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FICHAMENTO CIÊNCIA POLÍTICA

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PROJETO DE EXTENSÃO BASE – Folha ficha 
	Período Letivo: 1º período
Disciplina: ciência política
Professor (a): Adolpho Ribeiro
Aluno (a): Maria Beatriz da Rocha Ferraz
	Tópicos:
Tópico 1; Introdução.
Tópico 2; métodos e historia da ciência política.
Tópico 3; A filosofia política .
Tópico 4;O homem e a sociedade.
Tópico 5; A população do Estado.
Tópico 6;Território do Estado.
Tópico 7; O poder político.
Tópico 8; O homem
Tópico 9; Formas de governo.
Tópico 10; Principais sistemas de governo.
Tópico 11; Formas de Estado.
	Referências Bibliográficas:
Azambuja, Darcy. Introdução à ciência política. 15º edição.
Bobbio, Norberto, Teoria geral da política. A filosofia política e as lições dos clássicos. 20º edição. 2000.
Leite, Flamorion Tavares. Manual de filosofia geral e jurídica. 3º edição.
Bastos, Celso Ribeiro. Curso de teoria do Estado e ciência política. 4º edição. 1999.
Introdução 
Acepções do termo política, popular: 
Ações, comportamentos e manobras dos homens (políticos) para conquistar o poder, ou uma parte dele, através das: Eleições, campanhas, etc.
Conceituação erudita: 
Arte de conquistar, manter e exercer o poder, o governo(Maquiavel) política como um ação, atitude de um governo em relação aos interesses públicos. Exemplo: políticas assistencialistas. Ou é o estudo das relações dos fatos com os motivos que inspiram as lutas em torno do poder do Estado e entre Estados (Eckart).
Correntes sobre o termo política: 
 Atualmente os escritores divergem em duas correntes sobre a política. Uns acreditam que é o estudo do poder, outros o estudo do Estado. O estudo dos fatos políticos vem desde Platão e Aristóteles e sempre foi tratado pelo ângulo filosófico, ou melhor, moral. Sendo o estudo do comportamento do homem em relação ao poder e esse conhecimento deve não só abranger o “como”, mas também o “porquê” e “para que”.
Acepções de ciência: 
ciência é um conjunto de conhecimentos e pesquisas comprovados empiricamente. Que não resultem de gostos ou interesses individuais. Ciência política = ciência do Estado, “tudo que se relaciona com a arte de se governar um Estado”. Mas a quem alegue que a ciência política é bem mais ampla que o Estado, vai alem dele. Os fenômenos políticos se reduzem apenas ao Estado ou também em outras sociedades. Estado é toda sociedade política (povo ou nação) organizada, com um poder próprio e um território delimitado. Grupos humanos organizados, denominados “primitivos” não são considerados dentro da categoria de estado por muitos autores. Um sociólogo diz parafraseando, o Estado é uma associação que atua através da lei e mantém dentro de uma comunidade delimitada territorialmente as condições de ordem social. 
“ciência política é a ciência do poder”: 
 Muitos pensadores entendendo que o estado é escasso pra ser o objeto da ciência política dão a esta como o estudo do poder. O que é o poder? Maritain o define como “força que se dispõe e com a qual se pode obrigar a outrem a ouvir ou a obedecer”. Já Burdeau, “força, nascida da vontade social, destinada a conduzir o grupo na obtenção do bem comum e capaz, se necessário, de impor aos membros a atitude determinado”. W. Robson “A ciência política é o estudo da natureza, dos fundamentos, do exercício, dos objetivos e dos efeitos do poder na sociedade”. O objetivo da ciência política é o poder político, este poder se distingue dos outros porque dispõe de força material, da coação física. Não o uso necessário dessa força, mas a possibilidade de usa-la. O poder político, não é totalmente correto. O poder é uma vontade humana, o Estado não. O poder político tem limitações, possui uma sociedade organizada hierarquicamente, com limites geográficos. Isto está dentro do estado e não dentro do poder.
