Buscar

Material de Filosofia

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 17 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 17 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 17 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

FILOSOFIA/SOCIOLOGIA – PB VEST 2014
PROF. DINHO ZAMBIA (Wanderson Alberto da Silva / Mat.: 173397-4)
UNIDADE 1 A FILOSOFIA
Capítulo 1 Por que estudar Filosofia?
Ao contrário do que se pensa os temas trabalhados pela filosofia não
são cabeludos, coisa de adulto. Eles fazem parte do universo humano,
independente da idade. Mas há um desafio: tornar os textos escritos
pelos filósofos, muitas vezes complexos, em algo que os jovens
entendam e achem legal. Para isso, os professores podem utilizar livros
didáticos, filmes, música, obras artísticas etc. Mas o mais importante é
que o aluno entenda que algo tão próximo a ele como a liberdade e o
livre-arbítrio, por exemplo, são problemas enfrentados pelos filósofos ao
longo dos séculos e que eles têm algo a nos dizer sobre isso. Os
professores têm o desafio de fazer com que as teses filosóficas façam
sentido e tenham relevância para os adolescentes. E isso depende da
boa didática do professor. "É necessário abordar os conceitos com base
nas experiências do jovem", diz Darcísio Muraro, professor da
Universidade Estadual de Londrina (UEL) e coordenador do Instituto de
Filosofia da Philosletera.
Toda criança é naturalmente filosófica. É curiosa, questionadora. Mas
o dia-a-dia, em meio à escola e à vida dos adultos, reprime esse instinto.
A criança cresce sem saber o quanto é importante questionar por que as
coisas são assim e não assado. O contato com a filosofia no Ensino
Médio é capaz de resgatar essa capacidade que vem da infância.
Além dos textos, é indicado o uso de filmes, música, poesia e outros
recursos para serem trabalhados com o texto filosófico. O aluno também
deve ter a oportunidade de repensar suas ideias iniciais. "O professor
precisa reservar um momento para que os alunos coloquem suas novas
ideias, seja por texto, teatro, desenho", conta Darcísio Muraro.
As aulas de filosofia servem como estímulo para o raciocínio e para o
aprendizado de muitas outras disciplinas. Além disso, o aluno consegue
perceber que não há resposta certa para muitos assuntos, como ética e
moral. Diversos conceitos que foram trabalhados ao longo da história
para explicar questões problemáticas, muitas vezes apresentam apenas
soluções provisórias.
Responda o seguinte questionamento:
Por que a Filosofia apresenta soluções apenas provisórias para as
problemáticas sociais?
__________________________________________________________
__________________________________________________________
__________________________________________________________
__________________________________________________________
____
Capítulo 2 O que é Filosofia?
Marilena Chauí, em “Iniciação à Filosofia” explica que podemos dizer
que a filosofia surge quando os seres humanos começam exigir provas e
justificativas racionais que validem ou invalidem as crenças cotidianas.
Por que racionais? Por três motivos:
1. Porque racional significa argumentado, debatido e compreendido;
2. Porque racional significa que, ao argumentar e debater, queremos
conhecer as condições e os pressupostos de nossos pensamentos e os
dos outros;
3. Porque racional significa respeitar certas regras de coerência do
pensamento para que um argumento ou um debate tenham sentido,
chegando a conclusões que podem ser compreendidas, discutidas,
aceitas e respeitadas por outros.
A primeira característica da atitude filosófica é negativa, isto é, um
dizer não aos "pré-conceitos", aos "pre-juízos", aos fatos e as ideias da
experiência cotidiana, ao que "todo mundo diz e pensa", ao estabelecido.
Numa palavra, e colocar entre parênteses nossas crenças para poder
interrogar quais são suas causas e qual e seu sentido.
A segunda característica da atitude filosófica é positiva, isto é, uma
interrogação sobre o que são as coisas, as ideias, os fatos, as situações,
os comportamentos, os valores, nós mesmos. É também urna
interrogação sobre “ porque e como disso tudo e de nós próprios."O que
e?", "Por que é?", "Corno é?". Essas são as indagações fundamentais da
atitude filosófica.
A face negativa e a face positiva da atitude filosófica constituem o
que chamamos de atitude crítica. Por que "crítica"? Em geral, julgamos
que a palavra crítica significa" ser do contra", dizer que tudo vai mal, que
tudo está errado, que tudo é feio ou desagradável. Crítica lembra mau
humor, coisa de gente chata ou pretensiosa que acha que sabe mais que
os outros. Mas não é isso que essa palavra quer dizer. 
2.1. Crítica - Palavra proveniente do grego; possui três sentidos
principais:
1) "capacidade para julgar, discernir e decidir corretamente";
2) "exame racional de todas as coisas sem preconceito e sem
prejulgamento";
3) "atividade de examinar e avaliar detalhadamente uma idéia, um valor,
um costume, um comportamento, uma obra artística ou científica" .
A filosofia começa dizendo não às crenças e aos preconceitos do dia
a dia para que possam ser avaliados racional e criticamente. Por isso diz
que não sabemos o que imaginávamos saber ou, como dizia Sócrates,
começamos a buscar o conhecimento quando somos capazes de dizer:
"Só sei que nada sei".
Para Platão, o discípulo de Sócrates, a filosofia começa com a
admiração ou, como escreve seu discípulo Aristóteles, a filosofia começa
com o espanto. Admiração e espanto significam que reconhecemos
nossa ignorância e exatamente por isso podemos superá-la.
Responda o seguinte questionamento:
As pessoas costumas dizer que a critica é negativa ou positiva.
Tomando-se como referência o texto acima, porque os filósofos vêem na
critica algo sempre positivo?
__________________________________________________________
__________________________________________________________
__________________________________________________________
__________________________________________________________
____
2.2. Definição de Filosofia
A filosofia surge enquanto ciência na Grécia Antiga, como uma
atividade especial do homem sábio, o amigo do saber (filo + sophia =
amor à sabedoria). Desde então inúmeras foram as tentativas de definir
exatamente o que procura e o que faz um filósofo. Todos reconhecem a
sua importância e a imensa utilidade, são porém imprecisos e divergem
em relação a determinar qual a sua verdadeira ciência. Aristóteles,
discípulo de Platão e fundador do Liceu, uma escola voltada para o saber
e a ciência que ele instalou em Atenas no século IV a.C., fez uma das
mais claras exposições sobre as qualidades da filosofia.
A principal característica que Aristóteles vê num filósofo é que ele
não é um especialista. O sophós, o sábio, é um conhecedor de todas as
coisas sem possuir uma ciência específica. O seu olhar derrama-se pelo
mundo, sua curiosidade insaciável o faz investigar tanto os mistérios do
cosmo e da physis, a natureza, como as que dizem respeito ao homem e
à sociedade. No fundo, o filósofo é um desvelador, alguém que afasta o
véu daquilo que está a encobrir os nossos olhos e procura mostrar os
objetos na sua forma e posição original, agindo como alguém que
encontra uma estátua jogada no fundo do mar coberta de musgo e algas,
e gradativamente, afastando-as uma a uma, vem a revelar-nos a sua bela
forma e esplendor (a verdade entre os gregos está associada ao belo).
Sendo o filósofo um “amante do conhecimento” isso significa que ele
não é dono do saber, nem uma espécie de guru ou sábio dogmático. O
filósofo é apenas um amigo e amante da verdade que está fora de seu
domínio, seu papel é buscar a sabedoria, relacionar-se com ela e dividi-la
com os outros.
Na época de Sócrates existia uma classe de sábios chamados
sofistas. Eram célebres pensadores que discursavam seus
conhecimentos para o público interessado em participar ativamente na
política do estado.Agiam com se fossem donos do saber e não
endossavam o pensamento crítico. Platão os descreve como
aproveitadores e mestres didáticos, mais preocupados com o ganho, com
a comercialização do conhecimento, do que com a busca pela verdade.
A filosofia contrapõe-se a sofística, pois os sábios sofistas buscavam
justificar verbalmente suas teorias usando de artifícios retóricos, e não
tinham nenhum compromisso com a verdade. O filósofo, como amante do
saber, não dispõe necessariamente deste saber, e o que ele pode fazer
de fato é levar outros a buscar junto com ele, o conhecimento.
Sócrates compara o trabalho do filósofo ao de uma parteira que
“ajuda” a mulher a dar a luz um filho ou filha, da mesma forma o filósofo
“ajuda”, “auxilia” no parto das idéias, para que elas brotem para fora de
seu discípulo. Este conceito foi aplicado mais tarde ao termo educação,
quando se passou a usar a palavra “educere” que significa “conduzir para
fora”, associada ao termo original “educare” que significa “nutrir”.
Responda o seguinte questionamento:
Como podemos relacionar o ato de educar com a Filosofia?
__________________________________________________________
__________________________________________________________
__________________________________________________________
__________________________________________________________
__________________________________________________________
__________________________________________________________
______
Capítulo 3 Principais Filósofos na História
Sabemos que nas provas do ENEM a Filosofia tem sido disciplina
constante e cada vez mais aprofundada, principalmente porque as
questões priorizam os conceitos e trabalhos desenvolvidos pelos
principais filósofos no decorrer da história da humanidade. Sendo assim,
vamos também focar nas preferências dos últimos anos do ENEM.
