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PROJETO DE ENSINO EM PEDAGOGIA

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UNIVERSIDADE NORTE DO PARANÁ - UNOPAR
Sistema de Ensino A DISTÂNCIA
PEDAGOGIA 
 
 (
CAMILA DE OLIVEIRA GONÇALVES
) (
PROJETO DE ENSINO
EM 
PEDAGOGIA
)
Wenceslau Braz
2020
Cidade
2020
Cidade
Cidade
Ano
 (
CAMILA DE OLIVEIRA GONÇALVES
)
 (
PROJETO DE ENSINO
EM PEDAGOGIA
)
 (
Projeto
 
de Ensino 
apresentado
 à 
Universidade Norte do Paraná 
como requisito parcial 
à 
conclusão
 do Curso
 de
 Pedagogia
.
Docente supervisor
: Profª
 
Natalia Gomes dos Santos
)
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO	3
1	TEMA	4
2	JUSTIFICATIVA	5
3	PARTICIPANTES	6
4	OBJETIVOS	7
5	PROBLEMATIZAÇÃO	8
6	REFERENCIAL TEÓRICO	9
7	METODOLOGIA	15
8	CRONOGRAMA	16
9	RECURSOS	18
10	AVALIAÇÃO	19
CONSIDERAÇÕES FINAIS	20
REFERÊNCIAS	21
.
INTRODUÇÃO
O projeto de ensino buscou refletir sobre a importância das brincadeiras na construção da aprendizagem infantil e adquirir os conhecimentos científicos, como educador, para a prática da ludicidade na atuação como docente. 
O processo de elaboração do projeto de ensino iniciou pela pesquisa bibliográfica sobre o tema e a entrevista com professores e coordenador da Educação Infantil.
As brincadeiras, caracterizadas como atividade lúdica é uma das maneiras mais eficazes para envolver a criança nas atividades, pois o brincar é algo inerente à criança, é sua forma de trabalhar, refletir e descobrir o mundo que a cerca. Se a criança aprende brincando, ela aprende de uma forma prazerosa e a aprendizagem torna significativa para ela. 
A utilização de jogos e brincadeiras na educação infantil é uma metodologia recomendável para conseguir bons resultados no processo de ensino-aprendizagem. 
O lúdico na educação infantil tem sido uma das estratégias mais bem sucedidas no que concerne à estimulação do desenvolvimento psicomotor, das habilidades de atenção, memória, percepção, sensação e outros aspectos básicos referentes à aprendizagem.
21
TEMA 
O projeto de ensino com o tema As Brincadeiras na Educação Infantil, “brincando também se aprende”, aborda sobre a utilização do lúdico como um recurso fundamental para o desenvolvimento e aprendizado da criança. 
	A primeira etapa do processo educacional, a Educação Infantil, tem por finalidade o desenvolvimento integral da criança, e o lúdico se constitui num recurso pedagógico eficaz que envolve a criança nas atividades, contribuindo com o seu desenvolvimento.
	As atividades lúdicas proporcionam o desenvolvimento físico, motor, cognitivo, e afetivo da criança; a construção do conhecimento, a expressão oral e corporal, operação mental e a redução de sua agressividade. As brincadeiras através de suas regras e o uso da imaginação possibilitam experiências enriquecedoras.
JUSTIFICATIVA
	Conforme a teoria de estudiosos e pesquisadores a utilização do lúdico na Educação Infantil abrange procedimentos didáticos agradáveis e apropriados às crianças, fazendo com que a aprendizagem aconteça de forma natural e espontânea, respeitando as características próprias da criança.
	A partir deste contexto torna-se importante conhecer e refletir sobre a prática das brincadeiras na Educação Infantil e suas respectivas finalidades.
 	As brincadeiras, caracterizadas como ações lúdicas, devem ser associadas a um objetivo de aprendizagem, para ser produtivo na educação da criança. O aprender para a criança surge da curiosidade, é importante valorizar cada ação que leva a criança aprender, o desempenho que é próprio dela.
