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Direito Tributário Edição 2023.1 Revisada Atualizada Ampliada DIREITO TRIBUTÁRIO APRESENTAÇÃO.............................................................................................................................. 10 NOÇÕES INTRODUTÓRIAS ............................................................................................................ 11 1. ATIVIDADE FINANCEIRA DO ESTADO ................................................................................... 11 2. FINALIDADE DOS TRIBUTOS .................................................................................................. 11 FINALIDADE FISCAL.......................................................................................................... 12 FINALIDADE EXTRAFISCAL ............................................................................................. 12 FINALIDADE PARAFISCAL................................................................................................ 12 3. CONCEITO DE TRIBUTO .......................................................................................................... 13 PRESTAÇÃO PECUNIÁRIA ............................................................................................... 13 PRESTAÇÃO COMPULSÓRIA .......................................................................................... 14 INSTITUIÇÃO POR LEI ...................................................................................................... 15 NÃO CONSTITUIR SANÇÃO DE ATO ILÍCITO ................................................................. 15 COBRADA MEDIANTE ATIVIDADE ADMINISTRATIVA PLENAMENTE VINCULADA ... 16 4. CONCEITO DE TRIBUTO NA LEI 4.320/64 E AS CONTRIBUIÇÕES PARA O FGTS ........... 17 5. NATUREZA JURÍDICA ............................................................................................................... 18 NATUREZA JURÍDICA CONFORME O CTN..................................................................... 19 NATUREZA JURÍDICA CONFORME O STF ..................................................................... 19 6. ESPÉCIES TRIBUTÁRIAS ......................................................................................................... 19 IMPOSTOS .......................................................................................................................... 20 6.1.1. Conceito ....................................................................................................................... 20 6.1.2. Fato gerador ................................................................................................................. 20 6.1.3. Base de cálculo ............................................................................................................ 21 6.1.4. Competência ................................................................................................................ 21 TAXAS ................................................................................................................................. 22 6.2.1. Previsão legal ............................................................................................................... 23 6.2.2. Conceito ....................................................................................................................... 23 6.2.3. Características ............................................................................................................. 23 6.2.4. Competência ................................................................................................................ 23 6.2.5. Taxa de polícia ............................................................................................................. 24 6.2.6. Taxa de serviço ............................................................................................................ 25 6.2.7. Base de cálculo ............................................................................................................ 33 CONTRIBUIÇÕES DE MELHORIA .................................................................................... 36 6.3.1. Previsão ....................................................................................................................... 36 6.3.2. Fato gerador ................................................................................................................. 36 6.3.3. Base de cálculo ............................................................................................................ 37 6.3.4. Limites .......................................................................................................................... 37 6.3.5. Competência ................................................................................................................ 38 6.3.6. Requisitos..................................................................................................................... 38 EMPRÉSTIMOS COMPULSÓRIOS ................................................................................... 39 6.4.1. Natureza jurídica .......................................................................................................... 39 6.4.2. Características especiais ............................................................................................. 39 6.4.3. Fato gerador ................................................................................................................. 40 6.4.4. Competência ................................................................................................................ 40 6.4.5. Situações autorizadoras .............................................................................................. 41 6.4.6. Destino da arrecadação ............................................................................................... 42 CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS .......................................................................................... 42 6.5.1. Previsão e considerações iniciais ................................................................................ 42 CS – DIREITO TRIBUTÁRIO 2023.1 1 6.5.2. Natureza jurídica .......................................................................................................... 43 6.5.3. Fato gerador ................................................................................................................. 43 6.5.4. Modalidades de contribuições especiais ..................................................................... 46 6.5.5. Competência ................................................................................................................ 56 7. CLASSIFICAÇÃO DOS TRIBUTOS .......................................................................................... 56 QUANTO À COMPETÊNCIA IMPOSITIVA ........................................................................ 56 QUANTO AO EXERCÍCIO DA COMPETÊNCIA ................................................................ 57 QUANTO À FINALIDADE ................................................................................................... 57 QUANTO À HIPÓTESE DE INCIDÊNCIA .......................................................................... 57 QUANTO AO DESTINO DA ARRECADAÇÃO .................................................................. 57 QUANTO À POSSIBILIDADE DE REPERCUSSÃO .......................................................... 58 QUANTO AOS ASPECTOS OBJETIVOS E SUBJETIVOS DA HIPÓTESE DE INCIDÊNCIA ................................................................................................................................... 58 QUANTO ÀS BASES ECONÔMICAS TRIBUTADAS ........................................................ 58 LIMITAÇÕES CONSTITUCIONAIS AO PODER DE TRIBUTAR ..................................................... 59 1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS .....................................................................................................59 2. NATUREZA JURÍDICA ............................................................................................................... 59 3. ESPÉCIES .................................................................................................................................. 59 4. PRINCÍPIO DA LEGALIDADE ................................................................................................... 61 CONSIDERAÇÕES INICIAIS.............................................................................................. 61 PREVISÃO CONSTITUCIONAL ......................................................................................... 61 CONTEÚDO ........................................................................................................................ 61 MITIGAÇÕES AO PRINCÍPIO DA LEGALIDADE .............................................................. 64 4.4.1. Impostos extrafiscais ................................................................................................... 65 4.4.2. ICMS-combustíveis monofásico .................................................................................. 65 4.4.3. CIDE-combustíveis ...................................................................................................... 66 FLEXIBILIZAÇÃO DA LEGALIDADE PELO STF ............................................................... 66 NORMA TRIBUTÁRIA EM BRANCO ................................................................................. 67 LEI DELEGADA................................................................................................................... 68 MEDIDA PROVISÓRIA ....................................................................................................... 