, diferente do ente federativo competente para instituir o tributo (União, Estados, Distrito Federal e Municípios), buscando uma finalidade ou interesse público e esta terceira pessoa passa a dispor da receita compulsória para atingir os seus objetivos. Logo, correta a letra “e”. 14. (ESAF/TTN/1997) A Constituição Federal permite a aplicação de alíquotas progressivas para a cobrança dos seguintes impostos: a) Renda e Proventos de Qualquer Natureza; Propriedade Territorial Rural; Propriedade Predial e Territorial Urbana. b) Renda e Proventos de Qualquer Natureza; Produtos Industrializados; Propriedade Predial e Territorial Urbana. c) Produtos Industrializados; Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação DIREITO TRIBUTÁRIO EM EXERCÍCIOS PARA A RECEITA FEDERAL PROFESSOR: EDVALDO NILO 17 Prof. Edvaldo Nilo www.pontodosconcursos.com.br (ICMS); Propriedade de Veículos Automotores. d) Propriedade Predial e Territorial Urbana; Propriedade Territorial Rural; ICMS. e) Renda e Proventos de Qualquer Natureza; Produtos Industrializados; ICMS. Há dois tipos de progressividade, a saber: (i)progressividade fiscal, com intuito puramente arrecadatório, em que a alíquota cresce à medida que aumenta a respectiva base de cálculo do tributo; (ii)progressividade extrafiscal, com a finalidade principal de estimular ou desestimular determinada conduta do sujeito passivo, em que o tributo aumenta de valor em face do comportamento do sujeito passivo. Exemplo de progressividade predominantemente fiscal ocorre no IR. Outro exemplo de progressividade fiscal ocorre com o IPTU na hipótese de progressividade em razão do valor do imóvel, que só pode existir a partir da Emenda Constitucional (EC) n.° 29/2000 (Súmula 668 do STF). Por sua vez, exemplo de progressividade extrafiscal é o caso do ITR que deve ser progressivo e suas alíquotas devem ser fixadas de forma a desestimular a manutenção de propriedades improdutivas (art. 153, §4º, I, da CF/88). É a hipótese também da progressividade extrafiscal do IPTU no caso de não aproveitamento do solo urbano pelo seu proprietário em razão do tempo (descumprimento da função social da propriedade urbana). Logo, correta a letra “a”. Letras (B), (C), (D) e (E). A Constituição não determina a progressividade para o IPI e o ICMS. Portanto, incorretas. Assim, a resposta é a letra “a”, pois o IR, o ITR e o IPTU são impostos progressivos. 15. (ESAF/Analista/SP/2009)Constituem modalidade de receita derivada, exceto: a) tributos. b) penalidades pecuniárias. c) multas administrativas. d) taxas. e) preços públicos. As receitas derivadassão todas aquelas decorrentes de obrigações legais impostas pelo Estado (obrigação ex lege). Isto é, a receita derivada é decorrente de uma obrigação legal, caracterizada pelo poder de império do Estado, utilizando-se da coercibilidade. São DIREITO TRIBUTÁRIO EM EXERCÍCIOS PARA A RECEITA FEDERAL PROFESSOR: EDVALDO NILO 18 Prof. Edvaldo Nilo www.pontodosconcursos.com.br exemplos: tributos em geral (impostos, taxas, contribuições de melhoria, empréstimos compulsórios e as contribuições especiais ou parafiscais), penalidades pecuniárias, multas administrativas, dentre outros. Logo, correta a letra “e”, pois os preços públicos são receitas originárias e não derivadas. 16. (ESAF/AFTE/RN/2005) Marque a opção correta. a) Cabe aos Estados e ao Distrito Federal instituir e cobrar adicional de até cinco por cento do que for pago à União por pessoas físicas ou jurídicas domiciliadas nos respectivos territórios, a título de imposto sobre a renda e proventosde qualquer natureza, incidente sobre lucros, ganhos e rendimentos de capital. b) Não é permitido instituir e cobrar taxa de conservação de estradas de rodagem cuja base de cálculo seja idêntica à do imposto sobre propriedade territorial rural. c) O imposto sobre vendas a varejo de combustíveis líquidos e gasosos é instituído e cobrado pelos Municípios. d) É permitido à União continuar a exigir o imposto sobre movimentação ou transmissão de valores e de créditos e direitos de natureza financeira, que instituiu com base na Emenda Constitucional nº 3, de 17 de março de 1993. e) É permitido à União, aos Estados e ao Distrito Federal instituir, nos respectivos âmbitos de atuação, contribuições de intervenção no domínio econômico. Letra (A). A Emenda Constitucional n° 3/1993 revogou a competência dos Estados e do Distrito Federal para instituir e cobrar adicional de até cinco por cento do que for pago à União por pessoas físicas ou jurídicas domiciliadas nos respectivos territórios, a título de imposto sobre a renda e proventos de qualquer natureza, incidente sobre lucros, ganhos e rendimentos de capital. Logo, incorreta. Letra (B). As taxas não poderão ter base de cálculo própria de impostos, de acordo com o §2°, do art. 145, da CF. Assim, não é permitido instituir e cobrar taxa de conservação de estradas de rodagem cuja base de cálculo seja idêntica à do imposto sobre propriedade territorial rural. É também o que afirma súmula 595 do STF. Logo, correta. Letra (C). A Emenda Constitucional n° 3/1993 revogou a competência dos Municípios para criar