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Aula 03 Direito Tributário

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DIREITO TRIBUTÁRIO EM EXERCÍCIOS PARA A RECEITA FEDERAL 
PROFESSOR: EDVALDO NILO 
1
Prof. Edvaldo Nilo www.pontodosconcursos.com.br 
PROFESSOR EDVALDO NILO 
DIREITO TRIBUTÁRIO EM EXERCÍCIOS PARA A RECEITA 
FEDERAL – AULA 3 -Obrigação Tributária Principal e Acessória. Fato 
Gerador da Obrigação Tributária. Sujeição Ativa e Passiva. 
Solidariedade. Capacidade Tributária. Domicílio Tributário. 
Responsabilidade Tributária. Conceito. Responsabilidade dos 
Sucessores. Responsabilidade de Terceiros. Responsabilidade por 
Infrações. Crédito Tributário. Conceito. Constituição do Crédito 
Tributário. Lançamento. Modalidades de Lançamento. Hipóteses de 
alteração do lançamento. 
Olá, chegamos a aula 3. Eu me confundi com as datas do curso, 
em face dele ter sido adiado por duas vezes. Peço desculpa por isto. 
Hoje teremos a aula 3 e na sexta-feira a aula 4 junto com os 
complementos das aulas 1 a 3. 
Então, vamos nessa. 
PARTE 1 (ESAF) – 
OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA PRINCIPAL E ACESSÓRIA. FATO 
GERADOR DA OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA. SUJEIÇÃO ATIVA E 
PASSIVA. SOLIDARIEDADE. CAPACIDADE TRIBUTÁRIA. 
DOMICÍLIO TRIBUTÁRIO. 
1.(ESAF/PFN/2005/adaptada) Considerando o tema 
“obrigação tributária” e as disposições do CTN, marque com 
(V) a assertiva verdadeira e com (F) a falsa, assinalando ao 
final a opção correspondente. 
( ) Quando a lei se refere à obrigação tributária principal, ela 
quer se referir aos procedimentos exigidos do contribuinte 
para assegurar a melhor fiscalização do pagamento. 
( ) A multa pode ser considerada espécie do gênero tributo, já 
que está abrangida, pelo Código Tributário Nacional, no 
conceito de “obrigação tributária principal”. 
( )A obrigação acessória nasce em razão da ocorrência de um 
fato gerador e independe de providência da autoridade fiscal 
para ser exigida. 
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a) V, V, V. 
b) F, V, F. 
c) F, F, F. 
d) V, F, V. 
e) V, F, V. 
A resposta é a letra “c” (F, F, F). 
A primeira alternativa é falsa, uma vez que quando a lei se 
refere à obrigação tributária acessória, ela quer se referir aos 
procedimentos exigidos do contribuinte para assegurar a melhor 
fiscalização do pagamento. E não obrigação tributária principal como 
diz a questão. 
A segunda alternativa é falsa, eis que a multa não pode ser 
considerada espécie do gênero tributo, já que está abrangida, pelo 
Código Tributário Nacional, no conceito de “obrigação tributária 
principal”. O art. 3°, do CTN, define que tributo não constitui sanção 
de ato ilícito. 
A terceira alternativa é falsa também, sendo assunto a ser 
tratado na aula sobre crédito e lançamento tributário. Mas já 
adiantando um pouco, a obrigação tributária acessória e também a 
obrigação principal apenas torna-se líquida e exigível pela consti-
tuição do crédito tributário através do lançamento tributário feito pela 
autoridade administrativa competente, conforme o art. 142 do CTN. 
2. (AFTN/98/ESAF) A multa por descumprimento de obrigação 
acessória relativa ao imposto de renda 
a) tem a natureza de tributo, por converter-se em obrigação 
tributária principal o descumprimento de obrigação acessória. 
b) tem a natureza de imposto, porque sua natureza específica 
é dada pelo respectivo fato gerador. 
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c) não tem a natureza de tributo, mas a de uma obrigação 
tributária acessória. 
d) não tem natureza tributária porque a penalidade por 
descumprimento de obrigação acessória é de caráter 
administrativo. 
e) não tem a natureza de tributo por constituir sanção de ato 
ilícito. 
A resposta é a letra “e”. A multa por descumprimento de 
obrigação acessória relativa ao imposto de renda não tem a natureza 
de tributo por constituir sanção de ato ilícito. O art. 3°, do CTN, 
dispõe que tributo não constitui sanção de ato ilícito. 
3.(TRF/2005/ESAF) Sobre a obrigação tributária acessória, 
é incorreto afirmar-se que 
a) tem por objeto prestações positivas previstas na legislação 
tributária. 
b) tal como a obrigação principal, supõe, para o seu 
surgimento, a ocorrência de fato gerador. 
c) objetiva dar meios à fiscalização tributária para a 
investigação e o controle do recolhimento de tributos. 
d) sua inobservância converte-se em obrigação principal, 
relativamente a penalidade pecuniária. 
e) realizar matrícula no cadastro de contribuintes, emitir nota 
fiscal e apresentar declarações ao Fisco constituem, entre 
outros, alguns exemplos. 
A resposta é a letra “a”. 
O examinador da ESAF entendeu que a primeira assertiva 
(letra “a”) estava incompleta, dizendo que a obrigação tributária 
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acessória tem por objeto prestações positivas previstas na legislação 
tributária. 
Na verdade, a obrigação tributária acessória tem por objeto 
prestações positivas (fazer) e negativas (não fazer ou tolerar), 
previstas na legislação tributária, no interesse da arrecadação ou da 
fiscalização dos tributos. 
A letra “b” foi considerada verdadeira, eis que o examinador 
compreendeu que a obrigação tributária acessória tal como a 
obrigação principal, supõe, para o seu surgimento, a ocorrência de 
fato gerador. Vamos estudar fato gerador no próximo item desta 
aula. 
A letra “c” é verdadeira, pois a obrigação tributária acessória 
objetiva dar meios à fiscalização tributária para a investigação e o 
controle do recolhimento de tributos. 
A letra “d” é verdadeira, porque inobservância da obrigação 
tributária acessória converte-se em obrigação principal, relativamente 
a penalidade pecuniária. 
A letra “e” é verdadeira, porque são exemplos de obrigação 
tributária acessória a realização de matrícula no cadastro de 
contribuintes, a emissão de nota fiscal e a apresentação de 
declarações ao Fisco. 
4. (AFRF/2002-1/ESAF) Avalie as afirmações abaixo e marque 
a opção que corresponda, na devida ordem, ao acerto ou erro 
de cada uma (V ou F, respectivamente). 
1. Multa decorrente de obrigação acessória constitui obrigação 
principal. 
2. Se a lei impõe a determinados sujeitos que não façam 
alguma coisa, está a impor-lhes uma obrigação tributária 
acessória. 
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3. Quando um sujeito passivo não está sujeito ao imposto, 
mas apenas a prestar informações ao fisco sobre matéria de 
interesse da fiscalização, esta é sua obrigação tributária 
principal. 
a) V, V, V 
b) V, V, F 
c) V, F, F 
d) F, F, F 
e) F, F, V 
A resposta é a letra “c” (V, F, F). 
O primeiro item é verdadeiro, pois a multa decorrente de 
obrigação acessória constitui obrigação principal. 
Como eu disse na aula, quando o contribuinte descumpre o 
dever de realizar a declaração de rendimentos (exemplo de obrigação 
acessória) faz surgir uma obrigação principal, que é o dever de pagar 
a multa fiscal. 
Deste modo, é verdadeira a assertiva afirmando que no direito 
tributário a multa originada do descumprimento da obrigação 
acessória equivale a uma obrigação principal. 
 O segundo item é falso, pois a afirmativa é incompleta. Se a 
lei impõe a determinados sujeitos que não façam alguma coisa, está 
a impor-lhes uma obrigação tributária acessória ou qualquer outro 
tipo de obrigação, que não necessariamente serátributária, podendo 
ser civil, penal, comercial, trabalhista etc. Faltou o item enunciar que 
deve ser no interesse da arrecadação ou da fiscalização dos 
tributos. 
O terceiro item é falso, porque quando um sujeito passivo não 
está sujeito ao imposto, mas apenas a prestar informações ao fisco 
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sobre matéria de interesse da fiscalização, esta é sua obrigação 
tributária acessória e não principal. 
5. (ESAF/AFRFB/2010) Sobre a obrigação tributária 
principal e acessória e sobre o fato gerador do tributo, 
assinale a opção correta. 
a) Segundo o Código Tributário Nacional, a obrigação de 
pagar multas e juros tributários constitui-se como obrigação 
acessória. 
b) A obrigação acessória, quando não observada, converte-
se em obrigação principal somente em relação à penalidade 
pecuniária. 
c) A existência de uma obrigação tributária acessória 
pressupõe a existência de uma obrigação tributária 
principal. 
d) A instituição de obrigação acessória, com a finalidade de 
dar cumprimento à obrigação principal, deve atenção ao 
princípio da estrita legalidade. 
e) No Sistema Tributário Nacional, admite-se que a 
obrigação de fazer, em situações específicas, seja 
considerada obrigação tributária principal. 
