Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Transcrição de Fisiologia II por Carolina Feiten Terciotti e Unirio Pastorello Júnior Professor Jorge 8ª Aula – 20/10/2017 Eixo Hipotálamo-Hipófise Tireoide e Paratireoide Basicamente são encontrados três núcleos no hipotálamo: 1. Supraóptico 2. Paraventricular 3. Ventral do hipotálamo Esses núcleos têm projeções, ou seja, axônios que irão sair da região do hipotálamo e descer ou irão até a região entre o hipotálamo e a glândula hipófise (iminência média). Os núcleos supraóptico e o paraventricular formam a estrutura que conhecemos como neurohipófise. Há uma diferença histológica e também embriológica entre a região chamada de adenohipófise (células epiteliais – tecido glandular) e a região chamada de neurohipófise (terminações de axônios com núcleos de neurônios localizados no hipotálamo). A neurohipófise nada mais é que terminações de núcleos de neurônios do hipotálamo. Os hormônios são produzidos por neurônios (pelos núcleos supraóptico e o paraventricular) e descem por axônios. Os axônios do núcleo ventral são curtos e esses núcleos também produzem hormônios que irão estimular a adenohipófise. Como esses hormônios chegam até ela? Através da circulação porta hipofisária. A circulação porta hipofisária somente atende a adenohipófise, ela não atende a neurohipófise. O sistema porta irriga a iminência média, leva e recolhe os hormônios produzidos pelo núcleo ventral e leva para as células epiteliais, banhando a adenohipófise. Após, os hormônios são liberados na corrente sanguínea para serem levados para os tecidos. Se houver uma Síndrome de Sheehan que comprometa a vascularização poderá ocorrer uma isquemia perdendo praticamente totalmente a função da adenohipófise. Isso pode acorrer devido a traumas graves, gravidez de alto risco, sangramento pós-parto e etc. As células supracitadas irão regular de formas diferentes os tecidos. Cada grupo dessas células irão apresentar receptores específicos para os mediadores hipotalâmicos. O tireotrofo (localizado na adenohipófise) possui receptores específicos para o TRH. O TRH está saindo pela circulação porta hipofisária do núcleo ventricular do hipotálamo. Uma vez que essas células são estimuladas pelo TRH, irão produzir o TSH que irá cair na circulação sistêmica onde vão agir na glândula tireoide que irá produzir os hormônios T3 e T4. Estimulo pelo TRH produção de TSH circulação sistêmica glândula tireoide produção de T3 e T4 Os corticotrofos são grupos células epiteliais da adenohipófise que respondem ao CRH – hormônio estimulador do hipotálamo. Uma vez que esse corticotrofos são estimulados pelo CRH que sai do hipotálamo irão produzir o ACTH que irá agir no córtex da suprarrenal que irá produzir: cortisol e andrógenos. (O cortisol pode inibir a produção, tanto do CRH quanto do ACTH por feedback negativo). Estimulo pelo CRH produção do ACTH age no córtex da suprarrenal produção de cortisol e andrógenos O TRH agindo nos lactotrofos (grupos produtores de prolactina): esses lactotrofos irão possuir agentes inibitórios: dopamina e somatostatina, ou seja, podem sofrer inibição que vem do hipotálamo. Qual a principal glândula alvo do hormônio prolactina? A glândula mamária. O que a prolactina faz na mama? Produção de leite. Outro papel da prolactina é o bloqueio do ciclo ovariano (interrompe a menstruarão). Eixo da ação (bloqueio) da prolactina: hipotálamo hipófise útero ovários. PROVA Níveis aumentados de prolactina levam a amenorreia secundária: ausência de menstruação por um período maior do que 3 meses. No homem, a prolactina interfere no desenvolvimento folicular, interfere na libido e no comportamento sexual. Existe uma hierarquia: os fatores hipotalâmicos são secretados em forma de impulso. Como você irá avaliar um distúrbio metabólico nesse eixo? Há três estágios: a lesão poderá ser um distúrbio primário, secundário ou terciário. 