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Aula 01 Direito Tributário

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DIREITO TRIBUTÁRIO EM EXERCÍCIOS PARA A RECEITA FEDERAL 
PROFESSOR: EDVALDO NILO 
1
Prof. Edvaldo Nilo www.pontodosconcursos.com.br 
PROFESSOR EDVALDO NILO 
DIREITO TRIBUTÁRIO EM EXERCÍCIOS PARA A 
RECEITA FEDERAL – AULA 1 - CONCEITO E 
CLASSIFICAÇÃO DOS TRIBUTOS. TRIBUTOS DE 
COMPETÊNCIA DA UNIÃO. IMPOSTO SOBRE A 
IMPORTAÇÃO. IMPOSTO SOBRE A EXPORTAÇÃO. 
IMPOSTO SOBRE A PROPRIEDADE TERRITORIAL 
RURAL. IMPOSTO SOBRE A RENDA E PROVENTOS DE 
QUALQUER NATUREZA. IMPOSTO SOBRE PRODUTOS 
INDUSTRIALIZADOS. IMPOSTO SOBRE OPERAÇÕES 
FINANCEIRAS 
CONCEITO E CLASSIFICAÇÃO DOS TRIBUTOS. TRIBUTOS DE 
COMPETÊNCIA DA UNIÃO. IMPOSTO SOBRE A IMPORTAÇÃO. 
IMPOSTO SOBRE A EXPORTAÇÃO. IMPOSTO SOBRE A 
PROPRIEDADE TERRITORIAL RURAL. IMPOSTO SOBRE A 
RENDA E PROVENTOS DE QUALQUER NATUREZA. IMPOSTO 
SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS. IMPOSTO SOBRE 
OPERAÇÕES FINANCEIRAS (ESAF) 
(PARTE 1) CONCEITO E CLASSIFICAÇÃO DOS TRIBUTOS. 
IMPOSTOS. TAXAS. CONTRIBUIÇÕES DE MELHORIA. 
EMPRÉSTIMO COMPULSÓRIO. CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS.
1. (ESAF/AFTM/Natal/2008) Sobre o conceito de tributo 
e sua natureza jurídica, assinale a única opção correta. 
a) A Lei Complementar n. 104/2001, ao permitir a dação em 
pagamento de bens imóveis, como forma de extinção do 
crédito tributário, promoveu a derrogação do art. 3ºdo CTN, 
que confere ao tributo uma prestação pecuniária em moeda 
ou cujo valor nela se possa exprimir. 
b) Tributo é toda prestação pecuniária compulsória instituída 
em lei. Todavia, não há restrição para que o Município 
majore alíquotas de tributos, sob sua competência, por meio 
de decreto. 
c) Tendo em vista que o tributo não pode constituir uma 
sanção por ato ilícito, não se faz possível a incidência de 
tributos sobre atividades criminosas, pois assim agindo o 
Estado estaria obtendo recursos de uma atividade por ele 
proibida. 
d) A cobrança de impostos decorre de uma atividade 
administrativa não-vinculada, haja vista os recursos 
poderem ser utilizados com quaisquer despesas previstas no 
orçamento. 
DIREITO TRIBUTÁRIO EM EXERCÍCIOS PARA A RECEITA FEDERAL 
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e) O que determina a natureza jurídica de um tributo é o 
fato gerador da respectiva obrigação, independentemente 
de sua denominação e da destinação legal do produto de 
sua arrecadação. 
Letra (A). Derrogação denota revogação parcial ou perda 
parcial de vigência de determinada norma, quando uma norma 
revogadora revoga apenas parte de outra norma. Já a vigência é o 
tempo de validade da norma, sendo o período em que norma entra 
em vigor até a ocasião em que é revogada. Na hipótese questionada, 
afirma-se que a Lei Complementar n. 104/2001 derrogou o art. 3º, 
do CTN, o que não aconteceu, uma vez que a dação em pagamento 
de bens imóveis é compatível com o art. 3º, do CTN, sobretudo com 
o enunciado “em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir”. Não 
há derrogação, pois não existe incompatibilidade entre o tema 
regulado (dação em pagamento de bens imóveis, como forma de 
extinção do crédito tributário) e o dispositivo do art. 3°, do CTN. 
Logo, incorreta. 
Letra (B). O Município não tem competência para aumentar 
alíquotas de tributos municipais por meio de decreto. Logo, incorreta. 
Letra (C). A atividade criminosa (atividade ilícita) pode gerar a 
obrigação de pagar tributo, porque a forma ou a validade dos atos 
praticados pelo contribuinte não importam para incidência tributária 
(art. 118, I, CTN), desde que o tributo não constitua sanção de ato 
ilícito (art. 3°, CTN). Portanto, o que importa é que a atividade 
criminosa não esteja prevista em lei como fato gerador de 
determinado tributo. Logo, incorreta. 
Letra (D). Segundo o art. 3°, do CTN, a cobrança de impostos 
decorre de uma atividade administrativa plenamente vinculada. Logo, 
incorreta. 
Letra (E). Segundo o art. 4°, I e II, do CTN, a natureza jurídica 
específica do tributo é determinada pelo fato gerador da respectiva 
obrigação, sendo irrelevantes para qualificá-la a denominação e 
demais características formais adotadas pela lei e a destinação legal 
do produto da sua arrecadação. Logo, correta. 
2. (ESAF/APO/UNIÃO/2010) É sabido que, de acordo 
com o art. 3° do Código Tributário Nacional, tributo é toda 
prestação pecuniária, compulsória, em moeda ou cujo valor 
nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato 
ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade 
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administrativa plenamente vinculada. Consoante tal 
entendimento, é errado afirmar-se que: 
a) as multas pelo descumprimento da obrigação tributária 
não são tributos, mas consideradas pelo CTN como 
obrigação tributária, ao lado do tributo, para que se 
submetam ao mesmo regime de constituição, discussão 
administrativa, inscrição em dívida ativa e execução dos 
tributos. 
b) o poder de tributar é prerrogativa do Poder Público, que o 
faz para custear suas ações no interesse da sociedade. A 
fiscalização tributária implica exercício do poder de polícia, e 
somente mediante atividade administrativa pode ser exigido 
o pagamento de tributo. 
c) ocorrido o fato gerador da obrigação tributária, a 
autoridade administrativa tem o dever de exigir o 
cumprimento da obrigação por parte do contribuinte, 
havendo, no entanto, alguma margem de discricionariedade 
nesta atividade. 
d) a aquisição de renda e a promoção da circulação de 
mercadorias com o produto de renda advinda do jogo do 
bicho, por exemplo, apesar de fatos ilícitos, são passíveis de 
tributação. 
e) nem toda prestação pecuniária prevista em lei constitui 
tributo, mas sim toda prestação pecuniária que reúna o 
conjunto dos requisitos constantes do art. 3° do CTN, como 
por exemplo o caráter obrigatório. 
Nesta questão o gabarito definitivo foi alterado da letra “D” 
para letra “C” após recurso que também formulei na parte aberta do 
PONTO (meu ponto 71: 
http://www.pontodosconcursos.com.br/professor.asp?menu=professo
res&busca=&prof=155&art=4930&idpag=3) e em cursos presenciais 
que ministrei. 
Letra (A). A obrigação tributária principal nasce com a 
ocorrência do fato gerador, tendo por objeto o pagamento de tributo 
ou penalidade pecuniária e extingue-se juntamente com o crédito 
dela decorrente (art. 113, §1º). Desta forma, a obrigação tributária 
principal pode ter como objeto o pagamento de uma penalidade 
pecuniária (multa), mas isto não significa que o tributo pode ser 
equiparado a uma multa, uma vez que o art. 3°, do CTN estabelece 
que tributo não constitui sanção de ato ilícito. Logo, correta. 
Letra (B). A atividade de tributação é prerrogativa do Poder 
Público e deve ser exercida mediante atividade administrativa 
plenamente vinculada. Por sua vez, a fiscalização tributária implica 
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atividade do atividade do poder de polícia, que é necessariamente 
exercida pelo Poder Público (art. 78 do CTN). Logo, correta. 
Letra (C). Segundo o CTN, não há margem para a 
discricionariedade no dever de exigir o tributo, pois o tributo é 
cobrado mediante atividade administrativa plenamente vinculada 
(art. 3°) e a atividade administrativa de lançamento é vinculada e 
obrigatória (art. 142, parágrafo único). Portanto, incorreta. 
Letra (D). De acordo com o art. 118 do CTN, a definição legal 
do fato gerador é interpretada abstraindo-se: (a) da validade jurídica 
dos atos efetivamente praticados pelos contribuintes, responsáveis, 
ou terceiros, bem como da natureza do seu objeto ou dos seus 
efeitos; (b) dos efeitos dos fatos efetivamente ocorridos. Deste modo, 
éirrelevante a origem ilícita do fato para fins de tributação. Logo, 
correta. 
Letra (E). O tributo deve reunir todos os aspectos legais do art. 
3° do CTN. 
Tributo (art. 3°) 
(i) prestação pecuniáriacompulsória (caráter obrigatório); 
(ii) em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir; 
(iii) não constitua sanção de ato ilícito; 
(iv) instituída em lei; 
(v) cobrada mediante atividade administrativa plenamente 
vinculada. 
Portanto, não basta ser prestação pecuniária prevista em lei. 
Logo, correta. 