Letra (A). A obrigação de pagar multas e juros tributários 
constitui-se como obrigação tributária principal (art. 113, §1°, CTN). 
Logo, incorreta. 
Letra (B). A obrigação acessória, pelo simples fato da sua 
inobservância, converte-se em obrigação principal relativamente à 
penalidade pecuniária (art. 113, §3°, CTN). Isto significa, noutras 
palavras, que quando o contribuinte descumpre o dever de realizar a 
declaração de rendimentos (obrigação acessória) faz surgir uma 
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obrigação principal, que é o dever de pagar a multa fiscal. Logo, 
correta. 
Letra (C). A obrigação tributária acessória é autônoma em 
relação à obrigação tributária principal. Mesmo que o contribuinte não 
esteja obrigado a cumprir a obrigação principal, a acessória subsiste. 
Logo, incorreta. 
Letra (D). A obrigação acessória decorre da legislação tributária 
(art. 113, §2º, CTN). Decerto, a legislação tributária compreende não 
somente as leis (inclusive tratados e convenções internacionais), 
como também os decretos e as normas complementares que versem, 
no todo ou em parte, sobre tributos e relações jurídicas a eles 
pertinentes (art. 96 do CTN). Logo, incorreta. 
Letra (E). A obrigação tributária acessória significa obrigação de 
fazer (positiva) ou não fazer (negativa), despida de qualquer cunho 
pecuniário. E a obrigação principalé a prestação representante do ato 
de pagar (tributo ou multa). Portanto, a obrigação principaléuma 
obrigação de dar, com cunho pecuniário (dinheiro), e não obrigação 
de fazer. Logo, incorreta. 
6. (ESAF/AFTN) A obrigação que tem por objeto o pagamento 
de multa é chamada de obrigação _______________ . 
_______________ dessa obrigação é a situação definida em 
lei como necessária e suficiente à ocorrência desta. A validade 
jurídica dos atos efetivamente praticados não interessa na 
interpretação de norma definidora _______________ . 
Escolha a opção que contenha as palavras que, correta e 
respectivamente, preencham o sentido dos períodos acima. 
a) principal / O fato gerador / do fato gerador 
b) impositiva / O efeito / do lançamento 
c) penal / O lançamento / da cobrança 
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d) sancionatória / O fato gerador / da condição suspensiva 
e) punitiva / A fonte / da outorga de isenção 
A resposta é a letra “a”, pois a obrigação que tem por objeto o 
pagamento de multa é chamada de obrigação principal (art. 113, 
§1°, do CTN). 
O fato gerador dessa obrigação é a situação definida em lei 
como necessária e suficiente à ocorrência desta (art. 114, do 
CTN). 
A validade jurídica dos atos efetivamente praticados não 
interessa na interpretação de norma definidora dofato gerador (art. 
118, inc. I, do CTN). 
7.(ESAF/AFRF/2005) Leia cada um dos assertos abaixo e 
assinale (V) ou (F), conforme seja verdadeiro ou falso. Depois, 
marque a opção que contenha a exata seqüência. 
( ) A situação definida em lei, desde que necessária para o 
nascimento da obrigação tributária principal é o seu fato 
gerador. 
( ) Qualquer situação que, na forma da legislação aplicável, 
impõe a prática de um ato que não tenha por objeto o 
pagamento de tributo ou multa, é obrigação tributária 
acessória. 
( ) Atos ou negócios jurídicos praticados com a finalidade de 
encobrir a ocorrência do fato gerador do tributo ou a natureza 
dos elementos constitutivos da obrigação tributária, desde que 
legítimos perante a legislação civil, não podem ser 
desconsiderados pela autoridade tributária. 
a) V VV 
b) F V V 
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c) F FF 
d) F F V 
e) V F V 
A resposta é a letra “c” (F, F, F). 
O primeiro item é falso, porque o fato gerador da obrigação 
principal é a situação definida em lei como necessária e suficiente à 
sua ocorrência. Faltou no item suficiente. É o detalhe do detalhe 
fazendo a diferença. 
O segundo item é falso, porque a não équalquer situação
que, na forma da legislação aplicável, impõe a prática de um ato que 
não tenha por objeto o pagamento de tributo ou multa, é obrigação 
tributária acessória. Esta decorre da legislação tributária e tem por 
objeto as prestações, positivas ou negativas, nela previstas no 
interesse da arrecadação ou da fiscalização dos tributos. 
O terceiro item é falso, porque diz que atos ou negócios 
jurídicos praticados com a finalidade de encobrir a ocorrência do fato 
gerador do tributo ou a natureza dos elementos constitutivos da 
obrigação tributária, desde que legítimos perante a legislação 
civil, não podem ser desconsiderados pela autoridade 
tributária. 
O art. 116, parágrafo único, do CTN é claríssimo: “A 
autoridade administrativa poderá desconsiderar atos ou negócios 
jurídicos praticados com a finalidade de dissimular a ocorrência do 
fato gerador do tributo ou a natureza dos elementos constitutivos da 
obrigação tributária, observados os procedimentos a serem 
estabelecidos em lei ordinária”. 
8. (ESAF/AFTE/RN/2005/adaptada) Marque a resposta 
correta, considerando as formulações abaixo. 
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I – A definição legal do fato gerador deve ser verificada 
independentemente da validade jurídica dos atos praticados. 
II - A obrigação tributária acessória, pelo simples fato da sua 
inobservância, converte-se em obrigação principal 
relativamente à penalidade não pecuniária. 
III - O Código Tributário Nacional não permite a tributação de 
rendas provenientes de atividades ilícitas. 
IV - De acordo com o Código Tributário Nacional, cabe 
exclusivamente à autoridade judicial competente 
desconsiderar, em decisão fundamentada, os atos ou negócios 
jurídicos praticados com a finalidade de dissimular a natureza 
dos elementos constitutivos da obrigação tributária. 
a) Somente I é verdadeira. 
b) Somente I e II são verdadeiras. 
c) SomenteI, II e III são verdadeiras. 
d) Somente II, III e IV são verdadeiras. 
e) Somente III e IV são verdadeiras. 
A resposta é letra “a”. Somente I é verdadeira. 
O primeiro item é verdadeiro, porque a definição legal do fato 
gerador independe da validade jurídica dos atos efetivamente 
praticados pelos contribuintes, responsáveis, ou terceiros, bem como 
da natureza do seu objeto ou dos seus efeitos; 
O segundo item é falso, porque a obrigação tributária 
acessória, pelo simples fato da sua inobservância, converte-se em 
obrigação principal relativamente à penalidade pecuniária. E a 
questão dispõe de forma errada que é “não pecuniária”. 
O terceiro item é falso, porque o Código Tributário Nacional 
(CTN) permite a tributação de rendas provenientes de atividades 
ilícitas, como demonstrado nesta aula. 
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O quarto item é falso, porque o Código Tributário Nacional não 
estabelece que cabe exclusivamente à autoridade judicial
competente desconsiderar, os atos ou negócios jurídicos praticados 
com a finalidade de dissimular a natureza dos elementos constitutivos 
da obrigação tributária, mas sim a autoridade administrativa 
observados os procedimentos a serem estabelecidos em lei ordinária. 
9.(ESAF/IRB/2006) Assinale a alternativa correta. 
a) A validade jurídica dos atos efetivamente praticados pelo 
sujeito passivo é um dos elementos que devem ser 
considerados na interpretação da definição legal do fato 
gerador. 
b) a autoridade administrativa poderá desconsiderar atos ou 
negócios jurídicos praticados com a finalidade de dissimular a 
ocorrência do fato gerador do tributo ou dos elementos 
constitutivos da obrigação tributária, observados os 
procedimentos do Código Tributário Nacional. 
c) A definição legal do fato gerador não pode ser verificada se 
for abstraída a validade jurídica dos atos praticados. 
d) uma vez verificado o nascimento da obrigação tributária, 
com a realização do fato gerador, o sujeito passivo torna-se 
imediatamente compelível ao pagamento do tributo 
pertinente, sendo desnecessária a prática de quaisquer atos 
formais por parte do sujeito ativo, em quaisquer hipóteses. 
e) O Código Tributário Nacional admite que a autoridade 
administrativa, desde que observados os procedimentos a 
serem estabelecidos em lei ordinária, desconsidere atos ou 
negócios jurídicos praticados com a finalidade de dissimular a 
ocorrência do fato gerador do tributo ou a natureza dos 
elementos constitutivos da obrigação tributária. 
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A resposta é letra “e”, segundo o art. 116, parágrafo único, do 
CTN. 
A letra “a” é incorreta, uma vez que a validade jurídica dos 
atos efetivamente praticados pelo sujeito passivo não devem ser 
considerados na interpretação da definição legal do fato gerador. 
A letra “b” é incorreta, uma vez que a autoridade 
administrativa poderá desconsiderar atos ou negócios jurídicos 
praticados com a finalidade de dissimular a ocorrência do fato 
gerador do tributo ou dos elementos constitutivos da obrigação 
tributária, observados os procedimentos a serem estabelecidos em lei 
ordinária e não no Código Tributário Nacional (lei complementar). 
A letra “c” é incorreta, uma vez que a definição legal do fato 
gerador pode ser verificada se for abstraída a validade jurídica dos 
atos praticados. 