1. Se estiver no hipotálamo será um distúrbio terciário. 2. Se estiver na adenohipófise, será secundário. 3. Se estiver na glândula alvo (órgão alvo) será primário. A grande maioria dos distúrbios são de níveis glandulares. Feedback negativo (Controle da produção dos hormônios) O hormônio é produzido (T3 e T4). Em uma alça curta, diminui a liberação de TSH e em uma alça longa diminui a produção de TRH que irá diminuir a produção do TSH. A ocitocina e o ADH são hormônios da neurohipófise. O núcleo supraóptico produz o ADH. Qual o papel do ADH? É um hormônio antidiurético que controla a volemia sanguínea. O ADH estimula a produção da proteína aquaporina 4, essa proteína aumenta a retenção de água. O ADH também é chamado de arginina vasopressina pois ele também faz vasoconstrição. O núcleo paraventricular produz a ocitocina. Qual o papel da ocitocina? Isso depende, pois ela age no útero ou na mama: 1. Mama contribui na ejeção do leite 2. Útero no útero promove a estimulação uterina. (A movimentação do feto também pode favorecer a liberação de ocitocina). Durante o parto à uma ação sinérgica de prostaglandina com a ocitocina, aumentando a contração uterina. Após o parto, nota-se que há uma contração considerável do útero da mulher, isso se deve ao fato de que há um nível de ocitocina circulante muito elevado, o que deixa o útero muito duro. Tal acontecimento se deve ao fato do organismo buscar a homeostasia, já que se não houver contração do útero após o nascimento, ele continuaria sangrando e a mulher poderia morrer por hemorragia. Muitas vezes, após o parto é necessária a aplicação de ocitocina por via intravenosa para que o útero se contraia. PROVA A liberação da ocitocina é estimulada pela sucção durante a lactação. Quando a criança vai mamar, ela necessita encaixar a boca na auréola da mama para que os mecanorreceptores sejam ativados e a ocitocina seja liberada. Observação: A ocitocina não produz o leite, ela só estimula sua liberação. Quem produz o leite é a prolactina. Existem momentos do dia em que a mama aumenta de volume, isso seria um ritmo regular de produção de leite. A prolactina (PRL) é uma proteína que desempenha dupla ação: como hormônio, devido à produção hipofisária (adenohipófise), e como citocina, secundária à produção extra- hipofisária. Nos seres humanos, a função mais conhecida da PRL é a ação hormonal que estimula o desenvolvimento final mamário e garante a galactopoiese. Receptores da PRL são expressos nos seguintes locais: Mamas, hipófise, fígado, córtex adrenal, rins, próstata, ovários, testículos, intestino, epiderme, ilhotas pancreáticas, pulmões, miocárdio, cérebro e linfócitos Funções 1. Promove o desenvolvimento da mama; 2. Importante papel na secreção do leite (lactogênese) – síntese intracelular e passagem do leite para o lúmen alveolar; 3. Várias evidências indicam que a PRL é um fator de crescimento de linfócitos e um estimulante da resposta imune. A prolactina está inibida por grande parte da vida da mulher, principalmente devido a dopamina. A prolactina é um hormônio da adenohipófise Resposta de uma pergunta: (sobre gravidez) Estrogênio: prepara o corpo para a gravidez – aumento da mama, quadril; recuperação endometrial e etc. Progesterona: atua na segunda fase do ciclo, aumentando a capacidade glandular dos tecidos (do útero e da mama), pois, caso a mulher engravide