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Rodrigo Bello www.professorrodrigobello.blogspot.com.br Twitter: @bellorodrigo 1 Processo PenalProcesso PenalProcesso PenalProcesso Penal 2014 2014 2014 2014 Rodrigo BelloRodrigo BelloRodrigo BelloRodrigo Bello é advogado criminalista, pós-graduado lato sensu pela Universidade Gama Filho em Direito Penal e Processual Penal, palestrante, professor nos Cursos Fórum – Rio de Janeiro/RJ e Supremo Concursos – Belo Horizonte/MG. Autor das obras Guia de Aprovação para OAB e Resumos Gráficos de Direito Processual Penal pela Ed. Impetus e Manual de Prática Penal pela Ed. GEN. Contatos e Redes Sociais: www.professorrodrigobello.blogspot.com.br 1. Persecução Criminal Persecução Criminal é todo aquele caminho trilhado pelo Estado a fim de se apurar a autoria de um crime e a materialidade do mesmo para que ao final seja prolatada uma decisão penal justa. Dividida em 2 fases. 1ª Fase 2ª Fase Preliminar – Investigação Inquérito Policial, CPI Processual – Ação Penal 2. Inquérito Policial Conceito: Conjunto de diligências presidido por autoridade policial com o intuito de investigar para se obter informações referentes aos indícios de autoria e materialidade do crime. Formas de Abertura (art. 5º CPP): De ofício pelo delegado de polícia, a requerimento do ofendido, mediante requisição do Ministério Público. Vale observar que esta abertura de Inquérito Policial, de ofício, pelo delegado, só acontece nos casos de ação penal pública, tema este que veremos na seqüência. Justifica-se essa observação, pois se o crime for de ação penal pública condicionada à representação ou crime de ação penal privada, a autoridade policial para iniciar as investigações precisa respeitar determinadas condições prévias, tais como a representação do ofendido ou a anuência da vítima. Já o requerimento do ofendido é chamado de notícia crime, que nada mais é que um pedido de abertura de inquérito policial, que pode ou não ser atendido pela autoridade policial. Em caso de negatória do delegado, o ofendido pode recorrer administrativamente (art. 5º §2º CPP) ou entregar diretamente a notícia crime ao membro do parquet. Rodrigo Bello www.professorrodrigobello.blogspot.com.br Twitter: @bellorodrigo 2 Características: a) Oficial (art. 4º CPP): presidência do Delegado de Polícia. b) Escrito (art. 9º CPP) c) Discricionário (art. 6º, 7º e 14 CPP): a autoridade policial não segue um rito pré-ordenado durante a investigação. Não se aplica, portanto, o princípio do devido processo legal (art. 5º LIV CF). Vale lembrar que uma das possibilidades que o delegado tem durante as investigações é de ordenar a identificação do indiciado pelo processo datiloscópico, todavia devem ser respeitadas algumas formalidades, agora numa recente lei, a 12.037/09. d) Sigiloso (art. 20 CPP): apesar da permanência desta característica, é inegável que hoje ela perde sua força tendo em vista a publicidade constitucional (art. 5º LX), o Estatuto da OAB que permite acesso do advogado a qualquer inquérito policial (art. 7º XIII_XV 8.906/94) e a recente Súmula Vinculante 14 reproduzida a seguir: É DIREITO DO DEFENSOR, NO INTERESSE DO REPRESENTADO, TER ACESSO AMPLO AOS ELEMENTOS DE PROVA QUE, JÁ DOCUMENTADOS EM PROCEDIMENTO INVESTIGATÓRIO REALIZADO POR ÓRGÃO COM COMPETÊNCIA DE POLÍCIA JUDICIÁRIA, DIGAM RESPEITO AO EXERCÍCIO DO DIREITO DE DEFESA. Voltando às características: e) Inquisitório: Significa a não aplicabilidade de princípios constitucionais sensíveis, tais como o da ampla defesa e do contraditório (art. 5º inc. LV CF). Prazo (Art. 10 CPP): 10 dias indiciado preso, 30 dias indiciado solto. Vale lembrar que este termo “indiciado” é o mais técnico para àqueles que são investigados preliminarmente. Já “acusado” é àquele que responde processualmente. Encerramento