A letra “d” é incorreta (assunto da aula de lançamento 
tributário), pois a obrigação tributária apenas torna-se líquida e 
exigível pela constituição do crédito tributário através do lançamento 
tributário feito pela autoridade administrativa competente, conforme 
o art. 142 do CTN, e não com a realização do fato gerador. 
10. (ESAF/AFRF/2003) Avalie o acerto das afirmações adiante 
e marque com V as verdadeiras e com F as falsas; em 
seguida, marque a opção correta. 
( ) Salvo disposição de lei em contrário, considera-se ocorrido 
o fato gerador e existentes os seus efeitos, tratando-se de 
situação jurídica, desde o momento em que se verifiquem as 
circunstâncias materiais necessárias a que produza os efeitos 
que normalmente lhe são próprios. 
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( ) A autoridade administrativa poderá desconsiderar atos ou 
negócios jurídicos praticados com a finalidade de dissimular a 
ocorrência do fato gerador do tributo ou a natureza dos 
elementos constitutivos da obrigação tributária, observados os 
procedimentos a serem estabelecidos em lei ordinária. 
( ) Quando o fato gerador da obrigação tributária é um 
negócio jurídico sob condição suspensiva, considera-se nascida 
a obrigação desde o momento em que se verificar a condição. 
a) F, V, V. 
b) F, F, V. 
c) F, F, F. 
d) V, V, F. 
e) V, F, F. 
 
A resposta é letra “a” (F,V,V). 
O primeiro item é falso, porque, salvo disposição de lei em 
contrário, considera-se ocorrido o fato gerador e existentes os seus 
efeitos, tratando-se de situação jurídica, desde o momento em que 
esteja definitivamente constituída, nos termos de direito 
aplicável (art. 116, inc. II, do CTN). 
O segundo item é verdadeiro, porque a autoridade 
administrativa poderá desconsiderar atos ou negócios jurídicos 
praticados com a finalidade de dissimular a ocorrência do fato 
gerador do tributo ou a natureza dos elementos constitutivos da 
obrigação tributária, observados os procedimentos a serem 
estabelecidos em lei ordinária (art. 116, par. Único, do CTN). 
O terceiro item é verdadeiro, porque quando o fato gerador da 
obrigação tributária é um negócio jurídico sob condição suspensiva, 
considera-se nascida a obrigação desde o momento em que se 
verificar a condição (art. 117, inc. I, do CTN). 
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11.(ESAF/Gestor/MG/2005) Assinale a opção correta. 
a) A obrigação tributária nasce com o lançamento. 
b) A aplicação de multa pelo atraso no pagamento do tributo é 
a única forma de obrigação tributária acessória que a lei pode 
prever. 
c) Segundo o Código Tributário Nacional, a renda obtida com a 
prática do crime de contrabando não pode ser tributada. 
d) O fato gerador é a situação definida em lei como necessária 
e suficiente para que se considere surgida a obrigação 
tributária. 
e) A hipótese de incidência é o fato da vida que gera, diante 
do que dispõe a lei tributária, o dever de pagar o tributo. 
A resposta é letra “d”. É dispositivo literal do CTN. Fato 
gerador da obrigação principal é a situação definida em lei como 
necessária e suficiente à sua ocorrência (art. 114). 
A letra “a” é incorreta, uma vez que a obrigação tributária não 
nasce com o lançamento e sim com o fato gerador. 
A letra “b” é incorreta, uma vez que a obrigação de pagar a 
multa pelo atraso no pagamento do tributo é uma obrigação 
tributária principal. 
 A letra “c” é incorreta, uma vez que a renda obtida com a 
prática do crime de contrabando pode ser tributada. 
A letra “e” é incorreta, pois o fato da vida que gera, diante do 
que dispõe a lei tributária, o dever de pagar o tributo é o fato 
imponível (fato gerador in concreto) e não a hipótese de incidência 
(fato gerador in abstrato). 
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12. (ESAF/AFTE/MG/2005) Considerando o tema 
“obrigação tributária”, marque com (V) a assertiva verdadeira 
e com (F) a falsa, assinalando ao final a opção 
correspondente. 
( ) A obrigação acessória nasce em razão da ocorrência de um 
fato gerador, contudo depende sempre de uma providência a 
ser tomada pela autoridade fiscal. 
() A definição legal do fato gerador deve ser verificada 
independentemente da validade jurídica dos atos praticados. 
( ) O legislador não poderá autorizar a desconsideração dos 
atos ou negócios jurídicos praticados com a finalidade de 
eclipsar a ocorrência do fato gerador do tributo ou a natureza 
dos elementos constitutivos da obrigação tributária, desde que 
observados pelo sujeito passivo as normas próprias do direito 
privado. 
( ) Quando o fato gerador da obrigação tributária é um 
negócio jurídico sob condição suspensiva, considera-se nascida 
a obrigação desde o momento em que se verificar a condição. 
( ) É vedado aos Estados instituírem contribuição de melhoria. 
a) F, V, F, V, F. 
b) F, V, F, V, V. 
c) F, V, V, V, F. 
d) V, F, V, F, V. 
e) V, V, V, V,V. 
A resposta é letra “a” (F, V, F, V, F). 
O primeiro item é falso, porque a obrigação acessória decorre 
da legislação tributária e tem por objeto as prestações, positivas ou 
negativas, nela previstas no interesse da arrecadação ou da 
fiscalização dos tributos. 
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O segundo item é verdadeiro, porque a definição legal do fato 
gerador deve ser verificada independentemente da validade jurídica 
dos atos praticados. 
O terceiro item é falso, porque o legislador poderá autorizar a 
autoridade administrativa poderá desconsiderar atos ou negócios 
jurídicos praticados com a finalidade de dissimular a ocorrência do 
fato gerador do tributo ou a natureza dos elementos constitutivos da 
obrigação tributária. 
O quarto item é verdadeiro, porque quando o fato gerador da 
obrigação tributária é um negócio jurídico sob condição suspensiva, 
considera-se nascida a obrigação desde o momento em que se 
verificar a condição. 
O quinto item é falso, porque não é vedado (proibido) aos 
Estados instituírem contribuição de melhoria. 
13. (ESAF/AFTM/FORTALEZA/2003) Com base em disposições 
expressas do Código Tributário Nacional, avalie as formulações 
seguintes, relativas aos temas obrigação tributária e fato 
gerador, e, ao final, assinale a opção que corresponde à 
resposta correta: 
I. Fato gerador da obrigação tributária principal é a situação 
definida em lei, que impõe a prática ou a abstenção de ato não 
caracterizador de obrigação tributária acessória. 
II. Os efeitos dos fatos efetivamente ocorridos devem ser 
considerados na interpretação da definição legal do fato 
gerador. 
III. Salvo disposição de lei em contrário, considera-se ocorrido 
o fato gerador e existentes os seus efeitos, tratando-se de 
situação jurídica, desde o momento em que se verifiquem as 
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circunstâncias materiais necessárias a que produza os efeitos 
que normalmente lhe são próprios. 
IV. A autoridade administrativa poderá desconsiderar atos ou 
negócios jurídicos praticados com a finalidade de dissimular a 
ocorrência do fato gerador do tributo ou a natureza dos 
elementos constitutivos da obrigação tributária, observados os 
procedimentos a serem estabelecidos em lei ordinária. 
a) Apenas a formulação IV é correta. 
b) Apenas as formulações II e IV são corretas. 
c) Apenas as formulações III e IV são corretas. 
d) Apenas as formulações I, II e III são corretas. 
e) Apenas as formulações II e III são corretas. 
A resposta é letra “a”. Apenas a formulação IV é correta. 
O primeiro item é falso, porque o fato gerador da obrigação 
principal é a situação definida em lei como necessária e suficiente à 
sua ocorrência. 
O segundo item é falso, porque os efeitos dos fatos 
efetivamente ocorridos não devem ser considerados na 
interpretação da definição legal do fato gerador. 
O terceiro item é falso, porque, salvo disposição de lei em 
contrário, considera-se ocorrido o fato gerador e existentes os seus 
efeitos, tratando-se de situação jurídica, desde o momento em que 
esteja definitivamente constituída, nos termos de direito aplicável. 
O quarto item é verdadeiro, porque a autoridade 
administrativa poderá desconsiderar atos ou negócios jurídicos 
praticados com a finalidade de dissimular a ocorrência do fato 
gerador do tributo ou a natureza dos elementos constitutivos da 
obrigação tributária, observados os procedimentos a serem 
estabelecidos em lei ordinária. 
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14. (ESAF/TTN/94) Sendo o fato gerador de um tributo, em 
certo caso, um negócio jurídico condicional, tem-se como 
ocorrido o fato gerador 
a) desde o momento do implemento da condição, se esta for 
suspensiva. 
b) desde o momento da prática do ato ou da celebração do 
negócio, se a condição for suspensiva. 
c) desde o momento da implementação da condição, se esta 
for resolutória. 
d) desde o momento da implementação da celebração do 
negócio, seja a condição resolutória ou suspensiva. 
e) na data da publicação do negócio jurídico condicional. 
