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DIREITO ROMANO DIREITO DAS PESSOAS DIREITO ROMANO - NOÇÃO • PERSONA: PER (através de) e SONARE (soar) • No início era uma máscara usada pelo atores nos teatros, para aumentar o volume da voz, que fluia ou soava através de um orifício. • No significado jurídico para designar o sujeito de direitos. Em face do direito, a pessoa tem um caráter importante, é a razão da existência do próprio ordenamento jurídico. DIREITO ROMANO - NOÇÃO • Pessoa é o titular de direitos e obrigações na ordem jurídica. • O código Civil brasileiro artigo2º “todo homem é capaz de direitos e obrigações na ordem civil”. A lei não faz distinção de pessoas, sexo, cor, raça, credo e ideologia política. • Já no Direito Romamo não existia essa paridade jurídica, porque ao lado dos homens livres existiam os escravos. CLASSIFICAÇÃO DAS PESSOAS CLASSIFICAÇÃO DAS PESSOAS • PESSOAS FÍSICAS: homem capaz de direitos e obrigações, para ser considerado pessoa física, o romano deveria preencher 02 condições: • Condição natural: nascimento perfeito, com vida apresentando forma humana, e perfeição orgânica necessária para continuar a viver. Os “monstros e prodígios” não eram considerados seres humanos, não tinham direitos. CLASSIFICAÇÃO DAS PESSOAS - Condição Natural • O nascimento estabelece o início da pessoa física, a materialização da personalidade e produz efeitos jurídicos especiais. • A lei considerava o NASCITURO (o que ia nascer), garantindo direitos que lhe pertenceriam quando nascido (conceptus pro jam nato habetur). Embora não fosse, ainda, sujeito de direito, no futuro seria. CLASSIFICAÇÃO DAS PESSOAS - Condição Civil • Status Libertatis • Status Civitatis • Status familiae O status era pressuposto de capacidade, sendo a posição em que se encontrava as pessoas em relação ao Estado Romano ou à família romana. Quem reunisse os 03 elementos tinha a capacidade de direito, embora não pudesse ter a capacidade de fato, em razão do sexo, idade ou problemas mentais, podendo valer-se em juízo de tutor ou curador. Capitis deminutio • A mudança no STATUS determinava uma Capitis deminutio. • Capitis deminutio máxima: O cidadão que perdesse o status libertatis (escravo), exceto o prisioneiro de guerra, era considerado mero fato e injusta a sua escravidão. • Capitis deminutio média: perda do status civitatis, ex: torna-se cidadão de outro Estado. • Capitis deminutio mínima: aquele que mudasse de família ou dela saisse, no caso de adoção, a mulher sui iuris no casamento cum manu; o filho emancipado. PERSONALIDADE E CAPACIDADE JURÍDICAS PERSONALIDADE • Aptidão de adquirir direitos e obrigações. • Nascimento perfeito (condição natural) e status Libertatis, civitatis e familae (condição civil). CAPACIDADE JURÍDICA É o limite da personalidade e com ela se confunde, ser titular ou sujeito de relações jurídica, ou seja de direitos e obrigações. O titular de direitos subjetivos tem necessidade de personalidade jurídica e capacidade jurídica. INCAPACIDADE JURÍDICA • É incapacidade de praticar atos jurídicos, assumir direitos e contrair obrigações. • Escravos, eram res por não possuir o status libertatis; • Peregrinos não possuíam o status civitatis; • Filifamilias não gozavam de plena capacidade. LEI DECENVIRAL – INCAPACIDADE DE FATO • Os pupili: impúberes, ambos os sexos, homens 14 e mulheres 12 anos; • As feminae: mulheres, em razão do sexo e da mente; • Os furiosi e os prodigi: furiosos e prodígios. Na época clássica adotou-se esta classificação: Absolutamente Incapazes – Pupilos (7 anos) – Mentecaptos – Furiosos (em fase de crise). Relativamente Incapazes: Mulheres, prodígios e os pupilos (maiores de 07e menores de 14 anos) CLASSIFICAÇÃO DAS PESSOAS JURÍDICAS Universitas personarum • Corporações, conjunto de pessoas, cuja personalidade não se confundia com a de seus membros. • Direito Público: O Estado Romano, o fisco, colônias, províncias • Direito Privado: colégios, operários, associações religiosas ou recreativas. Universitas rerum • Fundações, massa patrimonial ou conjunto de bens destinados a determinados objetivos . • Res nullius: a herança jacente era considerada pessoa jurídica. REQUISITOS PARA A EXISTÊNCIA DAS PESSOAS JURÍDICAS • Na CONCEPÇÃO houvesse ao menos três pessoas associadas; • ESTATUTO (Lex Collegii ou Lex Municipii); • FINALIDADE LÍCITA; • Pela Lex Julia de Collegii (de Augusto), deveria haver autorização do Estado para a sua constituição EXTINÇÃO DAS PESSOAS JURÍDICAS • Morte, renúncia ou deliberação de todos os sócios • Ter-se tornado impossível seu objetivo; • Término do prazo de sua duração; • Cassação pelo estado da autorização de seu funcionamento, por julgar nociva sua atividade. DOMICÍLIO • É o lugar onde as pessoas exercem suas atividades ou têm sede de seus negócios, local onde se estabelece o animus definitivo. • Relevante importância no que concernia à cobrança de impostos e competência judiciária. • Domicílio Voluntário: escolhido pelo cidadão • Domicílio Necessário: em razão da função pública que se ocupa, é o atribuído pela lei.
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