 Fenômeno político:
Fenômeno ou fato político é todo fato, ou situação concernente à formação, estrutura e atividade do poder de estado. Teoria política é um conjunto de concepções, sistematicamente organizadas, sobre um objeto determinado.
Métodos e historia da ciência política: 
 O método de observação para estudo direta, pode ser extensiva ou intensiva. Na extensiva, é o estudo de uma “amostra”, de um pequeno numero de pessoas pertencentes a uma comunidade e do seu estudo se tira conclusões extensivas a comunidade, já no intensivo dirige-se a grupos menores ou a uma pessoa, por meio de testes, experimentos, etc. 
 Há entre a ciência política e as outras ciências sócias inter-relações de contribuição necessária. Com a sociologia, elas possuem o mesmo objeto de estudo, mas a ciência política tem um olhar apenas para a parte política. Com a psicologia social e individual. Os comportamento, atitudes, etc., são comuns entre as duas. Com a economia, principalmente depois de Marx também possui relações. Com a historia, o passado fornece elementos para a ciência política. Mas com o direito as relações são ainda mais intimas. É a atividade do poder que da “cor” aos fatos políticas e essa atividade se da pelas normas que são o próprio direito.
 Platão e Aristóteles são considerados os “pais” da ciência política. O primeiro no livro Republica, política e leis procura construir o Estado ideal, onde os governantes seriam filósofos. Aristóteles na política descreve o bom governo, mas de forma realista. Maquiavel em O príncipe expõe a “arte de conquistar, manter e exercer o poder”. Montesquieu com o Espírito das leis divulgou o principio da divisão do poder inspirado em John Locke.
 Para alguns a ciência política ainda não pode ser instrumento para os governos. Ela deve procurar a verdade e não utilidade dos homens. No E.U.A existem empresas que utilizam os “engenheiros políticos” na organização de campanhas. A ciência política concorre decisivamente para a educação cívica, não basta ser um bom cidadão, votar, é preciso conhecer, dispor de informação cientifica sobre os “segredos” e as realidades em vida política.
A filosofia política:
 Das possíveis relações entre filosofia política e ciência política:
O termo “filosofia política” possui significados distintos e cada um deles faz uma nova relação entre filosofia e ciência política. 
Acepção tradicional: Entende a filosofia política como descrição ou teorização da ótima república, isto é, está em busca da construção de um modelo ideal de Estado. Essa teoria tem base em objetivos éticos, e não necessita de preocupação se pode ser alcançada, pois é uma teoria muito imaginária, difícil de ser realizada.
Busca do fundamento último do poder: Essa teoria é criada para responder perguntas como: “A quem devo obedecer. E por quê?”. Nesse caso a filosofia age na determinação de critérios de legitimidade do poder, partindo de pressupostos filosóficos sobre a natureza humana, da sociedade e da história, visa dar razões para obedecermos ao poder último, justificando o dever de obediência política.
Conceito geral: Outra teoria estuda a determinação do conceito geral de política. Isto é, se a tarefa da filosofia do direito é determinar o conceito de direito, a da filosofia política é conceituar política. Por isso, ficou estabelecido que a filosofia política deveria analisar a política de cada Estado, pois não se pode generalizar, já que cada um se distingue dos outros politicamente e moralmente, e ainda, estudar o indivíduo separadamente, pelo fato de suas razões serem diferentes da do Estado. Assim, temos que a ética do grupo é diferente da individual.
Discurso crítico: Esta teoria estuda a linguagem, os conceitos lógicos, a filosofia política epistemologicamente. Fala-se de filosofia como o estudo da política em um segundo nível. Sendo estabelecido como a crítica e legitimação dos procedimentos para alcançaro primeiro nível, reduzindo a filosofia política em uma análise da linguagem política.
 Relações entre filosofia política e ciência política:
Diz que a projeção do futuro da filosofia política é utópica, já a da ciência política é futurível. O Estado ideal é desejável, mas pode não se realizar, o Estado futuro, pode não ser desejável, mas como a ciência possui uma maior objetividade, ele irá necessariamente se realizar, se a previsão estiver exata. É a busca da ótima república, que separa a ciência da filosofia e as diverge.