68 5. PRINCÍPIO DA ISONOMIA (OU IGUALDADE) TRIBUTÁRIA E DA CAPACIDADE CONTRIBUTIVA ................................................................................................................................ 68 CONCEITO .......................................................................................................................... 68 (IM) POSSIBILIDADE DE APLICAÇÃO A OUTRAS ESPÉCIES TRIBUTÁRIAS ............. 70 CAPACIDADE CONTRIBUTIVA x DIREITO À INTIMIDADE ............................................ 71 RAZÕES EXTRAFISCAIS .................................................................................................. 73 APLICAÇÃO DO PRINCÍPIO DA ISONOMIA PELO STF.................................................. 73 6. PRINCÍPIO DA SEGURANÇA JURÍDICA OU DA NÃO SURPRESA ...................................... 76 PRINCÍPIO DA IRRETROATIVIDADE ............................................................................... 76 6.1.1. Previsão constitucional ................................................................................................ 76 6.1.2. (In) existência de exceção ao Princípio da Irretroatividade ........................................ 76 6.1.3. Fato gerador complexivo, de formação sucessiva ou periódico ................................. 77 PRINCÍPIO DO EXERCÍCIO FINANCEIRO OU ANTERIORIDADE GENÉRICA ............. 78 6.2.1. Previsão ....................................................................................................................... 78 6.2.2. Conceito de exercício financeiro ................................................................................. 78 6.2.3. Finalidade ..................................................................................................................... 79 6.2.4. Anterioridade e anualidade .......................................................................................... 79 6.2.5. Exceções ...................................................................................................................... 79 6.2.6. Anterioridade e revogação de benefícios fiscais ......................................................... 81 CS – DIREITO TRIBUTÁRIO 2023.1 2 6.2.7. Anterioridade e medida provisória ............................................................................... 82 PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE MÍNIMA OU MITIGADA, DA NOVENTENA, NONAGESIMAL ............................................................................................................................. 83 6.3.1. Previsão ....................................................................................................................... 83 6.3.2. Exceções à noventena ................................................................................................. 84 6.3.3. Contagem ..................................................................................................................... 86 REGRA PARA A SEGURANÇA JURÍDICA DOS TRIBUTOS EM GERAL ....................... 87 PARA FIXAR ....................................................................................................................... 87 7. PRINCÍPIO DO NÃO CONFISCO OU DA VEDAÇÃO AO TRIBUTO COM EFEITO CONFISCATÓRIO ............................................................................................................................. 88 PREVISÃO LEGAL ............................................................................................................. 88 EFEITO CONFISCATÓRIO ................................................................................................ 89 AFERIÇÃO .......................................................................................................................... 89 EFEITO CONFISCATÓRIO E MULTAS ............................................................................. 89 EFEITO CONFISCATÓRIO E TAXAS ................................................................................ 91 8. PRINCÍPIO DA LIBERDADE DE TRÁFEGO DE PESSOAS E BENS (PROIBIÇÃO DE LIMITAÇÃO AO TRÁFEGO POR MEIO DE TRIBUTOS) ................................................................. 91 PREVISÃO .......................................................................................................................... 91 EXCEÇÕES ......................................................................................................................... 92 9. PRINCÍPIO DA TRANSPARÊNCIA DA CARGA TRIBUTÁRIA (DIREITO À INFORMAÇÃO) . 92 10. PRINCÍPIO DA RESERVA LEGAL ESPECÍFICA PARA A CONCESSÃO DE BENEFÍCIOS FISCAIS ............................................................................................................................................. 93 PREVISÃO LEGAL ............................................................................................................. 93 LEI ESPECÍFICA ................................................................................................................. 94 IMPOSSIBILIDADE DE DELEGAÇÃO ............................................................................... 95 PROIBIÇÃO DE CONCESSÃO PELO PODER JUDICIÁRIO ........................................... 95 DISCIPLINA ESPECIAL QUANTO AOS BENEFÍCIOS FISCAIS DE ICMS ..................... 96 11. GARANTIAS DA FEDERAÇÃO.............................................................................................. 99 CONSIDERAÇÕES INICIAIS.............................................................................................. 99 VEDAÇÕES ESPECÍFICAS ÀS UNIÃO ........................................................................... 100 11.2.1. Princípio da uniformidade geográfica da tributação .................................................. 100 11.2.2. Princípio da uniformidade da tributação da renda .................................................... 102 11.2.3. Princípio da vedação às isenções heterônomas ou heterotópicas........................... 102 VEDAÇÃO AOS ESTADOS, DISTRITO FEDERAL E MUNICÍPIOS – PRINCÍPIO DA NÃO DISCRIMINAÇÃO BASEADA EM PROCEDÊNCIA OU DESTINO ................................... 104 IMUNIDADES TRIBUTÁRIAS .........................................................................................................106 1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS ................................................................................................... 106 2. CONCEITO DE IMUNIDADES ................................................................................................. 106 3. ESPÉCIES TRIBUTÁRIAS ....................................................................................................... 107 4. DIFERENCIAÇÃO DA IMUNIDADE COM INSTITUTO ASSEMELHADOS ........................... 107 5. CLASSIFICAÇÃO DAS IMUNIDADES .................................................................................... 108 QUANTO AO PARÂMETRO PARA CONCESSÃO ......................................................... 108 5.1.1. Imunidades objetivas ou reais ................................................................................... 108 5.1.2. Imunidades subjetivas ou pessoais ........................................................................... 108 5.1.3. Imunidades mistas ou híbridas .................................................................................. 109 QUANTO AO ALCANCE ................................................................................................... 109 5.2.1. Imunidades gerais ...................................................................................................... 109 5.2.2. Imunidades específicas ............................................................................................. 109 QUANTO À NECESSIDADE DE REGULAMENTAÇÃO .................................................. 109 CS – DIREITO TRIBUTÁRIO 2023.1 3 5.3.1. Imunidades incondicionadas ..................................................................................... 109 5.3.2. Imunidades condicionadas ........................................................................................ 110 6. IMUNIDADES GENÉRICAS A IMPOSTOS ............................................................................. 110 IMUNIDADE RECÍPROCA ................................................................................................ 110 6.1.1. Previsão legal ............................................................................................................. 110 6.1.2. Aplicação e fundamento ............................................................................................ 110 6.1.3. Obrigações acessórias .............................................................................................. 111 6.1.4. Contrato de alienação fiduciária ................................................................................ 111 6.1.5. Imunidade tributária recíproca extensiva .................................................................. 112 6.1.6. Limitações .................................................................................................................. 112 6.1.7. Empresas públicas e sociedades de economia mista .............................................. 113 6.1.8. Empresas estatais exploradoras de atividade econômica ........................................ 115 6.1.9. Imunidade recíproca e imóvel público cedido ou arrendado a particular ................. 117 6.1.10. Imunidade recíproca e OAB ...................................................................................... 118 IMUNIDADE TRIBUTÁRIA RELIGIOSA ........................................................................... 118 IMUNIDADE TRIBUTÁRIA DOS PARTIDOS POLÍTICOS, SINDICATOS DOS TRABALHADORES, ENTIDADES EDUCACIONAIS E ASSISTENCIAIS ................................. 120 6.3.1. Previsão legal ............................................................................................................. 