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ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL (1)

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CURSO DE FARMÁCIA
CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DE FOZ DO IGUAÇU – CESUFOZ
INSTITUTO DE ENSINO SUPERIOR DE FOZ DO IGUAÇU – IESFI
ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL
Richard F. Arevalo¹
João Victor Mendes¹
 Matheus Graff¹
 Juliana Baray¹
 Soleni Sonda¹ 
 Aline Preve da Silva².
 
RESUMO
 As doenças cerebrovasculares estão no segundo lugar no topo de doenças que mais acometem vítimas com óbitos no mundo, perdendo a posição apenas para as doenças cardiovasculares
 Essa síndrome tornou-se responsável por um grande número de internações no país, apresentando um alto custo para o governo. 
 Este trabalho teve como objetivo levantar dados junto aos artigos de pesquisa para avaliar e caracterizar o Acidente Vascular Cerebral (AVC), em pacientes com obesidade, mostrando um maior índice de mortalidade entre mulheres em relação aos homens, diagnosticando qual o hábito de vida dessa população, bem como prestando importante conhecimento para a melhoria da qualidade de vida, em relação ao AVC e, ainda, avaliando os hábitos de vida dessa população
 A coleta de dados foi obtida através de pesquisas acadêmica e artigos científicos.
Verificando –se portanto altos índices de morbimortalidade hospitalar, ficando evidente em idosos com faixa etária acima dos 80 anos, principalmente no gênero feminino.. Com isso, notou-se que medidas de prevenção da doença ainda é o melhor caminho para que ocorra um declínio nos casos do AVC no Brasil, diminuindo assim o alto índice de mortalidade e os gastos que a doença gera para o SUS. 
Palavras-chave: Acidente Vascular Cerebral, Epidemiologia, Morbimortalidade Hospitalar. 
Academicos do curso de Farmácia CESUFOZ¹
Professora do curso de Farmácia CESUFOZ².
INTRODUÇÃO
 O Acidente Vascular Cerebral (AVC) é uma síndrome neurológica com grande prevalência em adultos e idosos, sendo também umas das maiores causas de mortalidade no mundo, e uma das principais causas de internações. Sua incidência é maior após o 65 anos, dobrando a cada década após os 55 anos de idade (GILES; ROTHWELL, 2008; PEREIRA et al., 2009).
 De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), o AVC refere-se a um rápido desenvolvimento de sinais clínicos de distúrbios focais com a apresentação de sintomas iguais ou superiores há 24 horas, consequentemente provocando alterações nos planos cognitivo e sensório – motor (BRASIL, 2013). 
 O AVC acontece devido ao derramamento de sangue ou pela restrição do fluxo sanguíneo dentro do vaso em determinada área do cérebro. Os sinais e sintomas dependem do local da lesão, podendo ocorrer vários tipos de acometimentos (VALENTE et al., 2010). Os fatores de risco mais importantes do AVC dividem-se em três grupos, sendo eles modificáveis (HAS, tabagismo, diabetes mellitus), não modificáveis (Idade, gênero, raça) e grupo de risco potencial tais como sedentarismo, obesidade, alcoolismo (BRASIL, 2013). 
 O AVC tornou-se segunda maior causa de morte no mundo, com aproximadamente 5,7 milhões de casos por ano, caracterizando cerca de 10% de todos os óbitos mundiais. São descritos que 85% dos óbitos são relacionados com países não desenvolvidos ou em desenvolvimento (LOPEZ et al., 2006 apud CABRAL, 2009). Apesar nos declínios das taxas de mortalidade no Brasil, o AVC continua sendo a primeira causa de morte e incapacidade no país. Dados do estudo prospectivo nacional indicaram uma incidência anual de 108 casos por 100 mil habitantes (BRASIL, 2013). O AVC é uma doença que atinge grande parte da população brasileira, e tornou-se uma a das principais responsáveis das causas de mortes e internações no país, surgindo à necessidade de analisar detalhadamente o perfil epidemiológico dos casos de AVC no Brasil no ano de 2014.
OBJETIVO
 Este trabalho teve como objetivo levantar dados junto aos artigos de pesquisa para avaliar e caracterizar o Acidente Vascular Cerebral (AVC), em pacientes com obesidade, mostrando um maior índice de mortalidade entre mulheres em relação aos homens, diagnosticando qual o hábito de vida dessa população, bem como prestando importante conhecimento para a melhoria da qualidade de vida, em relação ao AVC e, ainda, avaliando os hábitos de vida dessa população.
