Buscar

Organização do Espaço na Educação Infantil

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

�PAGE �
Além Paraíba
2017
	
	
Sumário
1 INTRODUÇÃO........................................................................................................03 
2 REFERENCIAL TEÓRICO......................................................................................04
2.1 Prática pedagógica.............................................................................................07 
CONSIDERAÇÕES FINAIS.......................................................................................11
REFERÊNCIAS..........................................................................................................12
��
1 INTRODUÇÃO
Ninguém acende uma lâmpada para colocá-la em lugar escondido ou debaixo de uma vasilha, e sim para colocá-la no candeeiro, a fim de que todos os que entram vejam a sua luz. 
LC 11:33
É neste período da educação, (Educação infantil) que a criança tende a desenvolver e utilizar o lúdico de forma espontânea na sua interação com o mundo. Assim, se justifica a preocupação com o fazer do professor, com a forma como ele vivencia o lúdico no seu cotidiano escolar, a preocupação de investigar, ainda, o seu reconhecimento ou não do significado de sua atuação e da utilização da ludicidade na vida das crianças. 
O tema estudado através deste trabalho de pesquisa, a vivência lúdica do professor da educação infantil, coloca em evidência a importância da entrega total às atividades lúdicas desse professor de educação infantil. O educador é um mediador na Educação infantil, possibilitando oportunidades da criança se expressar, por meio de atividades que interessem a criança. 
Se a criança for respeitada em seus interesses e subsidiada em suas buscas, manterá vivo o prazer de aprender e fará da construção do seu conhecimento uma deliciosa aventura no caminho da sabedoria.
Neste contexto, o lúdico pode ser um agente facilitador do desenvolvimento e da aprendizagem, o que nos instiga a investigar como o lúdico está sendo concebido e trabalhado pelos professores de Educação Infantil, considerando-se ainda que essa é uma atividade essencial para o desenvolvimento integral da criança.
	
2 REFERENCIAL TEÓRICO 
No contexto histórico social que vivemos, muito se tem referenciado à importância do lúdico na educação das crianças, pois é através do lúdico que a criança amplia seus horizontes, desenvolve seu pensamento lógico, se diverte, se alegra e faz do brincar um meio de satisfazer seus desejos e necessidades infantis. Além disso, explora e aprende sobre pessoas, objetos e o mundo que a rodeia. 
Com essas possibilidades de inserção, a criança vive momentos de reviver situação do seu cotidiano familiar e social, aprendendo a lidar com o mundo dentro de si, suas emoções e fantasias, frustrações e alegrias. 
A palavra ludicidade tem sua origem na palavra latina "ludus" que quer dizer "jogo". Se achasse confinada a sua origem, o termo lúdico estaria se referindo apenas ao jogo, ao brincar, ao movimento espontâneo, mas passou a ser reconhecido como traço essencialmente psicofisiológico, ou seja, uma necessidade básica da personalidade do corpo e da mente no comportamento humano, as implicações das necessidades lúdicas extrapolaram as demarcações do brincar espontâneo de modo que a definição deixou de ser o simples sinônimo de jogo. O lúdico faz parte das atividades essenciais da dinâmica humana, trabalhando com a cultura corporal, movimento e expressão (ALMEIDA, 2006). 
         Os jogos e as brincadeiras estão presentes em todos as fazes da vida dos seres humanos, tornando especial a sua existência, o lúdico acrescenta um ingrediente indispensável no relacionamento entre as pessoas, possibilitando que a criatividade aflore. Sabendo que o jogo é reconhecido como meio de fornecer à criança um ambiente agradável, motivador, planejado e enriquecido, que possibilita a aprendizagem de várias habilidades, trabalhando também o desempenho dentro e fora da sala de aula.
Para que o lúdico traga esse benefício, é preciso que o professor trabalhe junto com os professores de outras disciplinas, apresentando um ensino com aplicação na realidade.
Baseado nisto, Antunes (2002, p. 155-156) afirma que: 
É fundamental enfatizarmos a importância do professor literalmente "trazer a rua e a vida" para a sala de aula, fazendo com que seus alunos percebam os fundamentos da matéria que ensina na aplicação da realidade. Usar uma construção em argila, móbiles ou montagens para estudar o movimento ou perceber o deslocamento do ar, tudo é uma serie de atividade, se refletidas e depois idealizadas por uma equipe docente verdadeiramente empenhada, transposta para uma estruturação de projetos pedagógicos, podem facilmente se traduzir em inúmeros recursos que associam a inteligência cinestésico-corporal e outras ao fantástico mundo da ciência, o delicioso êxtase pelo mundo do saber.   
  
