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Fisioterapia nas Disfunções Temporomandibulares (ATM) - Modulo 03

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AN02FREV001/REV 4.0 
 62 
PROGRAMA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA A DISTÂNCIA 
Portal Educação 
 
 
 
 
 
 
CURSO DE 
FISIOTERAPIA NAS DISFUNÇÕES 
TEMPOROMANDIBULARES (ATM) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aluno: 
 
EaD - Educação a Distância Portal Educação 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
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CURSO DE 
FISIOTERAPIA NAS DISFUNÇÕES 
TEMPOROMANDIBULARES (ATM) 
 
 
 
 
 
 
MÓDULO III 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para este 
Programa de Educação Continuada. É proibida qualquer forma de comercialização ou distribuição 
do mesmo sem a autorização expressa do Portal Educação. Os créditos do conteúdo aqui contido 
são dados aos seus respectivos autores descritos nas Referências Bibliográficas. 
 
 
 
 
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MÓDULO III 
 
 
3 AVALIAÇÃO FÍSICO-FUNCIONAL EM DTMS 
 
 
A avaliação e o tratamento das disfunções temporomandibulares 
caracterizam-se em uma responsabilidade compartilhada entre todos os 
profissionais da área da saúde, distinguida somente pelo conhecimento e 
treinamento de cada um. O profissional precisa possuir um claro senso de 
diagnóstico diferencial para perceber o momento correto de indicar o paciente para 
outro membro da equipe interdisciplinar. 
O paciente com DTM faz parte de um grupo de indivíduos tratados por 
serem portadores de dor craniofacial de vários tipos. Portanto, o protocolo de 
avaliação deve ser extenso o suficiente para permitir conclusões precisas, evitando 
intervenções inadequadas ou prejudiciais. A avaliação deve obedecer a um critério 
de desenvolvimento sequencial, de tal forma que permita o diagnóstico e a definição 
do tratamento. 
 
 
3.1 IDENTIFICAÇÃO DO PACIENTE 
 
 
Coleta de dados pessoais (nome, endereço, telefone, idade, sexo, 
profissão, dados de trabalho). Informações importantes para detecção de possíveis 
fatores de risco para o desenvolvimento de DTMs. 
Neste momento, também é importante identificar os profissionais 
envolvidos no tratamento do paciente, que fazem parte da equipe interdisciplinar, 
coletando nome, área de atuação e telefone para posterior contato. Assinalar o 
profissional que encaminhou ou indicou o paciente para avaliação e posterior 
tratamento fisioterapêutico. Questionar o paciente em relação aos tratamentos já 
 
 
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realizados ou em curso com outros profissionais para adequação de conduta dentro 
da equipe interdisciplinar. Registrar o diagnóstico clínico de encaminhamento 
proposto pelo médico responsável pelo paciente. 
 
 
3.2 ANAMNESE 
 
 
Abordagem inicial do paciente. Uma anamnese detalhada é importante, pela 
influência que os hábitos diários e antecedentes patológicos, psicológicos e 
hereditários exercem sobre a instalação e evolução das DTMs. Além disso, a 
anamnese permite verificar determinados pontos que irão orientar a estratégia 
terapêutica. O profissional deve dedicar certo tempo a ouvir o relato de seu paciente 
sem interferir em sua explanação de modo que ele conte seus problemas como 
melhor lhe convier. 
A anamnese pode ser estruturada em tópicos: história clínica, história da 
moléstia atual, sintomatologia e hábitos parafuncionais. 
A história clínica inclui questionamentos em relação a hábitos da infância 
que podem influenciar na etiologia das disfunções temporomandibulares 
(amamentação ao seio, utilização de chupeta ou mamadeira, hábito de chupar o 
dedo); investigar o tipo de alimentação que habitualmente o paciente ingere (carnes 
duras, alimentos pastosos). Questionar sobre possíveis alergias que o paciente 
apresente. Investigar sobre a ingestão de bebidas alcoólicas, bebidas estimulantes 
como refrigerantes ou café, tabagismo, prática regular de atividade física. Questionar 
se existe história familiar de disfunções da ATM. Caso o paciente seja do sexo 
feminino, é importante saber se está grávida, utiliza contraceptivos hormonais ou faz 
reposição hormonal, se está na menopausa. 
A história da moléstia atual inclui questionamentos acerca da queixa 
principal, frequência e duração dos sintomas, localização, intensidade e qualidade 
dos sintomas, fatores de piora e melhora, evolução dos sintomas, história de 
traumatismos prévios, além de observações importantes colhidas do relato do 
paciente. Questionar em relação à existência de patologias associadas como 
alterações reumáticas, hipertensão arterial, alterações cardíacas, pulmonares, 
 
 
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hepáticas, urinárias, neurológicas e/ou metabólicas (diabetes, hiper/hipotireoidismo), 
neoplasias, fibromialgia, entre outras. 
Em relação à sintomatologia e hábitos parafuncionais, é importante 
realizar um minucioso questionamento. Como descrito no módulo anterior, os 
sintomas das DTMs são amplos e variados, podendo incluir diversos sistemas 
orgânicos (sintomas craniofaciais, oftálmicos, otológicos, labirínticos, musculares, 
entre outros), sendo importante detectá-los para a determinação do diagnóstico 
diferencial. 
Incluir questionamentos a respeito da qualidade do sono (horas de sono 
por noite, posicionamento adotado para dormir, dificuldade respiratória durante a 
noite, hábitos de bruxismo ou apertamento dos dentes, insônia, ronco, cansaço ou 
dor ao acordar); presença de dor facial espontânea ou à mastigação, presença de 
estalidos ou crepitações na ATM, apertamento dental, briquitismo, dificuldade de 
abertura ou fechamento da boca, travamento com a boca fechada ou aberta, 
presença de cefaleias ou nevralgias, dor cervical ou nos ombros, dor ou ruídos nos 
ouvidos, dificuldades auditivas, vertigens, alterações visuais ou dor nos olhos, dor de 
dente, stress ou ansiedade. 
Como complemento da avaliação e pela importância que os fatores sociais, 
ambientais e padrões de qualidade de vida exercem sobre a gênese das DTMs, 
deve-se incluir também questionamentos de cunho social, a fim de buscar 
possíveis causas de ansiedade e stress físico e mental. Questionar sobre a 
qualidade de vida no trabalho e em casa, sobre as atividades sociais e de lazer que 
o indivíduo realiza. Investigar se o paciente possui hábitos parafuncionais como roer 
as unhas ou canetas, apertar ou ranger os dentes, mascar chicletes, uso contínuo 
de telefone ou computador. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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3.3 EXAMES COMPLEMENTARES 
 