 Essa pesquisa justifica-se porque ao levantar o grau de conhecimento dos pacientes, pôde-se relacionar o grau de ignorância dos mesmos sobre o acidente vascular cerebral e a sua falta de cuidado com a prevenção, confirmando a necessidade da informação, pois só através do conhecimento das causas e conseqüências do AVC pode haver uma mudança de hábitos de vida dessas pessoas. 
DEFINIÇÃO DE SAÚDE E DOENÇA
 Conforme a Organização Mundial de Saúde (OMS), a “saúde é um estado de completo bem-estar físico, mental e social e não a mera ausência de patologias ou enfermidades”. Saúde é influenciada pelos fatores sócios-econômicos-culturais, por exemplo alimentação, educação, renda, meio ambiente, trabalho, emprego, lazer, liberdade e acesso aos serviços de saúde. 
O Acidente Vascular celebral.
 Em situações normais, o sangue é bombeado pelo coração e circula, através das artérias e veias, irrigando todos os tecidos do corpo, inclusive o próprio coração. 
No acidente vascular cerebral, ocorre um entupimento ou rompimento do fluxo de sangue para o sistema nervoso central (SNC), levando a uma redução ou restrição da quantidade de oxigênio que chega ao SNC (André C. 1994).
DOIS TIPOS DE CLASSIFICAÇÃO: 
 Isquêmico : pode ser causado por embolia ou trombose arterial e subdividido de acordo com a duração do déficit; 
 Ataque isquêmico transitório: apresenta quadro agudo com perda de função de alguma região encefálica ou retiniana, regredindo em menos de 24 horas, atribuido a suprimento sanguíneo em território carotídeo ou vertebrobasilar.
 Deficit neurológico isquêmico reversível: ocorre quando a reversão do quadro neurológico se dá em tempo superior a 24 horas e inferior a três semanas.
AVC em progressão: este se dá quando o déficit focal piora ou melhora em um determinado período de tempo. Por isso, nestes casos torna-se necessário uma reavaliação periódica do paciente em 30 a 60 minutos.
Acidente vascular cerebral hemorrágico ( AVCH):
Hemorrágia intracerebral; corresponde a presença de lesão intraparenquimatosa (hematoma), levando a sinais e sintomas neurológicos.
Hemorragia subaracnóidea; não há sinais de sofrimento cerebral de hematoma, somente se houver complicações posteriores. 
 Quase 10% dos AVC ocorrem em indivíduos com idade inferior a 40 anos, enquanto 45% são observados em indivíduos com idade inferior a 65 anos. Os negros e os brancos são afetados com igual freqüência, de acordo com Robbins (2000), os homens, apresentam maiores riscos de serem acometidos pelo AVC do que as mulheres, porém em um artigo publicado ( Panda et al 1998) mostra que a incidência de AVC é maior em mulheres, apresentando uma letalidade hospitalar em 19,6% dos pacientes mulheres e 9,5% em pacientes homens.
 Ainda para Robbins (2000), a conseqüência da obstrução da artéria cerebral consiste em perda de suprimento sangüíneo necessário para o encefalo, assim induzindo varias conseqüências morfológicas, bioquímicas e funcionais. A oclusão de uma artéria resulta em isquemia e potencialmente, morte celular. 
 A localização precisa, o tamanho e os aspectos morfológicos específicos de um AVC dependem:
-Do local afetado, da gravidade e velocidade de desenvolvimento das obstruções;
- Tamanho do leito vascular perfundido pelos vasos obstruídos;
- A duração da oclusão;
- As necessidades metabólicas e de oxigênio do local em risco;
- As extensão dos vasos sangüíneos colaterais;
- Da presença, do local e da gravidade do espasmo cerabral; 
- De outros fatores, como alteração da pressão arterial, freqüência cardíaca e ritmo cardíaco.
De acordo com Boundy (2004), - os sintomas do AVC da-se pela diminuição ou perda súbita da força na face, braço ou perna de um lado do corpo; Alteração súbita da sensibilidade com sensação de formigamento na face, braço ou perna de um lado do corpo.
- Perda súbita de visão em um ou nos dois olhos;  - Alteração aguda da fala, incluindo dificuldade para articular, expressar ou para compreender a linguagem; 