120 6.3.2. Abrangência ............................................................................................................... 120 6.3.3. Limitação .................................................................................................................... 122 6.3.4. Requisitos................................................................................................................... 123 6.3.5. Utilização e locação dos imóveis de propriedade das entidades imunes ................ 124 6.3.6. Imunidade das entidades de assistência social e entidades fechadas de previdência 125 6.3.7. Imunidade das instituições de assistência social e o ICMS...................................... 127 IMUNIDADE TRIBUTÁRIA CULTURAL OU DE IMPRENSA .......................................... 127 6.4.1. Previsão ..................................................................................................................... 127 6.4.2. Finalidade ................................................................................................................... 128 6.4.3. Conteúdo .................................................................................................................... 128 6.4.4. Corpus mechanicum .................................................................................................. 128 6.4.5. Imunidade cultural e jurisprudência ........................................................................... 129 IMUNIDADE MUSICAL (DA MÚSICA NACIONAL).......................................................... 132 6.5.1. Previsão legal ............................................................................................................. 132 6.5.2. Finalidade ................................................................................................................... 132 6.5.3. Requisitos................................................................................................................... 133 6.5.4. Etapas abrangidas ..................................................................................................... 133 7. DEMAIS IMUNIDADES PREVISTAS NA CONSTITUIÇÃO .................................................... 133 NORMAS GERAIS DE DIREITO TRIBUTÁRIO.............................................................................. 136 1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS ................................................................................................... 136 2. LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA .................................................................................................... 136 LEIS ................................................................................................................................... 137 2.1.1. Lei complementar....................................................................................................... 137 2.1.2. Leis ordinárias ............................................................................................................ 144 2.1.3. Medidas provisórias ................................................................................................... 144 2.1.4. Leis delegadas ........................................................................................................... 144 2.1.5. Decreto legislativo ...................................................................................................... 145 2.1.6. Resoluções................................................................................................................. 145 2.1.7. Convênio de subordinação ........................................................................................ 146 CS – DIREITO TRIBUTÁRIO 2023.1 4 2.1.8. Decreto-lei .................................................................................................................. 146 TRATADOS E CONVENÇÕES INTERNACIONAIS ........................................................ 146 2.2.1. Conceito ..................................................................................................................... 146 2.2.2. Procedimento de incorporação .................................................................................. 146 2.2.3. Hierarquiados Tratados Internacionais .................................................................... 147 2.2.4. (Im) possibilidade de revogação e modificação da legislação tributária interna por um tratado internacional ................................................................................................................. 147 DECRETOS ....................................................................................................................... 148 NORMAS COMPLEMENTARES ...................................................................................... 148 3. VIGÊNCIA E APLICAÇÃO DA LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA .................................................. 150 VIGÊNCIA ESPACIAL E EXTRATERRITORIALIDADE .................................................. 150 VIGÊNCIA TEMPORAL E REGRAS ESPECIAIS ............................................................ 151 4. REGRA DA ANTERIORIDADE E ART. 104 DO CTN ............................................................. 151 5. APLICAÇÃO DA LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA: PRINCÍPIO DA IRRETROATIVIDADE ........ 152 6. INTERPRETAÇÃO DA LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA .............................................................. 155 INTERPRETAÇÃO LITERAL ............................................................................................ 155 INTERPRETAÇÃO MAIS FAVORÁVEL ........................................................................... 157 PRINCÍPIOS GERAIS DO DIREITO PRIVADO ............................................................... 157 PRINCÍPIO DA PECUNIA NON OLET ............................................................................. 158 7. INTEGRAÇÃO DA LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA ..................................................................... 159 OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA ............................................................................................................. 161 1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS ................................................................................................... 161 2. ELEMENTOS DA OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA ........................................................................ 161 ELEMENTO OBJETIVO .................................................................................................... 161 ELEMENTO CAUSAL ....................................................................................................... 163 ELEMENTO TEMPORAL .................................................................................................. 164 2.3.1. Elemento temporal e situações condicionadas ......................................................... 165 ELEMENTO SUBJETIVO ................................................................................................. 166 2.4.1. Sujeito ativo ................................................................................................................ 167 2.4.2. Sujeito passivo ........................................................................................................... 168 3. NORMA ANTIELISÃO FISCAL ................................................................................................ 169 ELISÃO, EVASÃO E ELUSÃO FISCAL ........................................................................... 169 TRIBUTAÇÃO CONFORME A LEI E A CF x DEVER DO ESTADO EM ADOTAR MEDIDAS ..................................................................................................................................... 170 4. SOLIDARIEDADE ..................................................................................................................... 172 TIPOS DE SOLIDARIEDADE ........................................................................................... 172 BENEFÍCIO DE ORDEM .................................................................................................. 173 EFEITOS DA SOLIDARIEDADE ...................................................................................... 173 5. CAPACIDADE TRIBUTÁRIA PASSIVA ................................................................................... 174 6. DOMICÍLIO TRIBUTÁRIO ........................................................................................................ 175 RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA .............................................................................................. 177 1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS ................................................................................................... 177 2. ESPÉCIES DE RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA ............................................................. 177 RESPONSABILIDADE POR TRANSFERÊNCIA ............................................................. 177 RESPONSABILIDADE POR SUBSTITUIÇÃO (ORIGINÁRIA, DE 1º GRAU) ................. 178 2.2.1. Responsabilidade por substituição regressiva (para trás ou antecedente) .............. 178 2.2.2. Responsabilidade por substituição progressiva (para frente ou consequente)........ 179 3. CLASSIFICAÇÃO DA RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA NO CTN ................................... 180 4. CRIAÇÃO DE NOVAS HIPÓTESES DE RESPONSABILIDADE ........................................... 181 5. RESPONSABILIDADE POR SUCESSÃO ............................................................................... 