 
Após a anamnese, devemos solicitar ao paciente, possíveis exames 
complementares que ele tenha realizado e que possam auxiliar no diagnóstico 
funcional das alterações e ATM. Vários são os exames complementares que podem 
ser realizados para subsidiar o diagnóstico clínico das disfunções 
temporomandibulares: 
Os testes da imagem podem diagnosticar má formações, patologias e 
alterações anatômicas. São utilizadas: radiografia panorâmica; radiografia 
transcraniana; tomografia linear ou computadorizada; ressonância magnética; 
cintilografia óssea; ultrassonografia. 
A eletromiografia (EMG) é o registro elétrico da atividade de um músculo. É 
utilizada para avaliar o estado dos músculos mastigadores e suas relações com 
problemas de oclusão e ATM. É um exame de rápida execução, não invasivo e que 
não traz nenhum desconforto ao paciente. Eletrodos de superfície são fixados sob a 
pele em oito diferentes músculos mastigadores. Um software específico permite 
obter informações sobre a função e o estado de repouso da musculatura envolvida. 
A sonografia baseia-se num princípio simples: quando duas superfícies 
lisas entram em contato, ocorre pequena fricção e quase nenhuma vibração. 
Entretanto, se uma ou ambas as superfícies tornarem-se irregulares ou 
desgastadas, além da fricção ocorrerá vibrações e ruídos quando essas superfícies 
se movimentam. Várias patologias da ATM são relacionadas a um tipo específico de 
vibração e ruído. Nesse exame, um aparelho transdutor é colocado na cabeçado 
paciente e seus sensores posicionados sobre as ATM. Os ruídos e vibrações podem 
então ser medidos. O sistema detecta o lado do ruído, a localização, a frequência e 
a intensidade. Os resultados permitem avaliar o estado da ATM: condição de 
normalidade ou se há patologias em curso ou instaladas. 
 
 
 
 
 
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3.4 EXAME FÍSICO 
 
 
Composto por: inspeção geral da face; avaliação da ATM (inspeção e 
palpação); exame muscular das regiões da ATM e cervical; goniometria da coluna 
cervical; testes de força muscular; avaliação postural; e avaliação dental. 
 
 
3.4.1 Inspeção geral da face 
 
 
Durante a inspeção geral da face (FIGURA 28), busca-se observar a 
presença de alterações funcionais da face, assimetrias faciais, posicionamento 
antálgico da cabeça e do pescoço, além de analisar se há a presença de manchas, 
hematomas, equimoses, fibroses, edemas e linfedemas, má formações da face 
(prognatismo ou micrognatismo). 
É importante analisar também o padrão postural da cabeça do paciente, 
verificando se há anteriorização, condição comum em pacientes com DTM. 
 
 
FIGURA 28 - INSPEÇÃO GERAL DA FACE 
 
FONTE: Arquivo próprio, 2008. 
 
 
 
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3.4.2 Avaliação da ATM 
 
 
Durante a avaliação da ATM, inspeciona-se o padrão de movimentação da 
articulação ao realizar o movimento de abertura, verificando se ela é simétrica ou se 
ocorre desvio ou deflexão durante o movimento. Solicitar a movimentação ativa da 
articulação para detectar se há algum bloqueio articular. 
Durante a realização dos movimentos ativos pelo paciente, o fisioterapeuta 
deve avaliar a capacidade funcional do indivíduo em executá-los, observando seu 
início e sequência. Verificar se há a presença de dor, em que intensidade e edemas 
teciduais. Os sinais e alterações manifestados devem ser registrados. 
Deve-se realizar a palpação da articulação simultaneamente nos dois 
lados da face. O examinador deve introduzir dois dedos no meato auditivo externo e 
pressionar suavemente para frente, em estado de repouso e em movimento de 
abertura e fechamento da boca. A palpação no meato auditivo externo permite 
examinar zonas dolorosas posteriores e movimentos incoordenados do côndilo da 
mandíbula (FIGURA 29). 
 
 
FIGURA 29 - PALPAÇÃO DA ATM 
 
FONTE: Arquivo próprio, 2008. 
 
 
 
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Para avaliar a amplitude de movimento deve-se solicitar ao paciente que 
realize os movimentos de abertura, protusão e lateralidade esquerda e direita. A 
amplitude alcançada deve ser mensurada com o auxílio de uma fita métrica, 
paquímetro ou régua (medindo-se dos dentes superiores aos inferiores) (FIGURA 30). 
Observar se há a presença de ruídos articulares (estalidos e/ou crepitações) 
durante a movimentação ativa da articulação e em que estágio do movimento eles 
acontecem (início/meio/final). 
 