3. (ESAF/Agente de Fazenda/ISS/RJ/2010) O conceito 
de tributo, nos termos do Código Tributário Nacional, traz as 
seguintes conclusões, exceto: 
a) o poder de tributar é prerrogativa do Poder Público, que o 
faz para custear suas ações no interesse da sociedade. 
b) não constituindo sanção por ato ilícito, pouco importa 
para a legislação do imposto sobre a circulação de 
mercadorias e serviços, por exemplo, a origem lícita ou 
ilícita de determinadas mercadorias, desde que reste 
configurada a hipótese de incidência do referido tributo, qual 
seja, a circulação dessas mercadorias, para que possa ele 
ser exigido. 
c) nem toda prestação pecuniária prevista em lei constitui 
tributo, mas somente aquelas que reúnam o conjunto dos 
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requisitos previstos na definição de tributo, consoante o 
Código Tributário Nacional. 
d) o Estado exige os tributos compulsoriamente das 
pessoas, portanto, a obrigação de pagar tributos não 
decorre da vontade do contribuinte, sendo esta, aliás, 
irrelevante nessa matéria. 
e) embora sendo uma obrigação de direito público, 
absolutamente indisponível por parte da administração, 
admite-se, desde que haja a respectiva previsão legal, a 
delegação dessa obrigação a outras pessoas jurídicas, como 
empresas públicas e sociedades de economia mista. 
Letra (A). A atividade de tributação é prerrogativa do Poder 
Público, de acordo com os arts. 7° e 119 do CTN. Logo, correta. 
Letra (B). Conforme o princípio do non olet (“dinheiro não 
cheira”) e o art. 118, I, do CTN, a definição legal do fato gerador é 
interpretada abstraindo-se a validade jurídica dos atos efetivamente 
praticados pelos contribuintes, responsáveis, ou terceiros, bem como 
da natureza do seu objeto ou dos seus efeitos. Ou seja, pouco 
importa para o direito tributário a origem do fato tributado, 
importando sim a legalidade da previsão normativa (hipótese de 
incidência – “circulação de mercadorias”) e, por conseguinte, que a 
previsão ocorra no mundo fatos. Logo, correta. 
Letra (C). O tributo deve reunir todos os aspectos legais do art. 
3° do CTN. Assim, deve ser (i) prestação pecuniáriacompulsória 
(caráter obrigatório), (ii) em moeda ou cujo valor nela se possa 
exprimir, que (iii) não constitua sanção de ato ilícito, (iv) instituída 
em lei e (v) cobrada mediante atividade administrativa plenamente 
vinculada. Logo, correta. 
Letra (D). O tributo é prestação pecuniáriacompulsória. Isto é, 
a obrigação de pagar tributos decorre da lei e independe diretamente 
da vontade do contribuinte. Logo, correta. 
Letra (E). O tributo é uma obrigação de direito público. 
Contudo, o tributo é cobrado mediante atividade administrativa 
plenamente vinculada e não se admite a delegação dessa obrigação a 
outras pessoas jurídicas de direito privado (empresas públicas e 
sociedades de economia mista), de acordo com o art. 7°, do CTN. 
Este dispositivo afirma que competência tributária é indelegável, 
salvo atribuição das funções de arrecadar ou fiscalizar tributos, ou de 
executar leis, serviços, atos ou decisões administrativas em matéria 
tributária, conferida por uma pessoa jurídica de direito público a 
outra. Logo, incorreta. 
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3.(ESAF/GESTOR/MG/2005) A natureza jurídica dos 
tributos é determinada: 
a) pela denominação legal. 
b) pelo critério quantitativo da norma que o criou. 
c) pela finalidade de sua arrecadação. 
d) pelo fato gerador. 
e) pela previsão ou não de obrigações acessórias. 
A ESAF adotou a literalidade do art. 4°, I e II, do CTN, que 
dispõe que a natureza jurídica específica do tributo é determinada 
pelo fato gerador da respectiva obrigação, sendo irrelevantes para 
qualificá-la a denominação e demais características formais adotadas 
pela lei e a destinação legal do produto da sua arrecadação. 
Logo, correta a letra “d”. 
4. (ESAF/Ministério da Fazenda/2009) A determinação 
da natureza jurídica específica do tributo, de acordo com o 
Código Tributário Nacional, decorre, especificamente: 
a) do fato gerador da respectiva obrigação. 
b) da destinação legal do produto da arrecadação. 
c) da denominação. 
d) da fixação do agente arrecadador. 
e) das peculiaridades dos sujeitos ativo e passivo da 
obrigação. 
A natureza jurídica específica do tributo é verificada pelo fato 
gerador da respectiva obrigação, sendo irrelevantes para qualificá-la 
a denominação e demais características formais adotadas pela lei e a 
destinação legal do produto da sua arrecadação, segundo o art. 4°, 
inc. I e II, do CTN. 
Portanto, correta é a letra “a”. 
5. (ESAF/TTN/1997) A natureza jurídica específica do tributo 
é determinada 
a) pela denominação que lhe dá a lei. 
b) pelas características formais adotadas pela lei. 
c) pela destinação legal do produto da sua arrecadação. 
d) pela competência da pessoa jurídica de direito público 
que o instituir. 
e) pelo fato gerador e base de cálculo da respectiva 
obrigação. 
O art. 4º, do CTN, estabelece que a natureza jurídica específica 
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do tributo deve ser verificada pelo fato geradorda respectiva 
obrigação, sendo irrelevantes para qualificá-la a denominação e 
demais características formais adotadas pela lei e a destinação legal 
do produto da sua arrecadação. 
Entretanto, deve-se salientar que parte da doutrina também 
acrescenta a relevância da base de cálculo para identificação da 
natureza jurídica do tributo. 
Assim sendo, o valor da base de cálculo para identificação da 
natureza jurídica do tributo tem fundamento jurídico na CF/88, 
quando dispõe que as taxas não poderão ter base de cálculo própria 
de impostos (art. 145, §1º) e que a União poderá instituir mediante 
lei complementar, impostos residuais, desde que sejam não-
cumulativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios 
dos discriminados nesta Constituição (art. 154, I). 
Portanto, afirma-se que a identificação da natureza jurídica do 
tributo pode ser realizada pelo binômio: hipótese de incidência (fato 
gerador in abstrato) e base de cálculo. 
Logo, correta a letra “e”. 
6.(ESAF/MPC/TCE/GO/2007) Em relação aos tributos e 
suas espécies, assinale a opção correta. 
a) O fato gerador de um tributo não pode decorrer de 
circunstância ilícita. 
b) Para determinação da natureza jurídica do tributo, é 
essencial a destinação legal do produto da arrecadação. 
c) Excepcionalmente é admitido no direito brasileiro o 
tributo in labore nas contribuições de melhoria quando a 
obra pública for realizada pelo próprio sujeito passivo 
tributário. 
d) O tributo denominado taxa, quando cobrado em razão de 
serviço público específico e divisível, pode receber a 
denominação de tarifa pública. 
e) O tributo tem função extrafiscal quando seu objetivo 
principal é a interferência no domínio econômico, não se 
limitando apenas à simples arrecadação de recursos 
financeiros. 
 
Letra (A). O fato gerador (in concreto) de um tributo pode 
decorrer de circunstânciailícita, conforme art. 118, I, do CTN. Logo, 
incorreta. Contudo, registramos que a hipótese de incidência (fato 
gerador in abstrato) não pode decorrer de circunstância ilícita. 
Portanto, a questão poderia ter sido anulada. 
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Letra (B). Segundo o art. 4°, II, do CTN, para a determinação 
da natureza jurídica do tributo não é essencial a destinação legal do 
produto da arrecadação. Logo, segundo o CTN, incorreta. 
Letra (C). Não é admitido no direito brasileiro o tributo in labore 
(trabalho), pois, conforme o art. 3º, do CTN, o tributo é toda 
prestação pecuniáriacompulsória. Deste modo, não pode ser 
considerado tributo o serviço militar obrigatório, a prestação de 
serviço eleitoral e o serviço dos jurados no Tribunal do Júri. Ademais, 
anota-se que a contribuição de melhoria é espécie tributária 
decorrente da valorização imobiliária de uma obra realizada pelo 
Estado (atividade estatal) e não pelo próprio sujeito passivo 
(contribuinte ou responsável tributário). Portanto, incorreta. 
Letra (D). A taxa (espécie de tributo) não se confunde com a 
tarifa ou preço público, que não é tributo. Logo, incorreta. 
Letra (E). O tributo extrafiscal tem como função principal a 
interferência no domínio econômico, buscando um efeito diverso da 
exclusiva arrecadação de recursos financeiros, podendo ter como 
função o desenvolvimento de determinadas atividades ou setores 
específicos da economia. Em outras palavras, aextrafiscalidade dos 
tributos influi sobre a conjuntura econômica do Estado. São 
exemplos: o II, o IE, o IPI, o IOF e a CIDE. Logo, correta. 
7. (ESAF/GESTOR MG/2005)Assinale a opção correta. 
a) Na atividade de cobrança do tributo a autoridade 
administrativa pode, em determinadas circunstâncias, 
deixar de aplicar a lei. 
b) Não é preciso lei para exigir um tributo. 
c) O tributo se caracteriza também pelo fato de não resultar 
da aplicação de uma sanção por um ato ilícito. 
d) A prestação do tributo não é obrigatória. 
e) A destinação da arrecadação com o tributo determina sua 
natureza. 
Letra (A). Segundo o art. 3°, do CTN, o tributo é cobrado 
mediante atividade administrativa plenamente vinculada e não 
discricionária, portanto, não há conveniência ou oportunidade na 
cobrança do tributo. Ou seja, não pode a autoridade administrativa 
deixar de aplicar a lei. Logo, incorreta. 
Letra (B). Conforme o princípio da legalidade tributária é 
vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos 
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Municípiosexigir tributo sem lei que o estabeleça (art. 150, I, CF). 
Logo, incorreta. 
Letra (C). Segundo o CTN, o tributo não constitui sanção de ato 
ilícito (art. 3°). Portanto, correta. 
Letra (D). Segundo o art. 3° do CTN, o tributo é prestação 
pecuniáriade caráter obrigatório (compulsório). Logo, incorreta. 