A resposta é letra “a”, pois sendo o fato gerador de um 
tributo, em certo caso, um negócio jurídico condicional, tem-se como 
ocorrido o fato gerador desde o momento do implemento da 
condição, se esta for suspensiva. 
15. (ESAF/AFTN/94) O art. 3º do Código Tributário Nacional 
define tributo como uma prestação que não constitua sanção 
de ato ilícito. De tal assertiva podemos inferir que 
a)os rendimentos advindos do jogo do bicho e da exploração 
do lenocínio não são tributáveis, sujeitando-se, contudo, a 
pesadas multas em decorrência da prática de atividade ilícita. 
b)os rendimentos advindos da exploração de lenocínio são 
tributáveis, porquanto não se confunde a atividade ilícita do 
contribuinte com o fato tributário de auferir renda. 
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c)os rendimentos advindos do jogo do bicho e da exploração 
do lenocínio não são tributáveis, em conformidade do que reza 
o princípio do non olet. 
d)as atividades ilícitas não devem ser tributadas, pois de outro 
modo o Estado estará locupletando-se com ações que ele 
mesmo proíbe e, assim, ferindo o princípio da estrita 
legalidade. 
e)atividades ilícitas como a exploração do lenocínio e do jogo 
do bicho podem ser tributadas, posto que a sanção de ato 
ilícito converte-se, pelo simples fato de sua inobservância, em 
obrigação tributária principal. 
A resposta é a letra “b”, porque os rendimentos advindos da 
exploração de lenocínio são tributáveis, porquanto não se confunde a 
atividade ilícita do contribuinte com o fato tributário de auferir renda. 
16. (ESAF/AFTN/96) Analisar as seguintes proposições: 
I - O “fato gerador” de uma multa tributária pode ser um fato 
lícito. 
II - Os rendimentos advindos do jogo do bicho e da exploração 
do lenocínio não são tributáveis, pois trata-se de prática de 
atividade ilícita. 
III - Rendimentos decorrentes de ato ilícito não são 
tributáveis, conforme reza o princípio do non olet. 
a) os três enunciados são falsos.b) os três enunciados são verdadeiros. 
c) o I e II são verdadeiros e o II é falso. 
d) tão-só o III é verdadeiro. 
e) o I e o III são falsos e o II é verdadeiro. 
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A resposta é a letra “a”, porque os três enunciados são falsos. 
O primeiro item é falso, porque o “fato gerador” de uma multa 
tributária é um fato ilícito. 
O segundo é falso, porque os rendimentos advindos do jogo do 
bicho e da exploração do lenocínio são tributáveis, 
independentemente de ser prática de atividade ilícita. 
O terceiro é falso, porque os rendimentos decorrentes de ato 
ilícito são tributáveis, conforme reza o princípio do non olet. 
17.(ESAF/ATA/MF/2009) No que se refere ao fato gerador, 
dispõe o Código Tributário Nacional que 
a) o fato gerador da obrigação principal é situação definida na 
Constituição como indicativa da possibilidade de imposição de 
obrigação de pagar, por parte de ente público que detenha 
competência para fazê-lo. 
b) a autoridade administrativa poderá considerar como 
ocorrido o fato gerador e existentes os seus efeitos, tratando-
se de situação jurídica, desde o momento em que se 
verifiquem as circunstâncias materiais necessárias a que 
produza os efeitos que normalmente lhe são próprios. 
c) o fato gerador da obrigação acessória é situação definida 
em lei complementar, que impõe prática ou abstenção de ato, 
ainda que originariamente este se configure como obrigação 
principal. 
d) a autoridade administrativa deverá considerar como 
ocorrido o fato gerador e existentes os seus efeitos, tratando-
se de situação de fato, desde o momento em que esteja 
definitivamente constituída, nos termos da legislação de 
regência. 
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e) a autoridade administrativa poderá desconsiderar atos ou 
negócios jurídicos praticados com a finalidade de dissimular a 
ocorrência do fato gerador do tributo ou a natureza dos 
elementos constitutivos da obrigação tributária, observados os 
procedimentos a serem estabelecidos em lei ordinária. 
A resposta é a letra “e”, sendo feita com base na literalidade do 
art. 116, parágrafo único, do CTN, incluído pela LC nº 104/2001, a 
saber: “A autoridade administrativa poderá desconsiderar atos ou 
negócios jurídicos praticados com a finalidade de dissimular a 
ocorrência do fato gerador do tributo ou a natureza dos elementos 
constitutivos da obrigação tributária, observados os procedimentos a 
serem estabelecidos em lei ordinária”. 
A letra “a” é falsa, porque se deve considerar para concurso 
público o conceito de fato gerador da obrigação principal disposto no 
art. 114, caput, do CTN, que é a situação definida em lei como 
necessária e suficiente à sua ocorrência. 
A letra “b” é falsa, eis que a autoridade administrativa deverá 
considerar como ocorrido o fato gerador e existentes os seus efeitos, 
tratando-se de situação jurídica, desde o momento em que esteja 
definitivamente constituída, nos termos de direito aplicável
(art. 116, inc. II, do CTN). 
A letra “c” é falsa, porque o fato gerador da obrigação acessória 
é qualquer situação que, na forma da legislação aplicável, impõe a 
prática ou a abstenção de ato que não configure obrigação principal. 
O conceito de legislação aplicável, de acordo com a 
jurisprudência dominante, não é somente lei em sentido estrito 
aprovada pelo Poder Legislativo, mas também as normas 
complementares previstas no art. 100, do CTN. 
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O art. 96 do CTN estabelece que a expressão “legislação 
tributária” compreende as leis, os tratados e as convenções 
internacionais, os decretos e as normas complementares que versem, 
no todo ou em parte, sobre tributos e relações jurídicas a eles 
pertinentes. E o art. 100 do CTN estatui que são normas 
complementares das leis, dos tratados e das convenções 
internacionais e dos decretos: I - os atos normativos expedidos pelas 
autoridades administrativas; II - as decisões dos órgãos singulares 
ou coletivos de jurisdição administrativa, a que a lei atribua eficácia 
normativa; III - as práticas reiteradamente observadas pelas 
autoridades administrativas; IV - os convênios que entre si celebrem 
a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios. 
A letra “d” é falsa, uma vez que a autoridade administrativa 
deverá considerar como ocorrido o fato gerador e existentes os seus 
efeitos, tratando-se de situação de fato, desde o momento em que 
o se verifiquem as circunstâncias materiais necessárias a que 
produza os efeitos que normalmente lhe são próprios (art. 116, 
inc. I, do CTN). 
18.(ESAF/ATA/MF/2009) A obrigação tributária principal: 
a) extingue-se, com o pedido de parcelamento acompanhado 
do recolhimento da primeira prestação. 
b) decorre da legislação tributária e tem por objeto prestações 
positivas ou negativas, nela previstas no interesse da 
arrecadação ou da fiscalização dos tributos. 
c) pelo simples fato de seu não adimplemento suscita imediata 
inscrição em dívida ativa, independentemente de abertura de 
prazo para impugnação do lançamento, por parte do 
interessado. 
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d) surge com a ocorrência do fato gerador e tem por objeto o 
pagamento do tributo ou penalidade pecuniária. 
e) suspende-se, com o devido lançamento, nas três 
modalidades previstas pelo Código Tributário Nacional. 
A resposta é a letra “d”, uma vez que a obrigação tributária 
principal surge com a ocorrência do fato gerador, tem por objeto o 
pagamento de tributo ou penalidade pecuniária e extingue-se 
juntamente com o crédito dela decorrente, de acordo com o art. 113, 
§1°, do CTN. 
A letra “a” é falsa, pois o parcelamento é forma de suspensão 
do crédito tributário. São causas de suspensão da exigibilidade do 
crédito tributário: (i) Moratória; (ii) Depósito do seu montante 
integral; (iii) Reclamações e os recursos, nos termos das leis 
reguladoras do processo tributário administrativo; (iv) Concessão de 
medida liminar em mandado de segurança; (v) Concessão de medida 
liminar ou de tutela antecipada, em outras espécies de ação judicial; 
(vi) Parcelamento (art. 151, incs. I a VI). 
Nesse rumo, a letra “e” também é falsa. A letra “b” é falsa, uma 
vez que traz o conceito de obrigação tributária acessória, conforme o 
art. 113, §2°, do CTN. 
A letra “c” é falsa, eis que existe toda uma relação jurídico-
tributária ou uma sequência ordenada de acontecimentos no direito 
tributário, sendo que a inscrição em dívida ativa não é imediata ou 
automática. Primeiro, existe a hipótese de incidência ou o fato 
gerador in abstrato. Depois, ocorre o fato imponível ou o fato gerador 
in concreto. Daí surge à obrigação tributária, que, com o lançamento 
tributário, transforma-se em crédito tributário. A seguir, caso o 
crédito tributário não esteja suspenso ou extinto, ocorre a inscrição 
em dívida ativa pelas respectivas procuradorias judiciais, extraindo-se 
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a Certidão de Dívida Ativa (CDA) e se promove a ação de execução 
fiscal. 
19. (ESAF/APO/União/2010) A lei que veicula a normatributária impositiva deverá conter os aspectos 
indispensáveis para que se possa determinar o surgimento e 
o conteúdo da obrigação tributária. Sobre esta, analise os 
itens a seguir, classificando-os como falsos ou verdadeiros. 