 
FIGURA 30 - MENSURAÇÃO DA AMPLITUDE DE MOVIMENTO DA ATM 
Abertura da mandíbula Protusão da mandíbula 
 
 
 
 
 
Lateralização (realizar dos lados esquerdo e direito) 
 
 
 
FONTE: Arquivo próprio, 2008. 
 
 
 
 
 
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3.4.3 Exame muscular 
 
 
O exame muscular caracteriza-se pela palpação das estruturas moles da 
ATM e região cervical, buscando encontrar pontos de dor localizada ou sensibilidade 
alterada. A palpação muscular é realizada com o objetivo de se detectar áreas com 
o tônus muscular alterado, espasmos, miosites, fibrosites e pontos gatilho. 
Deve ser realizada em sentido paralelo e perpendicular às fibras musculares 
do músculo a ser avaliado. Ao palpar as fibras perpendicularmente, elas sofrem uma 
deformação que permite identificar zonas dolorosas específicas. Deve ser realizada 
bimanualmente e com pressão uniforme. 
O músculo temporal deve ser palpado desde sua origem até sua inserção 
no osso temporal (fibras anteriores, médias e posteriores) (FIGURA 31). Os pontos 
gatilho neste músculo podem causar cefaleia tensional. 
 
 
FIGURA 31 - PALPAÇÃO DO MÚSCULO TEMPORAL 
 
FONTE: Arquivo próprio, 2008. 
 
 
 
 
 
 
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Para palpar o músculo masseter, deve-se posicionar os dedos indicador e 
polegar em forma de pinça na direção anteroposterior no nível da zona média do 
ventre do músculo intra e extrabucal. Solicitar ao paciente para cerrar os dentes 
enquanto os músculos são palpados de ambos os lados da boca. 
 
 
FIGURA 32 - PALPAÇÃO DO MÚSCULO MASSETER 
 
FONTE: Arquivo próprio, 2008. 
 
 
A origem do masseter é com frequência sensível, assim como o ventre, nos 
pacientes que sofrem de ausência de dimensão vertical posterior suficiente de 
oclusão ou se sofrem de bruxismo ou oclusão forçada crônica. Os pontos gatilho 
ativos no masseter podem causar dor no músculo propriamente dito e restrição de 
movimento (FIGURA 32). 
A palpação do músculo pterigóideo medial se faz por via intrabucal, 
introduzindo-se o dedo indicador na região que corresponde à metade do músculo 
masseter. Se percebermos uma área dolorosa devemos colocar o dedo indicador da 
outra mão sob e por dentro do ângulo mandibular, realizando a palpação muscular 
nessa área por via intrabucal (FIGURA 33). 
A ativação do ponto de gatilho no pterigóideo medial pode originar dores 
referidas na língua e na porção posterior da garganta. Isto pode também resultar em 
dor referida profunda na região auricular e na articulação temporomandibular. 
 
 
 
 
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FIGURA 33 - PALPAÇÃO DO MÚSCULO PTERIGÓIDEO MEDIAL 
 
FONTE: Arquivo próprio, 2008. 
 
 
 
A palpação do músculo pterigóideo lateral é feita, inicialmente, pedindo ao 
paciente que cerre seus dentes. Em seguida introduz-se a ponta do dedo indicador 
de maneira que a polpa superior do dedo toque a região posterior da tuberosidade, 
na altura da porção lateral do processo pterigoide (FIGURA 34). 
Frequentemente, a hipertonia deste músculo é responsável por cefaleia de 
tensão e dor nos olhos, erroneamente atribuídas a problemas sinusais, alergias ou 
enxaquecas. 
 
 
FIGURA 34 - PALPAÇÃO DO MÚSCULO PTERIGÓIDEO LATERAL 
 
FONTE: Arquivo próprio, 2008. 
 
 
 
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O músculo digástrico (ventre posterior), que faz parte do grupo dos 
supra-hióideos pode ser palpado por via extrabucal, colocando-se o dedo indicador 
na borda inferior da mandíbula e pressionando no sentido para cima e para dentro 
(FIGURA 35). 
 
 
FIGURA 35 - PALPAÇÃO DO MÚSCULO DIGÁSTRICO (VENTRE POSTERIOR) 
 
FONTE: Arquivo próprio, 2008. 
 
 
A palpação dos músculos do pescoço (occipitais, 
esternocleidomastóideo, trapézio, escalenos, elevadores da escápula e 
romboides) é importante, uma vez que esta região concentra muitos pontos de 
tensão, hipertonia muscular e pontos gatilho, sobretudo em indivíduos com 
alterações posturais instaladas. 
Os músculos occipitais podem ser palpados na região posterior do crânio, 
sobre o osso occipital, acima da margem basal do crânio. Geralmente sua 
sintomatologia dolorosa pode estar associada a um quadro de desordem da 
articulação temporomandibular ou da relação postural da cabeça com a coluna 
cervical (FIGURA 36). 
 
 
 
 
 
 
 
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FIGURA 36 - PALPAÇÃO DOS MÚSCULOS OCCIPITAIS 
 
FONTE: Arquivo próprio, 2008. 
 
 
A palpação do músculo esternocleidomastóideo deverá ser feita em todo 
seu trajeto. O paciente realiza uma inclinação lateral da cabeça e palpa-se o 
músculo do lado contrário (FIGURA 37). A palpação pode ser realizada uni ou 
bimanualmente. 
Os pontos gatilho são múltiplos e se encontram ao longo do ventre muscular. 
As dores referidas são encontradas no vértex, occipito, face, olho, garganta e 
esterno. Os fenômenos autonômos são relacionados com os olhos, ouvidos e 
vertigens. 
 