do Inquérito Policial: O delegado de polícia, ao encerrar as investigações, não poderá arquivar o inquérito policial (art. 17 CPP). Deverá elaborar um relatório (art. 10§1º CPP) e enviá-lo ao titular da ação penal pública (Ministério Público) quando se tratar de crimes dessa titularidade e para o juízo competente, nos demais casos, ou seja, nos casos de investigações preliminares acerca de crimes de ação penal privada (art. 19 CPP). Na grande maioria, ou seja, crimes de ação penal pública, o promotor de justiça quando recebe o inquérito policial poderá adotar 3(três) medidas. Em primeiro lugar sendo verificados os indícios de autoria e materialidade, ele deverá propor a denúncia (ação penal pública) conforme art. 24 CPP. Por outro lado, poderá ainda requisitar novas diligências se assim entender conveniente Rodrigo Bello www.professorrodrigobello.blogspot.com.br Twitter: @bellorodrigo 3 (art. 16 CPP). Concluindo, pode ainda o órgão ministerial opinar pelo arquivamento (art. 28 CPP). Arquivamento significa encerramento das investigações. Essa postura pode acontecer quando o membro do parquet entende que não tem subsídios para a propositura da ação penal. O juiz é chamado para fiscalizar a atuação ministerial e pode ou não homologar seu pedido. Não homologando este pedido, o Procurador Geral de Justiça é chamado para resolver o impasse. Pode adotar assim a postura de propositura da ação penal ou confirmar o arquivamento, medida esta que será definitiva. Todo este procedimento poderá ser analisado legalmente com a simples leitura do art. 28 CPP. 3. Ação Penal � . Pública � Incondicionada (100 CP – 24 CPP) � Condicionada a) representação do ofendido (100 §1º CP e 24 CPP) b) requisição do Ministro da Justiça (100§1º CP e 24 CPP) � . Privada � Exclusiva (100 §2º CP e 30 CPP) � Personalíssima (236 §único CP) � Subsidiária da Pública (100 §3º CP e 29-46 CPP) 4. Competência Tema de extrema complexidade que pode ser, didaticamente, simplificada com a estipulação de uma nova ordem dos incisos do art 69 do CPP. Ordem Artigo Competência em razão Objetivo Característica 1º Art. 69 V Conexão ou Continência Reunião processual nos casos de concursos de agentes e de crimes Regra Geral em nome da economia processual e segurança jurídica 2º Art. 69 Prerrogativa de Foro Constitucional, Rodrigo Bello www.professorrodrigobello.blogspot.com.br Twitter: @bellorodrigo 4 inc. VII Função Privilegiado Absoluta, Especial 3º Art. 69 inc. III Natureza da Infração Justiça Especializada Constitucional, Absoluta, Geral 4º Art. 69 inc I-II Local Justiça Comum Infraconstitucional, Relativa, Geral 5º Art. 69 inc IV, VI Distribuição e Prevenção Residuais Residuais Esta súmula aplicar-se-á quando tivermos eventual concurso de crimes envolvendo detentores de prerrogativa de função. Com base nesta regra, o processo do mensalão se encontra no STF, pois alguns dos acusados, por ostentarem a condição de Deputado Federal, atraem os demais que não possuem originariamente competência na mais alta corte do país. UESTÃO 5. Prova A doutrina mais moderna de processo penal conceitua prova como sendo tudo aquilo que tem por objetivo tentar demonstrar a exatidão dos fatos sobre o crivo do contraditório. Perfeita a definição, ocasionando assim, uma impossibilidade de utilização desse termo durante as investigações preliminares inquisitórias, onde não se permite reagir de algo produzido naquele instante. Sobre o tema, corriqueiro em exame de ordem, importante o candidato ficar atento às inúmeras novidades surgidas desde 2003, com a lei 10.792 e com a mais recente 11.690/08, esta fazendo parte da recente reforma processual penal. Princípios da Prova: a) Princípiodo Livre Convencimento ou da Persuasão Racional ou do Livre Convencimento Motivado (art. 155 CPP c/c Exposição