PARTICIPANTES
O projeto de ensino As brincadeiras na Educação Infantil, “brincando também se aprende” destina-se aos alunos da segunda fase da Educação Infantil (pré-escola), turma de 4 a 5 anos.
OBJETIVOS
Objetivo geral:
· Proporcionar situações de aprendizagens através de brincadeiras, favorecendo o desenvolvimento da criança nos aspectos físicos, emocionais, relacionais e cognitivos; e o desenvolvimento das diferentes linguagens (corporal, musical, plástica, oral e escrita)
Objetivos específicos:
· Estabelecer vínculos afetivos, ampliando as possibilidades de comunicação e socialização infantil.
· Estimular a criança utilizar as linguagens, corporal, musical, plástica, oral ajustada ás diferentes situações de comunicação, expressando suas ideias, sentimentos, necessidades e desejos.
· Levar a criança a conhecer diferentes manifestações culturais, considerando as atitudes de interesse, respeito e participação frente a elas, bem como de valorização da diversidade.
PROBLEMATIZAÇÃO
	
Na atualidade, com a evolução da tecnologia e outros fatores sociais, as crianças estão deixando de lado as brincadeiras de infância, ficam passivamente um bom tempo em frente à TV, computador, games, celular e etc. 
As brincadeiras de crianças ficaram no passado, a criança deixou de gostar de brincar?
A escola, comprometida com o desenvolvimento integral da criança, como não proporcionar momentos para brincar?
Sabendo-se da importância funcional do brinquedo ou da ludicidade no desenvolvimento das crianças, como não inserir as brincadeiras no contexto escolar? Como está sendo desenvolvida a atividade lúdica no processo ensino aprendizagem na Educação Infantil?
6 REFERENCIAL TEÓRICO
6.1. A importância do lúdico na Educação Infantil
Segundo a Base Nacional Comum Curricular (2019) para a etapa da Educação Infantil são estabelecidos seis direitos de aprendizagem e desenvolvimento: conviver, brincar, participar, explorar, expressar e conhecer-se. 
Condições para que as crianças aprendam em situações nas quais possam desempenhar um papel ativo em ambientes que as convidem a vivenciar desafios e a sentirem-se provocadas a resolvê-los, nas quais possam construir significados sobre si, os outros e o mundo social e natural. (BNCC, 2019, p. 37).
A Base Nacional Comum Curricular (2019) define o direito de brincar.
Brincar cotidianamente de diversas formas, em diferentes espaços e tempos, com diferentes parceiros (crianças e adultos), ampliando e diversificando seu acesso a produções culturais, seus conhecimentos, sua imaginação, sua criatividade, suas experiências emocionais, corporais, sensoriais, expressivas, cognitivas, sociais e relacionais. (BNCC, 2019, p. 38).
O brincar é algo inerente à criança, é sua linguagem própria de comunicação e compreensão do mundo que a cerca.
As brincadeiras, caracterizadas como atividade lúdica, é uma das maneiras mais eficazes para envolver a criança nas atividades de aprendizagens. Se a criança aprende brincando, ela aprende de uma forma prazerosa e a aprendizagem torna significativa para ela.
Kishimoto (2010) afirma que:
Para a criança, o brincar é a atividade principal do dia-a-dia. É importante porque dá a ela o poder de tomar decisões, expressar sentimentos e valores, conhecer a si, aos outros e o mundo, de repetir ações prazerosas, de partilhar, expressar sua individualidade e identidade por meio de diferentes linguagens, de usar o corpo, os sentidos, os movimentos, de solucionar problemas e criar. Ao brincar, a criança experimenta o poder de explorar o mundo dos objetos, das pessoas, da natureza e da cultura, para compreendê-lo e expressá-lo por meio de variadas linguagens. ( KISHIMOTO, 2010, p. 1).
Maia (2019) relata sobre os benefícios das brincadeiras para a criança.