Letra (E). De acordo com a literalidade do art. 4°, II, do CTN, a 
destinação legal do produto da arrecadação do tributo é irrelevante 
para determinar a natureza jurídica específica do tributo. Logo, 
incorreta. 
8. (ESAF/AFPS/2002) Com referência a tributo e suas 
espécies, é correto afirmar que: 
a) empréstimo compulsório, contribuição de melhoria, 
contribuição de intervenção no domínio econômico e 
compensação financeira aos Estados pela exploração de 
petróleo por empresas privadas são espécies tributárias. 
b) tributo é um gravame cuja obrigação tem por fato 
gerador uma situação independente de qualquer atividade 
estatal específica, relativa ao contribuinte. 
c) são espécies tributárias, entre outras, imposto, taxa, 
contribuição em favor de categoria profissional, preço 
público e contribuição de intervenção no domínio 
econômico. 
d) tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em 
moeda, ou cujo valor nela se possa exprimir, que não 
constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada 
mediante atividade administrativa plenamente vinculada. 
e) tributo é a prestação pecuniária compulsória, em moeda, 
ou cujo valor nela se possa exprimir, instituída em lei e 
cobrada mediante atividade administrativa plenamente 
vinculada, que não constitua sanção de ato ilícito, 
ressalvado o caso de ato ilícito que requeira reparação em 
virtude de guerra. 
Letra (A). Segundo o art. 3°, do CTN, o tributo é cobrado 
mediante atividade administrativa plenamente vinculada e não 
discricionária, portanto, não há conveniência ou oportunidade na 
cobrança do tributo. Ou seja, não pode a autoridade administrativa 
deixar de aplicar a lei. Logo, incorreta. 
Letra (B). O enunciado coloca a definição legal de imposto 
(espécie) como se fosse de tributo (gênero). Segundo o art. 16, do 
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CTN, o imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma 
situação independente de qualquer atividade estatal específica, 
relativa ao contribuinte. 
Letra (C). O preço público não é tributo. Portanto, incorreta. 
Letra (D). É a cópia literal do conceito de tributo disposto no 
art. 3º, do CTN. Logo, correta. 
Letra (E). O tributo não constitui sanção de ato ilícito e não há 
exceção, de acordo com o art. 3° do CTN. Ademais, o ato ilícito que 
requeira reparação em virtude de guerra não é tributo. Logo, 
incorreta. 
9. (AFTM-FORTALEZA/2003) Avalie as formulações 
seguintes, relativas a tributo e suas espécies, consideradas 
as pertinentes disposições da Constituição Federal e do 
Código Tributário Nacional, e, ao final, assinale a opção que 
corresponde à resposta correta. 
I. Imposto, taxa, preço público e contribuição de interesse 
de categorias profissionais são espécies tributárias. 
II. A natureza jurídica específica do tributo é determinada 
pelo fato gerador da respectiva obrigação, sendo 
irrelevantes para qualificá-la: (a) a denominação e demais 
características formais adotadas pela lei; (b) a destinação 
legal do produto da sua arrecadação. 
III. Empréstimo compulsório, contribuição de melhoria, 
contribuição de intervenção no domínio econômico e 
contribuição para a seguridade social são espécies 
tributárias. 
IV. Contribuição de interesse de categorias econômicas, 
taxa, imposto e encargo de reparação de guerra são 
espécies tributárias. 
a) Apenas as formulações II e III são corretas. 
b) Apenas as formulações III e IV são corretas. 
c) Apenas as formulações I e III são corretas. 
d) Apenas a formulação II é correta. 
e) Apenas as formulações I e II são corretas. 
A questão cobra do candidato o conhecimento das espécies 
tributárias. 
Nesse rumo, a doutrina dominante e o STF entendem que são 
cinco espécies tributárias, a saber: impostos, taxas, contribuições de 
melhoria, empréstimo compulsório e as contribuições especiais ou 
parafiscais. É a chamada classificação quinquipartite ou 
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pentapartidedas espécies tributárias. 
Ressaltamos que duas novas Emendas Constitucionais (EC) 
criaram três novas subespécies de tributos, quais sejam: 
• O art. 149-A, com redação determinada pela EC n. 39/2002, 
autorizou apenas o Distrito Federal e os Municípios a instituírem 
a contribuição para o custeio do serviço de iluminação 
pública (COSIP ou CIP), sendo facultada (não é obrigatório) a 
cobrança na fatura de consumo de energia elétrica; 
• O art. 149, § 1º, com redação determinada pela EC nº 
41/2003, autorizou os Estados, o Distrito Federal e os 
Municípios a instituição da contribuição previdenciária,cobrada de seus servidores, para o custeio, em beneficio 
destes, do sistema previdenciário respectivo, cuja alíquota não 
será inferior à da contribuição previdenciária dos servidores 
titulares de cargos efetivos da União; 
• O art. 195, IV, com redação determinada pela EC nº 41/2003, 
autorizou a cobrança pela União de contribuição de 
seguridade social sobre o importador de bens ou serviços 
do exterior, ou de quem a lei infraconstitucional a ele 
equiparar. 
Nesse rumo, podemos visualizar o seguinte quadro geral das 
espécies tributárias de competência da União estabelecidas pela CF: 
• Impostos (art. 153, incisos I a VII, art. 154, I e II): a)
imposto sobre importação de produtos estrangeiros (II) – art. 
153, I; b) imposto sobre exportação, para o exterior, de 
produtos nacionais ou nacionalizados (IE) – art. 153, II; c)
imposto sobre renda e proventos de qualquer natureza (IR) – 
art. 153, III; d) imposto sobre produtos industrializados (IPI) – 
art. 153, IV; e) imposto sobre operações de crédito, câmbio e 
seguro, ou relativas a títulos ou valores mobiliários (IOF) – art. 
153, V; f) imposto sobre propriedade territorial rural (ITR) – 
art. 153, VI; g) imposto sobre grandes fortunas (IGF) – art. 
153, VII; h) impostos residuais – art. 154, I; i) impostos 
extraordinários de guerra (IEG) – art. 154, II; 
• Taxas (art. 145, II): a) taxas de polícia; b) taxas de serviço; 
• Contribuições de Melhoria (art. 145, III); 
• Empréstimos Compulsórios (art. 148): a) empréstimo por 
calamidade ou guerra externa (art. 148, I); b) empréstimo por 
investimento público urgente e de relevância nacional (art. 148, 
II); 
• Contribuiçõesespeciais ou parafiscais: a) contribuições de 
seguridade social (art. 40, § 18, art. 195, art. 239; ADCT, art. 
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74, 75, 84 e 90); b) contribuições sociais (art. 212, § 5º e art. 
240); c) contribuições de interesse das categorias profissionais 
ou econômicas, também denominadas de corporativas (art. 
149); d) contribuições de intervenção no domínio econômico 
(CIDE) – art. 149 e art. 177, § 4º. 
Destacamos também que competem à União, em Território 
Federal, os impostos estaduais e, se o Território não for dividido em 
Municípios, cumulativamente, os impostos municipais (art. 147, da 
CF). 
Ao Distrito Federal competem os impostos estaduais e 
municipais (arts. 147, 155 e 156, da CF). 
Neste contexto, as espécies tributárias de competência dos 
Estados e do Distrito Federal fixadas pela CF são as seguintes: 
• Impostos (CF, art. 155): a) impostos sobre transmissão causa 
mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos (ITCMD) – art. 
155, I; b) impostos sobre operações relativas à circulação de 
mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte 
interestadual e intermunicipal e de comunicação (ICMS) – art. 
155, II; c) imposto sobre propriedade de veículos automotores 
(IPVA) – art. 155, III; 
• Taxas (art. 145, II): a) taxas de polícia; b) taxas de serviço; 
• Contribuições de Melhoria (art. 145, III); 
• Contribuição previdenciária (art. 40, § 18; 149, §1º). 
No que concerne aosMunicípios eao Distrito Federal, a CF dispõe: 
• Impostos (art. 156): a) imposto sobre propriedade predial e 
territorial urbana (IPTU) – art. 156, I; b) impostos sobre 
transmissão inter vivos, por ato oneroso, de bens imóveis e de 
direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como 
cessão de direitos a sua aquisição (ITBI) – art. 156, II; c)
imposto sobre serviços de qualquer natureza (ISS), não 
compreendidos no ICMS, definidos em lei complementar – art. 
156, III; 
• Taxas (art. 145, II): a) taxas de polícia; b) taxas de serviço; 
• Contribuições de Melhoria (art. 145, III); 
• Contribuições: a) contribuiçãoprevidenciária (art. 40, § 18; 
149, §1º); b) contribuição para o custeio do serviço de 
iluminação pública (COSIP ou CIP) - art. 149-A. 
Decerto, os itens I e IV são incorretos, pois o preço público e o 
encargo de reparação de guerra não são tributos. 
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Por sua vez, os itens II e III são corretos, registrando-se que o 
item II é cópia do art. 4° do CTN. 
Logo, correta a letra “a”. 
10. (ESAF/AUDITOR/TCE/GO/2007) Segundo definição 
contida no art. 3º do Código Tributário Nacional, tributo é 
uma prestação pecuniária que, entre outras características, 
é instituída em lei. A partir daí, e considerando os 
dispositivos constitucionais sobre as espécies normativas, 
podemos concluir 
a) que, a fim de que se compatibilizem com as limitações 
constitucionais ao poder de tributar, as medidas provisórias 
somente poderão cuidar de normas gerais em matéria 
tributária, mas não da instituição de tributos. 
b) que as medidas provisórias, por veicularem 
necessariamente matéria relevante e urgente, são 
incompatíveis com o princípio constitucional da 
anterioridade, razão pela qual não podem cuidar de matéria 
tributária. 
c) que medidas provisórias são aptas a instituir, mas não a 
aumentar tributos. 
d) que as medidas provisórias podem, em determinadas 
situações, versar sobre matéria tributária. 
e) que as medidas provisórias, assim como as leis 
delegadas, não podem cuidar de matéria tributária, em 
nenhuma situação. 
