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TRABALHO NP2 RUBEM ALVES REVISADO

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UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP
Instituto de Ciências Humanas
Curso de Psicologia
A ESCOLA QUE SEMPRE SONHEI SEM IMAGINAR QUE PUDESSE EXISTIR – ANÁLISE CRÍTICA À LUZ DAS ABORDAGENS COGNITIVISTA, PSICANALÍTICA E SÓCIO CULTURAL.
DÉBORAH FIGUEREDO B58972-8
JANAÍNA MAIA COSTA T372DF-3
RAIANNE LARISSA DINIZ B4443J-5
LILYANE PIRES DE MORAIS B88JIJ-4
Campus Flamboyant – Goiânia
Novembro – 2013
DÉBORAH FIGUEREDO B58972-8
JANAÍNA MAIA COSTA T372DF-3
RAIANNE LARISSA DINIZ B4443J-5
LILYANE PIRES DE MORAIS B88JIJ-4
A ESCOLA QUE SEMPRE SONHEI SEM IMAGINAR QUE PUDESSE EXISTIR – ANÁLISE CRÍTICA À LUZ DAS ABORDAGENS COGNITIVISTA, PSICANALÍTICA E SÓCIO CULTURAL.
Trabalho elaborado como requisito para avaliação na disciplina
Psicologia do Desenvolvimento e Teorias da Aprendizagem do curso de Psicologia sob orientação da Professora Inês de Campos Gomes.
Goiânia 
2013
Sinopse
	O livro “A Escola Que Sempre Sonhei Sem Imaginar Que Pudesse Existir” de Rubem Alves, nos trás um retrato de uma escola fora do comum, onde as crianças não são educadas para ser competitivas, mas para a ajuda mútua, e o melhor, é que o exemplo vem dos próprios adultos que trabalham no local porque esta rotina esta instituída na escola em todos os níveis sendo o verdadeiro objetivo do seu projeto educacional.
	 A Escola da Ponte nos mostra que para aprender a viver em um mundo de “gigantes capitalistas” temos que ser fortes e acima de tudo solidários. Todo o livro se baseia em uma única palavra simplesmente, mas tão conhecida por todos que por ali passaram: o “amor” e Rubem Alves soube muito bem expressar em seus relatos quando afirma que “gente de boa memória jamais entenderá aquela escola”, pois, esta escola vai além da objetividade, dos pré-conceitos que são injetados nas crianças desde muito cedo e das “marcas” já deixadas vindas de um modelo tradicional. 
	A Escola da Ponte pode ser considerada uma utopia para nós brasileiros, mas acreditamos que a experiência de uma criança que teve uma vivência especial, um convívio saudável como esta escola proporciona, pode em algum momento, fazer uma grande diferença na vida de alguém ou mesmo na própria, fruto do aprendizado humanista e enriquecedor que teve ao sair da escola dos sonhos...
TEORIA PSICANALÍTICA 
	A teoria psicanalítica toma como objeto de estudo o inconsciente, que é então reconhecido como a grande força que move muitos dos fenômenos mentais e dos comportamentos humanos, minimiza-se, assim, o papel da consciência na constituição da pessoa, suas ações, seus desejos e sentimentos, em detrimento da força atribuída aos processos e determinações inconsciente. Com isso Freud desenvolve um grande trabalho sobre a origem das neuroses a partir de estudos feitos com mulheres histéricas.
	 Para fazer a diferenciação entre neurótico e neurose ou afetado pela neurose, é o termo que descreve a pessoa com depressão ou ansiedade, falta de emoções, pouca autoconfiança, ou instabilidade emocional. O termo neurose foi criado em 1769 pelo médico escocês William Cullen para referir a "desordens do sentido e ação". Para ele, a neurose descreve várias desordens nervosas e sintomas que não poderiam ser explicados psicologicamente. Neurose deriva da palavra grega neuron (nervo) com o sufixo osis (doença ou condição anormal). Entretanto, o termo neurose foi mais influenciado por Sigmund Freud e Carl Jung mais de um século depois.
 	 Freud entendia a neurose como o resultado de um conflito entre o Ego e o Id, ou seja, entre aquilo que o indivíduo é (ou foi) de fato, com aquilo que ele desejaria prazerosamente ser (ou ter sido), ao passo que a psicose seria o desfecho análogo de um distúrbio entre o Ego e o Mundo.