Busca a justificação ou legitimação do poder, isto é, as razões pelas quais o poder é e deve ser obedecido. Busca a explicação da democracia, vendo como ela poderia ser exercida na prática. Separando a ciência da filosofia, ao mesmo tempo estabelecendo uma relação de convergência. 
A terceira acepção aproxima a ciência da filosofia política, fazendo com que entre elas tenham diferenças de ordem de grandeza e não mais qualitativa. Dando uma relação de continuidade e de indistinção.
Compreende que a distinção entre elasse dá por investigações que têm objetos e fins diferentes, que a ciência estuda o discurso sobre o comportamento político, e a e filosofia estuda a análise feita pelo cientista. Sendo assim uma relação recíproca, de mútuo serviço.
 Argumentação da filosofia política: 
São três obras que são tidas como símbolos de modos distintos de filosofar sobre a política.
“Utopia”, de Thomas More,busca pela melhor forma de governo. O autor analisa as desgraças da corrupção e da injustiça, propondo um modelo de Estado perfeito.
“O príncipe”, de Maquiavel, busca da natureza da política. O maquiavelismo mostra em que consiste a propriedade específica da atividade política, separando-a da moral e da religião.
“Leviatã”, de Hobbes, Busca o fundamento do Estado. Sua questão principal é mostrar a razão da existência do Estado, defendendo que deve existir para o controle da sociedade e que devemos obediência a ele.
O homem e a sociedade:
O homem esta centro da sociedade; a sociedade está dentro do homem. As sociedades são os homens e as interações de seus sentimentos, ideias e desejos. Ele é único, insubstituível, singular, difere desde seus pensamentos e emoções até as linhas digitais. Por outro lado está ligado aos homens. Ele é em parte, resultado da educação familiar e escolar, do convívio com os outros. É um ser social. Esse homem convive em um grupo social mais vasto: A pátria. Nela, ele obedece a autoridades e a regras criadas por elas. E essas autoridades tem em seu apoio um aparelhamento militar, necessário pra garantir a ordem e a segurança e permitir a convivência em paz. Esses agentes do sistema são chamados de governo e o conjunto das autoridades juntamente com as pessoas comuns formava uma sociedade denominada Estado.
Sociedade política:
 Segundo haesaert: “É quando uma comunidade se organiza para consecução de fins coletivos, torna-se uma sociedade política. Tal organização é denominado hoje Estado”. Outros dizem que o Estado não é comunidade e sim associação e nem todas as sociedades políticas procuram o bem comum. Podemos dizer então, que é um grupo organizado, que possui poder próprio com a finalidade do bem comum. 
.Estado moderno:
 Exercício do poder político do governante, sobre os governados, passando por um processo de legitimação para exercê-lo. Dentro de um determinado território, com o povo e poder político visando o bem- comum. É um instrumento de serviço do homem. A pessoa humana como cidadão, existe para o corpo político. E o corpo político existe para a pessoa humana como pessoa. Todas as demais sociedades tem a organização regulamentada pelo Estado. Nenhuma delas tem poder direto sobre o individuo e só conseguem o cumprimento das obrigações se o Estado as reconhecer, ele é o único que possui o poder legitimado de coerção para tornar efetiva a obediência. O Estado assim age para garantir o bem público; por isso possui autoridade e poder, cuja sua manifestação concreta é a força. Ele possui elementos essenciais. São eles: povo, território e poder político.
4.3. Autoridade e poder: 
 São conceitos distintos, autoridade é o direito legitimado de mandar, existe para exercer o bem comum. O poder é a força por meio da qual se obriga alguém a obedecer. 
4.4. O direito no estado:
Para garantir o bem comum o Estado deve agir, sua ação pelo poder constitui o direito positivo.