A questão cobra basicamente o artigo 62 da CF/88. 
Letra (A). As normas gerais de direito tributário são matéria de 
lei complementar, de acordo com o art. 146 da CF. Por sua vez, as 
medidas provisórias podem instituir tributos, mas não podem tratar 
de tema de lei complementar (art. 62, §1°, III, da CF). A medida 
provisória é ato normativo editado pelo Chefe do Poder Executivo, 
com força de lei ordinária. Isto é, não pode a medida provisória 
estabelecer normas gerais de direito tributário ou instituirapenas 
oimposto sobre grandes fortunas (IGF), empréstimos compulsórios, 
impostos residuais da União e contribuições sociais novas ou 
residuais. Logo, incorreta. 
Letra (B). As medidas provisórias não são incompatíveis com o 
princípio constitucional da anterioridade e podem cuidar de matéria 
tributária. Neste sentido, o art. 62, §2°, da CF, dispõe que a medida 
provisória que implique instituição ou majoração de impostos só 
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produzirá efeitos no exercício financeiro seguinte se houver sido 
convertida em lei até o último dia daquele em que foi editada, 
exceto nos casos imposto de importação (II), imposto de exportação 
(IE), imposto sobre produtos industrializados (IPI), imposto sobre 
operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou 
valores mobiliários (IOF) e o imposto extraordinário de guerra (IEG), 
que não obedecem a anterioridade anual. Logo, incorreta. 
Letra (C). As medidas provisórias são aptas a instituir e 
aumentar tributos, conforme o art. 62, §2°, da CF. Portanto, 
incorreta. 
Letra (D). As medidas provisórias podem versar sobre matéria 
tributária. Em regra, em temas de lei ordinária. Logo, correta. 
Letra (E). As medidas provisórias, assim como as leis 
delegadas, em regra, podem cuidar de matéria tributária. Logo, 
incorreta. 
É vedada a edição de medidas provisórias sobre matéria (art. 62, 
§1°, CF): 
I - relativa a: a) nacionalidade, cidadania, direitos políticos, partidos 
políticos e direito eleitoral; b) direito penal, processual penal e 
processual civil; c) organização do Poder Judiciário e do Ministério 
Público, a carreira e a garantia de seus membros; d) planos 
plurianuais, diretrizes orçamentárias, orçamento e créditos adicionais 
e suplementares, ressalvadoo previsto no art. 167, § 3º; 
II - que vise a detenção ou seqüestro de bens, de poupança popular 
ou qualquer outro ativo financeiro; 
III - reservada a lei complementar; 
IV - já disciplinada em projeto de lei aprovado pelo Congresso 
Nacional e pendente de sanção ou veto do Presidente da República. 
É vedada a lei delegada sobre matéria reservada à lei complementar, 
nem a legislação sobre (art. 68, §1°, CF): 
I - organização do Poder Judiciário e do Ministério Público, a carreira 
e a garantia de seus membros; 
II - nacionalidade, cidadania, direitos individuais, políticos e 
eleitorais; 
III - planos plurianuais, diretrizes orçamentárias e orçamentos. 
11. (AFTE/RN/2005) Avalie as indagações abaixo e em 
seguida assinale a resposta correta. 
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(i) Em caso de guerra externa, é vedado à União instituir 
impostos extraordinários não compreendidos em sua 
competência tributária? 
(ii) É permitido ao Distrito Federal e aos Municípios instituir 
contribuição para o custeio do serviço de iluminação 
pública? 
(iii) É permitido que o serviço de iluminação pública seja 
remunerado mediante taxa? 
a) Não, sim, não 
b) Não, não, sim 
c) Sim, sim, não 
d) Sim, não, sim 
e) Sim, sim, sim 
Item I. De acordo com o art. 154, II, da CF, a União poderá 
instituir na iminência ou no caso de guerra externa, impostos 
extraordinários, compreendidos ou não em sua competência 
tributária, os quais serão suprimidos, gradativamente, cessadas as 
causas de sua criação. Estes são os chamados impostos 
extraordinários. Logo, a resposta é não. 
Item II. Conforme o art. 149-A, os Municípios e o Distrito 
Federal poderão instituir contribuição, na forma das respectivas leis, 
para o custeio do serviço de iluminação pública. Logo, a resposta é 
sim. 
Item III. Segundo interpretação do STF, é inconstitucional a 
remuneração do serviço de iluminação pública mediante taxa, uma 
vez que a iluminação pública não é serviço público divisível e 
específico (art. 145, II, da CF). Logo, a resposta é não. 
Portanto, a resposta é a letra “a”. 
12. (ESAF/AFRE/MG/2005)Assinale a opção correta. 
Quando a lei atribui a capacidade tributária ativa a ente 
diverso daquele que detém a competência tributária, estar-
se-á diante do fenômeno da 
a) solidariedade ativa. 
b) parafiscalidade. 
c) extrafiscalidade. 
d) sujeição ativa. 
e) inconstitucionalidade da lei tributária. 
O tributo parafiscal é aquele arrecadado e fiscalizado por 
terceira pessoa, dotada de autonomia administrativa e financeira, 
diferente do ente federativo competente para instituir o tributo 
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(União, Estados, Distrito Federal e Municípios), buscando uma 
finalidade ou interesse público e esta terceira pessoa passa a dispor 
da receita compulsória para atingir os seus objetivos. 
Deste modo, o fenômeno da parafiscalidade tem como 
característica a atribuição legal da capacidade tributária ativa a ente 
diverso daquele que detém a competência tributária. 
São exemplos as contribuições arrecadadas e fiscalizadas pelo 
SESC, SENAI, SENAC, Conselhos Regionais de Medicina (CRM), 
Conselhos Regionais de Odontologia etc. Logo, correta a letra “e”. 
13. (ESAF/AFTE/MS/2001) As receitas compulsórias, cuja 
arrecadação e utilização são conferidas, pelo Poder Público 
competente, a uma entidade paraestatal dotada de 
autonomia administrativa e financeira, são chamadas: 
a) Acessórias. 
b) Complementares. 
c) Extraordinárias. 
d) Extrafiscais. 
e) Parafiscais. 
As receitas compulsórias, cuja arrecadação e utilização são 
conferidas, pelo Poder Público competente, a uma entidade 
paraestatal dotada de autonomia administrativa e financeira, são 
chamadas parafiscais. 
O tributo parafiscal é aquele arrecadado e fiscalizado por 
terceira pessoa, dotada de autonomia administrativa e financeira, 
diferente do ente federativo competente para instituir o tributo 
(União, Estados, Distrito Federal e Municípios), buscando uma 
finalidade ou interesse público e esta terceira pessoa passa a dispor 
da receita compulsória para atingir os seus objetivos. 
Logo, correta a letra “e”. 
14. (ESAF/TTN/1997) A Constituição Federal permite a 
aplicação de alíquotas progressivas para a cobrança dos 
seguintes impostos: 
a) Renda e Proventos de Qualquer Natureza; Propriedade 
Territorial Rural; Propriedade Predial e Territorial Urbana. 
b) Renda e Proventos de Qualquer Natureza; Produtos 
Industrializados; Propriedade Predial e Territorial Urbana. 
c) Produtos Industrializados; Operações Relativas à 
Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de 
Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação 
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(ICMS); Propriedade de Veículos Automotores. 
d) Propriedade Predial e Territorial Urbana; Propriedade 
Territorial Rural; ICMS. 
e) Renda e Proventos de Qualquer Natureza; Produtos 
Industrializados; ICMS. 
Há dois tipos de progressividade, a saber: (i)progressividade 
fiscal, com intuito puramente arrecadatório, em que a alíquota 
cresce à medida que aumenta a respectiva base de cálculo do tributo; 
(ii)progressividade extrafiscal, com a finalidade principal de 
estimular ou desestimular determinada conduta do sujeito passivo, 
em que o tributo aumenta de valor em face do comportamento do 
sujeito passivo. 
Exemplo de progressividade predominantemente fiscal ocorre 
no IR. Outro exemplo de progressividade fiscal ocorre com o IPTU na 
hipótese de progressividade em razão do valor do imóvel, que só 
pode existir a partir da Emenda Constitucional (EC) n.° 29/2000 
(Súmula 668 do STF). 
Por sua vez, exemplo de progressividade extrafiscal é o caso do 
ITR que deve ser progressivo e suas alíquotas devem ser fixadas de 
forma a desestimular a manutenção de propriedades improdutivas 
(art. 153, §4º, I, da CF/88). É a hipótese também da progressividade 
extrafiscal do IPTU no caso de não aproveitamento do solo urbano 
pelo seu proprietário em razão do tempo (descumprimento da função 
social da propriedade urbana). Logo, correta a letra “a”. 
Letras (B), (C), (D) e (E). A Constituição não determina a 
progressividade para o IPI e o ICMS. Portanto, incorretas. 
Assim, a resposta é a letra “a”, pois o IR, o ITR e o IPTU são 
impostos progressivos. 
15. (ESAF/Analista/SP/2009)Constituem modalidade de 
receita derivada, exceto: 
a) tributos. 
b) penalidades pecuniárias. 
c) multas administrativas. 
d) taxas. 
e) preços públicos. 
As receitas derivadassão todas aquelas decorrentes de 
obrigações legais impostas pelo Estado (obrigação ex lege). Isto é, a 
receita derivada é decorrente de uma obrigação legal, caracterizada 
pelo poder de império do Estado, utilizando-se da coercibilidade. São 
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exemplos: tributos em geral (impostos, taxas, contribuições de 
melhoria, empréstimos compulsórios e as contribuições especiais ou 
parafiscais), penalidades pecuniárias, multas administrativas, dentre 
outros. 