e cobrar o imposto sobre vendas a varejo de combustíveis líquidos e gasosos. Portanto, incorreta. DIREITO TRIBUTÁRIO EM EXERCÍCIOS PARA A RECEITA FEDERAL PROFESSOR: EDVALDO NILO 19 Prof. Edvaldo Nilo www.pontodosconcursos.com.br Letra (D). Segundo a Emenda Constitucional n° 3/1993, a União poderia instituir, nos termos de lei complementar, com vigência até 31 de dezembro de 1994, imposto sobre movimentação ou transmissão de valores e de créditos e direitos de natureza financeira. Logo, incorreta a alternativa. Registra-se que a partir da Emenda Constitucional n° 12/1996, a União poderia instituir contribuição provisória sobre movimentação ou transmissão de valores e de créditos e direitos de natureza financeira. Esta competência atualmente também não mais existe. Letra (E). A instituição de contribuições de intervenção no domínio econômico é de competência exclusiva da união (art. 149, caput, da CF). Portanto, incorreta. 17. (MDIC/2002) O tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte, denomina-se: a) taxa. b) contribuição de melhoria. c) imposto. d) empréstimo compulsório. e) preço público. Segundo o art. 16, do CTN, o imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte. Logo, correta a letra “c”. 18. (ESAF/AFTE/PA/2002) Tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte: a) imposto. b) taxa. c) contribuição de melhoria. d) pedágio. e) preço público. A letra “a” é a correta, conforme já examinamos no art. 16, do CTN: “Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte”. 19. (ESAF/Analista/SP/2009)Assinale a opção que representa uma taxa pública. a) Serviço de água. DIREITO TRIBUTÁRIO EM EXERCÍCIOS PARA A RECEITA FEDERAL PROFESSOR: EDVALDO NILO 20 Prof. Edvaldo Nilo www.pontodosconcursos.com.br b) Serviço de energia. c) Serviço de esgoto. d) Pedágio explorado diretamente ou por concessão. e) Serviço postal. De início, registramos a súmula 545 do STF: “preços de serviços públicos e taxas não se confundem, porque estas, diferentemente daquelas, são compulsórias e têm sua cobrança condicionada à previa autorização orçamentária, em relação à lei que as instituiu”. O problema interpretativo desta súmula se refere ao emprego do critério da “compulsoriedade” (obrigatoriedade) para apartar a taxa do preço público, uma vez que a segunda parte da súmula diz respeito à anualidade tributária, que não está mais de acordo com o atual panorama constitucional brasileiro. Decerto, com fundamento na doutrina de Caio Tácito, tal súmulacompreende queos serviços tipicamente estatais, prestados privativamente pelo Estado (taxas judiciárias, de polícia e de registro), devem se remunerados por taxa; enquanto os serviços não tipicamente estatais (serviços ferroviários, telefônicos, de transporte e de energia) devem ser remunerados por preço público, pois, embora possam ser prestados pelo Estado, não lhes são privativos. Por sua vez, a atual jurisprudência do STF é pacífica no sentido de que, a despeito de sua “compulsoriedade”, a contraprestação dos serviços de coleta, tratamento e destino final de esgotos sanitários não se submete aos princípios e regras jurídico-tributárias (RE-ED 456.048, DJ de 30.09.2005; RE 471119, DJ de 24.02.2006; RE 330.353, DJ de 10.5.2005). Por conseguinte, enfatizamos que o STF e o STJ consolidaram o entendimento de que a contraprestação pelos serviços de água e esgoto por concessionária de serviço público não possui caráter tributário por ter natureza jurídica de tarifa ou preço público e que sua prescrição é regida pelo Código Civil. O mesmo raciocínio é aplicado pelo STF ao fornecimento de energia elétrica, ou seja, é custeado por meio de tarifa (RE n° 96.590).Portanto, incorretas as letras “a”, “b” e “c”. Por outro lado, segundo o STF (ADPF 46, DJE de 26-2-2010), a exploração do serviço postal e o correio aéreo nacional éde competência exclusiva e indelegável da União, ou seja, é atividade privativa do Estado. Deste modo, segundo entendimento da ESAF, o DIREITO TRIBUTÁRIO EM EXERCÍCIOS PARA A RECEITA FEDERAL PROFESSOR: EDVALDO NILO 21 Prof. Edvaldo Nilo www.pontodosconcursos.com.br serviço postal deve ser custeado por meio de taxa. Logo, correta a letra “e”. Noutro ponto, a natureza jurídica do pedágio não é sempre a mesma da taxa. A CF/88 proibiu os entes federativos (União, Estados-membros, Distrito Federal e Municípios) de estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou bens, por meio de tributos interestaduais ou intermunicipais, ressalvada a cobrança de pedágio pela utilização de vias conservadas pelo Poder Público. Assim, o pedágio tem natureza jurídica de taxa (espécie tributária) quando explorado diretamente por pessoa jurídica de direito público. Neste sentido, já admitiu o STF no julgamento do extinto selo-pedágio (RE 181.475/RS). Todavia, quando o pedágio for cobrado por concessionária ou permissionária de serviço público, afirma-se que o pedágio tem natureza de preço público ou tarifa. Logo, incorreta a letra “d”. 