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HAM II N1

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HAM II Emilly Lorena Queiroz Amaral – Medicina/2º Período 
Exame Neurológico 
 A abordagem da anamnese começa ao lado do paciente, 
interpretando o problema clínico em termos anatômicos e 
depois, fisiopatológicos. 
 Questões em caso de lesão: 
 Em que nível está localizada a lesão? 
 Qual é o tipo de lesão? 
 Apresenta defeito de massa ou não? 
 Qual é o caráter da lesão? 
 Qual é a origem da lesão? 
 Qual sistema está comprometido? 
 Questões em caso de apresentação de sintomas: 
 Quando o sintoma começou? 
 Como o sintoma iniciou (agudamente, gradualmente)? 
 O que o paciente estava fazendo quando o sintoma iniciou 
(emoção, exaustão, sono, etc.)? 
 Como os sintomas progrediram com o tempo (constante, 
piora lenta ou rápida, intermitente)? 
 Quais circunstâncias afetam o sintoma (postura, tosse, 
espirros, deitar-se, luzes, flashes, etc.)? 
 Sintomas do Sistema Nervoso: 
 Apatia (estado emocional de indiferença, falta de emoção 
ou motivação), astenia (diminuição da força muscular), 
adinamia (fraqueza muscular); 
 Distúrbios de memória e mental; 
 Estado de consciência alterado com ou sem convulsões; 
 Cefaleia, enxaqueca; 
 Distúrbios visuais; 
 Distúrbios auditivos; 
 Tonturas; 
 Incerteza ao caminhar, imprecisão; 
 Distúrbios da fala e deglutição; 
 Perda de força; 
 Movimentos involuntários; 
 Sensação de perda de sensibilidade ou diferença de 
sensibilidade; 
 Dor irradiada nos membros; 
 Comprometimento da função vesical. 
 Análise da marcha 
 Observando-se a maneira pela qual o paciente de locomove, é 
possível, em algumas afecções neurológicas, suspeitar-se ou 
fazer-se o diagnostico sindrômico. 
 Largura da base (maléolos mediais passam a cerca de 5 cm 
um do outro durante a passada). 
 Simetria da elevação dos dedos durante a caminhada (o 
antepé de cada lado deve sair do solo aproximadamente no 
mesmo grau). 
 Movimento dos quadris (movimento excessivo pode ocorrer 
em doenças com fraqueza muscular proximal). 
 Balanço recíproco dos braços (diminuição do balanço de um 
lado pode indicar hemiparesia ou hemiparkinsonismo). 
 Presença de tremor ou coreia. 
 Marcha tandem 
 Envolve o paciente caminhar lentamente em linha reta, 
tocando o calcanhar de um pé nos dedos do outro ao longo do 
caminho. Esse teste avalia o equilíbrio dinâmico do paciente. 
 Teste de Babinski-Weil (Prova de Marcha às Cegas) 
 Paciente caminha com os olhos fechados, para frente em um 
percurso de 1,5m e em seguida retornasse a posição inicial do 
teste caminhando de costas (avaliar desvios e inclinações). 
 Teste de Fukuda 
 Solicita-se que o paciente execute 60 passos, elevando os 
joelhos como se estivesse marchando sem sair do lugar, com 
os olhos fechados e os braços estendidos anteriormente na 
altura dos ombros. Consideram-se normais os desvios laterais 
de até 30° e deslocamentos anteriores de um metro. 
 Instruir o paciente a caminhar com rapidez e parar 
abruptamente quando solicitado, ou a fazer viradas rápidas, 
primeiro em uma direção e depois em outra. 
 Solicitar ao paciente para andar de lado, para trás e a 
ultrapassar ou cruzar um pé sobre o outro. 
 Andar sobre os calcanhares e os dedos pode revelar 
fraqueza da dorsiflexão ou da flexão plantar. 
 Saltar em um dos pés (avaliação simultânea da força dos 
membros inferiores, sobretudo do tríceps sural e equilíbrio). 
 Capacidade do paciente manter o equilíbrio com um súbito 
empurrão ou puxão para trás, para frente ou para o lado 
(posicionar-se próximo de modo a garantir a segurança do 
paciente). 
 Avaliar dificuldades para se levantar da cadeira ou iniciar a 
marcha. 
 Verificar limitações ortopédicas. 
 MARCHA HELICÓPODE, CEIFANTE OU HEMIPLÉGICA = Acidente 
vascular encefálico (AVE) 
 Ao andar, o paciente mantém o membro superior fletido em 
90º com cotovelo e adução, e a mão fechada em leve 
pronação. 
 O membro inferior do mesmo lado é espástico, e o joelho não 
flexiona. 
HAM II Emilly Lorena Queiroz Amaral – Medicina/2º Período 
 Devido a isso, a perna tem que se arrastar pelo chão, 
descrevendo um semicírculo quando o paciente troca o passo, 
lembra o movimento de uma foice em ação. 
 
 MARCHA ANSERINA OU MIOPÁTICA = Distrofia muscular 
 Ao andar, o paciente acentua a lordose lombar e vai inclinando 
o tronco ora para a direita, ora para a esquerda, 
alternadamente, lembrando o andar de um pato 
 
 MARCHA PARKINSONIANA = Doença de Parkinson 
 O doente anda como um bloco, enrijecido, sem o movimento 
automático dos braços. 
 A cabeça permanece inclinada para a frente e os passos são 
miúdos e rápidos, dando a impressão de que o doente “corre 
atrás do seu centro de gravidade”, e que vai cair para frente. 
 
 MARCHA CEREBELAR/ATAXIA CEREBELAR (marcha do ébrio) 
= Lesões cerebelares 
 Ao andar, o doente vai para um lado para o outro como um 
bêbado. 
 
 
 
 
 MARCHA TABÉTICA OU TALONANTE = Neurossífilis (tabes 
dorsalis), polineuropatia periférica 
 Para se locomover, o paciente mantém o olhar fixo no chão. 
 Os MMII são levantados de forma abrupta e explosivamente 
e, ao serem recolocados no chão, os calcanhares tocam o solo 
pesadamente. 
 Com os olhos fechados, a marcha piora acentuadamente, ou 
se torna impossível. 
 
 MARCHA DE PEQUENOS PASSOS (marche à petit pas) = 
Senilidade, Doença de Alzheimer 
 Caracterizada pelo fato de o paciente dar passos muito 
curtos e, ao caminhar, arrasta os pés como se estivesse 
dançando “marchinha”. 
 
 MARCHA VESTIBULAR (marcha em estrela) = lesão vestibular 
(labirinto) 
 Ao caminhar, o paciente apresenta lateropulsão, como se 
estivesse sendo empurrado para o lado quando tenta se 
mover em linha reta. 
 Se colocado em ambiente amplo e solicitado a ir de frente e 
voltar de costas com os olhos fechados, descreverá uma 
figura semelhante a uma estrela. 
 
 MARCHA ESCARVANTE = ELA, Doença de Charcot-Marie-
Tooth e outras neuropatias periféricas 
 Ao caminhar, o paciente tenta tocar a ponta do pé ao solo e 
tropeça. 
HAM II Emilly Lorena Queiroz Amaral – Medicina/2º Período 
 Para evitar isso, levanta acentuadamente o membro inferior 
lembrando o “passo de ganso” dos soldados prussianos. 
 
 MARCHA CLAUDICANTE = Afecções articulares, musculares 
ou ósseas que se acompanham de dor. 
 Ao caminhar, o paciente “manca” para um dos lados. 
 MARCHA ESPÁSTICA (ou marcha em tesoura) = Esclerose 
múltipla, encefalopatia crônica da infância. 
 Ao andar, os dois MMII enrijecidos e espásticos permanecem 
semifletidos, os pés se arrastam, e as pernas se cruzam uma 
na frente da outra, quando o paciente tenta caminhar. 
 O movimento das pernas lembra uma tesoura em 
funcionamento. 
 