 
FIGURA 37 - PALPAÇÃO DO MÚSCULO ESTERNOCLEIDOMASTÓIDEO 
 
FONTE: Arquivo próprio, 2008.AN02FREV001/REV 4.0 
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O músculo trapézio deve ser palpado desde sua origem, no processo 
espinhoso da cervical até a clavícula. Este músculo é sede frequente de pontos 
gatilho em pacientes portadores de disfunções temporomandibulares (FIGURA 38). 
Os pontos gatilho do músculo trapézio localizam-se na região interescapulovertebral. 
As dores referidas se encontram nas regiões, temporal e posterolateral cervical e 
atrás do pavilhão auricular. 
 
 
FIGURA 38 - PALPAÇÃO DO MÚSCULO TRAPÉZIO 
 
 
FONTE: Arquivo próprio, 2008. 
 
 
Os músculos escalenos localizam-se anteriormente ao trapézio e 
posteriormente ao esternocleidomastóideo. A palpação deve ser feita em direção da 
primeira costela (atrás da clavícula) (FIGURA 39). As dores referidas são 
encontradas nas regiões peitoral, lateral e posterior dos braços, cotovelo, antebraço, 
polegar e indicador. 
 
 
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FIGURA 39 - PALPAÇÃO DOS MÚSCULOS ESCALENOS 
 
FONTE: Arquivo próprio, 2008. 
 
 
Os músculos elevadores da escápula e omo-hióideo (FIGURA 40) 
podem ser palpados logo abaixo dos músculos escalenos. Quando hipertônicos, 
podem causar importante limitação de movimentos da coluna cervical, relacionada 
ao quadro álgico. Os pontos gatilho se situam no ângulo superior da escápula. A 
zona de dor referida está localizada no ângulo do pescoço e ao longo do bordo 
vertebral da escápula. 
 
 
FIGURA 40 - PALPAÇÃO DOS MÚSCULOS ELEVADORES 
DA ESCÁPULA E HOMO-HIODEO 
 
FONTE: Arquivo próprio, 2008. 
 
 
 
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Os músculos romboides (FIGURA 41) possuem formato losangular e 
podem ser subdivididos em romboide maior (processos espinhosos de T1 a T4 até a 
borda medial e ângulo inferior da escápula) e romboide menor (processos 
espinhosos de C7 e T1 à 1/3 superior da borda medial da escápula). Podem ser 
palpados próximo à região escapular. 
 
 
FIGURA 41 - PALPAÇÃO DOS MÚSCULOS ROMBOIDES 
 
FONTE: Arquivo próprio, 2008. 
 
 
3.4.4 Goniometria 
 
 
A goniometria é uma técnica de avaliação muito usada na fisioterapia como 
diagnóstico funcional para mensurar objetivamente as amplitudes de movimento 
articular, através da utilização do goniômetro (FIGURA 42). 
O goniômetro é um instrumento durável, lavável e de baixo custo que se 
assemelha a um transferidor, com dois braços longos, um fixo e outro móvel. Existe 
ainda um eixo, que deve estar alinhado com o eixo longitudinal dos seguimentos 
adjacentes à articulação. O centro deve ser posicionado sobre o eixo da articulação 
a ser examinada. 
 
 
 
 
 
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FIGURA 42 - GONIÔMETRO UNIVERSAL 
 
FONTE: Portal da Saúde, 2008. 
 
 
A medida e o registro das amplitudes articulares devem obedecer a certos 
preceitos de forma a minimizar possíveis erros: 
 Devem-se conhecer os valores de referência normais para o movimento; 
 O comparativo com o lado contralateral do indivíduo é um dado 
importante; 
 Deve-se explicar ao indivíduo o que, e de que modo, vai ser executado; 
 Os pontos de referências anatômicas devem ser deixados descobertos; 
 A posição inicial do seguimento a ser avaliado deve ser a posição zero 
(posição de partida), que é normalmente a posição de extensão; 
 Caso exista dor na posição de partida, esta pode ser alterada e o teste 
deve ser executado na posição de maior conforto para o indivíduo; 
 O movimento deve ser executado lentamente para permitir observar a 
resposta do indivíduo a sinais de dor ou desconforto; 
 Deve ser realizada a estabilização de segmentos adjacentes, para evitar 
compensações. 
 
 
 
 
 
 
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3.4.4.1 Exame de goniometria da coluna cervical 
 
 
Devem ser avaliados os movimentos de flexão, extensão, inclinação 
lateral direita e esquerda e rotação direita e esquerda. 
Para mensurar a amplitude de movimento articular da flexão da coluna 
cervical, deve-se solicitar ao paciente que realize a flexão do pescoço evitando a 
flexão do tronco e a rotação e flexão lateral da coluna cervical (FIGURA 43). O 
músculo principal responsável por este movimento é o esternocleidomastóideo. 
Amplitude articular normal: 0° - 80º/90°. 
 
 
FIGURA 43 GONIOMETRIA: FLEXÃO CERVICAL 
 
FONTE: Arquivo próprio, 2008. 
 
 
Para mensurar a amplitude de movimento articular da extensão da coluna 
cervical, deve-se solicitar ao paciente que realize a extensão do pescoço evitando a 
extensão de tronco e a flexão lateral e rotação da coluna cervical (FIGURA 44). Os 
músculos principais responsáveis por este movimento são o trapézio, esplênio 
cervical e semiespinhal da cabeça. Amplitude articular normal: 0° - 70°. 
 
 
 
 
 
 
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FIGURA 44 - GONIOMETRIA: EXTENSÃO CERVICAL 
 
FONTE: Arquivo próprio, 2008. 
 
 
Para mensurar a amplitude de movimento articular da inclinação lateral da 
coluna cervical, deve-se solicitar ao paciente que realize a inclinação lateral do 
pescoço para um lado e posteriormente para o outro, evitando a flexão, extensão e 
rotação de tronco e a elevação do ombro no lado testado (FIGURA 45). Os 
músculos responsáveis por este movimento são os escalenos. Amplitude articular 
normal: 0° - 40°. 
 
