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DIREITO TRIBUTÁRIO EM EXERCÍCIOS PARA A RECEITA FEDERAL PROFESSOR: EDVALDO NILO 1 Prof. Edvaldo Nilo www.pontodosconcursos.com.br PROFESSOR EDVALDO NILO DIREITO TRIBUTÁRIO EM EXERCÍCIOS PARA A RECEITA FEDERAL – AULA 3 -Obrigação Tributária Principal e Acessória. Fato Gerador da Obrigação Tributária. Sujeição Ativa e Passiva. Solidariedade. Capacidade Tributária. Domicílio Tributário. Responsabilidade Tributária. Conceito. Responsabilidade dos Sucessores. Responsabilidade de Terceiros. Responsabilidade por Infrações. Crédito Tributário. Conceito. Constituição do Crédito Tributário. Lançamento. Modalidades de Lançamento. Hipóteses de alteração do lançamento. Olá, chegamos a aula 3. Eu me confundi com as datas do curso, em face dele ter sido adiado por duas vezes. Peço desculpa por isto. Hoje teremos a aula 3 e na sexta-feira a aula 4 junto com os complementos das aulas 1 a 3. Então, vamos nessa. PARTE 1 (ESAF) – OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA PRINCIPAL E ACESSÓRIA. FATO GERADOR DA OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA. SUJEIÇÃO ATIVA E PASSIVA. SOLIDARIEDADE. CAPACIDADE TRIBUTÁRIA. DOMICÍLIO TRIBUTÁRIO. 1.(ESAF/PFN/2005/adaptada) Considerando o tema “obrigação tributária” e as disposições do CTN, marque com (V) a assertiva verdadeira e com (F) a falsa, assinalando ao final a opção correspondente. ( ) Quando a lei se refere à obrigação tributária principal, ela quer se referir aos procedimentos exigidos do contribuinte para assegurar a melhor fiscalização do pagamento. ( ) A multa pode ser considerada espécie do gênero tributo, já que está abrangida, pelo Código Tributário Nacional, no conceito de “obrigação tributária principal”. ( )A obrigação acessória nasce em razão da ocorrência de um fato gerador e independe de providência da autoridade fiscal para ser exigida. DIREITO TRIBUTÁRIO EM EXERCÍCIOS PARA A RECEITA FEDERAL PROFESSOR: EDVALDO NILO 2 Prof. Edvaldo Nilo www.pontodosconcursos.com.br a) V, V, V. b) F, V, F. c) F, F, F. d) V, F, V. e) V, F, V. A resposta é a letra “c” (F, F, F). A primeira alternativa é falsa, uma vez que quando a lei se refere à obrigação tributária acessória, ela quer se referir aos procedimentos exigidos do contribuinte para assegurar a melhor fiscalização do pagamento. E não obrigação tributária principal como diz a questão. A segunda alternativa é falsa, eis que a multa não pode ser considerada espécie do gênero tributo, já que está abrangida, pelo Código Tributário Nacional, no conceito de “obrigação tributária principal”. O art. 3°, do CTN, define que tributo não constitui sanção de ato ilícito. A terceira alternativa é falsa também, sendo assunto a ser tratado na aula sobre crédito e lançamento tributário. Mas já adiantando um pouco, a obrigação tributária acessória e também a obrigação principal apenas torna-se líquida e exigível pela consti- tuição do crédito tributário através do lançamento tributário feito pela autoridade administrativa competente, conforme o art. 142 do CTN. 2. (AFTN/98/ESAF) A multa por descumprimento de obrigação acessória relativa ao imposto de renda a) tem a natureza de tributo, por converter-se em obrigação tributária principal o descumprimento de obrigação acessória. b) tem a natureza de imposto, porque sua natureza específica é dada pelo respectivo fato gerador. DIREITO TRIBUTÁRIO EM EXERCÍCIOS PARA A RECEITA FEDERAL PROFESSOR: EDVALDO NILO 3 Prof. Edvaldo Nilo www.pontodosconcursos.com.br c) não tem a natureza de tributo, mas a de uma obrigação tributária acessória. d) não tem natureza tributária porque a penalidade por descumprimento de obrigação acessória é de caráter administrativo. e) não tem a natureza de tributo por constituir sanção de ato ilícito. A resposta é a letra “e”. A multa por descumprimento de obrigação acessória relativa ao imposto de renda não tem a natureza de tributo por constituir sanção de ato ilícito. O art. 3°, do CTN, dispõe que tributo não constitui sanção de ato ilícito. 3.(TRF/2005/ESAF) Sobre a obrigação tributária acessória, é incorreto afirmar-se que a) tem por objeto prestações positivas previstas na legislação tributária. b) tal como a obrigação principal, supõe, para o seu surgimento, a ocorrência de fato gerador. c) objetiva dar meios à fiscalização tributária para a investigação e o controle do recolhimento de tributos. d) sua inobservância converte-se em obrigação principal, relativamente a penalidade pecuniária. e) realizar matrícula no cadastro de contribuintes, emitir nota fiscal e apresentar declarações ao Fisco constituem, entre outros, alguns exemplos. A resposta é a letra “a”. O examinador da ESAF entendeu que a primeira assertiva (letra “a”) estava incompleta, dizendo que a obrigação tributária DIREITO TRIBUTÁRIO EM EXERCÍCIOS PARA A RECEITA FEDERAL PROFESSOR: EDVALDO NILO 4 Prof. Edvaldo Nilo www.pontodosconcursos.com.br acessória tem por objeto prestações positivas previstas na legislação tributária. Na verdade, a obrigação tributária acessória tem por objeto prestações positivas (fazer) e negativas (não fazer ou tolerar), previstas na legislação tributária, no interesse da arrecadação ou da fiscalização dos tributos. A letra “b” foi considerada verdadeira, eis que o examinador compreendeu que a obrigação tributária acessória tal como a obrigação principal, supõe, para o seu surgimento, a ocorrência de fato gerador. Vamos estudar fato gerador no próximo item desta aula. A letra “c” é verdadeira, pois a obrigação tributária acessória objetiva dar meios à fiscalização tributária para a investigação e o controle do recolhimento de tributos. A letra “d” é verdadeira, porque inobservância da obrigação tributária acessória converte-se em obrigação principal, relativamente a penalidade pecuniária. A letra “e” é verdadeira, porque são exemplos de obrigação tributária acessória a realização de matrícula no cadastro de contribuintes, a emissão de nota fiscal e a apresentação de declarações ao Fisco. 4. (AFRF/2002-1/ESAF) Avalie as afirmações abaixo e marque a opção que corresponda, na devida ordem, ao acerto ou erro de cada uma (V ou F, respectivamente). 1. Multa decorrente de obrigação acessória constitui obrigação principal. 2. Se a lei impõe a determinados sujeitos que não façam alguma coisa, está a impor-lhes uma obrigação tributária acessória. DIREITO TRIBUTÁRIO EM EXERCÍCIOS PARA A RECEITA FEDERAL PROFESSOR: EDVALDO NILO 5 Prof. Edvaldo Nilo www.pontodosconcursos.com.br 3. Quando um sujeito passivo não está sujeito ao imposto, mas apenas a prestar informações ao fisco sobre matéria de interesse da fiscalização, esta é sua obrigação tributária principal. a) V, V, V b) V, V, F c) V, F, F d) F, F, F e) F, F, V A resposta é a letra “c” (V, F, F). O primeiro item é verdadeiro, pois a multa decorrente de obrigação acessória constitui obrigação principal. Como eu disse na aula, quando o contribuinte descumpre o dever de realizar a declaração de rendimentos (exemplo de obrigação acessória) faz surgir uma obrigação principal, que é o dever de pagar a multa fiscal. Deste modo, é verdadeira a assertiva afirmando que no direito tributário a multa originada do descumprimento da obrigação acessória equivale a uma obrigação principal. O segundo item é falso, pois a afirmativa é incompleta. Se a lei impõe a determinados sujeitos que não façam alguma coisa, está a impor-lhes uma obrigação tributária acessória ou qualquer outro tipo de obrigação, que não necessariamente serátributária, podendo ser civil, penal, comercial, trabalhista etc. Faltou o item enunciar que deve ser no interesse da arrecadação ou da fiscalização dos tributos. O terceiro item é falso, porque quando um sujeito passivo não está sujeito ao imposto, mas apenas a prestar informações ao fisco DIREITO TRIBUTÁRIO EM EXERCÍCIOS PARA A RECEITA FEDERAL PROFESSOR: EDVALDO NILO 6 Prof. Edvaldo Nilo www.pontodosconcursos.com.br sobre matéria de interesse da fiscalização, esta é sua obrigação tributária acessória e não principal. 5. (ESAF/AFRFB/2010) Sobre a obrigação tributária principal e acessória e sobre o fato gerador do tributo, assinale a opção correta. a) Segundo o Código Tributário Nacional, a obrigação de pagar multas e juros tributários constitui-se como obrigação acessória. b) A obrigação acessória, quando não observada, converte- se em obrigação principal somente em relação à penalidade pecuniária. c) A existência de uma obrigação tributária acessória pressupõe a existência de uma obrigação tributária principal. d) A instituição de obrigação acessória, com a finalidade de dar cumprimento à obrigação principal, deve atenção ao princípio da estrita legalidade. e) No Sistema Tributário Nacional, admite-se que a obrigação de fazer, em situações específicas, seja considerada obrigação tributária principal. Letra (A). A obrigação de pagar multas e juros tributários constitui-se como obrigação tributária principal (art. 113, §1°, CTN). Logo, incorreta. Letra (B). A obrigação acessória, pelo simples fato da sua inobservância, converte-se em obrigação principal relativamente à penalidade pecuniária (art. 113, §3°, CTN). Isto significa, noutras palavras, que quando o contribuinte descumpre o dever de realizar a declaração de rendimentos (obrigação acessória) faz surgir uma DIREITO TRIBUTÁRIO EM EXERCÍCIOS PARA A RECEITA FEDERAL PROFESSOR: EDVALDO NILO 7 Prof. Edvaldo Nilo www.pontodosconcursos.com.br obrigação principal, que é o dever de pagar a multa fiscal. Logo, correta. Letra (C). A obrigação tributária acessória é autônoma em relação à obrigação tributária principal. Mesmo que o contribuinte não esteja obrigado a cumprir a obrigação principal, a acessória subsiste. Logo, incorreta. Letra (D). A obrigação acessória decorre da legislação tributária (art. 113, §2º, CTN). Decerto, a legislação tributária compreende não somente as leis (inclusive tratados e convenções internacionais), como também os decretos e as normas complementares que versem, no todo ou em parte, sobre tributos e relações jurídicas a eles pertinentes (art. 96 do CTN). Logo, incorreta. Letra (E). A obrigação tributária acessória significa obrigação de fazer (positiva) ou não fazer (negativa), despida de qualquer cunho pecuniário. E a obrigação principalé a prestação representante do ato de pagar (tributo ou multa). Portanto, a obrigação principaléuma obrigação de dar, com cunho pecuniário (dinheiro), e não obrigação de fazer. Logo, incorreta. 