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Introdução O estudo do equilíbrio ácido-base e de suas características tem grande importância na área da química. A determinação de pH de soluções e a manipulação de reações químicas para que propriedades de determinado sistema sejam mantidas ou alteradas de forma controlada são as principais aplicações desse estudo. Dessa forma, é possível obter uma gama de produtos que podem fazer parte de diferentes áreas da indústria. Resumo Neste experimento foram montadas diversas soluções com o intuito de observar o comportamento destas frente a uma perturbação no sistema em equilíbrio. Foram realizados vários cálculos para estimar o valor do pH para cada parte do experimento e estes foram comparados com os valores esperados fornecidos em laboratório. Verificou-se diversos casos de hidrólise e o pH resultante das soluções foi estimado. O experimento também investigou propriedades de soluções tampão. No qual, uma parte estuda a solução tampão e a outra a ação tamponante e seus limites. Realizou-se a adição de base forte à solução tampão e observou-se mudanças no pH até que a capacidade da solução tampão chegou aos seus limites. Um gráfico “pH versus número de gotas” foi construído para representar as variações de pH durante a adição de gotas. Nestes experimentos realizados em laboratório, puderam-se relacionar conceitos teóricos (equilíbrio acido-base, hidrólise de sais e soluções tampão) vistos em sala de aula com os experimentos realizados. Esse vínculo entre a teoria e a prática possibilitou uma grande assimilação do conteúdo por parte do aluno, que, posteriormente, usará esses conceitos não apenas na sua vida acadêmica, como também em seu futuro profissional. Objetivos ° Observar comportamento e perturbações de sistemas em equilíbrio; ° Verificar casos de hidrólise e a capacidade tamponante. Procedimento Experimental (Imagem 1: Tubos de ensaio contendo soluções de pH de 2 até 12, com o indicador universal, para possibilitar a estimativa do valor de pH) Efeito de íon comum em equilíbrio de dissociação de ácido fraco Colocou-se em um tubo de ensaio 2,5mL (50 gotas) de solução de acido acético, 2 mol/L. A este tubo foram adicionados 2 gotas de indicador universal (mistura de vermelho de metila, fenolftaleína, azul de timol e azul de bromotimol), após agitação a coloração e o pH referente foram anotados. Posteriormente, metade da solução foi transferida a outro tubo de ensaio igual, limpo e seco. A um desses tubos foram adicionados 1,5 mL (30 gotas) de água destilada e agitou-se. Ao outro tubo de ensaio foram adicionados, sempre sob agitação, sucessivas porções de 5 gotas de solução de acetato de sódio 0,4 mol/L, até que o volume total se igualou ao do primeiro tubo. Após cada adição, a coloração e o pH correspondente foram anotados. Foi estimado o pH da solução a cada 20 gotas montando o equilíbrio apropriado, utilizado as expressões pertinentes e levando em conta a variação do volume. “Hidrólise” de sais em soluções. Foram colocadas 40 gotas de soluções aquosas em tubos de ensaio numerados dos seguintes sais: Cloreto de amônio, acetato de sódio, carbonato de sódio, hidrogenocarbonato de sódio, hidrogenossulfato de potássio, monohidrogenofosfato de sódio, dihidrogenofosfato de sódio e cloreto de alumínio. Posteriormente foi adicionado 1 gota de indicador universal, agitando-se para homogeneizar e o pH de cada solução foi anotado. Estudo da ação tamponante e seus limites. A partir das soluções estoque AcOH (1,0 mol/L) e AcONa (1,0 mol/L) do laboratório, foram