As brincadeiras lúdicas propiciam à criança a possibilidade de vivenciar diferentes sentimentos os quais fazem parte de seu interior, elas demonstram através das atividades lúdicas como vê e constrói o mundo, demonstrando como gostaria que ele fosse [...] (MAIA, 2019, s/p).
A prioridade do processo de brincar para a criança é concentrar na atividade em si, no aspecto lúdico e no prazer que lhe é proporcionado, não se preocupando com os resultados ou efeitos que as brincadeiras podem causar. 
Segundo Vygotsky (1988) a brincadeira estimula a criatividade e a inteligência da criança, afirmando “O brincar intensifica a percepção infantil que por sua vez direciona seu pensar de maneira cada vez mais equilibrada, favorecendoa aprendizagem ao longo do seu crescimento”. 
De acordo com o autor a ação de brincar é essencial na constituição do pensamento infantil. É brincando, jogando, que a criança revela seu estado cognitivo, visual, auditivo, tátil, motor, seu modo de aprender e entrar em uma relação cognitiva com o mundo de eventos, pessoas, coisas e símbolos.
Percebemos através das palavras do autor à importância da brincadeira na vida da criança e a necessidade que a criança tem de ser respeitada enquanto brinca, pois seu mundo é mutante e está em permanente movimento entre fantasia e realidade. Ela utiliza da brincadeira como um recurso para entender melhor o mundo e as pessoas, e assim também analisar o seu papel e suas ações.
Antunes e Batista (2017) ao ponderar sobre o papel do lúdico na aprendizagem das crianças na Educação Infantil afirmam:
Refletir sobre a inferência do desenvolvimento através da ludicidade para a criança no contexto escolar, ou seja, no sistema de ensino, principalmente no âmbito da educação infantil pode-se inferir sobre a ideia de Santos (1999) o qual afirma “que é por meio das brincadeiras que as crianças se expressam e interagem com o meio”. É por meio das atividades lúdicas que se assimilam valores, adquire conhecimento em diversas áreas, ressiinifca padrões e comportamento e pode aperfeiçoar as habilidades motoras. (ANTUNES e BATISTA, 2017, s/p).
Kishimoto (2010) assegura que a utilização das brincadeiras, jogos nos primeiros anos da educação é algo que tem favorecido o percurso da criança na escola. Através do lúdico a criança começa a desenvolver sua capacidade de imaginação, abstração e aplicar ações relacionadas ao mundo real e ao fantástico. 
Conforme o direito de brincar estabelecido pela Base Nacional Comum Curricular (2019) para as crianças da Educação Infantil, as escolas devem promover situações de brincadeiras com o objetivo especifico de aprendizagem ou brincadeiras livres. 
Maia (2019) propõe sugestões para a efetivação destas atividades.
O lúdico enriquece a aula ajudando na interação entre professor e aluno, porem algumas escolas não contem recursos suficientes para a elaboração dessas aulas, mas isso não é problema, pois há vários métodos que possibilita a criação de jogos ou brinquedos, como os materiais recicláveis, onde pode ser feito diversos objetos com grande contribuição, além de proteger o planeta da poluição também está sendo valorizado o lúdico. (MAIA, 2019, s/p).
Refletindo sobre as palavras da autora a instituição de Educação Infantil deve ser promotora das atividades através de brincadeiras dirigidas ou livres, oferecendo uma capacitação para os professores, conscientizando- os sobre a necessidade de colocar em suas práticas momentos para as brincadeiras, usando sua sensibilidade e criatividade.
	O processo de ensino e aprendizagem na Educação Infantil deve ser estabelecido a partir do nível de desenvolvimento da criança com relação ao conteúdo a ser desenvolvido, almejando alcançar os objetivos propostos, adequando as atividades à faixa etária e ao nível de conhecimentos e habilidades de cada grupo de crianças. Com o acompanhamento do desenvolvimento das atividades, levantando problemas que leve a criança a formular hipóteses.