o útero deverá estar preparado para receber o embrião que lá irá se desenvolver. No fim do ciclo menstrual a mulher sente dor no peito pois os níveis de progesterona estão mais altos. Se ocorrer a fecundação, a progesterona perpetua,pois, o implante do embrião na parede uterina faz como que seja produzido o hormônio gonadotrofina coriônico humano que irá estimular a manutenção da produção da progesterona (substituindo o que o LH faria). Enfim: até o fim da gestação a mulher permanece com o nível de progesterona alto, o qual “destrava a produção” da prolactina. Durante a produção de prolactina, os níveis de estrogênios são baixos pois há um bloqueio na produção de FSH, o que confere um nível de fertilidade baixo. Entretanto, há sim a possibilidade de ocorrer uma gravidez durante o período de amamentação. Hiperprolactinemia Quando há um aumento da Prolactina circulante no sangue (que chamamos de Hiperprolactinemia), você pode perceber alguns sintomas, que variam de homens para mulheres. Mulheres: Amenorreia (ausência de menstruação); Oligomenorreia (aumento do tempo entre uma menstruação e outra); Galactorreia (liberação excessiva de leite ou fora do período da lactação); Infertilidade; Dispareunia (dor durante o ato sexual); Perda da libido (o anseio ou desejo pelo ato sexual, que popularmente conhecemos como “tesão”). Homens: Impotência; Perda da libido; Infertilidade. Algumas causas: medicamentos, doenças sistêmicas (hipertireoidismo primário) e etc. Por que o hipertireoidismo pode causar a Hiperprolactinemia? Pois o TRH pode estar aumentado. Há um aumento na produção de TSH e TRH, sendo que o TRH aumenta a produção de prolactina. Glândula Hormônios da Adenohipófise Hormônio do crescimento (GH) É um hormônio que age em todos os tecidos o que pode deflagrar uma série de neoplasias. O GH, também conhecido como somatotrofina ou hormônio somatotrófico, é o mais abundante hormônio secretado pela adenohipófise. Existem receptores de GH em diversos tecidos corpóreos, tais como: músculos esqueléticos, fígado, rins, pâncreas, coração, intestino, pulmão e cérebro. A maior parte do GH na circulação apresenta-se ligado a proteínas transportadoras específicas GHBP (growth hormonebinding proteins). Efeitos no metabolismo: • Promove o crescimento linear; • Promove a deposição de proteínas nos tecidos; • Promove a utilização de gorduras como energia (cetogênese); • Inibe a utilização de carboidratos como fonte de energia. (Diabetogênico); • Esse hormônio poupa glicose. Quais hormônios apresentam efeito diabetogênico? Cortisol e o GH. Com isso, um distúrbio na produção de GH pode levar a um diabetes. Um distúrbio nos níveis de cortisol pode levar a Síndrome de Cushing que eleva o nível de glicemia e leva ao diabetes. O hormônio do crescimento é tão potente que ele pode ter ação direta, ou seja, não necessita de mediadores para ele agir no tecido, ele mesmo faz com que o tecido cresça, o que difere da ação indireta. Alongamento do eixo dos ossos longos Sob a influência do GH, os conócitos da placa de crescimento são estimulados, levando a proliferação dessas células e à deposição de nova cartilagem, seguindo de conversão dessa cartilagem em osso. Essa imagem representa um corte de um osso longo em uma área onde está ocorrendo o crescimento ósseo. Essa área está sob uma dinâmica de atividade mitótica. Essa área em crescimento é denominada: fise. O GH estimula os conócitos a produzirem IGF1 (fator de crescimento tecidual local) que aumenta mais ainda a atividade proliferativa do tecido. Na fase juvenil a atividade é alta e conforme chega a vida adulta ela diminui. Estudos