	A Psicanálise aborda a teoria sobre as neuroses onde acontecimentos passados influenciam de forma direta o presente e até mesmo o futuro se não tratadas. Freud, ao elaborar sua teoria, sugeriu que os neuróticos eram pessoas possuídas pela memória, estas que as obrigavam a viver vendo o mundo da forma como viram em um dia passado. A memória nos torna prisioneiros do passado e não nos deixa perceber a eterna novidade do mundo. Com isso nada difere da pedagogia de Zen que diz que a psicanálise é uma pedagogia de aprendizagem. É preciso esquecer o que se sabe a fim de ver o que não se via, ainda comenta sobre a terapia bem sucedida, se o paciente conseguir desaprender suas memórias, então ele estará livre pra ver o mundo que nunca havia imaginado.
	Roland Barthes teve uma iluminação Zen na sua velhice. Na sua famosa “Aula”, ele diz, como “ultimas palavras”: “Empreendo, pois, o deixarem levar pela força de toda vida viva o esquecimento. Há uma idade em que se ensina o que se sabe; vem em seguida outra, em que se ensina o que não se sabe: isso se chama pesquisar. Vem talvez agora a idade de uma outra experiência, a de desaprender. “ Rubem Alves, pgs. 29 e 30, 2013 .
	De acordo com Rubem Alves o mestre Zen nada ensinava, o seu objetivo era levar o seus discípulos a “desaprender” o que sabiam, a ficar livre de qualquer filosofia pra isso eles utilizavam artifícios pedagógicos que Davao um nome koan (rasteiras) eles diziam que se caiam nas rachaduras do seu próprio saber. Que não é diferente da psicanálise que fala que a verdade aparece inesperadamente quando acontece o lapsus, a queda, nesse momento é que a iluminação acontece e quando ampliamos nossa visão abrimos assim um leque para novos conhecimentos. 
ABORDAGEM SÓCIO-CULTURAL
	Essa abordagem trata das relações do homem com a cultura, tem seu foco principalmente na alfabetização de adultos. Podemos caracterizá-la como uma teoria com grande enfoque interacionista onde o sujeito e o objeto de conhecimento estão em constante troca. 
	A abordagem sociocultural apresenta um ensino similar com a escola da ponte onde ambas mostram a possibilidade que todos podem aprender a desenvolver a capacidade de compreender e intervir no mundo em que vivemos com isso a abordagem sócio cultural trata basicamente das relações dos indivíduos em grupos culturais, como esses grupos influenciam em nossos significados, nas maneiras de ver uma sociedade, pois como sabemos um indivíduo sofre alterações diante de uma cultura. A cultura popular é usada como forma de induzir a democratização do conhecimento.
	Paulo freire afirma que a sua maior preocupação com essa abordagem era a cultura popular levada para dentro das escolas devido os aspectos sociais e políticos, com isso a participação do homem como sujeito na sociedade, na cultura e na historia se faz na medida de sua conscientização que se da de forma lenta e gradual, implicando e questionando seu contexto. 
	Ele se preocupava em como trazer para a sala de aula as diferentes culturas dos alunos, de forma a trabalhar no coletivo. Fazendo uma comparação com o livro de Rubem Alves onde ele fala da necessidade e importância de uma união para que todos que sejam percebidos de forma iguais e sem distinções.
	 Paulo Freire também fala de assumir e não somente consumir esses valores mudando a visão do homem diante o mundo, cultura, educação e ação educativa. Nesta abordagem o homem precisa do mundo, pois é nele que as manifestações das culturas acontecem e através dele se constroem conhecimento. Ainda na visão de Paulo Freire, esta abordagem traz consigo uma educação com práticas de liberdade, onde para ele, os métodos deveriam ser discutidos em um lugar onde ele deveria ser descrito.
	 Nessa abordagem, a escola é o lugar onde é possível o crescimento dos professores e dos alunos. Onde o papel essencial do aluno opera conscientemente na mudança na sociedade. Comparando com o livro “A Escola que Sempre Sonhei sem Imaginar que Pudesse Existir”, há também uma grande troca onde alunos e professores convivem como similares, e também não ha professores para cada disciplina e os alunos são livres para pensar. É um processo onde professor e alunos aprendem e ensinam juntos. Onde o professor deverá estimular
o aluno a questionar a cultura que lhe é imposta e saiba construir sua própria cultura a partir do contexto em que vive e da sua realidade. O professor vai criar situações onde o aluno “abra os olhos” para as contradições que existem na sociedade.
	
ABORDAGEM HUMANISTA
	Carl Rogers em sua experiência terapêutica desenvolveu um trabalho fantástico onde resgatou o valor e a crença no ser humano, tão esquecido nos dias de hoje pelos que trabalham na área da educação. Ele fala que as relações interpessoais em sala de aula (relação entre professor e aluno) exercem uma enorme influência no processo de ensino- aprendizagem. Rogers descreve que é necessário desenvolver algumas qualidades pessoais a fim de compreender o mundo e a realidade do próprio cliente em sua totalidade. Ele considera o processo terapêutico uma aprendizagem onde a interação, o sujeito estão abertos às descobertas. 