Depois escolha a opção que seja adequada às suas 
respostas. 
I. O aspecto material da norma tributária diz respeito à 
situação geradora da obrigação tributária; 
II. O aspecto espacial da norma tributária corresponde ao 
território da pessoa política tributante; 
III. O aspecto temporal da norma tributária diz respeito ao 
momento em que se deve considerar ocorrida a situação 
geradora da obrigação tributária; 
IV. O aspecto pessoal da norma tributária diz respeito à 
pessoa em favor de quem a obrigação tributária deva ser 
cumprida; e 
V. O aspecto quantitativo da norma tributária se refere ao 
montante devido na obrigação tributária. 
a) Todos os itens estão corretos. 
b) Estão corretos apenas os itens I, II e IV. 
c) Estão corretos apenas os itens I, II, IV e V. 
d) Estão corretos apenas os itens II, IV e V. 
e) Estão corretos apenas os itens III, IV e V. 
Esta questão é inovadora e a ESAF pela primeira vez cobrou os 
aspectos da hipótese de incidência tributária. 
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ITEM I. O aspecto material corresponde ao fato ou estado de 
fato descrito na norma tributária como ensejador da relação jurídico-
tributária. Por exemplo, “prestar serviços”, “auferir renda”, “importar 
mercadoria”, “exportar mercadoria”, “industrializar produtos”, 
“possuir propriedade de veículo automotor”, “possuir propriedade 
imóvel”, dentre outros. Logo, correta. 
ITEM II. O aspecto espacial da norma tributária diz respeito ao 
limite territorial da incidência tributária, ou seja, refere-se ao lugar 
onde ocorre o fato gerador do tributo. Logo, correta. 
ITEM III. O aspecto temporal da norma tributária delimita a 
incidência tributária no tempo, isto é, é o momento em que a lei 
tributária reputar como consumado o fato gerador da obrigação. 
Portanto, correta. 
ITEM IV. O aspecto pessoal diz respeito ao sujeito ativo (quem 
cobra o tributo) e ao sujeito passivo (quem deve recolher o tributo) 
da norma tributária. Assim, o enunciado do item é incompleto, pois 
apenas se refere ao sujeito ativo. Todavia, foi considerado correto 
pelo examinador. 
ITEM V. O aspecto quantitativo da norma tributária estabelece a 
quantia devida (quantum debeatur) na obrigação tributária. Assim, 
em regra, a definição do aspecto quantitativo ocorre pela simples 
operação de multiplicação da base de cálculo pela alíquota (BC x AL) 
do tributo. Por exemplo, no imposto sobre serviços de qualquer 
natureza (ISSQN) de competência municipal e distrital, em geral, 
aplica-se simplesmente ao valor do serviço a alíquota que oscila entre 
2% a 5%. Logo, correta. 
Em face do exposto, a alternativa considerada correta pelo 
examinador é a letra “a”. 
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20. (AFTN/94/ESAF) As convenções particulares relativas à 
responsabilidade pelo pagamento de tributos, podem ser 
opostas à Fazenda Pública, para modificar a definição legal 
do sujeito passivo das obrigações tributárias 
correspondentes, 
a) desde que autorizadas por ato administrativo 
devidamente fundamentado. 
b) quando se tratar de taxas ou contribuições, excluindo-se 
dessa possibilidade os impostos. 
c) sempre que formalizadas por escrito, na presença de 
duas testemunhas. 
d) desde que haja disposição de lei neste sentido. 
e) quando não se tratar de responsabilidade por infração. 
A resposta é a letra “d”, de acordo com o art. 123 do CTN, 
dispondo que: salvo disposições de lei em contrário, as convenções 
particulares, relativas à responsabilidade pelo pagamento de tributos, 
não podem ser opostas à Fazenda Pública, para modificar a definição 
legal do sujeito passivo das obrigações tributárias correspondentes. 
Assim sendo, em regra, as convenções particulares não podem 
ser opostas ao Fisco para modificar o sujeito passivo da relação 
tributária, eis que tais convenções podem ser realizadas, mas só 
operam efeitos entres as partes contratantes (efeito inter partes), no 
âmbito do Direito Privado, e não no âmbito do direito tributário onde 
se obedece ao princípio da legalidade. 
Por exemplo, no contrato de locação, a obrigação de pagar o 
IPTU pode ser atribuída ao locatário. 
Entretanto, tal convenção é irrelevante para o Fisco, que exigirá 
o pagamento do imposto do sujeito passivo eleito pela lei, qual seja, 
o proprietário (o locador). Este, se quiser, pode acionar o locatário, 
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em ação regressiva não tributária, na tentativa de reaver o que 
antecipou ao Fisco. 
Noutro exemplo, o acordo entre empregado e empregador para 
que este não retenha o imposto de renda pessoa física (IRPF) não 
tem valor legal algum perante o Fisco. 
Trazemos à colação a seguinte decisão bem explicativa do art. 
123 do CTN, a saber: “Nem mesmo o contrato de locação, no qual é 
atribuída ao locatário a responsabilidade pela quitação dos tributos 
inerentes ao imóvel, tem o condão de alterar o sujeito passivo da 
obrigação tributária, consoante dispõe o art. 123 do CTN.” (STJ, 
757897/RJ) 
21. (AFRF/2000/ESAF) O Código Tributário Nacional chama 
de ______(1)_______ quem tenha relação pessoal e direta 
com a situação que constitua o fato gerador da obrigação 
tributária principal, e de ______(2)______ quem, sem 
revestir aquela condição, tenha obrigação decorrente de 
disposição expressa de lei. Em ambos os casos, recebe o 
nome de ______(3)______ da obrigação tributária principal. 
a) (1) obrigado, (2) contribuinte legal e (3) co-obrigado. 
b) (1) contribuinte, (2) responsável, (3) sujeito passivo. 
c) (1) sujeito passivo, (2) responsável ex lege, (3) devedor. 
d) (1) sujeito passivo, (2) devedor solidário, (3) sub-
rogado. 
e) (1) sujeito passivo, (2) responsável, (3) contribuinte. 
A resposta é a letra “b”, de acordo com o art. 121 do CTN. 
O CTN chama de contribuinte quem tenha relação pessoal e 
direta com a situação que constitua o fato gerador da obrigação 
tributária principal, e de responsável quem, sem revestir aquela 
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condição, tenha obrigação decorrente de disposição expressa de lei. 
Em ambos os casos, recebe o nome de sujeito passivo da obrigação 
tributária principal. 
Vejamos o art. 121 do CTN: “Sujeito passivo da obrigação 
principal é a pessoa obrigada ao pagamento de tributo ou penalidade 
pecuniária. Parágrafo único. O sujeito passivo da obrigação principal 
diz-se: I - contribuinte, quando tenha relação pessoal e direta com a 
situação que constitua o respectivo fato gerador; II - responsável, 
quando, sem revestir a condição de contribuinte, sua obrigação 
decorra de disposição expressa de lei”. 
22. (ESAF/Agente Tributário Estadual de MS/2001)É sujeito 
passivo da obrigação tributária acessória: 
a) pessoa que tenha interesse comum na situação que 
constitua seu fato gerador. 
b) pessoa obrigada às prestações que constituam seu 
objeto. 
c) pessoa obrigada ao pagamento de penalidade pecuniária. 
d) pessoa considerada responsável por disposição legal. 
e) pessoa obrigada aopagamento do montante do tributo 
devido. 
A resposta é a letra “b”, segundo o art. 122 do CTN: é sujeito 
passivo da obrigação tributária acessória pessoa obrigada às 
prestações que constituam seu objeto. 
23. (TRF/2003/ESAF/Adaptada) Assinale a opção incorreta. 
a) Os atos normativos, as decisões dos órgãos de jurisdição 
administrativa com eficácia normativa, os convênios e os 
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decretos são normas complementares das leis, tratados e 
convenções internacionais que versem sobre tributos. 
b) Ressalvadas as exceções constitucionais, os tributos não 
podem ser cobrados no mesmo exercício financeiro em que 
foi publicado o ato legal que os criou ou majorou. 
c) As leis tributárias não podem alterar a definição, o 
conteúdo e o alcance de conceitos, institutos e formas de 
direito privado, utilizados para definir ou limitar 
competências tributárias, expressa ou implicitamente. 
d) Cada uma das pessoas que tenham interesse comum na 
situação que constitua o fato gerador da obrigação principal 
responde por todo o débito tributário, aproveitando aos 
demais o pagamento que for feito. 
e) O Código Tributário Nacional diz o que se considera 
domicílio tributário, podendo a autoridade administrativa 
recusar o domicílio tributário escolhido pelo contribuinte 
quando dificulte ou impossibilite a arrecadação ou 
fiscalização. 
A letra “a” é incorreta, pois os atos normativos, as decisões dos 
órgãos de jurisdição administrativa com eficácia normativa, os 
convênios e as práticas reiteradamente observadas pelas autoridades 
administrativas são normas complementares das leis, tratados e 
convenções internacionais e dos decretos (CTN, art. 100, I a IV). 