Para Kishimoto (2001), existe uma diferença do brinquedo para o material pedagógico baseado na natureza dos objetivos da ação educativa, apresentando seu interesse sobre o jogo pedagógico, quando afirma: 
 Ao permitir a manifestação do imaginário infantil, por meio de objetos simbólicos dispostos intencionalmente, à função pedagógica subsidia o desenvolvimento integral da criança. Neste sentido, qualquer jogo empregado na escola, desde que respeite a natureza do ato lúdico, apresenta caráter educativo e pode receber também a denominação geral de jogo educativo (KISHIMOTO, 2001, p.83).     
O jogo na escola apresenta benefício a toda criança, um desenvolvimento completo do corpo e da mente por inteiro. Por isso, na atividade lúdica, o que importa não é apenas o produto da atividade que dela resulta, mas a própria ação, momentos de fantasia que são transformados em realidade, momentos de percepção, de conhecimentos, momentos de vida. Este jogo permite também o surgimento da afetividade cujo território é o dos sentimentos, das paixões, das emoções, por onde transitam medos, sofrimentos, interesses e alegrias. Uma relação educativa que pressupõe o conhecimento de sentimentos próprios e alheios que requerem do educador uma atenção mais profunda e um interesse em querer conhecer mais e conviver com o aluno; o envolvimento afetivo, como também o cognitivo de todo o processo de criatividade que envolve o sujeito-ser-criança (ALMEIDA, 2006).     
É por todos estes motivos que a ludicidade é uma necessidade do ser humano em qualquer idade e não pode ser vista apenas como diversão, mas como um aprendizado. Os desenvolvimentos pessoais que a ludicidade proporciona associados aos fatores sociais e culturais colaboram para uma boa saúde física e mental, facilitando o processo de socialização, comunicação, construção de conhecimento, além de um desenvolvimento pleno e integral dos indivíduos envolvidos no processo de ensino-aprendizagem.
Brincar é uma parte fundamental da aprendizagem e do desenvolvimento nos primeiros anos de vida. A criança que brinca com algum amigo, sozinho, com os brinquedos e personagens imaginários, desenvolve seu potencial criativo e insere-se num mundo que pode ser só dela, de todos, a todo momento, em qualquer lugar.
Isso demonstra a variedade das situações e oportunidades que o brinquedo e a brincadeira promovem no universo infantil. 
O conceito de brincar é infinitamente flexível, oferecendo escolhas e permitindo liberdade de interpretação. 
A maioria dos profissionais que trabalham com a educação e o cuidado inicial de crianças pequenas ao redor do mundo normalmente concorda que brincar é importante para o desenvolvimento, a aprendizagem e o bem-estar delas.
O brinquedo supõe uma relação intima com a criança e uma indeterminação quanto ao uso, ou seja, a ausência de um sistema de regras que organizam sua utilização. (KISHIMOTO, 1994)
Para a criança, o “estar brincando”
já sobrepõe qualquer justificativa. Ela está concretizando seu desejo, suas dúvidas, interagindo com o seu “mundo”. 
O brinquedo contém sempre uma referência ao tempo de infância do adulto com representações vinculadas pela memória e imaginações. O vocábulo “brinquedo” não pode ser reduzido à pluralidade de sentidos do jogo, pois conota a criança e tem uma dimensão material, cultural e técnica. Enquanto objeto, é sempre suporte de brincadeira.
O brinquedo é a oportunidade de desenvolvimento. Brincando, a criança experimenta, descobre, inventa, aprende e confere habilidades. Além de estimular a curiosidade, a autoconfiança e a autonomia, proporcionam o desenvolvimento da linguagem, do pensamento e da concentração e da atenção.
De acordo com Maluf (2003), o prazer não pode ser considerado a característica definidora do brinquedo, como muitos pensam. O brinquedo na verdade, preenche necessidades, entendendo-se estas necessidades como motivos que impelem a criança à ação. São exatamente estas necessidades que fazem a criança avançar em seu desenvolvimento.
2.1 Prática pedagógica 
	Plano de Aula- EDUCAÇÃO INFANTIL
Turma: Jardim I Faixa etária – 04 anos 
Tema: Os brinquedos e as brincadeiras
	Acolhida
	Recepção
Músicas – cd infantil 
Organização da turma para entrada para sala de aula. 
	Rotina
	Organização na rodinha para: 
Chamadinha	- 12h
Calendário 12h20min
Hoje temos... 12h 30min