	A relação professor e aluno ou educador educando é fundamental para o processo de aprendizagem e desta forma pode construir uma experiência negativa ou enriquecedora para ambos. Rogers não considera o desenvolvimento cognitivo e intelectual como a única variável para se obter uma boa qualidade de ensino. Ele valoriza sim o desenvolvimento cognitivo e intelectual, mas considera muito os aspectos afetivos e vivências pessoais de cada aluno. Acredita também que essas variáveis afetam todo o processo e não podem ser ignorada pelos envolvidos com a educação. 
	No livro de Rubem Alves “A Escola Com Que Sempre Sonhei Sem Imaginar Que Pudesse Existir” mostra claramente essa metodologia de ensino baseada na Abordagem Humanista como vemos logo acima através de uma pequena parte da teoria de Carl Rogers. Comparando a teoria com o livro vemos que nossos sonhos podem sim se tornar realidade já que essa abordagem sempre foi vista por muitos como utópica e ilusória. No livro percebemos o relato que aquela é uma escola que abre as portas para uma metodologia de ensino bastante diferenciada e que esse aprendizado ocorre também de forma diferenciada o próprio aluno se direciona e prepara o caminho que quer percorrer com direito de escolha e de ajuda totalmente democrática.
	Na escola assim como a teoria descreve, os ambientes são amigáveis e solidários, isso tudo contribui para aprendizagem por que são ambientes que as crianças se sentem muito seguras disponíveis e motivadas para aprender, elas aprendem umas com as outras e não apenas com os professores. O professor é um facilitador e o próprio aluno aprende por si mesmo porque ele traz em si a capacidade, ou melhor, ele nasce com essa capacidade. Nesta escola aprendizagem e ensino é um empreendimento comunitário, todos se ajudam.
	O livro deixa bem claro que para entender essa escola é necessário esquecer quase tudo o que sabemos sobre metodologia de ensino, é preciso ampliar nossa visão e nos despir dos nossos conceitos e pré-conceitos de um ensino ortogado e cronológico. Afinal crescemos com isso, com a realidade de um ensino formal totalmente tradicional, mas quando nos deparamos com um ensino que nos deixa ser livres para expressar nossas emoções e nossas dúvidas, nos tornamos totalmente vulneráveis, pois para um simples aluno isso está muito longe da realidade atual. 
CONSIDERAÇÕES FINAIS
	Rubem Alves teve a enriquecedora oportunidade de visitar a escola humanista chamada “A Escola da Ponte” em Portugal, conheceu e aprendeu muito com ela e através desta marcante experiência teve a felicidade de compartilhar essa experiência maravilhosa com todos nós através deste livro. Nós estudantes de Psicologia, com um longo caminho de estudo e aprendizado pela frente que através da leitura deste livro já passamos a sonhar em ter uma escola como essa no Brasil, onde a lei é ser você mesmo e ter consciência que na minha frente existe alguém e esse alguém merece minha atenção, meu amor e meu respeito. 
	Devemos entender que a Escola da Ponte com uma visão totalmente humanista e uma metodologia de ensino que prepara seus alunos de uma forma diferente para a vida, não nos vê como uma máquina onde o objetivo e só alcançar um alvo com sucesso e pra isso não importa quem terá que atropelar pelo caminho, aqui não, o objetivo é o sucesso, mas se tiver alguém na frente este será convidado para alcançar o mesmo objetivo, mas de uma forma diferente unindo as forças e andando lado a lado porque é bem melhor serem dois do que um.
	A Abordagem Humanista é linda de se ver e de se ler, mas quando ela é aplicada como vemos na Escola da Ponte se torna extraordinariamente inexplicável, pois são com essas pequenas atitudes teóricas que se constrói um mundo melhor.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALVES,Rubem. A escola que sempre sonhei sem imaginar que pudesse existir. 13 ed. Campinas, SP: Papirus,2012
MIZUKAMI, Maria da Graça Nicoletti. Ensino: as abordagens do processo. São Paulo: EPU, 1986. (Temas básicos da educação e ensino)
Abordagem Sócio-cultural. Disponível em: <>.http://www.ufvjm.edu.br/site/educacaoemquimica/files/2010/10/Seminario-de-Metodologia-do-Ensino-I-Grupo-0510.pdf<
Metodologia e avaliação. Disponível em: <>.http://abordagemsociocult.blogspot.com.br/p/metodologia-e-avaliacao.html<

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