3.1. Pré-História 
A chmada Pré-história se inicia com o surgimento do Homem na
Terra e dura até cerca de 4.000 a.C., quando é inventada a escrita no
Crescente Fértil, mais precisamente na Mesopotâmia. Caracteriza-se
pelo nomadismo, e pelas atividades de caça e de coleta. Nessa época
temos o surgimento da agricultura e da pecuária, o que após alguns anos
levou os homens pré-históricos ao sendentarismo e a criação das
primeiras cidades. Nesse período foram feitas grandes descobertas sem
as quais hoje seria muito difícil viver. No paleolítico tivemos a descoberta
do fogo e, mais tarde na Idade dos Metais ou Metalurgia, a de que os
metais poderiam ser fundidos e até misturados uns aos outros.
Responda o seguinte questionamento:
Nesse período da História, mesmo ainda não havendo a ciência Filosofia,
propriamente dita, como podemos afirmar que já existia a Vontade
Filosófica?
__________________________________________________________
__________________________________________________________
__________________________________________________________
__________________________________________________________
____
3.2. Idade Antiga
A filosofia grega, que é a própria filosofia em si, entendida como
aspiração ao conhecimento racional, lógico e sistemático da realidade
natural e humana, da origem e causas do mundo e de suas
transformações, da origem e causas das ações humanas e do próprio
pensamento, é um fato tipicamente grego.
Evidentemente, isso não quer dizer, de modo algum que outros
povos, tão antigos quanto os gregos, como os chineses, o hindus, os
japoneses, os árabes, os persas, os hebreus, os africanos ou os índios
da América, não possuam sabedoria, pois possuíam e possuem. Não
quer dizer que todos esses povos não tivessem desenvolvido o pensar e
as formas de conhecimento da Natureza e dos seres humanos, pois
desenvolveram e desenvolvem. E isso tudo sem ao menos mencionar a
sabedoria dos antigos egípcios.
Os chineses desenvolveram um pensamento muito profundo sobre a
existência de coisas, seres e ações contrárias ou opostos, que formam a
realidade. Deram às oposições o nome de dois princípios: Yin e Yang.
Yin é o principio feminino passivo na Natureza, representado pela
escuridão, o frio e a umidade; Yang é o principio masculino ativo na
Natureza, representado pela luz, o calor e o seco. Os dois princípios se
combinam e formam todas as coisas, por isso, são feitas de contrários ou
de oposições. O mundo, portanto, é feito da atividade masculina e da
passividade feminina.
Responda o seguinte questionamento:
Por que, mesmo sabendo que haviam povos contemporâneos, ou até
anteriores aos gregos, atribui-se à Filosofia, uma criação da Grécia
Antiga?
__________________________________________________________
__________________________________________________________
__________________________________________________________
___
FILOSOFIA GREGA
A filosofia é um modo de pensar e exprimir os pensamentos que
surgiu especificamente com os gregos e que, por razões históricas e
políticas, tornou-se, depois, o modo de pensar e de se exprimir
predominante da chamada cultura européia ocidental, da qual, em
decorrência da colonização portuguesa do Brasil, nós também
participamos.
Através da filosofia, os gregos instituíram para o Ocidente europeu as
bases e os princípios fundamentais do que chamamos de razão,
racionalidade, ciência, ética, política, técnica, arte. Alias, basta
observarmos que palavras como lógica, técnica, ética, política,
monarquia, anarquia, democracia, física, zoológico, farmácia, entre
muitas outras, são palavras gregas, para percebemos a influencia
decisiva e predominante da filosofia grega sobre a formação do
pensamento e das instituições das sociedades européias ocidentais.
Por causa da colonização européia das Américas, nós também
fazemos parte – ainda que de modo inferiorizado e colonizado – do
Ocidente europeu e assim também somos herdeiros do legado que a
filosofia grega deixou para pensamento ocidental europeu.
Responda o seguinte questionamento:
Qual o legado da filosofia grega para a nossa sociedade atual?
__________________________________________________________
__________________________________________________________
__________________________________________________________
__________________________________________________________
__________________________________________________________
__________________________________________________________
______
Em suma, a filosofia grega surge quando se descobriu que a verdade
do mundo e dos humanos não era algo secreto e misterioso, que
precisasse ser revelado por divindades a alguns escolhidos, mas que, ao
contrario, podia ser conhecida por todos, através da razão, que é a
mesma em todos; quando se descobriu que tal conhecimento depende
do uso correto da razão ou do pensamento e que, alem de a verdade
poder ser conhecida por todos, podia, pelo mesmo motivo, ser ensinada
ou transmitida.
Responda o seguinte questionamento:
Que relação podemos fazer entre Mito e Filosofia?
__________________________________________________________
__________________________________________________________
__________________________________________________________
__________________________________________________________
__________________________________________________________
_____
Filosofia Pré-Socrática (séc. VII-V a.C.)
Período Naturalista pré-socrático, em que o interesse filosófico é
voltado para o mundo da natureza. Surge e floresce fora da Grécia
propriamente dita, nas prósperas colônias gregas da Ásia Menor, do
Egeu (Jônia) e da Itália meridional, da Sicília, favorecido sem dúvida na
sua obra crítica e especulativa pelas liberdades democráticase pelo
bem-estar econômico. Os filósofos deste período preocuparam-se quase
exclusivamente com os problemas cosmológicos. Estudar o mundo
exterior nos elementos que o constituem, na sua origem e nas contínuas
mudanças a que está sujeito, é a grande questão que dá a este período
seu caráter de unidade. 
TALES DE MILETO (624-548 a.C.) – “ÁGUA”
De origem fenícia, é considerado o fundador da escola jônica. É o
mais antigo filósofo grego. Tales não deixou nada escrito, mas sabemos
que ele ensinava ser a água a substância única de todas as coisas. A
terra era concebida como um disco boiando sobre a água, no oceano.
Cultivou também as matemáticas e a astronomia, predizendo, pela
primeira vez, entre os gregos, os eclipses do sol e da lua. No plano da
astronomia, fez estudos sobre solstícios a fim de elaborar um calendário,
e examinou o movimento dos astros para orientar a navegação.
Provavelmente nada escreveu. Por isso, do seu pensamento só restam
interpretações formuladas por outros filósofos que lhe atribuíram uma
idéia básica: a de que tudo se origina da água. Segundo Tales, a água,
ao se resfriar, torna-se densa e dá origem à terra; ao se aquecer
transforma-se em vapor e ar, que retornam como chuva quando
novamente esfriados. Desse ciclo de seu movimento (vapor, chuva, rio,
mar, terra) nascem as diversas formas de vida, vegetal e animal. A
cosmologia de Tales pode ser resumida nas seguintes proposições: A
terra flutua sobre a água; A água é a causa material de todas as coisas.
Todas as coisas estão cheias de deuses. O imã possui vida, pois atrai o
ferro. 
ANAXIMANDRO DE MILETO (611-547 a.C.) “Ápeiron”
Geógrafo, matemático, astrônomo e político, discípulo e sucessor de
Tales e autor de um tratado Da Natureza, põe como princípio universal
uma substância indefinida, o ápeiron (ilimitado), isto é, quantitativamente
infinita e qualitativamente indeterminada. Deste apeíron (ilimitado)
primitivo, dotado de vida e imortalidade, por um processo de separação
ou "segregação" derivam os diferentes corpos. Supõe também a geração
espontânea dos seres vivos e a transformação dos peixes em homens.
Anaximandro imagina a terra como um disco suspenso no ar. Eterno,
o ápeiron está em constante movimento, e disto resulta uma série de
pares opostos - água e fogo, frio e calor, etc. - que constituem o mundo.
O ápeiron é assim algo abstrato, que não se fixa diretamente em nenhum
elemento palpável da natureza. Com essa concepção, Anaximandro
prossegue na mesma via de Tales, porém dando um passo a mais na
direção da independência do "princípio" em relação às coisas
particulares.
Para ele, o princípio da "physis" (natureza) é o ápeiron (ilimitado).
Atribui-se a Anaximandro a confecção de um mapa do mundo habitado, a
introdução na Grécia do uso do gnômon (relógio de sol) e a medição das
distâncias entre as estrelas e o cálculo de sua magnitude (é o iniciador da
astronomia grega). Ampliando a visão de Tales, foi o primeiro a formular
o conceito de uma lei universal presidindo o processo cósmico total. Diz-
se também, que preveniu o povo de Esparta de um terremoto.
Anaximandro julga que o elemento primordial seria o indeterminado
(ápeiron), infinito e em movimento perpétuo.
ANAXÍMENES DE MILETO (588-522 a.C.) “Ar”
Segundo Anaxímenes, a arkhé (comando) que comanda o mundo é o
ar, um elemento não tão abstrato como o ápeiron, nem palpável demais
como a água. Tudo provém do ar, através de seus movimentos: o ar é
respiração e é vida; o fogo é o ar rarefeito; a água, a terra, a pedra são
formas cada vez mais condensadas do ar. As diversas coisas que
existem, mesmo apresentando qualidades diferentes entre si, reduzem-
se a variações quantitativas (mais raro, mais denso) desse único
elemento. Dedicou-se especialmente à meteorologia. Foi o primeiro a
afirmar que a Lua recebe sua luz do Sol.
HERÁCLITO DE ÉFESO
Heráclito nasceu em Éfeso, cidade da Jônia, de família que ainda
conservava prerrogativas reais (descendentes do fundador da cidade).