20. (GESTOR MG/2005)Julgue os itens a seguir e marque adiante a opção correspondente. I. A cobrança do imposto sobre a propriedade de veículo automotor (IPVA) somente pode ser considerada legítima quando o Estado custeia obras de infraestrutura rodoviária. II. A taxa é a modalidade de tributo que tem como fato gerador o exercício regular do poder de polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico ou divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição. III. A obra pública de que resulte valorização de imóvel do particular pode ser custeada mediante a instituição e cobrança da contribuição de melhoria. Está (ão) correto (s): a) os itens I, II e III b) apenas os itens II e III. c) apenas os itens I e III d) apenas os itens I e II e) apenas o itemII Item I. O imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte (art. 16, do CTN). Deste modo, a cobrança do IPVA independe do custeio obras de infraestrutura rodoviária pelo Estado, uma vez que o imposto é um tributo não- DIREITO TRIBUTÁRIO EM EXERCÍCIOS PARA A RECEITA FEDERAL PROFESSOR: EDVALDO NILO 22 Prof. Edvaldo Nilo www.pontodosconcursos.com.br vinculado a uma atividade estatal e a sua lei instituidora do IPVA leva em consideração fatos e situações vinculadas ao contribuinte (propriedade de veículo automotor), estranhos a qualquer atuação do Estado direcionado especificadamente ao próprio contribuinte. Logo, incorreta. Item II. A taxa é a modalidade de tributo que tem como fato gerador o exercício regular do poder de polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico ou divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição, conforme art. 145, II, da CF/88. Logo, correta. Item III. A hipótese de incidência da contribuição de melhoria consiste em obter (auferir) valorização imobiliária, decorrente de obra pública. Logo, correta. Deste modo, a letra correta é a “b”. 21. (ESAF/AFRFB/2003) Indique a opção que preenche corretamente as lacunas, consideradas as pertinentes disposições do Código Tributário Nacional. Para efeito de fato gerador e cobrança de taxa, considera-se regular o exercício do poder de polícia quando desempenhado _________________ nos limites da lei aplicável, com observância ________________ e, tratando-se de atividade que a lei tenha como _____________________, sem abuso ou desvio de poder. a) pelo Poder Público / das disposições regulamentares aplicáveis / contrária aos bons costumes b) por órgão de segurança pública / das normas administrativas aplicáveis / perigosa c) pelo órgão competente / de procedimentos administrativos / vinculada d) somente por órgão de segurança pública / do devido processo legal / atentatória a direitos fundamentais e) pelo órgão competente / do processo legal / discricionária De acordo com o art. 78, parágrafo único, do CTN, considera-se regular o exercício do poder de polícia quando desempenhado pelo órgão competente nos limites da lei aplicável, com observância do processo legal e, tratando-se de atividade que a lei tenha como discricionária, sem abuso ou desvio de poder. Logo, correta é a letra “e”. 22. (AFTE/RN/2005) Preencha as lacunas do texto abaixo e escolha, em seguida, a opção que contém a seqüência em DIREITO TRIBUTÁRIO EM EXERCÍCIOS PARA A RECEITA FEDERAL PROFESSOR: EDVALDO NILO 23 Prof. Edvaldo Nilo www.pontodosconcursos.com.br que foram preenchidas. Para fins de instituição e cobrança de taxas, o Código Tributário Nacional considera os serviços públicos: _______________, quando suscetíveis de utilização, separadamente, por parte de cada um dos seus usuários; _________________, quando possam ser destacados em unidades autônomas de intervenção, de utilidade ou de necessidade públicas; __________________ utilizados pelo contribuinte, quando por ele usufruídos a qualquer título. a) específicos / unitários / potencialmente b) individuais / autônomos / virtualmente c) utilizáveis / independentes / normalmente d) potenciais / necessários / essencialmente e) divisíveis / específicos / efetivamente O CTN considera os serviços públicos: divisíveis, quando suscetíveis de utilização, separadamente, por parte de cada um dos seus usuários; específicos, quando possam ser destacados em unidades autônomas de intervenção, de utilidade ou de necessidade públicas; efetivamente utilizados pelo contribuinte, quando por ele usufruídos a qualquer título (art. 79). Logo, correta é a letra “e”. 23. (ESAF/AFRFB/2006)Taxas, na dicção do artigo 145, inciso II, da Constituição Federal, constituem a modalidade de tributo que se podem cobrar em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos à sua disposição. Sobre a taxa, é errado afirmar que a) é um tributo cuja base de cálculo ou fato gerador há de ser diversa dos de imposto, e não pode ser calculada em função do capital das empresas. b) competente para instituir e cobrar a taxa é a pessoa política – União, Estado, Distrito Federal ou Município – legitimada para a realização da atividade que caracterize o fato gerador do tributo. c) os serviços públicos que ensejam sua cobrança consideram-se utilizados pelo contribuinte, efetivamente, quando, sendo de utilização compulsória, sejam postos à sua disposição mediante atividade administrativa em efetivo funcionamento. d) serviços públicos específicos