6. (ESAF/AFTN) A obrigação que tem por objeto o pagamento de multa é chamada de obrigação _______________ . _______________ dessa obrigação é a situação definida em lei como necessária e suficiente à ocorrência desta. A validade jurídica dos atos efetivamente praticados não interessa na interpretação de norma definidora _______________ . Escolha a opção que contenha as palavras que, correta e respectivamente, preencham o sentido dos períodos acima. a) principal / O fato gerador / do fato gerador b) impositiva / O efeito / do lançamento c) penal / O lançamento / da cobrança DIREITO TRIBUTÁRIO EM EXERCÍCIOS PARA A RECEITA FEDERAL PROFESSOR: EDVALDO NILO 8 Prof. Edvaldo Nilo www.pontodosconcursos.com.br d) sancionatória / O fato gerador / da condição suspensiva e) punitiva / A fonte / da outorga de isenção A resposta é a letra “a”, pois a obrigação que tem por objeto o pagamento de multa é chamada de obrigação principal (art. 113, §1°, do CTN). O fato gerador dessa obrigação é a situação definida em lei como necessária e suficiente à ocorrência desta (art. 114, do CTN). A validade jurídica dos atos efetivamente praticados não interessa na interpretação de norma definidora dofato gerador (art. 118, inc. I, do CTN). 7.(ESAF/AFRF/2005) Leia cada um dos assertos abaixo e assinale (V) ou (F), conforme seja verdadeiro ou falso. Depois, marque a opção que contenha a exata seqüência. ( ) A situação definida em lei, desde que necessária para o nascimento da obrigação tributária principal é o seu fato gerador. ( ) Qualquer situação que, na forma da legislação aplicável, impõe a prática de um ato que não tenha por objeto o pagamento de tributo ou multa, é obrigação tributária acessória. ( ) Atos ou negócios jurídicos praticados com a finalidade de encobrir a ocorrência do fato gerador do tributo ou a natureza dos elementos constitutivos da obrigação tributária, desde que legítimos perante a legislação civil, não podem ser desconsiderados pela autoridade tributária. a) V VV b) F V V DIREITO TRIBUTÁRIO EM EXERCÍCIOS PARA A RECEITA FEDERAL PROFESSOR: EDVALDO NILO 9 Prof. Edvaldo Nilo www.pontodosconcursos.com.br c) F FF d) F F V e) V F V A resposta é a letra “c” (F, F, F). O primeiro item é falso, porque o fato gerador da obrigação principal é a situação definida em lei como necessária e suficiente à sua ocorrência. Faltou no item suficiente. É o detalhe do detalhe fazendo a diferença. O segundo item é falso, porque a não équalquer situação que, na forma da legislação aplicável, impõe a prática de um ato que não tenha por objeto o pagamento de tributo ou multa, é obrigação tributária acessória. Esta decorre da legislação tributária e tem por objeto as prestações, positivas ou negativas, nela previstas no interesse da arrecadação ou da fiscalização dos tributos. O terceiro item é falso, porque diz que atos ou negócios jurídicos praticados com a finalidade de encobrir a ocorrência do fato gerador do tributo ou a natureza dos elementos constitutivos da obrigação tributária, desde que legítimos perante a legislação civil, não podem ser desconsiderados pela autoridade tributária. O art. 116, parágrafo único, do CTN é claríssimo: “A autoridade administrativa poderá desconsiderar atos ou negócios jurídicos praticados com a finalidade de dissimular a ocorrência do fato gerador do tributo ou a natureza dos elementos constitutivos da obrigação tributária, observados os procedimentos a serem estabelecidos em lei ordinária”. 8. (ESAF/AFTE/RN/2005/adaptada) Marque a resposta correta, considerando as formulações abaixo. DIREITO TRIBUTÁRIO EM EXERCÍCIOS PARA A RECEITA FEDERAL PROFESSOR: EDVALDO NILO 10 Prof. Edvaldo Nilo www.pontodosconcursos.com.br I – A definição legal do fato gerador deve ser verificada independentemente da validade jurídica dos atos praticados. II - A obrigação tributária acessória, pelo simples fato da sua inobservância, converte-se em obrigação principal relativamente à penalidade não pecuniária. III - O Código Tributário Nacional não permite a tributação de rendas provenientes de atividades ilícitas. IV - De acordo com o Código Tributário Nacional, cabe exclusivamente à autoridade judicial competente desconsiderar, em decisão fundamentada, os atos ou negócios jurídicos praticados com a finalidade de dissimular a natureza dos elementos constitutivos da obrigação tributária. a) Somente I é verdadeira. b) Somente I e II são verdadeiras. c) SomenteI, II e III são verdadeiras. d) Somente II, III e IV são verdadeiras. e) Somente III e IV são verdadeiras. A resposta é letra “a”. Somente I é verdadeira. O primeiro item é verdadeiro, porque a definição legal do fato gerador independe da validade jurídica dos atos efetivamente praticados pelos contribuintes, responsáveis, ou terceiros, bem como da natureza do seu objeto ou dos seus efeitos; O segundo item é falso, porque a obrigação tributária acessória, pelo simples fato da sua inobservância, converte-se em obrigação principal relativamente à penalidade pecuniária. E a questão dispõe de forma errada que é “não pecuniária”. O terceiro item é falso, porque o Código Tributário Nacional (CTN) permite a tributação de rendas provenientes de atividades ilícitas, como demonstrado nesta aula. DIREITO TRIBUTÁRIO EM EXERCÍCIOS PARA A RECEITA FEDERAL PROFESSOR: EDVALDO NILO 11 Prof. Edvaldo Nilo www.pontodosconcursos.com.br O quarto item é falso, porque o Código Tributário Nacional não estabelece que cabe exclusivamente à autoridade judicial competente desconsiderar, os atos ou negócios jurídicos praticados com a finalidade de dissimular a natureza dos elementos constitutivos da obrigação tributária, mas sim a autoridade administrativa observados os procedimentos a serem estabelecidos em lei ordinária. 9.(ESAF/IRB/2006) Assinale a alternativa correta. a) A validade jurídica dos atos efetivamente praticados pelo sujeito passivo é um dos elementos que devem ser considerados na interpretação da definição legal do fato gerador. b) a autoridade administrativa poderá desconsiderar atos ou negócios jurídicos praticados com a finalidade de dissimular a ocorrência do fato gerador do tributo ou dos elementos constitutivos da obrigação tributária, observados os procedimentos do Código Tributário Nacional. c) A definição legal do fato gerador não pode ser verificada se for abstraída a validade jurídica dos atos praticados. d) uma vez verificado o nascimento da obrigação tributária, com a realização do fato gerador, o sujeito passivo torna-se imediatamente compelível ao pagamento do tributo pertinente, sendo desnecessária a prática de quaisquer atos formais por parte do sujeito ativo, em quaisquer hipóteses. e) O Código Tributário Nacional admite que a autoridade administrativa, desde que observados os procedimentos a serem estabelecidos em lei ordinária, desconsidere atos ou negócios jurídicos praticados com a finalidade de dissimular a ocorrência do fato gerador do tributo ou a natureza dos elementos constitutivos da obrigação tributária. DIREITO TRIBUTÁRIO EM EXERCÍCIOS PARA A RECEITA FEDERAL PROFESSOR: EDVALDO NILO 12 Prof. Edvaldo Nilo www.pontodosconcursos.com.br A resposta é letra “e”, segundo o art. 116, parágrafo único, do CTN. A letra “a” é incorreta, uma vez que a validade jurídica dos atos efetivamente praticados pelo sujeito passivo não devem ser considerados na interpretação da definição legal do fato gerador. A letra “b” é incorreta, uma vez que a autoridade administrativa poderá desconsiderar atos ou negócios jurídicos praticados com a finalidade de dissimular a ocorrência do fato gerador do tributo ou dos elementos constitutivos da obrigação tributária, observados os procedimentos a serem estabelecidos em lei ordinária e não no Código Tributário Nacional (lei complementar). A letra “c” é incorreta, uma vez que a definição legal do fato gerador pode ser verificada se for abstraída a validade jurídica dos atos praticados. A letra “d” é incorreta (assunto da aula de lançamento tributário), pois a obrigação tributária apenas torna-se líquida e exigível pela constituição do crédito tributário através do lançamento tributário feito pela autoridade administrativa competente, conforme o art. 142 do CTN, e não com a realização do fato gerador. 