Seu caráter altivo, misantrópico e melancólico ficou proverbial em toda a
Antigüidade. Desprezava a plebe. Recusou-se sempre a intervir na
política. Manifestou desprezo pelos antigos poetas, contra os filósofos de
seu tempo e até contra a religião. Sem ter sido mestre, Heráclito
escreveu um livro Sobre a Natureza, em prosa, no dialeto jônico, mas de
forma tão concisa que recebeu o cognome de Skoteinós, o Obscuro.
Floresceu em 504-500 a.C. - Heráclito é por muitos considerados o mais
eminente pensador pré-socrático, por formular com vigor o problema da
unidade permanente do ser diante da pluralidade e mutabilidade das
coisas particulares e transitórias. Estabeleceu a existência de uma lei
universal e fixa (o Lógos), regedora de todos os acontecimentos
particulares e fundamento da harmonia universal, harmonia feita de
tensões, "como a do arco e da lira".
PITÁGORAS DE SAMOS
Segundo o pitagorismo, o princípio essencial de que são compostas
todas as coisas, é o número, ou seja, as relações matemáticas. Os
pitagóricos, não distinguindo ainda bem forma, lei e matéria, substância
das coisas, consideraram o número como sendo a união de um e outro
elemento. Da racional concepção de que tudo é regulado segundo
relações numéricas, passa-se à visão fantástica de que o número seja a
essência das coisas.
Não consideramos apenas lenda o que se escreveu sobre essa vida
maravilhosa, porque há, nessas descrições, sem dúvida, muito de
histórico do que é fruto da imaginação e da cooperação ficcional dos que
se dedicaram a descrever a vida do famoso filósofo de Samos.
ZENÃO DE ELEIA
Zenão floresceu cerca de 464/461 a.C. Nasceu em Eléia (Itália). Ao
contrário de Heráclito, interveio na política, dando leis à sua pátria. Tendo
conspirado contra a tirania, sendo preso, torturado e, por não revelar o
nome dos comparsas, perdeu a vida. Escreveu várias obras em prosa:
Discussões, Contra os Físicos, Sobre a Natureza, Explicação Crítica de
Empédocles. - Considerado criador da dialética (entendida como
argumentação combativa ou erística), Zenão erigiu-se em defensor de
seu mestre, Parmênides, contra as críticas dos adversários,
principalmente os pitagóricos. Defendeu o ser uno, contínuo e indivisível
de Parmênides contra o ser múltiplo, descontínuo e divisível dos
pitagóricos.
A característica de Zenão é a dialética. Ele é o mestre da Escola
Eleática; nela seu puro pensamento torna-se o movimento do conceito
em si mesmo, a alma pura da ciência - é o iniciador da dialética.
DEMÓCRITO DE ABDERA
O ponto de partida de Demócrito é acreditar na realidade do
movimento porque o pensamento é um movimento. Esse é seu ponto de
ataque: o movimento existe porque eu penso e o pensamento tem
realidade. Mas se há movimento deve haver um espaço vazio, o que
equivale a dizer que o não-ser é tão real quanto o ser. Se o espaço é
absolutamente pleno, não pode haver movimento.
São características de seu pensamento:
- Gosto pela ciência. Viagens;
- Clareza. Aversão ao bizarro;
- Simplicidade do método;
- Arrojo poético (poesia do atomismo);
- Sentimento de um progresso poderoso;
- Fé absoluta em seu sistema;
- O Mal excluído de seu sistema;
- Paz de espírito, resultado do estudo cientifico. Pitágoras;
- Inquietações míticas: racionalismo;
- Inquietações morais: ascetismo;
- Inquietações políticas: quietismo;
- Inquietações conjugais: adoção de filhos.
Responda o seguinte questionamento:
Relacione os principais filósofos pré-socráticos com os elementos da
natureza
__________________________________________________________
__________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________
_____
A Filosofia Socrática
SÓCRATES
Mostrou ao mundo o caminho para as estrelas. Tinha a profissão de
escultor, mas raramente nela trabalhou. Preferia moldar idéias abstratas,
em vez de afeiçoar estátuas concretas. Sua maior ambição era ser não
somente um mestre, mas um benfeitor da humanidade. Seu coração era
tão grande quanto seu pensamento. Desejava ver a justiça social
estabelecida em todo o mundo. Tratava dos negócios alheios e esquecia
os seus.
Para os jovens atenienses, Sócrates era um deus. Convidavam-no a
ir a suas casas e o escutavam cheios de admiração, quando ele
desenvolvia suas extraordinárias idéias. Afim de transmitir o saber,
jamais respondia a perguntas. Pelo contrário, fazia perguntas. Afirmava
com insistência que nada sabia. "Sou o homem mais sábio de Atenas,
dizia, porque só eu sei que nada sei." Por isso tentava aprender de todos
e no processo de aprender, ensinava a seus mestres.
A essência de todo o seu ensinamento pode ser condensada nestas
palavras: Conhece-te a ti mesmo. O saber, de acordo com Sócrates, é
uma virtude. Se os homens cometem crimes é que são ignorantes. Não
conhecem outra coisa melhor. Sócrates acreditava que o melhor remédio
para o crime era a educação. Por isso deu como objetivo à sua vida
ensinar aos outros.
Os políticos de Atenas não gostavam de seu método de fazê-los
parar na rua para dirigir-lhes perguntas embaraçantes. E então se
reuniram e resolveram livrar-se de Sócrates. Um dia, quando chegava ele
ao mercado, para seu cotidiano debate filosófico, encontrou o seguinte
aviso, colocado na tribuna pública: "Sócrates é criminoso. É ateu e
corruptor da mocidade, A pena de seu crime é a morte." Os juízes
consideraram-no culpado. Quando lhe perguntaram qual deveria ser a
sua punição, ele sorriu sarcasticamente e disse: "Pelo que fiz por vós e
pela vossa cidade, mereço ser sustentado até o fim de minha vida a
expensas públicas." Mas os juízes não podiam concordar com
semelhante coisa. Condenaram-no à morte. Despediu-se deles com as
mesmas imortais palavras, com que se dirigira aos juízes que o haviam
julgado:
"E agora chegamos à encruzilhada dos caminhos. Vós, meus amigos,
ides para vossas vidas; eu, para a minha morte. Qual seja o melhor
desses caminhos, só Deus sabe".
PLATÃO
O estupendo prestidigitador de idéias
Sua filosofia baseava-se na vaidade das coisas e na importância das
idéias. As coisas desaparecem, as idéias ficam. As coisas desfazem-se
em pó; as idéias permanecem. As coisas, em suma, são mortais, as
idéias são eternas. "O mundo em que vivemos, dizia ele, não é senão
uma prisão, escura cela em que nada mais podemos ver e ouvir senão
fracos esboços de belas imagens. É como se estivéssemos acorrentados
numa caverna, onde podemos ver as coisas apenas parcialmente, e,
como que através dum baço espelho, os esplendores dos céus que se
desdobram lá por fora, por cima da entrada da caverna. Os objetos que
vemos nesse espelho embaciado (o espelho de nossos sentidos
terrenos) são simples sombras da realidade. O mundo perfeito, o mundo
real, existe como uma Idéia Divina no céu, e o mundo em que vivemos é
apenas uma imagem imperfeita dessa Idéia Divina."
Sua República é a primeira Utopia da história. Lancemos um olhar a
essa imaginária terra desejada pelos corações. As crianças dessa
República ideal estão sob especial cuidado do estado. Até a idade dos
vinte anos, recebem todas a mesma educação. Essa educação
consistirá, em larga escala, de ginástica e música, ginástica, para
desenvolver a simetria do corpo e música, para desenvolver a harmonia
da alma.
Para Platão, o estado ideal, insiste Platão, deve ser governado por
filósofos. "A menos que os filósofos se tornem governantes, ou os
governantes estudem filosofia, não terão fim os dissabores humanos." A
finalidade desses governantes-filósofos é estabelecer a justiça universal
entre os homens.
Na cidade perfeita de Platão não existem poetas “Porque os poetas
enchem nossas cabeças de histórias imaginárias e isso nos incapacita
para a vida prática.” Lucro e honestidade não “Um comerciante, portanto,
é um homem digno de desprezo. Um criminoso, por outro lado, é um
homem digno de piedade. Se um homem comete um crime, é porque é
ignorante ou louco. Se é ignorante, deveis tentar ensiná-lo; se é louco,
deveis tentar curá-lo. Em nenhuma condição, deveis puni-lo com espírito
de vingança.”
A doença física, como a doença mental, são devidas à ignorância.
Curai os doentes e educai-os para ser sãos. Os que não podem ser
curados, devem ser misericordiosamente condenados à morte. O crime e
a doença devem, pois, ser eliminados por meio duma sábia educação.
Advogou, entre outras coisas, o amor livre, a restrição da natalidade,
a igualdade dos sexos, a abolição da propriedade privada, a proibição do
álcool e o casamento eugênico. Acima de tudo, porém, pregou a doutrina
da justiça social e da universal fraternidade humana.
ARISTÓTELES
O mais versátil filósofo da história
Reunia ele na sua cabeça a sapiência de centenas de homens. Era
aprendiz de todos os negócios e profissões e entendido em tudo. Podia
falar e escrever, com igual autoridade, de assuntos tão diversos, como
política, drama, poesia, física, medicina, psicologia, história, lógica,
astronomia, ética, história natural, matemáticas, retórica e biologia. Foi
talvez o mais harmonioso e o mais lógico pensamento, que jamais
existiu. Diferente da maioria dos filósofos, Aristóteles foi um homem do
mundo. Não somente gostava de pensar sobre a vida, mas gostava de
vivê-la.