 
 
 Equilíbrio Estático 
 Após o estudo da marcha, faz-se a seguinte manobra: Prova 
de Romberg: 
 Solicita-se que o paciente continue na posição vertical, com os 
pés juntos, olhando para frente. Nesta postura, deve 
permanecer por alguns segundos, Em seguida, ordena-se a 
ele que feche as pálpebras. 
 Negativa: no individuo livre de qualquer acometimento nada se 
observa, ou apenas ligeiras oscilações do corpo são notadas. 
 Positiva: na vigência de alterações neurológicas, ao cerrar as 
pálpebras, o paciente apresenta oscilações no corpo, com 
desequilíbrio e forte tendência à queda. 
 Para qualquer lado após cerrar as pálpebras: Lesão das vias 
de sensibilidade de proprioceptiva consciente. 
 Sempre para o mesmo lado: lesão do aparelho vestibular. 
 
 
 
 
 
 
 
 Tônus Muscular 
 Estado de tensão constante a que estão submetidos os 
músculos, tanto em repouso (tônus de postura), como em 
movimento (tônusde ação). 
 ETAPAS DO EXAME: 
 Paciente é posicionado deitado e em completo relaxamento 
muscular. 
 Inspeção: existência ou não de achatamento das massas 
musculares de encontro ao plano do leito. 
 Palpação: grau de consistência muscular. Aumentada nas 
lesões centrais e diminuída nas periféricas. 
 AVALIAÇÃO DO GRAU DE RESISTÊNCIA À FLEXÃO E 
EXTENSÃO: verificar se há resistência além (tônus 
aumentado) ou aquém do normal (tônus diminuído). 
 AVALIAÇÃO DO GRAU DE RESISTÊNCIA BALANÇO PASSIVO: o 
examinador, com as suas duas mãos, segura e balança o 
antebraço e a perna do paciente, observando se a mão 
movimenta-se de forma normal, exagerada (na hipotonia) ou 
diminuída (na hipertonia). 
 Motricidade 
 É estudada por meio de duas técnicas, uma para a análise da 
motricidade espontânea e a outra para a avaliação da força 
muscular. 
 Motricidade espontânea 
 Solicita-se ao paciente que execute uma série de movimentos, 
especialmente dos membros, tais como: 
 Abrir e fechar a mão; 
 Estender e fletir o antebraço; 
 Abduzir e elevar o braço; 
 Fletir a coxa; 
 Fletir e estender a perna e o pé; 
 Aproximar e afastar o indicador e o polegar. 
 Durante a execução desses movimentos, observa-se se eles 
estão sendo realizados em toda a sua amplitude. Não sendo, 
cumpre avaliar o grau e a sede da limitação; 
 Redução ou abolição dos movimentos: lesão dos neurônios 
motores e/ou suas vias: sistema piramidal, colunas ventrais 
da medula e nervos). 
 Força muscular 
 São realizados os mesmos movimentos referidos no exame de 
motricidade espontânea, só que com oposição aplicada pelo 
examinador. 
 
HAM II Emilly Lorena Queiroz Amaral – Medicina/2º Período 
 
 Em caso de discreta ou deficiência motora dos membros, 
realizam-se as PROVAS DEFICITÁRIAS (contra a gravidade): 
 Prova de Mingazzini 
 
 Nos MMSS: O paciente deve manter os membros nessa posição 
(figura A) por no mínimo 1 minuto. 
 Nos MMII: Em decúbito dorsal, o examinador levanta os dois MMII 
do paciente, fletindo as pernas para formar 90° com a coxa e 
esta também fletida em 90° com a articulação do quadril. 
 Manobra de Barre 
 Paciente em decúbito ventral deverá manter as pernas fletidas 
sobre as coxas, formando um ângulo maior que 90º em relação 
às coxas. Pode-se observar oscilações e queda. 
 
 Anota-se uma graduação e a sede do movimento. Pode ser 
escrito literalmente, percentualmente ou com o grau das forças. 
 
 
 
 
 Escala de Coma Glasgow 
 É através dessa escala que é possível mensurar o nível de 
consciência dos pacientes. E a partir desses dados podemos 
encaminhar o paciente de maneira mais segura. 
 É preciso marcar “NT” na pontuação caso não seja possível 
obter resposta do paciente por conta de alguma limitação! 
 
 A escala varia de 1 a 15 pontos. Sendo a pontuação da 
respostar pupilar SUBTRAÍDA do total encontrado! 
TRAUMA LEVE TRAUMA MODERADO TRAUMA GRAVE 
13-15 9-12 3-8 
 5 Passos para utilizar a Escala de Coma de Glasgow 
corretamente: 
1. Verifique: Identifique fatores que podem interferir na 
capacidade de resposta do paciente. É importante considerar 
na sua avaliação se ele possui alguma limitação anterior ou 
devido ao ocorrido que o impede de reagir adequadamente 
naquele tópico (Ex: paciente surdo não poderá reagir 
normalmente ao estímulo verbal). 
2. Observe: Observe o paciente e fique atento a qualquer 
comportamento espontâneo dentro dos três componentes da 
escala. 
3. Estimule: Caso o paciente não aja espontaneamente nos 
tópicos da escala, é preciso estimular uma resposta. Aborde 
o paciente na ordem abaixo: 
Estímulo sonoro: Peça (em tom de voz normal ou em voz alta) 
para que o paciente realize a ação desejada. 
Estímulo físico: Aplique pressão na extremidade dos dedos, 
trapézio ou incisura supraorbitária. 
4. Pontue e some: Os estímulos que obtiveram a melhor 
resposta do paciente devem ser marcados em cada um dos 
três tópicos da escala. Se algum fator impede o paciente de 
realizar a tarefa, é marcado NT (Não testável). As respostas 
correspondem a uma pontuação que irá indicar, de forma 
simples e prática, a situação do paciente (Ex: O4, V2, M1 e 
HAM II Emilly Lorena Queiroz Amaral – Medicina/2º Período 
P0 significando respectivamente a nota para ocular, verbal, 
motora e pupilar, com resultado geral igual a 7). 
5. Analise a reatividade pupilar (atualização 2018): suspenda 
cuidadosamente as pálpebras do paciente e direcione um foco 
de luz para os seus olhos. Registre a nota correspondente à 
reação ao estímulo. Esse valor será subtraído da nota obtida 
anteriormente, gerando um resultando final mais preciso. 
 Essas reações devem ser anotadas periodicamente para 
possibilitar uma visão geral do progresso ou deterioração do 
estado neurológico do paciente. 
 Coordenação 
 A coordenação adequada traduz o bom funcionamento de, 
pelo menos, 2 setores do sistema nervoso: o cerebelo (centro 
coordenador) e a sensibilidade proprioceptiva. 
 A perda de coordenação é denominada ataxia e pode ser 
cerebelar, sensorial e mista. 
 Nas lesões da sensibilidade proprioceptiva, o paciente utiliza a 
visão para fiscalizar os movimentos incoordenados, fato que 
não ocorre nas lesões cerebelares. 
 O exame pode ser feito através das seguintes provas: 
 Prova dedo-nariz: 
 Com o membro superior estendido lateralmente, o paciente é 
solicitado a tocar a ponta do nariz com o indicador. Repete-se 
a prova algumas vezes: primeiro, com os olhos abertos e, 
depois, fechados. O paciente deve estar de preferência de 
pé ou sentado. 
 
 Prova calcanhar-joelho 
 Na posição de decúbito dorsal, o paciente é solicitado a tocar 
o joelho oposto com o calcanhar do membro a ser examinado. 
A prova deve ser realizada várias vezes, de início com os 
olhos abertos; depois, fechados. 
 
 Prova dos movimentos alternados 
 Determina-se ao paciente que realize movimentos rápidos e 
alternados (diadococinesia), tais como: abrir e fechar a mão, 
movimento de supinação e pronação, extensão e flexão dos 
pés. 
 