A letra “b” é correta, pois, ressalvadas as exceções 
constitucionais (CF, art. 150, §1°), os tributos não podem ser 
cobrados no mesmo exercício financeiro em que foi publicado o ato 
legal que os criou ou majorou. 
A letra “c” é correta, eis que as leis tributárias não podem 
alterar a definição, o conteúdo e o alcance de conceitos, institutos e 
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formas de direito privado, utilizados para definir ou limitar 
competências tributárias, expressa ou implicitamente, de acordo com 
o art. 110 do CTN. 
A letra “d” é correta, uma vez que cada uma das pessoas que 
tenham interesse comum na situação que constitua o fato gerador da 
obrigação principal responde por todo o débito tributário, 
aproveitando aos demais o pagamento que for feito, de acordo com 
os arts. 124, I c/c 125, I, do CTN. 
A letra “e” é correta, eis que o CTN diz o que se considera 
domicílio tributário, podendo a autoridade administrativa recusar o 
domicílio tributário escolhido pelo contribuinte quando dificulte ou 
impossibilite a arrecadação ou fiscalização, de acordo com art. 127, 
§2°, do CTN. 
24. (AFTN/94/ESAF) Duas pessoas têm a compropriedade 
desigual de um imóvel urbano. Sob o ponto de vista do 
IPTU, pode-se afirmar que seu pagamento é da 
responsabilidade 
a) de ambos, proporcionalmente à participação de cada 
qual. 
b) do titular do imóvel, que se tiver inscrito como tal. 
c) principal do proprietário da quota majoritária e 
subsidiária do outro. 
d) de ambos, podendo ser exigida de cada um deles a dívida 
toda. 
e) solidária de ambos, cabendo porém para o minoritário o 
benefício de ordem. 
É o caso de solidariedade passiva denominada de natural, 
podendo-se afirmar que o pagamento do IPTU é da 
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responsabilidadede ambos, podendo ser exigida de cada um deles a 
dívida toda, conforme o art. 124, I, do CTN. 
A solidariedade naturalacontece entre pessoas que tenham 
interesse comum na situação que constitua o fato gerador da 
obrigação tributária. 
Por exemplo, vários irmãos como co-proprietários de um imóvel 
quanto ao IPTU; ou o pagamento de IPTU pertencente a um casal, 
em que ambos são proprietários do bem. Portanto, é a letra “d”. 
25. (AFRF/2002.2/ESAF) Assinale a opção errada entre as 
relacionadas abaixo. Salvo disposição de lei em contrário, 
são os seguintes os efeitos da solidariedade tributária: 
a) o pagamento efetuado por um dos obrigados aproveita 
aos demais. 
b) a isenção ou remissão de crédito exonera todos os 
obrigados, salvo se outorgada pessoalmente a um deles, 
subsistindo, nesse caso, a solidariedade quanto aos demais 
pelo saldo. 
c) a interrupção da prescrição, em favor de um dos 
obrigados, favorece aos demais. 
d) a interrupção da prescrição, contra um dos obrigados, 
prejudica aos demais. 
e) ao demandado assiste o direito de apontar o devedor 
originário para solver o débito e assim exonerar-se. 
Com efeito, salvo disposição de lei em contrário, os efeitos da 
solidariedade são os seguintes: (i)o pagamento efetuado por um 
dos obrigados aproveita aos demais; (ii)a isenção ou remissão 
de crédito exonera todos os obrigados, salvo se outorgada 
pessoalmente a um deles, subsistindo, nesse caso, a 
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solidariedade quanto aos demais pelo saldo; (iii)a interrupção 
da prescrição, em favor ou contra um dos obrigados, favorece ou 
prejudica aos demais. 
Preste atenção: o art. 124 do CTN dispõe que são 
solidariamente obrigadas (i) as pessoas que tenham interesse 
comum na situação que constitua o fato gerador da obrigação 
principal ou (ii) as pessoas expressamente designadas por lei. 
Assim sendo, a alternativa errada é a letra “e”, pois não pode o 
demandado apontar o devedor originário para solver o débito e assim 
exonerar-se, eis que a solidariedade passiva tributária não comporta 
benefício de ordem (CTN, art. 124, parágrafo único). 
Com efeito, solidariedade tributária passiva não comporta 
benefício de ordem, podendo o Fisco escolher que um dos devedores 
responda pelo cumprimento total da obrigação tributária, não 
observando qualquer ordem de vocação. 
Deste modo, não fica o Fisco adstrito a uma ordem de 
preferência, não podendo os co-obrigados invocar “beneficio de 
ordem”, a fim de que sejam executados, em primeiro lugar, os bens 
de um suposto devedor, como acontece em situações reguladas no 
direito civil. 
26. (FTE/PA/2002/ESAF) Relativamente aos efeitos da 
solidariedade tributária passiva, é correto afirmar que 
a) o pagamento feito por apenas um dos obrigados não 
aproveita aos demais. 
b) a isenção objetiva aproveita a todos. 
c) a remissão concedida pessoalmente a um dos obrigados 
aproveita aos demais. 
d) a interrupção da prescrição contra um dos coobrigados 
atinge a todos os demais. 
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e) não se aplicam aos responsáveis tributários. 
Conforme estudamos na questão anterior, a resposta certa é a 
“b”, eis que a isenção objetiva (referente a determinado objeto, por 
exemplo, determinada propriedade imobiliária) aproveita a todos e 
não a isenção subjetiva (referente a pessoa). 
27. (ATN/Recife/2003/ESAF) Estabelece o Código Tributário 
Nacional que, salvo disposição de lei em contrário, a 
solidariedade tributária produz o seguinte efeito, entre 
outros: 
a) a interrupção da decadênciado direito de a Fazenda 
Pública constituir o crédito tributário, em favor ou contra um 
dos obrigados, favorece ou prejudica aos demais. 
b) a isenção ou anistia de crédito tributário, concedida em 
caráter geral, exonera todos os obrigados, mas se concedida 
pessoalmente a um deles, a solidariedade subsiste, quanto 
aos demais, pelo saldo. 
c) o pagamento efetuado por um dos obrigados não 
aproveita aos demais. 
d) a isenção ou remissão de crédito tributário exonera todos 
os obrigados, salvo se outorgada pessoalmente a um deles, 
subsistindo, nesse caso, a solidariedade quanto aos demais 
pelo saldo. 
e) não liquidado, no prazo legal, o crédito tributário da 
Fazenda Pública, o co-devedor que for prejudicado, em 
virtude da omissão do sujeito passivo principal no 
cumprimento da obrigação tributária, fará jus ao benefício 
de ordem. 
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De acordo com o art. 125 do CTN, salvo disposição de lei em 
contrário, os efeitos da solidariedade são os seguintes: (i)o 
pagamento efetuado por um dos obrigados aproveita aos 
demais; (ii)a isenção ou remissão de crédito exonera todos os 
obrigados, salvo se outorgada pessoalmente a um deles, 
subsistindo, nesse caso, a solidariedade quanto aos demais pelo 
saldo; (iii)a interrupção da prescrição, em favor ou contra um 
dos obrigados, favorece ou prejudica aos demais. 
Assim sendo, a resposta é a letra “d”, eis que a isenção ou 
remissão de crédito tributário exonera todos os obrigados, salvo se 
outorgada pessoalmente a um deles, subsistindo, nesse caso, a 
solidariedade quanto aos demais pelo saldo. 
28. (AFRF/2002.1/ESAF) Avalie a correção das afirmações 
abaixo. Atribua a letra V para as verdadeiras e F para as 
falsas. Em seguida, marque a opção que contenha tais 
letras na seqüência correta. 
1. Relativamente ao imposto territorial rural notificado a 
apenas um dos condôminos, o outro condômino está 
excluído de qualquer responsabilidade. 
2. A solidariedade tributária, segundo os princípios gerais 
vigentes em nosso direito, não se presume, pois tem de 
estar prevista em lei. 
3. Normalmente, quando há solidariedade tributária e um 
dos devedores é perdoado por lei, a dívida se reparte pelos 
demais, que respondem pela totalidade. 
a) V, V, V. 
b) V, V, F. 
c) V, F, F. 
d) F, F, F. 
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e) F, V, F. 
O primeiro item é falso, pois o imposto territorial rural (ITR) 
notificado a apenas um dos condôminos, não exclui o outro 
condômino de qualquer responsabilidade. 
No caso, a solidariedade decorre do interesse comum na 
situação que constitua o fato gerador da obrigação principal. 
O segundo item é verdadeiro, pois, a solidariedade tributária, 
segundo os princípios gerais vigentes em nosso direito, não se 
presume, pois tem de estar prevista em lei. É decorrência lógica do 
princípio da legalidade. 
O terceiro item é falso, pois, normalmente, quando há 
solidariedade tributária e um dos devedores é perdoado por lei, tal 
anistia tributária exonera todos os demais obrigados (CTN, art. 125, 
II). 
Portanto, a resposta é a letra “e”. 
29. (AFTE/RN/2005/ESAF) Marque a resposta correta, 
considerando as formulações abaixo. 
I - As pessoas que tenham interesse comum na situação 
que constitua o fato gerador da obrigação principal são 
solidariamente obrigadas. 