Quando Platão morreu, Aristóteles abriu escola própria. Sua
reputação como professor cresceu tão prontamente que o rei Filipe da
Macedônia chamou-o a palácio, para se tornar o tutor de Alexandre. Este
jovem filho do velho guerreiro macedônio foi o mais indomável aluno da
história. Aristóteles foi relativamente bem tratado pelo real maroto. Foi
apenas jogado de escadas abaixo umas poucas vezes. Alguns dos
outros professores de Alexandre, que ousaram admoestá-lo, quando se
encontrava embriagado, foram mortos imediatamente.
A sabedoria de Aristóteles chegou até nós numa série de livros
notáveis. Mas estes representam um simples balde d’água tirado do
oceano de seu gênio. Foi o pai da Lógica: ensinou a todos quantos
vieram depois dele a pensar com clareza. Foi o fundador da Biologia;
ensinou ao mundo como observar corretamente. Foi o organizador da
Psicologia: mostrou à humanidade como estudar a alma cientificamente.
Foi o mestre da Moral: demonstrou como é possível amar e odiar
racionalmente. Foi professor de Política: ensinou os governantes a
governar com justiça. E deu origem à Retórica.
O fim desse grande homem foi trágico. Quando Alexandre morreu,
irrompeu em Atenas uma grande explosão de ódios, não somente contra
o conquistador macedônio, mas contra todos os seus admiradores e
amigos. Ora, um dos mais íntimos amigos de Alexandre era Aristóteles.
Estava prestes a ser preso, quando conseguiu escapar em tempo.
Deixou Atenas, dizendo que não daria à cidade oportunidade de cometer
segundo crime contra a filosofia.
Pouco tempo depois do exílio que se impusera, adoeceu. Desiludido
com a ingratidão dos atenienses, decidiu pôr fim à vida bebendo, como
Sócrates, uma taça de cicuta. E assim, depois de tudo, foi Atenas
culpada dum segundo crime contra a filosofia.
EPICURO
O profeta do prazer
É uma das ironias da sorte que o homem, que deu origem à filosofia
epicurista do prazer desenfreado, não tivesse sido ele próprioum
epicurista. A palavra epicurista hoje indica a excessiva indulgência no
comer e no beber. É sinônima de intemperança. Contudo Epicuro, o
fundador dessa escola filosófica, foi um dos homens mais temperantes
do mundo. Longe de comer em excesso, contentava-se com uma simples
refeição de bolo de cevada e água. Como aconteceu então que Epicuro
aparece na história como o filósofo do prazer? A resposta é que há duas
espécies de prazer: os prazeres do estômago e os mais tranquilos
prazeres do pensamento. Epicuro advogou essa segunda espécie de
prazer.
Epicuro era na realidade um pessimista. Mas um pessimista
sorridente. A vida, dizia ele, é quando muito uma tragédia. Não somos
os filhos de Deus, asseverava ele, mas os enteados da Natureza.
Nascemos, vivemos e morremos por acaso. E depois da morte não há
outra vida. Epicuro não acreditava na imortalidade. Mantinha contudo que
era um dever do homem tornar a sua vida presente a melhor possível. E
a melhor espécie de vida, dizia ele, era uma vida de prazer — não de
prazer turbulento, mas de prazer refinado. Cultivai a felicidade da vida
simples. Aprendei a gozar do pouco que tendes, e evitai os excitamentos
de ambicionar mais. Sede contentes. Cultivai um tranquilo senso do
humor. Adiantai-vos, por assim dizer, pelas linhas laterais do
desordenado jogo da vida. Aprendei a sorrir diante das loucas ambições
de vossos amigos. Mas aprendei também a auxiliá-los nas suas
necessidades. Desenvolvei o talento de adquirir amigos. Não podeis ser
mais felizes do que quando partilhais vossa felicidade com vossos
amigos. De todos os prazeres do mundo, o maior e o mais duradouro é a
amizade.
E assim a filosofia de Epicuro baseia-se no prazer, da amizade. O
próprio Epicuro tinha o talento da amizade. Sua maior felicidade era
comer na presença de seus amigos. "E’ mais importante, dizia ele, saber
com quem comeis, do que o que comeis."
Epicuro foi dessa forma o profeta do prazer e o apóstolo da amizade.
E, além disso, tem outro motivo de ser lembrado. Foi o primeiro homem
da história, pelo que sabemos, a sugerir a teoria darwiniana. Escreveu
um esboço, extraordinariamente moderno, da evolução, 2.300 anos antes
de Darwin.
Responda o seguinte questionamento:
Como podemos resumir a essência dos principais filósofos socráticos?
__________________________________________________________
__________________________________________________________
__________________________________________________________
__________________________________________________________
__________________________________________________________
_____
FILOSOFIA ROMANA
CÍCERO: Ensinamentos sobre a origem da amizade e as qualidades
e condições dos amigos. As virtudes e a amizade. As obrigações
respectivas dos amigos. Sobre viver a verdadeira amizade nos dias de
hoje.
“O prazer dos banquetes não está na abundância dos pratos e, sim, na
reunião dos amigos e na conversação.”
PLOTINO: Um dos grandes filósofos da antiguidade, deixou um
legado místico e de riqueza para o desenvolvimento de nossa vida
interior. Abordando diversos temas sobre as qualidades humanas, Plotino
tem deixado muitos ensinamentos pertinentes à nossa forma de ver o
mundo em sua essência.
“A beleza e o bem devem ser buscados no mesmo caminho.”
“Três coisas conduzem a Deus: A música, o amor e a filosofia.”
“Ensinar é indicar o caminho, mas na viagem cada um vai ver o que
quiser ver.”
“Os olhos não veriam o sol se não fossem parecidos com o sol e a alma
não verá a beleza se ela não for bela.”
“A natureza não tem mãos para fabricar as mãos.”
EPÍTETO: Com sua simplicidade peculiar, o filósofo Epíteto mostra
como é possível viver de maneira harmônica, tornando-se efetivamente
livre e feliz, para além de qualquer circunstância ou vicissitude.
“É impossível para um homem aprender aquilo que ele acha que já
sabe.”
“Nada de grande se cria de repente.”
MARCO AURÉLIO: "Compete a você!" Com essa e outras sentenças
registradas em suas Meditações, o grande filósofo e imperador Marco
Aurélio foi exemplo vivo de que antes de liderar aos demais é preciso
primeiro liderar a si mesmo.
“O mundo é uma transformação perpétua e a vida somente uma opinião.”
“O homem ambicioso tem seus fundamentos nas ações dos outros. O
homem voluptuoso nas suas sensações e o homem sensato em sua
próprias ações.”
“Encontrarás conforto para as vãs fantasias do mundo se fizeres cada ato
da tua vida como se fosse o último.”
“O melhor modo para se defender de um inimigo é não se comportar
como ele.”
“Viver á mais parecido com a luta do que com a dança.”
“A vida de um homem é o que seus pensamentos fazem dela.”
“Nunca discuta com um superior, você corre o risco de ter razão.”
“Os homens, façam o que façam, serão sempre homens.”
“Cada dia vivido é um dia a menos para se viver.”
“O que não é útil para o enxame não pode ser útil para a abelha.”
“Vivemos somente por um instante para depois cairmos no completo
esquecimento e no vazio infinito do tempo.”
“Todo o que existe vai se desintegrar e tudo o que for criado pela
natureza está destinado a morrer.”
“Desejos nos levam à permanente preocupação e decepção.”
Responda o seguinte questionamento:
Como podemos apontar as principais características da filosofia romana?
__________________________________________________________
__________________________________________________________
__________________________________________________________
__________________________________________________________
__________________________________________________________
_____
FILOSOFIA MEDIEVAL
A Idade Média é computada de 476 d.C. até 1453, quando ocorre a
conquista de Constantinopla pelos turcos otomanos e consequente
queda do Império Romano do Oriente. Caracterizou-se pelo modo de
produção feudal. A Filosofia Medieval foi bastante influenciada pelo
cristianismo. Neste período temos pensadores como Santo Agostinho,
Santo Anselmo, Tomás de Aquino e Guilherme de Ockham.
As Características e principais questões debatidas e analisadas pelos
filósofos medievais:
- Relação entre razão e fé;
- Existência e natureza de Deus;
- Fronteiras entre o conhecimento e a liberdade humana;
- Individualização das substâncias divisíveis e indivisíveis.
Principais estágios da Filosofia Medieval
Transição para o Mundo Cristão (século V e VI)
Muitos pensadores deste período defendiam que a fé não deveria
ficar subordinada a razão. Porém, um importante filósofo cristão não
seguiu este caminho. Santo Agostinho de Hipona (354 – 430) buscou a
razão para justificar as crenças. Foi ele quem desenvolveu a ideia da
interioridade, ou seja, o homem é dotado da consciência moral e do livre
arbítrio.
Escolástica (século IX ao XIV) 
Foi um movimento que pretendia usar os conhecimentos greco-
romanos para entender e explicar a revelação religiosa do cristianismo. 
As ideias dos filósofos gregos Platão e Aristóteles adquirem grande
importância nesta fase. Os teólogos e filósofos cristão começam a se
preocupar em provar a existência da alma humana e de Deus. Para os
filósofos escolásticos a Igreja possuía um importante papel de conduzir
os seres humanos à salvação. No século XII, os conhecimentos passam
a ser debatidos, armazenados e transmitidos de forma mais eficiente
com o surgimento de várias universidades na Europa.