 Resultado: anota-se sede e o grau de ataxia. 
 Diadococinesia: os movimentos realizados. 
 Eudiadococinesia: capacidade de realizar os movimentos. 
 Disdiadococinesia: dificuldade de realizar os movimentos. 
 Adiadococinesia: incapacidade de realizar os movimentos. 
HAM II Emilly Lorena Queiroz Amaral – Medicina/2º Período 
Suporte básico de vida (SBV) 
→ São estratégias que visam manter o suporte à vítima até a 
chegada da equipe de emergência, através de ações voltadas 
à melhora do prognóstico do paciente vítima de PCR em 
ambiente pré-hospitalar. 
➢ CRIME DE OMISSÃO 
→ A prestação de socorro, além de um dever moral, é um dever 
legal, e a sua recusa constitui crime de omissão de socorro, 
previsto no artigo 135 do código penal brasileiro. 
→ “Deixar de prestar assistência, quando possível a uma 
→ pessoa ferida, em estado grave ou eminente perigo de morte; 
ou ainda, não pedir nesses casos, o socorro da autoridade 
pública: 
→ PENA: Detenção, de 1 (um) a 6 (seis) meses, ou multa. 
→ Parágrafo único – A pena é aumentada da metade, se da 
omissão resulta lesão corporal de natureza grave, e triplicada, 
se resulta a morte.” (Decreto de lei nº. 2.848 de 07 de 
dezembro de 1940). 
➢ CRIME DE ABANDONO 
→ Artigo 133 do código Penal Brasileiro. 
→ “Abandonar pessoa que está sob o seu cuidado, guarda, 
vigilância ou autoridade, e, por qualquer motivo, incapaz de 
defender-se dos riscos resultantes do abandono.” 
→ PENA: Detenção, de seis meses a três anos. 
→ §1º. Se do abandono resulta lesão corporal de natureza grave: 
→ Reclusão de um a cincoanos. 
→ §2º. Se resulta morte: Reclusão de quatro a doze anos. 
➢ REDE DE ATENÇÃO ÀS URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS 
→ Tem como objetivo reordenar à saúde em situações de 
urgência e emergência de forma coordenada entre os 
diversos pontos de atenção 
→ É constituído por: 
✓ Promoção, Prevenção e Vigilância em Saúde. 
✓ Atenção Básica. 
✓ SAMU 192. 
✓ Sala de Estabilização. 
✓ Força Nacional do SUS. 
✓ UPA 24h. 
✓ Unidades Hospitalares e Atenção Domiciliar. 
➢ CADEIAS DE SOBREVIVÊNCIA 
→ PCR intra-hospitalar (PCRIH): 
→ PCR extra-hospitalar (PCRIH): 
➢ AÇÕES INICIAIS 
1) AVALIAÇÃO DA SEGURANÇA DE CENA: É a prioridade e antes 
de abordar o paciente; 
2) DETERMINAR O NÍVEL DE CONSCIÊNCIA DA VÍTIMA: Avaliar a 
responsividade do paciente: 
▪ Colocar as mãos no ombro do paciente estimulando-o, 
sendo estimulações táteis e auditivas: “senhor, senhor, 
senhor?” 
▪ Responde? 
✓ SIM: tudo ok! A princípio não estará em PCR. 
✓ NÃO: 
▪ RESPIRA? Analisar a expansibilidade torácica 
✓ SIM 
✓ NÃO: chamar ajuda 
3) Pedir Ajuda: SAMU 192 ou Corpo de Bombeiros 193 e solicitar 
o DEA. 
4) Realizar CABD da Vida: 
C – Circulação = checar pulsos, de preferência o pulso 
carotídeo, ipsilateral, ou seja, do mesmo lado que você, por 5 
a 10 segundos, na dúvida, iniciar compreensões. A respiração 
é analisada se o tórax se tem ou não elevação. 
Se o paciente não respira e não tem pulso deve iniciar as 
compreensões torácicas IMEDIATAMENTE! E instalar o 
Desfibrilador Externo Automático (DEA) assim que possível. 
Socorristas leigos podem ter dificuldade em checar o pulso, 
por isso, devem iniciar as compressões sem checar o pulso. 
→ Como fazer a RCP? 
▪ Posição adequada: ao lado da vítima, com os dois joelhos 
no chão, estender os braços e deixar perpendiculares, 
fazendo a compressão com o peso no tórax, e não com 
a força dos braços; 
HAM II Emilly Lorena Queiroz Amaral – Medicina/2º Período 
▪ As mãos devem estar entrelaçadas, usando a região 
hipotênar, comprimindo a região intermamilar do 
paciente. 
▪ A compressão 
efetiva consiste 
em: comprimir 
entre 5 e 6 cm do tórax, velocidade entre 100 e 120 
compressões/min, podendo intercalar 30 compressões 
com 2 ventilações e permitir o retorno completo após 
cada compressão. É necessário minimizar interrupções, 
máximo 10 segundos de intervalo para fazer ventilações 
ou no suporte avançado. 
▪ Reveze com outro socorrista a cada 2 minutos 
 
A – Abertura das vias aéreas = Pode ser realizada com a 
manobra da inclinação da cabeça e elevação do queixo e, se 
houver suspeita de trauma, a manobra de elevação do ângulo 
da mandíbula. 
▪ Devem ser realizadas duas ventilações a cada 30 
compressões torácicas tanto para a RCP realizada 
por 01 ou 02 socorristas (30:2) 
 
B – Ventilação = Para a realização das ventilações podem ser 
usados a pocket-mask ou o dispositivo Bolsa-válvula-máscara 
(BVM, AMBU®). 
▪ Socorristas leigos não treinados podem realizar 
apenas compressões torácicas de alta qualidade sem 
realizar ventilações e não devem interromper 
compressões para checagem de pulso 
D – Desfibrilação = Utilizado para vítimas em Fibrilação 
Ventricular (FV) e Taquicardia Ventricular Sem Pulso (TVSP) de 
curta duração, que apresentaram colapso súbito em ambiente 
extra-hospitalar 
▪ A Desfibrilação pode ser realizada com um desfibrilador manual 
ou um desfibrilador externo automático (DEA) operável por 
qualquer pessoa, assim que possível. 
➢ RITMOS DE PCR 
✓ Fibrilação Ventricular (FV) 
✓ Taquicardia Ventricular (TV) sem pulso 
✓ Atividade Elétrica Sem Pulso (AESP) 
✓ Assistolia 
✓ A desfibrilação é indicada na FV e na TV sem pulso. 
➢ UTILIZAÇÃO DO DEA 
1. Ligue o DEA, apertando o botão on-off; 
2. Conecte as pás (eletrodos) ao tórax desnudo da vítima, 
observando o desenho contido nas próprias pás do 
posicionamento correto (selecionar pás do tamanho correto, 
adulto ou pediátrico, para o tamanho/idade do paciente. 
Remover o papel adesivo protetor das pás); 
3. Encaixe o conector das pás (eletrodos) ao aparelho; 
4. Quando o DEA indicar “analisando o ritmo cardíaco, não toque 
no paciente”, solicitar para que todos se afastem 
efetivamente; 
5. Se o choque for indicado, o DEA emitirá a frase: “choque 
recomendado, afaste-se do paciente”. O socorrista que 
estiver manuseando o DEA deve solicitar para que todos se 
afastem; 
6. Pressionar o botão indicado pelo aparelho para aplicar o 
choque, o qual produz uma contração repentina dos músculos 
do paciente (3 afirmações: eu me afasto, você se afasta, nós 
nos afastamos); 
7. A RCP deve ser iniciada pelas compressões torácicas, 
imediatamente após o choque. A cada 2 minutos, o DEA analisa 
o ritmo novamente e pode indicar novo choque, se necessário. 
Se não indicar choque, deve-se reiniciar a RCP imediatamente, 
caso a vítima não retome a consciência; 
8. Mesmo se a vítima retomar a consciência, o aparelho não 
deve ser desligado e as pás não devem ser removidas ou 
desconectadas até que o serviço médico de emergência 
assuma o caso; 
9. Se não houver suspeita de trauma, e a vítima já apresentar 
respiração normal e pulso, o socorrista pode lateralizar a 
vítima, porém deve permanecer no local até que o serviço 
médico de emergência chegue. 
 