demonstram que problemas no crescimento estão relacionados não somente ao GH mas também ao hormônio feminino estrogênio pois ele diminui o crescimento bloqueando a atividade mitótica dos tecidos. Novos medicamentos atuam no bloqueio do estrogênio para aumentar a taxa de crescimento. Aromatase é uma enzima que transforma testosterona em estrogênio. No homem, essa enzima fica depositada na gordura abdominal. “Quanto mais velho e barrigudo, mais broxa e calmo o homem vai ficando”. A secreção é mais elevada na puberdade e diminui na vida adulta – tal fato pode ser parcialmente responsável pelo declínio da massa magra corporal. A secreção do hormonio GH inicia-se durante o desinvolvimento fetal. A secreção é estimulada pelo GHRH e inibida pela somtostatina. Durante a vida embrionária ocorre a diferenciação orgânica/histológica. Há uma gama de fatores de crescimentos de tecidos específicos que necessitam do GH. (Fator de crescimento cerebral, fator de crescimento vascular e etc.) O GH é conhecido como o hormônio do estresse. Corticoides inibem a liberação do GH; Durante o estresse físico (musculação) ocorre uma liberação muito elevada de GH; O GH participa da regeneração tecidual do músculo. Por que não se deve tomar anti-inflamatórios corticoides quando você malha? Porque anti- inflamatórios corticoides inibem a liberação do hormônio do crescimento GH, o qual, é necessário para o auxílio da regeneração tecidual durante o estresse físico (momento em que a liberação do hormônio é intensa). Existem três categorias de estímulos que aumentam a secreção de GH: • Jejum, privação crônica de proteína; • Aumento de aminoácidos plasmáticos; • Exercícios e estímulos estressantes. Fatores que estimulam a produção do GH. PROVA Se transforma em Somatomedina Age no Altos níveis de IGF-1(somatomedina C) diminui a liberação do GH por elevar a secreção de somatostatina hipotalâmica e inibe a secreção do GHRH O hipopituitarismo trata-se de uma condição na qual a glândula hipófise sintetiza quantidades reduzidas de GH. O hiperpituitarismo trata-se de uma condição na qual a glândula hipófise sintetiza quantidade elevadas de GH. O GH age nos músculos, aumenta a síntese proteica, aumenta a captação de aminoácidos, promove o melhoramento da gliconeogênese, aumenta a atividade tecidual, aumenta a atividade contrátil cardíaca e etc. O hormônio GH aumenta tudo, tanto do ponto de vista metabólico, quanto do sistêmico: aumenta a frequência respiratória, aumentando a captação de oxigênio, aumentando o fluxo sanguíneo (...) Nanismo é a falta do GH na infância, onde ocorre um crescimento retardado/diminuído de todas as estruturas. Gigantismo é o excesso do GH na infância, onde há um crescimento “harmônico?” de todas as estruturas corporais. Friso novamente a necessidade de conhecer o EIXO REGULATÓRIO DO HORMÔNIO (HIPOTÁLAMO, HIPÓFISE, TIREOIDE). TEM QUE SABER ISSO PARA DESCREVER NA PROVA. Hipotálamo produzindo TRH, que vai agir na hipófise produzindo o TSH. Lembra que eu falei da hiperprolactinemia associada ao hipotireoidismo primário?! O hipotireoidismo primário é causado pela glândula da tireoide, então, T3 e T4 não estão sendo produzidos. Eles são os eixos de inibição do TRH E TSH e se eu não tenho T3 e T4 sendo produzidos, na realidade, o meu TRH continua sendo produzido e faz com que a hipófise produza o TSH, logo, o TSH está alto no hipotireoidismo. Se eu tenho um aumento do TRH, ele vai estimular quem? PROLACTINA. Então, por isso que você tem a hiperprolactinemia associado ao hipotireoidismo primário, porque o TRH estimula tanto a PROLACTINA, quanto a produção de TSH. A glândula da tireoide é uma