preparadas por diluição com água destilada uma solução tampão com 0,16mol/L como composição . Foram colocados 5 ml dessa solução em um tubo de ensaio, a esta solução foi adicionado 1 gota de indicador universal. A cor resultante foi anotada, assim como o correspondente valor de pH. Depois, com um conta-gotas adicionou-se lentamente e com contínua agitação do tubo, solução de NaOH 1,0 mol/L. Sempre que foi notada mudança de coloração, o valor de pH foi anotado, assim como o número de gotas usadas. Esses valores foram passados para um gráfico “pH versus número de gotas”. O pH foi estimado a cada 10 gotas. Resultados e Discussão Por meio das fotos fornecidas em laboratório, com os pH das soluções montadas, e das concentrações das mesmas pode-se estimar o valor de pH para cada parte do experimento, levando em consideração o valor de pH aproximado das fotos. Parte a) Em um tubo de ensaio foram colocadas 50 gotas de ácido acético, um indicador ácido-base foi adicionado a este. Foi observada uma coloração rosa na solução, e o pH para essa solução, de acordo com as fotos fornecidas, era igual a 2. Ao tubo de ensaio 1 foi adicionado 1,5 mL de água destilada, 30 gotas, e a coloração observada foi rosa claro e, de acordo com as fotos, o pH era igual a 2. A equação para essa reação é: O pH estimado após a adição de 30 gotas de água destilada, considerando o volume da gota igual a 0,05mL, pôde ser calculado: M1. V1 = M2. V2 0,2 . 1000mL = M2 . 1001mL M2 = 0,199 ~ 0,2 M Utilizando o Ka tabelado para o ácido acético ( 2007, Brown), pode-se calcular o pH da solução: [ ] inicial 0,2 mol/ L 0 0 variação [ ] (-x) mol/ L (+x) mol/L (+x) mol/ L [ ] equilíbrio 0,2 - x mol/ L x x Tabela 1 - Tabela de equilíbrio, com todas as concentrações em mols por litro O equilíbrio se deslocará bem à esquerda e x será muito pequeno se comparado à concentração inicial de ácido acético. Portanto 0,2 – x será praticamente igual a 0,2. Desse modo, temos: x2 = 0,2. 1,8 . 10-5 x = 1,8. 10-3 Determinada a concentração de íons H+, x, pode-se calcular o pH: pH= -log [H+] pH= - log (1,8. 10-3) = 2,7 Esse resultado é próximo ao valor de pH fornecido pela coloração da solução. Ao tubo de ensaio 2 foram adicionadas gotas de acetato de sódio, até que o volume ficasse igualado ao volume do tubo 2. Foram acrescentadas no total 20 gotas de acetato de sódio que totaliza, aproximadamente, 1mL. As equações para essas reações são : CH3COOH(aq) CH3COO–(aq) + H+(aq) CH3COONa(aq) CH3COO–(aq) + Na+(aq) CH3COOH(aq) + CH3COONa(aq) CH3COO–(aq) + H+(aq) + Na+(aq) Após a adição das 20 gotas de acetato de sódio a coloração da solução tornou-se amarelo e, pelas fotos fornecidas, o pH era igual a 6. Para estimar o valor do pH para essa solução deve-se levar em conta a relação, na qual o produto da constante de dissociação ácida para um ácido e a constante de dissociação básica para a respectiva base conjugada é a constante do produto iônico da água: Ka x Kb = Kw Assim temos que o Kb é: Kb x 1,8. 10-5 = 1,0. 10-14 Kb = 0,6. 10-9 Utilizando Kb encontrado para o acetato de sódio pode-se calcular o pH da solução: [ ] inicial 0,4 mol/ L 0,2 mol/L 0 0 variação [ ] (-x) mol/L (-x) mol/L (+x) mol/L (+x) mol/L [ ] equilíbrio 0,4- x mol/L 0,2- x mol/L x x Tabela 2 - Tabela de equilíbrio, com todas as concentrações em mols por litro O equilíbrio se deslocará bem à esquerda e x será muito pequeno se comparado à concentração inicial de ácido acético. Portanto (0,4 – x) será praticamente igual a 0,4 e (0,2 – x) será praticamente igual a 0,2. Desse modo, temos: 0,6. 10-9 x2= 6 .10-10 . 