10. (ESAF/AFRF/2003) Avalie o acerto das afirmações adiante e marque com V as verdadeiras e com F as falsas; em seguida, marque a opção correta. ( ) Salvo disposição de lei em contrário, considera-se ocorrido o fato gerador e existentes os seus efeitos, tratando-se de situação jurídica, desde o momento em que se verifiquem as circunstâncias materiais necessárias a que produza os efeitos que normalmente lhe são próprios. DIREITO TRIBUTÁRIO EM EXERCÍCIOS PARA A RECEITA FEDERAL PROFESSOR: EDVALDO NILO 13 Prof. Edvaldo Nilo www.pontodosconcursos.com.br ( ) A autoridade administrativa poderá desconsiderar atos ou negócios jurídicos praticados com a finalidade de dissimular a ocorrência do fato gerador do tributo ou a natureza dos elementos constitutivos da obrigação tributária, observados os procedimentos a serem estabelecidos em lei ordinária. ( ) Quando o fato gerador da obrigação tributária é um negócio jurídico sob condição suspensiva, considera-se nascida a obrigação desde o momento em que se verificar a condição. a) F, V, V. b) F, F, V. c) F, F, F. d) V, V, F. e) V, F, F. A resposta é letra “a” (F,V,V). O primeiro item é falso, porque, salvo disposição de lei em contrário, considera-se ocorrido o fato gerador e existentes os seus efeitos, tratando-se de situação jurídica, desde o momento em que esteja definitivamente constituída, nos termos de direito aplicável (art. 116, inc. II, do CTN). O segundo item é verdadeiro, porque a autoridade administrativa poderá desconsiderar atos ou negócios jurídicos praticados com a finalidade de dissimular a ocorrência do fato gerador do tributo ou a natureza dos elementos constitutivos da obrigação tributária, observados os procedimentos a serem estabelecidos em lei ordinária (art. 116, par. Único, do CTN). O terceiro item é verdadeiro, porque quando o fato gerador da obrigação tributária é um negócio jurídico sob condição suspensiva, considera-se nascida a obrigação desde o momento em que se verificar a condição (art. 117, inc. I, do CTN). DIREITO TRIBUTÁRIO EM EXERCÍCIOS PARA A RECEITA FEDERAL PROFESSOR: EDVALDO NILO 14 Prof. Edvaldo Nilo www.pontodosconcursos.com.br 11.(ESAF/Gestor/MG/2005) Assinale a opção correta. a) A obrigação tributária nasce com o lançamento. b) A aplicação de multa pelo atraso no pagamento do tributo é a única forma de obrigação tributária acessória que a lei pode prever. c) Segundo o Código Tributário Nacional, a renda obtida com a prática do crime de contrabando não pode ser tributada. d) O fato gerador é a situação definida em lei como necessária e suficiente para que se considere surgida a obrigação tributária. e) A hipótese de incidência é o fato da vida que gera, diante do que dispõe a lei tributária, o dever de pagar o tributo. A resposta é letra “d”. É dispositivo literal do CTN. Fato gerador da obrigação principal é a situação definida em lei como necessária e suficiente à sua ocorrência (art. 114). A letra “a” é incorreta, uma vez que a obrigação tributária não nasce com o lançamento e sim com o fato gerador. A letra “b” é incorreta, uma vez que a obrigação de pagar a multa pelo atraso no pagamento do tributo é uma obrigação tributária principal. A letra “c” é incorreta, uma vez que a renda obtida com a prática do crime de contrabando pode ser tributada. A letra “e” é incorreta, pois o fato da vida que gera, diante do que dispõe a lei tributária, o dever de pagar o tributo é o fato imponível (fato gerador in concreto) e não a hipótese de incidência (fato gerador in abstrato). DIREITO TRIBUTÁRIO EM EXERCÍCIOS PARA A RECEITA FEDERAL PROFESSOR: EDVALDO NILO 15 Prof. Edvaldo Nilowww.pontodosconcursos.com.br 12. (ESAF/AFTE/MG/2005) Considerando o tema “obrigação tributária”, marque com (V) a assertiva verdadeira e com (F) a falsa, assinalando ao final a opção correspondente. ( ) A obrigação acessória nasce em razão da ocorrência de um fato gerador, contudo depende sempre de uma providência a ser tomada pela autoridade fiscal. () A definição legal do fato gerador deve ser verificada independentemente da validade jurídica dos atos praticados. ( ) O legislador não poderá autorizar a desconsideração dos atos ou negócios jurídicos praticados com a finalidade de eclipsar a ocorrência do fato gerador do tributo ou a natureza dos elementos constitutivos da obrigação tributária, desde que observados pelo sujeito passivo as normas próprias do direito privado. ( ) Quando o fato gerador da obrigação tributária é um negócio jurídico sob condição suspensiva, considera-se nascida a obrigação desde o momento em que se verificar a condição. ( ) É vedado aos Estados instituírem contribuição de melhoria. a) F, V, F, V, F. b) F, V, F, V, V. c) F, V, V, V, F. d) V, F, V, F, V. e) V, V, V, V,V. A resposta é letra “a” (F, V, F, V, F). O primeiro item é falso, porque a obrigação acessória decorre da legislação tributária e tem por objeto as prestações, positivas ou negativas, nela previstas no interesse da arrecadação ou da fiscalização dos tributos. DIREITO TRIBUTÁRIO EM EXERCÍCIOS PARA A RECEITA FEDERAL PROFESSOR: EDVALDO NILO 16 Prof. Edvaldo Nilo www.pontodosconcursos.com.br O segundo item é verdadeiro, porque a definição legal do fato gerador deve ser verificada independentemente da validade jurídica dos atos praticados. O terceiro item é falso, porque o legislador poderá autorizar a autoridade administrativa poderá desconsiderar atos ou negócios jurídicos praticados com a finalidade de dissimular a ocorrência do fato gerador do tributo ou a natureza dos elementos constitutivos da obrigação tributária. O quarto item é verdadeiro, porque quando o fato gerador da obrigação tributária é um negócio jurídico sob condição suspensiva, considera-se nascida a obrigação desde o momento em que se verificar a condição. O quinto item é falso, porque não é vedado (proibido) aos Estados instituírem contribuição de melhoria. 13. (ESAF/AFTM/FORTALEZA/2003) Com base em disposições expressas do Código Tributário Nacional, avalie as formulações seguintes, relativas aos temas obrigação tributária e fato gerador, e, ao final, assinale a opção que corresponde à resposta correta: I. Fato gerador da obrigação tributária principal é a situação definida em lei, que impõe a prática ou a abstenção de ato não caracterizador de obrigação tributária acessória. II. Os efeitos dos fatos efetivamente ocorridos devem ser considerados na interpretação da definição legal do fato gerador. III. Salvo disposição de lei em contrário, considera-se ocorrido o fato gerador e existentes os seus efeitos, tratando-se de situação jurídica, desde o momento em que se verifiquem as DIREITO TRIBUTÁRIO EM EXERCÍCIOS PARA A RECEITA FEDERAL PROFESSOR: EDVALDO NILO 17 Prof. Edvaldo Nilo www.pontodosconcursos.com.br circunstâncias materiais necessárias a que produza os efeitos que normalmente lhe são próprios. IV. A autoridade administrativa poderá desconsiderar atos ou negócios jurídicos praticados com a finalidade de dissimular a ocorrência do fato gerador do tributo ou a natureza dos elementos constitutivos da obrigação tributária, observados os procedimentos a serem estabelecidos em lei ordinária. a) Apenas a formulação IV é correta. b) Apenas as formulações II e IV são corretas. c) Apenas as formulações III e IV são corretas. d) Apenas as formulações I, II e III são corretas. e) Apenas as formulações II e III são corretas. A resposta é letra “a”. Apenas a formulação IV é correta. O primeiro item é falso, porque o fato gerador da obrigação principal é a situação definida em lei como necessária e suficiente à sua ocorrência. O segundo item é falso, porque os efeitos dos fatos efetivamente ocorridos não devem ser considerados na interpretação da definição legal do fato gerador. O terceiro item é falso, porque, salvo disposição de lei em contrário, considera-se ocorrido o fato gerador e existentes os seus efeitos, tratando-se de situação jurídica, desde o momento em que esteja definitivamente constituída, nos termos de direito aplicável. O quarto item é verdadeiro, porque a autoridade administrativa poderá desconsiderar atos ou negócios jurídicos praticados com a finalidade de dissimular a ocorrência do fato gerador do tributo ou a natureza dos elementos constitutivos da obrigação tributária, observados os procedimentos a serem estabelecidos em lei ordinária. DIREITO TRIBUTÁRIO EM EXERCÍCIOS PARA A RECEITA FEDERAL PROFESSOR: EDVALDO NILO 18 Prof. Edvaldo Nilo www.pontodosconcursos.com.br 14. (ESAF/TTN/94) Sendo o fato gerador de um tributo, em certo caso, um negócio jurídico condicional, tem-se como ocorrido o fato gerador a) desde o momento do implemento da condição, se esta for suspensiva. b) desde o momento da prática do ato ou da celebração do negócio, se a condição for suspensiva. c) desde o momento da implementação da condição, se esta for resolutória. d) desde o momento da implementação da celebração do negócio, seja a condição resolutória ou suspensiva. e) na data da publicação do negócio jurídico condicional. A resposta é letra “a”, pois sendo o fato gerador de um tributo, em certo caso, um negócio jurídico condicional, tem-se como ocorrido o fato gerador desde o momento do implemento da condição, se esta for suspensiva. 