glândula localizada na região do pescoço, é estimulada pelo TSH. Existe um outro estimulo, que não é só produzir hormônios tireoidianos e sim manter o equilíbrio do Iodo. O iodo, também, é um elemento que estimula a produção de hormônios tireoidianos e ele regula.Quando você pega a glândula tireoide, o que ela tem na sua parte posterior? As glândulas paratireoides. É por isso que muitas das vezes que o individuo faz uma cirurgia na tireoide (tireoidectomia), ele acaba, também, desenvolvendo, além, do hipotireoidismo, um hipoparatireoidismo. Assim, leva junto a glândula, pois não há como deixar a glândula pendurada. A função do hormônio tireoidiano é manter o metabolismo basal. Quando eu falo em metabolismo basal, eu falo em ligação de calor. Ele manda a informação para o hipotálamo para ele controlar, ou seja, se tiver muito quente vai haver mecanismos de resfriamento. Um dos mecanismos de resfriamento é a sudorese. Se estiver frio, vai gerar calor e o mecanismo é o tremor. Existe um outro mecanismo gerador de calor metabólico que é o aumento na produção do hormônio T3 e T4. Em situações de frio, você produz mais hormônios tireoidianos, ele eleva a temperatura basal. Já no calor, você não vai produzir tanto hormônio tireoidiano, diminuindo a temperatura basal. Como faz para ter esse controle? Tem-se o T3, T4 e o RT3. O T4 é hormônio tireoidiano que fica estocado, armazenado. O T3 é hormônio como ação metabólica direta, ou seja, ele que é liberado e vai atuar rapidamente. O RT3 é um tipo de T3 inativo. Por exemplo, em situações de frio, se tem um aumento da produção do T3, com mais atividade metabólica. Mas, no calor, ao invés de produzir o T3, produz o RT3, que tem atividade diminuída ou inativa, Esse aqui é o folículo tireoidiano (slide), é uma glândula, é um tecido e epitelial com aspecto folicular e dentro desse folículo existe uma proteína que é chamada de TIREOGLOBULINA. Essa proteína não é conhecida pelo sistema imunológico, ele até conhece, mas ela não é muito conhecida por ele, porque ela é produzida dentro do folículo. Porém, olhando a glândula tireoide encontra-se também outras células, que são as células parafoliculares. Qual o papel dessas células? É controlar os níveis de cálcio junto com o paratohormônio. Que hormônio que essas células parafoliculares produzem? Calcitonina. Para hormônios, são hormônios que vão controlar os níveis de cálcio, só que o paratohormônio é pelas glândulas paratireoides e a calcitonina pelas células parafoliculares ou células C que esta na glândula tireoide. A grande verdade é que quem faz a homeostasia do cálcio é o PARATOHORMONIO, ele é o grande responsável junto com a VITAMINA D. A vitamina d é um hormônio também, um hormônio exógeno. Entao, essa tireoglobulina ela é produzida, mas é escondida do sistema imune. Toda vez que libera hormônio tireoidiano, uma pequena porção dessa tireoglobulina entra em contato com o sistema imunológico, no entanto, toda vez que o sistema imunológico entra em contato com algo que ele não conhece, o que ele desenvolve? Como ele responde? Produzindo anticorpos. Exemplo: Jogando bola, leva uma bolada no pescoço e tem um trauma na tireoide. Uma semana depois inicia taquicardia, dor, ou seja, você faz uma tireoidite por trauma. A tireoide é lesionada e é apresentado para o sistema imunológico uma quantidade muito grande de antígenos e ele monta uma resposta imune contra a tireoide – uma tireoidite autoimune. Leva a destruição da glândula. Pode acontecer também por infecção. Guardem o último parágrafo do slide, é muito importante. Já ouviram falar naquela formula que emagrece? É colocado tiroxina, que