Antunes e Batista (2017) relatam sobre a necessidade de viabilizar uma prática pedagógica, com base na interação da criança e o professor,   criando condições para que o aluno vivencie situações e atividades, nas quais ele próprio vai construir os seus conhecimentos.
A criança deve ser a construtora do seu próprio conhecimento, contextualizando as atividades desenvolvidas em sala de aula pelo educador, visando sempre estar estimulada a aprender novos conteúdos e novas atividades, tornando-se autônoma na prática pedagógica de forma gradativa. (ANTUNES E BATISTA, 2017, s/p).
Segundo Kishimoto (2010) a prática do brincar na Educação Infantil deverá ser realizada com base nos “artigos 9º a 12º das Diretrizes Curriculares de Educação Infantil”, situações onde deve acontecer a interação professor e a criança; a crianças e seus pares; a criança e o brinquedo; a criança e o ambiente; a criança e o espaço escolar, “indicando que não se pode pensar no brincar sem as interações”:
Kishimoto (2010) explica sobre os objetivos de cada interação.
· Interação com a professora ― O brincar interativo com a professora é essencial para o conhecimento do mundo social e para dar maior riqueza, complexidade e qualidade às brincadeiras. Especialmente para bebês, são essenciais ações lúdicas que envolvam turnos de falar ou gesticular, esconder e achar objetos.
· Interação com as crianças ― O brincar com outras crianças garante a produção, conservação e recriação do repertório lúdico infantil. Essa modalidade de cultura é conhecida como cultura infantil ou cultura lúdica.
· Interação com os brinquedos e materiais ― É essencial para o conhecimento do mundo dos objetos. A diversidade de formas, texturas, cores, tamanhos, espessuras, cheiros e outras especificidades do objeto são importantes para a criança compreender esse mundo. 
· Interação entre criança e ambiente ― A organização do ambiente pode facilitar ou dificultar a realização das brincadeiras e das interações entre as crianças e adultos. O ambiente físico reflete as concepções que a instituição assume para educar a criança. 
· Interações (relações) entre a Instituição, a família e a criança ― A relação entre a instituição e a família possibilita o conhecimento e a inclusão, no projeto pedagógico, da cultura popular e dos brinquedos e brincadeiras que a criança conhece. ( KISHIMOTO, 2010, p.3).
A Base Nacional Comum Curricular (2019)também retrata sobre a importância da interação da criança com seus pares e com os adultos no desenvolvimento das brincadeiras, de acordo com as Diretrizes Curriculares de Educação Infantil (DCNEI) em seu Artigo 9º, para a construção de seus conhecimentos.
[...] os eixos estruturantes das práticas pedagógicas dessa etapa da Educação Básica são as interações e a brincadeira, experiências nas quais as crianças podem construir e apropriar-se de conhecimentos por meio de suas ações e interações com seus pares e com os adultos, o que possibilita aprendizagens, desenvolvimento e socialização. A interação durante o brincar caracteriza o cotidiano da infância, trazendo consigo muitas aprendizagens e potenciais para o desenvolvimento integral das crianças. Ao observar as interações e a brincadeira entre as crianças e delas com os adultos, é possível identificar, por exemplo, a expressão dos afetos, a mediação das frustrações, a resolução de conflitos e a regulação das emoções. (BNCC, 2019, p. 37).
6.2. Brincadeiras do universo infantil
No universo infantil há uma grande variedade de brincadeiras que podem ser aproveitadas para propiciar o desenvolvimento infantil.
Na cultura infantil temos a brincadeira tradicional e a brincadeira contemporânea.
A brincadeira tradicional é uma atividade livre e espontânea, onde a criança brinca pelo prazer, passada de geração para geração, de pai para filho e não tem um autor definido. São brincadeiras que foram surgindo ao longo do tempo, acompanhando a civilização dos povos.
Silva et.al. (2017) afirmam que “as brincadeiras tradicionais são parte da cultura lúdica. Elas são transmitidas culturalmente, de geração a geração, trazendo elementos e valores”.