15. (ESAF/AFTN/94) O art. 3º do Código Tributário Nacional define tributo como uma prestação que não constitua sanção de ato ilícito. De tal assertiva podemos inferir que a)os rendimentos advindos do jogo do bicho e da exploração do lenocínio não são tributáveis, sujeitando-se, contudo, a pesadas multas em decorrência da prática de atividade ilícita. b)os rendimentos advindos da exploração de lenocínio são tributáveis, porquanto não se confunde a atividade ilícita do contribuinte com o fato tributário de auferir renda. DIREITO TRIBUTÁRIO EM EXERCÍCIOS PARA A RECEITA FEDERAL PROFESSOR: EDVALDO NILO 19 Prof. Edvaldo Nilo www.pontodosconcursos.com.br c)os rendimentos advindos do jogo do bicho e da exploração do lenocínio não são tributáveis, em conformidade do que reza o princípio do non olet. d)as atividades ilícitas não devem ser tributadas, pois de outro modo o Estado estará locupletando-se com ações que ele mesmo proíbe e, assim, ferindo o princípio da estrita legalidade. e)atividades ilícitas como a exploração do lenocínio e do jogo do bicho podem ser tributadas, posto que a sanção de ato ilícito converte-se, pelo simples fato de sua inobservância, em obrigação tributária principal. A resposta é a letra “b”, porque os rendimentos advindos da exploração de lenocínio são tributáveis, porquanto não se confunde a atividade ilícita do contribuinte com o fato tributário de auferir renda. 16. (ESAF/AFTN/96) Analisar as seguintes proposições: I - O “fato gerador” de uma multa tributária pode ser um fato lícito. II - Os rendimentos advindos do jogo do bicho e da exploração do lenocínio não são tributáveis, pois trata-se de prática de atividade ilícita. III - Rendimentos decorrentes de ato ilícito não são tributáveis, conforme reza o princípio do non olet. a) os três enunciados são falsos.b) os três enunciados são verdadeiros. c) o I e II são verdadeiros e o II é falso. d) tão-só o III é verdadeiro. e) o I e o III são falsos e o II é verdadeiro. DIREITO TRIBUTÁRIO EM EXERCÍCIOS PARA A RECEITA FEDERAL PROFESSOR: EDVALDO NILO 20 Prof. Edvaldo Nilo www.pontodosconcursos.com.br A resposta é a letra “a”, porque os três enunciados são falsos. O primeiro item é falso, porque o “fato gerador” de uma multa tributária é um fato ilícito. O segundo é falso, porque os rendimentos advindos do jogo do bicho e da exploração do lenocínio são tributáveis, independentemente de ser prática de atividade ilícita. O terceiro é falso, porque os rendimentos decorrentes de ato ilícito são tributáveis, conforme reza o princípio do non olet. 17.(ESAF/ATA/MF/2009) No que se refere ao fato gerador, dispõe o Código Tributário Nacional que a) o fato gerador da obrigação principal é situação definida na Constituição como indicativa da possibilidade de imposição de obrigação de pagar, por parte de ente público que detenha competência para fazê-lo. b) a autoridade administrativa poderá considerar como ocorrido o fato gerador e existentes os seus efeitos, tratando- se de situação jurídica, desde o momento em que se verifiquem as circunstâncias materiais necessárias a que produza os efeitos que normalmente lhe são próprios. c) o fato gerador da obrigação acessória é situação definida em lei complementar, que impõe prática ou abstenção de ato, ainda que originariamente este se configure como obrigação principal. d) a autoridade administrativa deverá considerar como ocorrido o fato gerador e existentes os seus efeitos, tratando- se de situação de fato, desde o momento em que esteja definitivamente constituída, nos termos da legislação de regência. DIREITO TRIBUTÁRIO EM EXERCÍCIOS PARA A RECEITA FEDERAL PROFESSOR: EDVALDO NILO 21 Prof. Edvaldo Nilo www.pontodosconcursos.com.br e) a autoridade administrativa poderá desconsiderar atos ou negócios jurídicos praticados com a finalidade de dissimular a ocorrência do fato gerador do tributo ou a natureza dos elementos constitutivos da obrigação tributária, observados os procedimentos a serem estabelecidos em lei ordinária. A resposta é a letra “e”, sendo feita com base na literalidade do art. 116, parágrafo único, do CTN, incluído pela LC nº 104/2001, a saber: “A autoridade administrativa poderá desconsiderar atos ou negócios jurídicos praticados com a finalidade de dissimular a ocorrência do fato gerador do tributo ou a natureza dos elementos constitutivos da obrigação tributária, observados os procedimentos a serem estabelecidos em lei ordinária”. A letra “a” é falsa, porque se deve considerar para concurso público o conceito de fato gerador da obrigação principal disposto no art. 114, caput, do CTN, que é a situação definida em lei como necessária e suficiente à sua ocorrência. A letra “b” é falsa, eis que a autoridade administrativa deverá considerar como ocorrido o fato gerador e existentes os seus efeitos, tratando-se de situação jurídica, desde o momento em que esteja definitivamente constituída, nos termos de direito aplicável (art. 116, inc. II, do CTN). A letra “c” é falsa, porque o fato gerador da obrigação acessória é qualquer situação que, na forma da legislação aplicável, impõe a prática ou a abstenção de ato que não configure obrigação principal. O conceito de legislação aplicável, de acordo com a jurisprudência dominante, não é somente lei em sentido estrito aprovada pelo Poder Legislativo, mas também as normas complementares previstas no art. 100, do CTN. DIREITO TRIBUTÁRIO EM EXERCÍCIOS PARA A RECEITA FEDERAL PROFESSOR: EDVALDO NILO 22 Prof. Edvaldo Nilo www.pontodosconcursos.com.br O art. 96 do CTN estabelece que a expressão “legislação tributária” compreende as leis, os tratados e as convenções internacionais, os decretos e as normas complementares que versem, no todo ou em parte, sobre tributos e relações jurídicas a eles pertinentes. E o art. 100 do CTN estatui que são normas complementares das leis, dos tratados e das convenções internacionais e dos decretos: I - os atos normativos expedidos pelas autoridades administrativas; II - as decisões dos órgãos singulares ou coletivos de jurisdição administrativa, a que a lei atribua eficácia normativa; III - as práticas reiteradamente observadas pelas autoridades administrativas; IV - os convênios que entre si celebrem a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios. A letra “d” é falsa, uma vez que a autoridade administrativa deverá considerar como ocorrido o fato gerador e existentes os seus efeitos, tratando-se de situação de fato, desde o momento em que o se verifiquem as circunstâncias materiais necessárias a que produza os efeitos que normalmente lhe são próprios (art. 116, inc. I, do CTN). 18.(ESAF/ATA/MF/2009) A obrigação tributária principal: a) extingue-se, com o pedido de parcelamento acompanhado do recolhimento da primeira prestação. b) decorre da legislação tributária e tem por objeto prestações positivas ou negativas, nela previstas no interesse da arrecadação ou da fiscalização dos tributos. c) pelo simples fato de seu não adimplemento suscita imediata inscrição em dívida ativa, independentemente de abertura de prazo para impugnação do lançamento, por parte do interessado. DIREITO TRIBUTÁRIO EM EXERCÍCIOS PARA A RECEITA FEDERAL PROFESSOR: EDVALDO NILO 23 Prof. Edvaldo Nilo www.pontodosconcursos.com.br d) surge com a ocorrência do fato gerador e tem por objeto o pagamento do tributo ou penalidade pecuniária. e) suspende-se, com o devido lançamento, nas três modalidades previstas pelo Código Tributário Nacional. A resposta é a letra “d”, uma vez que a obrigação tributária principal surge com a ocorrência do fato gerador, tem por objeto o pagamento de tributo ou penalidade pecuniária e extingue-se juntamente com o crédito dela decorrente, de acordo com o art. 113, §1°, do CTN. A letra “a” é falsa, pois o parcelamento é forma de suspensão do crédito tributário. São causas de suspensão da exigibilidade do crédito tributário: (i) Moratória; (ii) Depósito do seu montante integral; (iii) Reclamações e os recursos, nos termos das leis reguladoras do processo tributário administrativo; (iv) Concessão de medida liminar em mandado de segurança; (v) Concessão de medida liminar ou de tutela antecipada, em outras espécies de ação judicial; (vi) Parcelamento (art. 151, incs. I a VI). Nesse rumo, a letra “e” também é falsa. A letra “b” é falsa, uma vez que traz o conceito de obrigação tributária acessória, conforme o art. 113, §2°, do CTN. A letra “c” é falsa, eis que existe toda uma relação jurídico- tributária ou uma sequência ordenada de acontecimentos no direito tributário, sendo que a inscrição em dívida ativa não é imediata ou automática. Primeiro, existe a hipótese de incidência ou o fato gerador in abstrato. Depois, ocorre o fato imponível ou o fato gerador in concreto. Daí surge à obrigação tributária, que, com o lançamento tributário, transforma-se em crédito tributário. A seguir, caso o crédito tributário não esteja suspenso ou extinto, ocorre a inscrição em dívida ativa pelas respectivas procuradorias judiciais, extraindo-se DIREITO TRIBUTÁRIO EM EXERCÍCIOS PARA A RECEITA FEDERAL PROFESSOR: EDVALDO NILO 24 Prof. Edvaldo Nilo www.pontodosconcursos.com.br a Certidão de Dívida Ativa (CDA) e se promove a ação de execução fiscal. 