são aqueles destacáveis em unidades autônomas de intervenção, de utilidade ou de necessidade públicas. e) serviços públicos divisíveis são aqueles suscetíveis de utilização, separadamente, por parte de cada um dos seus DIREITO TRIBUTÁRIO EM EXERCÍCIOS PARA A RECEITA FEDERAL PROFESSOR: EDVALDO NILO 24 Prof. Edvaldo Nilo www.pontodosconcursos.com.br usuários. Letra (A). A taxa não pode ter base de cálculo ou fato gerador idênticos aos que correspondam a imposto e nem ser calculada em função do capital das empresas (art. 145, §2º, da CF/88, c/c art. 77, par. único, do CTN). Logo, correta. Letra (B). Para efeito de instituição e cobrança de taxas, consideram-se compreendidas no âmbito das atribuições da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios, aquelas que, segundo a Constituição Federal, as Constituições dos Estados, as Leis Orgânicas do Distrito Federal e dos Municípios e a legislação com elas compatível, competem a cada uma dessas pessoas de direito público (art. 80, do CTN). Logo, correta. Letra (C). Os serviços públicos que ensejam sua cobrança consideram-se utilizados pelo contribuinte, efetivamente, quando por ele usufruídos a qualquer título (art. 79, I, “a”, do CTN). O enunciado confundiu serviços potencialmente utilizados com serviços efetivamente utilizados. Logo, incorreta. Letra (D). Os serviços públicos específicos são aqueles destacáveis em unidades autônomas de intervenção, de utilidade ou de necessidade públicas (art. 79, II, do CTN). Logo, correta. Letra (E). Os serviços públicos divisíveis são aqueles suscetíveis de utilização, separadamente, por parte de cada um dos seus usuários (art. 79, III, do CTN). Logo, correta. 24. (PGDF/2007.2) A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição. Em razão desse preceito constitucional e das demais regras do nosso ordenamento jurídico positivo e jurisprudencial, assinale a opção correta. a) A instituição de taxas pelo Poder Público não está obrigada a respeitar os princípios da anterioridade, da isonomia e da capacidade contributiva, tendo em vista que a tributação envolve prestação de serviços públicos ou exercício de poder de polícia. b) É constitucional a taxa instituída para inspeção de importação e exportação de produtos da indústria pesqueira, instituída por Portaria assinada pelo Ministro do Meio Ambiente, com cobrança autorizada pelo Instituto DIREITO TRIBUTÁRIO EM EXERCÍCIOS PARA A RECEITA FEDERAL PROFESSOR: EDVALDO NILO 25 Prof. Edvaldo Nilo www.pontodosconcursos.com.br Brasileiro de Meio Ambiente–IBAMA, haja vista tratar-se de serviços prestados para proteger direitos fundamentais. c) As custas judiciais e os emolumentos concernentes aos serviços notariais e registrais são qualificadascomo taxas remuneratórias de serviços públicos e podem ter como base de cálculo o valor da condenação, desde que obedeça ao princípio da razoabilidade. d) É constitucional a escolha do valor do monte-mor (inventário) como base de cálculo da taxa judiciária, por não afrontar o artigo 145, § 2º, da CF. e) Não há possibilidade de, segundo os princípios que informam o nosso ordenamento jurídico tributário, ser alocado o produto da arrecadação de custas judiciais (taxas) ao Poder Judiciário, para cobrir despesas com treinamento de pessoal que serve à Justiça. Letra (A). A instituição de taxas pelo Poder Público está obrigada a respeitar os princípios constitucionais tributários, inclusive os princípios da anterioridade, da isonomia e da capacidade contributiva. Logo, incorreta. Letra (B). É inconstitucional a taxa instituída por Portaria, em razão do princípio da legalidade tributária (art. 150, I, da CF). Logo, incorreta. Letra (C). As custas judiciais e os emolumentos concernentes aos serviços notariais e registrais são qualificadas como taxas remuneratórias de serviços públicos e podem ter como base de cálculo o valor da condenação, desde que obedeça ao princípio da razoabilidade. Neste sentido, o STF admite que a taxa judiciária seja calculada em função do valor da causa ou da condenação, desde que se obedeça ao princípio da razoabilidade e que se determine um limite para este valor, pois o valor excessivo da taxa pode ferir o princípio constitucional do livre acesso à jurisdição. Registra-se a súmula 667 do STF: “viola a garantia constitucional de acesso à jurisdição a taxa judiciária calculada sem limite sobre o valor da causa”. Logo, correta. Letra (D). Segundo o STF, “aescolha do valor do monte-mor como base de cálculo da taxa judiciária encontra óbice no art. 145, § 2º, da CF, visto que o monte-mor que contenha bens imóveis é também base de cálculo do imposto de transmissão causa mortis e inter vivos (ITCMD)” (ADI 2.040-MC, DJ de 25-2-2000). Ou seja, é inconstitucional, de acordo com o art. 145, § 2º, da CF. Logo, incorreta. DIREITO TRIBUTÁRIO EM EXERCÍCIOS PARA A RECEITA FEDERAL PROFESSOR: EDVALDO NILO 26 Prof. Edvaldo Nilo www.pontodosconcursos.com.br Letra (E). Conforme o art. 98, §2°, da CF, há possibilidade de ser alocado o produto da arrecadação de custas judiciais (taxas) ao Poder Judiciário, para cobrir despesas com treinamento de pessoal que serve à Justiça. Logo, incorreta. 