 
HAM II Emilly Lorena Queiroz Amaral – Medicina/2º Período 
➢ OVACE (Obstrução das Vias Aéreas por Corpo Estranho) 
→ Obstrução total ou parcial do trânsito de ar ambiente até os 
alvéolos pulmonares. 
→ Uma vítima pode desenvolver obstrução de vias aéreas devido 
a causas intrínsecas (obstrução das vias aéreas por 
relaxamento da língua) ou extrínsecas (aspiração de corpo 
estranho, alimentos e outros) 
→ OVACE leve (parcial): existe passagem de ar e a vítima é capaz 
de tossir. Enquanto houver uma troca gasosa satisfatória, o 
socorrista deve encorajar a vítima a persistir na tosse 
espontânea e nos esforços respiratórios. 
→ OVACE grave (total): Incapacidade de respirar, tossir e falar, 
cianose de lábios e extremidades, indicando que não há 
passagem de ar. A vítima pode fazer o sinal universal da 
asfixia. 
→ Em caso de obstrução grave das vias aéreas em vítima 
consciente, deve-se utilizar a manobra de Heimlich. 
 
→ Após a manobra, o paciente deve ser encaminhado ao 
hospital, pois pode haver lesão nos órgãos internos 
→ Se a vítima estiver grávida ou for obesa, utilize compressões 
torácicas, em vez de compressões abdominais. 
→ Se a vítima for menor que o socorrista, o mesmo deve 
posicionar-se de joelhos atrás da vítima e realizar a manobra 
de Heimlich. 
→ Se a vítima adulta com OVACE tornar-se inconsciente, o 
socorrista deve apoiar a vítima cuidadosamente no chão e 
imediatamente ativar o serviço médico de emergência (ou 
solicitar ajuda ou ligar pelo viva-voz) e, em seguida, iniciar a 
RCP. 
→ Cada vez que o socorrista abrir as vias aéreas para realizar 
as ventilações, o mesmo deverá olhar para o interior da 
cavidade oral; se o corpo estranho estiver visível, deverá ser 
removido, evitando varredura digital às cegas e não 
retardando as manobras de RCP. 
HAM II Emilly Lorena Queiroz Amaral – Medicina/2º Período 
Nervos Cranianos 
→ Primeiramente, quais são? E suas funções? 
 
➢ NERVO OLFATÓRIO 
→ No exame da olfação, empregam-se substâncias com odores 
conhecidos como café, canela, cravo, dentre outros. 
→ MANOBRA: de olhos fechados, o paciente deve reconhecer o 
aroma que o examinador colocar diante de cada narina. Fazer 
uma narina de cada vez (comprimindo a que não está sendo 
avaliada) e trocar de substância de uma narina para a outra. 
→ ALTERAÇÕES: 
✓ Hiposmia = diminuição do olfato; 
✓ Anosmia = ausência do olfato;✓ Parosmia = perversão do olfato; 
✓ Cacosmia = sensação olfatória desagradável na ausência 
de qualquer substância capaz de originar odor; 
✓ Alucinações olfatórias. 
➢ NERVO ÓPTICO 
→ Pede-se ao paciente que diga o que vê na sala de exame, ou 
leia alguma coisa. Examina-se separadamente cada olho. Pode-
se também utilizar a tabela de Snellen, que deve estar a uma 
distância de 3-6 metros do paciente. 
→ ALTERAÇÕES: 
✓ Ambliopia = diminuição da acuidade; 
✓ Amaurose = abolição da acuidade visual; 
→ CAMPO VISUAL: os campos visuais são testados em 
comparação ao campo do examinador. O paciente deve ficar 
sentado e o examinador posicionado bem na sua frente, 
mantendo os olhos na altura dos olhos do paciente, que deve 
fixar seus olhos na direção dos olhos do examinador e ocluir 
um dos olhos. O examinador, então, posiciona a sua mão em 
um campo situado bem no meio do caminho entre si próprio e 
o paciente, e verifica se ele consegue enxergar sua mão, 
dizer quantos dedos estão apresentados e definir se estão 
parados ou em movimento. 
→ ALTERAÇÕES: 
 
→ FUNDOSCOPIA: Utilizando-se o oftalmoscópio, o neurologista 
deverá avaliar a papila, a mácula e coróides. 
➢ NERVOS OCULOMOTOR, TROCLEAR E ABDUCENTE 
→ Examinados juntos, eles são responsáveis pela motilidade do 
globo ocular. 
III. Oculomotor = reto medial, reto superior, reto inferior e 
obliquo inferior; responsável também pela elevação da 
pálpebra. 
IV. Troclear = obliquo superior. 
VI. Abducente = reto lateral 
→ MOTILIDADE EXTRÍNSECA: 
MANOBRA: o exame é feito em cada olho separadamente, e 
logo após, nos dois simultaneamente. Paciente com a cabeça 
imóvel, o examinador solicita que ele olhe e acompanhe a ponta 
de seu dedo, no qual deslocará no sentido horizontal e vertical 
(fazer um H). no exame simultâneo, acrescenta-se a prova de 
convergência ocular, que se faz aproximando gradativamente 
o objeto dos olhos do paciente. 
 
HAM II Emilly Lorena Queiroz Amaral – Medicina/2º Período 
→ ALTERAÇÕES: 
✓ Estrabismo = desvio do olho em seu eixo normal; 
✓ Diplopia = visão dupla. 
 
 
→ MOTILIDADE INTRÍNSECA: 
MANOBRA: A pupila é examinada por um feixe de luz e pela 
convergência ocular. Em ambiente de pouca luminosidade, o 
paciente deve fixar o olhar em um ponto distante, e o 
examinador, então, incide o feixe de luz em uma pupila e 
observa sua contração, e depois insere o feixe em outra 
pupila e observa a resposta dos dois lados 
→ ALTERAÇÕES: 
✓ Discoria: irregularidade do contorno pupilar. 
✓ Midríase: diâmetro pupilar aumentado. 
✓ Miose: diâmetro pupilar diminuído. 
✓ Anisocoria: desigualdade do diâmetro pupilar 
 
➢ NERVO TRIGÊMIO 
→ Nervo misto, constituído de: 
→ RAIZ MOTORA: 
✓ MANOBRA: abertura e fechamento da boca; manter a boca 
fechada contra a resistência; morder uma espátula. 
→ RAIZ SENSORIAL: 
✓ MANOBRA: avaliação da sensibilidade tátil, térmica e dolorosa; 
sensibilidade coreana – feita com uma mecha de algodão que 
toca suavemente a esclera e a corne, esperando a contração 
do orbicular das pálpebras. 
➢ NERVO FACIAL 
→ Nervo motor dividido em dois ramos (temporofacial e 
cervicofacial) dos quais inervam a musculatura de mimica 
facial. 
→ MANOBRAS: 
✓ Movimentos mímicos para a avaliação do nervo facial. 
✓ Solicita-se ao paciente para: 
- Enrugar a testa. 
- Franzir os supercílios. 
- Fechar as pálpebras. 
- Mostrar os dentes. 
- Abrir a boca. 
- Assobiar. 
- Inflar a boca. 
- Contrair o platisma ou músculo cutilar do pescoço. 
- Testar abertura de olhos e boca contra resistência*. 
→ ALTERAÇÕES: 
✓ Lagoftalmia: olho permanece sempre aberto 
✓ Epifora: lacrimejamento 
✓ Devio da boca para o lado sadio 
✓ Prosopoplegia: paralisia da face 
✓ Diplegia facial: paralisia bilateral da face 
✓ Paralisia facial central: acomete somente a metade 
inferior da face contralateral 
✓ Paralisia facial periférica: paralisia de toda a hemiface 
homolateral. 
 
➢ NERVO VESTIBULOCOCLEAR 
→ Possui duas raízes: raiz coclear (audição) e raiz vestibular 
(equilíbrio). 
→ RAIZ COCLEAR: 
✓ MANOBRA: Diminuição gradativa da intensidade da voz natural; 
- Voz cochichada; 
- Atrito suave das polpas digitais próximo ao ouvido; 
HAM II Emilly Lorena Queiroz Amaral – Medicina/2º Período 
- Prova de Rinne – diapasão na região mastoide. Quando o 
paciente deixa de sentir a vibração, coloca-se o aparelho 
próximo ao conduto auditivo. 
* Rinne positivo = paciente acusa a percepção do som; 
* Rinne negativo = transmissão óssea é mais prolongada que 
a auditiva (deficiência auditiva de condução) 
 
- Prova de Webber: Coloca-se um diapasão vibrando na linha 
mediana do vértice do crânio. Em condições normais: som será 
ouvido igualmente em ambas as orelhas ou ressoará em algum 
lugar no centro da cabeça, “não lateralizado”. 
Anormalidade: 
• Perda Auditiva de Condução: som melhor no lado afetado 
(“lateralizado”). 
• Surdez neurossensorial: som melhor na orelha normal. 
 