Logo, correta a letra “e”, pois os preços públicos são receitas 
originárias e não derivadas. 
16. (ESAF/AFTE/RN/2005) Marque a opção correta. 
a) Cabe aos Estados e ao Distrito Federal instituir e cobrar 
adicional de até cinco por cento do que for pago à União por 
pessoas físicas ou jurídicas domiciliadas nos respectivos 
territórios, a título de imposto sobre a renda e proventosde 
qualquer natureza, incidente sobre lucros, ganhos e 
rendimentos de capital. 
b) Não é permitido instituir e cobrar taxa de conservação de 
estradas de rodagem cuja base de cálculo seja idêntica à do 
imposto sobre propriedade territorial rural. 
c) O imposto sobre vendas a varejo de combustíveis líquidos 
e gasosos é instituído e cobrado pelos Municípios. 
d) É permitido à União continuar a exigir o imposto sobre 
movimentação ou transmissão de valores e de créditos e 
direitos de natureza financeira, que instituiu com base na 
Emenda Constitucional nº 3, de 17 de março de 1993. 
e) É permitido à União, aos Estados e ao Distrito Federal 
instituir, nos respectivos âmbitos de atuação, contribuições 
de intervenção no domínio econômico. 
Letra (A). A Emenda Constitucional n° 3/1993 revogou a 
competência dos Estados e do Distrito Federal para instituir e cobrar 
adicional de até cinco por cento do que for pago à União por pessoas 
físicas ou jurídicas domiciliadas nos respectivos territórios, a título de 
imposto sobre a renda e proventos de qualquer natureza, incidente 
sobre lucros, ganhos e rendimentos de capital. Logo, incorreta. 
Letra (B). As taxas não poderão ter base de cálculo própria de 
impostos, de acordo com o §2°, do art. 145, da CF. Assim, não é 
permitido instituir e cobrar taxa de conservação de estradas de 
rodagem cuja base de cálculo seja idêntica à do imposto sobre 
propriedade territorial rural. É também o que afirma súmula 595 do 
STF. Logo, correta. 
Letra (C). A Emenda Constitucional n° 3/1993 revogou a 
competência dos Municípios para criar e cobrar o imposto sobre 
vendas a varejo de combustíveis líquidos e gasosos. Portanto, 
incorreta. 
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Letra (D). Segundo a Emenda Constitucional n° 3/1993, a 
União poderia instituir, nos termos de lei complementar, com vigência 
até 31 de dezembro de 1994, imposto sobre movimentação ou 
transmissão de valores e de créditos e direitos de natureza financeira. 
Logo, incorreta a alternativa. Registra-se que a partir da Emenda 
Constitucional n° 12/1996, a União poderia instituir contribuição 
provisória sobre movimentação ou transmissão de valores e de 
créditos e direitos de natureza financeira. Esta competência 
atualmente também não mais existe. 
Letra (E). A instituição de contribuições de intervenção no 
domínio econômico é de competência exclusiva da união (art. 149, 
caput, da CF). Portanto, incorreta. 
17. (MDIC/2002) O tributo cuja obrigação tem por fato 
gerador uma situação independente de qualquer atividade 
estatal específica, relativa ao contribuinte, denomina-se: 
a) taxa. 
b) contribuição de melhoria. 
c) imposto. 
d) empréstimo compulsório. 
e) preço público. 
Segundo o art. 16, do CTN, o imposto é o tributo cuja obrigação 
tem por fato gerador uma situação independente de qualquer 
atividade estatal específica, relativa ao contribuinte. Logo, correta a 
letra “c”. 
18. (ESAF/AFTE/PA/2002) Tem por fato gerador uma 
situação independente de qualquer atividade estatal 
específica, relativa ao contribuinte: 
a) imposto. 
b) taxa. 
c) contribuição de melhoria. 
d) pedágio. 
e) preço público. 
A letra “a” é a correta, conforme já examinamos no art. 16, do 
CTN: “Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma 
situação independente de qualquer atividade estatal específica, 
relativa ao contribuinte”. 
19. (ESAF/Analista/SP/2009)Assinale a opção que 
representa uma taxa pública. 
a) Serviço de água. 
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b) Serviço de energia. 
c) Serviço de esgoto. 
d) Pedágio explorado diretamente ou por concessão. 
e) Serviço postal. 
De início, registramos a súmula 545 do STF: “preços de 
serviços públicos e taxas não se confundem, porque estas, 
diferentemente daquelas, são compulsórias e têm sua cobrança 
condicionada à previa autorização orçamentária, em relação à lei que 
as instituiu”. 
O problema interpretativo desta súmula se refere ao emprego 
do critério da “compulsoriedade” (obrigatoriedade) para apartar a 
taxa do preço público, uma vez que a segunda parte da súmula diz 
respeito à anualidade tributária, que não está mais de acordo com o 
atual panorama constitucional brasileiro. 
Decerto, com fundamento na doutrina de Caio Tácito, tal 
súmulacompreende queos serviços tipicamente estatais, prestados 
privativamente pelo Estado (taxas judiciárias, de polícia e de 
registro), devem se remunerados por taxa; enquanto os serviços não 
tipicamente estatais (serviços ferroviários, telefônicos, de transporte 
e de energia) devem ser remunerados por preço público, pois, 
embora possam ser prestados pelo Estado, não lhes são privativos. 
Por sua vez, a atual jurisprudência do STF é pacífica no sentido 
de que, a despeito de sua “compulsoriedade”, a contraprestação dos 
serviços de coleta, tratamento e destino final de esgotos sanitários 
não se submete aos princípios e regras jurídico-tributárias (RE-ED 
456.048, DJ de 30.09.2005; RE 471119, DJ de 24.02.2006; RE 
330.353, DJ de 10.5.2005). 
Por conseguinte, enfatizamos que o STF e o STJ consolidaram o 
entendimento de que a contraprestação pelos serviços de água e 
esgoto por concessionária de serviço público não possui 
caráter tributário por ter natureza jurídica de tarifa ou preço 
público e que sua prescrição é regida pelo Código Civil. O mesmo 
raciocínio é aplicado pelo STF ao fornecimento de energia elétrica, ou 
seja, é custeado por meio de tarifa (RE n° 96.590).Portanto, 
incorretas as letras “a”, “b” e “c”. 
Por outro lado, segundo o STF (ADPF 46, DJE de 26-2-2010), a 
exploração do serviço postal e o correio aéreo nacional éde 
competência exclusiva e indelegável da União, ou seja, é atividade 
privativa do Estado. Deste modo, segundo entendimento da ESAF, o 
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serviço postal deve ser custeado por meio de taxa. Logo, correta a 
letra “e”. 
Noutro ponto, a natureza jurídica do pedágio não é sempre 
a mesma da taxa. 
A CF/88 proibiu os entes federativos (União, Estados-membros, 
Distrito Federal e Municípios) de estabelecer limitações ao tráfego de 
pessoas ou bens, por meio de tributos interestaduais ou 
intermunicipais, ressalvada a cobrança de pedágio pela 
utilização de vias conservadas pelo Poder Público. 
Assim, o pedágio tem natureza jurídica de taxa (espécie 
tributária) quando explorado diretamente por pessoa jurídica de 
direito público. Neste sentido, já admitiu o STF no julgamento do 
extinto selo-pedágio (RE 181.475/RS). 
Todavia, quando o pedágio for cobrado por concessionária ou 
permissionária de serviço público, afirma-se que o pedágio tem 
natureza de preço público ou tarifa. Logo, incorreta a letra “d”. 
20. (GESTOR MG/2005)Julgue os itens a seguir e marque 
adiante a opção correspondente. 
I. A cobrança do imposto sobre a propriedade de veículo 
automotor (IPVA) somente pode ser considerada legítima 
quando o Estado custeia obras de infraestrutura rodoviária. 
II. A taxa é a modalidade de tributo que tem como fato 
gerador o exercício regular do poder de polícia, ou a 
utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico 
ou divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua 
disposição. 
III. A obra pública de que resulte valorização de imóvel do 
particular pode ser custeada mediante a instituição e 
cobrança da contribuição de melhoria. 
Está (ão) correto (s): 
a) os itens I, II e III 
b) apenas os itens II e III. 
c) apenas os itens I e III 
d) apenas os itens I e II 
e) apenas o itemII 
Item I. O imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato 
gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal 
específica, relativa ao contribuinte (art. 16, do CTN). Deste modo, a 
cobrança do IPVA independe do custeio obras de infraestrutura 
rodoviária pelo Estado, uma vez que o imposto é um tributo não-
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vinculado a uma atividade estatal e a sua lei instituidora do IPVA 
leva em consideração fatos e situações vinculadas ao contribuinte 
(propriedade de veículo automotor), estranhos a qualquer atuação do 
Estado direcionado especificadamente ao próprio contribuinte. Logo, 
incorreta. 
Item II. A taxa é a modalidade de tributo que tem como fato 
gerador o exercício regular do poder de polícia, ou a utilização, 
efetiva ou potencial, de serviço público específico ou divisível, 
prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição, conforme art. 
145, II, da CF/88. Logo, correta. 
Item III. A hipótese de incidência da contribuição de melhoria 
consiste em obter (auferir) valorização imobiliária, decorrente de obra 
pública. Logo, correta. 
Deste modo, a letra correta é a “b”. 