A população do Estado
Grande ou pequena, a população de um Estado não é apenas uma junção de pessoas. Estas pertencem a varias associações, como família, grupos profissionais, etc. formam um todo e tem seus interesses enquadrados dentro de sociedades diferentes, não se encontram isolados na visão do Estado.
Povo x Nação
Povo é a população sob o aspecto puramente jurídico. Um conjunto de indivíduos sujeitos as mesmas normas e leis. Ou seja, o elemento constitutivo do estado é sempre o povo.
Nação é um conjunto de pessoas que se sentem unidos por uma origem comum, ou ideias comuns. É uma entidade moral, unidos pelo patriotismo. Em um Estado pode ter varias nações, e uma mesma nação pode estar dividida entre vários Estados. A raça, a língua e a religião não são fatores essenciais na formação de uma nação. Mais do que isso é preciso ter uma identidade histórica e de tradição, o convívio no meio, a comunhão de sentimentos e interesses em comum. São unidos por uma vontade de viver em comunhão, compartilhar a mesma historia.
Nacionalidade x Patriotismo 
Nacionalidade é o conjunto de traços morais, que dão uma fisionomia peculiar a cada nação. Patriotismo é a junção de sentimentos de simpatia recíproca de amor as mesmas tradições, de aspirações de grandeza futura de unidade e permanência de unidade coletiva.
Território do Estado
É a base física, é a porção do globo por ele ocupada, serve de limite a sua jurisdição e lhe fornece recursos materiais. É o pais propriamente dito. Não pode haver Estado sem território, era o exemplo dos judeus, uma nação que não constituíam um Estado por não possuírem um limite territorial propriamente dito. 
Fronteiras x Zonas
As zonas são meios de separações entre Estados através das formas, aspectos econômicos, políticos, sociais, morais e militares, servem também de zonas em comum entre culturas.
Fronteiras, pode se dividir em artificiais e naturais, as primeiras são linhas geométricas assinaladas por marcos divisório. Já a segunda são marcadas por rios, montanhas, etc.
O poder político:
É a possibilidade que o Estado possui de obrigar a fazer ou não fazer alguma coisa. E seu objetivo deve ser o bem publico. Quando o poder no seu exercício não visa o poder publico, não é mais um poder do Estado, não é mais um direito, é apenas força, a violência dos homens que são o governo. O poder político é uma vontade, na democracia contemporânea é a de que os governantes eleitos pelo povo realizam o que o povo entende por bem público. O poder além do conceito de coação possui também a função de unidade de uma ação, para formular a ordem. Ou seja, uma sociedade é composta de diversas opiniões e correntes de pensamentos. Para uma melhor organização social é necessário uma força que autentique a vontade social. Há três fases progressistas do poder:
Poder difuso: não é possível identificar a centralidade do poder. É a tradição, costumes, não possuía um órgão especial que o exercesse. Exemplo: feudalismo.
Poder personalizado: representa o monarca como Deus. Poder pessoal confundia a esfera publica com a figura do rei, o poder era tido como propriedade do governante e o exerce sem limites.
Poder institucionalizado: possui uma formação constitucional, uma estrutura organizada para cumprir a função do poder e quando essa estrutura obedece a normas pré estabelecidas por uma carta constitucional e independe da vontade dos que exercem o poder.
O homem 
Para Aristóteles o homem não é apenas social, mas também político. Para ele desenvolvimento da razão humana só é possível quando o homem está dentro da polis. Isso ocorre, pois o bemda cidade é superiores ao bem individual. Aristóteles aceita a escravidão e considera alguns homens incapazes de governar a si mesmo. O escravo é um instrumento animado, sendo sua utilidade o manejo de instrumentos inanimados pra a produção de bens.