 
FIGURA 45 GONIOMETRIA: INCLINAÇÃO LATERAL CERVICAL 
 
FONTE: Arquivo próprio, 2008. 
 
 
 
 
 
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Para mensurar a amplitude de movimento articular da rotação da coluna 
cervical, deve-se solicitar ao paciente que realize a rotação do pescoço para um 
lado e posteriormente para o outro, evitando a flexão, a extensão e a flexão lateral 
do tronco (FIGURA 46). O músculo principal responsável por este movimento é o 
esternocleidomastóideo. Amplitude articular normal: 0° - 70º/90°. 
 
 
FIGURA 46 GONIOMETRIA: ROTAÇÃO CERVICAL 
 
FONTE: Arquivo próprio, 2008. 
 
 
3.4.5 Testes de força muscular 
 
 
Os testes de força muscular devem ser realizados através da execução de 
movimentos resistidos. O objetivo principal destes testes é graduar a força muscular 
e testar os movimentos mandibulares. 
O terapeuta deve aplicar resistência manual ao movimento executado, 
quantificar e registrar a força muscular (FIGURA 47), analisando e comparando com 
resultados posteriores ao tratamento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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FIGURA 47 TESTES DE FORÇA MUSCULAR 
Músculos abaixadores da mandíbula Músculos elevadores da mandíbula 
 
 
 
 
 
Músculos que realizam a protusão 
mandibular 
Músculos que realizam a lateralização 
mandibular 
 
 
 
 
 
FONTE: Arquivo próprio, 2008. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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3.4.6 Avaliação postural 
 
 
A avaliação postural compõe-se por uma minuciosa observação do 
paciente nas vistas anterior (frente), posterior (costas) e lateral (perfil) objetivando 
detectar alterações e desequilíbrios posturais que possam decorrer ou ser fator 
causal das disfunções temporomandibulares. Deve-se levar em conta pontos de 
referência da postura padrão como alinhamento ideal (FIGURA 48). Pacientes 
portadores de disfunções temporomandibulares frequentemente apresentam 
alterações de posicionamento de cabeça, como a anteriorização. 
 
 
FIGURA 48 ALINHAMENTO ESQUELÉTICO IDEAL 
 
FONTE: Adaptado de JOÃO, 2008. 
 
 
Existem conceitos importantes para realizar a avaliação postural de forma 
adequada em cada posicionamento. Abaixo estão listados os principais: 
 
 
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3.4.6.1 Conceitos para avaliação postural em vista anterior 
 
 
 Genu valgo/varo: referência ao posicionamento do joelho. O genu 
valgo é a projeção dos joelhos para dentro da linha média do corpo, 
causada, geralmente, pela hipertrofia da musculatura lateral da coxa 
e/ou hipotonia da musculatura medial da coxa. O geno varo é a 
projeção dos joelhos para fora da linha média do corpo, causada, 
geralmente, pela hipertrofia da musculatura medialda coxa e/ou a 
hipotonia da musculatura lateral da coxa (FIGURA 49); 
 
 
FIGURA 49 - GENU VARO E VALGO 
 
FONTE: JOÃO, 2008. 
 
 
 
 
 
 
 
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 Ângulo de Talles: triângulo formado entre o tronco e o braço (FIGURA 50); 
 
 
FIGURA 50 - ÂNGULO DE TALLES 
 
FONTE: Adaptado de GOMES, 2008. 
 
 
3.4.6.2 Conceitos para avaliação postural em vista posterior 
 
 
 Calcâneo valgo/varo: referência ao posicionamento do calcanhar. 
Calcâneo valgo é a projeção do calcâneo para fora do corpo, fazendo 
com que o tendão de Aquiles se projete para a parte interna do corpo. O 
maléolo lateral fica mais inferiorizado do que no pé reto fazendo a 
pronação e favorecendo a rotação medial da tíbia, o que irá produzir 
repercussões em todo o membro inferior. Calcâneo varo é a projeção do 
tendão de Aquiles para a parte externa do corpo, fazendo com que o 
calcâneo se projete para dentro (FIGURA 51); 
 
 
 
 
 
 
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FIGURA 51 CALCÂNEO VALGO E VARO 
 
FONTE: Adaptado de MATTA, 2008. 
 
 
 Escoliose: deformação morfológica da coluna vertebral nos três planos do 
espaço. Pode acontecer nas regiões torácica e lombar, conforme 
ilustração a seguir (FIGURA 52). Quanto à sua flexibilidade se divide em: 
não estruturais ou corrigíveis com a eliminação da causa; e estruturais ou 
permanentes; 
 
 
FIGURA 52 - ESCOLIOSE 
 
FONTE: JOÃO, 2008. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 Gibosidade: saliência da coluna em formato de convexidade posterior 
(giba), que pode ser de origem congênita, traumática ou infecciosa. 
Frequentemente está associada a quadros de escoliose (FIGURA 53); 
 
 
FIGURA 53 - GIBOSIDADE 
 
FONTE: IGCCV, 2008. 
 