Atividades diversificadas: 12h 40min- desenho livre, modelagem, cantinho da boneca, construção, mesinha da matemática, pintura, colagem, contação de histórias, construções com sucatas...
Brincadeiras no parque/quadra- 14h 30 min
Psicomotricidade- Recreio- 15 h
Preparar para avisos hora saída – 16h 
	Objetivos
	Resgatar culturalmente alguns brinquedos e brincadeiras esquecidos.
Aumentar o repertório de brincadeiras infantis;
Participar de situações de socialização;
Participar de jogos que sejam trabalhadas regras em grupo;
Registrar de diferentes formas o brincar.
	Campos de experiências
	LINGUAGEM ORAL E ESCRITA:
-Listar os brinquedos citados na história; colar a imagem de cada brinquedo;
-Criar situações lúdicas de aprendizagem significativa em relação aos brinquedos e brincadeiras populares.
-Estimular a oralidade para conversar e brincar.
-Conversas informais – rodinha de conversa (sobre a invenção dos brinquedos e sua utilização);
-Lista de brinquedos e brincadeiras preferidos pelos pais e alunos – No meu tempo de criança ...;
-Letras de cantigas de roda; Declamação de trovinhas – O saco de brinquedos (Carlos Urbim)
-Escrever junto com as crianças regras de algumas brincadeiras para confecção de um livro de brincadeiras para acervo da escola. (texto coletivo).
-Construção de livro de brinquedos coletivo ou individual;
-Construção de livro de brincadeiras coletivo ou individual;
Coletânea de jogos e brincadeiras com as regras e ilustrações realizadas individualmente.
Bilhete
 – Cole o bilhete (folha sulfite) que levou para casa comunicando o dia do brinquedo. (portador de texto)
MATEMÁTICA:
Identificar as noções de tempo (dia, semana, mês, ano, ontem, hoje amanhã);
Analisar, interpretar e construir gráficos e tabelas.
Espaço e forma;
Grandezas e medidas;
Formas geométricas;
Classificação, comparação e seriação.
Brincadeira dos números vizinhos (sucessor e antecessor);
Brincadeira de pesca com peixinhos numerados;
Montagem de gráficos a partir de determinada situação ou contexto trabalhado em sala de aula.
Exploração de diferentes procedimentos para comparação de grandezas (maior, menor, alto, baixo etc)
NATUREZA E SOCIEDADE:
Pesquisa com os pais de brincadeiras e brinquedos que digam respeito às tradições culturais de sua comunidade e de outros grupos;
Pesquisa junto às famílias sobre as brincadeiras da infância.
Pesquisa em livros e na internet sobre a origem de alguns dos brinquedos e brincadeiras.;
Dia do Brinquedo.
-Histórias dos brinquedos;
-Brinquedos e brincadeiras dos pais;
-Brinquedos e brincadeiras de outras regiões e de outras comunidades (indígenas);
-Pesquisar junto às famílias sobre as brincadeiras da infância;
MOVIMENTO:
Brincadeiras com diversos materiais: bola, bambolês, corda, sucatas
Brincadeiras de faz de conta (jogo simbólico);
Brincadeiras de percurso, tabuleiro, ludo gigante;
Brincadeiras tradicionais – corrida do saco, corrida de ovos, pescaria, arremesso de bolas, boca do palhaço,etc;
Conteúdos atitudinais: Interação, participação, autoestima, respeito
MÚSICAS:
Brincadeiras de Criança” - Compositor: Ivan Cruz
ARTES VISUAIS:
1º R: Repensar.- 2º R: Reduzir -3º R: Recusar- 4º R: Reutilizar-5º : Reciclar
- Confecção do brinquedo – tamanco de lata.. - Confecção do brinquedo – tamanco de lata.
Confecção de instrumento musical (chocalho, 
Confecção de instrumentos musicais com sucata;
Produzir trabalhos de arte utilizando a linguagem do desenho, da pintura, da colagem e da construção.
Confecção de brinquedos utilizando materiais recicláveis (bilboquê, peteca, vai e vem, pião, cavalo de pau, bola de meia e outros.).
Confecção de brinquedos com a colaboração de um pai voluntário (pipa, ioiô, pé-de-lata, confecção de bonecas,etc)
Brincar com brinquedos de sua própria construção;
·Brincadeiras com sombras – formas de bichinhos com as mãos, um tenta pisar na sombra do outro; também pode usar o retroprojetor para fazer atividades com sombras – teatro de sombras na sala de aula;
· Brincadeiras Bolha de sabão coloridas – papel na parede (pardo) acertar as bolhas coloridas para pintar a mesma formando desenhos.
·Confecção de um quadro (tela) Brinquedo ou brincadeira preferido;
· Confecção de cartazes com os jogos, brincadeiras que as crianças conhecem.
	Saberes e conhecimentos: Minha história 
	Os brinquedos que papai e mamãe brincavam
Os brinquedos que eu brinco.
	