0,08 x2= 4,8. 10-11 x= 6,92. 10-6 Determinada a concentração de íons H+, x, pode-se calcular o pH: pH= -log [H+] pH= -log [6,92. 10-6]= 5,16 Esse resultado é próximo ao valor de pH fornecido pela coloração da solução. Imagem 2 - A figura demonstra os aspectos finais das soluções. São mostrados os tubo de ensaio 1 e 2, respectivamente, na esquerda e na direita. Parte b) Ao tubo 1 foram adicionadas 40 gotas de cloreto de amônio e uma gota de indicador universal, a coloração observada foi laranja claro e, de acordo com as fotos, o pH era igual a 4. A equação para essa reação é: Utilizando a fórmula da constante de equilíbrio temos: A tabela abaixo foi construída para a realização do cálculo das[] das espécies em equilíbrio: [ ] inicial 0,1 mol/ L 0 0 variação [ ] (-x) mol/ L (+x) mol/L (+x) mol/ L [ ] equilíbrio 0,1 - x mol/ L x X Tabela 3 - Tabela de equilíbrio, com todas as concentrações em mols por litro Utilizando o Kb tabelado para o NH3 ( 2007, Brown), pode-se calcular o pH da solução: O x será muito pequeno se comparado à concentração inicial de cloreto de amônio. Portanto 0,1 – x será praticamente igual a 0,1. Desse modo, temos: Determinada a concentração de íons H+, pode-se calcular o pH: O valor obtido é próximo do valor observado experimentalmente. Ao tubo 2 foram adicionadas 40 gotas de acetato de sódio e uma gota de indicador universal, a coloração observada foi verde claro e, de acordo com as fotos, o pH era igual a 7. A equação para essa reação é: Utilizando a fórmula da constante de equilíbrio temos: A tabela abaixo foi construída para a realização do cálculo das [] das espécies em equilíbrio: [ ] inicial 0,4 mol/ L 0 0 variação [ ] (-x) mol/ L (+x) mol/L (+x) mol/ L [ ] equilíbrio 0,4 - x mol/ L x x Tabela 4 - Tabela de equilíbrio, com todas as concentrações em mols por litro Utilizando o Ka tabelado para o ácido acético ( 2007, Brown), pode-se calcular o pH da solução: O x será muito pequeno se comparado à concentração inicial de ácido acético. Portanto 0,4 – x será praticamente igual a 0,4. Desse modo, temos: Determinada a concentração de íons OH-, pode-se calcular o pOH: A partir da fórmula abaixo podemos encontrar o pH: O valor obtido não é próximo do valor observado experimentalmente. Ao tubo 3 foram adicionadas 40 gotas de carbonato de sódio e uma gota de indicador universal, a coloração observada foi azul claro e, de acordo com as fotos, o pH era igual a 10. A equação para essa reação é: Utilizando a fórmula da constante de equilíbrio temos: A tabela abaixo foi construída para a realização do cálculo das [] das espécies em equilíbrio: [ ] inicial 0,1 mol/ L 0 0 variação [ ] (-x) mol/ L (+x) mol/L (+x) mol/ L [ ] equilíbrio 0,1 - x mol/ L x x Tabela 5 - Tabela de equilíbrio, com todas as concentrações em mols por litro Utilizando o Ka tabelado para o bicabornato de sódio ( 2007, Brown), pode-se calcular o pH da solução: O x será muito pequeno se comparado à concentração inicial de bicabornato Portanto 0,1 – x será praticamente igual a 0,1. Desse modo, temos: Determinada a concentração de íons OH-, pode-se calcular o pOH: A partir da fórmula abaixo podemos encontrar o pH: O valor obtido é relativamente próximo do valor experimental. Ao tubo 4 foram adicionadas 40 gotas de hidrogenocarbonato de sódio e uma gota de indicador universal, a coloração observada foi verde azulado e, de acordo com as fotos, o pH era igual a 9. A equação para essa reação é: Utilizando a fórmula da constante de equilíbrio temos: A tabela abaixo foi construída para a realização do cálculo das concentrações das