 
 Escápula abduzida/alada: alterações da escápula. A escápula abduzida 
(protraída) é um desvio, para frente, do cíngulo do membro superior. As 
extremidades distais da clavícula e da escápula movem-se anteriormente em 
torno da caixa torácica, com os bordos mediais da escápula movendo-se 
para longe da linha mediana 13 cm a 15 cm. A escápula alada (retraída) 
ocorre quando a extremidade distal da clavícula e a escápula movem-se 
posteriormente, e os bordos mediais da escápula aproximam-se da linha 
mediana. Geralmente é decorrente de hipotonia do músculo serrátil 
anterior (FIGURA 54); 
 
 
FIGURA 54 - ESCÁPULA ABDUZIDA/ALADA 
 
FONTE: JOÃO, 2008. 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 89 
 
 
3.4.6.3 Conceitos para avaliação postural em vista lateral 
 
 
 Genu flexum/recurvatum: referência ao posicionamento do joelho. Genu 
flexum é a projeção dos joelhos para frente, fazendo com que a linha de 
gravidade passe por cima ou por trás dos joelhos. Causada pela 
hipertrofia da musculatura flexora dos joelhos. Genu recurvatum é a 
projeção do joelho para trás, fazendo com que a linha de gravidade passe 
bem à frente dos joelhos. É causado pela hipertrofia da musculatura 
extensora dos joelhos (FIGURA 55); 
 
 
FIGURA 55 - GENU FLEXUM/RECURVATUM 
 
FONTE: Adaptado de UNB, 2008. 
 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 90 
 Pelve anteversão/retroversão: alteração de posicionamento da pelve. 
Na anteversão, a pelve inclina-se para frente diminuindo o ângulo entre 
a pelve e a coxa anteriormente, resultando em flexão da articulação do 
quadril, assim a coluna inferior irá se arquear para frente criando um 
aumento na curvatura para frente (lordose) da coluna lombar. Na 
retroversão, a pelve inclina-se para trás, as articulações do quadril se 
estendem e a coluna lombar se retifica, levando a uma postura de dorso 
plano, que pode resultar de um encurtamento dos músculos isquiotibias 
(FIGURA 56); 
 
 
FIGURA 56 - PELVE EM ANTEVERSÃO/RETROVERSÃO 
 
FONTE: RODRIGUES E OLIVEIRA FILHO, 2008. 
 
 
 Hiperlordose cervical ou lombar: aumento da curva na região cervical 
ou na região lombar, ou seja, acentuação da concavidade cervical e/ou 
lombar no plano sagital. A hiperlordose lombar está associada a uma 
anteversão da pelve. Frequentemente está associada a um desequilíbrio 
dos músculos abdominais e glúteos; 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 91 
 Retificação da coluna lombar: condição associada à retroversão da 
pelve, originando costas planas e diminuição da mobilidade da coluna. 
Diante deste desequilíbrio, as curvaturas responsáveis pela dissipação 
das forças provenientes da ação da gravidade são diminuídas, e 
consequentemente ocorrerá em determinados pontos da coluna, uma 
maior incidência de sobrecarga, ocasionando dores, perda da mobilidade 
e um desequilíbrio postural geral como forma de compensação; 
 
 Hipercifose torácica: aumento da curvatura da região dorsal, ou seja, é 
o aumento da convexidade posterior no plano sagital, podendo ser 
flexível ou irredutível; 
 
 Retração de ombros: rolamento dos ombros para frente; 
 
 Protusão de cabeça (hiperlordose cervical): proeminência da cabeça 
associada à hipercifose dorsal, caracterizando um pescoço mais 
alongado à frente (FIGURA 57 A). 
 
 Retrusão de cabeça (retificação cervical): diminuição da lordose, 
originando um pescoço reto e diminuição da mobilidade cervical 
(FIGURA 57 B). 
 
 
FIGURA 57 - PROTUSÃO (A) E RETRAÇÃO (B) DA CABEÇA 
 
A B 
FONTE: Adaptado de JOÃO, 2008. 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 92 
 
 
3.4.7 Avaliação dental 
 
 
Devido à importância que a dentição tem sobre a funcionalidade da ATM, é 
importante inspecionar os dentes do paciente. Questionar sobre a extração de dentes, 
utilização de próteses, realização de tratamento ortodôntico (aparelho dental), 
observar a condição gengival, a oclusão e o tipo de mordida que o paciente realiza. 
 
 
3.5 OBJETIVOS E CONDUTA TERAPÊUTICA 
 
 
Por fim, é importante que o profissional trace objetivos a curto e médio 
prazos para o tratamento e determine a sua conduta terapêutica com base nos 
parâmetros aferidos durante a avaliação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 93 
 
 
4 PROTOCOLO DE AVALIAÇÃO FÍSICO-FUNCIONAL EM DTM 
 
 
Identificação 
Nome: 
__________________________________________________________________ 
Data de nascimento: _____________________Idade: ___________________anos 
Sexo: ____________ Raça: ______________________________ 
Estado civil: _____________________ 
Filhos: ( ) Sim. Idades: _________________________________________( ) Não 
Endereço: 
___________________________________________________________________ 
Telefones/e-mail: 
___________________________________________________________________ 
Escolaridade: 
___________________________________________________________________ 
Profissão: 
___________________________________________________________________ 
Situação de trabalho: 
( ) Aposentado ( ) Desempregado 
( ) Estudante integral ( ) Estudante parcial 
 ( ) Ativo ( ) Trabalha fora ( ) Trabalha em casa / ( ) Tempo integral ( ) Tempo 
parcial 
 
Profissionais da equipe interdisciplinar: 
Dentista:___________________________________________Telefone:__________ 
Médico:____________________________________________Telefone:__________ 
Fisioterapeuta:______________________________________Telefone: __________ 
Fonoaudiólogo:_____________________________________Telefone: __________ 
Psicólogo:_________________________________________Telefone: __________ 
Outros:___________________________________________Telefone: ___________ 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 94 
Tratamentos já realizados ou em curso: 
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________ 
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________ 
 
Diagnóstico clínico: 
______________________________________________________________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________ 
 