Teorias de formas de Estado:
As teorias de forma de Estado de Aristóteles dividem as formas em puras, que são aquelas que buscam o bem comum e impuras, que buscam o bem próprio de quem exerce o poder. As puras são: monarquia, aristocracia e democracia moderada. As impuras: tirania, oligarquia e democracia turbulenta ou demagogia. Em Aristóteles o ciclo constitucional segue essa sequência: da monarquia, a tirania, desta a aristocracia, depois oligarquia, democracia moderada e demagogia ou democracia turbulenta. Quando o governo é exercido por um só visando o bem geral, é monarquia. Quando é um só que governa, mas desprezando o interesse geral dos governados, temos a tirania. Quando é exercido por uma minoria privilegiada, nobreza, em prol da sociedade é a aristocracia, mas quando essa minoria governa pra proveito próprio é oligarquia. Se o poder é ou pode ser exercido por todos os cidadãos, para todos e democracia, se essa maioria revoltada governa com violência e opressão é demagogia.
Formas de governo:
Pode se classificar o Estado por sua população, território, quanto à atividade. Mas essas classificações são superficiais, pois colocam Estados muito diferentes em um mesmo grupo. É necessário procurar outra base de classificação, que deve ser então o terceiro elemento do Estado, as formas de governo. Essa organização através do poder permite conhecer a situação jurídica e social dos Estados. Seria difícil se não impossível encontrar uma forma de governo pura. Sempre são formas mistas tentando se aproximar do tipo ideal de governo. Como a Inglaterra que é monárquico, mas possui um parlamento que governa em função da vontade da maioria, ou seja, uma democracia.
Classificação de Maquiavel:
Para Maquiavel não se pode distinguir as formas em boas ou ruins, pois umas são apenas desvirtuamentos das outros. Segundo ele, se é uma monarquia não tarda aos governantes se degenerar e se tornar uma tirania. Os homens bons derrubam o tirano e criam a aristocracia. Os filhos dos aristocratas o passam a se considerar superiores ao povo. Surge um líder dentre a multidão revoltada e se instala a republica, ate a republica se desvirtuar e surgir um homem de bem, volta à monarquia.
Segundo Montesquieu, a característica da democracia é o amor a pátria e a igualdade, da monarquia é a honra e da aristocracia a moderação. Os autores contemporâneos acrescentam uma nova forma de governo, a teocracia onde o poder em teoria é exercido por Deus. Exemplo: hebreus. Sua forma corrupta é a clerocracia, que é quando o clero governa no interesse próprio.
Classificação de Rodolphe Laun:
Quanto à origem: 
 - Democrático: O povo é quem governa, seja direta ou indiretamente. População legitima esse governo
 - De dominação: Onde juridicamente o governo não pertence ao povo. Ou porque os indivíduos que o exercem o conquistaram, ou recebido de Deus. Desde que o povo não tenha o direito de dirigir o estado.
Quanto à organização:
 - De fato: Quando a ocupação do governo se faz pela força, por uma revolução, ou golpe. Não assumiu o poder através dos meios previstos na constituição
- De direito: Governo onde a substituição se faz por meios previstos na constituição. Pode ser por hereditariedade ou eleição. 
Quanto ao exercício: 
- Governos absolutos: governos que não obedecem a nenhuma constituição, ou norma jurídica. Onde não há limitação do poder. 
 - Governos constitucionais: que exercem o poder de acordo coma constituição e as leis estabelecidas
Observação: absoluto x absolutismo.
Os dois não possuem limitação de poder. O absolutista exerce o poder em beneficio próprio. O absoluto não necessariamente tem essa finalidade, mas isso depende do caráter do governante.
Monarquia x Republica:
Na Monarquia o cargo do chefe de Estado é hereditário e vitalício e nas republicas é temporário e eletivo.
Quanto à posição do monarca:
- O rei como Deus ou seu representante, exemplo: monarquias orientais e medievais.
- Rei como proprietário do Estado, como na época feudal onde os reis dividiam o estado entre os herdeiros.
- Rei como órgão do Estado, o quarto poder, o moderador. Um poder entre os demais poderes. Exemplo: Brasil, Império.
Quanto ás republicas:
- Aristocráticas: o direito de eleger os órgãos supremos esta na mão de classes privilegiadas
- democráticas: o direito de eleger pertence a todos os cidadãos.