21. (ESAF/AFRFB/2003) Indique a opção que preenche 
corretamente as lacunas, consideradas as pertinentes 
disposições do Código Tributário Nacional. Para efeito de 
fato gerador e cobrança de taxa, considera-se regular o 
exercício do poder de polícia quando desempenhado 
_________________ nos limites da lei aplicável, com 
observância ________________ e, tratando-se de atividade 
que a lei tenha como _____________________, sem abuso 
ou desvio de poder. 
a) pelo Poder Público / das disposições regulamentares 
aplicáveis / contrária aos bons costumes 
b) por órgão de segurança pública / das normas 
administrativas aplicáveis / perigosa 
c) pelo órgão competente / de procedimentos 
administrativos / vinculada 
d) somente por órgão de segurança pública / do devido 
processo legal / atentatória a direitos fundamentais 
e) pelo órgão competente / do processo legal / discricionária 
De acordo com o art. 78, parágrafo único, do CTN, considera-se 
regular o exercício do poder de polícia quando desempenhado pelo 
órgão competente nos limites da lei aplicável, com observância do 
processo legal e, tratando-se de atividade que a lei tenha como 
discricionária, sem abuso ou desvio de poder. Logo, correta é a 
letra “e”. 
22. (AFTE/RN/2005) Preencha as lacunas do texto abaixo 
e escolha, em seguida, a opção que contém a seqüência em 
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que foram preenchidas. 
Para fins de instituição e cobrança de taxas, o Código 
Tributário Nacional considera os serviços públicos: 
_______________, quando suscetíveis de utilização, 
separadamente, por parte de cada um dos seus usuários; 
_________________, quando possam ser destacados em 
unidades autônomas de intervenção, de utilidade ou de 
necessidade públicas; __________________ utilizados pelo 
contribuinte, quando por ele usufruídos a qualquer título. 
a) específicos / unitários / potencialmente 
b) individuais / autônomos / virtualmente 
c) utilizáveis / independentes / normalmente 
d) potenciais / necessários / essencialmente 
e) divisíveis / específicos / efetivamente 
O CTN considera os serviços públicos: divisíveis, quando 
suscetíveis de utilização, separadamente, por parte de cada um dos 
seus usuários; específicos, quando possam ser destacados em 
unidades autônomas de intervenção, de utilidade ou de necessidade 
públicas; efetivamente utilizados pelo contribuinte, quando por ele 
usufruídos a qualquer título (art. 79). Logo, correta é a letra “e”. 
23. (ESAF/AFRFB/2006)Taxas, na dicção do artigo 145, 
inciso II, da Constituição Federal, constituem a modalidade 
de tributo que se podem cobrar em razão do exercício do 
poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de 
serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao 
contribuinte ou postos à sua disposição. Sobre a taxa, é 
errado afirmar que 
a) é um tributo cuja base de cálculo ou fato gerador há de 
ser diversa dos de imposto, e não pode ser calculada em 
função do capital das empresas. 
b) competente para instituir e cobrar a taxa é a pessoa 
política – União, Estado, Distrito Federal ou Município – 
legitimada para a realização da atividade que caracterize o 
fato gerador do tributo. 
c) os serviços públicos que ensejam sua cobrança 
consideram-se utilizados pelo contribuinte, efetivamente, 
quando, sendo de utilização compulsória, sejam postos à 
sua disposição mediante atividade administrativa em efetivo 
funcionamento. 
d) serviços públicos específicos são aqueles destacáveis em 
unidades autônomas de intervenção, de utilidade ou de 
necessidade públicas. 
e) serviços públicos divisíveis são aqueles suscetíveis de 
utilização, separadamente, por parte de cada um dos seus 
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usuários. 
Letra (A). A taxa não pode ter base de cálculo ou fato gerador 
idênticos aos que correspondam a imposto e nem ser calculada em 
função do capital das empresas (art. 145, §2º, da CF/88, c/c art. 77, 
par. único, do CTN). Logo, correta. 
Letra (B). Para efeito de instituição e cobrança de taxas, 
consideram-se compreendidas no âmbito das atribuições da União, 
dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios, aquelas que, 
segundo a Constituição Federal, as Constituições dos Estados, as Leis 
Orgânicas do Distrito Federal e dos Municípios e a legislação com elas 
compatível, competem a cada uma dessas pessoas de direito público 
(art. 80, do CTN). Logo, correta. 
Letra (C). Os serviços públicos que ensejam sua cobrança 
consideram-se utilizados pelo contribuinte, efetivamente, quando por 
ele usufruídos a qualquer título (art. 79, I, “a”, do CTN). O enunciado 
confundiu serviços potencialmente utilizados com serviços 
efetivamente utilizados. Logo, incorreta. 
Letra (D). Os serviços públicos específicos são aqueles 
destacáveis em unidades autônomas de intervenção, de utilidade ou 
de necessidade públicas (art. 79, II, do CTN). Logo, correta. 
Letra (E). Os serviços públicos divisíveis são aqueles suscetíveis 
de utilização, separadamente, por parte de cada um dos seus 
usuários (art. 79, III, do CTN). Logo, correta. 
24. (PGDF/2007.2) A União, os Estados, o Distrito Federal 
e os Municípios poderão instituir taxas, em razão do 
exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou 
potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, 
prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição. Em 
razão desse preceito constitucional e das demais regras do 
nosso ordenamento jurídico positivo e jurisprudencial, 
assinale a opção correta. 
a) A instituição de taxas pelo Poder Público não está 
obrigada a respeitar os princípios da anterioridade, da 
isonomia e da capacidade contributiva, tendo em vista que a 
tributação envolve prestação de serviços públicos ou 
exercício de poder de polícia. 
b) É constitucional a taxa instituída para inspeção de 
importação e exportação de produtos da indústria 
pesqueira, instituída por Portaria assinada pelo Ministro do 
Meio Ambiente, com cobrança autorizada pelo Instituto 
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Brasileiro de Meio Ambiente–IBAMA, haja vista tratar-se de 
serviços prestados para proteger direitos fundamentais. 
c) As custas judiciais e os emolumentos concernentes aos 
serviços notariais e registrais são qualificadascomo taxas 
remuneratórias de serviços públicos e podem ter como base 
de cálculo o valor da condenação, desde que obedeça ao 
princípio da razoabilidade. 
d) É constitucional a escolha do valor do monte-mor 
(inventário) como base de cálculo da taxa judiciária, por não 
afrontar o artigo 145, § 2º, da CF. 
e) Não há possibilidade de, segundo os princípios que 
informam o nosso ordenamento jurídico tributário, ser 
alocado o produto da arrecadação de custas judiciais (taxas) 
ao Poder Judiciário, para cobrir despesas com treinamento 
de pessoal que serve à Justiça. 
Letra (A). A instituição de taxas pelo Poder Público está 
obrigada a respeitar os princípios constitucionais tributários, inclusive 
os princípios da anterioridade, da isonomia e da capacidade 
contributiva. Logo, incorreta. 
Letra (B). É inconstitucional a taxa instituída por Portaria, em 
razão do princípio da legalidade tributária (art. 150, I, da CF). Logo, 
incorreta. 
Letra (C). As custas judiciais e os emolumentos concernentes 
aos serviços notariais e registrais são qualificadas como taxas 
remuneratórias de serviços públicos e podem ter como base de 
cálculo o valor da condenação, desde que obedeça ao princípio da 
razoabilidade. Neste sentido, o STF admite que a taxa judiciária seja 
calculada em função do valor da causa ou da condenação, desde que 
se obedeça ao princípio da razoabilidade e que se determine um 
limite para este valor, pois o valor excessivo da taxa pode ferir o 
princípio constitucional do livre acesso à jurisdição. Registra-se a 
súmula 667 do STF: “viola a garantia constitucional de acesso à 
jurisdição a taxa judiciária calculada sem limite sobre o valor da 
causa”. Logo, correta. 
Letra (D). Segundo o STF, “aescolha do valor do monte-mor 
como base de cálculo da taxa judiciária encontra óbice no art. 145, § 
2º, da CF, visto que o monte-mor que contenha bens imóveis é 
também base de cálculo do imposto de transmissão causa mortis e 
inter vivos (ITCMD)” (ADI 2.040-MC, DJ de 25-2-2000). Ou seja, é 
inconstitucional, de acordo com o art. 145, § 2º, da CF. Logo, 
incorreta. 
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Letra (E). Conforme o art. 98, §2°, da CF, há possibilidade de 
ser alocado o produto da arrecadação de custas judiciais (taxas) ao 
Poder Judiciário, para cobrir despesas com treinamento de pessoal 
que serve à Justiça. Logo, incorreta. 
25. (PGDF/2007.1) O Sistema Tributário Nacional é regido 
por regras e princípios gerais que estão postos nos artigos 
145 a 162 da Constituição Federal. Com base no conteúdo 
das disposições acima referidas, assinale, entre as opções 
abaixo apresentadas, a que está correta. 
a) É inconstitucional a taxa de fiscalização dos mercados de 
títulos e valores mobiliários instituída pela Lei n. 7.940, de 
1989, haja vista não ser conferido, pelo ordenamento 
jurídico positivado, poder de polícia à Comissão de Valores 
Mobiliários. 
b) O serviço de iluminação pública, pela sua natureza 
jurídica, deve ser sempre remunerado mediante taxa. 
c) Os serviços gerais prestados por órgãos de Segurança 
Pública não podem ser sustentados por taxas. Essa 
atividade pública, por sua natureza, deve ser retribuída, 
genericamente, por impostos. 
d) É inconstitucional lei estadual que cria taxa destinando a 
arrecadação de seu produto aos serviços de fiscalização da 
atividade notarial e de registro a órgão público. 
e) É constitucional a taxa municipal de conservação de 
estradas de rodagem que tem como base de cálculo a 
adotada para o imposto territorial rural. 
Letra (A). É constitucional a taxa de fiscalização dos mercados 
de títulos e valores mobiliários instituída pela Lei n. 7.940, de 1989 
(Súmula 665 do STF), pois foi conferido, pelo ordenamento jurídico 
positivado, poder de polícia à Comissão de Valores Mobiliários. Logo, 
incorreta. 