Um dos mais expressivos representantes dessa conciliação foi
Santo Agostinho, que entre os séculos IV e V defendeu a busca de
explicações racionais que justificassem as crenças. Em suas obras
“Confissões” e “Cidade de Deus”, inspiradas em Platão, ele aponta
para o valor onipresente da ação divina. Para ele, o homem não teria
autonomia para alcançara própria salvação espiritual. A ideia de
subordinação do homem em relação a Deus e da razão à fé acabou
tendo grande predominância durante vários séculos no pensamento
filosófico medieval.
A chamada filosofia escolástica apareceu com o intuito de promover
a harmonização entre os campos da fé e da razão. Entre seus principais
representantes estava São Tomas de Aquino, que durante o século XIII
lecionou na universidade de Paris e publicou “Suma Teológica”, obra
onde dialoga com diversos pontos do pensamento aristotélico.
Acreditava que nem todas as coisas a serem desvendadas no mundo
dependiam única e exclusivamente da ação divina. Dessa maneira, o
homem teria papel ativo na produção de conhecimento.
Apesar dessa nova concepção, a filosofia escolástica não foi
promotora de um distanciamento das questões religiosas e, muito
menos, afastou-se das mesmas. Mesmo reconhecendo o valor positivo
do livre-arbítrio do homem, a escolástica defende o papel central que a
Igreja teria na definição dos caminhos e atitudes que poderiam levar o
homem à salvação. Com isso, os escolásticos promoveram o combate
às heresias e preservaram as funções primordiais da Igreja.
Responda o seguinte questionamento:
Quais os principais expoentes da filosofia escolástica?
__________________________________________________________
__________________________________________________________
__________________________________________________________
__________________________________________________________
__________________________________________________________
FILOSOFIA MODERNA
Frequentemente, os historiadores da filosofia designam como
filosofia moderna aquele saber que se desenvolve na Europa durante o
século XVII tendo como referências principais o cartesianismo — isto é, a
filosofia de René Descartes —, a ciência da Natureza galilaica — isto é, a
mecânica de Galileu Galilei —, a nova idéia do conhecimento como
síntese entre observação, experimentação e razão teórica baconiana —
isto é, a filosofia de Francis Bacon — e as elaborações acerca da origem
e das formas da soberania política a partir das idéias de direito natural e
direito civil hobbesianas — isto é, do filósofo Thomas Hobbes.
A inauguração da idéia moderna da política como compreensão da
origem humana e das formas do Poder, como compreensão do Poder
enquanto solução que uma sociedade dividida internamente oferece a si
mesma para criar simbolicamente uma unidade que, de fato, não possui,
é uma inauguração bem anterior ao século XVII, pois foi feita por
Maquiavel. Por outro lado, a idéia de que a política é uma esfera de ação
laica ou profana, independente da religião e da Igreja, tema caro aos
filósofos modernos, foi desenvolvida no final da Idade Média por um
jurista como Marsílio de Pádua.
A idéia do valor e da importância da observação e da experiência
para o conhecimento humano aparece nos fins da Idade Média com
filósofos como Roger Bacon ou Guilherme de Ockam. A extrema
valorização da capacidade da razão humana para conhecer e transformar
a realidade — a confiança numa ciência ativa ou prática em oposição ao
saber contemplativo — é uma das características principais do chamado
Humanismo, desenvolvido durante a Renascença.
A idéia de imitação aparece na teoria política quando alguns
humanistas (sobretudo os humanistas cristãos como Erasmo e Thomas
Morus) consideram que as qualidades (virtudes ou vícios) dos
governantes são um espelho para a sociedade inteira, de tal modo que
num regime tirânico os súditos serão tiranos também.
A erudição, uma das principais características dos humanistas, não é
acúmulo de informações, mas uma atitude polêmica perante a tradição
(recusar a apropriação católica da cultura antiga). Isto aparece com
grande clareza nos historiadores que procuram conhecer fontes primárias
e documentos originais a fim de elaborar uma história objetiva e
patriótica, isto é, uma história nacional que seja, por si mesma, a
refutação da legitimidade da dominação da Igreja Romana e do Império
Romano Germânico sobre os Estados Nacionais. A erudição também
serve, juntamente com a retórica, para um tipo muito peculiar de imitação
dos antigos: aquela que é feita pelos escritores com a finalidade de criar
uma língua nacional culta, rica, bela e que substitua o imperialismo do
latim. Assim, em todas as esferas das atividades culturais pode-se
perceber que a famosa "renascença dos antigos" não tem uma finalidade
nostálgica e sim polêmica e criadora, que diz respeito ao presente e às
suas questões.
Responda o seguinte questionamento:
Quais as principais características da filosofia maquiavélica?
__________________________________________________________
__________________________________________________________
__________________________________________________________
__________________________________________________________
__________________________________________________________
4.2.5. Idade Contemporânea 
Já a Idade Contemporânea compreende o espaço de tempo que vai
da Revolução Francesa aos nossos dias. Portanto, é importante lembrar
que somos parte da história contemporânea, da história atual. O que
acontece agora é responsabilidade nossa. A Idade Contemporânea está
marcada de maneira geral, pelo desenvolvimento e consolidação do
regime capitalista no ocidente e, consequentemente pelas disputas das
grandes potências européias por territórios, matérias-primas e mercados
consumidores. 
No seu início, a Filosofia Contemporânea foi bastante marcada pela
corrente filosófica iluminista. O iluminismo representava o período em
que novas luzes ou novas ideias surgiam na mente humana, apontando
para um tempo em que somente a razão humana iria predominar.
Filósofos iluministas como Monstequieu, Voltarie, Diderot, Adam Smith e
também Immanuel Kant elevavam a importância da razão. Havia um
sentimento de que as ciências iriam sempre descobrindo novas soluções
para os problemas humanos e que a civilização humana progredia a cada
ano com os novos conhecimentos adquiridos.
Algumas perguntas que são típicas da Filosofia Contemporânea: 
Será que a ciência poderá resolver todos os problemas da
humanidade? O homem deve confiar apenas na razão? A tecnologia
impedirá o fim da humanidade? Ouça o que disse Horkheimer, famoso
filósofo do século XX, em seu livro “Eclipse da razão”:
“Parece que enquanto o conhecimento técnico expande o horizonte
da atividade e do pensamento humanos, a autonomia do homem
enquanto indivíduo, a sua capacidade de opor resistência ao crescente
mecanismo de manipulação de massas, o seu poder de imaginação e o
seu juízo independente sofreram uma redução. O avanço dos recursos
técnicos de informação se acompanha de um processo de
desumanização.”
Horkheimer opõe o conhecimento técnico e autonomia do homem
enquanto indivíduo. Parece que a tecnologia tem diminuído a capacidade
do ser humano em se opor aos mecanismos de manipulação do sistema
capitalista.
Responda o seguinte questionamento:
Você concorda com o filósofo? Será que a tecnologia desumaniza o
homem?
__________________________________________________________
__________________________________________________________
__________________________________________________________
__________________________________________________________
__________________________________________________________
_____
O filósofo Auguste Comte foi um dos principais teóricos a pensar a
idéia de progresso. Tanto a razão quanto o saber científico caminham na
direção do desenvolvimento do homem (o lema da bandeira brasileira,
ordem e progresso, é inspirado nas idéias de Comte).
As utopias políticas elaboradasno século XIX, como o anarquismo, o
socialismo e o comunismo, também devem muito à ideia de
desenvolvimento e progresso, como caminho para uma sociedade justa e
feliz. A ideia de que a história fosse um movimento contínuo e
progressivo em direção ao aperfeiçoamento sofreu duras restrições
durante o século XX. A idéia de que a razão, a ciência e o conhecimento
são capazes de dar conta de todos os aspectos da vida humana também
foi pensada criticamente por dois grandes filósofos: Karl Marx e Sigmund
Freud. Este, no campo da psique, abalou o edifício das ciências
psicológicas ao descobrir a noção de inconsciente – como poder que
atua sem o controle da consciência.
Para fazer face a essa realidade, um grupo de intelectuais alemães,
conhecido como Escola de Frankfurt, elaborou uma teoria que ficou
conhecida como teoria crítica. Desta escola fazia parte filósofos, como
Walter Benjamin, Herbert Marcuse e Theodor Adorno, aos quais se
pode ligar o pensamento de Habermas. Um dos principais filósofos desse
grupo é o já comentado Max Horkheimer. Ele pensou que as
transformações na sociedade, na política e na cultura só podem se
processar se tiverem como fim a emancipação do homem e não o
domínio técnico e científico sobre a natureza e a sociedade.
O filósofo Jean-Paul Sartre também pensou as questões do homem
frente à liberdade e ao seu compromisso com a história. Utilizando
também as contribuições do marxismo e da psicanálise, o filósofo
elaborou um pensamento sistemático que põe em relevo a noção de
existência em lugar da essência, é o existencialismo.
O estudo da linguagem científica, dos fundamentos e dos métodos
das ciências tornou-se um foco de atenção importante para a filosofia
contemporânea. O filósofo Edmund Husserl propôs à filosofia a tarefa
de estudar as possibilidades e os limites do próprio conhecimento.
Husserl desenvolveu uma teoria chamada fenomenologia.