Anamnese 
 
História Clínica 
Foi amamentado ao seio? ( ) Sim. Tempo: ______________________________ 
( ) Não 
Chupou o dedo na infância? ( ) Sim. Tempo: ____________________________ 
( ) Não 
Utilizou chupeta ou mamadeira na infância? ( ) Sim. Tempo: ________________ 
( ) Não 
Tipo de alimentação: 
___________________________________________________________________ 
Cirurgias e/ou internações anteriores: 
___________________________________________________________________ 
Alergias: 
___________________________________________________________________ 
Ingere bebidas alcoólicas ( ) Sim. Freq: ______ ( ) Não 
Fuma ( ) Sim. Freq: ______ ( ) Não 
Ingere bebidas estimulantes (café, chá preto)? ( ) Sim. Freq.: _________ ( ) Não 
Prática regular de atividade física ( ) Sim ( ) Qual: _________________( ) Não 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 95 
Há história familiar de disfunções da ATM? ( ) Sim. ( ) Não 
Caso o paciente seja do sexo feminino: 
 Está grávida? ( ) Sim. ______ semanas ( ) Não 
 Menstrua regularmente? ( ) Sim ( ) Não 
 Utiliza contraceptivo hormonal? ( ) Sim ( ) Não 
 Está na menopausa? ( ) Sim ( ) Não 
 Faz reposição hormonal? ( ) Sim ( ) Não 
 
História da moléstia atual 
Queixa principal 
___________________________________________________________________ 
Frequência dos sintomas: ( ) contínuo ( ) muitas vezes ao dia ( ) uma vez ao dia 
 ( ) muitas vezes por semana ( ) muitas vezes por mês 
 ( ) uma vez por mês ( ) menos de uma vez por mês 
Duração dos sintomas: ( ) contínuo ( ) meses ( ) semanas ( ) dias 
( ) horas ( ) minutos ( ) variável 
Sintomas são piores: ( ) ao levantar ( ) manhã ( ) tarde ( ) noite ( ) ao dormir 
Eventos relacionados ao início: 
___________________________________________________________________ 
Período de início dos sintomas: 
___________________________________________________________________ 
Há história de traumatismos prévios? 
___________________________________________________________________ 
Localização: 
___________________________________________________________________ 
Frequência: 
___________________________________________________________________ 
Intensidade: 
___________________________________________________________________ 
Qualidade: 
___________________________________________________________________ 
Fatores de piora: 
___________________________________________________________________ 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 96 
Fatores de melhora: 
___________________________________________________________________ 
Evolução dos sintomas: 
___________________________________________________________________ 
Medicação atual/doses: 
___________________________________________________________________ 
Patologias associadas: 
( ) alterações reumáticas ( ) hipertensão arterial ( ) alterações cardíacas 
( ) desordens pulmonares ( ) desordens hepáticas/urinárias ( ) desordens 
neurológicas ( ) alterações metabólicas ( ) neoplasias ( ) fibromialgia 
( ) outras: __________________________________________________________ 
Observações: 
___________________________________________________________________ 
___________________________________________________________________ 
___________________________________________________________________ 
 
Sintomatologia / Hábitos parafuncionais 
Qualidade do sono ( ) Ótima ( ) Boa ( ) Regular 
( ) Ruim ( ) Péssima 
Horas de sono por noite 
________________________________ 
Posição em que dorme ( ) Dec. dorsal ( ) Dec. ventral 
( ) Dec. lateral esquerdo 
( ) Dec. lateral direito 
Dorme com a boca aberta ( ) Sim ( ) Não 
Respira pela boca ao dormir ( ) Sim ( ) Não 
Range os dentes à noite (bruxismo) ( ) Sim ( ) Não 
Aperta os dentes à noite ( ) Sim ( ) Não 
Tem insônia ( ) Sim ( ) Não 
Dificuldade para respirar deitado ( ) Sim ( ) Não 
Acorda várias vezes durante a noite ( ) Sim ( ) Não 
Acorda durante a noite com falta de ar ( ) Sim ( ) Não 
Ronca ( ) Sim ( ) Não 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 97 
Sente dor de cabeça ao acordar 
 
( ) Sim ( ) Não 
Sente-se cansado ao acordar 
 
( ) Sim ( ) Não 
Sente dor muscular ao acordar 
 
( ) Sim ( ) Não 
Dificuldade em ficar acordado durante 
o dia 
 
( ) Sim ( ) Não 
Acorda muito cedo 
 
( ) Sim ( ) Não 
Dor facial ( ) Sim (lado esquerdo) ( ) Sim (lado direito) 
( ) Não 
Dor à mastigação ( ) Sim (lado esquerdo) ( ) Sim (lado direito) 
( ) Não 
Estalido na ATM ( ) Sim (lado esquerdo) ( ) Sim (lado direito) 
( ) Não 
Crepitação na ATM ( ) Sim (lado esquerdo) ( ) Sim (lado direito) 
( ) Não 
Range os dentes durante o dia 
(briquitismo)? 
( ) Sim ( ) Não 
Aperta os dentes durante o dia? ( ) Sim ( ) Não 
Não consegue abrir a boca ( ) Sim ( ) Não 
Travamento (boca aberta) ( ) Sim ( ) Não 
Travamento (boca fechada) ( ) Sim ( ) Não 
Cefaleia (dor de cabeça) ( ) Sim. Região: ________________________ 
( ) Não 
Nevralgia ( ) Sim. Região: ________________________ 
( ) Não 
Dor cervical ( ) Sim (lado esquerdo) ( ) Sim (lado direito) 
( ) Não 
Dor nos ombros ( ) Sim (lado esquerdo) ( ) Sim (lado direito) 
( ) Não 
Dor no ouvido ( ) Sim (lado esquerdo) ( ) Sim (lado direito) 
( ) Não 
Zumbido no ouvido ( ) Sim (lado esquerdo) ( ) Sim (lado direito) 
( ) Não 
Dificuldades auditivas ( ) Sim (lado esquerdo) ( ) Sim (lado direito) 
( ) Não 
Vertigens ( ) Sim ( ) Não 
Alterações de equilíbrio ( ) Sim ( ) Não 
Dor nos olhos ( ) Sim ( ) Não 
Visão distorcida ( ) Sim ( ) Não 
Dor na língua ( ) Sim ( ) Não 
Dor de dente ( ) Sim ( ) Não 
Stress/ ansiedade ( ) Sim ( ) Não 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 98 
Qualidade de trabalho ( ) Ótima ( ) Boa ( ) Regular 
( ) Ruim ( ) Péssima 
Masca chicletes ( ) Sim ( ) Não 
Rói as unhas ( ) Sim ( ) Não 
Uso contínuo do telefone/computador ( ) Sim ( ) Não 
Outros sintomas: ________________________________________________________ 
 