A brincadeira tradicional acompanha a evolução da vida social, decorrente destas mudanças elas são modificadas e surgem novas brincadeiras, constituindo a cultura infantil. No Brasil essas brincadeiras foram sendo alteradas conforme as características de cada região brasileira.
As brincadeiras tradicionais são integrantes do folclore brasileiro compondo a nossa cultura. Brincadeiras como: amarelinha, bolinha de gude, cantigas de roda, cinco Marias, esconde-esconde, brincadeira de faz de conta, o mestre mandou, passa anel, pular corda, pega-pega, e outras mais.
Dantas (2020) comenta sobre algumas brincadeiras tradicionais, suas características e origem.
Peteca: Os índios que viviam noBrasil antes do seu período de descobrimento utilizavam uma trouxa de folha cheia de pedras que eram amarradas numa espiga de milho. Brincavam de jogar esta trouxa de um lado para outro, chamavam-na de Pe’teka, que em tupi significa bater.
Amarelinha: De origem francesa, a amarelinha chegou ao Brasil e rapidamente se tornou popular. A brincadeira consiste em um desenho formado por blocos numerados de 1 a 9, com semicírculos nas extremidades que são jogados com uma pedrinha que deve obedecer às paredes de cada bloco.
Brincadeira de roda: A ciranda, que é a dança mais famosa do Brasil, foi trazida de Portugal como dança adulta, mas logo sofreu transformações e passou a alegrar as brincadeiras infantis. É bastante utilizada ainda hoje em escolas, parques e espaços que prezam as brincadeiras antigas, passando-as às novas gerações, mostrando sua importância folclórica e cultural.
(DANTAS, 2020, s/p)
A brincadeira tradicional é criativa e estimulante para a aprendizagem. Ela proporciona a interação entre as crianças, contribui para a interação social, o desenvolvimento físico, motor, cognitivo, o raciocínio lógico, o equilíbrio, a linguagem corporal e oral. Brincadeiras que devem ser praticadas com os alunos da Educação Infantil, não apenas por brincar, mas pela contribuição que elas oferecem para o desenvolvimento infantil. 
	Na atualidade temos as brincadeiras contemporâneas, que com a evolução da sociedade e da industrialização, o estilo de vida transformou em comparação com os tempos passados, e as brincadeiras também sofreram alterações.
Silva et.al. (2017) comentam que na sociedade contemporânea “surge uma gama de brinquedos e brincadeiras que envolvem a tecnologia que se aperfeiçoam cada vez mais rápido. O aparato tecnológico, com o seu incessante crescimento interfere na forma de brincar das crianças”.
Ainda de acordo com os autores a televisão contribuiu grande parte para que as crianças deixassem de lado as brincadeiras coletivas e passaram a vivenciar as distrações individualizadas.
Segundo estudos e pesquisas os recursos eletrônicos apresentam benefícios e prejuízos para o desenvolvimento infantil. Eles contribuem com o raciocínio lógico, o desenvolvimento da atenção, da concentração, da leitura e a criatividade, porém proporcionam menor controle sobre os aspectos emocional e cognitivo, a obesidade, e estimula a individualidade, deixando de lado a solidariedade, a interação social.
Silva et.al. (2017) explica:
Nessa perspectiva, as crianças são induzidas a esse brincar individual, a um brincar cada vez mais solitário. Elas acabam brincando em casa, sem o contato com outras crianças. A sua autonomia agora passa a ser na escolha da programação da televisão, decidindo qual jogo do vídeo game ou computador quer jogar ou qual brinquedo gostaria de ganhar. Àquela socialização e comunicação entre as crianças vão ficando cada vez mis restritos, diminuindo também os laços afetivos que o brincar coletivo podem proporcionar. (SILVA et al, 2017, p.66).
Com base na citação dos autores, a escola é um ambiente que acontece o encontro formal das crianças, portanto cabe a ela promover esta metodologia de ensino, as brincadeiras livres e dirigidas, para que as crianças possam interagir, “construir e apropriar-se de conhecimentos por meio de suas ações e interações com seus pares e com os adultos, o que possibilita aprendizagens, desenvolvimento e socialização” (BNCC, 2019).