Letra (B). Segundo a Súmula 670 do STF, “o serviço de 
iluminação pública não pode ser remunerado mediante taxa”, em 
razão do não preenchimento da condição constitucional de serviço 
público específico e divisível para serviço de iluminação pública, que 
só pode ser custeado pela contribuição de iluminação pública de 
competência dos Municípios e do Distrito Federal (art. 149-A). Logo, 
incorreta. 
Letra (C).Segundo entendimento consagrado no STF (ADI 
1.942-MC, ADI 2.424), as atividades ou serviços gerais do Estado 
(por exemplo, prestados por órgãos de Segurança Pública) devem ser 
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financiadas com os impostos, e não com as taxas, pois não são 
serviços públicos específicos e divisíveis. Logo, correta. 
Letra (D). Em face do art. 98, §2°, da CF, e da interpretação do 
STF, é constitucional lei estadual que cria taxa destinando a 
arrecadação de seu produto aos serviços de fiscalização da atividade 
notarial e de registro a órgão público. Logo, incorreta. 
Letra (E). Conforme súmula 595 do STF, é inconstitucional a 
taxa municipal de conservação de estradas de rodagem cuja base de 
cálculo seja idêntica a do imposto territorial rural (ITR). Isto é, a base 
de cálculo desta taxa é própria de imposto (ITR) e não de taxa por 
serviços específicos e divisíveis postos à disposição do seu 
contribuinte.Logo, incorreta. 
26. (ESAF/AFRFB/2010)Sobre as taxas, podemos 
afirmar, exceto, que: 
a) o fato gerador da taxa não é um fato do contribuinte, 
mas um fato do Estado; este exerce determinada atividade, 
e por isso cobra a taxa das pessoas que dela se aproveitam. 
b) a atuação estatal referível, que pode ensejar a cobrança 
de taxa, pode consistir no exercício regular do poder de 
polícia. 
c) a atuação estatal referível, que pode ensejar a cobrança 
de taxa, pode consistir na prestação ao contribuinte, ou na 
colocação à disposição deste, de serviço público específico, 
divisível ou não. 
d) as atividades gerais do Estado devem ser financiadas 
com os impostos, e não com as taxas. 
e) o poder de polícia, que enseja a cobrança de taxa, 
considera-se regular quando desempenhado pelo órgão 
competente e nos limites da lei aplicável, com observância 
do processo legal e, tratando-se de atividade que a lei tenha 
como discricionária, sem abuso ou desvio de poder. 
Letra (A). O fato gerador da taxa não é um fato do contribuinte 
(por exemplo, auferir renda ou possuir propriedade imobiliária rural), 
mas um fato do Estado, que é o exercício do poder de polícia ou a 
prestação de serviçopúblico específico e divisível. Logo, correta. 
Letra (B). O fato gerador da taxa pode ser o exercício do poder 
de polícia (art. 145, II, CF). Logo, correta. 
Letra (C).A cobrança de taxas pressupõe, no caso de serviços 
públicos, sua utilização, potencial ou efetiva. E que os serviços sejam 
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sempre específicos e divisíveis, sendo prestados ao contribuinte ou 
postos a sua disposição (art. 145, II, CF). Logo, incorreta. 
Letra (D). Segundo entendimento consagrado no STF (ADI 
1.942-MC, ADI 2.424), as atividades ou serviços gerais do Estado 
(por exemplo, prestados por órgãos de Segurança Pública) devem ser 
financiadas com os impostos, e não com as taxas, pois não são 
serviços públicos específicos e divisíveis. Logo, correta. 
Letra (E). De acordo com o parágrafo único do art. 78 do CTN, 
considera-se regular o exercício do poder de polícia quando 
desempenhado pelo órgão competente nos limites da lei aplicável, 
com observância do processo legal e, tratando-se de atividade que a 
lei tenha como discricionária, sem abuso ou desvio de poder. Logo, 
correta. 
27. (ESAF/Agentede Fazenda/ISS/RJ/2010)As taxas, 
no direito tributário, são espécies tributárias que decorrem, 
entre outros fatos geradores, do exercício regular do poder 
de polícia. Sobre estes, julgue os itens a seguir: 
I. entende-se por regular o poder de polícia quando 
desempenhado por órgão competente, nos limites da lei, 
observando devido processo legal, e exercida sem desvio 
ou excesso de poder; 
II. a exigência da taxa em decorrência do exercício do 
poder de polícia não mais exige a concreta fiscalização por 
parte dos órgãos competentes, ou seja, a simples regulação 
de certas atividades por meio de atos normativos também 
caracteriza o exercício desse poder; 
III. a atuação fiscalizadora do Estado, em rigor, visa ao 
interesse da coletividade e não ao do contribuinte da taxa, 
isoladamente. É este, 
porém, que provoca a atuação do Estado, sendo isso que 
justifica a imposição da taxa; 
IV. exercendo o poder de polícia, o Estado impõe restrições 
aos interesses individuais em favor do interesse público, 
conciliando esses interesses. 
Estão corretos: 
a) apenas os itens I e III. 
b) apenas os itens I, III e IV. 
c) todos os itens estão corretos. 
d) apenas os itens III e IV. 
e) apenas os itens II, III e IV. 
Item I. Considera-se regular o exercício do poder de polícia 
quando desempenhado pelo órgão competente nos limites da lei 
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aplicável, com observância do processo legal e, tratando-se de 
atividade que a lei tenha como discricionária, sem abuso ou desvio de 
poder (art. 78, parágrafo único, CTN). Logo, correta. 
Item II. Segundo interpretação do STF (RE 396.846, DJ 
28/08/08;AI 553.880-AgR, DJE de 17-4-2009; RE 549.221–ED, DJE 
de 20-3-2009), a exigência da taxa em decorrência do exercício do 
poder de polícia não exige a concreta fiscalização por parte dos 
órgãos competentes. Neste sentido, a simples regulação de certas 
atividades por meio de atos normativos também caracteriza o 
exercício do poder de polícia. Logo, correta. 
Item III.A atuação fiscalizadora do Estado visa realmente ao 
interesse da coletividade ou interesse público e não ao do 
contribuinte da taxa, isoladamente. Contudo, a taxa é considerada 
um tributo vinculado, pois a obrigação tributária da taxa tem por fato 
gerador uma situação dependente de atividade estatal específica, 
relativa ao contribuinte. Logo, correta. 
Item IV. O poder de polícia estatal impõe restrições aos 
interesses individuais em favor do interesse público. O art. 78 do CTN 
cita como exemplos à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, 
à disciplina da produção e do mercado, ao exercício de atividades 
econômicas dependentes de concessão ou autorização do Poder 
Público, à tranqüilidade pública ou ao respeito à propriedade e aos 
direitos individuais ou coletivos. Portanto, na defesa do interesse 
público, apesar das restrições aos interesses individuais, há uma 
conciliação entre o interesse público e o interesse privado. 
Deste modo, a letra correta é a “c”. 
28. (ESAF/Ministério da Fazenda/2009) As taxas, no 
modelo constitucional brasileiro: 
a) terão caráter pessoal e serão graduadas de acordo com a 
capacidade econômica do contribuinte. 
b) terão alíquotas máximas estabelecidas por resolução do 
Senado Federal. 
c) serão seletivas e não cumulativas. 
d) serão informadas pelos critérios de generalidade, 
universalidade e progressividade. 
e) não poderão ter base de cálculo própria de impostos. 
A respostaé a letra “e”, eis que a taxas, no modelo 
constitucional brasileiro, não poderão ter base de cálculo própria de 
impostos, conforme art. 145, §2º, da CF/88. 
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A letra “a” é falsa, porque de acordo com o art. 145, §1°, da 
CF/88, sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e 
serão graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte. 
A letra “b” é falsa. Não há qualquer previsão na CF/88 de que 
as taxas terão alíquotas máximas estabelecidas por resolução do 
Senado Federal. Existe previsão no caso do ICMS em que é 
facultado ao Senado Federal fixar alíquotas máximas nas operações 
internas para resolver conflito específico que envolva interesse de 
Estados, mediante resolução de iniciativa da maioria absoluta e 
aprovada por dois terços de seus membros (art. 155, §2°, inc. V, 
alínea “b”, da CF/88). 
A letra “c” é falsa, uma vez que a não-cumulatividade e a 
seletividade são características essenciais do IPI (art. 153, §3°, incs. 
I e II, da CF/88) e não das taxas. 
Já no ICMS é obrigatória a obediência a não-cumulatividade 
e uma faculdade (pode) a seletividade (art. 155, §2°, incs. I a III, da 
CF/88). 
A letra “d” é falsa, pois o imposto de renda (IR) deve ser informado 
pelos critérios da universalidade, da progressividade e da 
generalidade (art. 153, §2º, da CF/88) e não as taxas. 
29. (ESAF/Fiscal de Rendas/ISS/RJ/2010)- Sobre as 
taxas, é incorreto afirmar que: 
a) diferentemente dos impostos, cuja característica 
marcante é a desvinculação da receita a uma finalidade 
determinada, a taxa é o tributo vinculado por excelência, 
isto é, só é devido pelo contribuinte se houver 
contraprestação por parte do ente estatal que a houver 
instituído. 
b) preços de serviços públicos e taxas não se confundem, 
porque estas, diferentemente daqueles, são compulsórias, e 
têm sua cobrança condicionada à prévia autorização 
orçamentária, em relação à lei que as instituiu. 
c) a Constituição Federal dá o conceito de taxa como sendo 
o tributo instituído pela União, estados, Distrito Federal e 
municípios, em razão do poder de polícia ou pela utilização, 
efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e 
divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos à sua 
disposição. 
d) o serviço prestado ou posto à disposição, que permite a 
instituição de uma taxa, é sempre estatal, podendo, 
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excepcionalmente, ser serviço prestado por empresa 
privada. 
e) somente o poder de polícia específico é passível de 
estipêndio por meio de taxas; e mesmo assim exige-se que 
seja divisível e mensurável. 