19. (ESAF/APO/União/2010) A lei que veicula a normatributária impositiva deverá conter os aspectos indispensáveis para que se possa determinar o surgimento e o conteúdo da obrigação tributária. Sobre esta, analise os itens a seguir, classificando-os como falsos ou verdadeiros. Depois escolha a opção que seja adequada às suas respostas. I. O aspecto material da norma tributária diz respeito à situação geradora da obrigação tributária; II. O aspecto espacial da norma tributária corresponde ao território da pessoa política tributante; III. O aspecto temporal da norma tributária diz respeito ao momento em que se deve considerar ocorrida a situação geradora da obrigação tributária; IV. O aspecto pessoal da norma tributária diz respeito à pessoa em favor de quem a obrigação tributária deva ser cumprida; e V. O aspecto quantitativo da norma tributária se refere ao montante devido na obrigação tributária. a) Todos os itens estão corretos. b) Estão corretos apenas os itens I, II e IV. c) Estão corretos apenas os itens I, II, IV e V. d) Estão corretos apenas os itens II, IV e V. e) Estão corretos apenas os itens III, IV e V. Esta questão é inovadora e a ESAF pela primeira vez cobrou os aspectos da hipótese de incidência tributária. DIREITO TRIBUTÁRIO EM EXERCÍCIOS PARA A RECEITA FEDERAL PROFESSOR: EDVALDO NILO 25 Prof. Edvaldo Nilo www.pontodosconcursos.com.br ITEM I. O aspecto material corresponde ao fato ou estado de fato descrito na norma tributária como ensejador da relação jurídico- tributária. Por exemplo, “prestar serviços”, “auferir renda”, “importar mercadoria”, “exportar mercadoria”, “industrializar produtos”, “possuir propriedade de veículo automotor”, “possuir propriedade imóvel”, dentre outros. Logo, correta. ITEM II. O aspecto espacial da norma tributária diz respeito ao limite territorial da incidência tributária, ou seja, refere-se ao lugar onde ocorre o fato gerador do tributo. Logo, correta. ITEM III. O aspecto temporal da norma tributária delimita a incidência tributária no tempo, isto é, é o momento em que a lei tributária reputar como consumado o fato gerador da obrigação. Portanto, correta. ITEM IV. O aspecto pessoal diz respeito ao sujeito ativo (quem cobra o tributo) e ao sujeito passivo (quem deve recolher o tributo) da norma tributária. Assim, o enunciado do item é incompleto, pois apenas se refere ao sujeito ativo. Todavia, foi considerado correto pelo examinador. ITEM V. O aspecto quantitativo da norma tributária estabelece a quantia devida (quantum debeatur) na obrigação tributária. Assim, em regra, a definição do aspecto quantitativo ocorre pela simples operação de multiplicação da base de cálculo pela alíquota (BC x AL) do tributo. Por exemplo, no imposto sobre serviços de qualquer natureza (ISSQN) de competência municipal e distrital, em geral, aplica-se simplesmente ao valor do serviço a alíquota que oscila entre 2% a 5%. Logo, correta. Em face do exposto, a alternativa considerada correta pelo examinador é a letra “a”. DIREITO TRIBUTÁRIO EM EXERCÍCIOS PARA A RECEITA FEDERAL PROFESSOR: EDVALDO NILO 26 Prof. Edvaldo Nilo www.pontodosconcursos.com.br 20. (AFTN/94/ESAF) As convenções particulares relativas à responsabilidade pelo pagamento de tributos, podem ser opostas à Fazenda Pública, para modificar a definição legal do sujeito passivo das obrigações tributárias correspondentes, a) desde que autorizadas por ato administrativo devidamente fundamentado. b) quando se tratar de taxas ou contribuições, excluindo-se dessa possibilidade os impostos. c) sempre que formalizadas por escrito, na presença de duas testemunhas. d) desde que haja disposição de lei neste sentido. e) quando não se tratar de responsabilidade por infração. A resposta é a letra “d”, de acordo com o art. 123 do CTN, dispondo que: salvo disposições de lei em contrário, as convenções particulares, relativas à responsabilidade pelo pagamento de tributos, não podem ser opostas à Fazenda Pública, para modificar a definição legal do sujeito passivo das obrigações tributárias correspondentes. Assim sendo, em regra, as convenções particulares não podem ser opostas ao Fisco para modificar o sujeito passivo da relação tributária, eis que tais convenções podem ser realizadas, mas só operam efeitos entres as partes contratantes (efeito inter partes), no âmbito do Direito Privado, e não no âmbito do direito tributário onde se obedece ao princípio da legalidade. Por exemplo, no contrato de locação, a obrigação de pagar o IPTU pode ser atribuída ao locatário. Entretanto, tal convenção é irrelevante para o Fisco, que exigirá o pagamento do imposto do sujeito passivo eleito pela lei, qual seja, o proprietário (o locador). Este, se quiser, pode acionar o locatário, DIREITO TRIBUTÁRIO EM EXERCÍCIOS PARA A RECEITA FEDERAL PROFESSOR: EDVALDO NILO 27 Prof. Edvaldo Nilo www.pontodosconcursos.com.br em ação regressiva não tributária, na tentativa de reaver o que antecipou ao Fisco. Noutro exemplo, o acordo entre empregado e empregador para que este não retenha o imposto de renda pessoa física (IRPF) não tem valor legal algum perante o Fisco. Trazemos à colação a seguinte decisão bem explicativa do art. 123 do CTN, a saber: “Nem mesmo o contrato de locação, no qual é atribuída ao locatário a responsabilidade pela quitação dos tributos inerentes ao imóvel, tem o condão de alterar o sujeito passivo da obrigação tributária, consoante dispõe o art. 123 do CTN.” (STJ, 757897/RJ) 21. (AFRF/2000/ESAF) O Código Tributário Nacional chama de ______(1)_______ quem tenha relação pessoal e direta com a situação que constitua o fato gerador da obrigação tributária principal, e de ______(2)______ quem, sem revestir aquela condição, tenha obrigação decorrente de disposição expressa de lei. Em ambos os casos, recebe o nome de ______(3)______ da obrigação tributária principal. a) (1) obrigado, (2) contribuinte legal e (3) co-obrigado. b) (1) contribuinte, (2) responsável, (3) sujeito passivo. c) (1) sujeito passivo, (2) responsável ex lege, (3) devedor. d) (1) sujeito passivo, (2) devedor solidário, (3) sub- rogado. e) (1) sujeito passivo, (2) responsável, (3) contribuinte. A resposta é a letra “b”, de acordo com o art. 121 do CTN. O CTN chama de contribuinte quem tenha relação pessoal e direta com a situação que constitua o fato gerador da obrigação tributária principal, e de responsável quem, sem revestir aquela DIREITO TRIBUTÁRIO EM EXERCÍCIOS PARA A RECEITA FEDERAL PROFESSOR: EDVALDO NILO 28 Prof. Edvaldo Nilo www.pontodosconcursos.com.br condição, tenha obrigação decorrente de disposição expressa de lei. Em ambos os casos, recebe o nome de sujeito passivo da obrigação tributária principal. Vejamos o art. 121 do CTN: “Sujeito passivo da obrigação principal é a pessoa obrigada ao pagamento de tributo ou penalidade pecuniária. Parágrafo único. O sujeito passivo da obrigação principal diz-se: I - contribuinte, quando tenha relação pessoal e direta com a situação que constitua o respectivo fato gerador; II - responsável, quando, sem revestir a condição de contribuinte, sua obrigação decorra de disposição expressa de lei”. 22. (ESAF/Agente Tributário Estadual de MS/2001)É sujeito passivo da obrigação tributária acessória: a) pessoa que tenha interesse comum na situação que constitua seu fato gerador. b) pessoa obrigada às prestações que constituam seu objeto. c) pessoa obrigada ao pagamento de penalidade pecuniária. d) pessoa considerada responsável por disposição legal. e) pessoa obrigada aopagamento do montante do tributo devido. A resposta é a letra “b”, segundo o art. 122 do CTN: é sujeito passivo da obrigação tributária acessória pessoa obrigada às prestações que constituam seu objeto. 23. (TRF/2003/ESAF/Adaptada) Assinale a opção incorreta. a) Os atos normativos, as decisões dos órgãos de jurisdição administrativa com eficácia normativa, os convênios e os DIREITO TRIBUTÁRIO EM EXERCÍCIOS PARA A RECEITA FEDERAL PROFESSOR: EDVALDO NILO 29 Prof. Edvaldo Nilo www.pontodosconcursos.com.br decretos são normas complementares das leis, tratados e convenções internacionais que versem sobre tributos. b) Ressalvadas as exceções constitucionais, os tributos não podem ser cobrados no mesmo exercício financeiro em que foi publicado o ato legal que os criou ou majorou. c) As leis tributárias não podem alterar a definição, o conteúdo e o alcance de conceitos, institutos e formas de direito privado, utilizados para definir ou limitar competências tributárias, expressa ou implicitamente. d) Cada uma das pessoas que tenham interesse comum na situação que constitua o fato gerador da obrigação principal responde por todo o débito tributário, aproveitando aos demais o pagamento que for feito. e) O Código Tributário Nacional diz o que se considera domicílio tributário, podendo a autoridade administrativa recusar o domicílio tributário escolhido pelo contribuinte quando dificulte ou impossibilite a arrecadação ou fiscalização. A letra “a” é incorreta, pois os atos normativos, as decisões dos órgãos de jurisdição administrativa com eficácia normativa, os convênios e as práticas reiteradamente observadas pelas autoridades administrativas são normas complementares das leis, tratados e convenções internacionais e dos decretos (CTN, art. 100, I a