25. (PGDF/2007.1) O Sistema Tributário Nacional é regido por regras e princípios gerais que estão postos nos artigos 145 a 162 da Constituição Federal. Com base no conteúdo das disposições acima referidas, assinale, entre as opções abaixo apresentadas, a que está correta. a) É inconstitucional a taxa de fiscalização dos mercados de títulos e valores mobiliários instituída pela Lei n. 7.940, de 1989, haja vista não ser conferido, pelo ordenamento jurídico positivado, poder de polícia à Comissão de Valores Mobiliários. b) O serviço de iluminação pública, pela sua natureza jurídica, deve ser sempre remunerado mediante taxa. c) Os serviços gerais prestados por órgãos de Segurança Pública não podem ser sustentados por taxas. Essa atividade pública, por sua natureza, deve ser retribuída, genericamente, por impostos. d) É inconstitucional lei estadual que cria taxa destinando a arrecadação de seu produto aos serviços de fiscalização da atividade notarial e de registro a órgão público. e) É constitucional a taxa municipal de conservação de estradas de rodagem que tem como base de cálculo a adotada para o imposto territorial rural. Letra (A). É constitucional a taxa de fiscalização dos mercados de títulos e valores mobiliários instituída pela Lei n. 7.940, de 1989 (Súmula 665 do STF), pois foi conferido, pelo ordenamento jurídico positivado, poder de polícia à Comissão de Valores Mobiliários. Logo, incorreta. Letra (B). Segundo a Súmula 670 do STF, “o serviço de iluminação pública não pode ser remunerado mediante taxa”, em razão do não preenchimento da condição constitucional de serviço público específico e divisível para serviço de iluminação pública, que só pode ser custeado pela contribuição de iluminação pública de competência dos Municípios e do Distrito Federal (art. 149-A). Logo, incorreta. Letra (C).Segundo entendimento consagrado no STF (ADI 1.942-MC, ADI 2.424), as atividades ou serviços gerais do Estado (por exemplo, prestados por órgãos de Segurança Pública) devem ser DIREITO TRIBUTÁRIO EM EXERCÍCIOS PARA A RECEITA FEDERAL PROFESSOR: EDVALDO NILO 27 Prof. Edvaldo Nilo www.pontodosconcursos.com.br financiadas com os impostos, e não com as taxas, pois não são serviços públicos específicos e divisíveis. Logo, correta. Letra (D). Em face do art. 98, §2°, da CF, e da interpretação do STF, é constitucional lei estadual que cria taxa destinando a arrecadação de seu produto aos serviços de fiscalização da atividade notarial e de registro a órgão público. Logo, incorreta. Letra (E). Conforme súmula 595 do STF, é inconstitucional a taxa municipal de conservação de estradas de rodagem cuja base de cálculo seja idêntica a do imposto territorial rural (ITR). Isto é, a base de cálculo desta taxa é própria de imposto (ITR) e não de taxa por serviços específicos e divisíveis postos à disposição do seu contribuinte.Logo, incorreta. 26. (ESAF/AFRFB/2010)Sobre as taxas, podemos afirmar, exceto, que: a) o fato gerador da taxa não é um fato do contribuinte, mas um fato do Estado; este exerce determinada atividade, e por isso cobra a taxa das pessoas que dela se aproveitam. b) a atuação estatal referível, que pode ensejar a cobrança de taxa, pode consistir no exercício regular do poder de polícia. c) a atuação estatal referível, que pode ensejar a cobrança de taxa, pode consistir na prestação ao contribuinte, ou na colocação à disposição deste, de serviço público específico, divisível ou não. d) as atividades gerais do Estado devem ser financiadas com os impostos, e não com as taxas. e) o poder de polícia, que enseja a cobrança de taxa, considera-se regular quando desempenhado pelo órgão competente e nos limites da lei aplicável, com observância do processo legal e, tratando-se de atividade que a lei tenha como discricionária, sem abuso ou desvio de poder. Letra (A). O fato gerador da taxa não é um fato do contribuinte (por exemplo, auferir renda ou possuir propriedade imobiliária rural), mas um fato do Estado, que é o exercício do poder de polícia ou a prestação de serviçopúblico específico e divisível. Logo, correta. Letra (B). O fato gerador da taxa pode ser o exercício do poder de polícia (art. 145, II, CF). Logo, correta. Letra (C).A cobrança de taxas pressupõe, no caso de serviços públicos, sua utilização, potencial ou efetiva. E que os serviços sejam DIREITO TRIBUTÁRIO EM EXERCÍCIOS PARA A RECEITA FEDERAL PROFESSOR: EDVALDO NILO 28 Prof. Edvaldo Nilo www.pontodosconcursos.com.br sempre específicos e divisíveis, sendo prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição (art. 145, II, CF). Logo, incorreta. Letra (D). Segundo entendimento consagrado no STF (ADI 1.942-MC, ADI 2.424), as atividades ou serviços gerais do Estado (por exemplo, prestados por órgãos de Segurança Pública) devem ser financiadas com os impostos, e não com as taxas, pois não são serviços públicos específicos e divisíveis. Logo, correta. Letra (E). De acordo com o parágrafo único do art. 78 do CTN, considera-se regular o exercício do poder de polícia quando desempenhado pelo órgão competente nos limites da lei aplicável, com observância do processo legal e, tratando-se de atividade que a lei tenha como discricionária, sem abuso ou desvio de poder. Logo, correta. 