II - A obrigação tributária acessória, pelo simples fato da 
sua inobservância, converte-se em obrigação principal 
relativamente à penalidade não pecuniária. 
III - O Código Tributário Nacional não permite a tributação 
de rendas provenientes de atividades ilícitas. 
IV - De acordo com o Código Tributário Nacional, cabe 
exclusivamente à autoridade judicial competente 
desconsiderar, em decisão fundamentada, os atos ou 
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negócios jurídicos praticados com a finalidade de dissimular 
a natureza dos elementos constitutivos da obrigação 
tributária. 
a) Somente I é verdadeira. 
b) Somente I e II são verdadeiras. 
c) Somente I, II e III são verdadeiras. 
d) Somente II, III e IV são verdadeiras. 
e) Somente III e IV são verdadeiras. 
O item I é verdadeiro, pois as pessoas que tenham interesse 
comum na situação que constitua o fato gerador da obrigação 
principal são solidariamente obrigadas, conforme art. 124, I, do CTN. 
O item II é falso, uma vez que a obrigação tributária acessória, 
pelo simples fato da sua inobservância, converte-se em obrigação 
principal relativamente à penalidade pecuniária (CTN, art. 113, 
§3°). 
O item III é falso, porque o CTN permite a tributação de rendas 
provenientes de atividades ilícitas, de acordo com o art. 118, I. 
O item IV é falso, pois, de acordo com o parágrafo único do art. 
116 do CTN, cabe à autoridade administrativa competente 
desconsiderar os atos ou negócios jurídicos praticados com a 
finalidade de dissimular a natureza dos elementos constitutivos da 
obrigação tributária, observados os procedimentos a serem 
estabelecidos em lei ordinária. 
Em face do exposto, a resposta é a letra “a”, pois somente o 
item I é verdadeiro. 
30. (TRF/2000/ESAF) 
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(i) Quando a lei se refere à obrigação tributária principal, ela 
quer se referir aos procedimentos exigidos do contribuinte 
para assegurar a melhor fiscalização do pagamento? 
(ii) O sujeito ativo da obrigação tributária se define como 
aquele que atua no cumprimento da obrigação tributária por 
iniciativa própria, independentemente da ação do fisco? 
(iii) Nos casos de solidariedade, por interesse comum na 
situação que constitua fato gerador da obrigação tributária 
principal, pode o devedor exigir que o credor cobre a dívida 
primeiro do outro responsável? 
a) não, não, não. 
b) sim, sim, sim. 
c) não, não, sim. 
d) não, sim, sim. 
e) sim, não, não. 
A resposta é não ao primeiro item, porque quando a lei se 
refere à obrigação tributária acessória, ela quer se referir aos 
procedimentos exigidos do contribuinte para assegurar a melhor 
fiscalização do pagamento. 
A resposta é não ao segundo item, porque o sujeito ativo da 
obrigação tributária é a pessoa jurídica de direito público, que é 
titular da competência para exigir o seu cumprimento. 
A resposta é não também ao terceiro item. Nos casos de 
solidariedade, por interesse comum na situação que constitua fato 
gerador da obrigação tributária principal, não pode o devedor exigir 
que o credor faça a cobrança da dívida primeiro do outro responsável. 
A solidariedade passiva tributária não comporta benefício de ordem. 
Em face do exposto, a resposta é a letra “a”. 
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31. (AFPS/2002/ESAF) Relativamente ao tema obrigação 
tributária, o Código Tributário Nacional estabelece que, 
salvo disposição de lei em contrário, a solidariedade 
tributária passiva produz o seguinte efeito, entre outros: 
a) a suspensão da prescrição, em favor ou contra um dos 
obrigados, favorece ou prejudica os demais. 
b) o pagamento efetuado por um dos obrigados não 
aproveita aos demais. 
c) a isenção ou anistia do créditotributário exonera todos os 
obrigados, salvo se outorgada pessoalmente a um deles, 
subsistindo, nesse caso, a solidariedade quanto aos demais 
pelo saldo. 
d) a isenção ou remissão de crédito exonera todos os 
obrigados, salvo se outorgada pessoalmente a um deles, 
subsistindo, nesse caso, a solidariedade quanto aos demais 
pelo saldo. 
e) a interrupção da prescrição em favor de um dos 
obrigados não favorece os demais. 
A resposta é a letra “d”, de acordo com o art. 125, II, do CTN, a 
saber: a isenção ou remissão de crédito exonera todos os 
obrigados, salvo se outorgada pessoalmente a um deles, 
subsistindo, nesse caso, a solidariedade quanto aos demais pelo 
saldo. 
32. (ESAF/AFRFB/2010) Sobre a solidariedade e os 
sujeitos da obrigação tributária, com base no Código 
Tributário Nacional, assinale a opção correta. 
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a) O sujeito ativo da obrigação tributária é a pessoa jurídica 
de direito público que detém capacidade ativa, sendo esta 
indelegável. 
b) No pólo ativo da relação jurídico-tributária, 
necessariamente deve figurar pessoa jurídica de direito 
público. 
c) O contribuinte de fato integra a relação jurídico-tributária, 
haja vista possuir relação direta com o fato gerador da 
obrigação. 
d) Em regra, há solidariedade entre o contribuinte de fato e 
o contribuinte de direito, na relação jurídico-tributária. 
e) A solidariedade ativa decorre da situação em que houve 
delegação do poder de arrecadar e fiscalizar tributos. 
Letra (A). A competência tributária é indelegável, mas a 
capacidade tributária ativa é delegável. Assim, o art. 7° do 
CTN dispõe sobre a possibilidade de delegação da capacidade 
tributária ativa, quando estabelece que as atribuições de fiscalizar 
tributos, ou de executar leis, serviços, atos ou decisões 
administrativas em matéria tributária pode ser conferida por uma 
pessoa jurídica de direito público a outra. Logo, incorreta. 
Letra (B). O examinador adotou a interpretação literal do art. 
119 do CTN, estabelecendo que o sujeito ativo da obrigação é a 
pessoa jurídica de direito público, titular da competência para exigir o 
seu cumprimento. Logo, correta. 
Letra (C). O contribuinte de direito (CTN, art. 121, inc. I) é 
aquele que tem relação pessoal e direta com o fato gerador. O 
contribuinte de fato surge apenas nos impostos indiretos (IPI e 
ICMS), sendo aquele que sofre com a repercussão econômica do 
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tributo (em regra, consumidor final) e, em princípio, não integra a 
relação jurídico-tributária. Logo, incorreta. 
Letra (D). A solidariedade decorre de lei e não há previsão legal 
que estabeleça solidariedade entre o contribuinte de fato e o 
contribuinte de direito. Logo, incorreta. 
Letra (E). Inexiste solidariedade ativa no direito tributário, em 
face da rigidez do sistema federativo tributário. Logo, incorreta. 
33. (AFRF/2002.1/ESAF) 
(i) As sociedades sem personalidade jurídica, quando 
demandadas, poderão opor ao fisco a inexistência de sua 
constituição formal? 
(ii) Segundo decorre do Código Tributário Nacional, silvícola, 
enquanto durar sua incapacidade civil, é passível de ter 
capacidade tributária? 
(iii) Certa pessoa dedicada ao comércio ambulante, sem 
endereço fixo, somente encontrado junto à sua banca de 
comércio, poderá ser considerada pela autoridade 
fiscalizadora como sem domicílio fiscal? 
a) Não, Sim, Não. 
b) Sim, Sim, Não. 
c) Sim, Não, Sim. 
d) Não, Não, Não. 
e) Sim, Sim, Sim. 
A resposta do primeiro item é não. 
As sociedades sem personalidade jurídica (sociedades 
irregulares ou sociedades de fato), quando demandadas, não
poderão opor ao fisco a inexistência de sua constituição formal, de 
acordo com inc. III do art. 126 do CTN. 
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A resposta do segundo item é sim, pois, segundo o art. 126, I, 
do CTN, o silvícola (índio), enquanto durar sua incapacidade civil, é 
passível de ter capacidade tributária passiva. 
A resposta do terceiro item é não. 
Certa pessoa dedicada ao comércio ambulante, sem endereço 
fixo, somente encontrado junto à sua banca de comércio, não poderá 
ser considerada pela autoridade fiscalizadora como sem domicílio 
fiscal. 
O art. 127, I, do CTN, dispõe que na falta de eleição, pelo 
contribuinte ou responsável, de domicílio tributário, na forma da 
legislação aplicável, considera-se como tal quanto às pessoas 
naturais, a sua residência habitual, ou, sendo esta incerta ou 
desconhecida, o centro habitual de sua atividade. 
Portanto, a resposta é a letra “a”. 
34. (AFTN/94/ESAF) Suponha que você é consultado a 
respeito de quatro situações fiscais: 
(1ª) um menor de 12 anos de idade herda um grande 
patrimônio; 
(2ª) um pródigo que dissipava todo o seu patrimônio foi 
interditado judicialmente; 
(3º) uma sociedade não chegou a ser formalizada por 
escrito e portanto não tinha seus atos constitutivos 
arquivados na Junta Comercial; 
(4º) uma sociedade de profissionais foi dissolvida por 
decisão judicial, porém continuou suas atividades. Os atos 
dessas quatro pessoas (naturais e jurídicas) geraram 
rendimentos tributáveis. Eles têm capacidade de serem 
sujeitos passivos de obrigações tributárias? 