181 CS – DIREITO TRIBUTÁRIO 2023.1 5 RESPONSABILIDADE POR SUCESSÃO POR ATO INTER VIVOS .............................. 182 5.1.1. Bens imóveis .............................................................................................................. 182 5.1.2. Bens móveis ............................................................................................................... 183 RESPONSABILIDADE POR SUCESSÃO POR CAUSA MORTIS .................................. 183 RESPONSABILIDADE POR SUCESSÃO EMPRESARIAL ............................................ 185 5.3.1. Fusão, transformação e incorporação ....................................................................... 185 5.3.2. Extinção de pessoas jurídicas ................................................................................... 186 5.3.3. Responsabilidade do adquirente do fundo de comércio ou estabelecimento .......... 186 6. RESPONSABILIDADE DE TERCEIROS ................................................................................. 188 RESPONSABILIDADE DE TERCEIROS DECORRENTES DE ATUAÇÃO REGULAR . 188 RESPONSABILIDADE DE TERCEIROS DECORRENTES DE ATUAÇÃO IRREGULAR 190 7. RESPONSABILIDADE POR INFRAÇÕES .............................................................................. 193 RESPONSABILIDADE OBJETIVA ................................................................................... 193 RESPONSABILIDADE PESSOAL .................................................................................... 194 8. DENÚNCIA ESPONTÂNEA, CONFISSÃO ESPONTÂNEA OU AUTODENÚNCIA............... 195 CRÉDITO TRIBUTÁRIO .................................................................................................................. 197 1. CONCEITO ............................................................................................................................... 197 2. NATUREZA JURÍDICA DO LANÇAMENTO ............................................................................ 197 3. CONCEITO DE LANÇAMENTO .............................................................................................. 198 4. COMPETÊNCIA PARA O LANÇAMENTO .............................................................................. 198 5. LANÇAMENTO COMO ATIVIDADE VINCULADA .................................................................. 198 6. LEGISLAÇÃO MATERIAL (SUBSTANTIVA) E FORMAL APLICÁVEL AO LANÇAMENTO . 198 7. ESTABILIDADE DO LANÇAMENTO ....................................................................................... 200 8. MODALIDADES DE LANÇAMENTO ....................................................................................... 201LANÇAMENTO DE OFÍCIO OU DIRETO ........................................................................ 202 LANÇAMENTO POR DECLARAÇÃO .............................................................................. 203 LANÇAMENTO POR HOMOLOGAÇÃO OU AUTOLANÇAMENTO ............................... 205 9. DECLARAÇÕES DO CONTRIBUINTE E OUTRAS CONFISSÕES DE DÉBITO .................. 206 10. LANÇAMENTO POR ARBITRAMENTO OU AFERIÇÃO INDIRETA .................................. 207 11. POR ATO JUDICIAL, NO PROCESSO TRABALHISTA ..................................................... 208 12. SUSPENSÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO ......................................................................... 208 DEPÓSITO DO MONTANTE INTEGRAL ......................................................................... 210 RECLAMAÇÕES E RECURSOS, NOS TERMOS DAS LEIS REGULADORAS DO PROCESSO TRIBUTÁRIO ADMINISTRATIVO .......................................................................... 213 CONCESSÃO DE MEDIDA LIMINAR EM MANDADO DE SEGURANÇA ou CONCESSÃO DE MEDIDA LIMINAR OU TUTELA ANTECIPADA, EM OUTRAS ESPÉCIES DE AÇÃO JUDICIAL .......................................................................................................................... 213 MORATÓRIA ..................................................................................................................... 214 12.4.1. Conceito ..................................................................................................................... 214 12.4.2. Classificação .............................................................................................................. 214 12.4.3. Moratória parcelada e parcelamento ......................................................................... 216 12.4.4. Créditos abrangidos pela moratória .......................................................................... 217 PARCELAMENTO ............................................................................................................. 217 12.5.1. Previsão legal ............................................................................................................. 217 12.5.2. Efeitos ........................................................................................................................ 218 13. EXTINÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO ............................................................................. 219 POSSIBILIDADE DE CRIAÇÃO DE OUTRAS FORMAS DE EXTINÇÃO ...................... 219 CAUSAS DE EXTINÇÃO NO CTN ................................................................................... 220 PAGAMENTO .................................................................................................................... 220 CS – DIREITO TRIBUTÁRIO 2023.1 6 13.3.1. Considerações iniciais ............................................................................................... 220 13.3.2. Diferenças com o Direito Privado .............................................................................. 220 13.3.3. Regras subsidiárias ................................................................................................... 221 13.3.4. Formas de pagamento ............................................................................................... 222 13.3.5. Imputação em pagamento ......................................................................................... 222 13.3.6. Pagamento indevido e repetição de indébito ............................................................ 223 COMPENSAÇÃO .............................................................................................................. 226 TRANSAÇÃO .................................................................................................................... 229 REMISSÃO ........................................................................................................................ 230 DECADÊNCIA ................................................................................................................... 231 PRESCRIÇÃO ................................................................................................................... 235 13.8.1. Interrupção da prescrição .......................................................................................... 237 13.8.2. Suspensão da prescrição .......................................................................................... 238 CONVERSÃO DO DEPÓSITO EM RENDA ..................................................................... 241 PAGAMENTO ANTECIPADO E HOMOLOGAÇÃO DO LANÇAMENTO ........................ 241 CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO JULGADA PROCEDENTE .................................... 242 DECISÃO ADMINISTRATIVA IRREFORMÁVEL ............................................................. 243 DECISÃO JUDICIAL PASSADA EM JULGADO .............................................................. 244 DAÇÃO EM PAGAMENTO DE BENS IMÓVEIS .............................................................. 244 14. EXCLUSÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO ........................................................................... 245 CONSIDERAÇÕES INICIAIS............................................................................................ 245 ISENÇÃO .......................................................................................................................... 246 14.2.1. Revogação de isenção .............................................................................................. 246 14.2.2. Isenção em caráter geral e individual ........................................................................ 247 ANISTIA ............................................................................................................................. 248 IMPOSTOS FEDERAIS EM ESPÉCIES ......................................................................................... 250 1. PREVISÃO CONSTITUCIONAL .............................................................................................. 250 2. IMPOSTO SOBRE A IMPORTAÇÃO ...................................................................................... 251 FUNÇÃO............................................................................................................................ 251 EXCEÇÃO AOS PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS ....................................................... 251 FATO GERADOR .............................................................................................................. 252 2.3.1. Produto e mercadoria ................................................................................................ 252 2.3.2. Produto estrangeiro ................................................................................................... 252 2.3.3. Território aduaneiro X território nacional ................................................................... 253 2.3.4. Conceito de importar .................................................................................................. 