- Dor de cabeça súbita e intensa sem causa aparente; Instabilidade, vertigem súbita intensa e desequilíbrio associado a náuseas ou vômitos. 
FATORES DE RISCO QUE LEVAM AO ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL.
 Segundo Morton (2007), por meio de estudos epidemiológicos, foram identificados vários fatores de risco que levam ao acometimento do Infarto Agudo do Miocárdio, eles foram classificados em dois grupos: os fatores de risco importantes e os fatores de risco contribuintes.
Os fatores de risco importante são:
Idade: O aumento da idade está associado às mudanças anatômicas e hemodinâmicas no sistema cardiovascular. No sexo feminino, o AVC acomete uma idade menos avançadas. De acordo com Panda et al (1998), a idade média em que os homens são acometidos pelo AVC está entre 55 anos, enquanto as mulheres a idade é acima de 45 anos.
Sexo: A morbidade e mortalidade do Infarto Agudo do Miocárdio são maiores e mais precoces no sexo masculino. Os hormônios femininos aumentam o HDL e com o aumento do HDL, diminui o nível de colesterol no sangue, além de que a mulher tem hábitos de vida mais saudáveis que os homens.
Tabagismo: A nicotina do cigarro provoca um estreitamento da artéria capaz de diminuir a oferta de sangue para as artérias do coração, aumentando a pressão arterial e o número de batimentos do coração por minuto, aumentando, assim, o risco de AVC.
Colesterol e Triglicerídeos: São gorduras encontradas no sangue importante para o ser humano, mas níveis elevados são maléficos. Como não se dissolvem totalmente na água, elas são transportadas no sangue em forma de partículas chamadas VLDL, LDL e HDL. As LDL levam o colesterol para as paredes das artérias e, em níveis elevados, aumentam o risco da ocorrência do Infarto Agudo do Miocárdio e AVC. 
Hipertensão Arterial: A pressão arterial corresponde à força com que o sangue é bombeado contra as paredes das artérias no momento em que ele esta saindo do coração e sendo levado todo o corpo. Essa circulação é importante para a nutrição de todo o corpo. Quando mais difícil for para o sangue passar através da artéria, maiores serão os valores da pressão arterial e maior será o trabalho do coração, assim ficando sobrecarregado. 
Sedentarismo: As pessoas que levam uma vida sedentária têm grande chance de terem excesso de peso aumenta risco do Infarto e AVC como a Hipertensão arterial, o diabetes mellitus, o colesterol e o triglicerídeos elevados.
Obesidade e sobrepeso: A obesidade é um excesso de tecido adiposo, ou seja tecido onde é estocada a gordura. As pessoas obesas e com sobrepeso têm uma grade chance de serem acometidas pelo Infarto Agudo do Miocárdio e Acidente Vascular cerebral, pois o coração de uma pessoa obesa precisa trabalhar com mais esforço, ficando prejudicando a força muscular.
Diabetes Mellitus: O Diabetes é a produção deficiente de insulina. A insulina é substância responsável pela conversão de açúcar em energia. Quando um indivíduo desenvolve a diabetes, ele tem um alto risco de ser acometido pelo Acidente vascular, pois essa doença compromete o sistema vascular.
Os fatores de risco contribuintes são:
Estresse: É a capacidade natural do indivíduo reagir para enfrentar ou fugir de algumas situações. fazendo o organismo liberar hormônios, entre eles, a adrenalina, que alertam o sistema nervoso sobre o perigo, perturbando a estabilidade. A liberação da adrenalina provoca o aumento dos batimentos cardíacos e da pressão arterial, podendo levar o indivíduo ao acometimento do Infarto Agudo do Miocárdio.
Álcool: O consumo exagerado de álcool pode causar lesão no músculo cardíaco, aumentando, assim, a chance de ser acometido pelo IAM.
Segundo Oliveira (2004), a vida socioeconômica está relacionada com a morbidade e mortalidade da doença cardíaca isquêmica do coração, a renda e a educação estão correlacionadas com a doença. Uma renda adequada possibilita um estilo de vida mais saudável, ambientes físicos mais seguros e melhores condições de atendimento médico, além de que indivíduos com menor escolaridade possuem maior risco de doenças cardíacas.
FISIOPATOLOGIA:
 O acidente vascular cerebral (AVC) define-se como um défice neurológico súbito motivado por isquemia ou hemorragia no sistema nervoso central. O AVC isquémico é causado por uma oclusão vascular localizada, levando à interrupção do fornecimento de oxigénio e glicose ao tecido cerebral, afectando subsequentemente os processos metabólicos do território envolvido, já o hemorrágico é causado pelo estravasamento de sangue dentro do parenquima cerebral.
DIAGNOSTICO.
O diagnóstico de AVC costuma ser feito por serviços de saúde de emergência, com base no conjunto de sintomas e nos resultados de estudos de imagem, na tomografia computadorizada e ressonânciamagnética do encéfalo , ultrassonografia das artérias vertebrais e das carótidas – que levam sangue até o cérebro – e angiografia, um método radiológico que estuda o interior dos vasos sangüíneos, tendo como objetivo identificar a causa – obstrução ou hemorragia –, o local, a extensão e a gravidade da lesão para a instituição imediata do tratamento.
MÉTODO
 O trabalho foi desenvolvido, avaliando artigos científicos e fazendo comparações entre estes, todos os artigos tiveram como alvo da pesquisa uma população de indivíduos homens e mulheres que representam o conjunto total dos indivíduos sobre o qual se fez uma análise. A população congrega todas as observações que sejam relevantes para o estudo de uma ou mais características dos indivíduos, os quais podem ser concebidos tanto como seres animados ou inanimados. Ou seja, a população é o conjunto constituído por todos os indivíduos que apresentem pelo menos uma característica comum, cujo comportamento interessa analisar. Neste caso, a característica comum é o risco de Acidente vascular cerebral em pessoas com sobrepeso e com vida sedentária. 
 Inicialmente, os artigos relatam a solicitação de autorização ao Comitê de Ética e Pesquisa com Seres Humanos e, após o parecer favorável, iniciou-se um processo de escolha dos sujeitos que fariam parte da amostra. 
 Para Toledo (1985), amostra pode ser definida como um subconjunto, uma parte selecionada da totalidade de observações abrangidas pela população, através da qual se faz um juízo ou inferência sobre as características da população. A seleção deu-se pelo consentimento em participar, pois foi apresentado, a todos os participantes do programa o Termo de Consentimento e verificado o seu interesse em participar. Foram selecionados 93 pacientes com sobrepeso e que apresentaram manifestação clínica de AVC, atendidos nos programas de pesquisas, os quais atenderam os seguintes critérios de inclusão: capacidade de comunicar-se verbalmente e concordância em participar do estudo, oficializado através da assinatura do termo de consentimento livre e esclarecido.
 Para caracterizar o sobrepeso no grupo estudado, foram levantados dados referentes à composição corporal através do emprego da antropometria, de acordo com metodologia proposta em estudo pregresso. Foram mensurados o peso, a altura, as circunferências (braço, cintura e quadril), as pregas cutâneas (tricipital, subescapular,supra-ilíaca) em homens e mulheres, a prega abdominal em homens e a prega da coxa em mulheres.
 A partir da aplicação do questionário, analisaram-se os dados obtidos, buscando definir o perfil dos mesmos, bem como, as características físicas, as atividades laborais, hábitos diários, dentre outros fatores. 
RESULTADOS E DISCUSSÕES.
 Dos 93 pacientes estudados, 51 (53,7%) eram do sexo feminino, com média de idade de 59,8 anos (DP=13,9). O campo de ocupação dos pacientes estudados foi bastante diversificado, incluindo atuações nas áreas de serviços gerais a industrias. 
 Em relação à presença de doenças crônicas, 65 (68,4%) indivíduos apresentaram diagnóstico de uma delas, sendo a hipertensão arterial sistêmica a prevalente (TABELA 1). 
 Ao total, 53 (55,7%) casos apresentaram algum tipo de distúrbio da comunicação oral (DCO), destes, 86,7% tiveram AVC do tipo isquêmico e 69,8% possuíam diagnóstico de, pelo menos, uma doença crônica. O local da lesão foi identificado em exame de imagem em 70% dos casos, aproximadamente (Tabela 2).
	Tabela 1. Distribuição de diagnóstico de doenças crônicas na população estudada
		Doenças cronicas diagnosticadas
	