→ RAIZ VESTIBULAR: O acometimento da raiz vestibular é 
reconhecível pela anamnese quando as queixas são o estado 
vertiginoso, náuseas, vômitos e desequilíbrio. 
→ Compreende-se o reconhecimento do NISTAGMO, desvio 
lateralizado durante a marcha, desvio postural e SINAL DE 
ROMBERG. 
➢ NERVOS GLOSSOFARÍNGEO E VAGO 
→ Estes nervos são examinados em conjunto. A lesão unilateral 
do glossofaríngeo pode exteriorizar-se por distúrbios da 
gustação e do terço posterior da língua. (hipogeusia e ageusia). 
→ Na lesão unilateral do IX e X nervos, observa-se: 
✓ Desvio do véu palatino para o lado normal, quando o 
paciente pronuncia as vogais “a” ou “e”; 
✓ Sinal da cortina: desvio da parede posterior da faringe 
para o lado normal; 
✓ Diminuição ou abolição do reflexo velopalatino. 
 
 
→ As causas mais frequentes de lesão nesses nervos são: 
neuropatia diftérica, neoplasia do mediastino, esclerose lateral 
amiotrófica, siringobulbia e traumatismo. 
➢ NERVO ACESSÓRIO 
→ Nervo essencialmente motor que inerva os músculos 
esternocleidomastóideo e a porção superior do trapézio, 
podendo sua lesão ser caudada por traumatismo, ELA ou 
siringomielia, que ocasiona atrofia desses músculos, deficiência 
na elevação do ombro e na rotação da cabeça para o lado 
oposto do musculo comprometido. 
 
➢ NERVO HIPOGLOSSO 
→ É exclusivamente motor, e sua avaliação é feita pela inspeção da 
língua, que deve ser movimentada para todos os lados, e por fim, 
palpada para avaliação de sua consistência. 
 
HAM II Emilly Lorena Queiroz Amaral – Medicina/2º Período 
Exame Clínico da Coluna Vertebral Plexo 
Braquial e Lombossacral 
➢ DISTRIBUIÇÃO DAS VÉRTEBRAS 
7 vértebras cervicais na região do pescoço (móveis). 
12 vértebras torácicas posteriores à cavidade torácica (móveis). 
5 vértebras lombares que sustentam a parte inferior da coluna 
(móveis). 
→ 1 sacro que consiste em 5 vértebras sacrais fundidas (não 
móveis). 
→ 1 cóccix que, em geral, é composto por 4 vértebras coccígeas 
fundidas (não móveis). 
➢ FUNÇÕES 
→ Proteger a medula! 
→ Funciona como haste flexível com elementos que podem 
promover movimentos em direção anterior, posterior, lateral 
e ainda de rotação. 
→ Serve de ponto de fixação para as costelas, o cíngulo dos 
membros inferiores e músculos do dorso e membros 
superiores. 
➢ EXAME FÍSICO DA COLUNA VERTEBRAL 
• ASPECTOS GERAIS: 
→ Vestimenta do paciente. 
→ Abordagem de todos os segmentos da coluna em três planos: 
frontal (anterior e posterior) e sagital (perfil). 
→ Realiza-se: 
1. Inspeção estática 
2. Inspeção dinâmica 
3. Palpação 
4. Exame neurológico 
5. Manobras especiais 
❖ ANATOMIA DE SUPERFÍCIE (VÉRTEBRAS) 
• C3 - NÍVELDO ÓSSEO HIÓIDE 
• C4 - NÍVEL DA CARTILAGEM DA TIREOIDE 
• C6 - NÍVEL DA CARTILAGEM CRICÓIDE 
• C7 - PROCESSO ESPINHOSO MAIS PROEMINENTE 
• T2 - NÍVEL DA ESPINHA DA ESCÁPULA 
• T4 - NÍVEL DO ÂNGULO DO ESTERNO 
• L4 - NÍVEL DA CICATRIZ UMBILICAL 
• S1 - NÍVEL DA CRISTA ILÍACA 
❖ INSPEÇÃO 
→ Reconhecer segmentos cervicais, torácicos, lombares e 
sacrais. 
→ Identificar deformidades, desalinhamentos, assimetrias, 
hipertrofias e atrofias. 
→ Observar alterações da pele, abaulamentos, retrações, 
cicatrizes, nichos pilosos (região lombossacral) 
→ A postura deve ser vista pela frente, por trás, pela esquerda 
e pela direita. 
• Abordagem frontal (anterior ou posterior): 
→ Observar: 
▪ Simetria das cinturas escapular e pélvica. 
▪ Ângulo toracolombar (talhe). 
▪ Alinhamento dos membros inferiores 
▪ Orientação das patelas. 
▪ Posicionamento dos pés. 
▪ Implantação da cabeça e alinhamento de orelhas. 
• Abordagem frontal (anterior ou posterior) 
→ Anormalidades: 
▪ Desnivelamento das escápulas pode sugerir desvios de 
lateralidade (escoliose). 
▪ Desnivelamento da cintura pélvica sugere uma 
discrepância no comprimento dos membros inferiores. 
▪ Patelas com orientação interna (“olham para dentro”), 
sugerem alteração na anteroversão do colo femoral. 
▪ Pés devem ser observados quanto ao alinhamento dos 
calcâneos (visão frontal posterior) e quanto à presença 
ou não dos arcos plantares. 
• Abordagem sagital (perfil) 
→ Observar: 
▪ Grau das lordoses lombar e cervical, assim como a cifose 
torácica. 
▪ Posicionamento da pelve em relação à linha de gravidade, se 
há retroprojeção ou anteroprojeção da pelve. 
▪ Presença ou não do genu recurvatum. 
❖ PALPAÇÃO 
→ A palpação deve ser realizada com delicadeza pois pode 
despertar dor intensa. Vértebra por vértebra! 
→ Devem ser palpadas: 
▪ Massas musculares (procura-se por hipertrofias e 
retificação da coluna). 
▪ Apófises espinhosas. 
▪ Espaços intervertebrais. 
→ O exame neurológico é indispensável NO EXAME DA COLUNA 
VERTEBRAL! 
 
 
 