7 METODOLOGIA
Após a definição do tema do projeto de ensino, o procedimento metodológico iniciou- se pelo planejamento, que compreendeu a realização de uma pesquisa bibliográfica, a qual compreendeu procedimentos de leitura, análise e interpretação de trabalhos literários, com a finalidade de obter os conhecimentos científicos sobre a finalidade das brincadeiras na Educação Infantil. Em seguida realizou-se uma conversa com professores e coordenador pedagógico da Educação Infantil para o planejamento das atividades a serem realizadas com os alunos.
Processo de Desenvolvimento do Projeto de Ensino (execução).
O projeto de ensino As brincadeiras na Educação Infantil, “brincando também se aprende”, ocorreu durante os 20 dias letivos do mês de outubro, com uma hora aula semanal, com o total de 04 horas aulas.
Atividade 1: (primeira hora aula)
Objetivo de aprendizagem: EI03EO01- Demonstrar empatia pelos outros, percebendo que as pessoas têm diferentes sentimentos, necessidades e maneiras de pensar e agir; referente ao campo de experiência “O eu, o outro e o nós”.
Conteúdo: “O desenvolvimento da empatia e a interação com o outro”, com o propósito da interação do grupo e do grupo com a professora. 
O desencadeamento da atividade teve como estratégia didática a brincadeira de roda. A brincadeira de roda utilizou as canções folclóricas como: Corre cutia; Ai, eu entrei na roda; A canoa virou; Terezinha de Jesus e Ciranda e Cirandinha.
A formação da grande roda será realizada na quadra da escola, os alunos de mãos dadas seguem cantando a melodia, acompanhando o seu ritmo e no final a demonstração de um gesto afetivo a um colega, conforme a música.
Atividade 2: ( segunda hora aula)
Objetivo de aprendizagem: (EI03EO03) Ampliar as relações interpessoais, desenvolvendo atitudes de participação e cooperação, referente ao campo de experiência “O eu, o outro e o nós”.
Conteúdo: Cooperação e Integração
A atividade teve como estratégia didática a brincadeira “Caça ao tesouro”. Os alunos divididos em grupos sairão em busca do tesouro, numa área previamente demarcada, contendo várias pistas que levam ao grande tesouro.
Atividade 3: (terceira hora aula)
Objetivo de aprendizagem: (EI03CG03) Criar movimentos, gestos, olhares e mímicas em brincadeiras, jogos e atividades artísticas como a dança, teatro e música; referente ao campo de experiência “corpo, gestos e movimentos”.
Conteúdo: O movimento e a arte
A atividade consiste na criação de movimentos corporais e gesticulações na representação dos insetos num jardim, conforme a música “Eu vi uma borboleta voando no jardim “. Os alunos serão incentivados a usar sua imaginação, numa brincadeira de faz de conta, que estamos num jardim onde, além de plantas e flores, vive uma variedade de bichinhos. Através da canção “Eu vi uma borboleta voando no jardim “ os alunos irão representar os bichinhos do jardim improvisando movimentos corporais. Passeio no Jardim (CD arte da criança / Shauan Benks).
.Atividade 4: (quarta hora aula).
Objetivo de aprendizagem: (EI03TS01) Utilizar sons produzidos por materiais, objetos e instrumentos musicais durante brincadeiras de faz de conta, encenações, criações musicais, festas, referente ao campo de experiência “traços, sons, cores e formas”.
Conteúdo: A banda do barulho
A atividade será desenvolvida numa sala de aula, para favorecer uma boa audição. Os alunos serão estimulados a perceber, ouvir os sons da área externa da escola. A seguir eles irão identificar os sons como fortes e fracos ( agudos ou graves). Na sequência serão apresentados vários materiais de sucata, como garrafa pet, latas, caixa de papelão, tampas de alumínio, palitos, botões, tampinhas de garrafas, baldes, etc. e os alunos serão convidados a criar um som a partir dos objetos apresentados, escolhendo um ou mais. A partir daí formaremos a banda do barulho, imitando as grandes bandas, numa brincadeira de faz de conta.