Em suma a republica democrática é uma forma de regime em que o poder legislativo é eleito pelo povo, e o executivo pelo povo, pelo parlamento ou nomeado pelo presidente.
Principais sistemas de governo:
Parlamentarismo:
Surgiu na Inglaterra, resultado de graduais conquistas, entre XII e XIII, no seu inicio era composto pelos nobres que formavam um conselho que assessorava o rei, hoje a população os elege. No século XIII e XIV esse conselho aumentou sua representação e sua capacidade fiscalizatória, dando lugar a duas casas parlamentares. Passou a representar todas as classes. No século XVIII os reis Stuarts tentaram regredir ao absolutismo sem sucesso sofrendo repressão do parlamento. Houve a dissolução do parlamento por onze anos. Foi convocado um novo parlamento, teve a guerra civil o rei foi decapitado e instaurou-se a republica em 1649. Cromwell nesse momento estabeleceu um governo autoritário, com sua morte voltou-se para a monarquia agora com apoio do parlamento. Foi outorgada a Bill of rights que legitimava a passagem de uma serie de direitos, que antes pertenciam ao rei. 
A harmonia entre o Chefe de governo (primeiro ministro) e o parlamento se da através da convocação de lideres dos partidos ou coligações vitoriosos. O parlamento pode exercer moção de censura contra o 1º ministro, havendo a possibilidade de destituição do mesmo do cargo. Para haver um equilíbrio o chefe de Estado (rei ou presidente) poderá dissolver o parlamento se a vontade popular for contra a destituição. O povo elegerá um novo parlamento.
 Características do parlamentarismo:
Subordinação do governo ao parlamento: se o parlamento aprovar o governo cai.
Caráter essencialmente democrático do sistema: os parlamentares são escolhidos pelo povo.
Grande possibilidade de fiscalização do governo pelo parlamento: as contas são prestadas pelo parlamento ao primeiro ministro.
Presidencialismo:
Teve inspiração no modelo americano. As treze colônias se declararam independentes da Inglaterra em 1726. Mas só em 1787, reuniram-se 55 delegados representantes de cada estado pra botar um fim nas diferenças estatais. Uma moeda única, regulamentação do comercio exterior e a criação de um governo central.
Características do presidencialismo:
Irresponsabilidade do presidente ante o congresso: o presidente não necessita do congresso para estar no poder.
O presidente é eleito popularmente: 
O legislativo pode julgar o presidente por crime de irresponsabilidade: eles julgam por um processo, função atípica do legislativo. Isso ocorre quando o presidente vai contra a constituição. Quando ele comete crime comum é julgado pelo STF.
Desaparecimento da dualidade chefe de Estado e chefe de Governo: aqui eles são a mesma pessoa.
Ministros são meros auxiliares do chefe do poder executivo: aqui são de livre nomeação pelo chefe de governo.
Separação dos poderes mais demarcados: não há interdependência do poder legislativo.
 Impeachment:
Impedimento ou destituição do cargo político, em razão do cometimento de um crime político ou de responsabilidade (art. 85). Seu intuito e afastar do cargo aquele que fez mau uso dele, impedindo por 8 anos seu retorno as atividades publicas. Só pode sofrer impeachment, o agente que ainda estiver exercendo o cargo. Não é só o presidente que sofre impeachment,o procurador geral da republica, os ministros do STF, etc.. Na constituição brasileira de 1988 alterou algumas coisas:agora precisa da aprovação de 2/3 da câmara dos deputados para instaurar o processo. o presidente é suspenso, mas julgamento tem que ser julgado em até 180 dias, se não o volta ao seu cargo e é julgado pelo senado. 