	
	
	
	
	Frequenca absoluta
	(n)
	Frequencia relativa
	(%)
	Hipertensão 48 73,8 
	Diabetes 1 1,5 
	Hipertensão e doenças cardíacas 1 1,5
	Hipertensão e diabetes 9 13,8 
	Hipertensão e dislipidemia 2 3,1 
	Hipertensão, diabetes e doenças cardíacas 1 1,5
	 Hipertensão, dislipidemia e outras 1 1,5 
	Outras 2 3,1
	
	
	
Tabela 2. Características dos distúrbios da comunicação na população estudada
	
	
	
	
	
	disturbio de comunicação
	Sim 
n (%)
	
	Não 
n (%)
	
Presença de doenças crônicas
Não 16 (16,8) 14 (14,7) 1 
Sim 37 (38,9) 28 (29,5) 0,94 
Tipo de AVC
 Hemorrágico 7 (7,4) 6 (6,3) 
 Isquêmico 46 (48,4) 36 (37,9)
Localização da lesão 
Sem identificação 16 (16,8) 12 (12,6) 
 Hemisfério direito 15 (15,8) 12 (12,6) 
Hemisfério esquerdo 19 (20) 13 (13,7) 
Esquerdo e direito 3 (3,2) 5 (5,3) 
Esquerdo Faixa etária 
Até 39 anos 6 (6,3) 1 (1,1) 
40-49 anos 9 (9,5) 8 (8,4)
50-59 anos 9 (9,5) 11 (11,6) 
 60-69 anos 10 (10,5) 16 (16,8) 
 >69 anos 19 (20) 6 (6,3) 
 Esta pesquisa, buscou caracterizar os pacientes acometidos por AVC, observando-se a prevalência de distúrbios da comunicação e posterior encaminhamento para reabilitação, mostrou que a diferença significante da ocorrência de AVC, em relação ao sexo, confirma os achados de estudos recentes(Alvarenga Et al2009), sobretudo os que contaram com descrição detalhada da população estudada e se originaram de serviços com características semelhantes, ainda que outros estudos tenham demonstrado predomínio do sexo masculino (Chancellor Am. 1998) ou feminino(Mansur LL 2006). 
 O AVC compromete mais comumente a população adulta, especialmente a partir da sexta década de vida, fato constatado em alguns estudos(Alvarenga 2009). Dos indivíduos que participaram do estudo, a maioria apresentou o AVC do tipo isquêmico e a minoria, AVC do tipo hemorrágico (Tabela 2), demonstrando significativa diferença em relação à prevalência dos tipos de AVC e confirmando resultados de outros estudos. 
 Esses achados demonstram que o paciente acometido por AVC, na melhor das hipóteses, somente receberá atendimento integral de reabilitação se for encaminhado para acompanhamento, após a alta hospitalar, por alguma equipe de saúde básica, visto que não foram encontrados registros de tratamentos auxiliares para a reabilitação de sequelas no período de internação hospitalar, ou mesmo nas descrições imediatamente anteriores a alta hospitalar, conforme amplamente recomendado na literatura da área, os distúrbios de comunicação oral estiveram presentes em mais da metade dos pesquisados. Ademais, observou-se que um número considerável de pessoas vítimas do AVC apresentaram dificuldades para se comunicar, durante o período de internação hospitalar (Tabela 2). Tais dados estão em consonância com a literatura da área(Croquelois A. 2011 ), ainda que a incidência de distúrbios da comunicação oral entre os sobreviventes varie entre 17% e 36% nos primeiros 30 dias pós-AVC(8,23), e até 41% após um ano.