Exames complementares 
Testes de imagem: 
___________________________________________________________________ 
___________________________________________________________________ 
Eletromiografia: 
___________________________________________________________________ 
___________________________________________________________________ 
Sonografia: 
___________________________________________________________________ 
___________________________________________________________________ 
 
Exame físico-funcional 
 
Inspeção geral da face 
 Edemas ( ) Sim. Locais: _____________________________________ 
 ( ) Não 
 Assimetria facial: ( ) Sim ( ) Não 
 Posicionamento antálgico: ( ) Sim ( ) Não 
 Posicionamento da cabeça:____________________________________ 
 Outras observações: 
_____________________________________________________________ 
 
Avaliação da ATM 
 Movimentação: 
 Abertura: Simétrica ( ) Desvio ( ) Deflexão ( ) 
 Abertura máxima: ________mm / Protusão: _______________mm 
 Lateralidade direita: _______mm / Lateralidade esquerda: _____mm 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 99 
 Ruídos Articulares: 
 Abertura 
 Direita Esquerda 
Estalido 
Inicial (0/15mm) 
Intermediário (16/30mm) 
Tardio (31/50mm) 
Crepitação 
 
 Fechamento 
 Direita Esquerda 
Estalido 
Inicial (0/15mm) 
Intermediário (16/30mm) 
Tardio (31/50mm) 
Crepitação 
 
 Palpação da ATM 
 Dor: ( ) Leve ( ) Moderada ( ) Forte( ) Locais:_______________ 
 ( ) Não 
 Edemas ( ) Sim. Locais:___________________________________ 
( ) Não 
 
Exame muscular (sensibilidade à palpação) 
Assinalar: 0=sem dor/1= dor leve/2= dor moderada/3=dor forte/*trigger point 
 Direito Esquerdo 
Músculo temporal 
Masseter 
Pterigóideo medial 
Pterigóideo lateral 
Occipitais 
Esternocleidomastóideo 
Trapézio 
Escalenos 
Elevadores da escápula 
Romboides 
 
Goniometria da região cervical 
Movimentos Graus Presença de dor 
Flexão ( ) Dor 
Extensão ( ) Dor 
Inclinação esquerda ( ) Dor 
Inclinação direita ( ) Dor 
Rotação esquerda ( ) Dor 
Rotação direita ( ) Dor 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 100 
Testes de força muscular 
Músculos Força muscular 
Abaixadores da mandíbula 
Elevadores da mandíbula 
Músculos que realizam a protusão da mandíbula 
Músculos que realizam a lateralização da mandíbula (D) 
Músculos que realizam a lateralização da mandíbula (E) 
 
Avaliação dental 
Possui falhas dentárias? ( ) Sim. Quais dentes? ________________________ 
 ( ) Não 
Utiliza próteses? ( ) Sim ( ) Não 
Fez/faz tratamento ortodôntico (aparelho dental)? ( ) Sim ( ) Não 
Condição das gengivas: ( ) Boa ( ) Regular ( ) Ruim 
Oclusão: ( ) Normal ( ) Alterada 
Mordida: ( ) Normal ( ) Aberta ( ) Cruzada 
 
Inspeção dos dentes 
 
Assinalar: 
 
 Falhas dentárias em azul 
 Ausências dentárias em amarelo 
 Prótese parcial removível em 
marrom 
 Prótese parcial fixa em laranja 
 Prótese total em azul 
 
 
 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 101 
Avaliação postural 
Vista anterior 
Referências Direito Esquerdo Normal 
Maléolo mais elevado 
Patela mais elevada 
Genu varo 
Genu valgo 
Espinha ilíaca anterossuperior mais 
elevada 
 
Ombro mais elevado 
Assimetria do ângulo de Talles 
Desvio do pescoço 
Desvio da cabeça 
Vista posterior 
Calcâneo varo 
Calcâneo valgo 
Prega poplítea mais elevada 
Prega glútea mais elevada 
Escoliose toracolombar 
Gibosidade 
Ombro mais elevado 
Escápula abduzida 
Escápula alada 
Vista lateral 
Referências Direito Esquerdo Normal 
Genu flexum 
Genu recurvatum 
Referências Sim Não 
Pelve em anteversão 
Pelve em retroversão 
Hiperlordose lombar 
Retificação lombar 
Hipercifose torácica 
Hiperlordose cervical 
Retificação cervical 
Rotação de tronco para a direita 
Rotação de tronco para a esquerda 
Ombro protuso 
Cabeça protusa 
 
Objetivos do tratamento: 
___________________________________________________________________ 
___________________________________________________________________ 
Conduta: 
___________________________________________________________________ 
___________________________________________________________________ 
Fisioterapeuta responsável:____________________________________________ 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 102 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FIM DO MÓDULO III

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