253 FATO GERADOR TEMPORAL ........................................................................................ 254 BASE DE CÁLCULO ......................................................................................................... 254 CONTRIBUINTES ............................................................................................................. 255 LANÇAMENTO.................................................................................................................. 255 3. IMPOSTO DE EXPORTAÇÃO ................................................................................................. 255 FUNÇÃO............................................................................................................................ 256 EXCEÇÃO AOS PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS .......................................................256 FATO GERADOR MATERIAL .......................................................................................... 256 FATO GERADOR TEMPORAL ........................................................................................ 256 BASE DE CÁLCULO ......................................................................................................... 257 CONTRIBUINTES ............................................................................................................. 258 LANÇAMENTO.................................................................................................................. 258 4. IMPOSTO DE RENDA E PROVENTOS DE QUALQUER NATUREZA ................................. 258 CS – DIREITO TRIBUTÁRIO 2023.1 7 FUNÇÃO............................................................................................................................ 258 PRINCÍPIOS APLICÁVEIS AO IR .................................................................................... 258 FATO GERADOR .............................................................................................................. 259 BASE DE CÁLCULO ......................................................................................................... 262 CONTRIBUINTE ............................................................................................................... 263 LANÇAMENTO.................................................................................................................. 263 5. IMPOSTO SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS ......................................................... 263 FUNÇÃO............................................................................................................................ 264 EXCEÇÃO AOS PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS ....................................................... 264 PRINCÍPIOS ESPECÍFICOS ............................................................................................ 264 5.3.1. Seletividade ................................................................................................................ 264 5.3.2. Cumulatividade .......................................................................................................... 265 IMUNIDADES ESPECÍFICAS DO IPI ............................................................................... 268 BENEFÍCIO FISCAL PREVISTO NA CF .......................................................................... 268 FATO GERADOR .............................................................................................................. 268 BASE DE CÁLCULO ......................................................................................................... 270 CONTRIBUINTE ............................................................................................................... 270 LANÇAMENTO.................................................................................................................. 270 6. IMPOSTO SOBRE OPERAÇÕES DE CRÉDITO, CÂMBIO E SEGURO, OU RELATIVAS A TÍTULOS OU VALORES MOBILIÁRIOS ........................................................................................ 271 FUNÇÃO............................................................................................................................ 271 EXCEÇÕES AOS PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS ..................................................... 271 IOF SOBRE O OURO ....................................................................................................... 271 FATO GERADOR .............................................................................................................. 271 BASE DE CÁLCULO ......................................................................................................... 272 CONTRIBUINTE ............................................................................................................... 272 LANÇAMENTO.................................................................................................................. 272 7. IMPOSTO SOBRE PROPRIEDADE TERRITORIAL RURAL ................................................. 272 FUNÇÃO............................................................................................................................ 272 EXCEÇÃO AOS PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS ....................................................... 273 PROGRESSIVIDADE........................................................................................................ 273 IMUNIDADE DAS PEQUENAS GLEBAS ......................................................................... 273 POSSIBILIDADE DE DELEGAÇÃO DA FISCALIZAÇÃO E COBRANÇA ...................... 274 FATO GERADOR .............................................................................................................. 275 BASE DE CÁLCULO ......................................................................................................... 276 CONTRIBUINTE ............................................................................................................... 277 LANÇAMENTO.................................................................................................................. 277 IMPOSTOS ESTADUAIS................................................................................................................. 278 1. PREVISÃO CONSTITUCIONAL .............................................................................................. 278 2. IMPOSTO SOBRE A TRANSMISSÃO CAUSA MORTIS E DOAÇÃO, DE QUAISQUER BENS OU DIREITOS – ITCMD .................................................................................................................. 278 FUNÇÃO............................................................................................................................ 278 FIXAÇÃO DE ALÍQUOTAS MÁXIMAS PELO SENADO FEDERAL, VINCULAÇÃO AUTOMÁTICA E PROGRESSIVIDADE ...................................................................................... 278 DEFINIÇÃO DO ESTADO (DF) COMPETENTE PARA A COBRANÇA ......................... 280 FATO GERADOR .............................................................................................................. 280 BASE DE CÁLCULO ......................................................................................................... 281 CONTRIBUINTES ............................................................................................................. 281 LANÇAMENTO.................................................................................................................. 282 CS – DIREITO TRIBUTÁRIO 2023.1 8 IMUNIDADE ...................................................................................................................... 282 3. IMPOSTO SOBRE OPERAÇÕES RELATIVAS À CIRCULAÇÃO DE MERCADORIAS E SOBRE PRESTAÇÕES DE SERVIÇOS DE TRANSPORTE INTERESTADUAL E INTERMUNICIPAL E DE COMUNICAÇÃO – ICMS ....................................................................... 283 FUNÇÃO............................................................................................................................ 283 EXIGÊNCIA DE LEI COMPLEMENTAR .......................................................................... 283 COMPETÊNCIA ................................................................................................................ 283 CONCEITO DE MERCADORIA ........................................................................................ 284 ICMS NAS IMPORTAÇÕES ............................................................................................. 284 CRIAÇÃO INTELECTUAL E A EXIGÊNCIA DE CORPUS MECHANICUM ................... 285 SERVIÇOS TRIBUTADOS PELO ICMS .......................................................................... 288 3.7.1. Serviço de transporte interestadual e intermunicipal................................................ 288 3.7.2. Comunicação ............................................................................................................. 288 PRINCÍPIOS APLICÁVEIS AO ICMS ............................................................................... 291 3.8.1. Seletividade ................................................................................................................ 291 3.8.2. Não cumulatividade ................................................................................................... 293 ICMS NAS OPERAÇÕES NÃO PRESENCIAIS .............................................................. 294 FATO GERADOR .............................................................................................................. 297 BASE DE CÁLCULO ......................................................................................................... 299 CONTRIBUINTE ............................................................................................................... 