As formas e os modos de funcionamento da linguagem foram
estudados pelo filósofo Ludwig Wittgenstein. A filosofia analítica é uma
disciplina que se vale da análise lógica como método e entende a
linguagem como objeto da filosofia. Bertrand Russel e Quine também
estudaram os problemas lógicos das ciências, a partir da linguagem
científica. 
A Filosofia de Hegel – Alemanha, 1770
Talvez ninguém como o filósofo alemão Georg Hegel, que nasceu em
1770 e faleceu em 1831, tenha conseguido montar um sistema filosófico
tão completo. Nas pesquisas do professor Gilberto Cotrim, Hegel é
apontado como o ponto culminante do racionalismo, da crença que a
razão é o elemento solucionador dos problemas humanos. Hegel integra
o grupo de pensadores que defendiam o idealismo. Esse modo de
pensar ficou conhecido como Idealismo Alemão. Ele escreveu
importantes ensaios como “Fenomenologia do espírito”, “Princípios da
filosofia do direito” e “Lições sobre a história da filosofia”. 
O que é a realidade? Esta é uma pergunta que Hegel responde com
clareza. Hegel via a realidade como uma unidade orgânica, uma unidade
que não estava numa condição estável mas num constante processo de
desenvolvimento. Achou difícil? Então, vamos lá. A realidade está
sempre em processo de construção. Como cantava Cazuza, um dos
maiores artistas brasileiros da década de 1980, “o tempo não pára, não
pára não”. A meta final do desenvolvimento da realidade é a obtenção do
auto-reconhecimento e do auto-entendimento.
Hegel chamava a contradição de movimento dialético ou dialética. 
Ele quis captar em sua filosofia o movimento dialético da realidade.
Imaginemos uma planta. Assim como um botão precisa desaparecer para
que uma flor surja, e a flor desaparece para que surja o fruto, da mesma
forma, todas as coisas passam por um processo dinâmico de
transformações que leva a uma síntese superior.
A dialética não é uma forma de pensar a realidade, mas sim o
movimento real da realidade. Por isso, para acompanhar a realidade, o
pensamento também deve ser dialético. A realidade é um contínuo devir,
vir a ser. Um momento prepara outro momento mas, para que esse outro
momento aconteça, o anterior tem de ser negado. Esses três momentos
são comumente chamados de tese, antítese e síntese. É um movimento
circular que não se fecha, pois cada momento final, que seria a síntese,
se torna a tese de um movimento posterior, de caráter mais avançado.
Para compreender, preste atenção no nosso resumo. A filosofia de
Hegel declara que a história é um processo social dirigido por
contradições entre sistemas de idéias que competem entre si. Para
Hegel, é nossa compreensão da história, e não da ciência, que nos
oferece a melhor maneira de compreendermos a nós mesmos e ao nosso
meio ambiente. O fato de ter perguntado “o que é a história?” e “em que
direção caminha a história” faz dele um filósofo de importância suprema. 
Karl Marx - Alemanha, 1818. 
Marx foi um homem e um filósofo preocupado com a exploração dos
trabalhadores. Ele não conseguia acompanhar a exploração injusta do
capitalismo, por isso desenvolveu suas teorias. Ele pensava que foi
negado à maioria da população trabalhadora a oportunidade de se
desenvolver integralmente como indivíduos, por terem sido forçados a
vender sua força de trabalho para capitalistas exploradores: homens de
negócios gananciosos para quem os trabalhadores eram fonte de lucro e
não seres humanos. Os indivíduos viam-se, assim, reduzidos a
mercadorias abstratas que podiam ser trocadas por qualquer outra.
No famoso “Manifesto Comunista”, Marx afirma que toda a história
humana pode ser entendida como uma série de lutas de classes. O motor
da história moderna sob o capitalismo, para Marx, seria a luta política
entre a burguesia e o proletariado. Essa luta levaria à extinção do
capitalismo e daria origem a uma sociedade comunista na qual todos
viveriam de acordo com a máxima de cada um segundo suas
habilidades, para cada um segundo suas necessidades.
O grande trabalho filosófico de Marx foi o livro “O Capital”. Descrito
com a bíblia da classe operária numa resolução da Associação Operária
Internacional. O Capital foi publicado em Berlim em 1867. No que viria a
ser um dos livros mais influentes do século XIX, Marx previa a
substituição do capitalismo pelo socialismo. Apenas o primeiro volume foi
concluído em vida de Marx: o segundo e o terceiro volumes foram
editados por Friedrich Engels, o maior companheiro de Marx. Engels
compartilhava das mesmas ideias de Marx e foi um importante filósofo.
Com Engels, Marx escreveu “O Manifesto Comunista”:
“A história de todas as sociedades que existiram até nossos dias tem
sido a história das lutas de classes. Homem livre e escravo, patrício e
plebeu, senhor e servo, mestre de corporação e aprendiz; numa palavra,
opressores e oprimidos, em constante oposição, têm vivido numa guerra
ininterrupta, ora franca, ora disfarçada; uma guerra que terminou sempre,
ou por uma transformação revolucionária da sociedade inteira, ou pela
destruição das duas classes em luta.” 
Schopenhauer 
Alemanha, 1788. 
O que você responderia se alguém perguntasse: a vida é
essencialmente um sofrimento? No sistema de Schopenhauer, a vontade
é a raiz metafísica do mundo e da conduta humana; ao mesmo tempo, é
a fonte de todos os sofrimentos. Ou seja, todos nós somos donos de uma
vontade insaciável. Desejamos o tempo todo. Sua filosofia é, assim,
profundamente pessimista, pois a vontade é concebida em seu sistema
como algo sem nenhuma meta ou finalidade, um querer irracional e
inconsciente. Sendo um mal inerente à existência do homem, ela gera a
dor, necessáriae inevitavelmente, aquilo que se conhece como felicidade
seria apenas a interrupção temporária de um processo de infelicidade e
somente a lembrança de um sofrimento passado criaria a ilusão de um
bem presente. “Viver é sofrer”. Schopenhauer influenciou uma geração
de artistas, como o cantor e compositor brasileiro, Renato Russo. O líder
do Legião Urbana revelava em várias de suas músicas, o que podemos
chamar de “dor de viver”. Em discos aclamados pela crítica musical,
como o famoso “Cinco” e “A tempestade” as composições de Renato
Russo, Dado Villa Lobos e Marcelo Bonfá são permeadas de um
pessemismo arrebatador. Na música “Quando o sol bater na janela do
teu quarto”, Renato Russo cita Schopenhauer literalmente: “tudo é dor e
toda dor vem do desejo de não sentirmos dor”.
A suprema felicidade somente pode ser conseguida pela anulação da
vontade. Tal anulação é encontrada por Schopenhauer no misticismo
hindu, particularmente o Budismo; a experiência do Nirvana constitui a
aniquilação desta vontade última, o desejo de viver. Somente neste
estado, o homem alcança a única felicidade real e estável.
Nietzsche - Alemanha, 1844. 
“Não sou um homem, sou uma dinamite”, escreveu Nietzsche. O
pensamento de Nietzsche é desafiador. Para compreender este grande
intérprete da alma humana é necessário deixar de lado as nossas ideias
pré-concebidas, ou seja, os nosso preconceitos. Nietzsche nos desafia,
ele critica a moral cristã, analisa a ideia de bem e mal imposta pelo
pensamento religioso na Europa de sua época. O pensamento de
Nietszche pode ser considerado como uma tentativa de descobrir uma
nova síntese entre o cristianismo protestante (com sua crença no
indivíduo heróico) e o paganismo clássico (com sua adoração ao poder
da natureza).
Toda a filosofia de Nietzsche pode ser vista com a tentativa de
responder a esta única pergunta: como podemos viver em um mundo
sem algo (um Deus) que garanta que a vida tenha sentido? Em 1882,
Nietzsche admitiu, enfim, que Deus estava morto, iniciando sua longa
busca por uma resposta não religiosa ao significado da vida, tentando
escapar à sensação de desespero que seguiu sua perda de fé no
cristianismo. Essa condição, que ele chamou de niilismo – a crença de
que nada tem sentido – foi para ele o principal problema enfrentado pelo
mundo moderno.
As suas principais obras são: “A origem da tragédia”, “Humano,
demasiadamente humano”, “Aurora”, “Assim falou Zaratrusta”, “Além do
bem e do mal” e “Genealogia da moral”. 
O Dionisíaco e o Apolíneo: Nietzsche apresenta uma
interpretação da Grécia, que tem grande alcance para a sua filosofia.
Distingue dois princípios, o apolíneo e o dionisíaco, quer dizer o que
corresponde aos dois deuses gregos Apolo e Dionísio. O primeiro é o
símbolo da serenidade, da claridade, da medida, do racionalismo; é a
imagem clássica da Grécia; no dionisíaco, pelo contrário, encontra o
impulsivo, o excessivo transbordante, a afirmação da vida, o erotismo, a
orgia como culminação deste afã de viver, de dizer sim à vida, apesar de
todas as suas dores. Nietzsche põe a vontade de viver no centro de seu
pensamento. 