espécies em equilíbrio: [ ] inicial 0,1 mol/ L 0 0 variação [ ] (-x) mol/ L (+2x) mol/L (+x) mol/ L [ ] equilíbrio 0,1 - x mol/ L 2x X Tabela 6 - Tabela de equilíbrio, com todas as concentrações em mols por litro Utilizando o Ka tabelado para o ácido carbônico ( 2007, Brown), pode-se calcular o pH da solução: O x será muito pequeno se comparado à concentração inicial de ácido carbônico. Portanto 0,1 – x será praticamente igual a 0,1. Desse modo, temos: Como nota-se na reação há 2mols OH-, portanto deve-se calcular para 2x: Determinada a concentração de íons OH-, pode-se calcular o pOH: A partir da fórmula abaixo podemos encontrar o pH: O valor obtido não apresenta uma grande discrepância do valor experimental. Ao tubo 5 foram adicionadas 40 gotas de hidrogenossulfato de potássio e uma gota de indicador universal, a coloração observada foi rosa chiclete e, de acordo com as fotos, o pH era igual a . A equação para essa reação é: Utilizando a fórmula da constante de equilíbrio temos: A tabela abaixo foi construída para a realização do cálculo das [] das espécies em equilíbrio: [ ] inicial 0,1 mol/ L 0 0 variação [ ] (-x) mol/ L (+x) mol/L (+x) mol/ L [ ] equilíbrio 0,1 - x mol/ L x X Tabela 7 - Tabela de equilíbrio, com todas as concentrações em mols por litro Utilizando o Ka tabelado ( 2007, Brown), pode-se calcular o pH da solução: Desse modo, temos: Determinada a concentração de íons H+, pode-se calcular o pH: O valor obtido é relativamente próximo do valor observado. Ao tubo 6 foram adicionadas 40 gotas de monohidrogenofosfato de sódio e uma gota de indicador universal, a coloração observada foi verde e, de acordo com as fotos, o pH era igual a 8. A equação para essa reação é: Utilizando a fórmula da constante de equilíbrio temos: A tabela abaixo foi construída para a realização do cálculo das [] das espécies em equilíbrio: [ ] inicial 0,2 mol/ L 0 0 variação [ ] (-x) mol/ L (+x) mol/L (+x) mol/ L [ ] equilíbrio 0,2 - x mol/ L x x Tabela 8 - Tabela de equilíbrio, com todas as concentrações em mols por litro Utilizando o Ka tabelado ( 2007, Brown), pode-se calcular o pH da solução: O x será muito pequeno se comparado à concentração inicial de ácido. Portanto 0,2 – x será praticamente igual a 0,2. Desse modo, temos: Determinada a concentração de íons H+, pode-se calcular o pH: O valor obtido é relativamente próximo do valor observado. Ao tubo 7 foram adicionadas 40 gotas de dihidrogefosfato de sódio e uma gota de indicador universal, a coloração observada foi alaranjado e, de acordo com as fotos, o pH era igual a 4. A equação para essa reação é: Utilizando a fórmula da constante de equilíbrio temos: A tabela abaixo foi construída para a realização do cálculo das [] das espécies em equilíbrio: [ ] inicial 0,1 mol/ L 0 0 variação [ ] (-x) mol/ L (+x) mol/L (+x) mol/ L [ ] equilíbrio 0,1 - x mol/ L x x Tabela 9 - Tabela de equilíbrio com todas as concentrações, em mols por litro Utilizando o Kb tabelado para o ácido ( 2007, Brown), pode-se calcular o pH da solução: A tabela e a formula a cima foram montados baseados no , pois o é um número demasiadamente pequeno. O x será muito pequeno se comparado à concentração inicial de ácido. Portanto 0,1 – x será praticamente igual a 0,1. Desse modo, temos: Determinada a concentração de íons H+, pode-se calcular o pH: O valor obtido é relativamente próximo do valor observado. Ao tubo 8 foram adicionadas 40 gotas de cloreto de alumínio e uma gota de indicador universal, a coloração observada foi rosa claro, de acordo com as fotos, o pH era igual a 2. A equação para essa