299 LANÇAMENTO.................................................................................................................. 300 JURISPRUDÊNCIA EM TESE SOBRE ICMS .................................................................. 300 4. IMPOSTO SOBRE A PROPRIEDADE DE VEÍCULOS AUTOMOTORES - IPVA ................. 303 FUNÇÃO............................................................................................................................ 304 LEI COMPLEMENTAR...................................................................................................... 304 EXCEÇÕES AOS PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS ..................................................... 304 DISPOSIÇÕES CONSTITUCIONAIS SOBRE IPVA ........................................................ 305 FATO GERADOR .............................................................................................................. 305 BASE DE CÁLCULO ......................................................................................................... 305 CONTRIBUINTE ............................................................................................................... 306 LANÇAMENTO.................................................................................................................. 306 IMPOSTOS MUNICIPAIS ................................................................................................................ 306 1. PREVISÃO CONSTITUCIONAL .............................................................................................. 306 2. IMPOSTO SOBRE A PROPRIEDADE PREDIAL E TERRITORIAL URBANA – IPTU .......... 307 DIFERENÇAS GERAIS COM O ITR ................................................................................ 307 IPTU E IMUNIDADE DOS TEMPLOS DE QUALQUER CULTO ..................................... 307 EXCEÇÃO AOS PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS ....................................................... 307 PROGRESSIVIDADE FISCAL E EXTRAFISCAL ............................................................ 307 DIFERENCIAÇÃO DE ALÍQUOTA DE ACORDO COM O USO E A LOCALIZAÇÃO DO IMÓVEL ........................................................................................................................................ 308 FATO GERADOR .............................................................................................................. 309 BASE DE CÁLCULO ......................................................................................................... 309 CONTRIBUINTE ............................................................................................................... 309 LANÇAMENTO.................................................................................................................. 310 3. IMPOSTO SOBRE A TRANSMISSÃO DE BENS IMÓVEIS – ITBI ........................................ 310 FUNÇÃO............................................................................................................................ 310 PROGRESSIVIDADE........................................................................................................ 310 DEFINIÇÃO DO MUNICÍPIO COMPETENTE PARA A COBRANÇA ............................. 311 IMUNIDADE NOS EVENTOS SOCIETÁRIOS ................................................................. 311 CS – DIREITO TRIBUTÁRIO 2023.1 9 FATO GERADOR .............................................................................................................. 311 BASE DE CÁLCULO ......................................................................................................... 313 CONTRIBUINTE ............................................................................................................... 313 LANÇAMENTO.................................................................................................................. 313 4. IMPOSTO SOBRE SERVIÇOS DE QUALQUER NATUREZA – ISS ..................................... 313 FUNÇÃO............................................................................................................................ 314 LEI COMPLEMENTAR...................................................................................................... 314 ALÍQUOTAS E CONCESSÃO DE BENEFÍCIOS ............................................................. 315 ISENÇÃO HETERÔNOMA NAS EXPORTAÇÕES .......................................................... 316 FATO GERADOR .............................................................................................................. 316 BASE DE CÁLCULO ......................................................................................................... 316 CONTRIBUINTE ............................................................................................................... 316 LANÇAMENTO.................................................................................................................. 316 JURISPRUDÊNCIA EM TESE SOBRE ISS ..................................................................... 317 CS – DIREITO TRIBUTÁRIO 2023.1 10 APRESENTAÇÃO Olá! Inicialmente gostaríamos de agradecer a confiança em nosso material. Esperamos que seja útil na sua preparação, em todas as fases. Quanto mais contato temos com uma mesma fonte de estudo, mais familiarizados ficamos, o que ajuda na memorização e na compreensão da matéria. O Caderno de Tributário possui como base as aulas da Professora Ana Carolina Masson, do Curso G7 Jurídico. Como fonte complementar utilizamos o livro Direito Tributário, 16ª Edição, do Ricardo Alexandre. Na parte jurisprudencial, utilizamos os informativos do site Dizer o Direito (www.dizerodireito.com.br), os livros: Principais Julgados STF e STJ Comentados, Vade Mecum de Jurisprudência Dizer o Direito, Súmulas do STF e STJ anotadas por assunto (Dizer o Direito). Destacamos: é importante você se manter atualizado com os informativos, reserve um dia da semana para ler no site do Dizer o Direito. Ademais, no Caderno constam os principais artigos da lei, mas, ressaltamos, que é necessária leitura conjunta do seu Vade Mecum, muitas questões são retiradas da legislação. Como você pode perceber, reunimos em um único material diversas fontes (aulas + doutrina + informativos + súmulas + lei seca + questões) tudo para otimizar o seu tempo e garantir que você faça uma boa prova. Por fim, como forma de complementar o seu estudo, não esqueça de fazer questões. É muito importante!! As bancas costumam repetir certos temas. Vamos juntos!! Bons estudos!! Equipe Cadernos Sistematizados. CS – DIREITO TRIBUTÁRIO 2023.1 11 NOÇÕES INTRODUTÓRIAS 1. ATIVIDADE FINANCEIRADO ESTADO O Estado possui o dever de garantir determinados direitos (saúde, educação, segurança etc.) e cumprir os objetivos previstos no art. 3º da CF. Para isso, obviamente, há um custo (despesas), sendo necessário que o Estado obtenha receitas. CF: Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil: I - construir uma sociedade livre, justa e solidária; II - garantir o desenvolvimento nacional; III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais; IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação. Perceba, portanto, que a atividade financeira do Estado é uma atividade-meio, ou seja, trata- se de uma forma de obter receitas (através da arrecadação) para cobrir as despesas que decorrem da sua obrigação de garantir direitos. Vale destacar que a obtenção de receitas poderá ocorrer de forma originária ou derivada. Observe as diferenças: RECEITAS ORIGINÁRIAS RECEITAS DERIVADAS Voluntárias ou de Direito Privado Compulsória ou de Direito Público. O Estado explora o próprio patrimônio. O Estado “invade” o patrimônio do particular. Há manifestação de vontade do particular, a exemplo da locação de um imóvel do Estado. Não há manifestação de vontade do particular, a exemplo dos tributos e multas. Relação horizontal Relação vertical. A maior arrecadação do Estado decorre das receitas derivadas, por meio dos tributos. A maior finalidade da multa é coibir condutas, por exemplo multa por excesso de velocidade. 2. FINALIDADE DOS TRIBUTOS Os tributos possuem três finalidades: fiscal, extrafiscal e parafiscal. A seguir analisaremos cada uma delas. Obs.: é importante verificar a finalidade principal de cada tributo. Isto porque o fato de um tributo ter como principal finalidade a extrafiscal não excluiu sua finalidade fiscal, por exemplo CS – DIREITO TRIBUTÁRIO 2023.1 12 FINALIDADE FISCAL Trata-se da finalidade de arrecadação. FINALIDADE EXTRAFISCAL Consiste na atualização (ajuste) do tributo com a finalidade de intervenção em determinada situação econômica ou social. Cita-se, como exemplo, a atitude do Governo Federal de zerar o imposto de importação de máscaras, luvas, aventais para auxiliar no combate à Covid-19. Igualmente, pode-se afirmar que a extrafiscalidade decorre da necessidade de ajuste do tributo aos objetivos da política cambial e do comércio exterior. É o que ocorre, por exemplo, nos casos dos impostos sobre importação e sobre exportação. Há casos em que a finalidade extrafiscal do tributo causa prejuízos a terceiros. Apesar das tentativas de buscar indenização pelos que se sentem prejudicados, tanto o STF quanto o STJ entendem que o Estado não possui o dever de indenizar eventuais prejuízos financeiros do setor privado decorrentes da alteração de política econômico-tributária. STF: Não se verifica o dever do Estado de indenizar eventuais prejuízos financeiros do setor privado decorrentes da alteração de política econômico- tributária, no caso de o ente público não ter se comprometido, formal e previamente, por meio de determinado planejamento específico. 4. O impacto econômico-financeiro sobre a produção e a comercialização de mercadorias pelas sociedades empresárias causado pela alteração da alíquota de tributos decorre do risco da atividade próprio da álea econômica de cada ramo produtivo. 