é o hormônio tireoidiano. Relembrar o eixo: O TRH estimula a ADENOHIPÓFISE a produzir TSH que vai agir na tireoide produzindo T3 e T4. “O T4 (na verdade é ele quem faz a inibição). Nesse momento, o professor diz que é o T4 e não o RT3 como citado anteriormente.” O T4 sobe até a adenohipófise, tem uma enzima peroxidase que tira o iodo do T4, transforma-o em T3 e esse T3 que se liga a produção de TSH. Quando o TSH esta aumentado, ele estimula a tireoide a produzir tireoglobulina. Quando o TSH esta diminuído, a tireoglobulina tem sua produção diminuída. Entao, se você der pra glândula TSH, você produz tireoglobulina. Se você der T4 para a glândula, o que acontece? Se T4 vai inibir na produção do TSH, irá diminuir esse hormônio, vai, também, diminuir a produção da tireoglobulina. Isso é o mecanismo de hipotireoidismo induzido pós consumo desnecessário do hormônio tireoidiano, que você pode desenvolver nessas fórmulas de emagrecer. Cria-se uma tolerância dos hormônio tireoidianos e você esta tomando desnecessariamente o hormônio. Esse é o mecanismo que justifica o hipotireoidismo medicamentoso. A glândula tireoidiana tem um papel importante no controle do iodo, a glândula concentra o iodo circulante para liberá-lo na forma de hormônio tireoidianos. Produz mais T4, do que T3. A flecha no slide) Lembrando que o T4 vai se transformar em T3. O T4 é mais lipossolúvel, ele fica estocado e o T3 tem ação metabólica direta. A deficiência do iodo leva como consequências o retardo mental, o bócio e hipotireoidismo. A falto do hormônio HIPO e o excesso HIPER. Bócio não representa hipoatividade ou hiperatividade PROVA – QUESTÃO DISCURSIVA Tem que ter um aumento muito grande do Iodo. Esse aumento leva uma inibição da produção do hormônios tireoidianos, mecaniso de autorregulação. Com isso, eu posso desenvolver um hipotireoidismo. Se a pessoa tomar AMIODARONA, tem que fazer o controle de hormônio desse paciente. Vai aumentar a produção de iodo circulante, e, consequentemente, bloqueia hormônio tireoidiano e desenvolve um hipotireoidismo (por bobeira). O lítio pode bloquear, as vezes, o hormônio tireoidiano. Aqui (slide) é uma célula do folículo, só para mostrar como funciona a síntese. O iodo é transportado junto com o sódio, co-transporte sódio dependente. O sódio entra e sai por uma bomba de sódio e potássio. O sódio tem que estar sempre mais baixo aqui dentro para o iodo poder entrar. Ele entra pela forma de iodeto, esse transportador de iodeto vai ser oxidado a iodo, por uma enzima chamada TPO. Essa enzima, que é uma peroxidase, vai oxidar esse iodo e esse iodo oxidado vai ser aglutinado ou incorporado a tireoglobulina. Esse processo é conhecido como organificação. O que é organificação? Colocar o iodo na tireoglobulina. Aqui está a tireoglobulina e seus aminoacidos tireosinas; Depois da organificaçao, eu vou pegar essa molécula e vou acoplar essa molécula (juntar). Essa aqui que ficou perto dessa, fica 3 – triiodotironina. Essa que ficou perto dessa e ficou com 4 – tetratironina. Essa tireoglobulina organificada é endocitada, dentro da célula é separada em T3 e T4 lançado na corrente sanguínea. A amono e a di-iodo que sobrarem aqui vão ser quebradas, o iodeto devolvido para ser novamente reduzido e os aminoácidos incorporados. Desenho: síntese da tireoglobulina, bomba de iodeto, oxidação de iodeto a iodo, organificação do iodo formando amono e a di, reação de acoplamento, que vai gerar o T3 e T4, a endocitose da globulina organificado, a hidrolise separando T3 e T4 e lançamento da circulação e a desiodação e a retirada do iodo e a liberação desse na célula folicular para