HAM II Emilly Lorena Queiroz Amaral – Medicina/2º Período 
→ DAR MAIS ATENÇÃO NAS MANOBRAS COM “*” 
❖ MANOBRAS ESPECIAIS NA AVALIAÇÃO DA COLUNA 
VERTEBRAL- CERVICAL 
→ MANOBRA DE SPURLING: Flexionar lateralmente a cabeça do 
paciente que está sentado e gradualmente aplicar forte 
pressão para baixo. Se dor for produzida, o teste é 
considerado positivo; não continuar com o próximo 
procedimento. Se nenhuma dor for produzida, colocar a 
cabeça do paciente em uma posição neutra e dar uma 
pancada vertical na porção superior da cabeça do paciente. 
→ *SINAL DO ALIVIO DA ABDUÇÃO: Instruir o paciente sentado 
a abduzir o braço e colocar a mão em cima da cabeça. 
→ *TESTE DA DISTRAÇÃO: Com o paciente sentado, segurar 
abaixo dos processos mastoides e puxar para cima a cabeça 
do paciente. Isso remove o peso da cabeça do paciente sobre 
o pescoço. 
→ MANOBRA DE L’hermitte: Com o paciente sentado, flexionar 
passivamente o queixo do paciente até o pescoço. 
→ *TESTE DA DEGLUTIÇÃO: Instruir o paciente sentado a 
deglutir. 
→ *MANOBRA DE VALSALVA: Com o paciente sentado, instruí-
lo a inclinar-se como se estivesse defecando, mas 
concentrando o esforço na região cervical. Perguntar ao 
paciente se ele sente qualquer aumento na dor e, em caso 
afirmativo, aponte a sua localização. Esse teste é subjetivo e 
requer uma resposta precisa do paciente. 
→ TESTE DA PATÊNCIA DA ARTÉRIA VERTEBRAL: Com o 
paciente deitado em supino e a cabeça fora da mesa de 
exames, o examinador passivamente hiperestende e flexiona 
lateralmente a cabeça, mantendo-a nessa posição por 30 
segundos. Repetir com a cabeça lateralmente flexionada no 
lado oposto. 
→ TESTE DE ADSON - PATÊNCIA DA ARTÉRIA SUBCLÁVIA: Com 
o paciente sentado, estabelecer a amplitude do pulso radial. 
Comparar a amplitude bilateralmente. Instruir o paciente a 
respirar fundo e a segurar a respiração, enquanto ele roda a 
cabeça e eleva o queixo para o lado que está sendo testado. 
Se o teste for negativo, fazer o paciente rodar e elevar o 
queixo para o lado oposto. 
❖ MANOBRAS ESPECIAIS NA AVALIAÇÃO DA COLUNA 
VERTEBRAL - TORÁCICA 
→ *EXPANSIBILIDADE TORÁCICA: O teste de expansibilidade 
torácica tem como objetivo medir a limitação da mobilidade das 
articulações esternocostais, costotransversais e 
costovertebrais. A expansibilidade torácica pode ser medida 
entre a inspiração e a expiração máximas forçadas, no nível 
do quarto espaço intercostal. Considera-se alterada quando 
for igual ou inferior a 2,5 cm ou 3cm*. 
→ *MOBILIDADE TORÁCICA - MANOBRA DE STIBOR: Com a 
pessoa em pé, marca-se um ponto na linha da coluna na altura 
de C7 - T12, quando a pessoa se agacha (flexão ventral), a 
distância aumenta 2,5 cm. O teste positivo (aumento inferior 
a 2,5 cm) pode indicar limitação funcional. 
→ *ALINHAMENTO TORÁCICO 
→ *POSIÇÃO DE ADAMS: Com o paciente em pé, ficar 
diretamente atrás do paciente, inspecionando e palpando toda 
a extensão da coluna, buscando por escoliose, hipercifose ou 
cifoescoliose. A seguir, instruir o paciente a flexionar os 
quadris para a frente. novamente, inspecionar e palpar na 
busca de escoliose, cifose ou cifoescoliose. 
❖ MANOBRAS ESPECIAIS NA AVALIAÇÃO DA COLUNA 
VERTEBRAL - LOMBAR 
→ **MOBILIDADE DA COLUNA LOMBAR - MANOBRA DE 
SCHOBER: Com a pessoa em pé, marca-se um ponto na linha 
da coluna na altura de L5-S1 (projeção da espinha ilíaca 
posterior) e outro ponto 10 cm acima deste; quando a pessoa 
se agacha (flexão ventral), a distância aumenta 5 cm, ficando 
15 cm no mínimo entre os dois pontos. O teste positivo 
(aumento inferior a 5 cm) pode indicar limitação funcional com 
a ressalva que idosos e obesos a possuem naturalmente. Esse 
teste é pouco específico e avalia apenas a funcionalidade. 
❖ MANOBRAS ESPECIAIS NA AVALIAÇÃO DA COLUNA 
VERTEBRAL - SACRAL 
→ MANOBRA DE TREDELENBURG (glúteo médio): Com o paciente 
em pé, segurar a cintura dele e colocar os seus polegares na 
espinha ilíaca posterossuperior de cada ilíaco. A seguir, instruir 
o paciente a flexionar uma perna de cada vez. 
→ *TESTE DE THOMAS (contratura em flexão do quadril): 
Orientar o paciente em supino a aproximar cada joelho ao 
tórax, um de cada vez. palpar os músculos quadríceps na 
perna não flexionada. 
→ MANOBRA DE LEWIN‐GAENSLEN: Instruir o paciente a deitar 
sobre o lado não afetado e flexionar a perna. Segurar a coxa 
e estendê-la enquanto estabiliza a articulac ̧ão lombossacra. 
→ MANOBRA DE MENEL: A manobra de Menell consiste na 
realização da compressão da articulação sacroilíaca. 
→ *MANOBRA DE VOLKMAN: O teste de Volkman tem o 
objetivo de avaliar o comprometimento do anel pélvico. Para 
tanto, o paciente é colocado em decúbito dorsal e o 
HAM II Emilly Lorena Queiroz Amaral – Medicina/2º Período 
examinador irá apoiar as mãos sobre as espinhas ilíacas 
anteroinferiores forçando para baixo na tentativa de realizar 
um movimento de abertura da pelve. 
→ *MANOBRA DE PATRICK-FABERE: Com o paciente em supino, 
flexionar a perna e colocar o pé sobre a mesa. segurar o 
fêmur e pressioná‐lo no acetábulo. A seguir, cruzar a perna 
do paciente no joelho oposto. estabilizar a espinha ilíaca 
anterossuperior oposta e apertar o joelho do quadril que está 
sendo testado 
❖ AVALIAÇÃO DO PLEXO BRAQUIAL 
→ Avaliação de C5: 
▪ Força muscular: abdução do ombro. 
▪ Sensibilidade tátil: região lateral do braço e ombro. 
▪ Reflexo: bicipital. 
→ Avaliação de C6: 
▪ Força muscular: extensão do punho (flexão do 
cotovelo). 
▪ Sensibilidade tátil: 1º quirodáctilo. 
▪ Reflexo: estiloradial 
→ Avaliação de C7: 
▪ Força muscular: extensão do cotovelo. 
▪ Sensibilidade tátil: 3º quirodáctilo. 
▪ Reflexo: tricipital 
→ Avaliaçãode C8: 
▪ Força muscular: flexor profundo do 3º dedo (ou 
interósseos). 
▪ Sensibilidade tátil: 5º quirodáctilo. 
▪ Reflexo: não há. 
→ Avaliação de T1: 
▪ Força muscular: interósseos. 
▪ Sensibilidade tátil: região medial do cotovelo. 
▪ Reflexo: não há. 
❖ AVALIAÇÃO DO PLEXO LOMBOSSACRAL 
→ Avaliação de L4: 
▪ Força muscular: extensão do quadríceps. 
▪ Sensibilidade tátil: face medial da perna. 
▪ Reflexo: patelar. 
→ Avaliação de L5: 
▪ Força muscular: dorsiflexão do 1º artelho e do pé. 
▪ Sensibilidade tátil: face lateral da perna 
▪ Reflexo: não há. 
→ Avaliação de S1: 
▪ Força muscular: flexão plantar do 1º artelho e do 
pé. 
▪ Sensibilidade tátil: face lateral do pé. 
▪ Reflexo: aquileu. 
 
❖ SINAIS DE COMPRESSÃO RADICULAR 
→ *MANOBRA DE DÉJÉRINE: Com o paciente sentado, instruí-lo 
a tossir, espirrar e inclinar-se para a frente como se 
estivesse defecando (manobra de Valsalva). 
→ *SINAL DA CAMPAINHA: Sinal da campainha ocorre quando o 
paciente apresenta dor no trajeto do nervo ciático ao ter a 
região lombar comprimida. 
→ *SINAL DE LASÉGUE CLÁSSICO: O examinador executa 
progressiva e vagarosa elevação do membro inferior do 
paciente, em decúbito dorsal e pernas em extensão, apoiando 
uma das mãos sobre a coxa e a outra mão sustentando o 
calcanhar. Realiza-se primeiro o movimento na perna sem 
queixas. O teste é positivo quando a manobra reproduz a dor 
do paciente, irradiada para o território ciático, na elevação 
com angulação até 40º; para angulações maiores, o teste 
perde especificidade. É útil na pesquisa de neurite do nervo 
ciático nas lombociatalgias, o que é comum na hérnia de disco. 
→ SINAL DE BRAGARD: Com o paciente em supino, elevar a 
perna até o ponto de dor na perna. Baixar a perna em 5° e 
fazer a flexão dorsal do pé. 
→ SINAL DE ELEVAÇÃO DA PERNA ESTICADA CRUZADA - TESTE 
DE FAJERSZTAJN: Com o paciente em supino, levantar a 
perna não afetada até 75° ou até o ponto de dor na perna e 
fazer a dorsiflexão do pé. 
❖ SINAIS DE IRRITAÇÃO MENÍNGEA 
→ RIGIDEZ NUCAL: 
 