de Motivos CPP VII) � Ordena uma livre e fundamentada apreciação da prova, não podendo o magistrado entender que uma prova seria mais importante do que outra. Impede, portanto, o princípio autoritário da prova legal ou tarifada. b) Princípio do Ônus da Prova (art. 156 CPP) � A prova da alegação incumbirá a quem a fizer. Notemos que o art. 156 2ª parte permite que o juiz facultativamente possa perquirir provas. Essa 2ª parte não é vista muito bem por grande parte da doutrina que defende o princípio acusatório, onde o juiz deve-se manter imparcial e eqüidistante da colheita de provas. Rodrigo Bello www.professorrodrigobello.blogspot.com.br Twitter: @bellorodrigo 5 6. Procedimento Ordinário O procedimento ordinário, mais genérico e abrangente, sofreu inúmeras alterações com a recente reforma processual de 2008. A lei 11.719/08 começa inovando trazendo uma certeza legal em relação à escolha dos procedimentos, senão vejamos com a análise do art. 394 §1º CPP. Penas Máximas Abstratas acima de 4 anos � Procedimento Ordinário; Penas Máximas Abstratas abaixo de 4 anos � Procedimento Sumário; Crimes de Menor Potencial Ofensivo � Procedimento Sumaríssimo. Assim sendo procedimento ordinário, o procedimento se inicia com: 1) propositura da ação – obrigatoriedade em cumprimento dos requisitos do art. 41 e 44 do CPP; 2) recebimento da ação e citação do acusado – o que ocasiona o recebimento de uma ação penal é o preenchimento das condições da ação (art. 395 CPP). Com o recebimento, em regra, o juiz mandará o oficial de justiça citar pessoalmente o acusado para responder a acusação e tomar conhecimento da amplitude da acusação. Caso o réu se oculta para não ser citado, este será citado por hora certa (art. 362 CPP). Trata-se de uma novidade da lei 11.719/08. Ainda permanece a citação por edital nos casos do art. 363§1º CPP. 3) Com a citação realizada, segundo o novo artigo 363 CPP, o processo terá completada sua formação. 4) Em 10 dias o acusado deverá apresentar a resposta do acusado, também chamada de resposta preliminar ou defesa prévia. Peça importantíssima, de apresentação obrigatória, onde o acusado deverá colocar tudo quer for interessante para sua defesa. 5) Possibilidade de Absolvição Sumária (art. 397 CPP). Excludentes, atipicidade, dentre outras causas, geram a absolvição sumária. 6) Marcação da Audiência de Instrução e Julgamento em 60 dias (art. 400 CPP). Rege esta audiência o princípio da concentração dos atos instrutórios. A intenção da reforma é condensar todos os atos de instrução numa só audiência (ofendido + testemunhas de acusação(8) + testemunhas de defesa(8) + perito + acareações + reconhecimento de pessoas + interrogatório). Destacamos a posição do interrogatório agora no final da instrução, gerando assim uma maior possibilidade de exercício do princípio constitucional da ampla defesa. 7) Neste momento duas possibilidades podem acontecer. 1ª: não havendo necessidade alguma de diligência ou sendo indeferidas, serão abertas as alegações orais por 20min prorrogável por mais 10min, primeiro a acusação, depois a defesa (art. 403 CPP). Entretanto, 2ª possibilidade: se o fato for complexo, muitos acusados ou sendo caso de procederem com algumas diligências, o juiz encerra a audiência. Após a realização das diligências, o magistrado abre vista à acusação Rodrigo Bello www.professorrodrigobello.blogspot.com.br Twitter: @bellorodrigo 6 para apresentar em 5 dias Alegações Finais Escritas por Memoriais. Após, vista a defesa para também em 5 dias apresentar suas Alegações Finais Escritas por Memoriais (art. 403§3º CPP). 