CONCLUSÕES
 Este estudo, buscou caracterizar os pacientes acometidos por AVC, observando-se a prevalência de distúrbios da comunicação e posterior encaminhamento para reabilitação.
 Sem a pretensão de esgotar o tema, mas abrindo possibilidades para futuros aprofundamentos. Buscou-se, com essa pesquisa, a produção de informações que possam estar contribuindo e acrescentando aos procedimentos já existentes para a prevenção do Acidente vascular cerebral. 
 Conforme foi visto no capítulo anterior, análise dos resultados observou-se que apesar das informações que são passadas através da mídia, campanhas educacionais para a prevenção das doenças e pelos próprios profissionais da área da saúde, muitas pessoas não possuem conhecimento sobre o AVC, forma de prevenção e principais fatores que causam essa doença. 
 Constatou-se que 69,7% dos sujeitos (30/93) possuíam IMC maior que o desejado, 79% dos indivíduos (34/93) possuíam alteração no percentual de gordura corporal
Assim, abrem-se aqui outros questionamentos que poderão ser feitos em futuras pesquisas, como: a auto medicação em pessoas com sobrepeso, a relação de afetividade destes com as doenças do coração, a importância da família para a qualidade de vida entre outros. Tais dados são fundamentais para subsidiar ações educativas voltadas para a prevenção secundária da coronariopatia e encefalopatia.
REFERÊNCIAS
BOUNDY, J. Enfermagem Médico-Cirúrgica. 3 ed. Rio de Janeiro: Reichmann & Affonso Editores, 2004.
MARTINS, G. de A. Princípios de Estatística . 4 ed. São Paulo: Atlas, 1990.
MORTON, P. G. CuidadosCríticos de Enfermagem: uma abordagem holística. 8 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2007.
NORONHA, J. C. de. Utilização de Indicadores de Resultados para a Avaliação da Qualidade em Hospitais de Agudos: Mortalidade Hospitalar após Cirurgia de Vascularização do Miocárdio em Hospitais Brasileiros. Rio de Janeiro: UFRJ, 2001.
OLIVEIRA, K. C. S. de, Fatores de Risco em Pacientes com Infarto Agudo do Miocárdio em um Hospital de Ribeirão Preto – SP. Ribeirão Preto/SP: USP – Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto, 2004.
ROBBINS, S. L. Patologia Estrutural e Funcional. 6 ed. Guanabara: Koogan, 2000.
 
RUBIN, E.l; FARBER J. L. Patologia . 3 ed. Rio de Janeiro: Guanabara, 2002.
TIMERMAN, A. Manual de Cardiologia. São Paulo: Atheneu, 2000.
TOLEDO, G. L. Estatística Básica. 2 ed. São Paulo: Atlas, 1985.
COLOMBO ET AL. Caracterização da obesidade em pacientes com infarto do miocárdio, Rev Latino-am Enfermagem 2003 julho-agosto; 11(4):461-7.
André C. Hipertensão arterial na fase aguda de infarto cerebral. Inquerito sobre a prática corrente em um hospital Universitário. Arg. Neuropsiquiatria 1994;52(3)339-42.
BRASIL. Ministério da Saúde. Linha de Cuidados em Acidente Vascular Cerebral (AVC) na rede de Atenção às Urgências e Emergências. 2012. Disponível em: . Acesso em: 12 abr. 2012.
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