O Além-homem: Nietzsche opõe-se a todas as correntes
igualitárias, humanitárias e democráticas da época. É um afirmador da
individualidade poderosa. O máximo bem é a própria vida, que culmina
na vontade de poder. O homem deve superar-se, terminar em algo que
esteja acima de si, como o homem está acima do macaco; este é o além-
homem, termo que em várias traduções para do alemão para o português
aparece como super-homem. Nietzsche toma como seus modelos as
personagens renascentistas, sem escrúpulo e sem moral, mas com
magníficas condições vitais de força, de impulsos e de energia. E isto
leva-o a uma nova idéia da moral. Muitas de suas frases se tornaram
famosas, sendo repetidas nos mais diversos contextos, gerando muitas
distorções e confusões. Algumas delas: 
1. “A filosofia é o exílio voluntário entre montanhas geladas.”
2. “Como são múltiplas as ocasiões para o mal-entendido e para a
ruptura hostil!”
3. “Deus está morto. Viva Perigosamente. Qual o melhor
remédio? – Vitória!”.
4. “Há homens que já nascem póstumos.”
5. “O Evangelho morreu na cruz.”
6. “A diferença fundamental entre as duas religiões da
decadência: o budismo não promete, mas assegura. O
cristianismo promete tudo, mas não cumpre nada.”
7. “Quando se coloca o centro de gravidade da vida não na vida
mas no “além” – no nada -, tira-se da vida o seu centro de
gravidade.”
8. “Para ler o Novo Testamento é conveniente calçar luvas. Diante
de tanta sujeira, tal atitude é necessária.”
9. “O cristianismo foi, até o momento, a maior desgraça da
humanidade, por ter desprezado o Corpo.”
10. “A fé é querer ignorar tudo aquilo que é verdade.”
11. “As convicções são cárceres.”
12. “As convicções são inimigas mais perigosas da verdade do que
as mentiras.”
13. “Até os mais corajosos raramente têm a coragem para aquilo
que realmente sabem.”
14. “Aquilo que não me destrói fortalece-me”
15. “Sem música, a vida seria um erro.”
16. “Aquilo que se faz por amor está sempre além do bem e do
mal.”
17. “Há sempre alguma loucura no amor. Mas há sempre um pouco
de razão na loucura.”
18. “Torna-te quem tu és!”
19. “O padre está mentindo.”
20. “Deus está morto mas o seu cadáver permanece insepulto.”
21. “Acautela-te quando lutares com monstros, para que não te
tornes um.”
22. “Da escola de guerra da vida: o que não me mata, torna-me
mais forte.”
Martin Heidegger - Alemanha, 1889. 
A existência: o homem é lançado ao mundo, sem saber por quê. Ao
despertar para a consciência da vida, já está aí, sem ter pedido.
O desenvolvimento da existência: o ser humano estabelece relações
com o mundo (ambiente natural e social historicamente situado). Para
existir, o homem projeta sua vida e procura agir no campo de suas
possibilidades. Assim, move uma busca permanente para realizar aquilo
que ainda não é. Em outras palavras, existir é construir um projeto.
A destruição do eu: tentando realizar seu projeto, o homem sofre a
interferência de uma série de fatores adversos que o desviam de seu
caminho existencial. Trata-se do confronto do eu com os outros. Um
confronto no qual o homem comum é, geralmente, derrotado. O seu eu é
destruído, arruinado, dissolve-se na massa humana. Em vez de tornar-se
si mesmo, o homem torna-se aquilo que os outros desejam.
Sartre - França, 1905. 
Um dos principais fundamentos da condição humana é a liberdade. É
o exercício da liberdade que impulsiona a conduta humana, que gera a
incerteza, que leva à procura de sentidos, que produz a ultrapassagem
de certos limites. Outros filósofos franceses do século XX se destacaram
por produzirem um pensamento pertinente e inovador, entre eles
podemos destacar Maurice Merleau-Ponty, Jaques Lacan, Louis
Althusser, Michel Foucault e Jaques Derrida. O existencialismo expandiu-
se entre outros filósofos como Gabriel Marcel, Karl Jaspers Léon Chestov
e Martin Buber. O existencialismo ateu de Sartre esteve presente
também na obra de escritores e pensadores como Albert Camus. 
Camus - Argélia, 1913. 
Camus foi o escritor que cunhou a expressão “absurdo” ou “o
absurdo” para escrever a situação em que os seres humanos exigem que
suas vidas tenham significado num universo indiferente que é, ele
mesmo, totalmente desprovido de sentido ou propósito. Absurdo é aquilo
que acontece, mas não poderia acontecer. É o impossível que se torna
realidade. É o não aceitável que, embora acontecido, continua como
inaceitável. 
A revolta é capaz de nos fazer transcender, a única transcendênciade que Camus faz conta e é luta contra o absurdo, a única capaz de
reivindicar clareza e ordem num universo que parece pouco razoável. A
grandeza da revolta contra todo ataque à dignidade humana reside
igualmente na afirmação implícita da transcendência do espírito humano,
o único capaz de julgar em nome de uma justiça que somente ele pode
conceber.
O diálogo possível 
Paulo Freire (Brasil, 1921). 
O pensador e educador brasileiro Paulo Freire compreende o diálogo
como o alicerce fundamental de seus métodos educacionais. Sem o
diálogo não há comunicação e sem esta não há verdadeira educação.
Em seu importante ensaio, Pedagogia do Oprimido (1970), o pensador
brasileiro apresenta as bases de uma teoria da ação dialógica. Para ele a
dialogicidade é a essência da educação como prática da liberdade. Por
isso afirma que: “Se ao dizer suas palavras, ao chamar o mundo, os
homens o transformam, o diálogo impõe-se como o caminho pelo qual os
homens encontram seu significado enquanto homens; o diálogo é, pois,
uma necessidade existencial”.
Freire afirma: “O momento deste buscar é o que inaugura o diálogo
da educação como prática da liberdade. É o mesmo em que se realiza a
investigação do que chamamos de universo temático do povo ou o
conjunto de seus temas geradores”.
Enquanto na prática bancária da educação, antidialógica por
essência, por isto, não comunicativa, o educador deposita no educando o
conteúdo programático da educação, que ele mesmo elabora ou
elaboram para ele, na prática problematizadora, dialógica por excelência,
este conteúdo, que jamais é depositado, se organiza e se constitui na
visão do mundo dos educandos, em 
Responda o seguinte questionamento:
Quais dos filósofos contemporâneos você mais se identificou? Por que se
identificou com estes?
__________________________________________________________
__________________________________________________________
__________________________________________________________
__________________________________________________________
__________________________________________________________
__________________________________________________________
__________________________________________________________
__________________________________________________________
__________________________________________________________
__________________________________________________________
__________________________________________________________
__________________________________________________________
____________
SOCIOLOGIA
UNIDADE 2 A SOCIOLOGIA
Capítulo 1 Por que estudar Sociologia?
A Sociologia tem uma função importante que é nos fornecer
instrumentos para uma melhor compreensão do mundo que nos cerca, e
em especial, das diversas redes sociais que se formam em torno de
nós... Especialmente, nesse momento, com o fortalecimento da
globalização, em que o mundo tem suas fronteiras estreitadas, os países
se tornam mais acessíveis bem como as culturas se entrecruzam... Pois
a sociedade global é um campo de desenvolvimento desigual e de
contradições novas, marcando um momento histórico de transição, e
como quase todos os momentos de mudança, de transição, são períodos
turbulentos, de crise e de dinâmicas indeterminadas, inaugurando
também renovação de paradigmas. E possibilitando também outros
modos de reinventar o mundo social, em suas crenças e práticas… 
A aplicação da sociologia no Brasil como matéria obrigatória no
currículo escolar é recente. Em 1971, as disciplinas de filosofia e
sociologia deixaram de ser lecionadas nas escolas por determinação da
ditadura militar. Somente em 2001 o Congresso Nacional aprovou o
retorno das disciplinas nas escolas de ensino médio, mas o ex-presidente
Fernando Henrique Cardoso (sociólogo) vetou a aprovação alegando que
não existiam professores suficientes para lecionarem as matérias.
Para o professor Dirley Lopes, A sociologia é o estudo da sociedade.
É a busca pelo conhecimento dos fenômenos sociais, do comportamento
das instituições e das relações de convivência entre os seres humanos.O
ser humano é um ser social, isso quer dizer que em algum momento,
todos tiveram ou terão algum contato com outro ser humano ao longo da
sua vida. Para viver em sociedade é necessário que sejam estabelecidas
normas e regras de convivência.
Responda o seguinte questionamento:
Qual a principal função da Sociologia nos dias de hoje?
__________________________________________________________
__________________________________________________________
__________________________________________________________
__________________________________________________________
____
Capítulo 2 O que é Sociologia?
A Sociologia é uma das ciências humanas que estuda as unidades
que formam a sociedade, ou seja, estuda o comportamento humano em
função do meio e os processos que interligam os indivíduos em
associações, grupos e instituições. Enquanto o indivíduo na sua
singularidade é estudado pela psicologia, a Sociologia tem uma base
teórico-metodológica, que serve para estudar os fenômenos sociais,
tentando explicá-los, analisando os homens em suas relações de
interdependência. Compreender as diferentes sociedades e culturas é um
dos objetivos da sociologia.
Os resultados da pesquisa sociológica não são de interesse apenas
de sociólogos. Cobrindo todas as áreas do convívio humano desde as
relações na família até a organização das grandes empresas, o papel da
política na sociedade ou o comportamento religioso, a Sociologia pode vir
a interessar, em diferentes graus de intensidade, a diversas outras áreas
do saber. Entretanto, o maior interessado na produção e sistematização
do conhecimento sociológico atualmente é o Estado, normalmente o
principal financiador da pesquisa desta disciplina científica.