→ SINAL DE BRUDIZINSKI: (caiu na N1 2021/2) 
 
HAM II Emilly Lorena Queiroz Amaral – Medicina/2º Período 
→ *SINAL DE KERNIG: 
 
HAM II Emilly Lorena Queiroz Amaral – Medicina/2º Período 
Anamnese e exame físico do sistema locomotor – 
Membro superior 
➢ EXAME CLÍNICO DO OMBRO 
❖ ANAMNESE 
▪ AVALIAÇÃO DE AFECÇÕES DO OMBRO: 
• Idade. 
• Histórico de trauma. 
• Tipo de atividade profissional. 
• Prática de esportes. 
• Situação de pecúlio e afastamento de atividades. 
• Uso de medicamentos. 
• Patologias associadas. 
▪ AVALIAÇÃO DA DOR NO OMBRO: 
• Início (duração e forma de instalação). 
• Evolução. 
• Caracterização da dor. 
• Localização e irradiação. 
• Fatores desencadeantes, agravantes e atenuantes. 
Intensidade. 
• Presença de dor noturna. 
• Grau de interferência no trabalho, esportes e atividades 
diárias. 
❖ EXAME FÍSICO DO OMBRO 
▪ INSPEÇÃO ESTÁTICA: 
• Edema 
• Equimose 
• Deformidades características (Ex.: sinal da “dragona”, 
presente na luxação anterior, Sinal da “tecla”, típico de 
luxação acromioclavicular). 
• Deformidades das colunas cervical e torácica, com 
repercussão no formato, na posição, na simetria e na 
mobilidade da escápula. 
• Alterações do relevo muscular (atrofias musculares). 
• Posição da escápula e sua simetria. 
▪ PALPAÇÃO: 
• Digitopressão do ombro 
• Esternoclavicular 
• Acromioclavicular 
• Subacromial 
• Bicipital 
• Axilar 
▪ INSPEÇÃO DINÂMICA: movimentos: 
• Elevação 
• Abdução 
• Adução 
• Flexão 
• Extensão 
• Rotação externa 
• Rotação interna 
• Movimentos 
funcionais: 
✓ Mão-nádega oposta 
✓ Mão-costas 
✓ Mão-ombro oposto 
✓ Mão nuca 
✓ Mão-escápula 
▪ MANOBRAS ESPECIAIS MANGUITO ROTADOR* 
• ARCO DOLOROSO DE SIMONDS: Com o paciente em pé, 
o examinador o orienta a realizar um movimento ativo de 
abdução e rotação medial do ombro de forma lenta, até 
180º (dor entre 60º e 120º é considerado positivo). Em 
seguida, repete o movimento com o ombro em rotação 
lateral para verificar se a origem da dor é na articulação 
acromioclavicular. 
• MANOBRA DE YOCUM: O paciente coloca a mão sobre o 
ombro oposto e procura fletir o braço elevando 
ativamente o cotovelo, sem elevar o cíngulo escapular. 
• TESTE DE JOBE (SUPRAESPINHAL): Paciente coloca o MS 
em rotação interna, com o polegar voltado para o chão, 
posição que sensibiliza a tensão exercida no tendão do 
supraespinal. 
• TESTE DE NEER: Faz-se a rotação medial do braço 
estendido, seguida por elevação diretamente acima da 
cabeça com a palma da mão voltada em sentido lateral. 
• TESTE DE PATTE (INFRAESPINHAL E REDONDO MENOR): 
O MS é posicionado em elevação de 90°, com o cotovelo 
em 90° de flexão, e o paciente deve forçar a rotação 
externa contra a resistência oposta produzida pelo 
examinador. 
• TESTE DE GERBER: O paciente coloca o dorso da mão nas 
costas na máxima rotação interna e procura ativamente 
afastála das costas. A incapacidade de fazer tal manobra 
indica lesão do subescapular 
* O manguito rotador é composto de quatro músculos, sendo 
três palpáveis (supraespinhal, infraespinhal e redondo menor) 
e um não (subescapular). * 
 
 
 
 
HAM II Emilly Lorena Queiroz Amaral – Medicina/2º Período 
▪ MANOBRAS ESPECIAIS LUXAÇÃO 
• TESTE DA APREENSÃO ANTERIOR: Atrás do paciente 
sentado, abduzir o braço afetado até 90º e rodá-lo 
externamente de forma lenta, ao mesmo tempo em que 
estabiliza o aspecto posterior do ombro com a mão 
oposta 
• TESTE DA APREENSÃO POSTERIOR: Com o paciente em 
supino, flexionar anteriormente o ombro e rodá-lo 
internamente. Com a sua mão, aplicar pressão posterior 
no cotovelo. 
• TESTE DA GAVETA ANTERO-POSTERIOR: Colocando-se 
atrás do paciente, que está em pé ou sentado e com o 
braço ao lado do corpo, o examinador fixa, com uma das 
mãos, espalmada sobre o ombro, a escápula do paciente 
e, com a outra, segura firmemente a cabeça do úmero, 
procurando deslocar em sentido anteroposterior. O 
deslocamento menor do que 25% da cabeça do úmero 
em relação à cavidade glenoidal, se bilateral e sem queixa 
clínica de dor, pode ser considerado apenas 
hiperelasticidade articular, mas a presença de queixa 
clínica específica de dor associada a deslocamentos 
semelhantes ou maiores indica instabilidade ou frouxidão 
capsuloligamentar. 
• TESTE DO SULCO: O braço do paciente, que está 
posicionado ao lado do corpo, é puxado pelo examinador 
em sentido caudal. O aparecimento de sulco de 1 cm, ou 
mais, entre o acrômio e a cabeça do úmero, indica 
frouxidão capsuloligamentar. Frouxidão ligamentar não 
significa instabilidade; frouxidão é um sinal, e instabilidade, 
um sintoma. 
▪ MANOBRAS ESPECIAIS SÍNDROME DO IMPACTO*: 
• TESTE DO IMPACTO DE NEER (FLEXÃO ANTERIOR EM 
ROTAÇÃO INTERNA DO OMBRO): Membro superior (MS), 
em extensão e rotação neutra, é elevado passiva e 
rapidamente no plano da escápula, pelo examinador, que 
impede com uma das mãos a rotação da escápula. 
• TESTE DO IMPACTO DE HAWKINS (ROTAÇÃO INTERNA 
PASSIVA): O MS é colocado em 90° de elevação, em 
rotação neutra e com o cotovelo fletido em 90° e rodado 
internamente de forma intensa pelo examinador. 
• TESTE DO IMPACTO SUBCORACOIDE DE GERBER: São dois 
os testes descritos por Gerber e colaboradores que 
reproduzem o impacto entre a cabeça do úmero e o 
processo coracoide. No primeiro deles, o paciente é 
posicionado com abdução de 90° e é realizada a rotação 
interna, que será dolorosa se houver impacto. O segundo 
é executado com o paciente fazendo flexão anterior e 
rotação interna do braço, o que causa dor, indicandoa 
positividade do teste. 
*A síndrome do impacto é uma entidade diagnóstica que é a 
compressão do tendão do supraespinal e da bolsa subdeltóidea no 
espac ̧o subacromial. 
▪ MANOBRAS ESPECIAIS BÍCEPS: 
• TESTE DE SPEED: É realizado pela flexão ativa do MS, em 
extensão e em rotação externa, contra a resistência 
oposta produzida pelo examinador. O paciente acusa dor 
no nível do sulco intertubercular com ou sem impotência 
funcional associada. 
• TESTE DE YERGARSON: O paciente é posicionado com 
flexão do cotovelo em 90° e o antebraço em pronação. 
O examinador solicita que o paciente realize a supinação 
do antebraço contra sua resistência. A presença de dor 
no sulco bicipital indica patologia do bíceps. 
➢ EXAME CLÍNICO DO COTOVELO 
❖ ANAMNESE 
▪ AVALIAÇÃO DE AFECÇÕES DO COTOVELO: 
• Idade. 
• Histórico de trauma. 
• Tipo de atividade profissional. 
• Prática de esportes. 
• Situação de pecúlio e afastamento de atividades. 
• Uso de medicamentos. 
• Patologias associadas. 
• Presença de parestesias. 
• Sinais de alerta. 
▪ AVALIAÇÃO DA DOR NO COTOVELO: 
• Início (duração e forma de instalação). 
• Evolução. 
• Caracterização da dor. 
• Localização e irradiação. 
• Fatores desencadeantes, agravantes e atenuantes. 
• Intensidade. 
• Presença de dor noturna. 
• Grau de interferência no trabalho, esportes e atividades 
diárias. 
❖ EXAME FÍSICO DO COTOVELO 
▪ INSPEÇÃO ESTÁTICA: 
• Vestígios de lesão traumática: edema e equimose 
• Alterações do relevo muscular (atrofias musculares) 
• Posições e deformidades do cotovelo e da mão. 
• Desvio em valgo e varo. 
HAM II Emilly Lorena Queiroz Amaral – Medicina/2º Período 
▪ PALPAÇÃO: 
• Palpação do nervo ulnar 
• Palpação do epicôndilo medial 
• Palpação do ligamento colateral ulnar 
• Palpação do epicôndilo lateral e tendões extensores dos 
punhos 
• Palpação do epicôndilo lateral e tendões extensores dos 
punhos 
• Palpação do ligamento colateral radial e ligamento anular 
• Palpação do olécrano e bolsa 
• Palpação do olécrano e bolsa 
▪ MOVIMENTOS: 
 