8) Sentença (art. 381 CPP): será prolatada em audiência se as alegações finais forem orais (regra – art. 403 CPP) ou após 10 dias no caso das alegações finais escritas por memoriais (art. 404 §único CPP). Em relação às diferenças com o procedimento sumário, poderíamos destacar 3(três): Número de Testemunhas, que no sumário são 5(cinco – art. 532 CPP) ao invés de 8(oito) do ordinário. No procedimento ordinário deve-se marcar a audiência em 60 dias. No sumário em 30 dias (art. 531 CPP). E no sumário só temos possibilidade de alegações finais orais (art. 534 CPP), enquanto que no ordinário temos a regra na oralidade e a exceção a escrita. Segue abaixo quadro sistemático do novo procedimento ordinário para um estudo esquematizado. Rodrigo Bello www.professorrodrigobello.blogspot.com.br Twitter: @bellorodrigo 7 PROCEDIMENTO ORDINÁRIO - 394§1º I CPP Crimes cuja pena máxima for igual ou superior a 4 anos de pena privativa de liberdade Oferecimento da Ação Recebimento da Ação (art. 396 c/ 399 CPP) Resposta do Acusado Penal – Denúncia ou Queixa ���� + Citação (art. 396 c/c 351 CPP) ���� ou (Arts. 41-44 c/c 396 CPP) *casos de rejeição da ação (art. 395 CPP) Defesa Prévia Citação Pessoal (art. 351CPP) 10 dias Citação Por Hora Certa (art. 362 CPP) Citação Por Edital (art. 363 §1º CPP) (Art. 396-A CPP) ���� Absolvição Sumária ���� Audiência de Instrução .Ofendido (art. 201 CPP) (art. 397 CPP) e Julgamento em 60 dias .Testemunhas de Acusação (202 CPP) (art. 400 CPP) .Testemunhas de Defesa (202 CPP) .Perito (art. 400§2º CPP) .Acareação (art. 229 CPP) .Reconhecimento de Pessoas (art. 226 CPP) .Interrogatório (art. 185 CPP) ���� Sem Diligências (art. 402 c/c 403 CPP) ���� Alegações Finais Orais ���� Sentença em 20min +10min (art. 403 CPP) (art. 403 c/c 381 CPP) ���� Com Diligências (art. 403§3º c/ 404 CPP) ���� Alegações Finais Escritas ���� Sentença por memorial em 5 dias 10 dias (art. 403 §3º 404 §ú CPP) (art. 404 §ú CPP) Rodrigo Bello www.professorrodrigobello.blogspot.com.br Twitter: @bellorodrigo 8 7. Prisão Cautelar PRISÃO EM FLAGRANTE PRISÃO TEMPORÁRIA PRISÃO PREVENTIVA PRISÃO DOMICILIAR Art. 301 CPP e seguintes Lei 7960/89 Art. 311 CPP Art. 317 CPP Modalidades: 301 1ª Parte: Facultativo 301 2ª Parte: Obrigatório ou Compulsório 302 I-II: Próprio, Perfeito ou Real 302 III – Impróprio ou Imperfeito 302 IV – Presumido ou Ficto Particularidades: 1) Somente durante IP 2) Crimes do art. 1º inc III e Hediondos (8.072/90) 3) Prazo Certo e Determinado. Art. 2º 7.960/89 – 5 dias prorrogáveis por igual período ou Art. 2º §4º 8.072/90 – 30 dias prorrogáveis por igual período 4) Mandado de Prisão serve como Nota de Culpa 5) Independe de Alvará de Soltura Requisitos (312 CPP): .garantia da ordem pública .garantia da ordem econômica . assegurar a aplicação da lei penal .conveniência da instrução criminal .indícios de autoria .materialidade do fato *2 últimos obrigatórios conjugados com os demais Consiste no recolhimento do indiciado ou acusado em sua residência, só podendo nela ausentar-se com autorização judicial. Situações: Preparado (S. 145 STF) - ilegal Forjado - ilegalEsperado - legal Retardado - legal Legitimados: Delegado de Polícia Ministério Público Legitimados: Delegado de Polícia Ministério Público Querelante Juiz de Ofício, durante a ação penal somente Assistente Hipóteses: -Maior de 80 Anos; - Extremamente debilitado por motivo de doença grave; - Imprescindível aos cuidados especiais de menor de 6 anos de idade ou com deficiência; -Gestante a Rodrigo Bello www.professorrodrigobello.blogspot.com.br Twitter: @bellorodrigo 9 partir do 7ºmês de gravidez ou sendo esta de alto risco Art. 304 – Recibo de Entrega Requisitos (art. 1º inc lei 7.960/89): I+III ou II+III ou I+II+III Art. 313: I - apenas para crimes dolosos com pena superior a 4 anos. Demais casos na lei. Art. 306 – Obrigações do Delegado de Polícia após a lavratura do APF – Retrato Fiel dos incisos LXII,LXIII,LXIV do art. 5º CF Momentos (art.1º inc I lei 7.960/89): Somente durante o Inquérito