IV). A letra “b” é correta, pois, ressalvadas as exceções constitucionais (CF, art. 150, §1°), os tributos não podem ser cobrados no mesmo exercício financeiro em que foi publicado o ato legal que os criou ou majorou. A letra “c” é correta, eis que as leis tributárias não podem alterar a definição, o conteúdo e o alcance de conceitos, institutos e DIREITO TRIBUTÁRIO EM EXERCÍCIOS PARA A RECEITA FEDERAL PROFESSOR: EDVALDO NILO 30 Prof. Edvaldo Nilo www.pontodosconcursos.com.br formas de direito privado, utilizados para definir ou limitar competências tributárias, expressa ou implicitamente, de acordo com o art. 110 do CTN. A letra “d” é correta, uma vez que cada uma das pessoas que tenham interesse comum na situação que constitua o fato gerador da obrigação principal responde por todo o débito tributário, aproveitando aos demais o pagamento que for feito, de acordo com os arts. 124, I c/c 125, I, do CTN. A letra “e” é correta, eis que o CTN diz o que se considera domicílio tributário, podendo a autoridade administrativa recusar o domicílio tributário escolhido pelo contribuinte quando dificulte ou impossibilite a arrecadação ou fiscalização, de acordo com art. 127, §2°, do CTN. 24. (AFTN/94/ESAF) Duas pessoas têm a compropriedade desigual de um imóvel urbano. Sob o ponto de vista do IPTU, pode-se afirmar que seu pagamento é da responsabilidade a) de ambos, proporcionalmente à participação de cada qual. b) do titular do imóvel, que se tiver inscrito como tal. c) principal do proprietário da quota majoritária e subsidiária do outro. d) de ambos, podendo ser exigida de cada um deles a dívida toda. e) solidária de ambos, cabendo porém para o minoritário o benefício de ordem. É o caso de solidariedade passiva denominada de natural, podendo-se afirmar que o pagamento do IPTU é da DIREITO TRIBUTÁRIO EM EXERCÍCIOS PARA A RECEITA FEDERAL PROFESSOR: EDVALDO NILO 31 Prof. Edvaldo Nilo www.pontodosconcursos.com.br responsabilidadede ambos, podendo ser exigida de cada um deles a dívida toda, conforme o art. 124, I, do CTN. A solidariedade naturalacontece entre pessoas que tenham interesse comum na situação que constitua o fato gerador da obrigação tributária. Por exemplo, vários irmãos como co-proprietários de um imóvel quanto ao IPTU; ou o pagamento de IPTU pertencente a um casal, em que ambos são proprietários do bem. Portanto, é a letra “d”. 25. (AFRF/2002.2/ESAF) Assinale a opção errada entre as relacionadas abaixo. Salvo disposição de lei em contrário, são os seguintes os efeitos da solidariedade tributária: a) o pagamento efetuado por um dos obrigados aproveita aos demais. b) a isenção ou remissão de crédito exonera todos os obrigados, salvo se outorgada pessoalmente a um deles, subsistindo, nesse caso, a solidariedade quanto aos demais pelo saldo. c) a interrupção da prescrição, em favor de um dos obrigados, favorece aos demais. d) a interrupção da prescrição, contra um dos obrigados, prejudica aos demais. e) ao demandado assiste o direito de apontar o devedor originário para solver o débito e assim exonerar-se. Com efeito, salvo disposição de lei em contrário, os efeitos da solidariedade são os seguintes: (i)o pagamento efetuado por um dos obrigados aproveita aos demais; (ii)a isenção ou remissão de crédito exonera todos os obrigados, salvo se outorgada pessoalmente a um deles, subsistindo, nesse caso, a DIREITO TRIBUTÁRIO EM EXERCÍCIOS PARA A RECEITA FEDERAL PROFESSOR: EDVALDO NILO 32 Prof. Edvaldo Nilo www.pontodosconcursos.com.br solidariedade quanto aos demais pelo saldo; (iii)a interrupção da prescrição, em favor ou contra um dos obrigados, favorece ou prejudica aos demais. Preste atenção: o art. 124 do CTN dispõe que são solidariamente obrigadas (i) as pessoas que tenham interesse comum na situação que constitua o fato gerador da obrigação principal ou (ii) as pessoas expressamente designadas por lei. Assim sendo, a alternativa errada é a letra “e”, pois não pode o demandado apontar o devedor originário para solver o débito e assim exonerar-se, eis que a solidariedade passiva tributária não comporta benefício de ordem (CTN, art. 124, parágrafo único). Com efeito, solidariedade tributária passiva não comporta benefício de ordem, podendo o Fisco escolher que um dos devedores responda pelo cumprimento total da obrigação tributária, não observando qualquer ordem de vocação. Deste modo, não fica o Fisco adstrito a uma ordem de preferência, não podendo os co-obrigados invocar “beneficio de ordem”, a fim de que sejam executados, em primeiro lugar, os bens de um suposto devedor, como acontece em situações reguladas no direito civil. 26. (FTE/PA/2002/ESAF) Relativamente aos efeitos da solidariedade tributária passiva, é correto afirmar que a) o pagamento feito por apenas um dos obrigados não aproveita aos demais. b) a isenção objetiva aproveita a todos. c) a remissão concedida pessoalmente a um dos obrigados aproveita aos demais. d) a interrupção da prescrição contra um dos coobrigados atinge a todos os demais. DIREITO TRIBUTÁRIO EM EXERCÍCIOS PARA A RECEITA FEDERAL PROFESSOR: EDVALDO NILO 33 Prof. Edvaldo Nilo www.pontodosconcursos.com.br e) não se aplicam aos responsáveis tributários. Conforme estudamos na questão anterior, a resposta certa é a “b”, eis que a isenção objetiva (referente a determinado objeto, por exemplo, determinada propriedade imobiliária) aproveita a todos e não a isenção subjetiva (referente a pessoa). 27. (ATN/Recife/2003/ESAF) Estabelece o Código Tributário Nacional que, salvo disposição de lei em contrário, a solidariedade tributária produz o seguinte efeito, entre outros: a) a interrupção da decadênciado direito de a Fazenda Pública constituir o crédito tributário, em favor ou contra um dos obrigados, favorece ou prejudica aos demais. b) a isenção ou anistia de crédito tributário, concedida em caráter geral, exonera todos os obrigados, mas se concedida pessoalmente a um deles, a solidariedade subsiste, quanto aos demais, pelo saldo. c) o pagamento efetuado por um dos obrigados não aproveita aos demais. d) a isenção ou remissão de crédito tributário exonera todos os obrigados, salvo se outorgada pessoalmente a um deles, subsistindo, nesse caso, a solidariedade quanto aos demais pelo saldo. e) não liquidado, no prazo legal, o crédito tributário da Fazenda Pública, o co-devedor que for prejudicado, em virtude da omissão do sujeito passivo principal no cumprimento da obrigação tributária, fará jus ao benefício de ordem. DIREITO TRIBUTÁRIO EM EXERCÍCIOS PARA A RECEITA FEDERAL PROFESSOR: EDVALDO NILO 34 Prof. Edvaldo Nilo www.pontodosconcursos.com.br De acordo com o art. 125 do CTN, salvo disposição de lei em contrário, os efeitos da solidariedade são os seguintes: (i)o pagamento efetuado por um dos obrigados aproveita aos demais; (ii)a isenção ou remissão de crédito exonera todos os obrigados, salvo se outorgada pessoalmente a um deles, subsistindo, nesse caso, a solidariedade quanto aos demais pelo saldo; (iii)a interrupção da prescrição, em favor ou contra um dos obrigados, favorece ou prejudica aos demais. Assim sendo, a resposta é a letra “d”, eis que a isenção ou remissão de crédito tributário exonera todos os obrigados, salvo se outorgada pessoalmente a um deles, subsistindo, nesse caso, a solidariedade quanto aos demais pelo saldo. 28. (AFRF/2002.1/ESAF) Avalie a correção das afirmações abaixo. Atribua a letra V para as verdadeiras e F para as falsas. Em seguida, marque a opção que contenha tais letras na seqüência correta. 1. Relativamente ao imposto territorial rural notificado a apenas um dos condôminos, o outro condômino está excluído de qualquer responsabilidade. 2. A solidariedade tributária, segundo os princípios gerais vigentes em nosso direito, não se presume, pois tem de estar prevista em lei. 3. Normalmente, quando há solidariedade tributária e um dos devedores é perdoado por lei, a dívida se reparte pelos demais, que respondem pela totalidade. a) V, V, V. b) V, V, F. c) V, F, F. d) F, F, F. DIREITO TRIBUTÁRIO EM EXERCÍCIOS PARA A RECEITA FEDERAL PROFESSOR: EDVALDO NILO 35 Prof. Edvaldo Nilo www.pontodosconcursos.com.br e) F, V, F. O primeiro item é falso, pois o imposto territorial rural (ITR) notificado a apenas um dos condôminos, não exclui o outro condômino de qualquer responsabilidade. No caso, a solidariedade decorre do interesse comum na situação que constitua o fato gerador da obrigação principal. O segundo item é verdadeiro, pois, a solidariedade tributária, segundo os princípios gerais vigentes em nosso direito, não se presume, pois tem de estar prevista em lei. É decorrência lógica do princípio da legalidade. O terceiro item é falso, pois, normalmente, quando há solidariedade tributária e um dos devedores é perdoado por lei, tal anistia tributária exonera todos os demais obrigados (CTN, art. 125, II). Portanto, a resposta é a letra “e”. 