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a) Apenas os representantes ou assistentes das pessoas 
naturais incapazes são contribuintes: o pai, o tutor, etc. 
b) Sim, todas essas quatro pessoas têm capacidade 
tributária, independentemente de terem ou não capacidade 
civil. 
c) Apenas as duas pessoas jurídicas de fato são 
contribuintes; as pessoas naturais não. 
d) O menor de idade não pode ser contribuinte. Os demais, 
sim. 
e) Nenhuma das quatro pessoas (naturais ou jurídicas) tem 
aptidão para ser sujeito passivo de obrigação tributária. 
A resposta é a letra “b”. 
A capacidade tributária passiva é a aptidão para ser sujeito 
passivo da relação tributária. 
A capacidade tributária passiva independe: 
(i) da capacidade civil das pessoas naturais; 
(ii) de achar-se a pessoa natural sujeita a medidas que 
importem privação ou limitação do exercício de atividades 
civis, comerciais ou profissionais, ou da administração direta 
de seus bens ou negócios; 
(iii) de estar a pessoa jurídica regularmente constituída, 
bastando que configure uma unidade econômica ou 
profissional. 
Ou seja, de acordo com o art. 126, I a III, do CTN, têm 
capacidade de serem sujeitos passivos de obrigações tributárias: 
(i) um menor de 12 anos de idade herda um grande 
patrimônio; 
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(ii) um pródigo (famoso gastador incontrolável) que 
dissipava todo o seu patrimônio foi interditado 
judicialmente; 
(iii) uma sociedade que não chegou a ser formalizada por 
escrito e, portanto, não tinha seus atos constitutivos 
arquivados na Junta Comercial (sociedade de fato); 
(iv) uma sociedade de profissionais dissolvida por decisão 
judicial, porém continuou suas atividades (sociedade 
irregular). 
Veja que o enunciado da questão salienta que os atos dessas 
quatro pessoas (naturais e jurídicas)geraram rendimentos 
tributáveis. 
35. (ATN Fortaleza/2003/ESAF) Marque a resposta correta, 
em consonância com as disposições pertinentes do Código 
Tributário Nacional. 
a) É denominado responsável o sujeito passivo da obrigação 
tributária principal que tem relação pessoal e direta com a 
situação que constitua o respectivo fato gerador. 
b) É vedado às leis tributárias atribuir capacidade tributária 
passiva à pessoa natural que o Código Civil considere 
absolutamente incapaz. 
c) As pessoas que tenham interesse comum na situação que 
constitua o fato gerador da obrigação principal são 
solidariamente responsáveis. 
d) É vedado à autoridade administrativa recusar o domicílio 
eleito pelo sujeito passivo, no caso de tal eleição dificultar a 
arrecadação ou a fiscalização do tributo. 
e) Salvo disposição legal em contrário, acordo particular, 
por constituir lei entre as partes, pode ser oposto à Fazenda 
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Pública, para modificar a definição legal do sujeito passivo 
das obrigações tributárias correspondentes, hipótese em 
que fica afastada a responsabilidade do contribuinte pelo 
pagamento dos tributos, dando lugar à responsabilidade 
tributária integral do terceiro que tem relação direta e 
pessoal com a situação constitutiva do gerador. 
A letra “a” é incorreta, eis que é denominado contribuinte e 
não responsável o sujeito passivo da obrigação tributária principal 
que tem relação pessoal e direta com a situação que constitua o 
respectivo fato gerador. 
A letra “b” é incorreta, pois não é proibido (vedado) às leis 
tributárias atribuir capacidade tributária passiva à pessoa natural que 
o Código Civil considere absolutamente incapaz, conforme art. 126, I, 
do CTN. 
A letra “c” é correta, uma vez que as pessoas que tenham 
interesse comum na situação que constitua o fato gerador da 
obrigação principal são solidariamente responsáveis (CTN, art. 124, 
I). 
A letra “d” é incorreta, pois não é vedado à autoridade 
administrativa recusar o domicílio eleito pelo sujeito passivo, no caso 
de tal eleição dificultar a arrecadação ou a fiscalização do tributo, 
conforme §2°, do art. 127 do CTN. 
A letra “e” é incorreta, pois, salvo disposição legal em contrário, 
acordo particular, por constituir lei entre as partes, não pode ser 
oposto à Fazenda Pública, para modificar a definição legal do sujeito 
passivo das obrigações tributárias correspondentes, conforme o art. 
123 do CTN. 
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36. (AFRE/MG/2005/ESAF) Considerando o tema 
“obrigação tributária”, marque com (V) a assertiva 
verdadeira e com (F) a falsa, assinalando ao final a opção 
correspondente. 
( ) A obrigação acessória nasce em razão da ocorrência de 
um fato gerador, contudo depende sempre de uma 
providência a ser tomada pela autoridade fiscal. 
( ) A definição legal do fato gerador deve ser verificada 
independentemente da validade jurídica dos atos praticados. 
( ) A pessoa interditada judicialmente pode ser considerada 
sujeito passivo da obrigação tributária. 
( ) Quando o fato gerador da obrigação tributária é um 
negócio jurídico sob condição suspensiva, considera-se 
nascida a obrigação desde o momento em que se verificar a 
condição. 
a) F, V, F, F. 
b) F, V, F, V. 
c) F, V, V, V. 
d) V, F, V, F. 
e) V, V, V, V. 
O primeiro item é falso, pois a obrigação acessória nasce em 
razão da ocorrência de um fato gerador e não depende para ocorrer
de uma providência a ser tomada pela autoridade fiscal. Lembramos 
que a obrigação acessória, pelo simples fato da sua 
inobservância, converte-se em obrigação principal
relativamente à penalidade pecuniária. 
O segundo item é verdadeiro, pois a definição legal do fato 
gerador deve ser verificada independentemente da validade jurídica 
dos atos praticados (CTN, art. 118, I). 
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O terceiro item é verdadeiro, eis que a pessoa interditada 
judicialmente pode ser considerada sujeito passivo da obrigação 
tributária (CTN, art. 126, II). 
O quarto item é verdadeiro, pois quando o fato gerador da 
obrigação tributária é um negócio jurídico sob condição suspensiva, 
considera-se nascida a obrigação desde o momento em que se 
verificar a condição (CTN, art. 117, I). 
Portanto, a resposta é a letra “c”. 
37. (ESAF/Auditor Fiscal/Natal/2008) Sobre os sujeitos 
da obrigação tributária, assinale a única opção correta. 
a) O sujeito ativo da obrigação tributária é, 
necessariamente, a pessoa jurídica de direito público titular 
da competência para instituir o tributo. 
b) Pessoa jurídica de direito privado pode figurar como 
sujeito ativo da obrigação tributária, haja vista o CTN 
prever, expressamente, a possibilidade de delegação das 
funções de arrecadar ou fiscalizar tributos. 
c) O contribuinte de fato ou de direito é considerado sujeito 
passivo da obrigação tributária, independentemente de 
possuir relação pessoal e direta com o fato gerador. 
d) As convenções particulares, relativas à responsabilidade 
pelo pagamento de tributos, não podem ser opostas à 
Fazenda Pública, mesmo que haja lei em sentido contrário. 
e) A sociedade comercial informalmente constituída pode 
figurar como sujeito passivo de uma obrigação tributária. 
A letra “a” está incorreta, conforme art. 119 do CTN, dispondo 
que sujeito ativo da obrigação é a pessoa jurídica de direito público, 
titular da competência para exigir o seu cumprimento. 
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A alternativa “b” está incorreta, conforme a interpretação dos 
7° (“A competência tributária é indelegável, salvo atribuição das 
funções de arrecadar ou fiscalizar tributos, ou de executar leis, 
serviços, atos ou decisões administrativas em matéria tributária, 
conferida por uma pessoa jurídica de direito público a outra”) e 119 
do CTN. 
A alternativa “c” está incorreta, eis que o contribuinte de fato 
não é considerado sujeito passivo da relação tributária. 
O contribuinte de direito deve ter relação pessoal e direta com 
a situação que constitua o respectivo fato gerador (CTN, art. 121, I). 
A alternativa “d” está incorreta, uma vez que existindo 
dispositivo de lei em contrário, as convenções particulares, 
relativas à responsabilidade pelo pagamento de tributo, podem ser 
opostas à Fazenda Pública, para modificar a definição legal do sujeito 
passivo das obrigações tributárias correspondentes, de acordo com o 
art. 123 do CTN. 
 A alternativa “e” está correta, pois, de acordo com o art. 126, 
III do CTN, a capacidade tributária passiva independe de estar a 
pessoa jurídica regularmente constituída, bastando que configure 
uma unidade econômica ou profissional. 
38. (ESAF/Auditor Fiscal/Natal/2008) Sobre a 
solidariedade e capacidade tributária, assinale a única opção 
correta. 
a) Em virtude da rigidez constitucional, que promoveu a 
distribuição de competências tributárias entre os entes 
políticos, não encontra respaldo, no ordenamento jurídico 
nacional, a solidariedade ativa em matéria tributária. 
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b) Pode o poder público

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