Policial Momentos (art. 311 CPP): Durante o Inquérito Policial e Ação Penal 8. Recursos Sobre a teoria geral dos recursos, algumas considerações podem ser traçadas. Características/Princípios: � Voluntários (art. 574 CPP); � Taxativos; � Tempestivos; � Unirrecorríveis; � Fungibilidade (art. 579 CPP); � Vedação da Reformatio in Pejus (art. 617 CPP); � Indisponibilidade para o Ministério Público (art. 576 CPP); � Anteriores à Coisa Julgada � Inconformismo; � Reexame de determinada matéria. Efeitos: � Devolutivo; � Suspensivo; � Extensivo (art. 580 CPP); � Regressivo (art. 589 CPP). Pressupostos – Juízo de Admissibilidade (em regra): Rodrigo Bello www.professorrodrigobello.blogspot.com.br Twitter: @bellorodrigo 10 Admissibilidade Juízo que Proferiu a Decisão Órgão a quo Folha de Rosto Análise dos seguintes Pressupostos: - previsão legal - forma prescrita - tempestividade Juízo de Mérito (em regra): Mérito Juízo da Instância Superior Órgão Ad Quem Folha de Razões Análise do Mérito Recursal – Fatos – Fundamentos - Pedido Apresentação dos Recursos e seus objetivos: Recurso Art. Prazo Em face de: Recurso em Sentido Estrito Art. 581 CPP 5 dias (art. 586) 5 dias por instrumento + 2 dias para razões (art. 587 – 588) Decisões Interlocutórias Apelação Art. 593 CPP Art. 82 lei 9.099/95 5 dias (art. 593) 5 dias por termo + 8 para razões (art. 600) 10 dias (art. 82 9.099/95) Sentença Penal Embargos Infringentes e de Nulidade Art. 609 §único CPP 10 dias (art. 609 §único) Acórdão não unânime Embargos de Declaração Arts. 382 - 619 CPP e art. 83 lei 9.099/95 2 dias (arts. 382- 619) 5 dias (art. 83 §1º lei 9.099/95) Sentença penal ambígua, obscura, omissa, contraditória Recurso Especial Art. 105 III CF – art. 26 lei 8.038/90 15 dias (art. 26 lei 8.038/90) Acórdão que desrespeita lei federal Recurso Extraordinário Art. 102 III CF – 26 lei 8.038/90 15 dias (art. 26 lei 8.038/90) Acórdão que desrespeita a Constituição Carta Testemunhável Art. 639 CPP 48 horas Decisões que denegam recurso Rodrigo Bello www.professorrodrigobello.blogspot.com.br Twitter: @bellorodrigo 11 e/ou de não prosseguimento dos recursos Agravo em Execução Art. 197 lei 7.210/84 Súmula 700 STF 5 dias (segue o rito procedimental do Recurso em Sentido Estrito art. 586 CPP) Incidentes na Execução Penal Recurso Ordinário em Habeas Corpus Art. 30 lei 8.038/90 5 dias (art. 30 lei 8.038/90) Decisões denegatórias de Habeas Corpus nos Tribunais 9. Ações Autônomas de Impugnação Temos duas ações autônomas de impugnação com disposição no Código de Processo Penal: Revisão Criminal (art. 621 CPP); Habeas Corpus (art. 5º LXVIII CF c/c art. 647 CPP). A revisão criminal tem por objetivo reconhecer eventuais erros judiciários que podem ser analisados de forma exemplificativa no art. 621 CPP. Trata-se de um meio de impugnação privativo da defesa e que não possui prazo legal para sua interposição (art. 622 CPP). Em relação a competência da revisão, chamamos atenção ao art. 624 CPP. Notemos que o artigo supra não menciona o Superior Tribunal de Justiça, fazendo com que o operador do direito se atente ao artigo constitucional referente ao tema (art. 105 I e CF). Objetiva-se, assim, o reconhecimento do erro judiciário para que seja liquidado o valor na esfera apropriada. Em relação ao Habeas Corpus, remédio jurídico constitucional, este pode ser impetrado por qualquer pessoa, mesmo sem capacidade postulatória e visa proteger o bem jurídico mais importante que temos: a liberdade. O que seria da vida sem liberdade? Vislumbramos algumas hipóteses de Habeas Corpus: a) HC Preventivo: na iminência da perda da liberdade. Objetiva-se a expedição do salvo conduto. Em recente decisões, diversos tribunais brasileiros rechaçaram a possibilidade desta medida para que o motorista não realizasse o bafômetro. Vejamos