5. Inexistência de direito subjetivo da recorrente, quanto à manutenção da alíquota do imposto de importação (status quo ante), apto a ensejar o dever de indenizar.” REsp 1.492.832-DF, Rel. Min. Gurgel de Faria, julgado em 04/09/2018 FINALIDADE PARAFISCAL Não há consenso na doutrina acerca da finalidade parafiscal dos tributos, isto porque a finalidade é arrecadatória. CONCEITO CLÁSSICO CONCEITO MODERNO A criação do tributo é feita pelo ente competente, que delega a arrecadação e o destino dos recursos para outra entidade pública. A criação do tributo é feita pelo ente competente, havendo destinação dos recursos para uma entidade fora da Administração Direta. (CESPE já cobrou conceito moderno) Cobrança de contribuições previdenciárias pelo INSS. Perceba que no conceito moderno haverá parafiscalidade mesmo sem a delegação. Salienta-se que o objetivo da parafiscalidade é arrecadar, mas o produto da arrecadação é destinado a um ente diverso daquele que instituiu a exação. Consequentemente, o beneficiário dos CS – DIREITO TRIBUTÁRIO 2023.1 13 recursos sempre será uma instituição que desempenhe uma atividade tipicamente estatal (INSS) ou de interesse do Estado, a exemplo do SESI, SESC, SENAI, SEBRAE. Conforme leciona Ricardo Alexandre1, “atualmente, para a caracterização do fenômeno da parafiscalidade, basta que o produto de arrecadação seja destinado a pessoa diversa da competente para a criação do tributo. Se houver delegação da capacidade tributária ativa, certamente haverá a parafiscalidade, mas não se trata de condição indispensável.” Obs.: Há provas que ainda cobram o conceito clássico, por isso é importante ficar atento ao que o enunciado está pedindo. Em eventual prova discursiva e oral, convém citar os dois conceitos. 3. CONCEITO DE TRIBUTO O conceito de tributo está previsto no art. 3º do CTN, sendo uma prestação pecuniária, compulsória, diversa de multa, a qual é instituída mediante lei e cobrada por lançamento (atividade administrativa). Art. 3º Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada. Veja como foi cobrado: TJ/RS – FAURGS – 2022: Tributo deve ser instituído em lei e cobrado mediante atividade administrativa discricionária. Errado, a atividade é plenamente vinculada. PRESTAÇÃO PECUNIÁRIA A fixação do tributo deve ser em moeda (real) ou cujo valor nela se possa exprimir. A expressão “cujo valor nela se possa exprimir” não autoriza o seu pagamento in natura (bens) ou in labore (trabalho), trata-se da possibilidade da fixação do valor por meio de indexadores fiscais, a exemplo da UFIR. A LC 104/2001 introduziu ao CTN o inciso XI do art. 156, prevendo a DAÇÃO EM PAGAMENTO, exclusivamente para bens imóveis, como forma de extinção do crédito tributário (meio de pagamento). A dação em pagamento não era legítima antes de 2001 e, após essa data, passou a ter previsão no CTN. Art. 156. Extinguem o crédito tributário: XI – a dação em pagamento em bens imóveis, na forma e condições estabelecidas em lei. Vale ressaltar que o STF entende ser possível a criação de outras formas diferentes de extinção do crédito tributário pelos Estados. 1 ALEXANDRE, Ricardo. Direito Tributário. 16º Edição, Salvador, Editora Juspodivm, 2022, p. 42. CS – DIREITO TRIBUTÁRIO 2023.1 14 AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. DIREITO TRIBUTÁRIO. LEI DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL 11.475/2000. PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL. COBRANÇA JUDICIAL DE CRÉDITOS INSCRITOS EM DÍVIDA ATIVA DA FAZENDA PÚBLICA. REVOGAÇÃO DE PARTE DA NORMA IMPUGNADA. CONHECIMENTO PARCIAL DA AÇÃO. PRECEDENTES. PREVISÃO DE MODALIDADES DE EXTINÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO EM LEI ESTADUAL. POSSIBILIDADE. 2. Não há reserva de Lei Complementar Federal para tratar de novas hipóteses de suspensão e extinção de créditos tributários. Possibilidade de o Estado- Membro estabelecer regras específicas de quitação de seus próprios créditos tributários. (ADI 2405, Relator(a): Min. ALEXANDRE DE MORAES, Tribunal Pleno, julgado em 20/09/2019, PUBLIC 03-10-2019). Não confunda: o tributo só pode ser fixado em moeda, mas há casos em que o pagamento do crédito tributário pode se dar de outra forma, a exemplo da dação em pagamento em bens imóveis.PRESTAÇÃO COMPULSÓRIA Trata-se da entrega de dinheiro em favor do Estado que deve ser realizada de forma OBRIGATÓRIA, ou seja, não voluntária (facultativa). Diante disso, em relação ao pagamento de tributo, não há que se falar em autonomia da vontade, pois existe uma relação vertical, de subordinação do particular em relação ao Estado. Somente existiria autonomia se fosse uma relação horizontal, de coordenação entre dois particulares. A prestação NÃO é facultativa, contratual ou voluntária. Além disso, de acordo com Eduardo Sabbag, “o comando quer significar outra coisa: a compulsoriedade decorre do fenômeno da incidência tributária, ou seja, da subsunção tributária (a hipótese de incidência encontrando o fato gerador, e vice-versa)”. Exemplo: Hipótese de Incidência: circular mercadorias (pressuposto normativo) Fato Gerador: Maria circula mercadorias (consequente) HI → FG → NASCIMENTO DA OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA (aqui está a compulsoriedade, a inafastabilidade, a inexorabilidade do dever de pagar o imposto). Em relação à contribuição sindical, em razão da alteração promovida pela reforma trabalhista, por deixar de ser compulsória, não mais se enquadra como tributo. São compatíveis com a Constituição Federal os dispositivos da Lei nº 13.467/2017 (Reforma Trabalhista) que extinguiram a obrigatoriedade da contribuição sindical e condicionaram o seu pagamento à prévia e expressa autorização dos filiados. No âmbito formal, o STF entendeu que a Lei nº 13.467/2017 não contempla normas gerais de direito tributário (art. 146, III, “a”, da CF/88). Assim, não era necessária a edição de lei complementar para tratar sobre matéria relativa a contribuições. Também não se aplica ao caso a exigência de lei específica prevista no art. 150, § 6º, da CS – DIREITO TRIBUTÁRIO 2023.1 15 CF/88, pois a norma impugnada não disciplinou nenhum dos benefícios fiscais nele mencionados, quais sejam, subsídio ou isenção, redução de base de cálculo, concessão de crédito presumido, anistia ou remissão. Sob o ângulo material, o STF afirmou que a Constituição assegura a livre associação profissional ou sindical, de modo que ninguém é obrigado a filiar-se ou a manter-se filiado a sindicato (art. 8º, V, da CF/88). O princípio constitucional da liberdade sindical garante tanto ao trabalhador quanto ao empregador a liberdade de se associar a uma organização sindical, passando a contribuir voluntariamente com essa representação. Não há nenhum comando na Constituição Federal determinando que a contribuição sindical é compulsória. Não se pode admitir que o texto constitucional, de um lado, consagre a liberdade de associação, sindicalização e expressão (art. 5º, IV e XVII, e art. 8º) e, de outro, imponha uma contribuição compulsória a todos os integrantes das categorias econômicas e profissionais. STF. Plenário. ADI 5794/DF, Rel. Min. Edson Fachin, red. p/ o ac. Min. Luiz Fux, julgado em 29/6/2018 (Info 908)2. INSTITUIÇÃO POR LEI Em regra, os tributos são instituídos por lei ordinária, salvo no caso de empréstimos compulsórios (art. 148, da CF), impostos residuais (art. 154 da CF), contribuições sociais residuais (art. 195, §4º da CF) e impostos sobre grandes fortunas (art. 153, VIII, da CF) que dependem de lei complementar. Obs.: Não confundir a criação de alguns tributos por lei complementar, com a previsão do art. 146, III, da CF que prevê que determinados aspectos dos impostos (fato gerador, base de cálculo e contribuintes) dependerão de lei complementar. NÃO CONSTITUIR SANÇÃO DE ATO ILÍCITO O tributo não pode ser instituído como sanção de ato ilícito, esta é a grande diferença entre tributo e multa. Observe outras diferenças: TRIBUTO MULTA Fruto do poder de tributar do Estado Fruto do poder sancionador do Estado Hipótese de incidência é sempre ato lícito A ilicitude é essencial à hipótese de incidência Finalidade primordial de arrecadação Visa desestimular o comportamento que configura a hipótese de incidência 2 CAVALCANTE, Márcio André Lopes. É constitucional a lei que extinguiu a contribuição sindical obrigatória. Buscador Dizer o Direito, Manaus. Disponível em: <https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/eecccd8ff4107946c78d42265cd474b5>. Acesso em: 17/12/2022 CS – DIREITO TRIBUTÁRIO 2023.1 16 Por configurar receita derivada, deve ser um ônus suportável, sem sacrifício do desfrute normal dos bens da vida Pode ser cobrada em maiores percentuais para coibir condutas indesejadas Vale ressaltar que o confisco, pela Constituição Federal, é uma sanção. Consequentemente, o tributo não pode ser instituído com efeito de confisco (já que é uma sanção por ato ilícito). Nesse sentido, o art. 150, IV da CF: CF, art. 150: Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: IV - utilizar tributo com efeito de confisco; Portanto, pode-se afirmar que o princípio da não utilização de tributo com efeito de confisco dá-se principalmente pela falta de correspondência entre a punição de um ato ilícito e a cobrança de um tributo (CEBRASPE). A não constituição de sanção por ato ilícito significa que a hipótese de incidência (descrição da lei que gera a obrigação de pagar) do tributo não poderá decorrer de um ato ilícito. Contudo, nada impede que a sua materialização decorra de um ato ilícito. Por exemplo, o fato gerador do imposto de renda é a disponibilidade econômica ou jurídica de rendas ou proventos de qualquer natureza. Determinada farmácia vendia medicamentos e paralelamente vendia drogas, a tributação da renda deve ser tanto em