▪ MANOBRAS ESPECIAIS: 
• TESTE DE COZEN (EPICÔNDILO LATERAL): Com o paciente 
sentado, estabilizar o antebrac ̧o do paciente. Orientá-lo 
a fechar a mão e a estendê-la . Após, forçar o punho 
estendido em flexão contra a resistência. 
• TESTE DE MILL (EPICÔNDILO LATERAL): Com o paciente 
sentado, orientá-lo a pronar o brac ̧o e a flexionar o 
punho. Após, instruí-lo a supinar o antebrac ̧o contra a 
resistência 
• TESTE DO COTOVELO DO GOLFISTA (FLEXÃO DO PUNHO 
CONTRA RESISTÊNCIA): O paciente, que deve estar 
sentado, deve estender o cotovelo e supinar a mão. 
Instruir o paciente a flexionar o punho contra a 
resistência. 
• AVALIAÇÃO DA ESTABILIDADE EM VARO (BRAÇO EM 
ROTAÇÃO INTERNA/FORÇA EM ADUÇÃO): Com o 
paciente sentado, estabilizar o brac ̧o medialmente e 
colocar pressão de aduc ̧ão sobre a parte lateral do 
antebrac ̧o do paciente. 
➢ EXAME CLÍNICO DO PUNHO E MÃO 
❖ ANAMNESE 
▪ AVALIAÇÃO DE AFECÇÕES DO PUNHO E MÃO: 
• Idade. 
• Histórico de trauma. 
• Tipo de atividade profissional. 
• Prática de esportes. 
• Situação de pecúlio e afastamento de atividades. 
• Uso de medicamentos. 
• Patologias associadas. 
• Presença de parestesias. 
• Sinais de alerta. 
• Diminuição de destreza manual. 
• Rigidez. 
▪ AVALIAÇÃO DA DOR NO PUNHO E MÃO: 
• Início (duração e forma de instalação). 
• Evolução. 
• Caracterização da dor. 
• Localização e irradiação. 
• Fatores desencadeantes, agravantes e atenuantes. 
Intensidade. 
• Presença de dor noturna. 
• Grau de interferência no trabalho, esportes e atividades 
diárias. 
❖ EXAME FÍSICO DO PUNHO E MÃO0 
▪ INSPEÇÃO ESTÁTICA: 
• Vestígios de lesão traumática: edema, equimose, 
deformidades e sinais flogísticos. 
• Alterações do relevo muscular (atrofias musculares)., 
▪ PALPAÇÃO: 
• Pontos anatômicos 
• Temperatura 
• Artérias 
▪ INSPEÇÃO DINÂMICA: MOVIMENTOS DO PUNHO: 
• Flexão palmar 
• Extensão dorsal ou dorsiflexão 
• Desvio radial ou medial ou adução 
• Desvio cubital ou lateral ou abdução 
 
▪ MOVIMENTOS DA METACARPOFALANGIANAS E 
INTERFALAGIANAS: 
• Metacarpofalangianas – flexão, extensão 
• Interfalangiana proximal – flexão Interfalangiana distal – 
flexão 
HAM II Emilly Lorena Queiroz Amaral – Medicina/2º Período 
• Metacarpofalangiana do polegar – flexão 
• Interfalangiana do polegar – flexão, extensão Abdução 
do polegar 
• Oposição do polegar 
 
▪ MANOBRAS ESPECIAIS: 
• MANOBRA DE FINKELSTEIN: 
 
• TESTE DOS FLEXORES SUPERFICIAIS DOS DEDOS: 
 
• TESTE DOS FLEXORES PROFUNDOS DOS DEDOS: 
 
• TESTE DOS EXTENSO0RES COMUNS DOS DEDOS: 
 
• TESTE DOS EXTENSORES PRÓPRIOS DOS DEDOS MÍNIMO E 
INDICADOR: 
 
• TESTE DOS EXTENSORES LONGO E CURTO DO POLEGAR: 
 
• TESTE DO ABDUTOR LONGO DO POLEGAR: 
 
• TESTE DO ADUTOR CURTO DO POLEGAR (TESTE DE 
FROMENT/PESQUISA DE PARALISIA DO NERVO ULNAR): 
 
• TESTE DO ABDUTOR LONGO DO DEDO MÍNIMO: 
 
• TESTE DO ABDUTOR CURTO DO POLEGAR: 
 
HAM II Emilly Lorena Queiroz Amaral – Medicina/2º Período 
▪ MANOBRAS ESPECIAIS: MÚSCULOS INTRÍSECOS DA MÃO 
• TESTE DO LUMBRICAIS: 
 
 
• INTERÓSSEOS PALMARES (ADUÇÃO DOS DEDOS): 
 
• INTERÓSSEOS DORSAIS (ABDUÇÃO DOS DEDOS): 
 
• OPONÊNCIA DO POLEGAR: 
 
▪ MANOBRAS ESPECIAIS: ARTÉRIAS 
• TESTE DE ALLEN: 
 
▪ MANOBRAS ESPECIAIS: SENSIBILIDADE 
• TESTE DA DISCRIMINAÇÃO ENTRE DOIS PONTOS: 
 
➢ AVALIAÇÃO NEUROLÓGICA 
❖ NERVO ULNAR 
▪ PALPAÇÃO: Buscar espessamento 
▪ MOTRICIDADE: 
• Flexor ulnar do carpo 
• Flexor superficial dos dedos anelar e mínimo 
• Músculos intrínsecos da mão. 
✓ Pedir ao paciente para realizar uma abdução ativa 
do 5º dedo contra-resistência 
✓ Teste de Froment 
▪ SENSIBILIDADE: Dorso ulnar da mão, dedo mínimo e borda 
ulnar do dedo anelar. 
▪ Teste de flexão máxima do cotovelo (60º) 
▪ Teste de Tinel do Nervo ulnar. 
❖ NERVO MEDIANO 
▪ Avaliação da síndrome do pronador - flexão do cotovelo 
contra resistência e pronação contra resistência. 
▪ Flexão do 3º dedo. 
▪ Solicitar ao paciente para fazer um "O" com polegar e 
indicador - avaliar parestesias no dedo médio ou dor nos três 
dedos radiais sugerindo compressão ao nível da origem dos 
flexores superficiais. 
▪ Teste de Phalen 
▪ Teste de Tinel 
▪ Teste de Durkan 
❖ NERVO RADIAL 
▪ A dor é exacerbada pela pronação passiva associada a 
flexão do punho ou pela supinação ativa e extensão do punho 
contra resistência. 
▪ Extensão do punho e dos dedos 
▪ Teste da mão caída 
▪ Teste do dedo médio 
▪ SENSIBILIDADE: 
• Zonas autônomas do nervo radial (tabaqueira anatômica) 
• Mediano (polpa digital do 2º dedo da mão) 
• Ulnar (polpa digital do 5º dedo da mão)

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