notícia vinculada no site JusBrasil que retrata decisão de nosso órgão maior: “O ministro Gilmar Mendes, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), arquivou um pedido de Habeas Corpus preventivo (HC 95287) feito por um Rodrigo Bello www.professorrodrigobello.blogspot.com.br Twitter: @bellorodrigo 12 advogado mineiro que pretendia não ter de se submeter à Lei Seca (Lei 11.705 /08), que estabelece punições como suspensão do direito de dirigir e prisão para quem for flagrado dirigindo sob efeito de álcool. Na opinião do advogado, a lei é inconstitucional porque fere o princípio da presunção da inocência. Além disso, ao obrigar o cidadão a fazer uso do bafômetro, ela também violaria o direito constitucional que afirma que ninguém será obrigado a produzir provas contra si mesmo. Outra inconstitucionalidade, no entender do advogado, se encontra no artigo 165 da citada lei, que manda aplicar as penalidades do código ao condutor que recusar submeter-se ao bafômetro. O advogado pretendia conseguir um habeas preventivo, com a expedição de ofício pelo STF dirigido ao Comando Geral da Polícia Militar em Minas Gerais e à Secretaria de Segurança Pública do estado. O documento deveria determinar a esses dois órgãos que se abstivessem de aplicar contra ele os rigores da Lei Seca perda da carteira e do direito de dirigir por 12 meses, se fosse pego dirigindo com teor alcoólico no sangue em níveis acima dos determinados na lei. E que não fosse considerado desobediência se ele decidisse não se submeter à lei. Decisão O presidente do Supremo ressaltou, em sua decisão, que não compete ao STF julgar pedido de habeas contra a Polícia Militar e a Secretaria de Segurança de Minas Gerais. Ele negou seguimento à ação no STF e determinou a remessa do pedido para o Tribunal de Justiça de Minas Gerais. “ b) HC Propriamente Dito: a liberdade já foi burlada. Ou através de um título prisional ou até mesmo através de investigações e ações penais recebidas sem o mínimo lastro probatório exigido. Objetiva-se, muitas das vezes com base em liminar, o alvará de soltura. c)HC de Ofício: deferido pelo magistrado, de ofício, sem provocação (art. 654 §2º CPP). Os personagens de tão importante medida podem ser vislumbrados no art. 654 CPP: Impetrante – art. 654 §1º c; Paciente – art. 654 §1º a; Coator – art. 654 §1º c; Rodrigo Bello www.professorrodrigobello.blogspot.com.br Twitter: @bellorodrigo 13 Novas Súmulas STJ: Súmula 505 : A competência para processar e julgar as demandas que têmpor objeto obrigações decorrentes dos contratos de planos de previdência privada firmados com a Fundação Rede Ferroviária de Seguridade Social - REFER é da Justiça estadual. Súmula 504: O prazo para ajuizamento de ação monitória em face do emitente de nota promissória sem força executiva é quinquenal, a contar do dia seguinte ao vencimento do título. Súmula 503: O prazo para ajuizamento de ação monitória em face do emitente de cheque sem força executiva é quinquenal, a contar do dia seguinte à data de emissão estampada na cártula. Súmula 502: Presentes a materialidade e a autoria, afigura-se típica, em relação ao crime previsto no art. 184, § 2º, do CP, a conduta de expor à venda CDs e DVDs piratas . Súmula 501: É cabível a aplicação retroativa da Lei n. 11.343/2006, desde que o resultado da incidência das suas disposições, na íntegra, seja mais favorável ao réu do que o advindo da aplicação da Lei n. 6.368/1976, sendo vedada a combinação de leis. Súmula 500: A configuração do crime do art. 244-B do ECA independe da prova da efetiva corrupção do menor, por se tratar de delito formal. Súmula 499: As empresas prestadoras de serviços estão sujeitas às contribuições ao Sesc e Senac, salvo se integradas noutro serviço social.
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