29. (AFTE/RN/2005/ESAF) Marque a resposta correta, considerando as formulações abaixo. I - As pessoas que tenham interesse comum na situação que constitua o fato gerador da obrigação principal são solidariamente obrigadas. II - A obrigação tributária acessória, pelo simples fato da sua inobservância, converte-se em obrigação principal relativamente à penalidade não pecuniária. III - O Código Tributário Nacional não permite a tributação de rendas provenientes de atividades ilícitas. IV - De acordo com o Código Tributário Nacional, cabe exclusivamente à autoridade judicial competente desconsiderar, em decisão fundamentada, os atos ou DIREITO TRIBUTÁRIO EM EXERCÍCIOS PARA A RECEITA FEDERAL PROFESSOR: EDVALDO NILO 36 Prof. Edvaldo Nilo www.pontodosconcursos.com.br negócios jurídicos praticados com a finalidade de dissimular a natureza dos elementos constitutivos da obrigação tributária. a) Somente I é verdadeira. b) Somente I e II são verdadeiras. c) Somente I, II e III são verdadeiras. d) Somente II, III e IV são verdadeiras. e) Somente III e IV são verdadeiras. O item I é verdadeiro, pois as pessoas que tenham interesse comum na situação que constitua o fato gerador da obrigação principal são solidariamente obrigadas, conforme art. 124, I, do CTN. O item II é falso, uma vez que a obrigação tributária acessória, pelo simples fato da sua inobservância, converte-se em obrigação principal relativamente à penalidade pecuniária (CTN, art. 113, §3°). O item III é falso, porque o CTN permite a tributação de rendas provenientes de atividades ilícitas, de acordo com o art. 118, I. O item IV é falso, pois, de acordo com o parágrafo único do art. 116 do CTN, cabe à autoridade administrativa competente desconsiderar os atos ou negócios jurídicos praticados com a finalidade de dissimular a natureza dos elementos constitutivos da obrigação tributária, observados os procedimentos a serem estabelecidos em lei ordinária. Em face do exposto, a resposta é a letra “a”, pois somente o item I é verdadeiro. 30. (TRF/2000/ESAF) DIREITO TRIBUTÁRIO EM EXERCÍCIOS PARA A RECEITA FEDERAL PROFESSOR: EDVALDO NILO 37 Prof. Edvaldo Nilo www.pontodosconcursos.com.br (i) Quando a lei se refere à obrigação tributária principal, ela quer se referir aos procedimentos exigidos do contribuinte para assegurar a melhor fiscalização do pagamento? (ii) O sujeito ativo da obrigação tributária se define como aquele que atua no cumprimento da obrigação tributária por iniciativa própria, independentemente da ação do fisco? (iii) Nos casos de solidariedade, por interesse comum na situação que constitua fato gerador da obrigação tributária principal, pode o devedor exigir que o credor cobre a dívida primeiro do outro responsável? a) não, não, não. b) sim, sim, sim. c) não, não, sim. d) não, sim, sim. e) sim, não, não. A resposta é não ao primeiro item, porque quando a lei se refere à obrigação tributária acessória, ela quer se referir aos procedimentos exigidos do contribuinte para assegurar a melhor fiscalização do pagamento. A resposta é não ao segundo item, porque o sujeito ativo da obrigação tributária é a pessoa jurídica de direito público, que é titular da competência para exigir o seu cumprimento. A resposta é não também ao terceiro item. Nos casos de solidariedade, por interesse comum na situação que constitua fato gerador da obrigação tributária principal, não pode o devedor exigir que o credor faça a cobrança da dívida primeiro do outro responsável. A solidariedade passiva tributária não comporta benefício de ordem. Em face do exposto, a resposta é a letra “a”. DIREITO TRIBUTÁRIO EM EXERCÍCIOS PARA A RECEITA FEDERAL PROFESSOR: EDVALDO NILO 38 Prof. Edvaldo Nilo www.pontodosconcursos.com.br 31. (AFPS/2002/ESAF) Relativamente ao tema obrigação tributária, o Código Tributário Nacional estabelece que, salvo disposição de lei em contrário, a solidariedade tributária passiva produz o seguinte efeito, entre outros: a) a suspensão da prescrição, em favor ou contra um dos obrigados, favorece ou prejudica os demais. b) o pagamento efetuado por um dos obrigados não aproveita aos demais. c) a isenção ou anistia do créditotributário exonera todos os obrigados, salvo se outorgada pessoalmente a um deles, subsistindo, nesse caso, a solidariedade quanto aos demais pelo saldo. d) a isenção ou remissão de crédito exonera todos os obrigados, salvo se outorgada pessoalmente a um deles, subsistindo, nesse caso, a solidariedade quanto aos demais pelo saldo. e) a interrupção da prescrição em favor de um dos obrigados não favorece os demais. A resposta é a letra “d”, de acordo com o art. 125, II, do CTN, a saber: a isenção ou remissão de crédito exonera todos os obrigados, salvo se outorgada pessoalmente a um deles, subsistindo, nesse caso, a solidariedade quanto aos demais pelo saldo. 32. (ESAF/AFRFB/2010) Sobre a solidariedade e os sujeitos da obrigação tributária, com base no Código Tributário Nacional, assinale a opção correta. DIREITO TRIBUTÁRIO EM EXERCÍCIOS PARA A RECEITA FEDERAL PROFESSOR: EDVALDO NILO 39 Prof. Edvaldo Nilo www.pontodosconcursos.com.br a) O sujeito ativo da obrigação tributária é a pessoa jurídica de direito público que detém capacidade ativa, sendo esta indelegável. b) No pólo ativo da relação jurídico-tributária, necessariamente deve figurar pessoa jurídica de direito público. c) O contribuinte de fato integra a relação jurídico-tributária, haja vista possuir relação direta com o fato gerador da obrigação. d) Em regra, há solidariedade entre o contribuinte de fato e o contribuinte de direito, na relação jurídico-tributária. e) A solidariedade ativa decorre da situação em que houve delegação do poder de arrecadar e fiscalizar tributos. Letra (A). A competência tributária é indelegável, mas a capacidade tributária ativa é delegável. Assim, o art. 7° do CTN dispõe sobre a possibilidade de delegação da capacidade tributária ativa, quando estabelece que as atribuições de fiscalizar tributos, ou de executar leis, serviços, atos ou decisões administrativas em matéria tributária pode ser conferida por uma pessoa jurídica de direito público a outra. Logo, incorreta. Letra (B). O examinador adotou a interpretação literal do art. 119 do CTN, estabelecendo que o sujeito ativo da obrigação é a pessoa jurídica de direito público, titular da competência para exigir o seu cumprimento. Logo, correta. Letra (C). O contribuinte de direito (CTN, art. 121, inc. I) é aquele que tem relação pessoal e direta com o fato gerador. O contribuinte de fato surge apenas nos impostos indiretos (IPI e ICMS), sendo aquele que sofre com a repercussão econômica do DIREITO TRIBUTÁRIO EM EXERCÍCIOS PARA A RECEITA FEDERAL PROFESSOR: EDVALDO NILO 40 Prof. Edvaldo Nilo www.pontodosconcursos.com.br tributo (em regra, consumidor final) e, em princípio, não integra a relação jurídico-tributária. Logo, incorreta. Letra (D). A solidariedade decorre de lei e não há previsão legal que estabeleça solidariedade entre o contribuinte de fato e o contribuinte de direito. Logo, incorreta. Letra (E). Inexiste solidariedade ativa no direito tributário, em face da rigidez do sistema federativo tributário. Logo, incorreta. 33. (AFRF/2002.1/ESAF) (i) As sociedades sem personalidade jurídica, quando demandadas, poderão opor ao fisco a inexistência de sua constituição formal? (ii) Segundo decorre do Código Tributário Nacional, silvícola, enquanto durar sua incapacidade civil, é passível de ter capacidade tributária? (iii) Certa pessoa dedicada ao comércio ambulante, sem endereço fixo, somente encontrado junto à sua banca de comércio, poderá ser considerada pela autoridade fiscalizadora como sem domicílio fiscal? a) Não, Sim, Não. b) Sim, Sim, Não. c) Sim, Não, Sim. d) Não, Não, Não. e) Sim, Sim, Sim. A resposta do primeiro item é não. As sociedades sem personalidade jurídica (sociedades irregulares ou sociedades de fato), quando demandadas, não poderão opor ao fisco a inexistência de sua constituição formal, de acordo com inc. III do art. 126 do CTN. DIREITO TRIBUTÁRIO EM EXERCÍCIOS PARA A RECEITA FEDERAL PROFESSOR: EDVALDO NILO 41 Prof. Edvaldo Nilo www.pontodosconcursos.com.br A resposta do segundo item é sim, pois, segundo o art. 126, I, do CTN, o silvícola (índio), enquanto durar sua incapacidade civil, é passível de ter capacidade tributária passiva. A resposta do terceiro item é não. Certa pessoa dedicada ao comércio ambulante, sem endereço fixo, somente encontrado junto à sua banca de comércio, não poderá ser considerada pela autoridade fiscalizadora como sem domicílio fiscal. O art. 127, I, do CTN, dispõe que na falta de eleição, pelo contribuinte ou responsável, de domicílio tributário, na forma da legislação aplicável, considera-se como tal quanto às pessoas naturais, a sua residência habitual, ou, sendo esta incerta ou desconhecida, o centro habitual de sua atividade. Portanto, a resposta é a letra “a”. 