8 CRONOGRAMA
	Ano: 2020
	
Etapas do Projeto
	
Período 
	1. Planejamento
	21 a 26/09
	2. Execução
	05 a 30/ 10
	3. Avaliação
	03 a 06/11
9 RECURSOS 
Recursos humanos: o professor (autor do projeto) e o professor auxiliar da classe
Recursos Materiais: CD arte da criança de Shauan Benks, aparelho de som, 4 cartolinas, 02 pinceis atômico e o prêmio (tesouro) 
10 AVALIAÇÃO
	A avaliação será realizada através da observação da participação do aluno nas atividades propostas, com a finalidade de acompanhar sua interação, apropriação da aprendizagem e as possíveis dificuldades apresentadas, com uma intervenção apropriada, para que todos possamatingir os objetivos propostos.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Diante do que foi pesquisado e estudado, podemos afirmar o quanto é fundamental a prática das brincadeiras na Educação Infantil para o desenvolvimento da criança, como também para a realização de uma aula pedagogicamente rica e prazerosa.
A escola de educação infantil, como etapa fundamental para o desenvolvimento da criança, configura-se um ambiente adequado para a efetivação da aprendizagem, sendo necessárias as mudanças na pratica didática. Muitas vezes a situação de brincadeira na escola é realizada por funcionários da escola.
É de grande importância uma formação apropriada do educador, sobre prática das brincadeiras, para poder aplica-las em seu cotidiano escolar. Esse conhecimento vai contribuir para a seleção, planejamento de acordo com o nível de desenvolvimento de seus alunos. 
A partir da observação durante as atividades o professor terá a oportunidade de observar e analisar o comportamento dos alunos como: criatividade, autonomia, iniciativa, motivação, afetividade, integração, colaboração e competitividade.
REFERÊNCIAS
ANTUNES, Patrícia. BATISTA, Flóida Moura Rocha Carlesso. Brincar de aprender: a ludicidade como recurso didático na educação infantil. Revista Eletrônica Científica e tecnologia. V. 8, n.17. Medianeira. PR. 2017. Disponível em:
https://periodicos.utfpr.edu.br/recit
Acesso em: 22 set. 2020.
BRASIL. Base Nacional Comum Curricular. Ministério da Educação. Conselho - MEC. Nacional de Secretários de Educação – CONSED. Brasília. DF. 2019. Disponível em:
http://basenacionalcomum.mec.gov.br/abase/
Acesso em: 18 set. 2020.
KISHIMOTO, Tizuko Morchida. Brinquedos e brincadeiras na educação infantil. – FE-USP. Anais do I Seminário Nacional: CURRÍCULO EM MOVIMENTO – Perspectivas Atuais. Belo Horizonte. MG. 2010. Disponível em:
http://portal.mec.gov.br/docman/dezembro-2010-pdf/7155-2-3-brinquedos-brincadeiras-tizuko-morchida/file
Acesso em: 28 set. 2020.
MAIA, Maria dos Navegantes Ferreira da S.. A importância da ludicidade na educação infantil. In: Anais Educação e Formação Continuada na Contemporaneidade. 2019. Natal. RN. Disponível em:
https://www.even3.com.br/anais/amplamentecursos/237716-a-importancia-da-ludicidade-na-educacao-infantil/
Acesso em: 28 set. 2020
SILVA, M. F. dos S. ANDRADE, A. P. de. TORRES, M. F. DE P. AMORIM G. C. C.. As brincadeiras das crianças de ontem e de hoje no contexto sociocultural. Revista HOLOS. Vol. 03. Ano 33. 2017. Disponível em:
file:///C:/Users/Usuario/Downloads/5763-16286-1-PB.pdf
Acesso em: 28 set. 2020
VIGOTSKY, L. S. A Formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 1998.

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