27. (ESAF/Agentede Fazenda/ISS/RJ/2010)As taxas, no direito tributário, são espécies tributárias que decorrem, entre outros fatos geradores, do exercício regular do poder de polícia. Sobre estes, julgue os itens a seguir: I. entende-se por regular o poder de polícia quando desempenhado por órgão competente, nos limites da lei, observando devido processo legal, e exercida sem desvio ou excesso de poder; II. a exigência da taxa em decorrência do exercício do poder de polícia não mais exige a concreta fiscalização por parte dos órgãos competentes, ou seja, a simples regulação de certas atividades por meio de atos normativos também caracteriza o exercício desse poder; III. a atuação fiscalizadora do Estado, em rigor, visa ao interesse da coletividade e não ao do contribuinte da taxa, isoladamente. É este, porém, que provoca a atuação do Estado, sendo isso que justifica a imposição da taxa; IV. exercendo o poder de polícia, o Estado impõe restrições aos interesses individuais em favor do interesse público, conciliando esses interesses. Estão corretos: a) apenas os itens I e III. b) apenas os itens I, III e IV. c) todos os itens estão corretos. d) apenas os itens III e IV. e) apenas os itens II, III e IV. Item I. Considera-se regular o exercício do poder de polícia quando desempenhado pelo órgão competente nos limites da lei DIREITO TRIBUTÁRIO EM EXERCÍCIOS PARA A RECEITA FEDERAL PROFESSOR: EDVALDO NILO 29 Prof. Edvaldo Nilo www.pontodosconcursos.com.br aplicável, com observância do processo legal e, tratando-se de atividade que a lei tenha como discricionária, sem abuso ou desvio de poder (art. 78, parágrafo único, CTN). Logo, correta. Item II. Segundo interpretação do STF (RE 396.846, DJ 28/08/08;AI 553.880-AgR, DJE de 17-4-2009; RE 549.221–ED, DJE de 20-3-2009), a exigência da taxa em decorrência do exercício do poder de polícia não exige a concreta fiscalização por parte dos órgãos competentes. Neste sentido, a simples regulação de certas atividades por meio de atos normativos também caracteriza o exercício do poder de polícia. Logo, correta. Item III.A atuação fiscalizadora do Estado visa realmente ao interesse da coletividade ou interesse público e não ao do contribuinte da taxa, isoladamente. Contudo, a taxa é considerada um tributo vinculado, pois a obrigação tributária da taxa tem por fato gerador uma situação dependente de atividade estatal específica, relativa ao contribuinte. Logo, correta. Item IV. O poder de polícia estatal impõe restrições aos interesses individuais em favor do interesse público. O art. 78 do CTN cita como exemplos à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao exercício de atividades econômicas dependentes de concessão ou autorização do Poder Público, à tranqüilidade pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos individuais ou coletivos. Portanto, na defesa do interesse público, apesar das restrições aos interesses individuais, há uma conciliação entre o interesse público e o interesse privado. Deste modo, a letra correta é a “c”. 28. (ESAF/Ministério da Fazenda/2009) As taxas, no modelo constitucional brasileiro: a) terão caráter pessoal e serão graduadas de acordo com a capacidade econômica do contribuinte. b) terão alíquotas máximas estabelecidas por resolução do Senado Federal. c) serão seletivas e não cumulativas. d) serão informadas pelos critérios de generalidade, universalidade e progressividade. e) não poderão ter base de cálculo própria de impostos. A respostaé a letra “e”, eis que a taxas, no modelo constitucional brasileiro, não poderão ter base de cálculo própria de impostos, conforme art. 145, §2º, da CF/88. DIREITO TRIBUTÁRIO EM EXERCÍCIOS PARA A RECEITA FEDERAL PROFESSOR: EDVALDO NILO 30 Prof. Edvaldo Nilo www.pontodosconcursos.com.br A letra “a” é falsa, porque de acordo com o art. 145, §1°, da CF/88, sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte. A letra “b” é falsa. Não há qualquer previsão na CF/88 de que as taxas terão alíquotas máximas estabelecidas por resolução do Senado Federal. Existe previsão no caso do ICMS em que é facultado ao Senado Federal fixar alíquotas máximas nas operações internas para resolver conflito específico que envolva interesse de Estados, mediante resolução de iniciativa da maioria absoluta e aprovada por dois terços de seus membros (art. 155, §2°, inc. V, alínea “b”, da CF/88). A letra “c” é falsa, uma vez que a não-cumulatividade e a seletividade são características essenciais do IPI (art. 153, §3°, incs. I e II, da CF/88) e não das taxas. Já no ICMS é obrigatória a obediência a não-cumulatividade e uma faculdade (pode) a seletividade (art. 155, §2°, incs. I a III, da CF/88). A letra “d” é falsa, pois o imposto de renda (IR) deve ser informado pelos critérios da universalidade, da progressividade e da generalidade (art. 153, §2º, da CF/88) e não as taxas. 