34. (AFTN/94/ESAF) Suponha que você é consultado a respeito de quatro situações fiscais: (1ª) um menor de 12 anos de idade herda um grande patrimônio; (2ª) um pródigo que dissipava todo o seu patrimônio foi interditado judicialmente; (3º) uma sociedade não chegou a ser formalizada por escrito e portanto não tinha seus atos constitutivos arquivados na Junta Comercial; (4º) uma sociedade de profissionais foi dissolvida por decisão judicial, porém continuou suas atividades. Os atos dessas quatro pessoas (naturais e jurídicas) geraram rendimentos tributáveis. Eles têm capacidade de serem sujeitos passivos de obrigações tributárias? DIREITO TRIBUTÁRIO EM EXERCÍCIOS PARA A RECEITA FEDERAL PROFESSOR: EDVALDO NILO 42 Prof. Edvaldo Nilo www.pontodosconcursos.com.br a) Apenas os representantes ou assistentes das pessoas naturais incapazes são contribuintes: o pai, o tutor, etc. b) Sim, todas essas quatro pessoas têm capacidade tributária, independentemente de terem ou não capacidade civil. c) Apenas as duas pessoas jurídicas de fato são contribuintes; as pessoas naturais não. d) O menor de idade não pode ser contribuinte. Os demais, sim. e) Nenhuma das quatro pessoas (naturais ou jurídicas) tem aptidão para ser sujeito passivo de obrigação tributária. A resposta é a letra “b”. A capacidade tributária passiva é a aptidão para ser sujeito passivo da relação tributária. A capacidade tributária passiva independe: (i) da capacidade civil das pessoas naturais; (ii) de achar-se a pessoa natural sujeita a medidas que importem privação ou limitação do exercício de atividades civis, comerciais ou profissionais, ou da administração direta de seus bens ou negócios; (iii) de estar a pessoa jurídica regularmente constituída, bastando que configure uma unidade econômica ou profissional. Ou seja, de acordo com o art. 126, I a III, do CTN, têm capacidade de serem sujeitos passivos de obrigações tributárias: (i) um menor de 12 anos de idade herda um grande patrimônio; DIREITO TRIBUTÁRIO EM EXERCÍCIOS PARA A RECEITA FEDERAL PROFESSOR: EDVALDO NILO 43 Prof. Edvaldo Nilo www.pontodosconcursos.com.br (ii) um pródigo (famoso gastador incontrolável) que dissipava todo o seu patrimônio foi interditado judicialmente; (iii) uma sociedade que não chegou a ser formalizada por escrito e, portanto, não tinha seus atos constitutivos arquivados na Junta Comercial (sociedade de fato); (iv) uma sociedade de profissionais dissolvida por decisão judicial, porém continuou suas atividades (sociedade irregular). Veja que o enunciado da questão salienta que os atos dessas quatro pessoas (naturais e jurídicas)geraram rendimentos tributáveis. 35. (ATN Fortaleza/2003/ESAF) Marque a resposta correta, em consonância com as disposições pertinentes do Código Tributário Nacional. a) É denominado responsável o sujeito passivo da obrigação tributária principal que tem relação pessoal e direta com a situação que constitua o respectivo fato gerador. b) É vedado às leis tributárias atribuir capacidade tributária passiva à pessoa natural que o Código Civil considere absolutamente incapaz. c) As pessoas que tenham interesse comum na situação que constitua o fato gerador da obrigação principal são solidariamente responsáveis. d) É vedado à autoridade administrativa recusar o domicílio eleito pelo sujeito passivo, no caso de tal eleição dificultar a arrecadação ou a fiscalização do tributo. e) Salvo disposição legal em contrário, acordo particular, por constituir lei entre as partes, pode ser oposto à Fazenda DIREITO TRIBUTÁRIO EM EXERCÍCIOS PARA A RECEITA FEDERAL PROFESSOR: EDVALDO NILO 44 Prof. Edvaldo Nilo www.pontodosconcursos.com.br Pública, para modificar a definição legal do sujeito passivo das obrigações tributárias correspondentes, hipótese em que fica afastada a responsabilidade do contribuinte pelo pagamento dos tributos, dando lugar à responsabilidade tributária integral do terceiro que tem relação direta e pessoal com a situação constitutiva do gerador. A letra “a” é incorreta, eis que é denominado contribuinte e não responsável o sujeito passivo da obrigação tributária principal que tem relação pessoal e direta com a situação que constitua o respectivo fato gerador. A letra “b” é incorreta, pois não é proibido (vedado) às leis tributárias atribuir capacidade tributária passiva à pessoa natural que o Código Civil considere absolutamente incapaz, conforme art. 126, I, do CTN. A letra “c” é correta, uma vez que as pessoas que tenham interesse comum na situação que constitua o fato gerador da obrigação principal são solidariamente responsáveis (CTN, art. 124, I). A letra “d” é incorreta, pois não é vedado à autoridade administrativa recusar o domicílio eleito pelo sujeito passivo, no caso de tal eleição dificultar a arrecadação ou a fiscalização do tributo, conforme §2°, do art. 127 do CTN. A letra “e” é incorreta, pois, salvo disposição legal em contrário, acordo particular, por constituir lei entre as partes, não pode ser oposto à Fazenda Pública, para modificar a definição legal do sujeito passivo das obrigações tributárias correspondentes, conforme o art. 123 do CTN. DIREITO TRIBUTÁRIO EM EXERCÍCIOS PARA A RECEITA FEDERAL PROFESSOR: EDVALDO NILO 45 Prof. Edvaldo Nilo www.pontodosconcursos.com.br 36. (AFRE/MG/2005/ESAF) Considerando o tema “obrigação tributária”, marque com (V) a assertiva verdadeira e com (F) a falsa, assinalando ao final a opção correspondente. ( ) A obrigação acessória nasce em razão da ocorrência de um fato gerador, contudo depende sempre de uma providência a ser tomada pela autoridade fiscal. ( ) A definição legal do fato gerador deve ser verificada independentemente da validade jurídica dos atos praticados. ( ) A pessoa interditada judicialmente pode ser considerada sujeito passivo da obrigação tributária. ( ) Quando o fato gerador da obrigação tributária é um negócio jurídico sob condição suspensiva, considera-se nascida a obrigação desde o momento em que se verificar a condição. a) F, V, F, F. b) F, V, F, V. c) F, V, V, V. d) V, F, V, F. e) V, V, V, V. O primeiro item é falso, pois a obrigação acessória nasce em razão da ocorrência de um fato gerador e não depende para ocorrer de uma providência a ser tomada pela autoridade fiscal. Lembramos que a obrigação acessória, pelo simples fato da sua inobservância, converte-se em obrigação principal relativamente à penalidade pecuniária. O segundo item é verdadeiro, pois a definição legal do fato gerador deve ser verificada independentemente da validade jurídica dos atos praticados (CTN, art. 118, I). DIREITO TRIBUTÁRIO EM EXERCÍCIOS PARA A RECEITA FEDERAL PROFESSOR: EDVALDO NILO 46 Prof. Edvaldo Nilo www.pontodosconcursos.com.br O terceiro item é verdadeiro, eis que a pessoa interditada judicialmente pode ser considerada sujeito passivo da obrigação tributária (CTN, art. 126, II). O quarto item é verdadeiro, pois quando o fato gerador da obrigação tributária é um negócio jurídico sob condição suspensiva, considera-se nascida a obrigação desde o momento em que se verificar a condição (CTN, art. 117, I). Portanto, a resposta é a letra “c”. 37. (ESAF/Auditor Fiscal/Natal/2008) Sobre os sujeitos da obrigação tributária, assinale a única opção correta. a) O sujeito ativo da obrigação tributária é, necessariamente, a pessoa jurídica de direito público titular da competência para instituir o tributo. b) Pessoa jurídica de direito privado pode figurar como sujeito ativo da obrigação tributária, haja vista o CTN prever, expressamente, a possibilidade de delegação das funções de arrecadar ou fiscalizar tributos. c) O contribuinte de fato ou de direito é considerado sujeito passivo da obrigação tributária, independentemente de possuir relação pessoal e direta com o fato gerador. d) As convenções particulares, relativas à responsabilidade pelo pagamento de tributos, não podem ser opostas à Fazenda Pública, mesmo que haja lei em sentido contrário. e) A sociedade comercial informalmente constituída pode figurar como sujeito passivo de uma obrigação tributária. A letra “a” está incorreta, conforme art. 119 do CTN, dispondo que sujeito ativo da obrigação é a pessoa jurídica de direito público, titular da competência para exigir o seu cumprimento. DIREITO TRIBUTÁRIO EM EXERCÍCIOS PARA A RECEITA FEDERAL PROFESSOR: EDVALDO NILO 47 Prof. Edvaldo Nilo www.pontodosconcursos.com.br A alternativa “b” está incorreta, conforme a interpretação dos 7° (“A competência tributária é indelegável, salvo atribuição das funções de arrecadar ou fiscalizar tributos, ou de executar leis, serviços, atos ou decisões administrativas em matéria tributária, conferida por uma pessoa jurídica de direito público a outra”) e 119 do CTN. A alternativa “c” está incorreta, eis que o contribuinte de fato não é considerado sujeito passivo da relação tributária. O contribuinte de direito deve ter relação pessoal e direta com a situação que constitua o respectivo fato gerador (CTN, art. 121, I). A alternativa “d” está incorreta, uma vez que existindo dispositivo de lei em contrário, as convenções particulares, relativas à responsabilidade pelo pagamento de tributo, podem ser opostas à Fazenda Pública, para modificar a definição legal do sujeito passivo das obrigações tributárias correspondentes, de acordo com o art. 123 do CTN. A alternativa “e” está correta, pois, de acordo com o art. 126, III do CTN, a capacidade tributária passiva independe de estar a pessoa jurídica regularmente constituída, bastando que configure uma unidade econômica ou profissional. 38. (ESAF/Auditor Fiscal/Natal/2008) Sobre a solidariedade e capacidade tributária, assinale a única opção correta. a) Em virtude da rigidez constitucional, que promoveu a distribuição de competências tributárias entre os entes políticos, não encontra respaldo, no ordenamento jurídico nacional, a solidariedade ativa em matéria tributária. DIREITO TRIBUTÁRIO EM EXERCÍCIOS PARA A RECEITA FEDERAL PROFESSOR: EDVALDO NILO 48 Prof. Edvaldo Nilo www.pontodosconcursos.com.br b) Pode o poder público
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