relação aos medicamentos (atividade lícita) quanto sobre as drogas (atividade ilícita). Trata-se da aplicação do Princípio da Pecunia Non Olet, significa que o tributo não possui cheiro, tributa-se sem se preocupar com os fatos externos. Originou-se de um diálogo célere entre o Imperador Vespasiano e seu filho Tito (Roma Antiga), em que se discutia a tributação sobre o uso dos mictórios (banheiros públicos/cloacas/latrinas). COBRADA MEDIANTE ATIVIDADE ADMINISTRATIVA PLENAMENTE VINCULADA O fisco não pode deixar de cobrar o tributo, não há discricionariedade, não se analisa a oportunidade e a conveniência. CTN, art. 142: Parágrafo único. A atividade administrativa de lançamento é vinculada e obrigatória, sob pena de responsabilidade funcional. Veja como foi cobrado: TJ/SP – VUNESP – 2018: De acordo com os dispositivos do Código Tributário Nacional sobre o lançamento, é correto afirmar que se trata de atividade vinculada e obrigatória e que, por isso, ressalvados os casos previstos em lei, CF confisco SEMPRE será sanção Tributo NÃO pode ser sanção Tributo NÃO pode ter efeito de confisco CS – DIREITO TRIBUTÁRIO 2023.1 17 não está sujeita aos juízos de conveniência e oportunidade da autoridade fiscal. Errado, não há ressalva. Em razão disso, não se admitia o não lançamento, mesmo nas hipóteses em que se reconhecia a inconstitucionalidade da cobrança. Em 2019, a Lei 13.874/2019 incluiu o art. 19-A na Lei 10.522/2022, autorizando o não lançamento em algumas situações. Art. 19-A. Os Auditores-Fiscais da Secretaria Especial da Receita Federal do Brasil não constituirão os créditos tributários relativos aos temas de que trata o art. 19 desta Lei, observado: I - o disposto no parecer a que se refere o inciso II do caput do art. 19 desta Lei, que será aprovado na forma do art. 42 da Lei Complementar nº 73, de 10 de fevereiro de 1993, ou que terá concordância com a sua aplicação pela Secretaria Especial da Receita Federal do Brasil do Ministério da Economia; II - o parecer a que se refere o inciso IV do caput do art. 19 desta Lei, que será aprovado na forma do disposto no art. 40 da Lei Complementar nº 73, de 10 de fevereirode 1993, ou que, quando não aprovado por despacho do Presidente da República, terá concordância com a sua aplicação pelo Ministro de Estado da Economia; ou III - nas hipóteses de que tratam o inciso VI do caput e o § 9º do art. 19 desta Lei, a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional deverá manifestar-se sobre as matérias abrangidas por esses dispositivos. § 1º Os Auditores-Fiscais da Secretaria Especial da Receita Federal do Brasil do Ministério da Economia adotarão, em suas decisões, o entendimento a que estiverem vinculados, inclusive para fins de revisão de ofício do lançamento e de repetição de indébito administrativa. § 2º O disposto neste artigo aplica-se, no que couber, aos responsáveis pela retenção de tributos e, ao emitirem laudos periciais para atestar a existência de condições que gerem isenção de tributos, aos serviços médicos oficiais. 4. CONCEITO DE TRIBUTO NA LEI 4.320/64 E AS CONTRIBUIÇÕES PARA O FGTS A contribuição para o FGTS encaixa-se perfeitamente no conceito de tributo do art. 3º do CTN. Contudo, o STJ aplicou o conceito de tributo previsto no art. 9º, da Lei 4.320/64 para excluir o caráter tributário da contribuição do FGTS, já que a redução do prazo prescricional de 30 anos para cinco anos seria prejudicial ao trabalhador (caso considerado como tributo). Lei 4.320/64, art. 9º: Tributo é a receita derivada instituída pelas entidades de direito público, compreendendo os impostos, as taxas e contribuições nos termos da Constituição e das leis vigentes em matéria financeira, destinando- se o seu produto ao custeio de atividades gerais ou especificas exercidas por essas entidades. STJ, Súmula 353 - As disposições do Código Tributário Nacional não se aplicam às contribuições para o FGTS. O STF, ao analisar a questão da prescrição, entendeu que não poderia ser definida por lei, já que se trata de um crédito oriundo do contrato de trabalho que deve seguir a CF, consequentemente, a prescrição é de 5 anos. Porém, o STF também entendeu que a contribuição para o FGTS não é tributo, permanecendo válida a Súmula 353 do STJ. CS – DIREITO TRIBUTÁRIO 2023.1 18 CF, art. 7º: São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social: XXIX - ação, quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho, com prazo prescricional de cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois anos após a extinção do contrato de trabalho; Recurso extraordinário. Direito do Trabalho. Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS). Cobrança de valores não pagos. Prazo prescricional. Prescrição quinquenal. Art. 7º, XXIX, da Constituição. (ARE 709212, Relator(a): Min. GILMAR MENDES, Tribunal Pleno, julgado em 13/11/2014, PUBLIC 19-02-2015).” 5. NATUREZA JURÍDICA Há na doutrina duas teorias acerca da natureza jurídica das espécies tributárias. TEORIA DA TRIPARTIÇÃO (TRIPARTITE) TEORIA DA PENTAPARTIÇÃO (PENTAPARTITE) Há três espécies tributárias: IMPOSTOS TAXAS CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA Há cinco espécies tributárias: IMPOSTOS TAXAS CONTRIBUIÇÕES DE MELHORIA CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS (sociais) EMPRÉSTIMOS COMPULSÓRIOS Adotada pelo CTN Adotada pelo STF Veja como foi cobrado: (PGE/RO – CESPE – 2022): O Código Tributário Nacional (CTN), ao apresentar as espécies do gênero dos tributos, adotou a chamada teoria tricotômica. Todavia, a Constituição Federal de 1988 menciona mais duas espécies tributárias não constantes no sistema de classificação adotado pelo CTN, que são as taxas e as contribuições sociais. ERRADO! Trata-se dos empréstimos compulsórios e das contribuições sociais. (MPE/MG – FUNDATEC – 2022): Considerando a teoria pentapartida (pentapartite ou quinquipartida), segundo a qual, no atual sistema tributário constitucional brasileiro, há cinco espécies de tributos, pode-se afirmar que - O empréstimo compulsório, modalidade autônoma de tributo, dispensa a aplicação do princípio anterioridade quando instituído para viabilizar investimento público de caráter urgente e relevante interesse nacional. Errado! - As espécies tributárias são: impostos, taxas, contribuições de melhoria, empréstimos compulsórios e contribuições especiais. Correta! CS – DIREITO TRIBUTÁRIO 2023.1 19 NATUREZA JURÍDICA CONFORME O CTN Como visto acima, o CTN adota a Teoria da Tripartição, considera tributos apenas os impostos, as taxas e as contribuições de melhoria. Art. 5º Os tributos são impostos, taxas e contribuições de melhoria. É o fato gerador da obrigação que determina a natureza jurídica do tributo, ou seja, o fato gerador definirá se o tributo é um imposto, uma taxa ou uma contribuição de melhoria. Art. 4º A natureza jurídica específica do tributo é determinada pelo fato gerador da respectiva obrigação, sendo irrelevantes para qualificá-la: I - a denominação e demais características formais adotadas pela lei; II - a destinação legal do produto da sua arrecadação. Veja como foi cobrado: TJ/AC – VUNESP - 2019: Segundo o CTN, a natureza jurídica do tributo é determinada pelo fato gerador da respectiva obrigação, sendo irrelevantes para qualificá-la a denominação e demais características formais adotadas pela lei. Correto! O tributo poderá ter um fato gerador vinculado ou um fato gerador não vinculado. FATO GERADOR NÃO VINCULADO FATO GERADOR VINCULADO O Estado não precisa fazer nada, ou seja, o fato gerador é um fato do contribuinte. Trata-se de algo que o contribuinte faz por si só e que gera a obrigação tributária. O fato gerador é um fato do Estado, ou seja, depende de uma atuação do Estado. É o caso dos impostos. Por exemplo, o fato gerador do IPVA é ser proprietário de veículo automotor, o Estado não é obrigado a fazer nada para o contribuinte. É o caso das taxas e da contribuição de melhoria. NATUREZA JURÍDICA CONFORME O STF O fato gerador do empréstimo compulsório e das contribuições especiais confunde-se com o fato gerador dos impostos, é o que ocorria com o ICMS combustível e o empréstimo compulsório sobre combustível, bem como com o IRPJ e a CSLL. Perceba, portanto, que o critério do CTN (fato gerador) não é suficiente para determinar a natureza jurídica do empréstimo compulsório e das contribuições especiais. Diante disso, o STF entende que para tais espécies tributárias não se aplica o art. 4º do CTN, devendo-se analisar o destino da arrecadação. 6. ESPÉCIES TRIBUTÁRIAS CS – DIREITO TRIBUTÁRIO 2023.1 20 Como já mencionado, adotando a Teoria Pentapartida, há cinco espécies tributárias, quais sejam: impostos, taxas, contribuições de melhoria, empréstimos compulsórios e contribuições especiais. IMPOSTOS 6.1.1. Conceito O conceito de imposto está disciplinado no art. 16 do CTN. Observe: Art. 16. Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal específica (NÃO VINCULADO), relativa ao contribuinte. 6.1.2. Fato gerador Em relação aos impostos, não é necessária nenhuma atuação do Estado, trata-se de um tributo não vinculado. Ao contrário, é a atuação do contribuinte que enseja a cobrança do imposto, por exemplo manifestação de riqueza e IR. Além disso, a arrecadação dos impostos também é não vinculada, tendo em vista que se destina a custear despesas gerais do Estado e não específicas. CF, art. 167: São vedados: (...) ES P ÉC IE S TR IB U TÁ R IA S IMPOSTOS Federais, estaduais, distritais e municipais TAXAS Federais, estaduais, distritais e municipais CONTRIBUIÇÕES DE MELHORIA Federais, estaduais, distritais e municipais EMPRÉSTIMOS COMPULSÓRIOS União CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS Sociais Gerais/Outras contribuiçoes - União Seguridade Social - União (REGRA), Estados, DF e Municípios De intervenção no domínio econômico
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