reação é: Utilizando a fórmula da constante de equilíbrio temos: A tabela abaixo foi construída para a realização do cálculo das [] das espécies em equilíbrio: [ ] inicial 0,1 mol/ L 0 variação [ ] (-x) mol/ L (+3x) mol/L [ ] equilíbrio 0,1 - x mol/ L 3x Tabela 10 - Tabela de equilíbrio, com todas as concentrações em mols por litro (0,1-x)(3x)³ Utilizando o Kps tabelado ( 2007, Brown), pode-se calcular o pH da solução: O x será muito pequeno se comparado à concentração inicial. Portanto 0,1 – x será praticamente igual a 0,1. Desse modo, temos: 2 . Como nota-se na reação há 3mols OH-, portanto deve-se calcular para 3x: Determinada a concentração de íons OH-, pode-se calcular o pOH: A partir da fórmula abaixo podemos encontrar o pH: O valor obtido é relativamente próximo do valor observado. A figura abaixo ilustra essa parte do experimento.Imagem 3 – Tubos dos sais com 1 gota de indicador universal Parte c) Para a preparação da solução tampão que utiliza Ácido Acético e Acetato de sódio, precisamos de uma solução que contém concentrações aproximadamente iguais de ácido e seu sal. Preparando um tampão com 0,16 mol/L é preciso de 0,8 mL de AcOH e 0,8 mL de AcONa mais 8,4 mL de água destilada, de acordo com a equação de dissolução: Foi adicionada 1 gota de indicador universal à essa solução, a solução ficou com uma coloração alaranjada e o pH estimado tem valor igual a 4. As equações para as reações que ocorrem na solução tampão são: CH3COONa(aq) → CH3COO-(aq) + Na+(aq) CH3COOH(aq) ⇌ CH3COO-(aq) + H+ Por meio das concentrações dos reagentes e das equações montadas podemos calcular o valor do pH para a solução tampão, considerando o novo volume da solução igual a 0,8 mL de ácido acético + 0,8 mL de acetato de sódio = 1,6 ml de solução. Número de mols presentes nos volumes adicionados. Concentração molar dos componentes da solução tampão. Início Variação [ ] Equilíbrio Calculo da [H+] na solução. Desconsidera-se o x porque a concentração encontrada é menor que 5% da concentração inicial. Cálculo do pH da solução tampão: O pH encontrado está proximo do observado experimentalmente ( pH:4). Após a preparação da solução tampão, 5 mL desta foram retirados e colocados em um tubo de ensaio. Depois foram adicionadas gotas de NaOH nesta solução tampão. Para a adição de 10 gotas de NaOH, tem-se: Cálculos para a determinação da quantidade de mols presentes na solução. Cálculos estequiométricos. Antes da reação: 2,5x10-3 mol 0,25x10-3 mol 2,5x10-3 mol Depois da reação: 2,25x10-3 mol 2,75x10-3 mol Volume final = Volume inicial + Volume adicionado = 5,5 x10-3 L Determinação do pH. Para 20 gotas de NaOH, tem-se: Cálculos para a determinação da quantidade de mols presentes na solução. Cálculos estequiométricos. Antes da reação: 2,25x10-3 mol 0,5x10-3 mol 2,75x10-3 mol Depois da reação: 1,75x10-3 mol 3,25 x10-3 mol Volume final = Volume inicial + Volume adicionado = 6,5 x10-3 L Determinação do pH. Para 30 gotas de NaOH, tem-se: Cálculos para a determinação da quantidade de mols presentes na solução. Cálculos estequiométricos. Antes da reação: 1,75x10-3 mol 0,75 x10-3 mol 3,25 x10-3 mol Depois da reação: 1,00 x10-3 mol 4,00 x10-3 mol Volume final = Volume inicial + Volume adicionado = 8 x10-3 L Determinação do pH Para 35 gotas de NaOH, tem-se: Cálculos para a determinação da quantidade de mols presentes na solução. Cálculos estequiométricos. Antes da reação: 1,00 x10-3 mol 0,88 x10-3 mol 4,00 x10-3 mol Depois da reação: 0,12 x10-3 mol 4,88 x10-3 mol Volume final = Volume inicial + Volume adicionado = 9,75 x10-3 L Determinação do