29. (ESAF/Fiscal de Rendas/ISS/RJ/2010)- Sobre as taxas, é incorreto afirmar que: a) diferentemente dos impostos, cuja característica marcante é a desvinculação da receita a uma finalidade determinada, a taxa é o tributo vinculado por excelência, isto é, só é devido pelo contribuinte se houver contraprestação por parte do ente estatal que a houver instituído. b) preços de serviços públicos e taxas não se confundem, porque estas, diferentemente daqueles, são compulsórias, e têm sua cobrança condicionada à prévia autorização orçamentária, em relação à lei que as instituiu. c) a Constituição Federal dá o conceito de taxa como sendo o tributo instituído pela União, estados, Distrito Federal e municípios, em razão do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos à sua disposição. d) o serviço prestado ou posto à disposição, que permite a instituição de uma taxa, é sempre estatal, podendo, DIREITO TRIBUTÁRIO EM EXERCÍCIOS PARA A RECEITA FEDERAL PROFESSOR: EDVALDO NILO 31 Prof. Edvaldo Nilo www.pontodosconcursos.com.br excepcionalmente, ser serviço prestado por empresa privada. e) somente o poder de polícia específico é passível de estipêndio por meio de taxas; e mesmo assim exige-se que seja divisível e mensurável. A alternativa “a” é correta, em face dos arts. 145, II e 167, IV da CF. A alternativa “b” é incorreta, uma vez que não existe o princípio da anualidade tributária no atual sistema constitucional tributário. É sabido de todos que a súmula 545 do STF não está de acordo com a atual Constituição Federal de 1988, pois não é juridicamente necessário que a taxa tenha sua cobrança condicionada à prévia autorização orçamentária. Neste sentido, atualmente, afirma o Supremo Tribunal Federal (STF): “Não é constitucionalmente indispensável que lei tributária preceda à lei orçamentária” (RMS-1879– RN, RDA 47/26); “A lei que cria o tributo pode anteceder, ou suceder, ao orçamento, sendo essencial, apenas, que venha, quando sucedendo ao orçamento, em tempo hábil” (RE-31619-SP, RTJ 1/228). Do mesmo modo, dispõe a Súmula 66 do STF: “é legítima a cobrança do tributo que houver sido aumentado após o orçamento, mas antes do início do respectivo exercício financeiro”. Portanto, é incorreta a alternativa “b”. A alternativa “c” é correta, de acordo com o art. art. 145, II, da CF. A alternativa “d” é incorreta, pois o serviço prestado ou posto à disposição, que permite a instituição de uma taxa, é sempre estatal. A alternativa “e” é incorreta, em face da jurisprudência predominante do STF e da ausência de regra jurídica que exija que o poder de polícia seja específico e divisível. O art. 145, II, da CF,exige que as taxas remunerem serviços públicos específicos e divisíveis e não poder de polícia específico e divisível. Senão, vejamos: “A hipótese de incidência da taxa é a fiscalização de atividades poluidoras e utilizadoras de recursos ambientais, exercida pelo IBAMA (Lei 6.938/1981, art. 17-B, com a redação da Lei 10.165/2000). Tem-se, pois, taxa que remunera o exercício do poder de polícia do Estado. Não há invocar o argumento DIREITO TRIBUTÁRIO EM EXERCÍCIOS PARA A RECEITA FEDERAL PROFESSOR: EDVALDO NILO 32 Prof. Edvaldo Nilo www.pontodosconcursos.com.br no sentido de que a taxa decorrente do poder de polícia fica ‘restrita aos contribuintes cujos estabelecimentos tivessem sido efetivamente visitados pela fiscalização’, por isso que, registra Sacha Calmon parecer, fl. 377 essa questão já foi resolvida, pela negativa, pelo STF, que deixou assentada em diversos julgados a suficiência da manutenção, pelo sujeito ativo, de órgão de controle em funcionamento. Andou bem a Suprema Corte brasileira em não aferrar-se ao método antiquado da vistoria porta a porta, abrindo as portas do Direito às inovações tecnológicas que caracterizam a nossa era’. Destarte, os que exercem atividades de impacto ambiental tipificadas na lei sujeitam-se à fiscalização do IBAMA, pelo que são contribuintes da taxa decorrente dessa fiscalização, fiscalização que consubstancia, vale repetir, o poder de polícia estatal.” (RE 416.601, voto do Rel. Min. Carlos Velloso, julgamento em 10-8-2005, Plenário, DJ de 30-9-2005; AI 638.092-AGR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, julgamento em 17-3-2009, Primeira Turma, DJE de 17-4-2009). Em face do exposto, entendo que esta questão deveria ser anulada, pois estão incorretas as letras “b”, “d” e “e”. Todavia, a banca considerou que se deveria marcar a letra “d”. 30. (AFTE/PA/2002) Identifique, nas opções abaixo, o tributo cujo fundamento ético-jurídico é o não enriquecimento injusto. a) imposto. b) taxa. c) empréstimo compulsório. d) contribuição social. e) contribuição de melhoria. As contribuições de melhoria estão vinculadas a uma atuação estatal, referida ao contribuinte, que é a realização de obra pública que motive a valorização do imóvel. Portanto, a contribuição de melhoria é um tributo vinculado. Com base neste fundamento, a doutrina entende que a contribuição de melhoria observa o postulado da vedação (proibição) ao enriquecimento sem causa, uma vez que apenas determinado grupo de proprietários são beneficiados com a valorização imobiliária decorrente da obra pública. Por exemplo, sem a cobrança de contribuição de melhoria, pode se observar a desobediência ao fundamento ético-jurídico da proibição ao enriquecimento injusto ou sem causa, uma vez que determinado e limitado grupo enriquece com a valorização imobiliária decorrente da realização de obra pública, que, na verdade, foi DIREITO TRIBUTÁRIO EM EXERCÍCIOS PARA A RECEITA FEDERAL PROFESSOR: EDVALDO NILO 33 Prof. Edvaldo Nilo www.pontodosconcursos.com.br custeada por toda a sociedade. Logo, a correta é a letra “e”. 