Assim como toda ciência, a Sociologia pretende explicar a totalidade
do seu universo de pesquisa. Ainda que esta tarefa não seja
objetivamente alcançável, é tarefa da Sociologia transformar as malhas
da rede com a qual a ela capta a realidade social cada vez mais estreitas.
Por essa razão, o conhecimento sociológico, através dos seus conceitos,
teorias e métodos, pode constituir para as pessoas um excelente
instrumento de compreensão das situações com que se defrontam na
vida cotidiana, das suas múltiplas relações sociais e, consequentemente,
de si mesmas como seres inevitavelmente sociais.
A Sociologia ocupa-se, ao mesmo tempo, das observações do que é
repetitivo nas relações sociais para daí formular generalizações teóricas;
e também se interessa por eventos únicos sujeitos à inferência
sociológica (como, por exemplo, o surgimento do capitalismo ou a
gênese do Estado Moderno), procurando explicá-los no seu significado e
importância singulares.
Capítulo 3 A Origem da Sociologia
A Sociologia surgiu como uma disciplina no século XVIII, na forma de
resposta acadêmica para um desafio de modernidade: se o mundo está
ficando mais integrado, a experiência de pessoas do mundo é
crescentemente atomizada e dispersada. Sociólogos não só esperavam
entender o que unia os grupos sociais, mas também desenvolver um
"antídoto" para a desintegração social.
Responda o seguinte questionamento:
Por que se faz necessário estudar a Sociologia?
__________________________________________________________
__________________________________________________________
__________________________________________________________
__________________________________________________________
____
Capítulo 4 Principais Sociólogos
AUGUSTO COMTE (1798-1857)
Isidore Auguste Marie François Xavier Comte, filósofo e matemático
francês, nasceu em Montpellier a 19 de janeiro de1798. Foi o fundador
do Positivismo. Fez seus primeiros estudos no Liceu de Montpellier,
ingressando depois na Escola Politécnica de Paris, de onde foi expulso
em 1816 por ter se rebelado contra um professor. Foi então estudar
Medicina em Montpellier, mas logo regressou a Paris, onde passou a
viver de aulas e colaboração em jornais.
Em 1826, começou a elaborar a lições de Curso de Filosofia Positiva.
Sofrendo, porém, sério esgotamento nervoso, viu-se obrigado a
interromper seu trabalho. Já recuperado, publicou, de 1830 a 1842, sua
primeira grande obra: Curso de Filosofia Positiva, constituída de seis
volumes.A partir de 1846 toda a sua vida e obra passaram a ter um
sentido religioso. Desligou-se do magistério, dedicando-se mais às
questões espirituais. Deixou de ser católico e fundou a Religião da
Humanidade.
Para propagar sua nova religião, manteve correspondência com
monarcas, políticos e intelectuais de toda parte, tentando pôr em prática
suas idéias de reformador social.Sociologia, que a princípio Comte
denominou "Física Social", é um vocábulo criado por ele no seu Curso de
Filosofia Positiva. Para Comte, a Sociologia procura estudar e
compreender a sociedade, para organizá-la e reformá-la depois.
Acreditava que os estudos das sociedades deveriam ser feitos com
verdadeiro espírito científico e objetividade.
O pensamento de Comte provocou polêmicas no mundo todo e
reformulações de teorias até então incontestáveis. Sua influência foi
imensa, quer como filósofo social, quer como reformador social,
principalmente sobre os republicanos brasileiros. O lema da Bandeira
Nacional "Ordem e Progresso", criador por Benjamin Constant, é de
inspiração comtista.Suas principais obras são: Curso de Filosofia Positiva
(1830-1842) e Sistema de Política Positiva (1851-1854).Morreu em Paris
a 5 setembro de 1857.
Responda o seguinte questionamento:
Como podemos relacionar a filosofia positivista com a proclamação da
República Federativa do Brasil?
__________________________________________________________
__________________________________________________________
__________________________________________________________
__________________________________________________________
____
KARL MARX (1818-1883)
Karl Heinrich Marx, filósofo e economista alemão, nasceu em Trier
(atual Alemanha Ocidental) a 5 de maio de 1818. Estudou na
Universidade de Berlim, interessando-se se principalmente pelas idéias
do filósofo Hegel. Formou-se pela Universidade de Iena em 1841.Em
1842 assumiu o cargo de redator-chefe do jornal alemão Gazeta Renana,
editado em Colômbia, onde tinha a postura política de um liberal radical.
No ano seguinte transferiu-se para Paris. Lá conheceu Friedrich Engels,
um radical alemão de quem se tornaria amigo íntimo e com quem
escreveria vários ensaios e livros.
De 1845 a 1848 viveu em Bruxelas, onde participou de organizações
clandestinas de operários e exilados.Em 1847 redigiu com Engels o
Manifesto comunista, primeiro esboço da teoria revolucionária que, mais
tarde, seria chamada maxismo. No Maxismo Marx convoca o proletariado
à luta pelo socialismo. Em 1848, quando eclodiu o movimento
revolucionário em vários países europeus, Marx voltou à Alemanha, onde
editou a Nova Gazeta Renana, primeiro jornal diário francamente
socialista e que procurava orientar as ações do proletariado alemão.
Com o fracasso da revolução, Marx fugiu para Londres, onde viveu o
resto de sua vida.Fundou, em 1864, a Associação Internacional dos
Trabalhadores, depois chamada Primeira Internacional dos
Trabalhadores com o objetivo de organizar a conquista do poder pelo
proletariado em todo o mundo.
Em 1867 publicou o primeiro volume de sua obra mais importante. O
capital, em que fez uma crítica ao capitalismo e à sociedade burguesa.
Marx é o principal idealizador do socialismo do comunismo
revolucionário. O marxismo — conjunto de idéias político-filosóficas de
Marx — propunha a derrubada da classe dominante, a burguesia, através
de uma revolução do proletariado. Marx criticava o capitalismo e seu
sistema de livre empresa que, segundo ele, pelas contradições
econômicas internas, levaria a classe operária à miséria.
Propunha uma sociedade na qual os meios de produção fossem de
toda coletividade.Suas principais obras são: O capital (1867-1894),
Manuscritos econômico-filosóficos (escrita em 1844 e publicada em
1932), A miséria da Filosofia ( 1847). Escreveu em parceria com Engels:
A sagrada família (1844), A ideologia alemã (1845-1846), Manifesto
comunista (1847).Marx morreu em Londres a 14 de março de 1883.
Responda o seguinte questionamento:
Em que se fundamentava o Materialismo Dialético marxista?
__________________________________________________________
__________________________________________________________
__________________________________________________________
__________________________________________________________
____
DURKHEIM (1858-1917)David Émile Durkheim, sociólogo francês,
nasceu em Épinal a 15 de abril de 1858. Estudou na École Normale
Supérieure de Paris, tendo-se doutorado em Filosofia. Em 1885 foi
estudar na Alemanha, sendo muito influenciado pelas idéias do psicólogo
Wilhelm Wundt.Ocupou a primeira cátedra de Sociologia criada na
França, na Universidade de Bordéus, em 1887. Aí permaneceu até 1902,
quando foi convidado a lecionar Sociologia e Pedagogia na Sorbonne.É
considerando o fundador da Sociologia moderna. Foi um dos primeiros a
estudar mais profundamente o suicídio, o qual, segundo ele, é praticado
na maioria das vezes em virtude da desilusão do indivíduo com relação
ao seu meio social.Para Durkeim, o objeto da Sociologia são os fatos
sociais, os quais devem ser estudados como "coisas".O sistema
sociológia de Durkheim baseia-se em quatro princípios fundamentais:
- A sociologia é uma ciência independente das demais Ciências Sociais e
da Filosofia.
- A realidade social é formada pelos fenômenos coletivos, considerados
como "coisa".
- A causa de cada fato social deve ser preocupada entre os fenômenos
sociais que o antecedem. Para explicar um fenômeno social, deve-se
procurar sua casa.
- Todos os fatos sociais são exteriores aos indivíduos, formando uma
realidade específica.
Segundo Durkeim, o homem é um animal que só se humaniza pela
socialização. Suas principais obras são: A divisão do trabalho social
(1893), As regras do método sociológico (1894), O suisídio (1897).
Durkheim morreu em Paris a 15 de novembro de 1917.
MAX WEBER (1864-1920)
Max Weber, sociólogo alemão, nasceu em Erfurt, na Turíngia, a
21 de abril de 1864. Foi professor de Economia nas universidades de
Freiburg e Heidelberg. Após 1897 teve de interromper o exercício do
magistério, devido a uma grave enfermidade psíquica. Participou da
comissão que redigiu a Constituição da República de Weimar. Foi por
muito tempo diretor da importante revista Arquivo de Ciências Sociais e
Política Social e colaborador do Jornal de Frankfurt.
Ardente nacionalista alemão. Weber é considerado um dos
mais importantes pensadores modernos. Fundou a disciplina Sociologia
da Religião, fazendo estudo comparado da História da Economia e da
História das Doutrinas Religiosas. Para Weber o objeto da Sociologia é o
sentido da ação humana individual que deve ser buscado pelo método da
compreensão.
Suas obras principais são: A ética protestante e o espírito do
capitalismo (1905) e Economia e sociedade (publicada postumamente
em 1922).
MANNHEIM (1893-1947)
Karl Mannheim, sociólogo alemão de origem húngara, nasceu
em Budapeste a 27 de março de 1893.

Continue navegando