 Anarquismo: 
Para o anarquismo a sociedade vive melhor ser a força do Estado. Tem total negação pela legitimidade do poder. Ele propõe a liberdade sem limite ao homem, tanto de uma forma humana, quanto sobre humana. Não admite nada que possa influenciar no modo de agir da sociedade. O fim do Estado pode ser pela força ou por ele ter se tornado desnecessário e extingue por si mesmo. Muitas teorias anarquistas sofreram criticas por serem demasiadamente idealistas, onde colocam que a sociedade chegará num patamar de consciência e respeito ao próximo onde a sociedade será capaz de viver sem a presença de um órgão de ordenamento social. Mas as teorias que deram origem ao anarquismo são mais realistas, como a de Thomas Hobbes. A tentativa comunista, por exemplo, não deu resultado ate hoje. Pois para isso deve haver uma mudança de conduta do homem, pelo contrario o Estado socialista é ainda mais presente.
Formas de Estado:
Estado unitário:
É aquele Estado que não é divisível em partes internas que merecem o nome de Estado. Possui um único poder legislativo, judiciário e executivo concentrados na capital. Esses Estados unitários são sim divididos e municípios, comunas, províncias, etc. Nelas há autoridades representantes destes poderes, mas eles devem obedecer fielmente aos órgãos centrais. Exemplo: A França e Portugal.
Quanto ao grau de centralização:
Podem ser centralizados, onde o governo nacional assume exclusivamente o comando de todos os serviços públicos. Podem ser: 
Administrativos: altamente subordinado ao órgão central. Podem haver distritos, mas as ações são diretamente delegadas pelo Estado.
Centrada: os agentes são meros controladores e executivos das ordens recebidas, não só do poder executivo, mas também do legislativo e judiciário.
Desconcentrado: o governo nacional limita-se a dirigir os serviços gerais. As decisões locais são deixadas as autoridades de legadas, o Estado sobre essas só exerce poder de fiscalização. 
Ou podem ser descentralizados:
Administrativo: os serviços são executados por diversos órgãos eleitos pela população local. O poder executivo possui autonomia.refere-se só aos serviços publicos.
Regional ou geográfico: quando os municípios, províncias, têm autonomia para eleger seus administradores e comandar os serviços locais.
Política: funções políticas são atribuídas aos órgãos locais, com um intuito de dar maior participação as cidadãos.
 Estados compostos ou uniões de Estado:
Podem unir-se em caráter social, político, jurídico. Podem ser:
União pessoal: não é uma união e sim uma associação,ocorre apenas em monarquias e se funda em motivos pessoais do monarca, casamentos, sucessão de trono. Ela é temporária, mas com duração indefinida. Os Estados respeitam a independência política e jurídica um do outro. É precária, pois não visa um benéfico para o Estado em si. Exemplo: Inglaterra e Hanovre e Portugal e Espanha.
União real: só é possível também entre monarquias, é perpetua mesmo possuindo tendência a separação. Os Estados manténs suas organizações internas apesar de parecer um único Estado em âmbito internacional. Não há beneficio inicial para os Estados, tendência a se tornarem independentes. Exemplo: Noruega e Suécia (1815-1905), Áustria e Hungria (1915-1918).
União incorporada: formação legitima de um só Estado. Mantém os nomes dos países, mas propriamente dito é um único Estado. Não tem uma forma de governo especifico. Formação de uma nova constituição. Exemplo: Grãn- Bretanha.
Federação: É um Estado soberano, unificado, legitimo. Formado pela união de estados, esses não sendo soberanos. Possui atividades ligadas ao âmbito externo e interno. Seus indivíduos possuem uma única nacionalidade e são unidos por uma constituição, os estados podem também possuem constituições, mas elas se subordinam a constituição maior. Não possuem direito de secessão. As decisões tomadas pelos Estados são de obrigatoriedade para todos os membros. Tende a formar um Estado unitário.
Confederação: Seus membros são compostos por Estados soberanos. Sua união não representa um único Estado, e sim vários. A união central não pode intervir nas decisões internas de cada Estado, pois cada Estado possui sua própria constituição. E eles conservam a sua nacionalidade. Possui um órgão central, a dieta, onde constituem um parlamento diplomático com representantes dos Estados, onde as decisões são tomadas por unanimidade. Possuem o direito de secessão e podem se opor as decisões do órgão central. Tendem a formar uma federação.

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