A alternativa “a” é correta, em face dos arts. 145, II e 167, IV 
da CF. 
A alternativa “b” é incorreta, uma vez que não existe o princípio 
da anualidade tributária no atual sistema constitucional tributário. É 
sabido de todos que a súmula 545 do STF não está de acordo com a 
atual Constituição Federal de 1988, pois não é juridicamente 
necessário que a taxa tenha sua cobrança condicionada à prévia 
autorização orçamentária. 
Neste sentido, atualmente, afirma o Supremo Tribunal 
Federal (STF): “Não é constitucionalmente indispensável 
que lei tributária preceda à lei orçamentária” (RMS-1879–
RN, RDA 47/26); “A lei que cria o tributo pode anteceder, 
ou suceder, ao orçamento, sendo essencial, apenas, que 
venha, quando sucedendo ao orçamento, em tempo hábil” 
(RE-31619-SP, RTJ 1/228). 
Do mesmo modo, dispõe a Súmula 66 do STF: “é legítima a 
cobrança do tributo que houver sido aumentado após o orçamento, 
mas antes do início do respectivo exercício financeiro”. Portanto, é 
incorreta a alternativa “b”. 
A alternativa “c” é correta, de acordo com o art. art. 145, II, da 
CF. 
A alternativa “d” é incorreta, pois o serviço prestado ou posto à 
disposição, que permite a instituição de uma taxa, é sempre estatal. 
A alternativa “e” é incorreta, em face da jurisprudência 
predominante do STF e da ausência de regra jurídica que exija que o 
poder de polícia seja específico e divisível. O art. 145, II, da CF,exige 
que as taxas remunerem serviços públicos específicos e divisíveis e 
não poder de polícia específico e divisível. 
Senão, vejamos: “A hipótese de incidência da taxa é a 
fiscalização de atividades poluidoras e utilizadoras de recursos 
ambientais, exercida pelo IBAMA (Lei 6.938/1981, art. 17-B, com a 
redação da Lei 10.165/2000). Tem-se, pois, taxa que remunera o 
exercício do poder de polícia do Estado. Não há invocar o argumento 
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no sentido de que a taxa decorrente do poder de polícia fica ‘restrita 
aos contribuintes cujos estabelecimentos tivessem sido efetivamente 
visitados pela fiscalização’, por isso que, registra Sacha Calmon 
parecer, fl. 377 essa questão já foi resolvida, pela negativa, pelo STF, 
que deixou assentada em diversos julgados a suficiência da 
manutenção, pelo sujeito ativo, de órgão de controle em 
funcionamento. Andou bem a Suprema Corte brasileira em não 
aferrar-se ao método antiquado da vistoria porta a porta, 
abrindo as portas do Direito às inovações tecnológicas que 
caracterizam a nossa era’. Destarte, os que exercem 
atividades de impacto ambiental tipificadas na lei sujeitam-se 
à fiscalização do IBAMA, pelo que são contribuintes da taxa 
decorrente dessa fiscalização, fiscalização que consubstancia, 
vale repetir, o poder de polícia estatal.” (RE 416.601, voto do 
Rel. Min. Carlos Velloso, julgamento em 10-8-2005, Plenário, DJ de 
30-9-2005; AI 638.092-AGR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, 
julgamento em 17-3-2009, Primeira Turma, DJE de 17-4-2009). 
Em face do exposto, entendo que esta questão deveria ser 
anulada, pois estão incorretas as letras “b”, “d” e “e”. Todavia, a 
banca considerou que se deveria marcar a letra “d”. 
30. (AFTE/PA/2002) Identifique, nas opções abaixo, o 
tributo cujo fundamento ético-jurídico é o não 
enriquecimento injusto. 
a) imposto. 
b) taxa. 
c) empréstimo compulsório. 
d) contribuição social. 
e) contribuição de melhoria. 
As contribuições de melhoria estão vinculadas a uma atuação 
estatal, referida ao contribuinte, que é a realização de obra pública 
que motive a valorização do imóvel. Portanto, a contribuição de 
melhoria é um tributo vinculado. 
Com base neste fundamento, a doutrina entende que a 
contribuição de melhoria observa o postulado da vedação (proibição) 
ao enriquecimento sem causa, uma vez que apenas determinado 
grupo de proprietários são beneficiados com a valorização imobiliária 
decorrente da obra pública. 
Por exemplo, sem a cobrança de contribuição de melhoria, pode 
se observar a desobediência ao fundamento ético-jurídico da 
proibição ao enriquecimento injusto ou sem causa, uma vez que 
determinado e limitado grupo enriquece com a valorização imobiliária 
decorrente da realização de obra pública, que, na verdade, foi 
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custeada por toda a sociedade. 
Logo, a correta é a letra “e”. 
31. (AFTE/MS 2001) Em matéria tributária, é correto 
afirmar-se que: 
a) Somente a União pode instituir impostos com 
fundamento no exercício regular do poder de polícia. 
b) Os Estados e o Distrito Federal têm competência para 
instituir empréstimo compulsório. 
c) A contribuição de melhoria é devida em função da 
prestação de serviços públicos divisíveis. 
d) As taxas têm que ter bases de cálculo diferentes das dos 
impostos. 
e) As contribuições sociais decorrem da realização de obras 
públicas que promovam a valorização imobiliária privada. 
Letra (A). Não é possível instituir imposto com fundamento no 
exercício regular do poder de polícia, que é hipótese de incidência da 
taxa. Logo, incorreta. 
Letra (B). Somente a União pode instituir empréstimo 
compulsório (art. 148, da CF). Logo, incorreta. 
Letra (C). A contribuição de melhoria é devida em função de 
realização de obra pública que motive a valorização do imóvel do 
particular (art. 81 do CTN) e não por prestação de serviço público 
divisível. Logo, incorreta. 
Letra (D). Em face do art. 145, §2°, da CF, as taxas têm que 
ter bases de cálculo diferentes das dos impostos. Logo, correta. 
Letra (E). As contribuições de melhoria e não as contribuições 
sociais decorrem da realização de obras públicas que promovam a 
valorização imobiliária privada.Logo, incorreta. 
32.(Analista/SUSEP/2010) Uma das espécies de tributos 
elencada pela Constituição Federal é a Contribuição de 
Melhoria, decorrente de obras públicas. Tal espécie visa a 
uma distribuição mais justa dos ônus decorrentes de 
determinadas obras públicas, que beneficiam a sociedade 
como um todo, mas acabam por beneficiar particularmente 
determinadas pessoas, inclusive acarretando valorização 
imobiliária. Sobre o tema Contribuição de Melhoria, analise 
os itens a seguir, classificando-os como verdadeiros ou 
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falsos. Em seguida, escolha a opção adequada às suas 
respostas. 
I. Seu objetivo principal é fazer com que pessoas 
diretamente beneficiadas pela execução de uma obra 
pública participem com maior intensidade de seu custeio, 
suportando-o total ou parcialmente. 
II. O princípio da vedação do enriquecimento sem causa 
justificativa, para alguns doutrinadores, a instituição e a 
cobrança da contribuição de melhoria. 
III. Pode-se eleger como parâmetro da cobrança da 
contribuição de melhoria, de modo geral, o custo total da 
obra (rateado entre os principais beneficiados) ou a 
valorização imobiliária dela decorrente (individualmente 
analisada). 
a) Está correto apenas o item I. 
b) Está correto apenas o item III. 
c) Estão corretos apenas os itens I e III. 
d) Estão corretos apenas os itens II e III. 
e) Todos os itens estão corretos. 
Item I. Entende-se que executada a obra de melhoramento na 
sua totalidade ou em parte suficiente para beneficiar 
determinados imóveis, pode a contribuição de melhoria ser 
cobrada. Deste modo, a cobrança ou a arrecadação da contribuição 
de melhoria deve ser feita depois da realização da obra pública (na 
sua totalidade ou em parte). Assim, a contribuição relativa a cada 
imóvel será determinada pelo rateio da parcela do custo da obra a ser 
financiada pela contribuição, pelos imóveis situados na zona 
beneficiada em função dos respectivos fatores individuais de 
valorização. Logo, correta. 
Item II. A hipótese de incidência da contribuição de melhoria é 
o acréscimo do valor do imóvel (mais valia) em consequência da obra 
pública. Por certo, o imóvel do contribuinte está localizado nas áreas 
beneficiadas direta ou indiretamente pela obra pública. Deste modo, 
parte da doutrina entende que o princípio da vedação do 
enriquecimento sem causa justifica a instituição e a cobrança da 
contribuição de melhoria. Logo, correta. 
Item III.A contribuição de melhoria tem como limite totala 
despesa realizada e como limite individual o acréscimo de valorque 
da obra resultar para cada imóvel beneficiado, conforme disciplinado 
no art. 81, do CTN. Logo, correta. 
Deste modo, a letra correta é a “e”. 
DIREITO TRIBUTÁRIO EM EXERCÍCIOS PARA A RECEITA FEDERAL 
PROFESSOR: EDVALDO NILO 
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Prof. Edvaldo Nilo www.pontodosconcursos.com.br 
33. (ESAF/Fiscal de Rendas/ISS/RJ/2010)Sobre os 
empréstimos compulsórios, é incorreto afirmar que: 
a) o produto de sua arrecadação só pode ser aplicado para 
atender à despesa que tiver fundamentado a sua instituição. 
b) sua instituição só pode ser feita por meio de lei 
complementar. 
c) no caso de investimento público de relevante interesse 
nacional e de caráter urgente, não se

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