	Exposição do tema na rodinha
Contação de histórias
Uso de cartão relâmpago para memorização visual 
Registros em blocão de produção em grupo e individual.
Leitura apontada das produções
Confecção de brinquedos com sucatas
	Recreio /intervalo
	15:00h
	Materiais
	Cd infantil. Papeis coloridos, cola, giz de cera, massa de modelar, sucatas variadas, durex, grude, bola de soprar, folha de papel A4, uso de imagens (brinquedos), pincel pilot, tintas guache. 
	Avaliação/ observação
	Ocorrerá em todos os momentos através da observação, da participação dos alunos nas atividades propostas, interesse e também mudanças de atitude .
CONSIDERAÇÕES FINAIS
 Baseando-se nas informações coletadas ao longo da construção desse estudo, entende-se que a criança, interagida ao lúdico, carrega consigo uma bagagem bastante relevante para o seu nível de desenvolvimento ao longo do processo de vida. Para isso transcorrer em um embasamento real, faz-se necessário que o docente se prevaleça de subsídios que possa acrescentar a evolução da criança e reconhecer a importância do brincar no cotidiano escolar.
 Analisando a concepção dos vários autores citados ao longo do trabalho, pode-se observar que, ao brincar, a criança encontra o seu eu, valorizando assim, suas próprias ações cotidianas, tanto em seu meio social, como no ambiente escolar.
A ludicidade propicia múltiplas competências para o desenvolvimento humano, a criança, portanto, pode estabelecer com o brinquedo uma relação natural, conseguindo extravasar suas angústias e paixões; suas alegrias e tristezas, suas agressividades e passividades.
Logo, na atividade lúdica o que importa não é apenas o produto da atividade, o que dela resulta, mas a própria ação, o momento vivido. Possibilita a quem a vivência, momentos de encontro consigo e com o outro, momentos de fantasia e de realidade, de ressignificação e percepção, momentos de autoconhecimento e conhecimento do outro,
de cuidar de si e olhar para o outro, momento de vida. 
O estudo permitiu um avanço bastante relevante para a mudança do processo de ensino, por propiciar a expansão de teorias significativas à práxis pedagógica.
Este trabalho não pretende esgotar o tema acerca da ludicidade e aprendizagem na Educação Infantil e sim deixar aberto novos caminhos para mudanças necessárias, pretende-se com esse estudo, além de propiciar uma reflexão sobre a importância da ferramenta lúdica como propiciadora de uma aprendizagem espontânea, alertar para a importância do educador em aprofundar conhecimentos na especificidade do seu trabalho docente, para melhor qualificar a sua atuação e conscientizar-se que o educador interessado em promover mudanças, poderá encontrar na proposta do lúdico uma importante metodologia.
REFERÊNCIAS
ALMEIDA, A. Ludicidade como Instrumento Pedagógico. Disponível em: http://www.cdof.com.br. .Acesso no dia 22 de agosto de 2017.
ANTUNES, C. Novas Maneiras de Ensinar- Novas formas de Aprender. Rio de Janeiro: Artmed, 2002.
FORTUNA, T.R. Sala de aula é lugar de brincar? In: XAVIER, M.L.F.; DALLA ZEN, M.I.H. Planejamento: análises menos convencionais. Porto Alegre: Mediação, 2000. 
KISHIMOTO, T.M. Jogo, Brinquedo, Brincadeira e a Educação. São Paulo: CORTEZ, 1994.
______________. Kishimoto, T. M. Brinquedos e materiais pedagógicos nas escolas infantis. Revista Educação e Pesquisa, São Paulo, v.27, n.2, pp.229-245,2001.
MALUF, Ângela Cristina Munhoz. A importância das brincadeiras na evolução dos processos de desenvolvimento humano. 2003. Disponível em: http://www.psicopedagogia.com.br/opiniao.Acesso no dia 22 de agosto de 2017.
Sistema de Ensino Presencial Conectado
Curso de Graduação em Pedagogia
 
ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO EDUCATIVO NA EDUCAÇÃO INFANTIL I
ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO EDUCATIVO NA EDUCAÇÃO INFANTIL I
Trabalho apresentado ao Curso de Pedagogia da UNOPAR - Universidade Norte do Paraná, 8º semestre.
Disciplinas: Arte, Educação e Música. Ludicidade e Educação. Organização e Didática da Educação Infantil. Prática Pedagógica: Infâncias e suas Linguagens. Seminário IV.
Professores: Tatiane Mota Santos Jardim; Adriana Haruyoshi Biason; Raquel Franco Ferronato; Jackeline Rodrigues Gonçalves Guerreiro; Patrícia Alzira Proscêncio; Luciane Guimarães Batistella Bianchini; Camila Aparecida Pio.
Além Paraíba
2017

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Continue navegando