31. (AFTE/MS 2001) Em matéria tributária, é correto afirmar-se que: a) Somente a União pode instituir impostos com fundamento no exercício regular do poder de polícia. b) Os Estados e o Distrito Federal têm competência para instituir empréstimo compulsório. c) A contribuição de melhoria é devida em função da prestação de serviços públicos divisíveis. d) As taxas têm que ter bases de cálculo diferentes das dos impostos. e) As contribuições sociais decorrem da realização de obras públicas que promovam a valorização imobiliária privada. Letra (A). Não é possível instituir imposto com fundamento no exercício regular do poder de polícia, que é hipótese de incidência da taxa. Logo, incorreta. Letra (B). Somente a União pode instituir empréstimo compulsório (art. 148, da CF). Logo, incorreta. Letra (C). A contribuição de melhoria é devida em função de realização de obra pública que motive a valorização do imóvel do particular (art. 81 do CTN) e não por prestação de serviço público divisível. Logo, incorreta. Letra (D). Em face do art. 145, §2°, da CF, as taxas têm que ter bases de cálculo diferentes das dos impostos. Logo, correta. Letra (E). As contribuições de melhoria e não as contribuições sociais decorrem da realização de obras públicas que promovam a valorização imobiliária privada.Logo, incorreta. 32.(Analista/SUSEP/2010) Uma das espécies de tributos elencada pela Constituição Federal é a Contribuição de Melhoria, decorrente de obras públicas. Tal espécie visa a uma distribuição mais justa dos ônus decorrentes de determinadas obras públicas, que beneficiam a sociedade como um todo, mas acabam por beneficiar particularmente determinadas pessoas, inclusive acarretando valorização imobiliária. Sobre o tema Contribuição de Melhoria, analise os itens a seguir, classificando-os como verdadeiros ou DIREITO TRIBUTÁRIO EM EXERCÍCIOS PARA A RECEITA FEDERAL PROFESSOR: EDVALDO NILO 34 Prof. Edvaldo Nilo www.pontodosconcursos.com.br falsos. Em seguida, escolha a opção adequada às suas respostas. I. Seu objetivo principal é fazer com que pessoas diretamente beneficiadas pela execução de uma obra pública participem com maior intensidade de seu custeio, suportando-o total ou parcialmente. II. O princípio da vedação do enriquecimento sem causa justificativa, para alguns doutrinadores, a instituição e a cobrança da contribuição de melhoria. III. Pode-se eleger como parâmetro da cobrança da contribuição de melhoria, de modo geral, o custo total da obra (rateado entre os principais beneficiados) ou a valorização imobiliária dela decorrente (individualmente analisada). a) Está correto apenas o item I. b) Está correto apenas o item III. c) Estão corretos apenas os itens I e III. d) Estão corretos apenas os itens II e III. e) Todos os itens estão corretos. Item I. Entende-se que executada a obra de melhoramento na sua totalidade ou em parte suficiente para beneficiar determinados imóveis, pode a contribuição de melhoria ser cobrada. Deste modo, a cobrança ou a arrecadação da contribuição de melhoria deve ser feita depois da realização da obra pública (na sua totalidade ou em parte). Assim, a contribuição relativa a cada imóvel será determinada pelo rateio da parcela do custo da obra a ser financiada pela contribuição, pelos imóveis situados na zona beneficiada em função dos respectivos fatores individuais de valorização. Logo, correta. Item II. A hipótese de incidência da contribuição de melhoria é o acréscimo do valor do imóvel (mais valia) em consequência da obra pública. Por certo, o imóvel do contribuinte está localizado nas áreas beneficiadas direta ou indiretamente pela obra pública. Deste modo, parte da doutrina entende que o princípio da vedação do enriquecimento sem causa justifica a instituição e a cobrança da contribuição de melhoria. Logo, correta. Item III.A contribuição de melhoria tem como limite totala despesa realizada e como limite individual o acréscimo de valorque da obra resultar para cada imóvel beneficiado, conforme disciplinado no art. 81, do CTN. Logo, correta. Deste modo, a letra correta é a “e”. DIREITO TRIBUTÁRIO EM EXERCÍCIOS PARA A RECEITA FEDERAL PROFESSOR: EDVALDO NILO 35 Prof. Edvaldo Nilo www.pontodosconcursos.com.br 33. (ESAF/Fiscal de Rendas/ISS/RJ/2010)Sobre os empréstimos compulsórios, é incorreto afirmar que: a) o produto de sua arrecadação só pode ser aplicado para atender à despesa que tiver fundamentado a sua instituição. b) sua instituição só pode ser feita por meio de lei complementar. c) no caso de investimento público de relevante interesse nacional e de caráter urgente, não se
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