reciclagem da tirosina. Desiodação é feito por uma enzima (desiodase). Existe em média 3 ou 4 desiodase descritas, mas o papel dela é TIRAR IODO. Os tecidos possuem uma desiodase chamado de desiodase do tipo 2. Olhar para o desenho, comeca no BLOOD (sangue). O Iodo vai ter o TPO reduzido e vai serincorporado por aquele processo de organificação da tireoglobulina, dois iodos com dois iodos. Esses aminoácidos vão se juntar e vão formar a tirolina, vão ser endocitados, fragmentados. T4 corrente sanguína, T3 corrente sanguínea – triiodotironina. OBS: Gente, tentei descrever o máximo que eu consegui ele apontando pra esses desenhos, mas ele não seguiu uma ordem, caso queiram escutar a aula ta por volta dos 30 minutos. O que estimula a produção dos hormônios tireoidianos? O Tsh, algumas imunoglobulinas, doenças autoimunes, níveis aumentados de TBG (na gravidez ela está aumentada). O que é TBG? Falei que o T4 é mais lipossolúvel que o T3. O hormônio T4 pra circular na corrente sanguínea tem que estar associado a uma proteína e essa proteína é a TBG. Fatores que inibem a produçao dos hormônios tireoidianos: Deficiência de Iodo Deficiência de desiodases Ingestão excessiva de iodo ou de similares Lítio, amidarona. Medicamentos propiltiouracil Níveis diminuídos de TBG. TIROSINA – TRIIODOTIRONINA – TRIIODO REVERSA (INATIVA). Na realidade o que acontece, é produzido o T3, ele é utilizado e quando a atividade do T3 começa a diminuir, o T4 que estava estocado na TGB é liberado na corrente sanguínea, vai para o tecido. Esse T4 vira o T3. Como ele vira um T3? Aquela enzima desiodase tira 1 iodo e ativa. SLIDE - Esse é o estocado, o da atividade metabólica, esse é utlizado rapidamente. Quando os níves desse começa a acabar, eu começo a desprender da proteína e aí eu tenho a reativação, a liberação desse iodo e ele fica ativado. No frio, os níveis de converção de T4 e T3 são maiores e no calor eles são menores. O T4 no calor é convertido mais em RT3, que é inativo metabolicamente. Já no frio, você precisa de uma atividade metabólica maior, esse T4 é convertido em T3. A principal proteina transportadora é a tiroxina, tironina e a maior produção é pelo fígado O T3 tem atividade metabólica. Quais são os fatores que podem estimular, que aumentam a produção dos hormônios tireoidianos? Vitaminas (algumas), iodo. Fatores que aumentam a conversão do T4 e T3: vitamina A, selênio. Um simples manejo na dieta do paciente, pode-se melhor a resposta dele aos hormônios tireoidianos. Hormônio tireoidiano – o ponto chave é o consumo de oxigênio, então ele vai trabalhar para alterar a atividade metabólica. O aumento da atividade de outros hormônios, a frequência cardíaca. Aumenta a resposta adrenérgica, aumenta a expressão dos receptores adrenérgicos. Várias são as ações dos hormônios tireoidianos: Aumenta na degradação do colesterol, então, paciente com hipertireoidismo pode cursar com queda do nível do colesterol. Já o paciente com hipotireoidismo, vai ter um aumento dos níveis do colesterol. É por isso, que os dois pacientes podem ter hipertensão arterial. OS EFEITOS SÃO IMPORTANTE, TEM QUE LER. Hormônio – eixo de regulação – efeito T4 LIVRE QUE MODULA O EIXO. JORGE DISSE QUE IRIA PENSAR SE IRIA COLOCAR NA PROVA ESSE SLIDE. O hipotireoidismo subclinico é o que são os grandes problemas de tratamento, pois os outros identifica e resolve. Esse é o eixo que eu vou cobrar na prova: TSH estimulando a glândula, quando eu tenho uma oferta de iodo a glândula é do tamanho normal. Quando a oferta de iodo é baixa eu produzo baixa quantidade de T4 e se tem uma tendência a hipertrofia da glândula.
Compartilhar