pH Para 36 gotas de NaOH, foi atingida a capacidade tamponante. Portanto, a base forte se fez presente em excesso na solução. Assim, o pH foi calculado através da concentração dos íons Para 40 gotas de NaOH, tem-se: Cálculos para a determinação da quantidade de mols presentes na solução. Cálculos estequiométricos. Antes da reação: 0,12 x10-3 mol 1,0x10-3 mol 4,88 x10-3 mol Depois da reação: excesso de 0,88 x10-3 mol de Volume final = Volume inicial + Volume adicionado = 11,75 x10-3 L Determinação do pH pH = 10,38 Para 50 gotas de NaOH, tem-se: Cálculos para a determinação da quantidade de mols presentes na solução. Cálculos estequiométricos. Antes da reação: excesso de 0,88 x10-3 mol de Depois da reação: excesso de 1,13 x10-3 mol de Volume final = Volume inicial + Volume adicionado = 14,25 x10-3 L Determinação do pH pH = 12,89 Os valores acima calculados e observados foram inseridos em uma tabela, a qual nos serviu para a construção do gráfico pH versus nº número de gotas. pH nº de gotas 4,75 0 4,84 10 5,01 20 5,34 30 6,45 35 10,38 40 12,89 50 Tabela 11 – pH da solução em relação ao número de gotas adicionadas a mesma Gráfico 1 - Curva de pH da adição da base Hidróxido de Sódio em uma solução tampão de Ácido Acético e Acetato de sódio Quando uma pequena quantidade de base forte é adicionada, os íons OH- da base removem os prótons das moléculas de CH3COOH para produzir íons CH3CO2- e moléculas de H2O. Neste caso, as moléculas de ácido agem com,o fontes de prótons. Como os íons OH- foram removidos pelas moléculas de CH3COOH, a concentração de íons OH- permanece praticamente inalterada. Consequentemente, a concentração de H3O+ também se mantém constante. Observação das demais soluções tampão preparadas: 0,48M/0,48M - (AcOH/AcONa) - Capacidade Tamponante eficiente até a adição de 71 gotas de NaOH; 0,8M/0,8M - (AcOH/AcONa) - Capacidade Tamponante eficiente até a adição de 105 gotas de NaOH; A capacidade de um tampão é determinada por sua concentração e pH. Um tampão mais concentrado pode reagir com mais ácido ou base adicionadas do que um menos concentrado. Conclusão Neste experimento observou-se o comportamento devido a perturbação de sistemas em equilíbrio, ao adicionar substâncias a estes. Pode-se estimar o valor do pH para cada solução montada e este pôde ser comparado com um valor esperado, retirado das fotos mostradas em laboratório. Verificou-se o caso de hidrólise de soluções contendo sais e o pH das mesmas também pôde ser estimado. Assim, conclui-se que as propriedades ácido-base dos sais podem ser atribuídas ao comportamento de seus respectivos cátions e ânions. A relação dos íons com a água, variaram o pH resultante. O experimento também investigou as propriedades de soluções tampão. São estudadas as ações tamponantes e seus limites, por meio desta viu-se como uma solução tampão pode chegar aos seus limites e também ultrapassá-los. Desde que não se exceda a capacidade de tamponamento do tampão, pode-se supor que o ácido forte, ou a base forte, é completamente consumido pela reação com o tampão. Referências Bibliográficas Brown, Theodore L.; Le May, Jr, H. Eugene.; Bursten, Bruce E.; Burdge, Julia R. Química a Ciência Central. 9ª edição. São Paulo: Pearson Education, 2007. 972 páginas. “Experimentos Química das Transformações 2013”, UNIFESP, Campus Diadema, 2013. Princípios de química: questionando a vida moderna e o meio ambiente/ Peter Atkins, Loretta Jones; traduçãotécnica: Ricardo Bicca de Alencastro. – 5. Ed, - Porto Alegre: Bookman, 2012.
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